Dissertação Mestrado de Stephanie Afonso.pdf - DSpace at ISMT
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O efeito da frequência <strong>de</strong> um programa promoção <strong>de</strong> competências pessoais e sociais em crianças<br />
institucionalizadas<br />
saber lidar com situações <strong>de</strong> provocação, solicitar ajuda, <strong>de</strong>monstrar resistência à<br />
pressão dos pares.<br />
Muitas investigações indicam que as crianças que não conseguem <strong>at</strong>ingir as<br />
competências sociais mínimas, correm o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver mais tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sadaptações<br />
ao nível do seu ciclo <strong>de</strong> vida (K<strong>at</strong>z & Mcclellan, 1996).<br />
Em alguns estudos nacionais, é mencionado a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que as crianças<br />
institucionalizadas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver alguns padrões comportamentais problemáticos<br />
que se reflectem em dificulda<strong>de</strong>s na resistência à frustração e <strong>de</strong> relacionamento<br />
interpessoal, sentimentos <strong>de</strong>pressivos e baixo auto-conceito físico, níveis elevados <strong>de</strong><br />
ansieda<strong>de</strong> e agressivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>strutiva, dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong> insucesso<br />
escolar, instabilida<strong>de</strong> emocional e frágil auto-estima. (Alberto, 1999; Cóias, 1995;<br />
Strecht, 2000; Vilaver<strong>de</strong>, 2000, citado por Carneiro, 2005), Estes problemas, têm<br />
maiores probabilida<strong>de</strong>s em se agravar à medida que aumentam a precocida<strong>de</strong> e o<br />
prolongamento do período <strong>de</strong> institucionalização (Chisholm, 1998).<br />
A educação <strong>de</strong>stas crianças institucionalizadas não <strong>de</strong>ve ser perspectivada como<br />
mera instrução, ou seja, não prestar apenas <strong>at</strong>enção ao que diz respeito à aprendizagem<br />
<strong>de</strong> normas relacionadas com aspectos pessoais (higiene, alimentação, aprendizagem<br />
escolar e <strong>de</strong> uma profissão) mas sim, ter também em <strong>at</strong>enção outros factores,<br />
nomeadamente os da área relacional, como a necessida<strong>de</strong> premente <strong>de</strong> contacto afectivo<br />
e social bem como a aprendizagem <strong>de</strong> competências básicas <strong>de</strong> socialização.<br />
Vários tipos <strong>de</strong> programas têm sido utilizados com o objectivo <strong>de</strong> promover as<br />
competências pessoais, sociais e emocionais, <strong>at</strong>ravés <strong>de</strong> estr<strong>at</strong>égias lúdicas e com<br />
objectivos muito específicos. Estas intervenções, focam-se no aperfeiçoamento <strong>de</strong><br />
competências sociais e emocionais, pelas quais resultam efeitos est<strong>at</strong>isticamente<br />
signific<strong>at</strong>ivos no reportório <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s coping, resolução problemas, no auto-<br />
conceito, na inteligência emocional, nos comportamentos pró sociais, na diminuição <strong>de</strong><br />
comportamentos <strong>de</strong> risco e agressivida<strong>de</strong>, na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nomear emoções e na<br />
aceitação pelos pares (Raimundo e Pinto, 2006; Durlak et.al.;M<strong>at</strong>os,2005, Crussellas,<br />
Barbosa, Moreira & Sá,2006).<br />
Os programas <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> competências têm substituído os programas <strong>de</strong><br />
carácter cur<strong>at</strong>ivo/remedi<strong>at</strong>ivo que são focalizados na diminuição <strong>de</strong> problemas<br />
individuais e assumem uma vertente preventiva, que visa impedir ou dificultar a<br />
aparecimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada condição ou problema. Ou ainda, po<strong>de</strong>m ter um carácter<br />
<strong>Dissertação</strong> <strong>de</strong> <strong>Mestrado</strong> 2011 Página 2