Dissertação Mestrado de Stephanie Afonso.pdf - DSpace at ISMT
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O efeito da frequência <strong>de</strong> um programa promoção <strong>de</strong> competências pessoais e sociais em crianças<br />
institucionalizadas<br />
Paulo Moreira (Psicólogo da Universida<strong>de</strong> do Minho) que tem a Associação Prevenir<br />
como gestora. A avaliação da eficácia do Programa emergiu da população das crianças<br />
que entraram para o 1º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, no ano lectivo <strong>de</strong> 2002/2003. Foram<br />
utilizados vários instrumentos para avaliar as diferentes variáveis sócio-afectivas, tais<br />
como: no primeiro ano, a ―Escala <strong>de</strong> Importância‖ (Susan Harter) e ―Como é que eu<br />
sou‖ (Susan Harter); no segundo ano, a Escala <strong>de</strong> Comportamento Assertivo para<br />
Crianças‖ (Children’s Assertive Behavior Scale) – CABS e no quarto ano, a escala <strong>de</strong><br />
Estr<strong>at</strong>égias <strong>de</strong> Coping e Regulação Emocional‖ (Paulo Moreira, Lorena Crusellas,<br />
Liliana Ribeiro e Filipa Vaz). Os resultados indicam uma melhoria signific<strong>at</strong>iva no<br />
primeiro ano (2002-2003), on<strong>de</strong> as crianças do ―Crescer a Brincar‖ melhoraram<br />
rel<strong>at</strong>ivamente ao Comportamento numa escala <strong>de</strong> 1 <strong>at</strong>é 4, tendo <strong>de</strong>ssa forma as crianças<br />
melhorado cerca <strong>de</strong> 0,3 pontos (melhor o comportamento quanto mais alto o valor). É<br />
também <strong>de</strong> salientar melhorias na competência académica, Aparência Física, e foram<br />
muito mais bem aceites pelos pares, no segundo momento <strong>de</strong> avaliação (Pós-teste). No<br />
terceiro ano, em 2004/2005, a análise revelou resultados muito positivos pois as<br />
crianças do Grupo Experimental diferenciaram-se signific<strong>at</strong>ivamente (p = 0,00) das do<br />
Grupo <strong>de</strong> Controlo no grau <strong>de</strong> Assertivida<strong>de</strong>. As crianças do Grupo experimental<br />
melhoraram 4,1 pontos após a aplicação do programa, conseguindo um grau <strong>de</strong><br />
assertivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 8 pontos. (Os autores referem o valor médio da assertivida<strong>de</strong><br />
em 13 pontos, e quanto menor é o valor, maior é a assertivida<strong>de</strong>). No quarto ano (2005-<br />
2006), na análise pô<strong>de</strong>-se verificar que nos Concelhos avaliados, as crianças do Grupo<br />
experimental melhoraram aproximadamente um ponto ao nível das Estr<strong>at</strong>égias <strong>de</strong><br />
Coping e Regulação Emocional, significando segundo os autores que mais uma vez o<br />
―Crescer a Brincar‖ revelou resultados muito positivos, <strong>de</strong>sta vez ao nível das<br />
Estr<strong>at</strong>égias <strong>de</strong> Coping e <strong>de</strong> Regulação Emocional.<br />
O programa permite <strong>de</strong>sta forma que as crianças aprendam a saber mais acerca dos<br />
seus sentimentos, pensamentos e projectos <strong>de</strong> vida. Quanto melhor os indivíduos<br />
conseguirem lidar com o seu mundo interno, mais capazes estarão para se envolver em<br />
activida<strong>de</strong>s produtivas e adaptadas às exigências da socieda<strong>de</strong>. Da mesma forma que na<br />
escola as crianças apren<strong>de</strong>m português, m<strong>at</strong>emática e estudo do meio, também estas<br />
po<strong>de</strong>rão aí apren<strong>de</strong>r estr<strong>at</strong>égias que previnam o insucesso escolar, a toxico<strong>de</strong>pendência,<br />
a <strong>de</strong>linquência, entre outras.<br />
<strong>Dissertação</strong> <strong>de</strong> <strong>Mestrado</strong> 2011 Página 21