CARTEIRAS RECOMENDADAS - 1º SEM. 2012 O cenário econômico na Europa, especialmente na Zona do Euro, continuou sendo alvo de preocupações ao redor do globo. O humor dos investidores ficou extremamente volátil e à mercê das notícias ruins que estamparam os jornais da mídia financeira. Durante todo o semestre, observou-se que o fluxo de informação se alternava entre notícias boas e/ou ruins vindas da China e EUA. Entretanto, em termos de Europa, o teor das informações econômicas era majoritariamente negativo, ao passo que as alternâncias ficavam por conta dos países que enfrentavam dificuldades políticas e financeiras como o já conhecido caso da Grécia. Para relembrarmos de forma mais detalhada o que ocorreu na primeira metade de 2012, segue uma retrospectiva: Em janeiro, o cenário brasileiro começou a vislumbrar o que viria a ser uma tendência de queda da taxa básica de juros. O Bacen fez um corte de 50 pontos base, confirmando expectativas de mercado. Na China e nos EUA, os ânimos se acalmaram parcialmente com perspectivas de soft landing e recuperação econômica, respectivamente. Na Europa, o ano chegou a iniciar no azul, mesmo após o rebaixamento de ratings soberanos por parte das agências de classificação de risco. Fevereiro iniciou com a Europa enfrentando crises sociais, além das crises econômicas, especialmente na Grécia. Os investidores deram início a preocupações com uma possível saída daquele país da Zona do Euro. O medo da contaminação da situação caótica grega para outros países como Irlanda, Portugal e Espanha foram parcialmente neutralizados com rodadas de incentivos monetários do BCE. Nos EUA, seguiu-se a expectativa de recuperação com o nível de desemprego permanecendo alto (~8%), porém em tendência decrescente em relação à taxa observada no auge da crise iniciada em 2008. Em março, a Europa pareceu sair um pouco do foco dos investidores ao mostrar dados macroeconômicos um tanto quanto dispersos e ainda contar com novas ajudas de liquidez do BCE. O grande foco do mês, no âmbito internacional, foi a China, revelando surpresas negativas na safra de balanços (na comparação anual) e também no âmbito macro com dados fracos nas atividades gerais do varejo, da indústria e também de empréstimos. No Brasil, a safra de balanços ficou em segundo plano quando o Governo começou a dar os primeiros sinais de que estaria disposto a intervir fortemente em certos setores da economia para manter o nível de crescimento do produto. Já em abril, a aparente melhora da economia americana, observada nos meses anteriores, começou a ser questionada após a divulgação de dados fracos, tanto no nível de atividade quanto no mercado de trabalho. O grande destaque do mês foi o estouro midiático da situação debilitada da Espanha. Se o mercado já vinha preocupado com a Grécia, que possui um PIB relativamente irrelevante, a consternação espanhola elevou as dúvidas de investidores a um nível quase catastrófico. No Brasil, o Governo confirmou as ameaças e interveio sem cerimônias na economia, especialmente no mercado bancário, utilizando o Banco do Brasil como instrumento para baixar juros ao consumidor e impor um aumento da circulação de dinheiro na economia. O mês de maio foi o pior mês do ano, até o momento, para os mercados financeiros. Marcado por uma forte aversão ao risco, na Europa tivemos eventos políticos como a eleição de François Hollande (socialista) e a expectativa das eleições gregas para o mês seguinte. Além disso, os problemas bancários na Espanha se intensificaram, após um resgate bilionário não oficial da 4º maior instituição financeira do país, o Bankia, por parte do governo local. No Brasil, dados começavam a sugerir que a inadimplência das famílias vem crescendo de forma preocupante, fato que originou mais cautela com papéis de bancos. Por fim, o semestre fechou em junho com a continuidade das tensões econômicas, porém com um alívio temporário pelo resultado da vitória do partido conservador nas eleições gregas (favorável à permanência na Zona do Euro). O semestre findou com a espera dos mercados por pacotes de afrouxamento monetário nos dois lados do Atlântico, bem como pela indefinição da natureza do desaquecimento da economia chinesa, o que nos leva a crer que o segundo semestre guarda uma perspectiva de volatilidade alta dos mercados, norteada por discursos das autoridades das principais economias do mundo.
CARTEIRAS RECOMENDADAS – PERFORMANCE ACUMULADA jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 2012 12 M Início* Carteira <strong>XP</strong> 9,5% 7,7% 0,5% 2,1% -5,1% 3,8% 19,3% 6,8% 114,4% Dividendos <strong>XP</strong> -1,3% 6,9% 6,0% -2,9% -3,6% 2,7% 4,0% 8,8% 89,9% Small Caps <strong>XP</strong> 5,8% 10,0% -2,2% 5,0% -8,2% 5,0% 15,3% -6,2% - Ibovespa 11,1% 4,3% -2,0% -4,2% -11,9% -0,2% -4,2% -12,9% 14,9% Dólar -7,3% -1,7% 6,6% 3,8% 6,9% 0,0% 7,8% 29,5% -7,2% CDI 0,9% 0,7% 0,8% 0,7% 0,7% 0,6% 4,6% 10,6% 35,6% Poupança 0,6% 0,5% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5% 3,3% 7,1% 23,9% * Início em 30 de abril de 2009 Em cinza performance inferior ao Ibovespa Em amarelo performance superior ao Ibovespa