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CARTEIRAS RECOMENDADAS 1º SEMESTRE DE 2012

CARTEIRAS RECOMENDADAS - 1º SEM. 2012
O cenário econômico na Europa, especialmente na Zona do Euro, continuou sendo alvo de preocupações ao redor do globo. O humor dos investidores ficou
extremamente volátil e à mercê das notícias ruins que estamparam os jornais da mídia financeira. Durante todo o semestre, observou-se que o fluxo de
informação se alternava entre notícias boas e/ou ruins vindas da China e EUA. Entretanto, em termos de Europa, o teor das informações econômicas era
majoritariamente negativo, ao passo que as alternâncias ficavam por conta dos países que enfrentavam dificuldades políticas e financeiras como o já
conhecido caso da Grécia. Para relembrarmos de forma mais detalhada o que ocorreu na primeira metade de 2012, segue uma retrospectiva:
Em janeiro, o cenário brasileiro começou a vislumbrar o que viria a ser uma tendência de queda da taxa básica de juros. O Bacen fez um corte de 50
pontos base, confirmando expectativas de mercado. Na China e nos EUA, os ânimos se acalmaram parcialmente com perspectivas de soft landing e
recuperação econômica, respectivamente. Na Europa, o ano chegou a iniciar no azul, mesmo após o rebaixamento de ratings soberanos por parte das
agências de classificação de risco.
Fevereiro iniciou com a Europa enfrentando crises sociais, além das crises econômicas, especialmente na Grécia. Os investidores deram início a
preocupações com uma possível saída daquele país da Zona do Euro. O medo da contaminação da situação caótica grega para outros países como Irlanda,
Portugal e Espanha foram parcialmente neutralizados com rodadas de incentivos monetários do BCE. Nos EUA, seguiu-se a expectativa de recuperação com
o nível de desemprego permanecendo alto (~8%), porém em tendência decrescente em relação à taxa observada no auge da crise iniciada em 2008.
Em março, a Europa pareceu sair um pouco do foco dos investidores ao mostrar dados macroeconômicos um tanto quanto dispersos e ainda contar com
novas ajudas de liquidez do BCE. O grande foco do mês, no âmbito internacional, foi a China, revelando surpresas negativas na safra de balanços (na
comparação anual) e também no âmbito macro com dados fracos nas atividades gerais do varejo, da indústria e também de empréstimos. No Brasil, a
safra de balanços ficou em segundo plano quando o Governo começou a dar os primeiros sinais de que estaria disposto a intervir fortemente em certos
setores da economia para manter o nível de crescimento do produto.
Já em abril, a aparente melhora da economia americana, observada nos meses anteriores, começou a ser questionada após a divulgação de dados fracos,
tanto no nível de atividade quanto no mercado de trabalho. O grande destaque do mês foi o estouro midiático da situação debilitada da Espanha. Se o
mercado já vinha preocupado com a Grécia, que possui um PIB relativamente irrelevante, a consternação espanhola elevou as dúvidas de investidores a
um nível quase catastrófico. No Brasil, o Governo confirmou as ameaças e interveio sem cerimônias na economia, especialmente no mercado bancário,
utilizando o Banco do Brasil como instrumento para baixar juros ao consumidor e impor um aumento da circulação de dinheiro na economia.
O mês de maio foi o pior mês do ano, até o momento, para os mercados financeiros. Marcado por uma forte aversão ao risco, na Europa tivemos eventos
políticos como a eleição de François Hollande (socialista) e a expectativa das eleições gregas para o mês seguinte. Além disso, os problemas bancários na
Espanha se intensificaram, após um resgate bilionário não oficial da 4º maior instituição financeira do país, o Bankia, por parte do governo local. No Brasil,
dados começavam a sugerir que a inadimplência das famílias vem crescendo de forma preocupante, fato que originou mais cautela com papéis de bancos.
Por fim, o semestre fechou em junho com a continuidade das tensões econômicas, porém com um alívio temporário pelo resultado da vitória do partido
conservador nas eleições gregas (favorável à permanência na Zona do Euro). O semestre findou com a espera dos mercados por pacotes de afrouxamento
monetário nos dois lados do Atlântico, bem como pela indefinição da natureza do desaquecimento da economia chinesa, o que nos leva a crer que o
segundo semestre guarda uma perspectiva de volatilidade alta dos mercados, norteada por discursos das autoridades das principais economias do mundo.

CARTEIRAS RECOMENDADAS – PERFORMANCE ACUMULADA
jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 2012 12 M Início*
Carteira XP 9,5% 7,7% 0,5% 2,1% -5,1% 3,8% 19,3% 6,8% 114,4%
Dividendos XP -1,3% 6,9% 6,0% -2,9% -3,6% 2,7% 4,0% 8,8% 89,9%
Small Caps XP 5,8% 10,0% -2,2% 5,0% -8,2% 5,0% 15,3% -6,2% -
Ibovespa 11,1% 4,3% -2,0% -4,2% -11,9% -0,2% -4,2% -12,9% 14,9%
Dólar -7,3% -1,7% 6,6% 3,8% 6,9% 0,0% 7,8% 29,5% -7,2%
CDI 0,9% 0,7% 0,8% 0,7% 0,7% 0,6% 4,6% 10,6% 35,6%
Poupança 0,6% 0,5% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5% 3,3% 7,1% 23,9%
* Início em 30 de abril de 2009
Em cinza performance inferior ao Ibovespa
Em amarelo performance superior ao Ibovespa

CARTEIRAS RECOMENDADAS – PERFORMANCE ACUMULADA
TODAS AS 4 CARTEIRAS SUPERARAM O
IBOVESPA NO 1º SEMESTRE/2012

CARTEIRA TOP PICKS XP

CARTEIRA TOP PICKS - PERFORMANCE
Na primeira metade de 2012, a Carteira Top Picks bateu o Ibovespa, fechando com queda de 0,02% mediante 4,23% de
desvalorização do referido índice. Tal desempenho representa uma sobreperformance de 4,21 pontos percentuais da Carteira
sobre o índice.
A Top Picks, embora tenha apresentado ligeira desvalorização, mostrou-se capaz de usar os movimentos de curto prazo do
mercado a favor do investidor. A consequência da alocação correta se traduz em uma performance satisfatória, em nosso
entendimento, já que houve superação em relação ao benchmark.
Vale a ressalva que este foi um semestre marcado por algumas reviravoltas e muitos eventos no campo macroeconômico que
dificultaram a interpretação e definição de carteira dentro de uma estratégia semanal.
Ainda assim entendemos que devemos melhorar e buscar resultados mais robustos neste segundo semestre como forma de
evidenciar a validade e qualidade desse produto.
jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 2012/1 Início*
Top Picks XP 0,66% 5,53% -2,40% -0,66% -6,79% 1,67% -0,02% 21,00%
Ibovespa 10,67% 4,38% -1,82% -4,12% -12,28% 0,04% -4,23% -18,51%
* Início em 03/05/10 até 02/07/12
* Em amarelo, performance superior ao Ibovespa *Em cinza, performance inferior ao Ibovespa
* Utilizamos preços médios de segunda-feira para mensurar o resultado da Carteira Top Picks
Perfil: Agressivo
Periodicidade: Semanal
Aplicação mínima
sugerida: R$ 20.000

CARTEIRA TOP PICKS – ATIVOS E MUDANÇAS NO 1S12
SEMANA
ATIVOS
02/01/2012 LLXL3 MPXE3 BRPR3 POMO4 AMBV4
09/01/2012 LLXL3 MPXE3 BRPR3 POMO4 AMBV4
16/01/2012 LLXL3 MPXE3 BRPR3 GOAU4 ITSA4
23/01/2012 QGEP3 MPXE3 BRPR3 GOAU4 ITSA4
30/01/2012 QGEP3 MPXE3 ELPL4 GOAU4 ITSA4
06/02/2012 QGEP3 ALSC3 ELPL4 GOAU4 ITSA4
13/02/2012 QGEP3 ALSC3 CSAN3 GOAU4 CCRO3
22/02/2012 QGEP3 ALSC3 CSAN3 VALE3 CCRO3
27/02/2012 QGEP3 ALSC3 CSAN3 VALE3 CCRO3
05/03/2012 QGEP3 BRML3 CSAN3 PETR3 CCRO3
12/03/2012 QGEP3 BRML3 CSAN3 PETR3 AMBV4
19/03/2012 QGEP3 BRML3 VALE3 PETR3 AMBV4
26/03/2012 PCAR4 BRML3 GOAU4 PETR3 AMBV4
02/04/2012 PCAR4 BRML3 GOAU4 PETR3 MPXE3
09/04/2012 PCAR4 BRML3 GOAU4 PETR3 RDCD3
16/04/2012 PCAR4 BRML3 VALE3 PETR3 RDCD3
23/04/2012 PCAR4 BRML3 VALE3 PETR3 CTIP3
30/04/2012 VIVT4 BRML3 VALE3 PETR3 CTIP3
07/05/2012 VIVT4 BRML3 TBLE3 PETR3 CTIP3
14/05/2012 VIVT4 UGPA3 TBLE3 MMXM3 CTIP3
21/05/2012 VIVT4 UGPA3 CPFE3 AMBV4 CTIP3
28/05/2012 ITSA4 UGPA3 CPFE3 AMBV4 CTIP3
04/06/2012 ITSA4 UGPA3 CCRO3 AMBV4 CTIP3
11/06/2012 ITSA4 UGPA3 CCRO3 AMBV4 CTIP3
18/06/2012 VALE3 UGPA3 CCRO3 AMBV4 CTIP3
25/06/2012 VALE3 GETI4 CCRO3 MYPK3 CTIP3
02/07/2012 VALE3 GETI4 CCRO3 MYPK3 TRPL4
Conforme tabela à esquerda, é possível observar que
realizamos uma série de mudanças na Carteira ao longo do 1º
semestre, sempre tentando buscar as melhores oportunidades
de curto prazo. Seguem algumas observações pertinentes:
• BR Malls ON (BRML3) - O ativo figurou na Carteira Top
Picks em 37% das semanas e conferiu um perfil um pouco
mais conservador ao portfólio. Tal fato foi bastante
satisfatório, dado que o período de permanência do ativo na
carteira foi conturbado para os mercados e deu a segurança
de ter o maior player de um setor bastante procurado.
• QGEP ON (QGEP3) – A empresa integrou nosso portfólio
durante 33% das semanas, classificando-se como um
investimento mais agressivo. A saída de suas ações foram
condicionadas a um decepcionante resultado na campanha
exploratória na Bacia de Santos, que por sua vez reduziram
de forma considerável o upside em QGEP.
• Petrobras ON (PETR3) – Presente em 37% das carteiras,
colocamos a petrolífera estatal na carteira na expectativa de
um necessário reajuste de combustíveis, o qual não ocorreu
durante praticamente todo o primeiro semestre. A resistência
do Governo em realizar a alteração de preços, à época, nos
fez retirar as ações do portfólio para dar lugar a papéis mais
resilientes.
• Cetip ON (CTIP3) – Durante 37% das semanas, em um
primeiro momento, a Cetip beneficiou-se de triggers de curto
prazo como o aumento de emissões de títulos privados no
Brasil. Porém, em junho, indicativos de queda na Unidade de
Financiamentos, fomentaram a retirada dos papéis.

CARTEIRA TOP PICKS – PERFORMANCE SEMESTRAL
+ 4,21 p.p.

CARTEIRA XP

CARTEIRA XP – PERFORMANCE SEMESTRAL
Na primeira metade do ano, marcada pela inquietação dos mercados, podemos dizer que ficamos bastante satisfeitos com o
desempenho da Carteira XP, a qual se mostrou amplamente superior ao Índice Bovespa. A vantagem de 23,5 pontos percentuais ante
o índice, propicia ao investidor que seguiu tal carteira não só a proteção do capital, mas também a valorização de seu portfólio, mesmo
em um ambiente adverso dos mercados.
jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 2012 12 M Início*
Carteira XP 9,5% 7,7% 0,5% 2,1% -5,1% 3,8% 20,9% 8,2% 117,3%
Ibovespa 11,1% 4,3% -2,0% -4,2% -11,9% -0,2% -1,2% -10,1% 18,6%
* Início em 30 de abril de 2009
Em cinza performance inferior ao Ibovespa
Em amarelo performance superior ao Ibovespa
Perfil: Moderado
Periodicidade: Mensal
Aplicação Mínima
Sugerida: R$ 30.000

CARTEIRA XP – ATIVOS E PESOS NO 1º SEM. 2012
Em virtude de um panorama volátil ao longo do primeiro semestre de 2012, trabalhamos num ritmo um pouco maior de alterações, de
modo a readequar o portfólio às perspectivas do cenário nacional e internacional.
Ultrapar (UGPA3) foi o único ativo que permaneceu ao longo de todo o 1º semestre de 2012 na carteira. Se excluirmos o mês de
janeiro, Cosan (CSAN3), M. Dias Branco (MDIA3), Redecard (RDCD3) e Aliansce (ALSC3) permaneceram na carteira até o fim do
semestre.
CARTEIRA RECOMENDADA
jan/12
fev/12
mar/12
abr/12
mai/12
jun/12
TOTAL
Ativo UGPA3 ODPV3 BRFS3 LLXL3 BBAS3 BISA3 CSAN3 RDCD3 - -
Peso 15% 12% 12% 12% 15% 12% 10% 12% - 100%
Ativo UGPA3 ODPV3 CSAN3 LLXL3 MDIA3 ALSC3 RDCD3 - - -
Peso 15% 12% 16% 15% 15% 15% 12% - - 100%
Ativo UGPA3 ODPV3 CSAN3 LLXL3 MDIA3 ALSC3 RDCD3 PETR3 - -
Peso 10% 10% 15% 15% 10% 10% 10% 20% - 100%
Ativo UGPA3 ODPV3 CSAN3 OHLB3 MDIA3 ALSC3 RDCD3 PETR3 PCAR4 -
Peso 10% 10% 15% 10% 10% 10% 10% 15% 10% 100%
Ativo UGPA3 BRPR3 CSAN3 OHLB3 MDIA3 ALSC3 RDCD3 PETR3 PCAR4 -
Peso 15% 15% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 100%
Ativo UGPA3 BRPR3 CSAN3 OHLB3 MDIA3 ALSC3 RDCD3 BRFS3 PCAR4 -
Peso 10% 15% 10% 10% 10% 10% 10% 15% 10% 100%

CARTEIRA XP – PRINCIPAIS CASES DO 1º SEM. 2012
Ultrapar
M Dias Branco
BR Foods
Pão de Açúcar
Cosan
ATIVO
Entrada Saída*
Lucro/Prejuízo
Data Preço (R$) Data Preço (R$) Acumulado (%)
28-fev-11 24,94
31-jan-12
24-mar-12
46,25
31,27
30-mar-12 86,50
29-dez-11 26,98
- 45,20
* No caso das operações "em aberto", o preço de saída representa a última cotação do semestre
-
-
• Ultrapar – Entendemos que a Ultrapar é um case realmente diferenciado de nossa bolsa. Fatores como fluxo de caixa previsível,
estabilidade de operações, forte geração de caixa, eficiência operacional e crescimento da frota de veículos foram determinantes para o
bom desempenho da empresa e, consequentemente, de suas ações. Seguimos confiantes nos bons números e no perfil diferenciado.
• M Dias Branco – A empresa vem se beneficiando do cenário macroeconômico e do bom posicionamento de mercado para entregar
números crescentes. O mercado parece ter se atentado a isso e observamos o incremento de liquidez de suas ações, além da
valorização destas.
• BR Foods – Apesar de exposta a muitas variáveis (câmbio, barreiras sanitárias, preços de commodities, entre outros) vemos a
empresa muito bem posicionada em seu setor. Além disso, a BR Foods goza de potenciais sinergias da integração (Perdigão + Sadia),
além de ter a estrutura de capital mais forte em seu setor.
• Pão de Açúcar – Os papéis da maior varejista brasileira passaram por momentos de volatilidade no primeiro semestre de 2012, devido
às dúvidas quanto à saída de Abílio Diniz da presidência do Conselho. Com o fato foi confirmado em fins de junho, as ações acabaram
não produzindo o retorno esperado. Esperamos que, com a estabilidade societária, os papéis do Pão de Açúcar voltem a um patamar
satisfatório de rentabilidade.
• Cosan - A Cosan, em nosso entendimento, ainda possui um bom cenário de crescimento para frente, com potencial de sensíveis
melhoras de margem na integração de suas operações de distribuição de combustíveis com a Shell, além de melhorias em sua estrutura
de financiamento a partir da mudança em seu perfil de operações. Seguimos confiantes no case da empresa.
59,00
30,39
- 80,00
81,23%
27,57%
-2,81%
-7,51%
- 30,99 14,86%
Status
Em aberto
Em aberto
Em aberto
Em aberto
Em aberto

CARTEIRA XP – PORTFÓLIO PARA JULHO/12
Ainda em tom de cautela com relação à situação
macroeconômica externa, nossa carteira está
montada de forma relativamente defensiva para
suportar possíveis solavancos nas praças financeiras,
algo que consideramos bastante plausível tendo em
vista a volatilidade atual dos mercados. Sendo assim,
nossa maior exposição refere-se a empresas pouco
ou nada impactadas diretamente pelos solavancos
externos.
• Em termos corporativos, optamos pela retirada das
ações da Redecard (RDCD3) e Aliansce (ALSC3) por
motivos diferentes. Quanto à Redecard, a companhia
deve se retirar da bolsa, oferecendo pouco upside. Já a
Aliansce pode sofrer, ainda que em um momento
posterior, os efeitos da inadimplência crescente do
consumidor brasileiro.
• Por outro lado, inserimos Copasa (CSMG3) e Vale
(VALE3) na carteira. O racional de Vale recai, dentre
outras coisas, sobre os baixos patamares de múltiplos
(P/L 2012E 5,6x e EV/Ebitda 2012E de 4,5x). Já a
Copasa possui uma boa previsibilidade de fluxo de caixa
aliada à relativa capacidade de crescimento, duas coisas
que consideramos cruciais em um cenário de incertezas.
COMPOSIÇÃO SUGERIDA PARA JULHO

CARTEIRA DIVIDENDOS XP

CARTEIRA DIVIDENDOS XP - PERFORMANCE
A Carteira Dividendos XP cumpriu o objetivo com seu perfil conservador e protegeu os recursos em um primeiro semestre bastante
carregado de incertezas nos mercados como dito anteriormente. A carteira conferiu resiliência em momentos de aversão ao risco e
agregou um bom nível de dividendos à sua performance global. Em 2012, a Carteira valorizou 7,6% frente a queda de 4,2% do
Ibovespa. O Dividend Yield médio ficou em 8,3%.
A carteira, portanto, sobreperformou o Ibovespa em 11,8 pontos percentuais, aumentando a vantagem de seu desempenho desde
sua criação, em abril de 2009, em relação ao Ibovespa.
jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 2012/1 Início*
XP Dividendos -1,3% 6,8% 5,6% -2,9% -3,6% 2,7% 7,6% 89,9%
Ibovespa 11,1% 4,3% -2,0% -4,2% -11,9% -0,2% -4,2% 15,0%
* Início em30/04/09 até 29/06/12 * Em amarelo, performance superior ao Ibovespa *Em cinza, performance inferior ao Ibovespa
Indicadores 1S/2012
Dividend Yield 8,3%
CDI 4,6%
Carteira (% CDI) 180,4%
Perfil: Conservador
Periodicidade: Mensal
Aplicação Mínima
Sugerida: R$ 20.000

CARTEIRA DIVIDENDOS XP – ATIVOS E PESOS 1º SEM. 2012
Ao longo do semestre, buscamos maximizar os ganhos da Carteira Dividendos através do pagamento de proventos, aliado a
busca pelos melhores ativos, sempre levando em consideração a relação risco/retorno dos ativos que compõem a carteira.
O ritmo de alterações ao longo do semestre foi baixo, ao passo que passamos a trocar 0,66 papéis por mês, ante uma média
de 0,9 em 2011. Redecard (RDCD3) e AES Tietê (GETI4) foram os únicos ativos que permaneceram ao longo de todo o 1S12
na carteira e os pesos se mantiveram constantes ao longo do período.
CARTEIRA XP DIVIDENDOS TOTAL
jan/12
fev/12
mar/12
abr/12
mai/12
jun/12
Ativo GETI4 ELPL4 VIVT4 RDCD3 COCE5 -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% 100%
Ativo GETI4 ELPL4 VIVT4 RDCD3 COCE5 -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% 100%
Ativo GETI4 ELPL4 TNPL4 RDCD3 COCE5 -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% 100%
Ativo GETI4 ELPL4 TNPL4 RDCD3 COCE5 -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% 100%
Ativo GETI4 RDCD3 OIBR4 CGAS LEVE3 -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% 100%
Ativo GETI4 RDCD3 OIBR4 CGAS LEVE3 -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% 100%
# Em verde, entrada na carteira ou aumento de posição
# Em vermelho, saída da carteira ou redução de posição
# Em amarelo, ressalva para TNLP4 que sofreu ajuste societário e transformou-se em OIBR3 e OIBR4,
sendo que permanecemos apenas com a última em carteira

CARTEIRA DIVIDENDOS XP – CASES DO 1º SEM. 2012
ATIVO
Entrada
Lucro/Prejuízo
Data Preço (R$) Data Preço (R$) Acumulado (%)
AES Tietê 31-mar-09 12,10 - 28,59
OI 29-fev-12 8,75 - 8,25
* No caso das operações "em aberto", o preço de saída representa a última cotação do semestre
136,28% Em aberto
Eletropaulo 29-jul-11 30,31 20-abr-12 30,39 0,26% Finalizado
-5,71% Em aberto
• Redecard – Após 5 meses de indefinições e dois laudos contábeis, encomendados para emitir uma avaliação de preço justa
para a empresa, o preço de R$ 35 por ação oferecido pelo controlador Itaú Unibanco pareceu ser mesmo o fator de
convergência para conclusão de uma possível OPA de fechamento. Faltando discutir a data, não vemos um custo de
oportunidade maior que o pequeno upside deixado pela OPA.
• AES Tietê – Seguimos confiantes com nossa exposição em AES Tietê e acreditamos que é a empresa que apresenta um dos
melhores yields de nossa bolsa. Sua geração de caixa estável, nos deixa confortáveis em mantê-la em carteira, mesmo após
forte valorização acumulada.
• Eletropaulo – Apesar de dividendos elevados no período e de um histórico muito bom, vimos a realidade da empresa
mudar sensivelmente, retirando a atratividade do investimento dela. Com isso optamos, acertadamente, por retirar o ativo
de nossa carteira.
• OI – Passado o momento de reorganização societária e de racionalização da estrutura organizacional, que resultou na
redução de 7 ativos listados para apenas 2, acreditamos que a empresa possa perceber uma melhora em seus números e,
com isso, vir a distribuir bons dividendos no futuro.
Saída*
Status
Redecard 31-out-11 27,88 29-jun-12 32,85 17,83% Finalizado

CARTEIRA DIVIDENDOS XP – PORTFÓLIO PARA JULHO/12
Para o mês de julho, optamos apenas pela retirada
de Redecard, dado que o possível processo de
conclusão da OPA de fechamento de capital da
companhia por parte de seu controlador (Itaú
Unibanco) oferece pouco upside para a ação daqui
para frente.
• Retiramos as ações da Redecard (RDCD3),
adicionando, em seu lugar, as ações da Vale (VALE3).
Quanto à Redecard, a companhia deve se retirar da
bolsa, oferecendo pouco upside.
• Com o espaço aberto pelas ações da Redecard, a
entrada de Vale, apesar de não possuir o perfil
tradicional de uma carteira de dividendos, nos deixa
bastante tranquilos. Isto porque, não bastasse seu
excelente nível de rentabilidade (e margens), sua boa
estrutura de capital, um cenário ainda promissor no
longo prazo, ainda vemos a empresa sendo negociada
a patamares bastante atrativos de múltiplos e
oferecendo um excelente dividend yield de cerca de
6%, algo bastante atrativo, especialmente em seu
setor de atuação.
COMPOSIÇÃO SUGERIDA PARA JULHO

CARTEIRA SMALL CAPS XP

CARTEIRA SMALL CAPS XP - PERFORMANCE
Em um semestre de incertezas na economia mundial, as ações de menos liquidez acabam sofrendo mais nos momentos de
tensão aguda. Tendo isso em vista, consideramos o desempenho da Carteira Small Caps XP altamente satisfatório, com
performance final de 15,3% no fechamento do semestre frente a queda de 4,2% do Ibovespa no período.
Embora o Ibovespa seja seu principal benchmark, costumamos também comparar a Carteira Small Caps com o Índice Small
Caps, que valorizou 7,8% no semestre. Sendo assim, o desempenho da carteira foi superior as suas duas principais
referências.
jan-12 fev-12 mar-12 abr-12 mai-12 jun-12 2012/1 Início*
XP Small Caps 5,8% 10,0% -2,2% 5,0% -8,2% 5,0% 15,3% -
Ibovespa 11,1% 4,3% -2,0% -4,2% -11,9% -0,2% -4,2% 14,9%
* Início em 02/01/11 até 29/06/12 * Em amarelo, performance superior ao Ibovespa *Em cinza, performance inferior ao Ibovespa
Perfil: Agressivo
Periodicidade: Mensal
Aplicação Mínima
Sugerida: R$ 20.000

CARTEIRA SMALL CAPS XP – ATIVOS E PESOS 1º SEM. 2012
A Carteira Small Caps, que normalmente apresenta uma rotatividade considerável, continuou com seu perfil agressivo, mas
apresentou rotatividade mensal relativamente menor em relação ao ano passado, com 1 ativo em média saindo. Ademais, foi a
carteira que apresentou maior volatilidade com prejuízo máximo em um mês de 8,6% em maio e ganho de 10,0% em
fevereiro .
Ao longo do 1º semestre, os ativos que se mantiveram por todo o período presentes em nossa carteira foram: Tecnisa (TCSA3)
e Technos (TECN3).
CARTEIRA XP SMALL CAPS TOTAL
jan/12
fev/12
mar/12
abr/12
mai/12
jun/12
Ativo BRPR3 TCSA3 LLXL3 BPNM4 TECN3 VLID3 -
Peso 20% 15% 15% 15% 20% 15% 100%
Ativo BRPR3 TCSA3 LLXL3 BPNM4 TECN3 VLID3 -
Peso 20% 15% 15% 15% 20% 15% 100%
Ativo IDNT3 TCSA3 LLXL3 BPNM4 TECN3 - -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% - 100%
Ativo IDNT3 TCSA3 ESTC3 LEVE3 TECN3 - -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% - 100%
Ativo IDNT3 TCSA3 SULA11 LEVE3 TECN3 - -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% - 100%
Ativo MILS3 TCSA3 SULA11 LEVE3 TECN3 - -
Peso 20% 20% 20% 20% 20% - 100%

CARTEIRA SMALL CAPS XP – CASES DO 1º SEM. 2012
ATIVO
Entrada Saída*
Lucro/Prejuízo
Data Preço (R$) Data Preço (R$) Acumulado (%)
Mahle Metal Leve 30-mar-12 18,25 30-jun-12 20,34
Tecnisa 31-ago-11 10,99 - 7,38
* No caso das operações "em aberto", o preço de saída representa a última cotação do semestre
11,45% Finalizado
SulAmérica 30-abr-12 15,56 - 15,60 0,26% Em aberto
-32,85% Em aberto
• Estácio – Comparativamente às suas concorrentes, a Estácio se move de forma menos agressiva na estratégia de M&A. Como
costumamos ressaltar, não se trata de um erro, mas sim de uma opção da companhia por uma gestão mais voltada para o foco de
crescimento orgânico, bem como maior eficiência das operações já existentes. Tal estratégia é considerada positiva por nós na medida em
que demonstra a preocupação da companhia em não crescer a qualquer custo, mas sim dar um passo para trás para dar dois à frente,
algo que vem entregando resultados satisfatórios para a empresa.
• Mahle Metal leve – A empresa é um relevante player do setor de autopeças, fabricando e comercializando componentes de motores a
combustão interna. Num cenário onde a motorização a combustão deve permanecer como principal fonte de propulsão, acreditamos que a
especificidade das peças produzidas pela Mahle, assim como sua tecnologia agregada, lhe conferem um posicionamento único na
indústria. Aliando a barreira a entrada no business e seu valuation atrativo, vemos em Mahle uma excelente exposição no setor.
• SulAmérica - A companhia está inserida em um setor em franco crescimento no Brasil, sendo o principal player independente
atualmente. Agrada o fato da empresa trabalhar majoritariamente com seguro saúde grupal (cerca de 60% dos prêmios), um nicho que
possui muitas vantagens em relação ao seguro saúde individual, especialmente em termos de regulação de preço. Além disso, a
companhia tem forte presença em outros setores como seguro auto e ramos complementares, passando ainda pelo nicho de títulos de
capitalização com forte posição da Sulacap (parceria de distribuição com a CEF).
• Tecnisa – A companhia, com mais de 30 anos de atuação, é uma incorporadora com foco no segmento residencial de média renda,
apesar de também ter entrando em nichos voltados à média e média-baixa renda. Ao contrário das large caps do setor, a Tecnisa é focada
em São Paulo e no Distrito Federal, tornando o controle dos empreendimentos mais alinhados com a estratégia da empresa, minimizando
estouros nos custos e entrega dos projetos dentro dos prazos inicialmente estipulados. Ressaltamos que a tese de investimento na
companhia está estritamente correlacionada com o sucesso do empreendimento Jardim das Perdizes, de forma a possibilitar um sensível
incremento no valor da companhia.
Status
Estácio 29-jun-12 24,30 - 24,30 0,00% Em aberto

CARTEIRA SMALL CAPS XP – PORTFÓLIO PARA JANEIRO/12
Optamos por realizar apenas 1 alteração em
nosso portfólio: retiramos as ações de Mahle
Metal Leve (LEVE3) e adicionamos, em seu lugar,
os papéis da Estácio Participações (ESTC3).
• Com relação às ações de Mahle Metal Leve, apesar
de continuarmos favorável ao case da empresa,
acreditamos que o arrefecimento da indústria
automotiva deva perdurar até o segundo semestre
de 2012, momento em que os estoques já devem se
normalizar. O fraco desempenho do segmento
automotivo se traduz em menores receitas para o
setor de autopeças, ainda que Mahle Metal Leve
tenha uma maior estabilidade nos pedidos quando
comparada com seus concorrentes. Portanto, de
forma a contabilizar a rentabilidade já auferida em
Mahle, optamos pela retirada do ativo de nossa
Carteira Small Caps XP.
• Já a Estácio Participações havia integrado nossa
carteira no mês de abril quando, em apenas 30 dias,
suas ações valorizaram expressivos 22%. Na
ocasião, optamos pela retirada por conta do
excelente desempenho. Ainda assim, mantivemos
nossa visão Atrativa para a companhia. Ao final de
junho, os papéis apresentaram uma nova
oportunidade corroborada pela continuidade dos
fundamentos sólidos. Frente aos seus pares, a
Estácio é negociada com desconto em nossa visão.
Ademais, em termos operacionais, a empresa optou
pela ênfase na gestão das operações já existentes
(principalmente recebíveis), evitando crescer de
forma desenfreada mediante aquisições como suas
concorrentes, fato que nos agrada.
COMPOSIÇÃO SUGERIDA PARA JULHO

DISCLOSURE
1 O atendimento de nossos clientes pessoas físicas e jurídicas (não-institucionais) é realizado por escritórios parceiros de agentes autônomos de investimento. Todos os agentes autônomos de
investimento que atuam através da XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos Corretora”) encontram-se devidamente registrados na Comissão de Valores Mobiliários. A relação completa dos
agentes autônomos vinculados à XP Investimentos Corretora pode ser consultada no site www.cvm.gov.br > Agentes Autônomos > Relação dos Agentes Autônomos
contratados por uma Instituição Financeira > Corretoras > XP Investimentos. Na forma da legislação da CVM, o agente autônomo de investimento não pode administrar ou gerir o patrimônio de
investidores. O agente autônomo é um intermediário e depende da autorização prévia do cliente para realizar operações no mercado financeiro.
2 Este relatório foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (´XP Investimentos Corretora´) e tem como único propósito fornecer informações que possam ajudar o investidor a tomar sua decisão
de investimento. Este relatório não constitui oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data
da divulgação deste relatório e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis.
3 O analista de investimento responsável pela elaboração deste relatório, em conformidade ao artigo 17, I, da Instrução Normativa CVM n. 483/10, declara que as recomendações expressas neste
relatório refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais e foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à pessoa ou a instituição à qual está vinculado.
4 O analista de investimento está indiretamente envolvido na intermediação dos valores mobiliários objeto deste relatório, em conformidade ao artigo 17, II, c, da Instrução Normativa CVM n. 483/10.
5 A remuneração do analista de investimento responsável por este relatório é indiretamente influenciada pelas receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela pessoa a que
esteja vinculado, em conformidade ao artigo 17, II, e, da Instrução Normativa CVM n, 483/10.
6 Os instrumentos financeiros discutidos neste relatório podem não ser adequados para todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira
ou necessidades específicas de cada investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de
investimento. A rentabilidade de instrumentos financeiros pode apresentar variações, e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir. Os desempenhos anteriores não são necessariamente
indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste relatório em relação a desempenhos futuros. A XP Investimentos Corretora se exime
de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.
7 Este relatório não pode ser reproduzido ou redistribuído para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento por escrito da XP Investimentos
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8 A Ouvidoria da XP Investimentos Corretora tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus
problemas. Para contato, ligue 0800 722 3710.
9 O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da Corretora: www.xpi.com.br.
10 Inexistem situações de conflitos de interesses entre a XP Investimentos e a utilização desse produto.
11 Este relatório é baseado na avaliação dos fundamentos de determinadas empresas e dos diferentes setores da economia. A análise do ativo objeto do relatório utiliza como informação os
resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho
do investimento.

ÁREA DE ANÁLISE XP INVESTIMENTOS
William Castro Alves
Analista, CNPI
william.alves@xpi.com.br