A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
a cama, me levantei e o procurei pela casa, aquele cheiro <strong>de</strong> seu charuto ainda<br />
pairava no ar quando entrei na sala <strong>de</strong> estar e... (ao acen<strong>de</strong>r a cena do crime é<br />
mostrada, como se Joana vivesse novamente aquela cena, então a cena para quando<br />
ela entra <strong>de</strong> camisola e dá <strong>um</strong> grito, a luz se apaga e surgem as duas novamente<br />
conversando).<br />
Mirella: Então, aqui diz que ele estava apenas <strong>de</strong> samba canção, no chão e tinha seu<br />
charuto entalado no rab...<br />
Joana: Precisamos realmente lembrar todos os <strong>de</strong>talhes?<br />
Mirella: Naturalmente que sim. A senhorita <strong>de</strong>sconfia <strong>de</strong> alguém?<br />
Joana: Bom, eu nem sabia que meu marido colecionava muitas divi<strong>das</strong>, fiquei<br />
surpresa com essa notícia, por esse motivo creio que todos são suspeitos.<br />
(Ana traz o café, ao servir, <strong>de</strong>rruba em cima <strong>de</strong> Mirella, que ainda ao beber nota estar<br />
sem açúcar)<br />
Joana: Eu mereço, a minha vida está <strong>um</strong>a bagunça... E pra completar a empregada<br />
não consegue fazer até o mais simples, servir café.<br />
Ana: Esqueci <strong>de</strong> dizer, senhorita o açúcar esta do outro lado da ban<strong>de</strong>ja. (se retira).<br />
Mirella: Oh, eu já <strong>de</strong>via ter imaginado. (seca com o guardanapo).<br />
Joana: Me <strong>de</strong>sculpe, pela sujeira.<br />
Mirella: Não foi nada, mas continuando: preciso saber quem são as pessoas mais<br />
próximas que teve contato com ele nas duas últimas semanas.<br />
Joana: Bom, eu, meu irmão Erick, a namorada <strong>de</strong>le: Karen, Ana, o Dr. Henry, e<br />
Geysa, a terapeuta <strong>de</strong>le. São os que tenho certeza.<br />
Mirella: Já é <strong>um</strong> começo interessante. Vou começar pela empregada, a senhorita<br />
po<strong>de</strong>ria chamá-la e nos <strong>de</strong>ixar a sós, por alguns minutos?<br />
Joana: Claro. (grita) Ana!!!<br />
(Ana chega com expressão <strong>de</strong>sesperada, <strong>de</strong>testa policial e <strong>de</strong>tetives).<br />
Ana: Não tenho culpa <strong>de</strong> nada, sempre servi ao meu patrão com muita boa vonta<strong>de</strong>.<br />
Mirella: Mas não estou te culpando, são apenas alg<strong>um</strong>as perguntas que quero fazer.<br />
Por enquanto, quero apenas conversar.<br />
Ana: Sendo assim, sim.<br />
(Joana se retira).<br />
Mirella: Convivia bem com seu patrão?<br />
Ana: Ora, muito bem. Toda manhã ele gostava <strong>de</strong> ter seu café bem quente, com<br />
torra<strong>das</strong>, leite e biscoitos franceses. Era <strong>um</strong> homem sensato, muito justo, justíssimo.<br />
De vez em quando me chamava aos berros (sussurrando), aliás, característica <strong>de</strong><br />
família, creio eu.<br />
Mirella: Entendo. Srta. Ana, o que tem a dizer sobre o crime cometido aqui.<br />
Ana: (começando a ter crises) Foi <strong>um</strong>a terrível experiência... Ver meu patrão morto. Mas<br />
não sei dizer quem po<strong>de</strong>ria ter cometido <strong>um</strong> ato <strong>de</strong>sses (suspira, filosofando)a vida é tão<br />
cheia <strong>de</strong> surpresas, quando pensamos que vamos levar <strong>um</strong>a vida simples, <strong>um</strong> evento