A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
me entenda e retorne <strong>um</strong> outro dia, ou marque <strong>um</strong> horário para po<strong>de</strong>rmos resolver<br />
isso. Ele ficou <strong>de</strong>vendo quanto?<br />
Henry: Oitenta milhões <strong>de</strong> dólares.<br />
(Joana se abana).<br />
Ana: D. Joana, temos visitas, <strong>de</strong>sta vez não sei dizer se é homem, mulher... ou<br />
ambos.<br />
Joana: Você é <strong>um</strong>a ótima recepcionista, Ana. Deveria trabalhar na Previdência Social.<br />
Você pelo menos conseguiu <strong>de</strong>scobrir o que <strong>de</strong>seja?<br />
Ana: Diz ser <strong>de</strong>tetive. Apenas isso.<br />
Henry: Bom, nos falamos <strong>de</strong>pois por telefone, tudo bem...Ana! Adorei sua fantasia, é<br />
<strong>de</strong> dançarina, não é? (se retira).<br />
Joana (faz cara <strong>de</strong> tacho) Até logo, (para Ana) Ana! Deixe entrar a <strong>de</strong>tetive, sim.<br />
(Ana traz alguém, muito estranho com sobretudo, <strong>de</strong> óculos, aparenta ser homem,<br />
pois esta disfarçado. Ela chega, começa a vistoriar o ambiente com os olhos. Joana a<br />
acompanha com a curiosida<strong>de</strong> idêntica a da Ana).<br />
Mirella: Então, você é a viúva do sr. Fernan<strong>de</strong>s?<br />
Joana (irônica): Não. Sou a empregada, veja meu uniforme. A viúva do senhor<br />
Fernan<strong>de</strong>s, é essa aqui (aponta Ana, que <strong>de</strong>sconcertada abaixa a cabeça) veja, que<br />
tecido caro, não rasga (rasga) não suja, é seda pura. O senhor, ou senhora aceita<br />
<strong>um</strong>a xícara <strong>de</strong> café?<br />
Mirella: Meu nome é Mirella. Mirella Balter. Sou a <strong>de</strong>tetive encarregada <strong>de</strong> esclarecer<br />
o crime que houve aqui. E aceito sim, o café.<br />
Ana: Joana?!! Traga o café para a srta. Balter.<br />
Joana (se aproximando, a parte): Ficou louca <strong>de</strong> vez agora? A empregada aqui é<br />
você!<br />
Ana: Mas a senhora acabou <strong>de</strong> dizer que eu sou a viúva (Joana esquenta) e (...)<br />
Ana: Já venho. (se retira rápido).<br />
(Mirella se transforma, joga os cabelos, Tira as luvas,pega o relatório)<br />
Mirella: Prazer em conhecê-la.<br />
Joana: Talvez eu não possa dizer o mesmo.<br />
Mirella: Como?<br />
Joana: Eu não disse nada.<br />
Mirella: A polícia já encontrou alg<strong>um</strong> suspeito?<br />
Joana: É pra isso que você está aqui.<br />
Mirella: Claro, a empresa <strong>de</strong> seu ex-marido era muito conceituada. O relatório<br />
fornecido pelo IML é muito complicado, parece estar em outra língua.<br />
Joana: Está <strong>de</strong> cabeça pra baixo.<br />
(Mirella vira a folha <strong>de</strong>sconcertada)<br />
Mirella: Incrível, quem encontrou o corpo?<br />
Joana: Eu, oh.. foi horrível... (luzes se apagam) ao notar que Billy nunca voltava para