A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes

A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes

ciaateliedasartes.com.br
from ciaateliedasartes.com.br More from this publisher
18.04.2013 Views

Betho Ragusa A FÓRMULA DE UM ASSASSINO Elenco ( por ordem de entrada em cena) Erick, 25 anos, irmão de Joana e namorado de Karen, é atencioso, deixa se levar pela namorada. Joana, 30 anos, viúva recentemente, pois seu marido (Billy Fernandes) é assassinado na sala de estar da casa, é nervosa, às vezes confusa. Ana, 26 anos, empregada de Joana, é meio atrapalhada, e nunca consegue servir café decentemente. Vive em pé de guerra com a patroa. Henry, 45 anos, advogado da família Fernandes, é de confiança total, atencioso, mas rude. Mirella/Márcia, 26 anos, detetive escolhida por Joana para cuidar do caso de homicídio envolvendo todos da casa. É uma mulher intrépida e misteriosa, porém atrapalhada também. Karen, 21 anos, namorada de Erick, é mesquinha autoritária e manhosa. Geysa, 35 anos, terapeuta de Billy, é muito competente e não se conforma com a morte de seu cliente. Adriano, 28 anos, irmão de Márcia (a verdadeira identidade de Mirella) Calmo e responsável pela irmã desequilibrada. CENA 1 (Quando abre o pano juntamente com a musica de abertura, todos os personagens

estão na mesma posição que ficam no momento da reunião, alguém entra com a placa dos nomes e vai colocando na mão deles, que seguram o nome de ator e atrás nome de seu personagem, juntos viram a placa e congelam novamente, depois disso o pano se fecha e começa a segunda música, pois entram Joana e Erick, a primeira usa luva o tempo todo). Erick (calmo): Joana, a polícia irá resolver isso. Pelo menos pense dessa forma: Billy morreu rapidamente, nem sofreu... Joana: Estrangulado? E não sofreu? Assim você não vai me acalmar mesmo, você está sendo muito gentil, obrigada, pelo apoio. (a campainha toca e Ana vem atender, usa um colarinho preto no pescoço, nos braços e pernas) Erick: Preciso ir ver minha namorada, qualquer coisa me ligue, minha irmã... vê se melhora, esta bem? Não tem volta, ele se foi... Temos que nos conformar...(segurando ela pelo braço) Viva! Acorde! O mundo está ai...(beija e sai). Ana: D. Joana... Joana: Mas o que é isso? Ana: A senhora não me deixou ir no velório, do patrão eu decidi fazer luto por aqui mesmo, ah advogado acabou de chegar, posso deixar ele entrar? Joana: Primeiramente, senhora é a sua avó, e quanto ao advogado, que tal deixar ele lá fora? Ana: Bem, eu não recomendo. Está muito frio e parece que vai chover. Joana: Mas, é claro que é pra deixar ele entrar minha cara. (Joana se recompõe, mas ainda esta com os óculos de sol) Essa é boa, ela está parecendo uma dançarina de boate. Joana: Oh, boa tarde Sr. Henry. Alguma notícia? Advogado Henry: Sei o quanto é difícil este momento, mas os rumores correm rápido, sobre(...) sobre(...). Joana: Ok. Diga se de passagem que eu seja complicada, nervosa, estúpida, indelicada... Que eu morria de ciúme pelo meu marido. Mas qual intenção teria eu de matá-lo? Advogado Henry: Ele deixou uma herança grande. Joana: Em dinheiro? Advogado Henry: Em dívidas. Joana: Ah, mais um motivo pela qual eu não mataria ele. (tira o óculos) Dr. Olhe pra mim, eu tenho cara de assassina? Advogado Henry (a encara): Claro que não senhora. (Joana se irrita, com a palavra senhora) digo senhorita. Mas ele foi encontrado estrangulado na poltrona da sala de vocês. É natural que você seja uma suspeita, não concorda. Joana: Bem, o delegado Maciel deixou que eu contratasse uma detetive para esclarecer isso. Eu disse a ele que havia três números de profissionais dessa área em minha agenda. Inclusive, ela estará chegando daqui a pouco. Peço para que o senhor

estão na mesma posição que ficam no momento da reunião, alguém entra com a<br />

placa dos nomes e vai colocando na mão <strong>de</strong>les, que seguram o nome <strong>de</strong> ator e atrás<br />

nome <strong>de</strong> seu personagem, juntos viram a placa e congelam novamente, <strong>de</strong>pois disso<br />

o pano se fecha e começa a segunda música, pois entram Joana e Erick, a primeira<br />

usa luva o tempo todo).<br />

Erick (calmo): Joana, a polícia irá resolver isso. Pelo menos pense <strong>de</strong>ssa forma: Billy<br />

morreu rapidamente, nem sofreu...<br />

Joana: Estrangulado? E não sofreu? Assim você não vai me acalmar mesmo, você<br />

está sendo muito gentil, obrigada, pelo apoio. (a campainha toca e Ana vem aten<strong>de</strong>r,<br />

usa <strong>um</strong> colarinho preto no pescoço, nos braços e pernas)<br />

Erick: Preciso ir ver minha namorada, qualquer coisa me ligue, minha irmã... vê se<br />

melhora, esta bem? Não tem volta, ele se foi... Temos que nos<br />

conformar...(segurando ela pelo braço) Viva! Acor<strong>de</strong>! O mundo está ai...(beija e sai).<br />

Ana: D. Joana...<br />

Joana: Mas o que é isso?<br />

Ana: A senhora não me <strong>de</strong>ixou ir no velório, do patrão eu <strong>de</strong>cidi fazer luto por aqui<br />

mesmo, ah advogado acabou <strong>de</strong> chegar, posso <strong>de</strong>ixar ele entrar?<br />

Joana: Primeiramente, senhora é a sua avó, e quanto ao advogado, que tal <strong>de</strong>ixar ele<br />

lá fora?<br />

Ana: Bem, eu não recomendo. Está muito frio e parece que vai chover.<br />

Joana: Mas, é claro que é pra <strong>de</strong>ixar ele entrar minha cara. (Joana se recompõe, mas<br />

ainda esta com os óculos <strong>de</strong> sol) Essa é boa, ela está parecendo <strong>um</strong>a dançarina <strong>de</strong><br />

boate.<br />

Joana: Oh, boa tar<strong>de</strong> Sr. Henry. Alg<strong>um</strong>a notícia?<br />

Advogado Henry: Sei o quanto é difícil este momento, mas os r<strong>um</strong>ores correm<br />

rápido, sobre(...) sobre(...).<br />

Joana: Ok. Diga se <strong>de</strong> passagem que eu seja complicada, nervosa, estúpida,<br />

in<strong>de</strong>licada... Que eu morria <strong>de</strong> ciúme pelo meu marido. Mas qual intenção teria eu <strong>de</strong><br />

matá-lo?<br />

Advogado Henry: Ele <strong>de</strong>ixou <strong>um</strong>a herança gran<strong>de</strong>.<br />

Joana: Em dinheiro?<br />

Advogado Henry: Em dívi<strong>das</strong>.<br />

Joana: Ah, mais <strong>um</strong> motivo pela qual eu não mataria ele. (tira o óculos) Dr. Olhe pra<br />

mim, eu tenho cara <strong>de</strong> assassina?<br />

Advogado Henry (a encara): Claro que não senhora. (Joana se irrita, com a palavra<br />

senhora) digo senhorita. Mas ele foi encontrado estrangulado na poltrona da sala <strong>de</strong><br />

vocês. É natural que você seja <strong>um</strong>a suspeita, não concorda.<br />

Joana: Bem, o <strong>de</strong>legado Maciel <strong>de</strong>ixou que eu contratasse <strong>um</strong>a <strong>de</strong>tetive para<br />

esclarecer isso. Eu disse a ele que havia três números <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong>ssa área em<br />

minha agenda. Inclusive, ela estará chegando daqui a pouco. Peço para que o senhor

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!