A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes A fórmula de um assassino - Betho Ragusa - Cia. Atelie das Artes
(Ana disfarça e vai para o interior da cozinha, sem ninguém perceber). Mirella: Hoje, Erick salvou a srta. Karen de dizer besteiras duas vezes. Pode ir embora, Karen, você não seria capaz de matar nem uma mosca tonta. Karen: Até logo detetive, espero não vê-la tão logo. Mirella (ri): De fato, mas não tenha tanta certeza assim. Erick, você pode acompanhar ela se quiser, você também está dispensado. (eles saem). Joana: Então, qual a conclusão? Mirella: Estou entre duas pessoas. Nas próximas duas horas teremos o assassino ou assassina aqui, dentro desta casa. Joana: Se você diz, venha comigo, preciso decidir o que Ana fará de almoço. Mirella(se levantando) Certo. Vou sim, esta sala ficou com um ambiente meio pesado. (elas saem, entram Erick e Karen). Karen: Querido, mas aquilo é homem sim... Erick: Respeite ela Karen. Karen: Não sabia que eles podiam trabalhar na polícia. Ela passou a noite aqui, não foi? Erick: Evidente... Karen: E onde dormiu? Erick: No quarto de hóspedes, e onde você queria que ela dormisse? No meu quarto? Karen: Você não seria tão atrevido. Seria? Erick: Amor, relaxe, ela deve ter algum probleminha na garganta. Karen: Um gomo de Romeu talvez...(diz mostrando). Erick: Você quer dizer, pomo de Adão? Karen: Não mude de assunto Erick, eu não posso suportar a idéia de você ter deixado ela dormir aqui, ora é só prestar mais atenção aqui (mostra a garganta) e fim de papo, vamos embora! (saem, apagam-se as luzes para dar noção de tempo passando.). CENA 3 (As luzes se acendem, o local esta completamente vazio, Erick entra pela porta vindo da rua e vai para os fundos, como se estivesse escondendo de alguém. Mas não demora muito e sai novamente, olha por todos os lados, como se estivesse tentando ouvir algum ruído, indo para a rua. Ana entra e faz o mesmo ato que Erick, mas volta para o interior. O advogado entra também, mas quando vai para a cozinha, percebe um barulho e volta correndo pra trás, Mirella entra e carrega uma pequena bolsa de pano, guarda dentro de alguma mesa que precisa ter gaveta, está segurando um envelope pardo. Coloca ele em cima da mesa, abre, lê, guarda ele novamente, senta, levanta e coça a cabeça, como se algo estivesse preocupando, senta novamente. Joana entra e Mirella a chama com um sinal.).
Joana: Estou aflita Mirella, você sabe quem matou meu marido? Mirella: Sim, e creio que a senhorita irá sentir um choque muito grande. Mas seja forte.(uma queda de energia faz as duas se assustarem). Joana: Não foi nada, apenas uma queda de energia... Mirella (se levanta, vai até a mesinha onde está a bolsa, tira a arma e coloca em cima da mesa.) Eu menti.(ri) Seu marido e eu tínhamos um caso de longas datas. Convenci ele em passar toda a fortuna dele em seu nome, e aí mataríamos você, quando faltou a última parte do plano... Ou seja, te matar, ele desistiu. Isso me deixou muito furiosa. (Joana corre ao telefone). Mirella: Nada disso, (aponta a arma) pode voltar e ficar quietinha sentada ai. Ah, agora você tem toda fortuna em seu nome, ne? Mas por pouco tempo, pois você vai assinar esses documentos, onde você passa integralmente a fortuna dele pra mim. Você foi boba. Aquela dívida foi uma farsa. Passamos a perna até mesmo no advogadinho do seu marido. Billy tinha que manter a pose de homem, já pensou se a sociedade descobrisse que ele mantinha caso com uma, uma... digo.. Travesti... Joana: Como? (Mirella tira o lenço do pescoço) Joana: Meu Deus, fui trocada por um homem? Não estou valendo mais nada. Mirella: Me poupe. Ah, você quer saber como passei por detetive autorizada? (ri). Minha irmã é detetive, e está de férias, apenas assumi a identidade dela, eu não sou ruiva, nem me chamo Mirella, e sim Márcia. Márcia Electra. Ele ficou com medo de você contratar uma detetive para segui-lo. Joana: Você e meu marido compraram a agenda de caso pensado, e trocaram os números, (Mirella sorri, pega a agenda e joga no colo de Joana) mudaram os nomes, mesmo que eu ligasse pra outro detetive, sempre seria você a atender... Você pensou em cada detalhe, mas esqueceu de um... (entra Erick, que já tentara iludir Joana para ela desconfiar de Mirella). Joana: Terá que matar eu e ele. Gostou? Eu também tenho carta na manga, sua inútil. Mirella: Miseráveis. (aponta a arma para os dois alternadamente). Joana: Não sou tão boba assim. Mirella: Não mesmo. Ana? Ana? Merda, onde esta aquela empregada de araque, não serve nem pra servir café. Joana: Foi tudo que você descobriu? Como foi a sensação de ser queimada por café, se eu soubesse teria eu mesma te queimado inteira. Mas cadê Ana? Mirella: Cale a boca! Não pedi sua opinião (Para Erick): Erick, você é um rapaz tão moço, morrerá cedo. Poderíamos viver muitas aventuras juntos, experimentar o forte sabor daquela paixão arrebatadora que lhe disse antes... Erick: Sai desse corpo...Você é doente! Louca... Joana: Você quer que eu assine (pega os documentos e a caneta) Vou assiná-los. Mirella: Por favor, tenho que matar vocês , já era tempo de você assinar logo mesmo! (entra Adriano, o irmão de Márcia).
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(Ana disfarça e vai para o interior da cozinha, sem ninguém perceber).<br />
Mirella: Hoje, Erick salvou a srta. Karen <strong>de</strong> dizer besteiras duas vezes. Po<strong>de</strong> ir embora,<br />
Karen, você não seria capaz <strong>de</strong> matar nem <strong>um</strong>a mosca tonta.<br />
Karen: Até logo <strong>de</strong>tetive, espero não vê-la tão logo.<br />
Mirella (ri): De fato, mas não tenha tanta certeza assim. Erick, você po<strong>de</strong> acompanhar ela<br />
se quiser, você também está dispensado.<br />
(eles saem).<br />
Joana: Então, qual a conclusão?<br />
Mirella: Estou entre duas pessoas. Nas próximas duas horas teremos o <strong>assassino</strong> ou<br />
assassina aqui, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta casa.<br />
Joana: Se você diz, venha comigo, preciso <strong>de</strong>cidir o que Ana fará <strong>de</strong> almoço.<br />
Mirella(se levantando) Certo. Vou sim, esta sala ficou com <strong>um</strong> ambiente meio pesado.<br />
(elas saem, entram Erick e Karen).<br />
Karen: Querido, mas aquilo é homem sim...<br />
Erick: Respeite ela Karen.<br />
Karen: Não sabia que eles podiam trabalhar na polícia. Ela passou a noite aqui, não foi?<br />
Erick: Evi<strong>de</strong>nte...<br />
Karen: E on<strong>de</strong> dormiu?<br />
Erick: No quarto <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s, e on<strong>de</strong> você queria que ela dormisse? No meu quarto?<br />
Karen: Você não seria tão atrevido. Seria?<br />
Erick: Amor, relaxe, ela <strong>de</strong>ve ter alg<strong>um</strong> probleminha na garganta.<br />
Karen: Um gomo <strong>de</strong> Romeu talvez...(diz mostrando).<br />
Erick: Você quer dizer, pomo <strong>de</strong> Adão?<br />
Karen: Não mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> assunto Erick, eu não posso suportar a idéia <strong>de</strong> você ter <strong>de</strong>ixado<br />
ela dormir aqui, ora é só prestar mais atenção aqui (mostra a garganta) e fim <strong>de</strong> papo,<br />
vamos embora! (saem, apagam-se as luzes para dar noção <strong>de</strong> tempo passando.).<br />
CENA 3<br />
(As luzes se acen<strong>de</strong>m, o local esta completamente vazio, Erick entra pela porta vindo da<br />
rua e vai para os fundos, como se estivesse escon<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> alguém. Mas não <strong>de</strong>mora<br />
muito e sai novamente, olha por todos os lados, como se estivesse tentando ouvir alg<strong>um</strong><br />
ruído, indo para a rua. Ana entra e faz o mesmo ato que Erick, mas volta para o interior.<br />
O advogado entra também, mas quando vai para a cozinha, percebe <strong>um</strong> barulho e volta<br />
correndo pra trás, Mirella entra e carrega <strong>um</strong>a pequena bolsa <strong>de</strong> pano, guarda <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
alg<strong>um</strong>a mesa que precisa ter gaveta, está segurando <strong>um</strong> envelope pardo. Coloca ele em<br />
cima da mesa, abre, lê, guarda ele novamente, senta, levanta e coça a cabeça, como se<br />
algo estivesse preocupando, senta novamente. Joana entra e Mirella a chama com <strong>um</strong><br />
sinal.).
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