AEROESPAÇO - DECEA
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AEROESPAÇO Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA NOTÍCIAS Ano 1 - Nº 4 Radar LP-23 de São Gabriel da Cachoeira/AM
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<strong>AEROESPAÇO</strong><br />
Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - <strong>DECEA</strong> NOTÍCIAS<br />
Ano 1 - Nº 4<br />
Radar LP-23 de São Gabriel da Cachoeira/AM
Página 2<br />
• Índice/Expediente<br />
• Cartas dos leitores<br />
Página 3<br />
• Editorial<br />
• Nossa Capa<br />
Páginas 4 e 5<br />
• Os 63 anos do SISCEAB –<br />
<strong>DECEA</strong> comemora 3 anos de atividade<br />
Página 6<br />
• Teste Final da Implantação do Sivam<br />
Página 7<br />
• SRPV-RJ comemora 32 anos de criação<br />
Páginas 8 e 9<br />
• Seção: Histórias da Busca e Salvamento -<br />
Tubarão! (Parte 2)<br />
Páginas 10 e 11<br />
• Um controlador de tráfego aéreo brasileiro deve<br />
ser proficiente (fluente) em inglês?<br />
Páginas 12, 13 e 14<br />
• Seção: Eu não sabia! –<br />
Tema: Serviço de Informações Aeronáuticas<br />
Página 15<br />
• Olhar Social –<br />
responsabilidade com nova dimensão<br />
• <strong>DECEA</strong> realiza 5ª RACOAM<br />
Cartas dos leitores<br />
Gostaria de parabenizar toda a Equipe do <strong>AEROESPAÇO</strong> pela qualidade da revista,<br />
pela divulgação do trabalho que atinge os mais longínquos DTCEAs e pelo conteúdo<br />
das matérias, principalmente a do 1º Sargento Celso Figueiredo, controlador de vôo,<br />
que recebeu o premio FASIA, demonstrando que com dedicação e afinco consegue-se<br />
progredir profissionalmente dentro da FORÇA e também mostra que os concursos<br />
públicos externos não são a única saída para alcançar a ascensão profissional, acredite<br />
na FORÇA que Ela acreditará em você.<br />
Sergio Cruz da Silva – 2º Ten Esp. Com.<br />
Comandante do DTCEA-SI.<br />
Na passagem de mais uma primavera deste importante Departamento e de bons serviços<br />
prestados, parabenizo ao Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong>, Ten Brig do Ar José Américo dos<br />
Santos, e a todos que, de uma forma ou de outra, contribuem para o engrandecimento<br />
do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.<br />
Taveira - Gerente de Fluxo de Tráfego Aéreo do Rio de Janeiro<br />
Para simplificar, temos agora um novo e-mail para você mandar suas mensagens e reportagens<br />
de sua OM: aeroespaco@decea.gov.br<br />
Envie também as fotografias referentes às reportagens. A nossa nova caixa de mensagens<br />
tem um limite de 50 Mb.<br />
2<br />
Página 16<br />
• As atividades de um Graduado Especialista em<br />
Comunicações<br />
Página 17<br />
• O Instituto de Proteção ao Vôo<br />
Página 18<br />
• Administração & Coragem<br />
Página 19<br />
• CINDACTA 1 – Pioneiro em busca do Certificado<br />
de Acessibilidade<br />
• Novo programa de treinamento para<br />
controladores de tráfego aéreo<br />
• Realizada a segunda fase do programa de<br />
reestruturação do orçamento familiar<br />
Página 20<br />
• Busca e Salvamento: aventuras com final feliz<br />
Página 21<br />
• Vem aí o Backbone MPLS do <strong>DECEA</strong><br />
Página 22<br />
• DTCEA Confins – 21 anos<br />
• Ministro da Defesa do Paraguai visita o<br />
CINDACTA 1<br />
• DTCEA de Lagoa Santa – 29 anos<br />
• SIPAT é realizada no CINDACTA 1<br />
Página 23<br />
• Coragem e Confiança –<br />
atividades da “Equipe Cão”<br />
Expediente<br />
Informativo do Departamento de Controle do<br />
Espaço Aéreo - <strong>DECEA</strong>, produzido pela Assessoria<br />
de Comunicação Social - ASCOM/<strong>DECEA</strong><br />
Diretor-Geral:<br />
Ten Brig do Ar José Américo dos Santos<br />
Assessor de Comunicação Social:<br />
Paullo Esteves - Cel Av R1<br />
Redação:<br />
Daisy Meireles (MTB 21286-DRT/RJ)<br />
Telma Penteado (RJ 22794-JP)<br />
Diagramação & Capa:<br />
Filipe Bastos<br />
Fotografia:<br />
Luiz Eduardo Perez<br />
Ilustração:<br />
Messias Bassani - CB SDE<br />
Home page: www.decea.gov.br<br />
Intraer: www.decea.intraer<br />
E-mail: ascom@cc.sivam.gov.br ou<br />
aeroespaco@decea.gov.br<br />
Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro<br />
20021-130 - Rio de Janeiro/RJ<br />
Telefone: (021) 2123-6585<br />
Fax: (021) 2262-1691<br />
Editado em: Outubro/2004<br />
Fotolitos & Impressão: Ingrafoto
Informativo “Aeroespaço Notícias”<br />
Aí está, em suas mãos, a Aeroespaço Notícias Nº 4 .<br />
Esta edição foi ligeiramente “atrasada” para poder contemplar, em, suas páginas, o aniversário do Serviço Regional<br />
de Proteção Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ) e, assim, atualizá-lo quanto ao último evento ocorrido no nosso<br />
Sistema.<br />
Em 04 de outubro comemoramos o 3º Aniversário do <strong>DECEA</strong> e tivemos a oportunidade de celebrar, também,<br />
os 63 anos de criação da Diretoria de Rotas Aéreas - DR - a origem do SISCEAB - que nasceu juntamente com o<br />
Ministério da Aeronáutica, em 1941.<br />
Na cerimônia, abrilhantada pela presença do Exmo. Sr. Comandante da Aeronáutica e membros do Alto-<br />
Comando, foram prestadas homenagens aos Ex-Diretores da DEPV e reconhecimentos especiais ao 2º Diretor da<br />
DEPV, Ten Brig Paulo Víctor, e ao Ex-Ministro da Aeronáutica, Sócrates da Costa Monteiro, personalidades marcantes<br />
para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.<br />
Nesta revista, amplia-se a colaboração dos companheiros que nos mandaram seus artigos assinados. Esperamos<br />
que isto se transforme em uma constante, enriquecendo a nossa jovem publicação.<br />
Proximamente, estaremos dando início às palestras relativas ao ”Programa de Planejamento do Orçamento Familiar”,<br />
tarefa atribuída à Divisão de Apoio ao Homem do Subdepartamento de Administração.<br />
Presentemente, a Assessoria de Comunicação Social está preparando vídeos de abertura dos temas, para apresentar<br />
o assunto de maneira mais pedagógica e dinâmica, buscando otimizar a tarefa dos palestrantes, já que o<br />
universo de informações é muito amplo e variado.<br />
Nós, integrantes do SISCEAB, consideramos esta iniciativa o tema da maior relevância para os integrantes do nosso<br />
Sistema, especialmente porque trata muito de perto de questões sociais que nos afligem, em particular àquelas que<br />
dizem respeito a situação financeira de nossa gente, situação que traz a reboque muita intranqüilidade.<br />
Antes de dar a impressão de que o <strong>DECEA</strong> está se intrometendo em questões pessoais e particulares do seu efetivo,<br />
cabe destacar que a Organização tem o maior interesse em manter emocionalmente saudável cada elemento<br />
do Sistema , exatamente porque lidamos com segurança e uma coisa depende fundamentalmente da outra.<br />
Há , portanto, uma receita muito particular para equacionar e resolver o “problema” e o primeiro passo é a informação.<br />
Nossos especialistas, em breve, estarão na sua Unidade tratando do assunto. Recomendo estarem receptivos,<br />
porque nas grandes empresas onde este Programa foi implementado os resultados foram expressivos e não só<br />
ganharam os funcionários como a própria Organização.<br />
No mais, desfrutem da leitura do nosso Aeroespaço Noticias nº 4 e volto a insistir na sua participação e colaboração,<br />
que além de estimulante e necessária, é muito bem-vinda.<br />
Ten Brig do Ar José Américo dos Santos<br />
Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong><br />
O crepúsculo amazônico servindo de pano de fundo ao<br />
Radar LP-23 de São Gabriel da Cacheira - AM<br />
Esta imagem, além da sua beleza plástica evidente, traduz outros aspectos<br />
relevantes para nós do SISCEAB.<br />
Especificamente, este radar foi comprado para ser instalado no Nordeste<br />
do Brasil, possivelmente em Petrolina, Bom Jesus da Lapa ou Porto Seguro,<br />
área de responsabilidade do Cindacta 3.<br />
No entanto, foi instalado em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas<br />
naquilo que se convencionou chamar de Pré-Sivam.<br />
Corria o ano de 1990 e apresentava-se como absolutamente imprescindível<br />
montar um mínimo de vigilância nas áreas de fronteira da Amazônia que nos permitisse prover, ainda que<br />
preliminarmente, algum controle naquelas paragens. Foi assim que o LP-23 foi parar lá.<br />
Passados 14 anos daquela iniciativa, que contemplou, ainda, Boa Vista em Roraima e Tabatinga no Amazonas,<br />
vemos o quanto foi importante a iniciativa. Primeiramente porque nos deu uma dimensão da problemática de instalação<br />
deste tipo de infra-estrutura na Amazônia, o que foi utilíssimo no planejamento do Projeto Sivam e, ademais<br />
disto, ao entrar em operação, os LP-23 iriam denunciar, de forma inequívoca, o quanto nosso espaço aéreo vinha<br />
sendo violado naquela região, o que, de certa forma, acabou reforçando os argumentos a favor do Projeto.<br />
Hoje, lá estão eles dividindo a paisagem com os radares mais modernos do Sivam, fazendo parte deste formidável<br />
conjunto de meios de detecção que nos compete operar.<br />
Assemelham-se a sentinelas vivas, postadas soberbas e silenciosas de olhos postos na maior Floresta Tropical do<br />
mundo, vigiando, dia e noite, os céus de nossa pátria por lá.
Inúmeras glórias e conquistas marcaram<br />
a nossa trajetória, desde 1941 - quando<br />
foi criado o ministério da Aeronáutica,<br />
até os dias de hoje, em particular, aquelas<br />
decorrentes da presença da Força<br />
Aérea Brasileira no teatro de operações<br />
da Europa, na campanha da Itália, na<br />
Segunda Grande Guerra.<br />
Mas, se a vitória, resultado da audácia e<br />
do heroísmo daquelas passagens foram o<br />
cenário da Guerra, também aqui no Brasil,<br />
na paz, muitas vitórias foram conquistadas<br />
com não menos audácia e heroísmo.<br />
Este é o exemplo eloqüente do Sistema<br />
de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro<br />
(SISCEAB), cuja gênese data também<br />
de 1941, com a criação da Diretoria de<br />
Rotas Aéreas (DR), que fez parte da primeira<br />
organização do ministério da Aeronáutica.<br />
Como uma imensa porta sobre o Atlântico<br />
Sul, o Brasil possui uma importância<br />
geoestratégica que sempre mereceu da<br />
comunidade internacional da navegação<br />
aérea a atenção especial. A esta circunstância<br />
geográfica sabemos responder<br />
também com muita audácia e extrema<br />
competência.<br />
Poucas organizações, empresas<br />
ou instituições têm uma trajetória tão<br />
ascendente quanto o SISCEAB, importantíssimo<br />
segmento do Comando da<br />
Aeronáutica, exemplo vivo de progresso,<br />
Os 63 anos do<br />
SISCEAB<br />
<strong>DECEA</strong> comemora 3 anos de atividade<br />
O Brig Paulo Víctor recebe a placa em sua homenagem<br />
sucesso e cumprimento de sucessivas<br />
metas, cada vez mais ambiciosas.<br />
Toda obra, no entanto, tem seus artífices,<br />
pessoas responsáveis pelo estabelecimento<br />
e acerto de políticas compatíveis<br />
com o grau crescente de exigência do<br />
transporte aéreo no mundo, a exigir do<br />
Brasil tomadas de posição altamente profissionais<br />
e o desenvolvimento de tecnologias<br />
nacionais inéditas nesta área.<br />
O <strong>DECEA</strong>, hoje, conta com 13.300 civis<br />
e militares trabalhando na manutenção e<br />
operação de mais de 5.500 equipamentos<br />
de navegação e de comunicações,<br />
que possibilitam ao Comando da<br />
Aeronáutica cumprir a missão constitucional<br />
de manter a soberania do espaço<br />
aéreo brasileiro.<br />
Às dez horas da manhã do dia quatro<br />
de outubro, foi realizada a solenidade<br />
do 3º aniversário do Departamento de<br />
Controle do Espaço Aéreo (<strong>DECEA</strong>) e<br />
dos 63 anos do SISCEAB. Por iniciativa<br />
do seu Diretor-Geral, foram homenageados<br />
aqueles que construíram o SISCEAB<br />
com sua inteligência, abnegação, esforço<br />
e competência.<br />
Estiveram presentes à solenidade o<br />
Exmo. Sr. Comandante da Aeronáutica,<br />
Ten Brig do Ar Luiz Carlos da Silva Bueno,<br />
acompanhado por membros do Alto-<br />
Comando e pelo Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong>,<br />
Ten Brig do Ar José Américo dos Santos.<br />
4<br />
Em seu discurso, o Comandante da<br />
Aeronáutica, demonstrou o reconhecimento<br />
da FAB aos componentes do<br />
SISCEAB: “Tanta evolução tem seus artífices.<br />
São os homens e mulheres que, em<br />
todos os níveis e épocas, nas suas Comissões,<br />
nos seus Centros, nos seus Serviços<br />
Regionais, nos seus Grupos e Institutos,<br />
sempre acreditaram na nobreza dos propósitos<br />
da Instituição e no valor do trabalho<br />
para projetar liderança continental e<br />
reputação de eficiência e confiabilidade.<br />
Aos que fizeram e que fazem do <strong>DECEA</strong>,<br />
uma organização permanentemente vitoriosa,<br />
associando a si paradigmas mundiais<br />
de eficácia e de segurança, trago o<br />
reconhecimento da Força Aérea Brasileira<br />
e o orgulho de estarmos juntos, pavimentando<br />
de grandeza o seu caminho”.<br />
Dentre os convidados, destacamos os<br />
excelentíssimos senhores ex-ministros de<br />
Estado, Tenentes Brigadeiros do Ar Octávio<br />
Júlio Moreira Lima, Sócrates da Costa<br />
Monteiro e Mauro José Miranda Gandra;<br />
o ex-comandante da Aeronáutica, Ten<br />
Brig do Ar Carlos de Almeida Baptista; o<br />
chefe do Estado-Maior da Aeronáutica,<br />
Ten Brig do Ar Astor Nina de Carvalho<br />
Netto; os membros do Alto-Comando da<br />
Aeronáutica, Oficiais Generais da Aeronáutica<br />
e os ilustríssimos comandantes,<br />
diretores e chefes de organizações militares<br />
subordinadas ao <strong>DECEA</strong>.
Estiveram presentes, também, os<br />
Comandantes, Chefes e Diretores das 14<br />
Organizações Militares, e o presidente das<br />
duas Comissões subordinados ao <strong>DECEA</strong>,<br />
que ouviram do Diretor-Geral palavras de<br />
reconhecimento e orgulho pelo profissionalismo<br />
e dedicação demonstrados nas<br />
suas atividades diárias, que ajudaram a<br />
estruturar o elevado conceito que o Brasil<br />
desfruta na comunidade internacional.<br />
Durante a cerimônia, iniciada com a<br />
execução do Hino Nacional, foi prestada<br />
uma homenagem aos ex-diretores da<br />
DEPV (Diretoria de Eletrônica e Proteção<br />
ao Vôo) e ao primeiro Diretor-Geral do<br />
<strong>DECEA</strong>, Ten Brig do Ar Flávio de Oliveira<br />
Lencastre, (dezembro de 2001 a janeiro<br />
de 2004), com entrega das placas que<br />
simbolizam o reconhecimento e o respeito<br />
a cada um dos homenageados.<br />
O Brigadeiro Lencastre, que hoje<br />
é um dos ministros que compõem<br />
o STM (Superior<br />
Tribunal Militar), disse:<br />
“estou aqui mais pela<br />
saudade do que<br />
pela homenagem,<br />
os amigos são mais<br />
importantes”. Em<br />
seu depoimento,<br />
o ex-Diretor-Geral<br />
disse que “quando<br />
se faz uma coisa<br />
boa, temos que<br />
continuar fazendo”,<br />
referindo-se à sua nova<br />
missão no Poder Judiciário.<br />
Uma menção especial foi conferida<br />
ao Ten Brig do Ar Paulo Victor<br />
da Silva, decano dos ex-diretores da<br />
DEPV, e uma referência para as gerações<br />
de homens e mulheres do Sistema de<br />
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.<br />
Esta homenagem realizada pelo <strong>DECEA</strong><br />
foi um marco, segundo o Ten Brig do<br />
Ar Marcos Antônio de Oliveira, que foi<br />
diretor da DEPV de agosto de 1998 a<br />
dezembro do mesmo ano e, também,<br />
primeiro presidente da CCSIVAM. “O que<br />
faz a História são os registros que fazemos.<br />
Sem eles, não teríamos História. E a<br />
história do SISCEAB é muito bonita. Cheguei<br />
aqui ainda Tenente e fui recebido<br />
pelo Brig. Araripe Macedo, então Diretor<br />
de Rotas Aéreas, que me disse que eu<br />
estava entrando para a organização mais<br />
dinâmica do Ministério da Aeronáutica.<br />
“Trabalhar no Sistema foi uma escola.<br />
Tive muitos mestres nesta escola. Cultivar<br />
a memória da organização, iniciativa do<br />
Brigadeiro José Américo, vai marcar a<br />
vida das pessoas. Não é justo que sejam<br />
esquecidos”.<br />
Para o Maj Brig do Ar Guido de Resende<br />
Souza, a homenagem foi muito emocionante.<br />
“Tudo isso toca muito a gente,<br />
porque como aviador eu sempre tive<br />
uma atração pelo Controle do Espaço<br />
Aéreo - Proteção ao Vôo, como chamávamos<br />
antigamente. Quando era Cadete,<br />
com 19, 20 anos, eu vinha à Torre de<br />
Controle para ver como trabalhavam os<br />
operadores. Estudei Engenharia no Instituto<br />
Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e,<br />
logo após a formatura, vim para a Diretoria<br />
de Rotas Aéreas (DR), que deu lugar à<br />
Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo<br />
(DEPV) - que, por sua vez, deu lugar ao<br />
Presença de Ex-Diretores<br />
abrilhantou a solenidade<br />
D e p a r t a - mento de Controle do<br />
Espaço Aéreo (<strong>DECEA</strong>).<br />
“Tenho orgulho de dizer que tenho<br />
muitas crias aqui no SISCEAB e que fui um<br />
dos que colocou muitos tijolos neste edifício<br />
que é o Controle do Espaço Aéreo”,<br />
declarou.<br />
O Ten Brig do Ar Enir de Souza Pinto,<br />
que foi diretor da DEPV de dezembro<br />
de 1992 a agosto de 1993, também<br />
foi homenageado e se mostrou extremamente<br />
sensibilizado. “Foi uma idéia feliz,<br />
inclusive por recordar do Ten Brig Paulo<br />
Vitor pela prestação de serviços à proteção<br />
ao vôo. Tenho orgulho de estar<br />
participando dessa comemoração, principalmente<br />
pelos momentos difíceis que<br />
passamos com o tão combatido e criticado<br />
projeto SIVAM e que hoje é considerado<br />
fantástico. A CISCEA mostrou a<br />
5<br />
sua competência com a implantação de<br />
tão grande projeto.”<br />
O ex-Ministro da Aeronáutica e também<br />
ex-Subdiretor de Operações da DEPV,<br />
Ten Brig do Ar Sócrates da Costa Monteiro,<br />
ficou muito feliz e sensibilizado com<br />
a placa que recebeu. “É uma ótima oportunidade<br />
de rever os meus companheiros<br />
e colegas de ontem que, junto comigo,<br />
ajudaram a erguer este enorme edifício<br />
que é o SISCEAB. Tanto eu quanto minha<br />
família somos gratos a esses ex-companheiros,<br />
hoje amigos, pela homenagem<br />
recebida”.<br />
O Maj Brig do Ar José Salazar recebeu<br />
a sua primeira homenagem depois que<br />
entrou para a reserva em 1995. Ele conta<br />
que teve que comprar uma “fatiota” nova<br />
para a ocasião. Sim, porque depois de<br />
42 anos na FAB, ele anda velejando<br />
pelo mundo, sem muita formalidade.<br />
Ficou sensibilizado com<br />
a homenagem ao Brigadeiro<br />
Paulo Victor, a quem ele<br />
considera um exemplo<br />
para todos os militares<br />
do Sistema. “Eu<br />
- quando fui<br />
diretor da DEPV,<br />
de agosto de<br />
1993 a março de<br />
1995, não conhecia<br />
tanto a parte<br />
técnica e fui ajudado<br />
por muitos que<br />
hoje ainda estão por<br />
aqui”.<br />
Em sua Ordem do Dia,<br />
o Excelentíssimo Senhor Diretor-Geral<br />
expressou-se: “Gostaria de<br />
externar o nosso agradecimento sincero<br />
pelo apoio constante das Organizações<br />
do Comando da Aeronáutica e de<br />
órgãos externos ao importante Sistema<br />
de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro,<br />
augurando que o exemplo de nossos<br />
antecessores sirva como instrumento<br />
motivador para manter a eficiência do<br />
nosso complexo Sistema”.<br />
Parabéns a todos que puseram sua<br />
dedicação, seus serviços e sua excelência<br />
a serviço do Controle do Espaço<br />
Aéreo Brasileiro, servindo de exemplo<br />
aos que hoje estão engajados no Sistema<br />
e de orgulho para a Nação.<br />
Todas as fotos do evento estão no sítio<br />
do <strong>DECEA</strong> na Internet:<br />
http://www.decea.gov.br - assim como<br />
as Ordens do Dia alusivas ao evento, proferidas<br />
pelo Comandante da Aeronáutica<br />
e pelo Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong>.
TESTE FINAL DA IMPLANTAÇÃO DO SIVAM<br />
O Sivam foi implantado pela CCSIVAM<br />
(Comissão para Coordenação do Projeto<br />
Sistema de Vigilância da Amazônia) - subordinada<br />
ao <strong>DECEA</strong> - e tem uma infra-estrutura<br />
comum e integrada de meios técnicos<br />
destinados à aquisição e tratamento de<br />
dados e para a visualização e difusão de<br />
imagens, mapas, previsões e outras informações.<br />
Esses meios abrangem o sensoriamento<br />
remoto, a monitoração ambiental<br />
e meteorológica, a exploração de comunicações,<br />
a vigilância por radares, recursos<br />
computacionais e meios de telecomunicações.<br />
Cerca de 200 pessoas participaram do<br />
teste final de integração do Sivam, principalmente<br />
em Manaus, mas também em Porto<br />
Velho, Belém e Brasília, e - ainda, nas aeronaves<br />
R-99 A e B e em dezenas de sítios<br />
remotos.<br />
A operacionalização dos Sistemas de<br />
Vigilância e Proteção da Amazônia (SIVAM/<br />
SIPAM) aconteceram de forma gradual, a<br />
partir dos Centros Regionais - os CRs, sediados<br />
em Manaus, Porto Velho e Belém. O<br />
Plano de Ativação do Sistema foi iniciado<br />
no CR de Manaus, onde as funções básicas<br />
entraram em operação por meio de células<br />
de ativação. O Plano foi conduzido de<br />
forma a garantir a implementação progressiva<br />
da geração de produtos de interesse<br />
estratégico para as políticas públicas, com<br />
custos controlados, usando como base os<br />
documentos de concepção dos CRs.<br />
A execução desse plano forneceu subsídios<br />
à estruturação do Sistema de Pro-<br />
O grupo formado por técnicos da CCSIVAM e das empresas contratadas<br />
A INTEGRAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DA AMAZÔNIA<br />
Com mais de 98% de seus ativos funcionando, o Sivam - inaugurado em 2002 - finalizou o teste<br />
incremental de seu banco de dados, garantindo a sua total integração<br />
teção da Amazônia (SIPAM), permitindo a<br />
elaboração de um conceito operacional<br />
definitivo e testado na prática, bem como<br />
a gradual integração dos órgãos governamentais<br />
e não-governamentais participantes<br />
do Sistema.<br />
Do total de seus equipamentos, o Sivam<br />
falta instalar um radar em Eirunepé (AM),<br />
cinco unidades UDR (unidades detetoras<br />
de rádio), oito EMS (estações meteorológicas<br />
de superfície (EMS) e, também, 80<br />
PCDs (plataformas de coletas de dados -<br />
que estão sob responsabilidade da ANA<br />
- Agência Nacional de Águas). Assim, considerando-se<br />
que nenhum desses equipamentos<br />
vai impedir a integração do Sistema,<br />
pode-se dizer que - de fato - a implantação<br />
do Sivam está finalizada.<br />
Para marcar esse evento tão significativo<br />
na implantação do Sistema, houve uma<br />
comemoração da avaliação final no dia 20<br />
de outubro, com a presença de alguns participantes<br />
da Comissão de Implantação do<br />
Projeto Sivam (CCSIVAM) - subordinada ao<br />
<strong>DECEA</strong> e presidida pelo Brigadeiro Ramon,<br />
do Centro Gestor e Operacional do Sipam<br />
(Censipam), ligada à Casa Civil da Presidência<br />
da República, e das empresas contratadas<br />
(Raytheon, Embraer e Fundação Atech),<br />
além de ex-presidentes da CCSIVAM.<br />
Em nome da CCSIVAM, o seu vice-presidente,<br />
Brigadeiro Pinheiro disse que a Amazônia<br />
merece um sistema como o Sivam, e<br />
que hoje conhecemos um pouco mais da<br />
região com a ativação do SIVAM/SIPAM.<br />
Takashi Muta, presidente da Fundação<br />
6<br />
Atech, disse que viveu todos os processos<br />
da implantação do Sivam e agradeceu<br />
ao cliente (CCSIVAM) pela coragem em<br />
apoiar a Fundação. “Todos nós enfrentamos<br />
o grande desafio de implantar o Sivam, o<br />
que fez a Atech crescer como empresa,<br />
além de trazer desenvolvimento tecnológico<br />
para o País”, concluiu.<br />
O Major Bueno, hoje integrante do<br />
Censipam (Centro Gestor e Operacional do<br />
Sipam), disse que “transmitir a sensação de<br />
vitória é algo de difícil execução, pois só<br />
os vencedores realmente sabem o que isso<br />
significa e aqui - somos todos vitoriosos”.<br />
Acrescentou, ainda, que “Como parte presente<br />
dessa equipe que hoje celebra o<br />
SIVAM, tive a oportunidade de conviver<br />
com cada uma das empresas (Schahin,<br />
Atech, Raytheon, Embraer e seus subcontratados),<br />
nos mais diversos níveis de atuação,<br />
mas com igual grau de importância<br />
para o processo”.<br />
Para o gerente do Projeto Sivam, Cláudio<br />
Macedo, o evento significou para a<br />
CCSIVAM a certeza do dever cumprido, e<br />
agradeceu a todos pelo profissionalismo,<br />
dedicação e lealdade ao longo dos quase<br />
dez anos de trabalho, que foram os fatores<br />
decisivos para o sucesso do SIVAM/SIPAM.<br />
O trabalho de implantação ainda continuará<br />
com as atividades de treinamento,<br />
manutenção, operação assistida e garantia -<br />
até o início de 2006, e com o término dos<br />
contratos de financiamento previsto para<br />
meados de 2005.
SRPV-RJ<br />
Comemora 32 anos<br />
de criação<br />
No dia 15 de outubro de 2004, foi realizada, no<br />
Hangar do GEIV, a Cerimônia Militar alusiva ao 32º aniversário<br />
de criação do Serviço Regional de Proteção ao Vôo<br />
do Rio de Janeiro (SRPV-RJ).<br />
A solenidade teve início às 17h e foi presidida pelo<br />
Exmo. Sr. Diretor-Geral do Departamento de Controle do<br />
Espaço Aéreo, Ten Brig do Ar José Américo dos Santos,<br />
e constou de entrega do Prêmio SRPV-RJ 2004, Homenagens<br />
Especiais e Entrega de Medalhas Militar.<br />
O Chefe do SRPV-RJ, Ten Cel Av Almir Coelho Santos<br />
Filho, na sua Ordem do Dia, enalteceu o espírito de renovação<br />
que, ao longo dos 32 anos de existência, vem<br />
mantendo o SRPV-RJ perfeitamente integrado e totalmente<br />
apto a cumprir as suas metas no âmbito do Sistema<br />
de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB),<br />
não obstante o imenso progresso tecnológico ocorrido<br />
nas últimas três décadas, enfatizando que, em sua jornada,<br />
o apoio recebido pelo <strong>DECEA</strong> tem sido fundamental<br />
para o êxito de sua missão.<br />
O Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong>, em suas palavras, congratulou-se<br />
com os homenageados e agraciados, e agradeceu<br />
a todos os integrantes do SRPV-RJ, lembrando que<br />
os mesmos totalizam quase mil pessoas, ali representados<br />
no corpo da tropa, na pessoa dos Comandantes<br />
dos DTCEA subordinados e, principalmente, na pessoa<br />
do seu Chefe, Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho, lembrando<br />
que - ao aceitar a missão que lhe foi confiada<br />
pelo Comando da Aeronáutica - o fez de maneira determinada,<br />
independente das dificuldades que poderia vir a<br />
enfrentar no que concerne à sua família, atitude essa que<br />
se espera de um bom militar que está sempre pronto<br />
para servir à Nação.<br />
O Diretor-Geral do <strong>DECEA</strong> cumprimenta o Chefe do SRPV-RJ<br />
1- A formatura dos Oficiais<br />
2 a 6 - Os militares recebem as merecidas homenagens<br />
7<br />
1 2<br />
3 4<br />
5 6
Relato<br />
Verídico<br />
- Meu Deus! Gritou o Operador...<br />
Tenente, tem um recém-nascido na sacola<br />
e eu quase atirei a sacola fora!!!<br />
A voz estava embargada pela emoção.<br />
Num dos intervalos para reabastecimento,<br />
procuramos um sanitário na igreja.<br />
Não tinha, mas tinha uma pia, que espero<br />
não era a batismal.<br />
A igreja estava completamente apinhada<br />
de gente. E comida? E água?<br />
De repente, aparece uma senhora com<br />
um copo plástico cheio de uma sopa<br />
quentinha. Nos demos conta que estávamos<br />
em jejum. Também, foi tudo que<br />
ingerimos até à noite e estava uma delícia.<br />
O Poder Público entrou em colapso<br />
total e o Exército assumira.<br />
Alguns postes atrapalhavam e colocavam<br />
em risco a operação dos helicópteros.<br />
Apareceu um Major da PM.<br />
- Major, precisamos derrubar estes<br />
postes.<br />
- Vou solicitar à Companhia de Eletricidade.<br />
- Que Companhia, Major? Isto precisa<br />
ser feito já.<br />
- Mas sem autorização, não posso.<br />
Aproxima-se um Capitão do Exército.<br />
- Qual o problema?<br />
- São estes postes, estão colocando em<br />
risco a operação.<br />
- Não tem problema, sou especialista<br />
em demolições. Quer que caiam em que<br />
direção?<br />
- Alinhados com a lateral do pátio.<br />
- Ok.<br />
Não sei como, mas no próximo pouso<br />
lá estavam eles no chão, alinhados.<br />
As aproximações contrariavam frontalmente<br />
o manual; eram feitas na única proa<br />
possível, contra a fachada da igreja, sem<br />
arremetida, por sorte aproado com o fortíssimo<br />
vento.<br />
Caramba, e o Pozza? Já ia adiantada a<br />
manhã e nem nos demos conta de que<br />
ele e a família podiam estar em perigo.<br />
Fomos lá e sobrevoamos a casa; embora<br />
estivesse tudo alagado em volta, parecia<br />
que a água não tinha invadido a casa e o<br />
próprio Pozza sinalizou que estava tudo<br />
bem. Só mais tarde viríamos a saber que o<br />
Sr. Júlio tinha corrido grande risco.<br />
A subida das águas o apanhou a meio<br />
caminho, quando nos deixara no hotel.<br />
Teve que abandonar o carro, só avistado<br />
uma semana depois, a vários quilômetros<br />
e completamente destruído.<br />
Assim, prosseguimos pelo dia afora.<br />
Interessante é que, nos prédios mais<br />
altos, começaram a surgir faixas, geralmente<br />
informando que ali estava um certo<br />
número de pessoas e que estavam sem<br />
comida e água. Em face da catástrofe que<br />
se desenrolava à vista de todos, isto até<br />
soava engraçado.<br />
Além de procurar salvar, éramos o único<br />
meio de contato da cidade com o mundo<br />
exterior, através do nosso HF.<br />
E, como diz o dito popular, “botamos<br />
a boca no trombone” com o Esquadrão.<br />
Procuramos relatar a situação e as necessidades.<br />
Precisávamos de um centro de<br />
coordenação urgente. Precisávamos de<br />
combustível o mais próximo possível.<br />
Operar a partir de Florianópolis era impraticável,<br />
não tínhamos autonomia para isto.<br />
Precisávamos de mais helicópteros. Era<br />
necessário um plano de evacuação da<br />
cidade, concomitantemente com uma<br />
ponte aérea de suprimento de víveres.<br />
A situação sanitária era crítica e epidemias<br />
poderiam se alastrar.<br />
À tardinha o combustível acabou. Deixamos<br />
nos tanques o suficiente para retornar<br />
à BAFL. As estradas estavam interditadas.<br />
A única possibilidade era pousar de C-47<br />
em Imbituba, cerca de 40km ao norte.<br />
À noite, fizemos uma reunião com o<br />
Exército para delinear o que fazer. Mas<br />
tudo dependia de combustível.<br />
Jantamos, ou melhor, tentamos comer<br />
alguma ração enlatada, fria, mas não deu.<br />
Aquela galinha fria, misturada com gordura<br />
meio sólida, está na lembrança até hoje.<br />
O pernoite foi no hotel, sem água,<br />
imundos. Dormir, apesar da fadiga, foi<br />
quase impossível. A combinação de barriga<br />
vazia, sujeira, preocupação e excitação,<br />
vencia até o imenso cansaço.<br />
Na manhã de segunda-feira, a enchente<br />
continuava, implacável. Entramos em contato<br />
rádio com o 2º/10º GAv e soubemos<br />
que um C-47 tentaria pousar em Imbituba.<br />
Fomos para lá. Ouvimos o barulho do<br />
avião voando baixo, antes de avistá-lo.<br />
De repente, lá estava ele na final. Pousara<br />
numa pista de grama completamente alagada.<br />
Só o C-47 conseguiria.<br />
Desembarca o Capitão Chaves Filho.<br />
- Naveguei instrumento até a estimada<br />
de Imbituba, abri para o mar,<br />
desci até achar visual e retornei para<br />
o litoral. Deu certo.<br />
8<br />
Histórias da Bus<br />
TUBARÃO<br />
Continuação do relato verídico publicado na edição anterior da Aeroespaço e que também teve destaque no<br />
Major Brigadeiro do Ar Adenir Siqueira Vianna,<br />
É! Que tinha dado certo era óbvio.<br />
Mas para quem conhece aquele litoral<br />
montanhoso, onde várias aeronaves estão<br />
“espetadas”, pode aquilatar a dose de<br />
coragem requerida.<br />
No avião, além do combustível, chegou<br />
o SALVAERO-PA, coordenado pelo<br />
Tenente Anápio. Iniciou-se uma ponte<br />
aérea para Imbituba e dali para Tubarão.<br />
Chegou um helicóptero do 5º/8º GAv e<br />
outro do 2º/10º GAv com o Simas. A área<br />
foi estendida por todo o litoral sul até
ca e Salvamento<br />
! parte 2<br />
jornal “O Balão”, do CECOMSAER, em 1982. O autor, à época, era Coronel Aviador e, presentemente, é o<br />
Diretor do CTA (Centro Técnico Aeroespacial).<br />
a fronteira do Rio Grande do Sul, em<br />
mais de 86 localidades. Tudo aquilo havia<br />
se tornado um grande mar interior.<br />
À medida que a água ia baixando, dava<br />
para perceber a extensão dos estragos.<br />
Bairros inteiros onde só se viam os alicerces<br />
das casas. Carros de rodas para o ar<br />
dentro da garagem. Como? Não sei.<br />
Os trilhos da ferrovia, com os dormentes,<br />
arrancados e atirados longe, por quilômetros.<br />
Várias pontes destruídas, menos<br />
a que todo mundo pensava que rodaria.<br />
Quando sobrevoávamos o cemitério,<br />
víamos os enterros, em vala comum, dos<br />
cadáveres que iam aparecendo.<br />
Chegou um H-34 da Marinha, que infelizmente<br />
caiu na final para pouso no pátio<br />
da igreja, logo na primeira aproximação.<br />
Fomos informados pelo PARASAR que<br />
tinha alguém atirando nos helicópteros,<br />
quando entrávamos na final. Descobriu-se<br />
que era um pai desesperado porque o<br />
filho estava na outra margem do rio e,<br />
como nós não o salvamos, se atirara nas<br />
águas e desaparecera. Isto no domingo.<br />
Mas, naquele cenário, não tivemos a<br />
mínima culpa!<br />
Passada a fase crítica, a missão tornou-se<br />
típica de calamidade pública. Transporte<br />
de pessoal, gêneros de primeira necessidade,<br />
vacinação etc.<br />
O Pozza e a família foram evacuados<br />
assim que as coisas se acalmaram. O descanso<br />
ficou para outra ocasião.<br />
No auge da cheia, víamos de tudo<br />
boiando nas águas: centenas de botijões<br />
de gás, carros, animais, cadáveres e até<br />
casas de madeira.<br />
- Tenente, tem uma vaca no meu terraço!<br />
Não dava para o senhor tirar ela de<br />
lá de cima com um helicóptero? - perguntou<br />
um cidadão em certa hora.<br />
- Ela está viva ou morta?<br />
- Está viva.<br />
- Bom, com este problema de comida,<br />
sugiro que ela seja transformada em bife,<br />
assim ela sai mais fácil de lá.<br />
O Anápio, que coordenava as ações,<br />
comeu o pão que o diabo amassou. As<br />
pressões e os pedidos choviam de todos<br />
os lados. Desde coisa séria até o de uma<br />
senhora que fez todo o tipo de ameaça<br />
porque uma certa quantidade de leite,<br />
que era da merenda escolar, dissolveu-se<br />
na confusão.<br />
Fui substituído na sexta-feira.<br />
Ficou a imagem da última decolagem.<br />
Daquele vale estreito, fizemos uma decolagem<br />
normal, eu no comando. Súbito,<br />
aparecem fios de alta tensão crescendo<br />
velozmente no pára-brisas. Como fomos<br />
nos esquecer, se sempre soubéramos que<br />
eles ali estavam? Parecia que não haveria<br />
tempo para desviar! Por puro reflexo,<br />
puxei o cíclico e o coletivo, para entrar<br />
de esquis nos fios. Por obra do sobrenatural,<br />
só pode ter sido isso, afundamos do<br />
outro lado sem bater. A nossa resistência<br />
9<br />
física dava sinais claros de ter atingido o<br />
limite.<br />
O Comando do Esquadrão mudara<br />
neste meio tempo e nossa chegada com<br />
aspecto de flagelado, bota e macacão<br />
destruídos, não deve ter impressionado<br />
muito bem o novo Comandante.<br />
Fui dispensado e, uma semana depois<br />
daquela madrugada chuvosa, pude ir sossegado<br />
para a cama. Fui deitar-me às 14h,<br />
mais ou menos, e acordei com o sol já<br />
alto, no outro dia.<br />
Conversando com um meteorologista,<br />
à época, ele explicou que ocorrera um<br />
fenômeno raro: chuva forte e contínua por<br />
vários dias, uma maré de água viva que<br />
obstruiu a foz do rio Tubarão e um vento<br />
forte do mar para a terra, conhecido na<br />
região como “lestada”, o qual, além de<br />
trazer umidade do mar para terra, agravou<br />
a obstrução da foz do rio. Além<br />
destes fatores, o rio é um rio de montanha,<br />
fluindo por vales estreitos; a chuva<br />
acarretou deslizamentos de terra para<br />
dentro do vale, criando uma série de barragens.<br />
Quando uma arrebentou, levando<br />
as demais de roldão, gerou uma onda de<br />
alguns metros de altura. Esta coluna líquida<br />
desceu pelo vale, destruindo tudo na<br />
passagem. E ninguém sabia disso, fomos<br />
todos pegos de surpresa.<br />
O nosso helicóptero continuou acendendo<br />
as luzes de alarme. Quando retornou<br />
à sede, constatou-se que todas as<br />
cavernas inferiores estavam tomadas por<br />
lama, a esta altura já endurecida.<br />
Todavia, para os que os vivenciaram,<br />
foram dias de muita luta, muita tensão e<br />
cansaço. Valeu pelo que pôde ser feito<br />
e isto nos alegrou os corações. Por outro<br />
lado, aquilo que não foi possível fazer<br />
e que redundou em perdas de vidas,<br />
não foi porque não tenhamos tentado,<br />
mas porque foi humanamente impossível,<br />
e nos deu muita tristeza, que crescia<br />
ao vermos todos aqueles corpos sendo<br />
enterrados em vala comum.<br />
A população da cidade se recuperou<br />
do trauma, pelo progresso que a<br />
cidade atingiu, constatado por mim há<br />
uns dois anos atrás. Se cruzarmos com<br />
alguém da cidade daquela época, com<br />
toda certeza não o reconheceremos<br />
e, muito provavelmente, também não<br />
seremos reconhecidos... FIM
Em 1951, a Organização de Aviação Civil<br />
Internacional (OACI) estabeleceu o inglês<br />
como língua internacional da aviação, língua<br />
franca, quando pilotos e controladores de tráfego<br />
aéreo falassem línguas diferentes (Crystal,<br />
1997).<br />
A partir de 1952, foi publicada nos documentos<br />
da OACI uma listagem contendo<br />
determinados termos e ou expressões, em<br />
inglês, que deveriam ser utilizados nas comunicações<br />
radiotelefônicas piloto-controlador,<br />
objetivando uma padronização em nível internacional.<br />
Essa linguagem foi denominada fraseologia,<br />
que segundo a ICA 100-12 - Regras do Ar<br />
e Serviços de Tráfego Aéreo (98: 9-1), “é<br />
um procedimento estabelecido com o objetivo<br />
de assegurar a uniformidade das comunicações<br />
radiotelefônicas, reduzir ao mínimo o<br />
tempo de transmissão das mensagens e proporcionar<br />
autorizações claras e concisas”.<br />
DELIBO (1993:18) afirma que “a fraseologia<br />
que compõe a radiotelefonia é, portanto, o<br />
veículo pelo qual os pilotos e controladores,<br />
de diferentes países, com formações variadas,<br />
precisam se comunicar em língua inglesa, com<br />
eficácia, à distância. Possui o papel vital de ser<br />
o instrumento de garantia de que todos os<br />
enunciados dos interlocutores sejam objetivos<br />
e isentos de equívocos e deslizes. Portanto,<br />
qualquer má interpretação das mensagens veiculadas<br />
entre os interagentes pode gerar colisões<br />
entre aeronaves e entre aeronaves e<br />
obstáculos, tanto no solo quanto em vôo”.<br />
Não há dúvidas de que o contexto aeronáutico<br />
é, no mínimo, sui generis no que se refere a<br />
comunicação em língua inglesa, doravante L2. É<br />
fato que, em alguns dos acidentes ou incidentes<br />
aeronáuticos investigados, a falta de proficiência<br />
e compreensão da língua inglesa por<br />
parte dos pilotos e controladores de tráfego<br />
aéreo, foi considerado fator contribuinte.<br />
Além do mais, a crescente demanda no<br />
uso de L2 nos céus de todo mundo é<br />
Um controlador de<br />
tráfego aéreo brasileiro<br />
deve ser proficiente<br />
(fluente) em inglês?<br />
uma preocupação da OACI, que reconheceu,<br />
publicamente, que o aumento da segurança<br />
aeronáutica passa necessariamente pelo estabelecimento<br />
de uma linguagem radiotelefônica<br />
comum e aprimorada. Assim sendo, estabeleceu,<br />
a partir de sua assembléia de 1998,<br />
um grupo de expertos, denominado de Proficiency<br />
Requirements in Common English (PRICE)<br />
Study Group, para assistir a sua Secretaria no<br />
estabelecimento dos procedimentos e requisitos<br />
para a testagem da língua Inglesa padronizada<br />
e do nível mínimo de habilidades e<br />
requisitos para o uso comum da língua. Convém<br />
salientar que o Brasil não tem representante<br />
nesse grupo, aliás, nenhum país falante do português.<br />
A materialização deste trabalho se deu na<br />
18ª reunião da 158ª Seção, realizada em 04<br />
de dezembro de 2001, onde a Comissão de<br />
Navegação Aérea baixou a resolução A32-16,<br />
denominada Proficiency in the English Language<br />
for Radiotelephony Communications, que altera,<br />
principalmente, os Anexos 1 (Personnel Licensing),<br />
e o 10 (Aeronautical Telecomunications,<br />
Volume II - Communication Procedures), e o<br />
PANS-ATM, Doc 4444 (Air Traffic Services and<br />
the Procedures for Air Navigation Services - Air<br />
Traffic Management).<br />
Dentre as novas recomendações, há o estabelecimento<br />
de uma escala de níveis de “proficiência”<br />
em L2 para pilotos, controladores de<br />
tráfego aéreo e operadores de estação aeronáutica<br />
(Anexo 2 e 3), que deve ser observada<br />
a partir de 1º de janeiro de 2008, e os prazos<br />
para que os envolvidos, de acordo com o seu<br />
nível, sejam avaliados (ATTACHMENT B to State<br />
letter AN 13/48.1-02/1[Anexo 1]).<br />
A testagem de L2, agora, é uma exigência<br />
internacional, e deve ser considerada como<br />
um importante passo para padronização e a<br />
elevação do nível de “proficiência” em L2 em<br />
nível mundial. Entretanto, essa medida impõe<br />
ao país prestador dos Serviços de Tráfego<br />
Aéreo (ATS), no nosso caso, o Brasil, o estabe-<br />
10<br />
Eduardo Silverio de Oliveira - 1º Ten Esp CTA<br />
Chefe da Subdivisão de Infra-estrutura do IPV, Engenheiro<br />
Civil, Licenciado Especial em Língua Inglesa, com especialização<br />
Lato Sensu em Lingua Inglesa e Mestrando em Educação<br />
na Universidade de São Paulo (USP), na linha de pesquisa<br />
Educação e Linguagem<br />
lecimento de exames de “proficiência” em L2<br />
que atendam às reais necessidades lingüísticas<br />
daquele pessoal.<br />
O Brasil, estado signatário, deve, agora, adotar<br />
medidas que assegurem que seus pilotos, operadores<br />
de estação aeronáutica e controladores<br />
de tráfego aéreo, envolvidos em operação<br />
no espaço aéreo, onde L2 seja requerida,<br />
sejam “proficientes” na condução e compreensão<br />
das comunicações radiotelefônicas naquela<br />
língua.<br />
Como falamos muito em “proficiência”, vamos<br />
agora discutir o que esse termo significa, para<br />
que possamos responder a pergunta-título.<br />
Scaramucci (2000:13) chama a atenção para<br />
a afirmação de Chalhoub-Deville (1997:3) de<br />
que o termo proficiência “parece fazer parte<br />
daquela categoria de palavras que são usadas<br />
freqüentemente sem uma atenção consciente<br />
com relação ao seu significado exato”. Como<br />
o termo não se restringe apenas à linguagem,<br />
embora seja aí que ele encontre solo mais fértil,<br />
há uma grande confusão entre os seus diversos<br />
usos e sentidos.<br />
A definição do termo proficiência contida no<br />
dicionário Collins Cobuild, como capacidade<br />
(ability) ou habilidade (skill). “Ele é proficiente<br />
em Inglês” ou “Você acha que calculadoras<br />
impedem as crianças de se tornarem proficientes<br />
em aritmética?”, apresentada pela professora<br />
Scaramucci (Ibidem. p.13), deixa claro o<br />
que entendemos como proficiente, ou seja,<br />
ser proficiente em uma determinada língua se<br />
pressupõe conhecimento, domínio, controle,<br />
capacidade e habilidade, independentemente<br />
do significado que possamos dar a cada uma<br />
dessas palavras. Entretanto, esse sentido dicionarizado,<br />
embora largamente encontrado na<br />
literatura do ensino de línguas em geral, é equivocado,<br />
porque está baseado em um modelo<br />
utópico de falante e em julgamentos empíricos.<br />
Todo esse conceito de proficiência tem<br />
como pano de fundo o falante nativo ideal
e, desse modo, o conceito de proficiência é<br />
monolítico, estável e único e eu ainda acrescentaria,<br />
caro e inatingível em médio prazo. Scaramucci<br />
(Ibidem apud Stern 1983:341) afirma<br />
que “na maioria dos casos, possa ser perda<br />
de tempo e talvez até mesmo não desejável<br />
tentar alcançar” uma proficiência em nível tão<br />
elevado.<br />
Como mudança do paradigma de proficiência,<br />
deveríamos utilizar, como ela mesmo<br />
sugere, a adoção de um conceito “relativo”<br />
de proficiência, que leve em conta a especificidade<br />
da situação de uso da língua. Assim,<br />
ao invés de dizer que o nosso controlador de<br />
tráfego aéreo é proficiente em Inglês, diríamos<br />
o nosso controlador de tráfego aéreo é proficiente<br />
em inglês para trabalhar como controlador<br />
de tráfego aéreo no Brasil.<br />
Acredito que todos nós concordamos que<br />
o conceito de proficiência contido no segundo<br />
exemplo é mais factível, ainda mais se levarmos<br />
em conta que somos nativos do português,<br />
estamos geograficamente muito distantes<br />
dos países falantes da língua inglesa, e que não<br />
temos, à mão, tantos recursos financeiros assim,<br />
mas, que sem dúvida nenhuma, somos muito<br />
criativos.<br />
Outro ponto que merece nossa atenção é<br />
a confusão que fazemos com o inglês durante<br />
o processo de formação e pós-formação do<br />
nosso controlador de tráfego aéreo, doravante<br />
ATCo. Gastamos quase toda a carga horária<br />
dedicada ao ensino do inglês com o General<br />
English (Inglês Geral), mas cobramos do ATCo<br />
o EOP - English for Ocupational Purpose, a<br />
nossa “famosa” fraseologia inglesa.<br />
O processo funciona mais ou menos da<br />
seguinte forma: ensinamos o ATCo a dizer<br />
good morning e good evening, expressões<br />
do General English, mas o proibimos de dizer<br />
isso na “fonia”. Perdemos um tempo precioso<br />
ensinando o simple present (do, does), present<br />
perfect (have, haven’t), past tense (did),<br />
tempos verbais que não são freqüentemente<br />
encontrados na fraseologia inglesa. Aliás, a gramática<br />
da fraseologia é excessivamente diminuta.<br />
A maioria das discussões, bem como as<br />
soluções para o problema, tomadas no âmbito<br />
do Sistema do Controle do Espaço Aéreo<br />
(SISCEAB), são fundamentadas em paradigmas<br />
empíricos, já que não fomos capazes, apesar<br />
da gravidade do tema, de levar a cabo qualquer<br />
estudo profundo sobre o assunto. Continuamos<br />
sim, insistindo com o ALC, American<br />
Language Course, agora rebatizado de NALC,<br />
New American Language Course, um material<br />
obsoleto, que tem alguns méritos, é verdade,<br />
mas que não contempla a maioria das necessidades<br />
lingüísticas da atividade-fim do ATCo,<br />
e com instrutores sem o devido treinamento<br />
e/ou a qualificação adequada. Basta que um<br />
ATCo já tenha feito parte de um curso de línguas,<br />
demonstre algum interesse pela instrução,<br />
e afirme que tem um bom inglês, para que se<br />
torne um “professor”.<br />
Respondendo, agora, a pergunta-título: “Um<br />
controlador de tráfego aéreo brasileiro deve<br />
ser proficiente (fluente) em inglês?” - Não!<br />
Embora eu possa apostar que você, leitor, respondeu<br />
que sim, acertei?<br />
Justificando o meu não, gostaria de dizer<br />
que ninguém é fluente em língua nenhuma, nem<br />
mesmo na sua língua materna. Como não transitamos<br />
em todos os registros de uma determinada<br />
língua, não podemos admitir uma fluência<br />
absoluta. Apesar de sermos falantes do português,<br />
temos uma grande dificuldade de entender<br />
a linguagem de uma bula de remédio,<br />
escrita em nosso próprio idioma, não é verdade?<br />
A razão é muito simples, não estamos<br />
habituados com essa terminologia, e não temos<br />
um trânsito livre nessa porção do português.<br />
No caso da proficiência, o foco deveria ser<br />
somente as necessidades lingüísticas da atividade-fim<br />
do ATCo e nada mais. Este deveria<br />
ser o compromisso do país signatário: - “Meu<br />
ATCo é proficiente em L2 para exercer a atividade<br />
de controle de tráfego aéreo”.<br />
Todos, inclusive a própria ICAO, afirmam que<br />
em uma situação de emergência o piloto não<br />
seguiria a fraseologia, mas ninguém se perguntou<br />
por que não? O fato de se estar em<br />
emergência, seria mais uma razão para que<br />
o jargão aeronáutico previsto fosse rigorosamente<br />
seguido. Os pilotos não são treinados<br />
para executar determinados procedimentos<br />
em situação de emergência? Eles não são<br />
obrigados a seguir determinados scripts? Por<br />
que isso não se aplica ao uso da fraseologia<br />
inglesa?<br />
Vale a pena mencionar que há uma confusão<br />
generalizada, no âmbito do <strong>DECEA</strong>, quando<br />
o assunto é o inglês do controlador de tráfego<br />
aéreo. Muitas das decisões são tomadas<br />
a partir de experiências adquiridas como exalunos<br />
de inglês. Assim sendo, encaramos o<br />
problema de modo empírico, sem examinarmos<br />
todas as nuances que a problemática nos<br />
coloca.<br />
Ainda não conseguimos definir com precisão<br />
que habilidades lingüísticas em L2 são necessárias<br />
ao ATCo, confundimos fluência com proficiência<br />
e não conseguimos distinguir com<br />
clareza que “inglês” queremos que o controlador<br />
seja capaz de entender e produzir. Não<br />
há uma diretriz forte e clara que deva ser obedecida<br />
pelos Regionais quando o assunto é o<br />
treinamento de L2.<br />
Há mais de vinte anos desenvolvendo atividades<br />
relacionadas ao controle de tráfego<br />
aéreo, sou testemunha da falta de criatividade<br />
na adoção de materiais e metodologias inovadoras<br />
que façam frente ao problema. Não<br />
temos investido em pesquisa e nem em pessoal<br />
para que a linguagem radiotelefônica em<br />
L2 seja aprendida e ensinada a contento. Não<br />
propiciamos que estudos sejam realizados,<br />
não nos aproximamos das universidades,<br />
não discutimos o contexto aeronáutico,<br />
não participamos de simpósios<br />
ou seminários sobre o assunto, e não<br />
produzimos conhecimento científico<br />
a respeito. Todos estamos vol-<br />
11<br />
tados para a nossa rotina diária, e não nos<br />
preocuparmos em buscar soluções inovadoras.<br />
Infelizmente não temos a cultura do aprender,<br />
nem a do pesquisar, fortes no SISCEAB. As<br />
poucas iniciativas são pontuais, quando deveriam<br />
ser diretrizes do Departamento do Controle<br />
do Espaço Aéreo (<strong>DECEA</strong>).<br />
Sobre os teste de proficiência, gostaria de<br />
acrescentar que o European Organization For<br />
The Safety of Air Navigation, mais conhecido<br />
como EUROCONTROL, saiu na frente ao estabelecer<br />
em 1999, após a realização de uma<br />
pesquisa séria e consistente, um teste denominado<br />
Proficiency Test in English Language for Air<br />
Traffic Controllers (PELA Test), que já obteve o<br />
reconhecimento da ICAO.<br />
A despeito do seu custo, $ 6.000 (seis mil<br />
dólares, valor obtido por e-mail junto àquela<br />
Entidade), não há como negar que o teste é<br />
excelente. Entretanto, pelo menos uma ressalva<br />
deve ser efetuada: o seu pré-requisito.<br />
O teste pressupõe que os ATCo tenham<br />
atingido um nível de proficiência no Inglês Geral<br />
equivalente aos reconhecidos testes aplicados<br />
pela University of Cambridge (Cambridge First<br />
Certificate) ou ao Test of English as a Foreign<br />
Language (TOEFL - Princeton University) etc. E<br />
não me parece que esse seja o nível da maioria<br />
dos ATCo brasileiros, e nem de diversos países<br />
não nativos do inglês.<br />
Urge que sejam tomadas medidas para o<br />
enfrentamento desse problema, já que a equação<br />
apresenta duas variáveis extremamente<br />
complicadas: a testagem e o treinamento de L2.<br />
E não devemos nos esquecer, que apesar de<br />
termos falado apenas do ATCo, as recomendações<br />
da ICAO sobre a proficiência lingüística,<br />
contidas no Standards and Recommended<br />
Practices (SARPs), e que foram objeto de emendas<br />
recentes nos Anexos 1, 6, 10 e 11 à CACI,<br />
se aplicam em igual intensidade ao piloto e ao<br />
operador de estação aeronáutica.<br />
Estou certo de que a ICAO também tem dificuldades<br />
quando o assunto é o inglês aeronáutico.<br />
Ainda mais, se todas as decisões sobre a<br />
problemática do inglês forem tomadas a partir<br />
de um grupo que, na sua maioria, tenha países<br />
falantes do inglês. Não acreditando em coincidências,<br />
faço aqui um pequeno comentário: -<br />
“Regras mais duras, implicam em soluções mais<br />
caras”. Não vai demorar em aparecer “novos<br />
produtos” e “novas soluções made in ...” para<br />
os controladores não falantes do inglês no<br />
mundo todo, querem apostar?
Você está recebendo uma informação completa e precisa sobre uma área do SISCEAB. Agora não dá<br />
mais pra dizer:<br />
Eu não sabia!<br />
Tema: Serviço de Informações Aeronáuticas<br />
Considere-se, além disso, o fato de que o<br />
desenvolvimento da aviação produziu a necessidade<br />
de utilização de maior quantidade de<br />
freqüências de comunicações, auxílios à navegação<br />
aérea em virtude do estabelecimento<br />
de maior quantidade de aerovias, a fim de<br />
que o vôo das aeronaves seja mais rápido e<br />
seguro.<br />
Disso resulta que os serviços dedicados a<br />
garantir a segurança de vôo também tiveram<br />
que se adaptar às novas exigências. Nesse particular,<br />
o Serviço de Informação Aeronáutica,<br />
cuja principal responsabilidade é a de colocar<br />
nas mãos dos usuários toda a informação para<br />
o eficaz planejamento e execução do vôo, se<br />
vê na necessidade de criar mecanismos para<br />
melhorar essa função, devido ao fato de que a<br />
omissão ou, pior ainda, a disponibilização de<br />
informação incorreta implica em grave perigo<br />
para a segurança do vôo.<br />
Uma característica muito singular do AIS (Serviço<br />
de Informação Aeronáutica) é que ele se<br />
constitui no primeiro contato do usuário com<br />
todo o sistema de segurança de vôo de qualquer<br />
estado, já que é através do Especialista<br />
AIS que o usuário recebe toda a informação<br />
aeronáutica necessária para o desempenho de<br />
sua atividade específica.<br />
No âmbito do desenvolvimento atual da<br />
aviação civil, o AIS sem deixar de ser importante<br />
como serviço e mantendo sua responsabilidade<br />
pelo fornecimento de informação, se<br />
vê comprometido com o processo pelo qual<br />
atravessa a estrutura da aeronáutica nos dias<br />
atuais.<br />
O Serviço de Informação Aeronáutica (AIS)<br />
é um serviço estabelecido com a finalidade<br />
principal de coletar ou gerar, processar e<br />
divulgar a informação necessária à segurança,<br />
regularidade e eficiência da navegação aérea.<br />
Embora seja da responsabilidade do piloto no<br />
comando de uma aeronave, conforme previsto<br />
nos Anexos 2 e 6 da OACI, a obtenção das<br />
necessárias informações sobre instalações e<br />
serviços de navegação aérea, bem como dos<br />
procedimentos relacionados com os mesmos,<br />
que possam afetar o seu vôo, tais informações<br />
devem estar sempre à sua disposição.<br />
Como para outros serviços prestados à aviação,<br />
a OACI preparou Normas e Recomendações<br />
para o funcionamento deste Serviço,<br />
contidas no Anexo 15 à Convenção de Avia-<br />
Colaboração: Maj Bertolino<br />
Nos últimos anos, tem-se observado um significativo desenvolvimento no volume das atividades aéreas dos<br />
Estados signatários da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Cada vez mais pessoas optam pelo<br />
uso da aviação como principal meio de transporte para cobrir viagens de grandes distâncias. Como resultado<br />
ção Civil Internacional, denominado “Serviços<br />
de Informação Aeronáutica”. O Anexo 15<br />
especifica que todo país signatário da Convenção<br />
proporcionará serviços de informação<br />
aeronáutica à aviação em geral.<br />
A Documentação AIS é o principal meio<br />
de divulgação das informações aeronáuticas. O<br />
Anexo 15 preconiza<br />
a utilização da Documentação<br />
Integrada<br />
de Informação Aeronáutica<br />
(IAIP), que é<br />
o conjunto de documentos<br />
que compreende<br />
o AIP, com<br />
suas emendas, os<br />
Suplementos AIP, os<br />
NOTAM, o PIB, as AIC,<br />
as listas de verificação<br />
e os resumos de<br />
NOTAM.<br />
A Publicação de<br />
Informação Aeronáutica<br />
(AIP) tem como<br />
finalidade satisfazer as<br />
necessidades internacionais<br />
de intercâmbio<br />
de informação<br />
aeronáutica de caráter<br />
duradouro. Dessa<br />
forma, os exploradores<br />
de aeronaves<br />
possuirão informação<br />
relativa às instalações,<br />
procedimentos e serviços<br />
de navegação<br />
aérea que se supõe<br />
terão de utilizar e os pilotos no comando<br />
das aeronaves em vôos internacionais poderão<br />
exercer suas funções. A apresentação é realizada<br />
de forma impressa, separada em capítulos<br />
segundo a matéria tratada e configurada em<br />
três partes, sendo generalidades (GEN); rotas<br />
(ENR); e Aeródromos (AD).<br />
Exemplo: Quando um piloto da França deseja<br />
realizar um vôo para o Brasil, ele deve consultar<br />
o AIP-Brasil para planejar o seu vôo e<br />
tomar conhecimento de todos os procedimentos<br />
existentes no Brasil.<br />
Os Suplementos AIP são distribuídos para<br />
todos os assinantes das publicações AIS.<br />
A finalidade do Suplemento AIP é divulgar<br />
12<br />
Sala AIS - Aeroporto Santos-Dumont/RJ<br />
modificação que seja:<br />
· temporária de duração igual ou superior a<br />
três meses;<br />
· temporária de duração inferior a três meses,<br />
mas o usuário possa recebê-la antes que entre<br />
em vigor;<br />
· permanente e não haja condição de<br />
publicá-la diretamente como uma emenda aos<br />
Manuais AIS (AIP, ROTAER, AIP-MAP) e cartas<br />
aeronáuticas (ARC e ERC) publicadas pelo<br />
<strong>DECEA</strong>; e<br />
· contenha gráficos ou procedimentos ATS.<br />
O NOTAM é um aviso que contém informação<br />
relativa ao estabelecimento, condição<br />
ou modificação de qualquer instalação aeronáutica,<br />
serviço, procedimento ou perigo, cujo<br />
conhecimento oportuno seja essencial para o<br />
pessoal encarregado das operações de vôo.<br />
Os NOTAM, por sua natureza, complementam<br />
as informações divulgadas em AIP, ROTAER,<br />
Suplemento AIP e Cartas Aeronáuticas.<br />
Publica-se o NOTAM quando se torna necessário<br />
divulgar informação de importância direta
para as operações de vôo, de caráter temporário<br />
ou apropriada para a publicação em AIP,<br />
porém necessite de divulgação imediata.<br />
Os NOTAM são distribuídos através do Sistema<br />
Aeronáutico Fixo (AFS).<br />
Exemplo: A pista do aeroporto de Recife<br />
foi Interditada devido a obras e o aeroporto<br />
Sala AIS - Aeroporto Santos-Dumont/RJ<br />
está fechado temporariamente para pouso; o<br />
meio de informar aos pilotos desse evento é<br />
através de NOTAM, que será distribuído para<br />
todos as Salas AIS brasileiras e para os países<br />
que mantém intercâmbio de NOTAM com o<br />
Brasil.<br />
A Circular de Informação Aeronáutica (AIC)<br />
é a publicação de caráter técnico, operacional<br />
ou administrativo, destinada a estabelecer<br />
recomendações ou informações de interesse<br />
de uma área específica, bem como orientar<br />
sobre a execução de serviços.<br />
Exemplo de informação divulgada por AIC:<br />
O <strong>DECEA</strong> deseja explicar aos usuários como<br />
será a nova Circulação Aérea relativa à FIR<br />
Brasília, no trecho Rio de Janeiro/São Paulo.<br />
continuação:<br />
Eu não sabia!<br />
Tema: Serviço de Informações Aeronáuticas<br />
Colaboração: Maj Bertolino<br />
desse desenvolvimento as empresas aéreas estão ampliando suas frotas e, conseqüentemente, o número de<br />
pilotos. Isso tem gerado para todos os serviços dedicados à segurança de vôo (ATS, COM, MET, SAR, AIS) uma<br />
maior responsabilidade no fornecimento de informações aos usuários.<br />
O Boletim de Informação Prévia ao Vôo (PIB)<br />
é o impresso dos NOTAM em vigor, de uma<br />
determinada área de abrangência, dentro de<br />
um período especificado, preparado pela Sala<br />
AIS ou emitido pelo Banco de NOTAM, visando<br />
atender às necessidades de planejamento de<br />
vôo dos pilotos.<br />
Os Resumos de<br />
NOTAM são impressos<br />
dos NOTAM em<br />
vigor ou cancelados,<br />
de uma determinada<br />
área de abrangência,<br />
dentro de um período<br />
especificado,<br />
emitido pelo Banco<br />
de NOTAM, visando<br />
atender às necessidades<br />
de pesquisa<br />
dos setores envolvidos<br />
com a Informação<br />
Aeronáutica.<br />
O Manual de Rotas<br />
Aéreas (ROTAER) tem<br />
por objetivo atender<br />
às necessidades dos<br />
aeronavegantes que<br />
utilizam o espaço<br />
aéreo brasileiro,<br />
fazendo uso de<br />
pequenas aeronaves<br />
e que voam de<br />
acordo com as regras<br />
de vôo visual.<br />
O AIS no Brasil é<br />
proporcionado pelo<br />
<strong>DECEA</strong>, mas, em<br />
termos detalhados, quando se fala do AIS,<br />
estamos incluindo nele os seguintes Órgãos:<br />
· Divisão de Informações Aeronáuticas<br />
(D-AIS);<br />
· Seção de Informação Aeronáutica (S-AIS);<br />
· Centros de NOTAM (CGN/NOF/CRN);<br />
· Sala de Informação Aeronáutica de Aeródromo<br />
(<strong>DECEA</strong>/INFRAERO); e<br />
· Sala de Informação Aeronáutica de ACC.<br />
Embora não sejam órgãos AIS, o ICA e o<br />
PAME estão internamente relacionados com<br />
este serviço por terem as seguintes responsabilidades:<br />
· ICA - confecção das cartas aeronáuticas e<br />
algumas publicações da IAIP; e<br />
13<br />
· PAME - distribuição de todas as publicações<br />
de responsabilidade do <strong>DECEA</strong>.<br />
A INFRAERO possui em sua estrutura administrativa<br />
órgãos que funcionam como gerenciadores<br />
e prestadores do Serviço de Informações<br />
Aeronáuticas na Empresa. As empresas aéreas<br />
também possuem setores encarregados de<br />
prestar o serviço no seu âmbito operacional.<br />
Este serviço poderá ser desenvolvido também<br />
nas Seções de Navegação das Unidades<br />
Aéreas.<br />
A Divisão de Informações Aeronáuticas<br />
(D-AIS) é subordinada ao Subdepartamento<br />
de Operações do <strong>DECEA</strong> e tem por atribuição<br />
o trato das atividades referentes ao gerenciamento<br />
do Serviço de Informação Aeronáutica.<br />
Entre elas:<br />
· estudo e opinião sobre as normas e<br />
padrões estabelecidos por entidades nacionais<br />
e organizações internacionais às quais o<br />
Brasil esteja filiado;<br />
· notificação à OACI das diferenças entre<br />
a legislação brasileira e a editada por aquela<br />
Organização;<br />
· coordenação da participação do <strong>DECEA</strong><br />
em grupos e eventos internacionais relacionados<br />
à atividade;<br />
· estudo e elaboração de procedimentos,<br />
ações e recomendações visando aperfeiçoar a<br />
execução das atividades de Cartografia e Informação<br />
· supervisão do processo de fiscalização<br />
do cumprimento de normas e procedimentos<br />
operacionais, identificando as necessidades de<br />
reformulação, atualização e elaboração das<br />
mesmas;<br />
· supervisão do sistema de qualidade das<br />
informações aeronáuticas publicadas e de seus<br />
meios de divulgação aos usuários;<br />
· especificação das publicações de informação<br />
aeronáutica a serem editadas pelo Brasil,<br />
bem como o conteúdo das mesmas; e<br />
· análise e acompanhamento do desenvolvimento<br />
de sistemas automatizados AIS a serem<br />
implantados no SISCEAB.<br />
A Seção de Informação Aeronáutica (S-AIS)<br />
é subordinada à Subdivisão de Gerenciamento<br />
de Tráfego Aéreo (ATM) dos CINDACTAS ou à<br />
Divisão de Operações (DO) dos SRPV. A seção<br />
de informação aeronáutica, em sua área de<br />
jurisdição, tem como principais atribuições:<br />
· receber, analisar e encaminhar os pedidos
Continuação Eu não Sabia!<br />
de divulgação de informação aeronáutica;<br />
· gerenciar e inspecionar as Salas AIS; e<br />
· controlar o efetivo e a situação operacional<br />
do pessoal AIS.<br />
Os Centros de Notam (CGN/CRN/NOF) têm<br />
o propósito de organizar a coleta, o processamento<br />
e a divulgação da informação aeronáutica,<br />
de interesse imediato para a navegação,<br />
isto é, a informação que será divulgada através<br />
de NOTAM. Existem três tipos de centros<br />
de NOTAM: Centro Geral de NOTAM (CGN),<br />
Centro Internacional de NOTAM (NOF) e Centro<br />
Regional de NOTAM (CRN).<br />
O CGN tem por finalidade coordenar e fiscalizar<br />
técnica e operacionalmente os centros<br />
regionais de NOTAM, assim como processar<br />
e expedir NOTAM sobre ocorrências de interesse<br />
para a navegação aérea em todo território<br />
brasileiro e espaço aéreo sob jurisdição<br />
do Brasil, principalmente quando a informação<br />
a ser divulgada envolva a área de jurisdição<br />
de mais de um CRN, estando localizado<br />
no CINDACTA 1.<br />
O NOF Brasil é o único centro com capacidade<br />
e autoridade para fazer o intercâmbio<br />
de NOTAM com outros países. O NOF é a<br />
sede para recepção e despacho da informação<br />
aeronáutica procedente de outros países e<br />
daquela que se dirija a eles. Está localizado no<br />
CINDACTA 1 e mantém intercâmbio de NOTAM<br />
com aproximadamente oitenta e três países.<br />
Os CRN têm por finalidade processar e expedir<br />
NOTAM de divulgação nacional com informações<br />
relativas ao território e espaço aéreo<br />
sob jurisdição do SRPV ou CINDACTA ao qual<br />
são subordinados. São em número de seis e<br />
estão localizados em Recife, Rio de Janeiro,<br />
São Paulo, Curitiba, Brasília e Manaus.<br />
A Sala de Informação Aeronáutica de Aeródromo<br />
(SALA AIS) é um órgão do Sistema de<br />
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB),<br />
estabelecido com a finalidade de coletar, selecionar<br />
e fornecer aos aeronavegantes as informações<br />
aeronáuticas necessárias à realização<br />
segura, eficiente e regular de seus vôos, bem<br />
como receber e processar as mensagens ATS<br />
e CONFAC que lhe forem atribuídas.<br />
A Sala AIS é o local adequado para o planejamento<br />
de um vôo. Esse planejamento é<br />
realizado pelo usuário através da obtenção<br />
de informações atualizadas, necessárias à segurança<br />
e eficiência do vôo.<br />
As principais atribuições da Sala AIS são: a<br />
prestação do serviço de informação prévia ao<br />
vôo e o recebimento dos planos de vôo que<br />
são apresentados antes das saídas das aeronaves,<br />
bem como dos informes referentes ao serviço<br />
de tráfego aéreo.<br />
A Sala de Informação Aeronáutica de ACC<br />
tem por finalidade coletar, selecionar e divulgar<br />
ao Centro de Controle de Área as informações<br />
aeronáuticas que assegurem a condução<br />
eficiente, segura e regular do tráfego aéreo.<br />
A sua principal atribuição é colocar à disposição<br />
do ACC o boletim de informação prévia<br />
ao vôo, contendo todos os NOTAM da área<br />
de jurisdição do órgão, assim como divulgar<br />
as modificações e efetivações de publicações<br />
que afetem o serviço do órgão.<br />
Como toda atividade técnica, o AIS, para<br />
se desenvolver, precisa dispor de um quadro<br />
de pessoal capacitado para bem desempenhar<br />
as tarefas que lhe são inerentes e que<br />
atenda à política de capacitação e qualificação<br />
dos recursos humanos estabelecidos pelo<br />
Subgrupo AIS do GREPECAS da OACI.<br />
O crescente desenvolvimento tecnológico e<br />
o aumento do fluxo de tráfego aéreo são fatores<br />
determinantes para uma política de ampliação<br />
da capacitação e qualidade dos recursos<br />
humanos necessários ao atendimento e às<br />
exigências cada vez mais urgentes das áreas<br />
técnica e operacional das atividades de Informação<br />
Aeronáutica.<br />
Os órgãos de ensino credenciados no Brasil<br />
para a formação do Especialista AIS são a<br />
Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAr) e<br />
o Instituto de Proteção ao Vôo (IPV).<br />
O IPV também está credenciado para a reciclagem<br />
e a elevação de nível do Especialista<br />
AIS, através dos seguintes cursos:<br />
· Atualização Técnica em Informação Aeronáutica;<br />
· Supervisão de Órgão AIS; e<br />
· Chefia de Órgão AIS.<br />
O objetivo principal de um sistema automatizado<br />
AIS é melhorar a eficiência, precisão<br />
e economia dos serviços que são fornecidos<br />
pelo Banco de NOTAM, armazenando dados<br />
para recuperação e geração de boletins e relatórios<br />
ao aeronavegante. O Banco de NOTAM<br />
é o repositório de dados do AIP (inclusive<br />
Cartas), Suplemento AIP e dos NOTAM.<br />
Devido à complexidade de se desenvolver<br />
um sistema que contenha todas as informações<br />
aeronáuticas, o <strong>DECEA</strong> priorizou o desenvolvimento<br />
de um sistema para o gerenciamento<br />
dos NOTAM (SISNOTAM) e, em uma segunda<br />
fase, a concepção ou aquisição de um sistema<br />
para controle de Cartas e do AIP.<br />
Visando racionalizar o intercâmbio de<br />
NOTAM, o <strong>DECEA</strong> desenvolveu e faz a gerência,<br />
através da D-AIS, do SISNOTAM, que<br />
tem por objetivo armazenar os NOTAM nacionais,<br />
internacionais e estrangeiros, recebidos<br />
ou expedidos pelos Serviços de Informação<br />
Aeronáutica do Brasil, além de fornecer boletins<br />
de informação prévia ao vôo sempre atualizados<br />
e padronizados nas Salas AIS.<br />
O SISNOTAM foi estruturado como um sistema<br />
descentralizado, capaz de atender aos<br />
usuários espalhados pelo Brasil e pelos países<br />
com os quais o Brasil mantêm intercâmbio de<br />
NOTAM.<br />
A Sala AIS Virtual deverá ser projetada de<br />
forma a permitir o acesso as informações aeronáuticas<br />
e meteorológicas, a fim de atender aos<br />
usuários no tocante ao planejamento de um<br />
vôo, bem como, permitir o preenchimento de<br />
um plano de vôo ou notificação e endereçá-la<br />
automaticamente aos órgãos do SISCEAB que<br />
devam tomar ciência dessas mensagens.<br />
14<br />
Com a implantação dos Sistemas de Comunicação,<br />
Navegação, Vigilância e Gerenciamento<br />
de Tráfego Aéreo (CNS/ATM), à base de satélites,<br />
o AIS será necessariamente uma de suas<br />
partes integrantes, permitindo uma maior eficácia<br />
no fornecimento de serviços precisos e<br />
dinâmicos.<br />
Fundamentar o futuro AIS numa Base de<br />
Dados permitirá maior flexibilidade na manutenção<br />
de informação diante dos dados recopilados.<br />
Para obter esse nível de avanço, uma Base de<br />
Dados única, ou seja, NOTAM, Suplemento AIP,<br />
AIP, ROTAER e Cartas, dará suporte basilar ao<br />
serviço que - por sua vez - será o disseminador<br />
da doutrina AIS.<br />
A informação aeronáutica passa por diversas<br />
fases, desde a sua origem até o seu cancelamento<br />
ou incorporação às publicações. Nesse<br />
processo, ela pode tornar-se uma solicitação,<br />
um PRENOTAM, um NOTAM, Suplemento AIP,<br />
boletins e finalmente, poderá ser incorporada<br />
às publicações, através de uma emenda.<br />
Antes da divulgação, o AIS necessita cotejar,<br />
verificar, analisar e planejar a divulgação da<br />
informação que coleta, levando em conta o<br />
seu objetivo e a quem ela interessa.<br />
Antes de cada fase, a informação é, portanto,<br />
planejada, verificada, analisada, cotejada<br />
e coordenada, de modo que seja divulgada<br />
da melhor forma possível.<br />
Qualquer que seja a fase da informação em<br />
que o especialista trabalhe, ele sempre age<br />
entre um originador e um usuário, coordenando<br />
a ambos, um para que melhore a comunicação<br />
da informação prestada e o outro para<br />
que tire o melhor proveito do serviço oferecido.<br />
Enquanto uma parte do AIS planeja, verifica,<br />
autoriza, coordenando a divulgação diária de<br />
centenas de informações essenciais para a<br />
segurança de vôo no país e no mundo, a<br />
outra parte manuseia a informação divulgada,<br />
analisando, interpretando e disponibilizando<br />
para os usuários, através dos serviços de<br />
NOTAM, boletins, banco de dados, além das<br />
demais publicações (AIP, AIC e cartas).<br />
As informações disponibilizadas nesse serviço<br />
não devem conter erros ou ambigüidades,<br />
pois podem ser críticas e causar perigo<br />
à vida humana, prejuízos financeiros, cancelamentos<br />
de eventos e desperdício de tempo.<br />
Do mesmo modo, as perguntas dirigidas ao<br />
AIS devem resultar em respostas rápidas e<br />
fundamentadas.<br />
Analisando esses parâmetros, identifica-se<br />
a extensão das atividades AIS, suas ações e<br />
a dependência do usuário pela qualidade de<br />
seu trabalho.<br />
A meta de tudo o que foi exposto é mostrar<br />
o trabalho do AIS para todos aqueles<br />
que operem no controle do espaço aéreo<br />
e têm como objetivo principal na sua rotina<br />
de trabalho, a regularidade, a eficiência e a<br />
segurança de vôo.
Ao instituir a função de “Apoio ao Homem”,<br />
o Departamento de Controle do Espaço<br />
Aéreo (<strong>DECEA</strong>) resgatou a tradição originada<br />
na extinta Diretoria de Rotas Aéreas, face às<br />
necessidades decorrentes do desdobramento<br />
de homens e equipamentos da proteção ao<br />
vôo por todo o Território Nacional, em atendimento<br />
aos crescentes requisitos da navegação<br />
aérea.<br />
O desenvolvimento das Organizações envolveu<br />
uma evolução dos seus focos de atuação<br />
no decorrer dos tempos e das suas conquistas.<br />
Partindo da visão mecanicista, onde o<br />
centro era a máquina, passando pela análise<br />
dos processos e sua compreensão sistêmica<br />
até a visão atual, em que o olhar se debruça<br />
sobre as pessoas que detêm em si a capacidade<br />
de potencializar, receber e distribuir<br />
conhecimentos, harmonizar as diversas interações<br />
que se fazem necessárias, sendo o<br />
Em cumprimento ao seu Plano de Avaliação Operacional, o <strong>DECEA</strong><br />
realizou a 5ª Reunião Anual de Controladores de Operações Militares<br />
(RACOAM). O evento aconteceu no CINDACTA 1, no período de 24<br />
a 26 de agosto, e contou com a participação de representantes de<br />
todos os órgãos de Controle de Operações Aéreas Militares do Brasil.<br />
A cerimônia de abertura foi presidida pelo Exmo. Sr. Chefe do Subdepartamento<br />
de Operações do <strong>DECEA</strong>, o Brig do Ar Ailton dos Santos<br />
Pohlmann.<br />
Além das competições entre as Unidades, ocorreu também uma Reunião<br />
de Comandantes, quando foram tratados vários assuntos de interesse<br />
e definidas linhas de ação dos elos permanentes do Sistema de<br />
Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA); e um Simpósio de Defesa<br />
Aérea, abrilhantado pelas seguintes palestras:<br />
SISDABRA na Amazônia<br />
C2 na FAB<br />
Força Tarefa Combinada<br />
CFOpM - uma Realidade<br />
grande diferencial das organizações bemsucedidas.<br />
Alinhado com as mais recentes práticas na<br />
administração e na busca da excelência organizacional,<br />
o <strong>DECEA</strong> estabelece o Apoio ao<br />
Homem. Pautadas numa visão holística e através<br />
da compreensão das necessidades humanas,<br />
as ações de apoio ao homem buscam<br />
atender às aspirações pessoais e ao desenvolvimento<br />
profissional do efetivo do Sistema de<br />
Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB).<br />
A Divisão de Apoio ao Homem (D-APH),<br />
subordinada ao Subdepartamento de Administração<br />
do <strong>DECEA</strong>, atua como elo divulgador<br />
e facilitador dos Sistemas já instituídos no<br />
Comando da Aeronáutica nas áreas de Saúde,<br />
Psicologia, Assistência Social, e Segurança e<br />
Defesa.<br />
Diante de um efetivo de mais de treze mil<br />
pessoas e da capilaridade do Sistema, a D-APH<br />
Olhar Social<br />
Responsabilidade com nova dimensão<br />
15<br />
tem, também, dentre as suas atribuições, proporcionar<br />
suporte técnico e financeiro, através<br />
do Programa de Trabalho do <strong>DECEA</strong>, direcionados<br />
para soluções otimizadas às atividades<br />
de Gerenciamento do Estresse, Planejamento<br />
do Orçamento Familiar, Gestão da Qualidade,<br />
Higiene e Segurança do Trabalho no Controle<br />
do Espaço Aéreo, Prevenção ao Uso Abusivo<br />
de Substâncias Químicas e outros. Todas<br />
estas atividades estão registradas em Guias Práticos<br />
que podem ser encontrados na Intraer<br />
(www.decea.intraer/sdad/DAPH/index.asp).<br />
A criação de um setor dedicado exclusivamente<br />
às questões de apoio e valorização do<br />
ser humano, possibilitou ao <strong>DECEA</strong> mais um<br />
passo em busca da melhoria contínua da qualidade<br />
de vida dos integrantes do SISCEAB.<br />
Nos próximos números estaremos divulgando<br />
os trabalhos desenvolvidos pelo Apoio<br />
ao Homem. Fique de olho!<br />
<strong>DECEA</strong> realiza 5ª RACOAM<br />
Maj Brig do Ar Atheneu Francisco Terra de Azambuja<br />
(Comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro)<br />
Brig do Ar Roberto de Medeiros Dantas<br />
(Chefe do Centro de Comando e Controle de Operações Aéreas)<br />
Joanes Gregoratto - Cel Av<br />
(Vice-chefe do Centro de Comando e Controle de Operações<br />
Aéreas)<br />
João Batista Oliveira Xavier - Ten Cel<br />
(Diretor de Operações da Comissão de Implantação do Sistema de<br />
Controle do Espaço Aéreo)<br />
Representantes de todos os Órgãos presentes à reunião<br />
Fizeram parte da competição uma maratona intelectual e um cenário<br />
simulado onde as equipes gerenciaram o espaço aéreo a fim de prover<br />
a Defesa Aeroespacial do território amigo. Uma equipe do COMDABRA<br />
ficou encarregada do julgamento do cenário supracitado, auxiliando no<br />
sucesso do evento.<br />
A equipe do CINDACTA 1 sagrou-se campeã da competição e a do<br />
CINDACTA 2 foi a vice-campeã.<br />
Ficou explícito, durante os dias do evento, o bom preparo de todos<br />
os órgãos de controle de operações aéreas militares (OCOAM) participantes.<br />
A dedicação e a vibração demonstradas foram marcantes e<br />
comprovaram, mais uma vez, o profissionalismo dos elos do Sistema<br />
que provê a segurança do espaço aéreo brasileiro.
As Instituições de Ensino do Comando da<br />
Aeronáutica (COMAER), através do Departamento<br />
de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), são<br />
responsáveis pelos cursos de formação de Oficiais<br />
e Graduados, que suportam as atividades<br />
funcionais necessárias a uma atuação, eficiente<br />
e eficaz, no atendimento às exigências evolutivas<br />
de uma tecnologia crescente a passos<br />
cada vez mais rápidos.<br />
Assim, é importante que os Currículos Mínimos<br />
(CM) daqueles cursos sejam revistos com<br />
uma certa periodicidade, visando o acompanhamento<br />
daquela evolução.<br />
Meu objetivo, ao escrever este artigo, é<br />
informar e incentivar os graduados da especialidade<br />
de Comunicações (BCO) a continuarem<br />
na busca do aperfeiçoamento profissional,<br />
visando seu bom desempenho em prol do<br />
melhor aproveitamento nas diversas Organizações<br />
do Comando da Aeronáutica, além de<br />
fornecer aos Comandantes de Organizações<br />
Militares do COMAER um melhor conhecimento<br />
deste profissional.<br />
É importante salientar que a Escola de Especialistas<br />
da Aeronáutica (EEAR), Organização<br />
de Ensino subordinada ao DEPENS, tem realizado,<br />
em parceria com os demais Grandes<br />
Comandos do COMAER, gestões no sentido<br />
de atualizar o currículo escolar daquelas diversas<br />
especialidades. Permito-me a liberdade de<br />
comentar a reformulação na formação do graduado<br />
especialista em Comunicações (QSS<br />
BCO), realizada em parceria com o Departamento<br />
de Controle do Espaço Aéreo (<strong>DECEA</strong>)<br />
no período de 1998 a 2000, quando foram<br />
realizadas importantes modificações naquele<br />
currículo.<br />
O graduado BCO, que tradicionalmente<br />
sempre foi conhecido como operador de<br />
Estação de Telecomunicações Administrativas,<br />
Aeronáuticas e Militares, passou, a partir da<br />
reformulação, a se capacitar para executar ser-<br />
As atividades de um<br />
Graduado Especialista<br />
em Comunicações<br />
viços que vão além daquelas de, simplesmente,<br />
operar uma Estação de Telecomunicações. Já<br />
no ano de 1998, quando designado pela<br />
então Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo<br />
(DEPV), para coordenar os trabalhos de reformulação<br />
do currículo de formação do graduado<br />
BCO, iniciei os trabalhos com informações<br />
de que haveriam estudos no sentido de se elaborar<br />
uma nova concepção na tramitação de<br />
mensagens administrativas. Logo, haveria grandes<br />
possibilidades de abolição das Estações<br />
de Telecomunicações Administrativas, permanecendo<br />
em atividade somente as Estações de<br />
Telecomunicações Aeronáuticas e Militares.<br />
Assim, foi constituído um Grupo de Trabalho,<br />
sob minha coordenação, com integrantes<br />
do Instituto de Proteção ao Vôo (IPV), da DEPV<br />
(hoje <strong>DECEA</strong>) e da EEAR, a fim de iniciar as referidas<br />
modificações.<br />
Iniciados os trabalhos e após terem sido<br />
realizadas visitas a diversas Organizações Militares<br />
onde eu atuava, elaborou-se uma nova<br />
concepção operacional do graduado BCO,<br />
prevendo, como primeira ação, reformar as instalações<br />
de todo o Pavilhão de Ensino existente<br />
para os graduados BCO, visando a modernização<br />
de laboratórios, simuladores e salas de<br />
aula e, em seguida, reformular o Currículo<br />
Mínimo (CM). Esta reestruturação do Pavilhão<br />
de Ensino, aliada à reformulação do CM, foi<br />
realizada ocorrendo sua conclusão no final do<br />
ano de 1999.<br />
Em conseqüência, os graduados BCO formados<br />
a partir do ano 2000 passaram a ter não só<br />
uma melhor formação, mas também conhecimentos<br />
necessários para atuação na operação<br />
e identificação de inoperâncias de software e<br />
hardware em redes de microcomputadores,<br />
proporcionando-lhes a possibilidade de exercer<br />
atividades na área de informática. Sua utilização<br />
em operação de Painéis de Inspeção<br />
em Vôo, em aeronaves laboratórios, torna-<br />
16<br />
CAMPOS - Ten Cel<br />
Militar da ativa, ingressou<br />
nas fileiras da FAB, através<br />
da Escola de Especialistas da<br />
Aeronáutica (EEAR), em 01 de<br />
outubro de 1965. Realizou o<br />
curso de Oficiais Especialistas<br />
em Comunicações na antiga<br />
Escola de Oficiais Especialistas<br />
da Aeronáutica, no período<br />
de 1980 a 1981. Atualmente<br />
serve no Instituto de Proteção<br />
ao Vôo (IPV), em São José dos<br />
Campos, SP, como Especialista<br />
em Comunicações.<br />
ram-se mais visíveis, embora isso não exclua<br />
a necessidade de realização de cursos específicos<br />
nesta área. Os conhecimentos adquiridos<br />
em conformidade com este novo CM<br />
também estão adequados a sua utilização em<br />
atividades de operações a bordo de aeronaves,<br />
compondo equipagem de combate eletrônico.<br />
Vale salientar que o graduado BCO<br />
exercendo funções na área de Busca e Salvamento<br />
está, atualmente, sendo elogiado pelo<br />
seu desempenho, considerando seus conhecimentos<br />
operacionais em equipamentos rádiotelefônicos.<br />
Além do citado até o momento,<br />
este profissional poderá ser utilizado na operação<br />
e supervisão de redes de microcomputadores,<br />
após a realização de cursos existentes<br />
no IPV.<br />
É importante salientar, também, que nas<br />
Estações de Telecomunicações Administrativas,<br />
apesar de estarem na iminência de “sucumbir”,<br />
o graduado BCO, atualmente operando e<br />
supervisionando estas Estações, será utilizado<br />
na supervisão da nova Rede de Comutação<br />
Automática de Mensagens (NOVA RACAM), a<br />
ter o início de suas atividades previsto para o<br />
início de 2005.<br />
É importante salientar que este graduado<br />
BCO continua a operar as Estações de Telecomunicações<br />
Aeronáuticas, e que sua eficiência<br />
e eficácia tem sido objeto de elogios por parte<br />
daqueles que os comandam.<br />
Assim, é importante lembrar que o campo<br />
de ação dos graduados BCO é muito maior do<br />
que simplesmente operar aquelas Estações.<br />
Assim exposto, espero que este artigo sirva<br />
para esclarecer a todos a atuação e a importância<br />
do graduado BCO no âmbito do COMAER,<br />
além de esperar que sirva de incentivo para<br />
que esses valorosos graduados continuem a<br />
buscar a excelência da qualidade no serviço,<br />
procurando sempre atender a segurança da<br />
navegação aérea e, consequentemente, do<br />
material humano.
Tudo começou com a ousadia, dedicação<br />
e persistência de Alberto Santos-<br />
Dumont que - pelo enorme interesse<br />
demonstrado pela construção de balões -<br />
fez subir ao espaço, no dia 18 de setembro<br />
de 1898, o primeiro de uma série desses<br />
engenhos.<br />
Satisfeito com os resultados conseguidos<br />
na dirigibilidade de seus balões, Santos-Dumont,<br />
em 19 de outubro de 1901,<br />
apresentou-se para disputar o prêmio<br />
“Deutsch de la Meurthe”, cujo itinerário<br />
consistia na circunavegação da Torre Eiffel<br />
dentro do prazo de trinta minutos, conseguindo<br />
realizar a façanha.<br />
Em 1905, Santos-Dumont iniciou suas<br />
experiências com “o mais pesado do que<br />
o ar” - o aeroplano. No ano seguinte, no<br />
dia 23 de outubro, obteve grande êxito<br />
com o aparelho “14-Bis”, em experiências<br />
no Champ de Bagatelle. Neste local, em 12<br />
de novembro de 1906, sob controle do<br />
aeroclube da França, estabeleceu os primeiros<br />
recordes de aviação do mundo.<br />
Com o sucesso conseguido com “o mais<br />
pesado que o ar”, surgiu a necessidade de<br />
se criar políticas para reger a ocupação do<br />
espaço aéreo.<br />
Quase cem anos depois, consolidam-se<br />
as ações de apoio e suporte ao vôo,<br />
através do <strong>DECEA</strong> (Departamento de Controle<br />
do Espaço Aéreo), órgão central do<br />
SISCEAB (Sistema de Controle do Espaço<br />
Aéreo Brasileiro), ao qual compete o planejamento,<br />
a aprovação de implementação<br />
de órgãos, equipamentos e sistemas,<br />
bem como a coordenação sistemática, o<br />
controle e a supervisão técnica/operacional<br />
dos órgãos, subordinados ou não, encarregados<br />
pelas atividades ligadas à circulação<br />
aérea nacional e às telecomunicações<br />
e informática do Comando da Aeronáutica<br />
(COMAER).<br />
Entre as diversas unidades que compõem<br />
o Departamento, há uma que cultua o espírito<br />
de vanguarda sem, contudo, abandonar<br />
suas mais caras tradições: o Instituto de<br />
Proteção ao Vôo (IPV), futuro Instituto de<br />
Controle do Espaço Aéreo que, em assuntos<br />
tão plurais, abre sendas ainda não percorridas,<br />
criando respostas determinadas e<br />
coerentes às necessidades do SISCEAB.<br />
Criado em 1978, o IPV justifica sua existência<br />
em dois pilares: ensino e pesquisa<br />
& desenvolvimento. Ao Instituto compete<br />
a formação, elevação de nível e aperfeiçoamento<br />
dos recursos humanos do<br />
O Instituto de<br />
Proteção<br />
ao Vôo<br />
Carlos Alberto da Rocha Moreira - Cel Av<br />
Diretor do IPV<br />
SISCEAB, utilizando-se de meios sofisticados<br />
de simulação que, em sua grande maioria,<br />
foram desenvolvidos na própria casa.<br />
Através da realização de estudos e desenvolvimento<br />
de projetos do interesse do<br />
SISCEAB, o IPV ensaia novas tecnologias e<br />
apóia a implantação de novos órgãos.<br />
Para o aperfeiçoamento dos recursos<br />
humanos do SISCEAB são oferecidos, aproximadamente,<br />
36 cursos nas áreas de Busca<br />
e Salvamento, Controle de Tráfego Aéreo,<br />
CNS (Comunicação, Navegação e Vigilância),<br />
Auxílios à Navegação, Telecomunicações,<br />
Eletrônica, Informática, Informações<br />
Aeronáuticas e Meteorologia.<br />
O IPV se vale da utilização de simuladores<br />
para treinamento de controladores de<br />
tráfego aéreo desde meados da década<br />
de 70, quando os primeiros equipamentos<br />
foram adquiridos no exterior junto com os<br />
sistemas automatizados do Primeiro Centro<br />
Integrado de Defesa e Controle do Espaço<br />
Aéreo (CINDACTA 1).<br />
O custo elevado de manutenção dos<br />
simuladores importados, a dificuldade de<br />
customização à realidade brasileira, aliados<br />
à vontade, criatividade e abnegação de<br />
profissionais de controle de tráfego aéreo,<br />
analistas de sistemas e engenheiros de computação<br />
e eletrônica, fizeram com que o<br />
Instituto se dedicasse ao projeto e desenvolvimento<br />
de um sistema de simulação<br />
nacional que atendesse a formação de controladores<br />
de tráfego aéreo, para operação<br />
dos radares dos controles de aproximação<br />
e dos centros de controle de área.<br />
O projeto inicial alavancou, junto ao Projeto<br />
do Programa das Nações Unidas para<br />
o Desenvolvimento (PNUD) e ao Instituto<br />
Tecnológico da Aeronáutica (ITA), a pesquisa<br />
e o desenvolvimento de outras aplicações<br />
voltadas para utilização em centros<br />
de controle de área, controles de aeródromo,<br />
radares de precisão, recalada e<br />
17<br />
visualização sintética de radares, ampliando<br />
o portifólio desses sistemas para emprego<br />
nos cursos e treinamentos continuados<br />
(reciclagens operacionais), tanto dentro<br />
do IPV como em outras organizações do<br />
<strong>DECEA</strong>.<br />
A evolução para sistemas de simulação<br />
de baixo custo propiciou a implantação<br />
dos simuladores desenvolvidos pelo IPV em<br />
onze países da América Latina, projeto este<br />
indicado por excelência pela Organização<br />
de Aviação Civil Internacional (OACI).<br />
Atualmente, os sistemas de simulação<br />
estão adequados aos mais altos padrões de<br />
Tecnologia de Informação e obedecendo<br />
exigências cada vez maiores na aplicação<br />
de instrução especializada de controle de<br />
tráfego aéreo, tanto radar quanto procedural.<br />
Na busca de se manter a excelência na<br />
área de instrução e simulação aplicados<br />
ao controle de tráfego aéreo, o IPV recebeu,<br />
recentemente, o Simulador para Torre<br />
de Controle de Aeródromo Tridimensional,<br />
que permite a visualização de cenários de<br />
aeroportos nacionais com um alto grau de<br />
realismo, integrados aos mais modernos<br />
recursos de computação gráfica, possibilitando<br />
o desenvolvimento de habilidades<br />
específicas que agregam um valor ainda<br />
maior à missão de ensino do Instituto.<br />
Este simulador tridimensional atende,<br />
numa primeira fase, o treinamento de<br />
controladores da Torre de Controle dos<br />
Aeródromos de Guarulhos (SP) e do Santos-Dumont<br />
(RJ), operadas pela INFRAERO,<br />
e apóia o treinamento em técnicas de operação<br />
em controle de helicópteros dos<br />
controladores de tráfego aéreo do Destacamento<br />
de Controle do Espaço Aéreo<br />
de São Paulo (DTCEA-SP). A partir do<br />
segundo semestre, o curso de formação<br />
de controladores de tráfego aéreo, realizado<br />
anualmente para a formação de recursos<br />
humanos da INFRAERO, contará com o<br />
suporte e recursos desse simulador.<br />
O IPV - formando, treinando e reciclando<br />
pessoal do SISCEAB e, em paralelo, desenvolvendo<br />
estudos e projetos de interesse<br />
do Sistema - é prova do profissionalismo,<br />
da seriedade, do cuidado e do carinho<br />
com que o COMAER, por meio do <strong>DECEA</strong>,<br />
conduz a atividade “controle de tráfego<br />
aéreo”.<br />
“O IPV abre sendas ainda não percorridas,<br />
criando respostas determinadas e coerentes<br />
às necessidades do SISCEAB”.
Ângela Maria do Carmo Ferraz - 1º Ten QCOA ADE<br />
Chefe da Seção de Pessoal Militar do <strong>DECEA</strong><br />
Passado o fim de semana, em meio<br />
à preguiça de domingo e às cobranças<br />
familiares, não conseguia arrumar<br />
um tempo para organizar os pensamentos<br />
e deixar fluir um título para o artigo que<br />
me fora encomendado pela Assessoria de<br />
Comunicação Social de minha Unidade.<br />
Fechando os olhos tentava imaginar o maior<br />
estádio do mundo com suas cadeiras ocupadas<br />
por mentes e corações de aproximadamente<br />
13.000 representantes do<br />
SISCEAB. As autoridades garbosamente discursavam<br />
aos presentes, e eu ali, atenta ao<br />
assunto, aquiescia em voz baixa, e, sem<br />
perceber, já participava do discurso, sentindo<br />
uma vontade incontida de falar, bradar<br />
para que todos pudessem ouvir. Movida<br />
por essa vontade, não contive o impulso<br />
de erguer o braço direito, como se fosse<br />
permitido a esta simples mortal interromper<br />
a série de brilhantes discursos, com o fito<br />
único de bradar, aos quatro cantos, quão<br />
necessário se fazia que muitos daqueles que<br />
demonstravam esmorecimento, em meio às<br />
dificuldades da jornada e da própria vida,<br />
tivessem ao menos parte desta garra e<br />
desta determinação, que carrego comigo.<br />
A minha visão clínica de administradora me<br />
permite levantar a bandeira do “homem<br />
certo no lugar certo”, pois muito desse<br />
esmorecimento se explica pelo aproveitamento<br />
inadequado de profissionais, que<br />
têm um potencial enorme para determinadas<br />
atividades, e são achatados pela<br />
falta de incentivo<br />
das próprias<br />
chefias, que, no<br />
afã de atenderem<br />
a<br />
s u b o b j e t i v o s<br />
mais imediatos,<br />
descomprometem-se<br />
com o<br />
objetivo maior<br />
que é a satisfação<br />
do próprio<br />
homem. A coragem<br />
do administrador<br />
é o mais<br />
eficaz remédio para combater a amnésia,<br />
que nos faz esquecer as brilhantes idéias<br />
surgidas no dia-a-dia do ambiente de trabalho.<br />
Seja por acomodação, seja por<br />
desentrosamento ou mesmo por falta de<br />
minuciosa avaliação, corremos sempre o<br />
risco de supervalorizar o organograma em<br />
detrimento do fator humano, deixando para<br />
trás o papel importante do chefe que é<br />
poder comunicar e estimular os subordinados<br />
a empenharem altos níveis de esforço,<br />
elevando o potencial individual.<br />
Diante disso, não podemos esquecer da<br />
natureza militar de nossa atividade, que nos<br />
move a preservarmos a todo custo a hierarquia<br />
e a disciplina, pilares da vida castrense,<br />
todavia, o mundo gira e tudo evolui,<br />
levando-nos a atentar para que, quando<br />
da passagem dos servidores, civis ou militares,<br />
com seus crachás pelas catracas de<br />
controle, ali não esteja ocorrendo apenas<br />
uma ação contábil, e sim a passagem de<br />
uma pessoa carregada com seus problemas,<br />
medos, anseios, tensões diárias, mas,<br />
acima de tudo, soluções palpáveis para<br />
o desenvolvimento do SISCEAB, soluções<br />
essas que só aflorarão mediante o incentivo,<br />
a capacitação, viabilização da concretização<br />
de novos projetos e dos velhos<br />
projetos engavetados por injunções orçamentárias,<br />
atendendo às normas de economicidade,<br />
ditadas pela atual conjuntura.<br />
As dificuldades são maiores nos setores<br />
18<br />
Administração<br />
&<br />
Coragem<br />
“Esmorecimento se explica pelo aproveitamento<br />
inadequado de profissionais que têm um potencial<br />
enorme para determinadas atividades”<br />
responsáveis pelo contato direto com o<br />
público, caso específico do setor de pessoal<br />
(RH). Na qualidade de Chefe da Seção<br />
de Pessoal Militar do <strong>DECEA</strong>, deparo-me,<br />
não raro, com militares de outras Organizações<br />
Militares do Rio de Janeiro e de outros<br />
estados, solicitando estágio no setor. Não<br />
sei se me sinto orgulhosa ou curiosa, pois<br />
o orgulho nasce da divulgação positiva que<br />
é feita pelos que são por nós atendidos e<br />
se encarregam de despertar a curiosidade<br />
nas chefias das outras OM. Como é possível<br />
alguém estar há tanto tempo à frente<br />
do setor de pessoal, mantendo elevado<br />
nível de motivação e prazer? (Haja vista<br />
aquele setor ser, quase sempre, estigmatizado<br />
como fonte de desgaste, estresse,<br />
cobranças e trabalho excessivo.) Quanto<br />
à curiosidade, atributo feminino, esta se<br />
explica na mesma via do orgulho: como<br />
será que estão funcionando os setores de<br />
pessoal das demais unidades?<br />
Certamente, a formação acadêmica<br />
colhida na universidade em muito me auxilia<br />
na condução do meu trabalho, pelo menos<br />
tecnicamente. Todavia, a experiência de<br />
vida colhida com base nas dificuldades que<br />
vivi na infância e adolescência, as muitas<br />
lições aprendidas em vários anos de magistério<br />
e a maternidade, por exemplo, lapidaram<br />
meu caráter e se consolidaram na<br />
minha maneira de ser. Minha personalidade<br />
resulta no modo como sou tratada pelas<br />
pessoas. Não raro sou chamada de Capitão<br />
e isto é muito sintomático. Ao tempo em<br />
que agradeço a “promoção” antecipada,<br />
entendo que o melhor mesmo é mesclar os<br />
ditames acadêmicos com a experiência de<br />
vida e seguir conduzindo meu trabalho na<br />
Administração de Pessoal na Força Aérea,<br />
juntando os princípios da vida militar com a<br />
sensibilidade adquirida no trato com as pessoas<br />
em seu cotidiano, a par das modernas<br />
técnicas de gerência de recursos humanos<br />
postos à nossa disposição.<br />
Agora sim e, antes que me empolgue<br />
demais, creio já ser possível achar um titulo<br />
para este artigo: Administração & Coragem.
Em consonância com o Governo Federal,<br />
que iniciou em 23 de março de 2004 a<br />
agenda de atividades do Ano Íbero-Americano<br />
da Pessoa Portadora de Necessidades<br />
Especiais, o Primeiro Centro Integrado<br />
de Defesa Aérea e Controle de Tráfego<br />
Aéreo (CINDACTA 1) iniciou um processo<br />
de adaptação de suas instalações prediais<br />
para atender as Leis Federais nº 10.048 e<br />
10.098 que tratam de Acessibilidade das<br />
Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais<br />
e Pessoas com Mobilidade Reduzida.<br />
No intuito de promover uma continuada<br />
capacitação profissional de seu quadro<br />
de controladores, o CINDACTA 1 iniciou,<br />
no mês de agosto deste ano, um novo<br />
programa de treinamento de Linguagem<br />
Internacional de Aviação, visando ao aprimoramento<br />
das comunicações em Língua<br />
Inglesa.<br />
Para a implementação do programa, o<br />
Laboratório de Idiomas do CINDACTA 1<br />
recebeu um conjunto de computadores e<br />
software ad hoc de última geração, com<br />
O Primeiro Centro Integrado de<br />
Defesa Aérea e Controle de Tráfego<br />
Aéreo (CINDACTA 1) realizou, nos dias<br />
23 e 24 de setembro de 2004, a<br />
segunda fase do Programa de Reestruturação<br />
do Orçamento Familiar, que<br />
CINDACTA 1<br />
Pioneiro em busca do Certificado<br />
de Acessibilidade<br />
Foram implantadas vagas especiais no<br />
estacionamento, banheiro especial exclusivo,<br />
rampas nas calçadas e, a partir deste<br />
ano, foi estabelecido que todas as reformas<br />
realizadas deverão seguir a NBR 9050:1994<br />
(Norma Técnica Brasileira de Acessibilidade<br />
de pessoas portadoras de deficiências a<br />
edificações, espaço, mobiliário e equipamento<br />
urbanos). A meta a ser alcançada é<br />
a obtenção do 1º Certificado de Acessibilidade<br />
atribuído a uma Organização Militar.<br />
De acordo com o Censo realizado pelo<br />
capacidade para oito posições de treinamento.<br />
Com duas semanas de duração, o curso<br />
cobre de maneira intensiva os aspectos<br />
de fraseologia abordados na IMA 100-12<br />
(Regras do Ar e Serviços de Tráfego Aéreo),<br />
bem como amplia as oportunidades de<br />
treinamento, utilizando material didático<br />
de origem americana (FAA) e européia<br />
(OACI).<br />
No que se refere à Defesa Aérea, o<br />
novo programa foi adaptado para atender<br />
19<br />
IBGE, em 2000, 14,5 % da população brasileira<br />
apresenta algum grau de limitação ou<br />
deficiência. São cerca de 25 milhões de<br />
brasileiros que precisam ser inseridos na<br />
sociedade e aceitos com suas diferenças.<br />
O CINDACTA 1 recebe, com freqüência,<br />
delegações nacionais e estrangeiras.<br />
Logo, medidas como estas, além de cumprir<br />
o estabelecido em leis federais, evitam<br />
constrangimentos e contribuem para a boa<br />
imagem da Organização.<br />
CINDACTA 1<br />
Novo programa de treinamento para controladores<br />
de tráfego aéreo<br />
constou de palestras de sensibilização<br />
para todo o efetivo da Organização.<br />
O objetivo do Programa é orientar<br />
sobre as questões relativas ao planejamento<br />
do orçamento familiar: economia<br />
doméstica, perfil de consumo<br />
a outras Unidades do <strong>DECEA</strong>, como o<br />
1° GCC e os CINDACTAs 2 e 3, através<br />
de estágios para Controladores de Operações<br />
Aéreas Militares designados para atuar<br />
em missões envolvendo a participação de<br />
nações amigas, que utilizam o idioma inglês<br />
como língua comum.<br />
A iniciativa do CINDACTA 1, que se<br />
propõe a reciclar progressivamente todo<br />
o efetivo do ACC-BS, COPM1, APP-BR e<br />
TWR-BR, foi muito bem recebida pelas primeiras<br />
turmas de alunos participantes.<br />
CINDACTA 1<br />
Realizada a segunda fase do<br />
Programa de Reestruturação<br />
do Orçamento Familiar<br />
e direitos do consumidor, geração de<br />
renda e negociação de dívidas.<br />
O programa prevê, ainda, a realização<br />
de outras fases que serão implementadas<br />
oportunamente.
No último dia 25 de agosto deu-se<br />
por encerrada com sucesso mais uma<br />
missão de busca e salvamento.<br />
No dia anterior, por volta das 07:50h<br />
local, um monomotor Cessna-210, com<br />
o motor estourado, informou à rádio<br />
Altamira que iria tentar efetuar um pouso<br />
de emergência na pista Koatinemo, situada<br />
na reserva indígena Koatinemo,<br />
localizada ao sul de Altamira. Na aeronave<br />
estavam, além do piloto, sua<br />
esposa e um casal de amigos.<br />
Imediatamente, o Serviço de Busca<br />
e Salvamento do SRPV-MN, SALVAERO<br />
Amazônico, iniciou os procedimentos<br />
de busca, acionando o Centro de Controle<br />
de Missão Brasileiro (BRMCC) do<br />
Programa COSPAS-SARSAT para possível<br />
captação do sinal de emergência.<br />
Ato contínuo, acionou o Comando<br />
de Operações Aéreas da 2ª Força<br />
Aérea (COA-2) que prontamente disponibilizou<br />
uma aeronave P-95 (FAB<br />
7051) do 3º/7º GAv, uma aeronave<br />
SC-95 (FAB 6543) do 2º/10º GAv e<br />
um helicóptero UH-1H (FAB 8677) do<br />
1º/8º GAv. Houve ainda o engajamento<br />
de um helicóptero, tipo AS-350BA, da<br />
Marinha (Marinha 7080).<br />
Os quatro sobreviventes passaram<br />
mais de 24 horas no local em que a<br />
aeronave caiu, a espera de socorro,<br />
Busca e Salvamento:<br />
aventuras com<br />
final feliz<br />
tendo que superar, durante aquelas<br />
horas de angústia e medo, a dor dos<br />
ferimentos, o frio e a escuridão da<br />
selva.<br />
Como medida de chamar a atenção<br />
de aeronaves que pudessem estar passando<br />
pelo local, fizeram fogueiras na<br />
esperança de que a fumaça pudesse<br />
apontar a sua localização.<br />
Os sinais emitidos pelo ELT (Transmissor<br />
Localizador de Emergência) da<br />
aeronave acidentada foram captados<br />
pelos satélites COSPAS-SARSAT, processados<br />
e localizados pelo Centro de<br />
Controle de Missão Brasil. A localização<br />
apontada pelo BRMCC e a fumaça da<br />
fogueira feita pelos sobreviventes facilitaram<br />
o encontro da aeronave acidentada<br />
e de seus ocupantes.<br />
O piloto foi encontrado pela equipe<br />
de resgate com as duas pernas fraturadas<br />
e os demais tripulantes com<br />
ferimentos leves. Todos foram transportados<br />
para Altamira-PA, onde, sob a<br />
coordenação da FUNASA, seguiram de<br />
ambulância para o hospital da cidade.<br />
A pronta resposta do Serviço de<br />
Busca e Salvamento Aeronáutico possibilitou<br />
que mais essa missão, dentre<br />
inúmeras já realizadas, tivessem um<br />
desfecho feliz.<br />
20
A eficácia no gerenciamento do tráfego<br />
aéreo é diretamente dependente da<br />
qualidade das telecomunicações que o<br />
suporta, porque são exatamente as telecomunicações<br />
que garantem a fluidez na<br />
tramitação das mensagens.<br />
Reconhecidamente, o Sistema de Controle<br />
do Espaço Aéreo Brasileiro<br />
(SISCEAB) detém o que há de mais<br />
moderno em telecomunicações, contando<br />
com uma sofisticada rede de<br />
comunicações que viabiliza a tramitação<br />
de mensagens operacionais (ou de outra<br />
natureza) de forma simplificada e otimizada<br />
e acrescenta velocidade e confiabilidade<br />
aos processos.<br />
Estar sempre atualizado com o que há<br />
de mais avançado é o que caracteriza<br />
a expressão Estado da Arte, isto é, não<br />
chegar a conviver com a obsolescência.<br />
Neste sentido, o Subdepartamento de<br />
Logística do <strong>DECEA</strong>, através da Divisão de<br />
Telecomunicações, está planejando reestruturar<br />
a rede de enlaces terrestre (que<br />
hoje funciona como espinha dorsal de<br />
interligação dos meios de comunicação),<br />
substituindo a malha atual de canais analógicos<br />
e de canais digitais dedicados<br />
(que representam um extenso volume de<br />
meios de comunicação pouco compartilhados<br />
por diferentes aplicações) por<br />
um moderno modelo, baseado em uma<br />
rede, não mais, em enlaces, conhecido<br />
como, MPLS (Multiprotocol Label Switching).<br />
Tratando de traduzir o que seja o<br />
MPLS, bastaria dizer que o novo modelo<br />
permite a agregação de diversos enlaces<br />
dos atualmente existentes (cada um dedi-<br />
Vem aí o Backbone<br />
MPLS do <strong>DECEA</strong><br />
Backbone MPLS é a espinha dorsal de comunicações capaz de<br />
interligar redes de comunicação regionais entre si, em todo<br />
o país, com tecnologia capaz de se adaptar a diferentes<br />
requisitos de comunicação - comunicação de voz,<br />
vídeo, dados, comunicação automática<br />
entre aplicativos etc<br />
cado ao escoamento de informações de<br />
um tipo - comunicação de voz ou comunicação<br />
de dados, por exemplo), em um<br />
enlace único para uma rede de distribuição<br />
de informações capaz de tratar os<br />
diferentes tipos de informação conforme<br />
suas características de uso.<br />
O novo modelo a ser utilizado é o de<br />
Rede MPLS, que agrega as vantagens do<br />
Protocolo IP (“Internet Protocol” - Técnica<br />
de fracionamento e encaminhamento<br />
de informações via redes de comunicação<br />
de dados baseadas em tecnologia<br />
moderna, como é o caso da Internet) e<br />
de sistemas de comunicação de alta velocidade<br />
e desempenho (como é o caso<br />
do encaminhamento em redes ATM),<br />
assegurando, além disso, que os diferentes<br />
tipos de informações transportadas<br />
sejam tratadas com a prioridade devida<br />
pelos meios de comunicação (informações<br />
de classes mais “significativas” tem<br />
seu encaminhamento antecipado, frente<br />
a informações de classes menos “importantes”).<br />
Classe de serviço pode ser necessário<br />
aos usuários finais, nos dois extremos<br />
de um sistema de comunicação, que<br />
as informações sejam transportadas em<br />
altas velocidades (caso contrário poderiam<br />
perder sua utilidade - é o caso de<br />
comunicação de voz ou disseminação<br />
de vídeo), o que sobrecarrega os meios<br />
de comunicação; ou podem suportar<br />
transporte lento de informações sem que<br />
isso represente prejuízo para os usuários<br />
(menor carga para os meios de comu-<br />
21<br />
nicação - por exemplo, “e-mail”). Estes<br />
requisitos de desempenho caracterizam<br />
classes de serviço que os usuários esperam<br />
da rede.<br />
Qualidade de serviço é a capacidade<br />
dos meios de comunicação de<br />
assegurar que os requisitos de desempenho<br />
da comunicação de uma determinada<br />
classe de serviço sejam atendidos.<br />
Como exemplo, a capacidade da rede<br />
de honrar seu compromisso de transportar<br />
rapidamente informações de vídeo.<br />
A rede MPLS irá permitir, ainda, as<br />
seguintes vantagens para os usuários:<br />
· maior rapidez de acesso;<br />
· criar VPN´s (“Virtual Private Network” -<br />
redes de uso exclusivo de um grupo de<br />
usuários, dentro de uma rede de comunicação<br />
de âmbito “público”);<br />
· qualidade de serviço (como em serviços<br />
privados);<br />
· classe de serviços (priorização de serviços);<br />
· integração voz, dados e multimídia no<br />
mesmo;<br />
· orientação à conexão em redes IP;<br />
· engenharia de tráfego;<br />
· segurança (resistência a ataque);<br />
· escalabilidade;<br />
· sigilo das informações;<br />
· economia de recursos financeiros; e<br />
· melhor aproveitamento de meios.<br />
Quaisquer outras informações sobre a<br />
rede MPLS poderão ser obtidas junto à<br />
Divisão de Telecomunicações - Tels. (21)<br />
3814-6580 - 6220 ou 6711.
DTCEA Confins - 21 anos<br />
O DTCEA Confins comemorou, no dia<br />
15 de setembro, 21 anos da sua criação.<br />
Várias autoridades civis e militares<br />
estiveram presentes à solenidade, entre<br />
elas o Brig do Ar Álvaro Luís Pinheiro da<br />
Costa, vice-presidente da Comissão de<br />
Implantação do Sistema de Controle do<br />
Espaço Aéreo (CISCEA).<br />
Na oportunidade, foi inaugurado o<br />
novo Sistema de Tratamento e Visualização<br />
de Dados X-4000, em substituição<br />
às antigas consoles MIV-800, que por<br />
mais de 20 anos estiveram em operação<br />
no APP-BH.<br />
O Suboficial BCT Isnard Bezerra de<br />
Mello Filho, que procedeu ao descerramento<br />
da placa de inauguração junto<br />
com o Brigadeiro Pinheiro, dirigiu as<br />
seguintes palavras aos presentes na sala<br />
do Controle:<br />
“Para nós, que somos Controladores<br />
de Tráfego Aéreo, que lidamos diariamente<br />
com a vida de tanta gente, este é<br />
um momento de grande alegria. São 21<br />
anos de idade. Uma história. Quase uma<br />
geração. Um grande prédio se ergueu,<br />
pessoas passaram por aqui; chefes,<br />
técnicos de todas as áreas, controladores<br />
de tráfego aéreo e, tenham<br />
certeza, todos imbuídos da mesma<br />
missão: proteger e controlar. Há 21<br />
anos, no momento em que estávamos<br />
emitindo a autorização de pouso à primeira<br />
aeronave neste aeródromo, com<br />
muito menos recursos que hoje, mas<br />
com a mesma dedicação e o desejo de<br />
fazer o melhor, não era possível prever<br />
este momento, mas intimamente o desejávamos.”<br />
Ele agradeceu, ainda, em nome dos<br />
companheiros, o fruto de um somatório<br />
de esforços do SRPV-RJ e do <strong>DECEA</strong>:<br />
o novo Sistema de Tratamento e Visualização<br />
de Dados - X-4000, que proporcionará<br />
melhores condições de trabalho<br />
para os controladores de vôo.<br />
O trabalho, com o X-4000, vai ser realizado<br />
com mais desenvoltura, capacidade<br />
de síntese, iniciativa, organização,<br />
visão espacial, autocontrole e visão sistêmica,<br />
características inerentes ao controlador<br />
de vôo.<br />
“A partir de hoje, sem dúvida, estaremos<br />
muito mais preparados para prover<br />
um serviço mais ágil, mais econômico<br />
e, sobretudo,<br />
mais seguro”,<br />
concluiu o<br />
suboficial.<br />
Ministro da Defesa do Paraguai<br />
visita o CINDACTA 1<br />
O Primeiro Centro Integrado de Defesa<br />
Aérea e Controle de Tráfego Aéreo<br />
(CINDACTA 1) recebeu, no dia cinco de<br />
outubro, a visita ilustre do ministro da<br />
Defesa do Paraguai, Sr. Roberto Eudez<br />
Gonzalez Segovia, e assessores.<br />
Depois de recepcionados, assistiram<br />
palestra acerca das atividades da Organização.<br />
Na seqüência, conheceram alguns<br />
de seus órgãos operacionais, dentre os<br />
quais o Centro de Controle de Área de<br />
Brasília.<br />
No encerramento da visita, a comitiva<br />
agradeceu a hospitalidade e externou<br />
a satisfação de ter conhecido uma Unidade<br />
operacional do Sistema de Controle<br />
do Espaço Aéreo Brasileiro.<br />
22<br />
DTCEA de<br />
Lagoa Santa -<br />
29 anos<br />
No último dia nove de julho foi realizada<br />
a Cerimônia Militar alusiva ao 29º<br />
Aniversário de Criação do Destacamento<br />
de Controle do Espaço Aéreo de Lagoa<br />
Santa.<br />
A solenidade teve início às 11h e foi<br />
presidida pelo Diretor do Parque de<br />
Material Aeronáutico (PAMA) de Lagoa<br />
Santa, Cel Av José Euclides da Silva Gonçalves.<br />
Naquela ocasião, o Comandante do<br />
DTCEA-LS, o 1º Sargento BCO Amarildo<br />
José da Silva Cunha, homenageou o Diretor<br />
do PAMA-LS, o Chefe do SRPV-RJ e<br />
o Comandante do DTCEA-CF pelo apoio<br />
recebido, o que contribuiu para atender<br />
aos anseios de bem servir ao SISCEAB.<br />
SIPAT é realizada<br />
no CINDACTA 1<br />
O CINDACTA 1 realizou a Semana Interna<br />
de Prevenção de Acidentes do Trabalho<br />
(SIPAT), no período de 13 a 17 de setembro.<br />
O evento constou de palestras, com<br />
temas sobre ergonomia no trabalho, tabagismo<br />
e alcoolismo e apresentação de<br />
vídeos e exposição de equipamentos de<br />
segurança e contra-incêndio.<br />
O objetivo da SIPAT foi conscientizar<br />
o efetivo da Organização sobre a preservação<br />
da integridade física e mental<br />
no ambiente de trabalho e desenvolver<br />
ações que visem identificar as causas de<br />
possíveis acidentes.<br />
O trabalho desenvolvido foi coordenado<br />
pela Comissão Interna de Prevenção<br />
de Acidentes (CIPA) do CINDACTA 1.
Equipe Cão. É por esta expressão<br />
carinhosa que são conhecidos os<br />
membros da Seção de Estruturas do<br />
CINDACTA3. Não se sabe exatamente<br />
quando e como se iniciou esta associação,<br />
mas atualmente este fato ultrapassa<br />
os limites da Organização.<br />
Afinal, quais as razões para tal apelido.<br />
Será que os membros da “Equipe<br />
Cão” são brabos como pit bulls?<br />
Ou feios como o “cão chupando<br />
manga”? Não, não é isso! A analogia é<br />
motivada pelo fato de seus membros<br />
exercerem atividades cujos principais<br />
requisitos são:<br />
• coragem; e<br />
• confiança nos companheiros de<br />
trabalho (aqui se inclui o cinto de<br />
segurança, indispensável para as atividades<br />
do setor).<br />
Principais atividades da Equipe<br />
Cão:<br />
• Reparos, tratamentos anticorrosivos<br />
e pintura nas diversas estruturas<br />
metálicas disponíveis na área<br />
do CINDACTA3 (NDB, HF, VHF, UHF,<br />
EMS,VOR etc) - às vezes, as correções<br />
necessárias exigem a desmontagem<br />
total da torre metálica (situação<br />
comum para o<br />
NDB). Tudo isso<br />
agravado pelas<br />
severas condições<br />
de salinidade a<br />
que são expostos<br />
os equipamentos<br />
sob a responsabilidade<br />
deste<br />
Centro; e<br />
• Serviços gerais que envolvam<br />
solda, tornearia, mecânica pesada,<br />
pintura, adaptações em componentes<br />
metálicos.<br />
Rotineiramente, os membros da<br />
equipe enfrentam situações de perigo<br />
e de cansaço (permanecer por horas<br />
no alto de torres de NDB ou de<br />
VHF, por exemplo, não é tarefa fácil)<br />
e, felizmente, foram pouquíssimos os<br />
acidentes de trabalho e nenhum considerado<br />
grave.<br />
Membros atuais:<br />
• SO SML Iran Souza de França<br />
• SO BEP Ocimar Luiz da Silva<br />
• 1S BEP Orlando Caldas de Oliveira<br />
• 1S SML Jorge Luiz Boeta Cabral<br />
• CB BMA Danilo Marques da Fonseca<br />
• CB BEP Dany Marques Lélis<br />
• CB BCO Jasso de Moura Gonçalves<br />
da Silva<br />
• CV Ledjânio Florentino Lins<br />
• CV Edvaldo Bezerra Guedes<br />
Membros ilustres<br />
Já pertenceram ao setor e estão<br />
atualmente na reserva remunerada ou<br />
23<br />
Coragem e Confiança<br />
Atividades<br />
da<br />
“Equipe Cão”<br />
Antônio Sandro Paz - 1º Ten Eng - Líder dos Caninos<br />
atuando em outras organizações:<br />
· SO BEP R/R José Maria S. Pessoa<br />
· SO SML R/R Vicente Mollo Júnior<br />
· SO SML R/R Benedito de Oliveira<br />
· SO SML Mário Luiz Valentim<br />
· SO SML João Elias Sotero Lopes<br />
· 1S BEP Roberto Liberato<br />
· 3S BEP José Carlos da Silva<br />
A Equipe Cão aproveita a oportunidade<br />
para fazer uma homenagem<br />
especial ao SO Benedito de Oliveira<br />
(Bené), o qual chegou ao CINDACTA3<br />
proveniente do PAME-RJ, onde trabalhava<br />
no setor de mecânica RADAR.<br />
Ao chegar ao CINDACTA3 voltou a<br />
participar de atividades de manutenção<br />
de estruturas, as quais já faziam<br />
parte de seu currículo. Sua presença<br />
no setor propiciou melhorias nas técnicas<br />
aplicadas pela equipe e novos<br />
conhecimentos - por exemplo, reparos<br />
em torre de antena HF espiral<br />
cônica, a qual é de baixa altura, mas<br />
exige técnica e cuidados especiais<br />
para realizar troca de estais ou outros<br />
componentes estruturais.<br />
O setor de estruturas tem orgulho de<br />
ter tido SO Benedito como membro<br />
da “equipe cão”, pois indubitavelmente<br />
ele tem disposição para trabalhar.<br />
Diante de tanta dedicação e preparação<br />
para a execução de uma<br />
“missão impossível” o CINDACTA 3 só<br />
tem que agradecer a esses valorosos<br />
componentes da prestigiada “Equipe<br />
Cão”. Parabéns a todos!