Páginas - ed. 91 - Todas - Arquidiocese de Florianópolis
Páginas - ed. 91 - Todas - Arquidiocese de Florianópolis Páginas - ed. 91 - Todas - Arquidiocese de Florianópolis
IMPRESSO Antônio Carlos: berço de vocações Município de sete mil habitantes, localizado a 30 km de Florianópolis, tem o maior número de vocações da Arquidiocese e um dos maiores índices de católicos. 8 Junho 2004 - Pascom abre inscrições para Oficina de Rádio. 16 www.arquifloripa.org.br FLORIANÓPOLIS - SC Nº 91 - ANO VIII Comunicação a Serviço da Vida e da Esperança Junho de 2004 CATEDRAL PEDE SOCORRO Coleta da Fraternidade supera expectativas. 3 Congresso Eucarístico ganha secretaria. 9 PJ participa de Seminário Regional. 12 Encontros preparam catequistas para o CEN-2006. 13 Padres comemoram jubileu sacerdotal. 16 Pe. Salm: dedicação ao trabalho vocacional Reitor do Seminário de Teologia da Arquidiocese e coordenador da Pastoral Vocacional, Pe. Salm completará, no dia 30 de junho, 25 anos de vida sacerdotal. Ele nos fala de sua vida e seu trabalho. 14 Pintura feita há quatro anos está destruída pelas infiltrações, que também provocaram a criação de musgos, rachaduras nas paredes e queda de pedaços da parede e do forro Umidade, infiltração e cupim abalam estrutura de um dos principais cartões postais de Florianópolis. Falta de dinheiro impede a necessária manutenção constante e pedaços do forro começam a cair, colocando fiéis em risco. A solução é simples, mas as condições impossíveis: a paróquia não possui dinheiro para a reforma necessária. Empresa de arquitetura está avaliando a estrutura e os custos, mas adianta que as obras não sairão por menos de R$ 200 mil. Apesar da gravidade do problema, arquiteta não cogita a interdição do edifício, “desde que sejam tomadas medidas urgentes”. 5 Inovações na Liturgia III A diversidade dos sinais eucarísticos Elementos universais, de origem e destaque no Mediterrâneo, pão e vinho são dádivas de Deus. Já a antiga páscoa comemorava as primícias da terra: as sementes haviam morrido, mas a vida havia permanecido e se multiplicara! O milagre da vida é fruto de entrega, confiança, sofrimento... Assim, tanto o pão quanto o vinho realçam esta dinâmica natural, mas o vinho oferece um destaque maior: resulta de uva pisada, esmagada... Em ambos os sinais, contudo, além da dádiva divina, a colaboração humana: Deus se deixa conduzir, aniquilar, tornando-se pão que alimenta; em movimento inverso, todavia, conduz o humano, e o envolve e o diviniza, inebriando-o com o vinho. 4
- Page 2 and 3: 2 - Junho 2004 EDITORIAL Apocalipse
- Page 4 and 5: 4 - Junho 2004 Dentro do enfoque da
- Page 6 and 7: 6- Junho 2004 Conhecendo as cartas
- Page 8 and 9: 8- Junho 2004 PARÓQUIAS Antônio C
- Page 10 and 11: 10- Junho 2004 CNBB e Igrejas do CO
- Page 12 and 13: 12 - Junho 2004 Nasceste ecumênica
- Page 14 and 15: 14- Junho 2004 RETALHOS DO COTIDIAN
- Page 16: 16- Junho 2004 Pascom abre inscriç
IMPRESSO<br />
Antônio Carlos: berço <strong>de</strong> vocações<br />
Município <strong>de</strong> sete mil habitantes, localizado a 30 km <strong>de</strong><br />
<strong>Florianópolis</strong>, tem o maior número <strong>de</strong> vocações da <strong>Arquidiocese</strong><br />
e um dos maiores índices <strong>de</strong> católicos. 8<br />
Junho 2004 -<br />
Pascom abre inscrições<br />
para Oficina <strong>de</strong> Rádio. 16<br />
www.arquifloripa.org.br<br />
FLORIANÓPOLIS - SC<br />
Nº <strong>91</strong> - ANO VIII Comunicação a Serviço da Vida e da Esperança<br />
Junho <strong>de</strong> 2004<br />
CATEDRAL PEDE SOCORRO<br />
Coleta da Fraternida<strong>de</strong><br />
supera<br />
expectativas. 3<br />
Congresso<br />
Eucarístico ganha<br />
secretaria. 9<br />
PJ participa <strong>de</strong><br />
Seminário<br />
Regional. 12<br />
Encontros preparam<br />
catequistas para o<br />
CEN-2006. 13<br />
Padres comemoram<br />
jubileu sacerdotal. 16<br />
Pe. Salm: d<strong>ed</strong>icação<br />
ao trabalho vocacional<br />
Reitor do Seminário <strong>de</strong><br />
Teologia da <strong>Arquidiocese</strong><br />
e coor<strong>de</strong>nador da Pastoral<br />
Vocacional, Pe. Salm<br />
completará, no dia 30 <strong>de</strong><br />
junho, 25 anos <strong>de</strong> vida sacerdotal.<br />
Ele nos fala <strong>de</strong><br />
sua vida e seu trabalho. 14<br />
Pintura feita há quatro anos está <strong>de</strong>struída pelas infiltrações, que também provocaram a criação <strong>de</strong><br />
musgos, rachaduras nas par<strong>ed</strong>es e qu<strong>ed</strong>a <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>aços da par<strong>ed</strong>e e do forro<br />
Umida<strong>de</strong>, infiltração e cupim abalam<br />
estrutura <strong>de</strong> um dos principais<br />
cartões postais <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Falta <strong>de</strong> dinheiro imp<strong>ed</strong>e a necessária<br />
manutenção constante e p<strong>ed</strong>aços<br />
do forro começam a cair, colocando<br />
fiéis em risco.<br />
A solução é simples, mas as condições<br />
impossíveis: a paróquia não<br />
possui dinheiro para a reforma necessária.<br />
Empresa <strong>de</strong> arquitetura<br />
está avaliando a estrutura e os custos,<br />
mas adianta que as obras não<br />
sairão por menos <strong>de</strong> R$ 200 mil.<br />
Apesar da gravida<strong>de</strong> do problema,<br />
arquiteta não cogita a interdição<br />
do <strong>ed</strong>ifício, “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam<br />
tomadas m<strong>ed</strong>idas urgentes”. 5<br />
Inovações na Liturgia III<br />
A diversida<strong>de</strong> dos sinais eucarísticos<br />
Elementos universais, <strong>de</strong> origem<br />
e <strong>de</strong>staque no M<strong>ed</strong>iterrâneo, pão e<br />
vinho são dádivas <strong>de</strong> Deus. Já a antiga<br />
páscoa comemorava as<br />
primícias da terra: as sementes haviam<br />
morrido, mas a vida havia permanecido<br />
e se multiplicara! O milagre<br />
da vida é fruto <strong>de</strong> entrega, confiança,<br />
sofrimento... Assim, tanto o<br />
pão quanto o vinho realçam esta dinâmica<br />
natural, mas o vinho oferece<br />
um <strong>de</strong>staque maior: resulta <strong>de</strong><br />
uva pisada, esmagada... Em ambos<br />
os sinais, contudo, além da dádiva<br />
divina, a colaboração humana:<br />
Deus se <strong>de</strong>ixa conduzir, aniquilar,<br />
tornando-se pão que alimenta; em<br />
movimento inverso, todavia, conduz<br />
o humano, e o envolve e o diviniza,<br />
inebriando-o com o vinho. 4
2<br />
- Junho 2004<br />
EDITORIAL<br />
Apocalipse Século XXI<br />
Pensávamos que o novo milênio nos introduziria numa<br />
época <strong>de</strong> paz, após o milênio anterior ter-nos tanto ensinado<br />
a respeito das catástrofes produzidas pela violência. Mas o<br />
saco <strong>de</strong> perversida<strong>de</strong>s alimentado nos laboratórios do ódio<br />
nos reserva novas surpresas e nos introduz, mais uma vez,<br />
numa época <strong>de</strong> sombras.<br />
Falamos da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, gesto<br />
praticado à revelia do direito e das instituições internacionais,<br />
com a falsa motivação das armas químicas, tão bem<br />
ocultadas que nem sequer existem. E agora, um fato nos coloca<br />
diante <strong>de</strong> um novo apocalipse, <strong>de</strong> uma horrenda revelação<br />
da <strong>de</strong>gradação a que po<strong>de</strong> chegar o ser humano: as torturas<br />
praticadas por soldados anglo-americanos e pela CIA na<br />
prisão <strong>de</strong> Abu Ghraib. Abu Ghraib mostrou para a humanida<strong>de</strong><br />
os monstros gerados no ventre da guerra e do preconceito. Ali<br />
se torturou como se tortura em quase todas as <strong>de</strong>legacias<br />
brasileiras ou em todas as guerras. Ali, porém, a tortura adquiriu<br />
uma face nova, terrível: foi transformada em divertimento.<br />
Foi filmada, fotografada, as poses foram ensaiadas, os torturadores<br />
estavam felizes diante das máquinas fotográficas.<br />
A <strong>de</strong>sinibida e sorri<strong>de</strong>nte soldada Lynndie England tornouse<br />
síntese do modo como era o divertimento: em posição displicente,<br />
erótica, digamos, puxa com uma corda amarrada ao<br />
pescoço um homem iraquiano se arrastando, nu. A soldada<br />
tinha inteligência suficiente para conhecer a profundida<strong>de</strong> com<br />
que aquele homem estava sendo <strong>de</strong>struído para sempre: um<br />
muçulmano acorrentado e puxado por um cristão, um homem<br />
invadido ridicularizado pelo invasor-libertador, um homem escravizado<br />
sexualmente por uma mulher e, por último, um homem<br />
nu, humilhação máxima entre os povos árabes.<br />
Em outra cena, empilham-se árabes nus e, montado neles,<br />
divertindo-se para as câmeras, um oficial americano. O<br />
ato <strong>de</strong> torturar se torna lúdico, prazeroso e isso é novida<strong>de</strong><br />
na história da tortura. Um soldado afirmou que “nós acháva-<br />
mos graça daquilo tudo”.<br />
A esta altura, o leitor po<strong>de</strong>rá<br />
estar imaginando uma cena <strong>de</strong><br />
sexo sadomasoquista, cenas<br />
<strong>de</strong> forte apelo sexual. E com<br />
razão, pois algumas <strong>de</strong>stas fotos,<br />
segundo a imprensa, já foram<br />
parar em sites pornográficos<br />
como estimulantes sexuais,<br />
com muitos tarados querendo<br />
estar no lugar daquele pobre<br />
homem. Po<strong>de</strong>mos fazer aqui<br />
duas observações, as duas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m antropológica. A primeira:<br />
quando o homem transforma o outro homem num animal,<br />
numa coisa, num objeto <strong>de</strong> diversão, ele se torna uma fera<br />
perigosa. Se para mim o outro é uma coisa, eu também me<br />
torno coisa. A guerra animaliza porque faz do outro um inimigo,<br />
um animal a ser <strong>de</strong>rrotado, humilhado, <strong>de</strong>struído.<br />
A segunda: com a transformação do corpo humano num<br />
objeto <strong>de</strong> prazer, objeto comprável e vendável, o sexo se<br />
animaliza e leva ao prazer através da dor do outro<br />
(sadomasoquismo). A soldada e seus colegas faziam questão<br />
<strong>de</strong> torturas sexuais e <strong>de</strong> filmá-las: fariam parte <strong>de</strong> seu sex<br />
shop montado com o botim <strong>de</strong> guerra. O mesmo fenômeno<br />
ocorre em outras batalhas, quando o sonho final do soldado<br />
embrutecido é estuprar a mulher e a jovem <strong>de</strong>rrotadas. A marca<br />
sexual é a última, a mais profunda e a jamais esquecida,<br />
pois viola a intimida<strong>de</strong> do outro.<br />
Se o mundo tivesse escutado o Papa, estaríamos livres <strong>de</strong>ssa<br />
vergonha. Se Bush tivesse escutado o Evangelho <strong>de</strong> que se diz<br />
seguidor, teria poupado a espécie humana <strong>de</strong> <strong>de</strong>scer tão fundo<br />
no poço da malda<strong>de</strong>. A guerra gera a guerra, a violência p<strong>ed</strong>e<br />
violência, o torturado buscará <strong>de</strong>struir o torturador, num círculo<br />
dantesco <strong>de</strong> miséria e dor. Os iraquianos filmando divertidos a<br />
<strong>de</strong>capitação <strong>de</strong> um jovem americano são a prova <strong>de</strong>ste ciclo.<br />
Nossa espécie humana não é mais a mesma. Sua r<strong>ed</strong>enção<br />
supõe que não <strong>de</strong>ixe cair no esquecimento as barbarida<strong>de</strong>s<br />
com as quais vai-se acostumando, se <strong>de</strong>generando. O Iraque<br />
transformou-se no apocalipse do século XXI, revelou nossas<br />
entranhas <strong>de</strong> malda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sumanida<strong>de</strong>.<br />
Pe. José Artulino Besen<br />
www.arquifloripa.org.br/jornal<br />
e-mail: jornal@arquifloripa.org.br<br />
“Nossa espécie humana<br />
não é mais a mesma.<br />
Sua r<strong>ed</strong>enção supõe<br />
que não <strong>de</strong>ixe cair no<br />
esquecimento as<br />
barbarida<strong>de</strong>s com as<br />
quais vai-se acostumando,<br />
se <strong>de</strong>generando”<br />
OPINIÃO<br />
Amar como Jesus amou<br />
A pi<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> popular consagra<br />
o mês <strong>de</strong> junho ao Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus. Sei<br />
que muitos perguntam: “Tem<br />
ainda sentido essa <strong>de</strong>voção?<br />
Não será uma forma ultrapassada<br />
<strong>de</strong> expressão religiosa,<br />
própria <strong>de</strong> uma outra<br />
época ou cultura?”<br />
Ao longo dos séculos,<br />
homens e mulheres relacionaram-se com<br />
Deus utilizando-se <strong>de</strong> palavras, expressões<br />
e gestos tirados <strong>de</strong> seu tem-<br />
po e <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>. Daí<br />
que se compreen<strong>de</strong> que muitas<br />
<strong>de</strong>voções e manifestações<br />
do passado tenham caído<br />
em <strong>de</strong>suso. Hoje, ninguém<br />
mais lhes dá importância.<br />
Não teria acontecido o<br />
mesmo com a <strong>de</strong>voção ao<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus, tão difundida<br />
nos séculos <strong>de</strong>zoito e<br />
<strong>de</strong>zenove?<br />
A história da Igreja nos ensina que as expressões<br />
<strong>de</strong> fé que têm base bíblica conseguem<br />
ultrapassar culturas, épocas e costumes.<br />
Ora, a base da espiritualida<strong>de</strong> do Coração <strong>de</strong><br />
Jesus está nas Escrituras. A palavra “coração”,<br />
na Bíblia, tem um rico sentido. Mais do que se<br />
referir ao órgão físico, sintetiza a interiorida<strong>de</strong><br />
da pessoa, sua intimida<strong>de</strong>, o mais profundo do<br />
seu ser. É o que lemos, por exemplo, no profeta<br />
Oséias. O Senhor promete: “Vou conduzi-la<br />
ao <strong>de</strong>serto e lhe falar ao coração” (Os 2,16).<br />
Ou, no profeta Ezequiel: “Dar-lhe-ei um coração<br />
novo, porei no seu íntimo um espírito novo,<br />
tirarei <strong>de</strong> seu peito o coração <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>ra e lhe<br />
darei um coração <strong>de</strong> carne” (Ez 36,26).<br />
Enquete<br />
Periodicida<strong>de</strong> mensal - 20.000 exemplares<br />
Rua Esteves Júnior, 447<br />
88015-530 - <strong>Florianópolis</strong> - SC<br />
Fone/Fax: (048) 224-4799<br />
CRUZ ARTE SACRA<br />
Livros e Objetos Religiosos Católicos<br />
Sagrado Coração<br />
<strong>de</strong> Jesus, nós temos<br />
conviança em vós!.<br />
PALAVRA DO PASTOR<br />
“Cada um <strong>de</strong> nós é<br />
convidado a fazer a<br />
experiência da intimida<strong>de</strong><br />
do Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />
Como não envolver<br />
nossa própria vida com<br />
a <strong>de</strong>sse Coração que<br />
tanto nos amou?”<br />
Qual o valor do namoro para você?<br />
“O namoro para mim é mais valioso<br />
que o ouro. É o início do contato entre<br />
um casal. A partir do namoro é que brota<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar um sentimento<br />
maior com o outro e nasce o<br />
amor. O namoro é a aproximação entre<br />
o casal que po<strong>de</strong> chegar ao sacramento<br />
do matrimônio”, Mariana <strong>de</strong> Oliveira,<br />
Pastoral da Juventu<strong>de</strong> da Paróquia<br />
<strong>de</strong> Campinas, São José.<br />
Diretor e Revisor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe.<br />
Alceoni Berkenbrock, Pe. José Artulino Besen, Pe. Toninho, Ir. Marlene Bertoldi, Kreize Fernanda<br />
<strong>de</strong> Souza, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino<br />
- SC 01224 JP - Departamento <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>: Pe. Valdir Bernardo Prim - Editoração e Fotos:<br />
Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul<br />
“Namorar é importante para que as<br />
pessoas iniciem uma aproximação, se conheçam<br />
e fiquem juntas. Esse conhecer<br />
um ao outro serve para saber das suas<br />
afinida<strong>de</strong>s. Se o casal tiver respeito, fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>,<br />
compreensão, e muito amor, uma<br />
simples relação po<strong>de</strong> tornar-se uma coisa<br />
maior e chegar ao casamento”,<br />
Vanessa Ferreira, Pastoral Vocacional<br />
da Matriz <strong>de</strong> Palhoça.<br />
Os contemporâneos <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong>vem ter<br />
ficado alegremente surpresos ao ouvi-lo dizer:<br />
“Vin<strong>de</strong> a mim vós todos que estais cansados<br />
sob o peso <strong>de</strong> vosso fardo e eu vos darei <strong>de</strong>scanso.<br />
Tomai sobre vós o meu jugo e apren<strong>de</strong>i<br />
<strong>de</strong> mim, porque sou manso e humil<strong>de</strong> <strong>de</strong> coração”<br />
(Mt 11,28-29). O apóstolo São Paulo<br />
penetrou nesse Coração e fez uma experiência<br />
que o marcou profundamente. D<strong>ed</strong>icou sua<br />
vida para anunciar as maravilhas que nele <strong>de</strong>scobriu.<br />
Daí, pois, a insistência <strong>de</strong> seu apelo:<br />
“Cristo habite pela fé em vossos corações,<br />
arraigados e consolidados na<br />
carida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> que possais,<br />
com todos os cristãos, compreen<strong>de</strong>r<br />
qual seja a largura, o<br />
comprimento, a altura e a profundida<strong>de</strong>,<br />
isto é, conhecer a<br />
carida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo, que <strong>de</strong>safia<br />
todo o conhecimento, e<br />
sejais cheios <strong>de</strong> toda a plenitu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Deus” (Ef 3,17-19).<br />
Cada um <strong>de</strong> nós é convidado<br />
a fazer a experiência da intimida<strong>de</strong> do Coração<br />
<strong>de</strong> Jesus. Foi essa a leitura que os Padres<br />
da Igreja – isto é, os teólogos dos primeiros<br />
séculos - fizeram do lado aberto <strong>de</strong> Cristo<br />
na Cruz: <strong>de</strong> seu Coração jorrou sangue e<br />
água, isto é, a Igreja e os sacramentos. Mas<br />
se tornou, também, uma porta aberta para<br />
entrarmos nesse Coração e, então, compreen<strong>de</strong>rmos<br />
a razão <strong>de</strong> sua pr<strong>ed</strong>ileção pelos<br />
pecadores, pobres e aflitos, e <strong>de</strong> seu imenso<br />
amor pelo Pai. Tendo feito essa experiência,<br />
como não envolver nossa própria vida com a<br />
<strong>de</strong>sse Coração que tanto amou os homens?...<br />
Dom Murilo S.R. Krieger, scj<br />
Arcebispo <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />
“O namoro é uma preparação, serve<br />
para as pessoas se conhecerem mais,<br />
para ver se conseguirão compartilhar<br />
uma vida juntos, com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
constituírem uma família. O namoro serve<br />
para que duas pessoas verifiquem se<br />
conseguirão se dar bem quando estiverem<br />
casados”, Fajardo <strong>de</strong> Souza, comunida<strong>de</strong><br />
Monte Serrat, na Cat<strong>ed</strong>ral, em<br />
<strong>Florianópolis</strong>.<br />
Carlos Cruz<br />
ATENDIMENTO PERSONALIZADO<br />
Fone<br />
Fax:(48) 257-8263<br />
9983-4592<br />
São José - SC - cruzartesacra@yahoo.com.br
Coleta da Fraternida<strong>de</strong> supera expectativas S<br />
A Coleta da Fraternida<strong>de</strong>, que todos<br />
os anos acontece no Sábado e<br />
Domingo <strong>de</strong> Ramos, superou as expectativas<br />
na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Florianópolis</strong>. A meta inicial era conseguir<br />
que em média cada uma das 64<br />
paróquias da <strong>Arquidiocese</strong> contribuísse<br />
com o valor correspon<strong>de</strong>nte a uma<br />
cisterna, mas a meta foi ultrapassada.<br />
R$ 120.792,08 foi o valor computado<br />
até o fechamento <strong>de</strong>sta <strong>ed</strong>ição. Ainda<br />
falta o repasse <strong>de</strong> oito paróquias.<br />
Desse valor, 60% (R$ 72.475,25) ficaria<br />
com a <strong>Arquidiocese</strong>, que compõe<br />
o Fundo Arquidiocesano <strong>de</strong> Solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />
(FAS). Os outros 40% (R$ 48.316,83),<br />
são repassados para a CNBB, e ficam<br />
no Fundo Nacional <strong>de</strong> Solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>,<br />
gerenciado pela Cáritas Brasileira, que<br />
se <strong>de</strong>stina a financiar projetos da campanha<br />
da fraternida<strong>de</strong> do ano. A CNBB<br />
colocou como objetivo <strong>de</strong>ste ano construir<br />
um milhão <strong>de</strong> cisternas.<br />
A <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong>finiu, na Reunião<br />
Geral do Clero <strong>de</strong> março, que os recursos<br />
do FAS seriam repassados para as<br />
paróquias Nossa Senhora da Oliveira,<br />
na Diocese <strong>de</strong> Barra, e Nossa Senhora<br />
da Imaculada Conceição, na diocese <strong>de</strong><br />
Rui Barbosa. Elas fazem parte do projeto<br />
“Dioceses Irmãs”, no qual há 20<br />
anos a <strong>Arquidiocese</strong> se compromete<br />
com os serviços religiosos.<br />
A meta era que cada uma das paróquias<br />
da <strong>Arquidiocese</strong> contribuísse com<br />
uma cisterna por paróquia, que custa<br />
aproximadamente R$ 900,00, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />
da região e do tamanho da cisterna.<br />
O dinheiro será dividido entre as duas<br />
paróquias e liberado após encaminhado<br />
projeto dizendo on<strong>de</strong> serão<br />
construídas as cisternas e o valor <strong>de</strong><br />
cada uma <strong>de</strong>las.<br />
“Cooperação surpreen<strong>de</strong>nte”<br />
A contribuição dos fiéis da <strong>Arquidiocese</strong><br />
com a campanha foi, até agora,<br />
47% maior que a do ano passado,<br />
que ficou com R$ 81.990,49. “A comunida<strong>de</strong><br />
arquidiocesana correspon<strong>de</strong>u<br />
não só <strong>de</strong> forma positiva, mas surpreen<strong>de</strong>u<br />
e <strong>de</strong>monstrou estar acompanhando<br />
tanto o sofrimento dos nossos irmãos<br />
na Bahia, como o trabalho dos nossos<br />
padres naquela região missionária”, disse<br />
o arcebispo Dom Murilo.<br />
A Coleta da Fraternida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>stinada<br />
a financiar ações sociais da Igreja.<br />
Os 60% que ficam na <strong>Arquidiocese</strong><br />
compõem o Fundo na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
que se <strong>de</strong>stina a subsidiar projetos <strong>de</strong><br />
geração <strong>de</strong> trabalho e renda. Nos três<br />
primeiros anos, foram aprovados 45 projetos,<br />
no valor total <strong>de</strong> R$ 144.749,53,<br />
beneficiando diretamente 2.345 pessoas.<br />
São projetos que buscam vivenciar<br />
a solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> propostas<br />
alternativas no campo da <strong>ed</strong>ucação, da<br />
carida<strong>de</strong>, da economia, do meio ambiente,<br />
da fé e política, <strong>de</strong> luta por direitos<br />
e cidadania.<br />
P<strong>ed</strong>reiro constrói cisterna em Pintadas, enquanto família comemora<br />
a sua cisterna construída com dinheiro da <strong>Arquidiocese</strong><br />
Realida<strong>de</strong> das duas “paróquias irmãs”<br />
A Paróquia Nossa Senhora da<br />
Imaculada Conceição, em Pintadas, na<br />
diocese <strong>de</strong> Rui Barbosa, é uma das<br />
pioneiras na construção <strong>de</strong> cisternas.<br />
Dizem que foi lá que o p<strong>ed</strong>reiro, conhecido<br />
como “Nel”, inventou o projeto<br />
que hoje é a salvação contra a seca<br />
do sofrido povo baiano. Atualmente<br />
mais <strong>de</strong> 85% das casas da região rural<br />
têm cisternas, que começaram a<br />
ser construídas há 20 anos. Na cida<strong>de</strong><br />
são aproximadamente 50%. A gran<strong>de</strong><br />
maioria <strong>de</strong>las foi construída através <strong>de</strong><br />
campanhas <strong>de</strong> dioceses e <strong>de</strong> recursos<br />
do Governo F<strong>ed</strong>eral.<br />
“Com o dinheiro, preten<strong>de</strong>mos construir<br />
40 cisternas”, disse Pe. José Jacob<br />
Archer, pároco local há um ano. Segundo<br />
ele, serão construídas cisternas <strong>de</strong><br />
20 mil litros, suficientes para abastecer<br />
com água para beber e cozinhar uma<br />
família <strong>de</strong> seis pessoas por oito meses.<br />
Com o dinheiro da <strong>Arquidiocese</strong>, serão<br />
construídas cisternas na cida<strong>de</strong>.<br />
“Estão previstos recursos f<strong>ed</strong>erais para<br />
a construção <strong>de</strong> 200 cisternas, mas<br />
<strong>de</strong>vem ser feitas na zona rural. Assim,<br />
com os outros recursos que vierem beneficiaremos<br />
o pessoal do centro, que<br />
também sofre muito”, disse Pe. Jacob.<br />
Oliveira dos Brejinhos – Na Paróquia<br />
<strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Oliveira, na<br />
Diocese <strong>de</strong> Barra, a construção <strong>de</strong> cisternas<br />
é um trabalho bastante recente.<br />
“Só a partir <strong>de</strong> 2000 é que elas começaram<br />
a ser construídas”, disse Pe. Josemar<br />
Silva, que há três anos é o pároco<br />
local, transferido para lá após sua or<strong>de</strong>nação.<br />
Segundo ele, há em toda a cida<strong>de</strong><br />
apenas 282 cisternas, isso para uma<br />
população <strong>de</strong> 22 mil habitantes.<br />
Com os recursos que chegarão da<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, preten<strong>de</strong> construir 30 cisternas<br />
<strong>de</strong> 23 mil litros. “Aqui o custo do<br />
material é bem mais alto e as cisternas<br />
se tornam também mais caras”, disse,<br />
justificando o valor <strong>de</strong> R$ 1.222,00 por<br />
cisterna. A comunida<strong>de</strong> fica bem mais<br />
distante <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana (segunda<br />
maior cida<strong>de</strong> baiana) que Pintadas, o<br />
que encarece o transporte e, por conseqüência,<br />
a matéria prima.<br />
<strong>Todas</strong> as cisternas serão construídas<br />
na zona rural, pois a Matriz é rica em<br />
água, tendo água encanada e <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.<br />
“Po<strong>de</strong>ríamos ter bem mais cisternas<br />
construídas, mas os interesses<br />
políticos que exploram os pobres falaram<br />
mais alto até agora”, disse Pe. Josemar,<br />
que espera receber mais recursos<br />
f<strong>ed</strong>erais e do Santuário <strong>de</strong> Azambuja, que<br />
todos os meses realiza campanhas para<br />
ajudar as duas paróquias baianas e que<br />
este ano vai prover a construção <strong>de</strong> cinco<br />
cisternas em Pintadas.<br />
Programação das CRISMAS em Junho/2004<br />
Data Hora Local Celebrante<br />
0518h Biguaçu Dom<br />
Murilo<br />
0519h30 Procasa Dom<br />
Vito<br />
068h Biguaçu Dom<br />
Murilo<br />
138h Par. Sta.<br />
Catarina<br />
- Brusque<br />
Dom<br />
Vito<br />
1819h PauloLopes Dom<br />
Vito<br />
209h Par. Sta.<br />
Cruz<br />
Dom<br />
Murilo<br />
279h Tijucas Dom<br />
Vito<br />
271 9h<br />
CapelaniaS. Sebastião<br />
- Bal.<br />
Camb.<br />
Dom<br />
Murilo<br />
Junho 2004 -3<br />
COLETA DA CF-2004<br />
P ARÓQUIA<br />
VALOR<br />
R$<br />
Angelina1. 786,<br />
00<br />
Anitápolis860, 00<br />
AntônioCarlos3. 866,<br />
90<br />
BalneárioCamboriú5. 600,<br />
00<br />
BalneárioCamboriú-VilaReal1. 215,<br />
90<br />
Biguaçu2. 963,<br />
00<br />
Botuverá1. 800,<br />
00<br />
Brusque-DomJoaquim Brusque<br />
- Santa<br />
Teresi<br />
nha<br />
1.<br />
504,<br />
50<br />
Brusque-S. Luiz<br />
Gonzaga<br />
5.<br />
363,<br />
00<br />
Camboriú Canelinha<br />
1.<br />
152,<br />
87<br />
Fpolis-Agronômica3. 399,<br />
54<br />
Fpolis-Balneário4. 800,<br />
00<br />
Fpolis-Capoeiras400, 00<br />
Fpolis-Cat<strong>ed</strong>ral3. 487,<br />
70<br />
Fpolis-Coloninha500, 00<br />
Fpolis-Coqueiros1. 055,<br />
00<br />
Fpolis-Estreito2. 610,<br />
83<br />
Fpolis-Ingleses840, 00<br />
Fpolis-J. Atlântico<br />
946,<br />
85<br />
Fpolis-Lagoa903, 22<br />
Fpolis-MonteVer<strong>de</strong>890, 00<br />
Fpolis-Prainha100, 00<br />
Fpolis-RibeirãodaIlha1. 928,<br />
28<br />
Fpolis-SacodosLimões1. 730,<br />
80<br />
Fpolis-SantoAntônio3. 115,<br />
00<br />
Fpolis-Trinda<strong>de</strong>4. 150,<br />
00<br />
Garopaba Governador<br />
Celso<br />
Ramos<br />
1.<br />
662,<br />
95<br />
Guabiruba Itajaí<br />
- Cor<strong>de</strong>iros<br />
2.<br />
462,<br />
00<br />
Itajaí-Fazenda3. 411,<br />
00<br />
Itajaí-P. Dom<br />
Bosco<br />
1.<br />
360,<br />
00<br />
Itajaí-SSmo. Sacramento<br />
2.<br />
222,<br />
20<br />
Itajaí-SãoJoão1. 474,<br />
00<br />
Itajaí-SãoVicente1. 600,<br />
00<br />
Itapema3. 865,<br />
00<br />
LeobertoLeal786, 27<br />
MajorGercino1. 610,<br />
00<br />
NovaTrento Palhoça<br />
4.<br />
813,<br />
00<br />
Palhoça-Aririú Palhoça<br />
- Enseada<br />
<strong>de</strong><br />
Brito<br />
1.<br />
302,<br />
85<br />
Palhoça-Pont<strong>ed</strong>oImaruim1. 148,<br />
80<br />
PauloLopes220, 00<br />
PortoBelo2. 023,<br />
00<br />
SantoAmarodaImperatriz1. 350,<br />
00<br />
SãoBonifácio559, 25<br />
SãoJoãoBatista2. 095,<br />
07<br />
SãoJosé-Barreiros3. 542,<br />
49<br />
SãoJosé-Campinas4. 889,<br />
<strong>91</strong><br />
SãoJosé-Forquilhinha São<br />
José<br />
- Procasa<br />
5.<br />
000,<br />
00<br />
SãoJosé-SantaCruz210, 00<br />
SãoJosé-SãoJosé4. 897,<br />
00<br />
SãoJosé-S. Judas<br />
Ta<strong>de</strong>u<br />
550,<br />
00<br />
SãoJosé-S. P<strong>ed</strong>ro<br />
<strong>de</strong><br />
Alcântara<br />
1.<br />
000,<br />
00<br />
Tijucas950, 00<br />
CuratoSant'Ana530, 90<br />
IgrejaSta. Cat.<br />
<strong>de</strong><br />
Alexandri<br />
a<br />
4.<br />
252,<br />
00<br />
Cap. Esp.<br />
N.<br />
Sra.<br />
do<br />
Rosário<br />
- Barreiros<br />
486,<br />
45<br />
Cap. Esp.<br />
São<br />
Sebastião<br />
- Bal.<br />
Camb.<br />
300,<br />
00<br />
Santuário<strong>de</strong>Azambuja2. 348,<br />
55<br />
CarmeloCristoR<strong>ed</strong>entor Colégio<br />
Coração<br />
<strong>de</strong><br />
Jesus<br />
900,<br />
00<br />
TOTAL120. 792,<br />
08<br />
Divulgação/JA
4<br />
- Junho 2004<br />
Dentro do enfoque das “Inovações”<br />
trazidas pela nova <strong>ed</strong>ição<br />
típica do Missal Romano,<br />
<strong>de</strong>stacamos, da última vez, a<br />
Comunhão Eucarística sob as duas<br />
espécies: pão e vinho. Na verda<strong>de</strong>,<br />
como vimos, embora o Missal contemple<br />
inúmeras ocasiões em que<br />
po<strong>de</strong> se ministrar <strong>de</strong>ste modo, contudo,<br />
coube à Conferência Nacional<br />
dos Bispos, com a confirmação da<br />
Sé Apostólica, ampliar ainda mais<br />
estas oportunida<strong>de</strong>s. De fato, eliminam-se<br />
praticamente todas as barreiras<br />
ao se admitir o motivo “celebrações<br />
particularmente expressivas<br />
no sentido da comunida<strong>de</strong> cristã<br />
reunida em torno do Altar”.<br />
Para alguns, contudo, permanece<br />
uma questão <strong>de</strong> fundo: qual a razão<br />
para insistir nesta questão? Afinal,<br />
não cremos que Jesus está real<br />
e verda<strong>de</strong>iramente presente tanto no<br />
Pão quanto no Vinho consagrados,<br />
ou, melhor, não cremos que o Pão e<br />
o Vinho consagrados são, ambos,<br />
verda<strong>de</strong>iramente o Corpo e o Sangue<br />
do Senhor?! Então, por que complicar?<br />
Não seria puro modismo?<br />
Ou, pior, não estaríamos negando<br />
esta verda<strong>de</strong> fundamental <strong>de</strong> nossa<br />
fé católica, e dando razão a alguns<br />
<strong>de</strong> nossos irmãos não-católicos, que<br />
<strong>de</strong>bocham <strong>de</strong> nossa prática litúrgica<br />
afirmando que “enquanto o padre se<br />
<strong>de</strong>licia com o pão e o vinho, cabe aos<br />
fiéis contentarem-se com pão<br />
seco...”?!<br />
O duplo sinal<br />
O próprio Missal Romano, em sua<br />
Introdução Geral, esclarece esta<br />
questão: “A Comunhão realiza mais<br />
plenamente o seu aspecto <strong>de</strong> sinal<br />
quando sob as duas espécies. Sob<br />
essa forma se manifesta mais perfeitamente<br />
o sinal do banquete<br />
eucarís-tico e se exprime <strong>de</strong> modo<br />
mais claro a vonta<strong>de</strong> divina <strong>de</strong> realizar<br />
a nova e eterna Aliança no Sangue<br />
do Senhor, assim como a relação<br />
entre o banquete eucarístico e o<br />
banquete escatológico no reino do<br />
Pai” (n. 240). E atribui aos pastores o<br />
<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> “lembrar, da melhor forma<br />
possível, aos fiéis que participam do<br />
rito ou a ele assistem, a doutrina católica<br />
a respeito da forma da Sagrada<br />
Comunhão, segundo o Concílio<br />
Tri<strong>de</strong>ntino. Antes <strong>de</strong> tudo, advirtam os<br />
fiéis <strong>de</strong> que a fé católica ensina que,<br />
também sob uma só espécie, se recebe<br />
Cristo todo e inteiro. Por isso,<br />
no que concerne aos frutos da comunhão,<br />
aqueles que recebem uma só<br />
espécie não ficam privados <strong>de</strong> nenhuma<br />
graça necessária à salvação”<br />
(n. 241).<br />
Trata-se, portanto, unicamente do<br />
valor do “sinal”. O Sacramento da<br />
Eucaristia é o mesmo, porém em<br />
sinais distintos, como procurarei<br />
abordar a seguir.<br />
TEMA DO MÊS<br />
Fruto da terra e da vi<strong>de</strong>ira, e do trabalho humano, o<br />
pão e o vinho consagrados tornam-se<br />
Pão da Vida e Cálice da Salvação.<br />
Pão e Vinho<br />
Elementos universais, porém <strong>de</strong><br />
origem e <strong>de</strong>staque no mundo m<strong>ed</strong>iterrâneo,<br />
tanto o pão como o vinho são<br />
dádivas <strong>de</strong> Deus. Lembremo-nos <strong>de</strong><br />
que já a antiga páscoa (antes da saída<br />
do Egito) comemorava as primícias<br />
da terra: as sementes haviam morrido,<br />
mas a vida havia permanecido e se<br />
multiplicado! O milagre da vida é fruto<br />
<strong>de</strong> entrega, confiança, sofrimento...<br />
Assim, tanto o pão quanto o vinho realçam<br />
esta dinâmica natural, mas o<br />
vinho oferece um <strong>de</strong>staque maior: resulta<br />
<strong>de</strong> uva pisada, esmagada... Em<br />
ambos os sinais, contudo, além da dádiva<br />
divina, a colaboração humana, reconhecida<br />
na louvação que o padre<br />
profere ao apresentar as oferendas:<br />
“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,<br />
pelo pão que recebemos <strong>de</strong><br />
vossa bonda<strong>de</strong>, fruto da terra e do trabalho<br />
humano, que agora vos apresentamos,<br />
e para nós se vai tornar pão<br />
da vida” e “Bendito sejais, Senhor,<br />
Deus do universo, pelo vinho que recebemos<br />
<strong>de</strong> vossa bonda<strong>de</strong>, fruto da<br />
vi<strong>de</strong>ira e do trabalho humano, que agora<br />
vos apresentamos e que para nós<br />
se vai tornar vinho da salvação”.<br />
Deus e o ser humano<br />
Não bastasse esta expressão <strong>de</strong><br />
Inovações na Liturgia III<br />
A diversida<strong>de</strong> dos sinais eucarísticos<br />
comum envolvimento na “produção”<br />
do pão e do vinho, Deus e homem convivem<br />
e se sentam à mesma Mesa<br />
como aliados, on<strong>de</strong> Deus mesmo se<br />
faz o alimento – comida e bebida – da<br />
Igreja. A distinção dos sinais, contudo,<br />
realça ainda mais a comunhão sagrada:<br />
<strong>de</strong> um lado, Deus se <strong>de</strong>ixa conduzir,<br />
aniquilar, tornando-se pão que alimenta<br />
o ser humano; <strong>de</strong> outro lado,<br />
Deus conduz o humano, envolve-o e<br />
o diviniza, inebriando-o com o vinho.<br />
Aqui permanece plenamente válido o<br />
expressivo provérbio latino: “In vino<br />
veritas” – “No vinho está a verda<strong>de</strong>” -,<br />
pois Deus é quem oferece ao homem<br />
a luz da compreensão verda<strong>de</strong>ira a respeito<br />
<strong>de</strong> si mesmo e <strong>de</strong> tudo o que o<br />
compõe. Penso que João Paulo II tem<br />
este Mistério sempre muito presente<br />
como <strong>de</strong>monstra sua primeira incíclica,<br />
intitulada “R<strong>ed</strong>emptor Hominis”:<br />
Cristo, R<strong>ed</strong>entor do Homem.<br />
A única razão para ministrar a Comunhão<br />
apenas na espécie <strong>de</strong> pão é<br />
a praticida<strong>de</strong>, pois a espécie <strong>de</strong> vinho<br />
requer maiores cuidados. Há, em algumas<br />
instruções da Sé Apostólica,<br />
além da própria Introdução Geral ao<br />
Missal, pontuações importantes a<br />
serem seguidas. Penso, pessoalmente,<br />
que muitos benefícios pastorais<br />
po<strong>de</strong>rão ser obtidos se investir-<br />
Divulgação/JA<br />
mos um pouco mais na valorização<br />
<strong>de</strong>stes sinais litúrgicos.<br />
O pão repartido<br />
Aliás, é oportuno recordar que,<br />
juntamente com o vinho, o sinal do<br />
pão também exige seus cuidados: “A<br />
verda<strong>de</strong> do sinal exige que a matéria<br />
da Celebração eucarística pareça<br />
realmente um alimento. Convém,<br />
portanto, que, embora ázimo e com<br />
a forma tradicional, seja o pão<br />
eucarístico <strong>de</strong> tal modo preparado<br />
que o sacerdote, na Missa com o<br />
povo, possa <strong>de</strong> fato partir a hóstia<br />
em diversas partes e distribuí-las ao<br />
menos a alguns dos fiéis. Não se<br />
excluem, porém, as hóstias pequenas,<br />
quando assim o exigirem o número<br />
dos comungantes e outras razões<br />
pastorais. O gesto, porém, da<br />
fração do pão, que por si só <strong>de</strong>signava<br />
a Eucaristia nos tempos apostólicos,<br />
manifestará mais claramente<br />
o valor e a importância do sinal da<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos num só pão, e da<br />
carida<strong>de</strong> fraterna pelo fato <strong>de</strong> um único<br />
pão ser repartido entre os irmãos.<br />
Cui<strong>de</strong>-se atentamente que o pão e o<br />
vinho <strong>de</strong>stinados à Eucaristia estejam<br />
conservados em perfeito estado,<br />
isto é: que o vinho não az<strong>ed</strong>e,<br />
nem o pão se corrompa ou se torne<br />
<strong>de</strong>masiado duro, difícil <strong>de</strong> partir.”<br />
(IGMR nn. 283.285)<br />
Rever a prática<br />
Diante <strong>de</strong>sta norma, que fala por<br />
si só, importa revermos algumas práticas<br />
nossas, <strong>de</strong> abarrotar nossos<br />
tabernáculos com a reserva eucarística<br />
sem necessida<strong>de</strong>, e não promover<br />
a uma indispensável renovação.<br />
Na verda<strong>de</strong>, a reserva eucarística se<br />
justifica para a comunhão dos doentes,<br />
dos fiéis que participarem <strong>de</strong><br />
Celebração da Palavra e para a adoração<br />
eucarística. Convém, <strong>de</strong>cididamente,<br />
como regra geral, que os fiéis<br />
comunguem <strong>de</strong> hóstias consagradas<br />
na própria Missa. O que passa disso<br />
é exceção e/ou <strong>de</strong>svio.<br />
Nesse sentido, registro, aqui, com<br />
muito carinho e gratidão, a correspondência<br />
recebida do colega e amigo, Pe.<br />
P<strong>ed</strong>ro José Koehler - Capelão do Hospital<br />
<strong>de</strong> Carida<strong>de</strong>, Coor<strong>de</strong>nador da Pastoral<br />
do Turismo e do Lazer, dos Santuários<br />
e dos Peregrinos – que, parabenizando-me<br />
pelos artigos aqui publicados,<br />
consi<strong>de</strong>rando-os muito oportunos<br />
e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> enriquecimento<br />
para presbíteros e leigos.<br />
Havia prometido abordar, além da<br />
diversida<strong>de</strong> dos sinais eucarísticos<br />
– pão e vinho -, também as “insistências”<br />
da nova <strong>ed</strong>ição típica do Missal<br />
Romano. Este último assunto fica<br />
para a próxima <strong>ed</strong>ição.<br />
Pe. Alvino Broering<br />
Capelania Spiritus Veritatis,<br />
Universida<strong>de</strong> do Vale do Itajaí
Infiltrações e cupins comprometem a Cat<strong>ed</strong>ral<br />
Problemas na estrutura do <strong>ed</strong>ifício,<br />
<strong>de</strong>teriorado por infiltrações e<br />
cupins, provocam qu<strong>ed</strong>a <strong>de</strong> forro<br />
e p<strong>ed</strong>em m<strong>ed</strong>idas urgentes. “Já<br />
que a voz dos responsáveis não é<br />
ouvida, as p<strong>ed</strong>ras estão começando<br />
a falar”, disse Pe. Francisco<br />
<strong>de</strong> Assis Wloch, pároco da Cat<strong>ed</strong>ral<br />
Nossa Senhora do Desterro,<br />
fazendo referência às várias iniciativas<br />
tomadas para viabilizar a<br />
recuperação do templo.<br />
Recuperada em sua estrutura<br />
interna em 1995 e na externa em<br />
2000, a Cat<strong>ed</strong>ral precisa receber<br />
manutenção constante. Mas a falta<br />
<strong>de</strong> verba tem imp<strong>ed</strong>ido que se<br />
viabilizassem os cuidados necessários.<br />
A precari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> da estrutura<br />
provocou, em setembro <strong>de</strong><br />
2003, a qu<strong>ed</strong>a do forro <strong>de</strong> uma das<br />
entradas laterais da igreja. Era o<br />
primeiro grito <strong>de</strong> alerta. Depois<br />
disso, começaram a aparecer várias<br />
rachaduras, que culminaram<br />
na qu<strong>ed</strong>a <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>aços do forro próximos<br />
ao coro. Há quatro meses<br />
o sino não toca. Há o receio <strong>de</strong><br />
que as vibrações provoquem novas<br />
qu<strong>ed</strong>as.<br />
Sem condições financeiras,<br />
a Cat<strong>ed</strong>ral se tornou refém da situação.<br />
“Não temos tradição <strong>de</strong><br />
festejos populares como forma<br />
<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> recursos. O que<br />
habtualmente se arrecada mal<br />
cobre as <strong>de</strong>spesas mensais”,<br />
disse Pe. Chico. Mesmo sem<br />
condições financeiras, foi contratada<br />
a empresa “Atelier <strong>de</strong> Arquitetura”<br />
para a elaboração do<br />
projeto <strong>de</strong> restauração.<br />
A arquiteta Andréa Hermes Silva,<br />
que já trabalhou na restauração<br />
<strong>de</strong> 2000, está à frente das<br />
obras. “Quando trabalhamos na<br />
igreja há quatro anos, alertamos<br />
que havia outros problemas”, lembrou.<br />
Ela se refere às cambotas,<br />
estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira que segura o<br />
forro. Na época foi trocado todo o<br />
ma<strong>de</strong>iramento que estava com<br />
cupim e colocado veneno, mas não<br />
foram mexidas as cambotas e nem<br />
foi colocado mais veneno como<br />
recomendado. Faltou dinheiro.<br />
“Isso está minando a estrutura e<br />
causando os estragos”, disse.<br />
Mobilização da comunida<strong>de</strong><br />
Andréa fez o projeto <strong>de</strong> recu-<br />
Umida<strong>de</strong> e infiltrações estão <strong>de</strong>struindo as par<strong>ed</strong>es e a ação <strong>de</strong> cupins estão<br />
provocando rachadruas e qu<strong>ed</strong>a do forro (<strong>de</strong>talhe)<br />
peração das fachadas e das par<strong>ed</strong>es<br />
internas. Mas, antes <strong>de</strong> começar<br />
qualquer trabalho, precisará<br />
verificar a cobertura, o ma<strong>de</strong>iramento,<br />
o forro e o piso, para ter<br />
uma posição <strong>de</strong> quanto custará a<br />
obra. “Isso vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> uma<br />
avaliação <strong>de</strong> toda a estrutura”, disse<br />
a arquiteta responsável. Mas<br />
adianta que não será menos que<br />
R$ 200 mil. “A Cat<strong>ed</strong>ral não tem<br />
como arcar com essa <strong>de</strong>spesa”,<br />
disse o pároco.<br />
O primeiro passo já foi dado.<br />
Um recital promovido pela Comissão<br />
<strong>de</strong> Eventos, reuniu cerca <strong>de</strong><br />
800 pessoas no Clube 12 <strong>de</strong> Agosto,<br />
em <strong>Florianópolis</strong>. Durante a<br />
noite, assistiram às apresentações<br />
do Coral Santa Cecília da<br />
Cat<strong>ed</strong>ral, do Grupo <strong>de</strong> Poetas Livres<br />
e do grupo <strong>de</strong> dança Naia<strong>de</strong>s.<br />
A comissão foi criada há quatro<br />
meses e serve para dar dimensão<br />
comunitária à Cat<strong>ed</strong>ral, realizar<br />
promoções e angariar fundos.<br />
Esta primeira ativida<strong>de</strong> levantou oito<br />
mil reais. “É uma gota no oceano,<br />
em vista do custo da restauração.<br />
Mas serviu para mobilizar a comu-<br />
U C<br />
A<br />
F<br />
M OLÉGIO<br />
100 NOS<br />
NA RENTE<br />
nida<strong>de</strong> e alertar a população para<br />
o problema”, disse Pe. Chico.<br />
Segundo ele, a Cat<strong>ed</strong>ral foi<br />
construída para ser um templo religioso.<br />
Assim, <strong>de</strong>ve receber os<br />
cuidados da Igreja. Mas também<br />
se tornou um monumento arquitetônico,<br />
um dos mais visitados da<br />
capital. Como tal, <strong>de</strong>ve receber os<br />
cuidados dos órgãos públicos.<br />
Interdição: Apesar das condições<br />
precárias da construção,<br />
a arquiteta Andréa acr<strong>ed</strong>ita que<br />
não seja preciso interditar a Cat<strong>ed</strong>ral,<br />
se forem tomadas as m<strong>ed</strong>idas<br />
necessárias com urgência.<br />
“Não se sabe como está a estrutura,<br />
mas se forem resolvidas as<br />
infiltrações e feita a troca do ma<strong>de</strong>iramento<br />
afetado, isso <strong>de</strong>ve resolver<br />
o problema emergencialmente”,<br />
disse. Não <strong>de</strong>scarta, porém,<br />
a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interdição<br />
preventiva das áreas afetadas,<br />
para não haver risco aos fiéis.<br />
Seria a primeira vez em seus 251<br />
anos <strong>de</strong> história que a Cat<strong>ed</strong>ral<br />
não abriria as portas por falta <strong>de</strong><br />
segurança.<br />
Curso <strong>de</strong> Formação em fé e compromisso Social<br />
A paróquia <strong>de</strong> Aririú estará recebendo,<br />
no dia 12 <strong>de</strong> junho, das 8h às<br />
16h, li<strong>de</strong>ranças comunitárias da<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, para participar da terceira<br />
etapa do Curso <strong>de</strong> Formação em Fé<br />
Cristã e Compromisso Social. O curso<br />
preten<strong>de</strong> aprofundar o conhecimento das<br />
li<strong>de</strong>ranças leigas e proporcionar forma-<br />
ção para <strong>de</strong>senvolver novas li<strong>de</strong>ranças<br />
nas comunida<strong>de</strong>s. Os interessados<br />
po<strong>de</strong>m inscrever-se na secretaria <strong>de</strong> sua<br />
paróquia, ou diretamente na paróquia<br />
<strong>de</strong> Aririú, no dia do curso. Mais informações<br />
pelo fone (48) 346-4667. Os participantes<br />
pagam apenas uma taxa <strong>de</strong><br />
R$ 5,00 para a alimentação.<br />
JÓIAS - RELÓGIOS - ÓCULOS<br />
Junho 2004 -5<br />
= Óculos <strong>de</strong> Grau =<br />
Temos o melhor preço<br />
= Óculos esportivos =<br />
Lindas jóias e relógios<br />
TUDO EM 5 X SEM JUROS<br />
<strong>Florianópolis</strong> -<br />
Santa Catarina<br />
NOSSA MISSÃO: “Educação: Serviço à vida”,<br />
fundamentado no carisma <strong>de</strong> Santa Madre Paulina<br />
Fone<br />
(48) 222-8680<br />
EDUCANDÁRIO “IMACULADA CONCEIÇÃO”<br />
Ensino Infantil e Ensino Fundamental<br />
Ensino médio aprovado para 2005<br />
Fotos JA<br />
Regional Sul IV cria escola para<br />
Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> Pastoral<br />
O Regional Sul IV da CNBB<br />
está abrindo inscrições para os<br />
interessados em participar da<br />
“Escola <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong><br />
Pastoral”. Destinado a qualificar<br />
agentes <strong>de</strong> pastoral, o curso<br />
acontecerá no Instituto Teológico<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina (ITESC),<br />
em <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Dividido em três etapas, a<br />
primeira etapa inicia <strong>de</strong> sete a<br />
11 <strong>de</strong> julho; as outras serão em<br />
A Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rancho<br />
Queimado está programando<br />
uma gran<strong>de</strong> celebração para<br />
a or<strong>de</strong>nação do primeiro padre<br />
natural da cida<strong>de</strong>. A or<strong>de</strong>nação<br />
do diácono Leandro<br />
Schwin<strong>de</strong>n acontecerá no<br />
Movimento Focolares prepara<br />
nova <strong>ed</strong>ição da Mariápolis<br />
Com o tema “Comunhão,<br />
fonte <strong>de</strong> uma<br />
nova cultura”, o Movimento<br />
Focolares está<br />
preparando mais uma<br />
<strong>ed</strong>ição da Mariápolis.<br />
O evento, que todos os<br />
anos acontece em<br />
uma diocese diferente,<br />
este ano será nos dias<br />
11 a 13 <strong>de</strong> junho e terá<br />
como s<strong>ed</strong>e o Colégio Bom Jesus,<br />
em Blumenau.<br />
A Mariápolis é um encontro<br />
anual do Movimento Focolares,<br />
do qual participam jovens, adultos,<br />
e famílias. São pessoas <strong>de</strong><br />
diferentes vocações, profissões,<br />
condições sociais, <strong>de</strong> diversas<br />
culturas, religiões, e cristãos <strong>de</strong><br />
todas as <strong>de</strong>nominações.<br />
A proposta do Movimento,<br />
com o Encontro, é “revitalizar o<br />
amor como base do relacionamento<br />
humano, como estilo <strong>de</strong><br />
vida e como fundamento <strong>de</strong> uma<br />
cultura da ética, da paz, da vida<br />
e da unida<strong>de</strong>”, diz o fol<strong>de</strong>r <strong>de</strong> divulgação.<br />
O tema <strong>de</strong>ste ano, “Comunhão,<br />
fonte <strong>de</strong> uma nova cultu-<br />
Educação Infantil 222-6163<br />
e-mail: imaculada@imaculadanet.com.br<br />
home page: www.imaculadanet.com.br<br />
fevereiro e julho <strong>de</strong> 2005; o curso<br />
conta com 60 vagas. “Se a<br />
procura for boa, po<strong>de</strong>remos fazer<br />
o curso novamente após a<br />
sua conclusão”, disse Pe. Domingos<br />
Dorigon, Subsecretário<br />
da regional da CNBB e coor<strong>de</strong>nador<br />
da Escola. Há poucas<br />
vagas ainda disponíveis.<br />
Mais informações através do<br />
fone (48) 234-7033 ou cnbbs4@<br />
brturbo.com.br.<br />
Rancho Queimado or<strong>de</strong>na seu primeiro padre<br />
dia 12 <strong>de</strong> junho, às 17 horas,<br />
no Centro Esportivo Otília<br />
Bunn, com celebração presidida<br />
por nosso arcebispo Dom<br />
Murilo. Toda a <strong>Arquidiocese</strong> é<br />
convidada a participar <strong>de</strong>ssa<br />
celebração.<br />
ra”, está em consonância<br />
com o que o Papa<br />
tem p<strong>ed</strong>ido a toda a<br />
Igreja. “Durante os três<br />
dias do congresso, procuramos<br />
aprofundar o<br />
seu significado, abordando<br />
alguns pontos<br />
da espiritualida<strong>de</strong> do<br />
Movimento dos Focolares,<br />
e apresentando,<br />
também, testemunhos <strong>de</strong> vida<br />
pessoal e comunitária”, disse Ana<br />
Paula Pinheiro da Silva, uma das<br />
organizadoras da Mariápolis. Entre<br />
os temas abordados estará,<br />
“Deus, eu e o irmão”; “Ecologia”;<br />
e “A Socialida<strong>de</strong> do trabalho”.<br />
Em 2003, a Mariápolis aconteceu<br />
na Universida<strong>de</strong> do Planalto<br />
Catarinense (Uniplac) em<br />
Lages. Mais <strong>de</strong> 200 pessoas estiveram<br />
reunidas para refletir sobre<br />
o tema “Muitos diferentes...<br />
uma só família”.<br />
Os interessados em participar,<br />
po<strong>de</strong>m fazer as suas inscrições<br />
através dos fones (48) 244-<br />
4190 ou 244-0970, ou pelos email:<br />
focmfln@brturbo.com ou<br />
focfemfpolis@brturbo.com.<br />
Fone: 222-3025 / fax 322-1037<br />
Rua: São Francisco, 148 Centro - 88015-140<br />
FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA
6-<br />
Junho 2004<br />
Conhecendo as cartas <strong>de</strong> São Paulo (6)<br />
Aos Coríntios (1Cor 6-10): Os Cristãos no Mundo<br />
Depois <strong>de</strong> ter abordado o problema das<br />
divisões e partidos na comunida<strong>de</strong> (capítulos<br />
1-4), bem como o caso mais gritante<br />
do incestuoso (capítulo 5 o ), Paulo se<br />
volta agora para a presença dos cristãos<br />
no mundo, e para uma série <strong>de</strong> questões<br />
que daí <strong>de</strong>correm. Começa com o fato <strong>de</strong><br />
que alguns estavam recorrendo, nos seus<br />
<strong>de</strong>sentendimentos, a tribunais civis pagãos,<br />
em vez <strong>de</strong> recorrerem aos “santos”,<br />
isto é, aos membros da própria Igreja (6,1).<br />
E argumenta: Então vocês não sabem que<br />
os cristãos é que julgarão o mundo? (6,2)<br />
Isto, evi<strong>de</strong>ntemente, na m<strong>ed</strong>ida em que<br />
forem realmente justos, santos, porque<br />
então a sua própria justiça vai ser o julgamento<br />
<strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação dos injustos. Agora,<br />
porém, recorrendo à soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> injusta<br />
para resolver os seus problemas, alguns<br />
cristãos <strong>de</strong> Corinto estavam reforçando o<br />
ciclo da injustiça, em vez <strong>de</strong> quebrá-lo <strong>de</strong><br />
vez. No entanto, como Paulo relembra – e<br />
são elencados <strong>de</strong>z tipos <strong>de</strong>sses “injustos”<br />
– os injustos não terão parte no reino <strong>de</strong><br />
Deus (6,9-10).<br />
Liberda<strong>de</strong> e libertinagem<br />
Comentando o princípio do qual alguns<br />
abusavam, <strong>de</strong> que “tudo é permitido”, Paulo<br />
faz duas restrições: mas nem tudo me<br />
convém, e não me <strong>de</strong>ixarei dominar por<br />
coisa alguma (6,12). Assim, aos que <strong>de</strong>fendiam<br />
a idéia <strong>de</strong> ampla permissivida<strong>de</strong><br />
sexual, normal entre os pagãos <strong>de</strong> Corinto,<br />
Paulo afirma que o corpo não é para a prostituição<br />
mas para o Senhor. E que os nossos<br />
corpos, membros do Cristo, não <strong>de</strong>veriam<br />
tornar-se membros <strong>de</strong> uma prostituta<br />
(6,15). Isso também porque, se um membro<br />
da comunida<strong>de</strong> se prostitui, ele está<br />
comprometendo a aliança com Deus, cujo<br />
sinal é a união matrimonial estável. Por<br />
esse motivo é preciso fugir da imoralida<strong>de</strong><br />
(6,18), e respeitar o corpo, um do outro,<br />
porque nosso corpo é templo do Espírito<br />
Santo que mora em nós, e não nos pertencemos<br />
a nós mesmos (6,19). A seguir, aludindo<br />
aos escravos comprados nos mercados<br />
da cida<strong>de</strong> portuária, Paulo conclui:<br />
Fostes comprados, por preço muito alto.<br />
Glorificai a Deus no vosso corpo (6,20).<br />
Casamento e celibato<br />
No capítulo 7 o , Paulo aborda várias<br />
questões do dia-a-dia, para as quais ele<br />
próprio confessa não ter a melhor solução.<br />
Às vezes afirma que é o Senhor<br />
quem or<strong>de</strong>na, e então não há discussão.<br />
Noutros casos, reconhece não ter “um<br />
preceito do Senhor”, e limita-se a aconselhar.<br />
Em Corinto, naquele tempo, como<br />
hoje, em nossas comunida<strong>de</strong>s, não há<br />
respostas prontas para tudo. É preciso<br />
adaptar-se às circunstâncias que vão<br />
surgindo, embora mantendo-se a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />
no essencial. Assim, quanto ao<br />
casamento, Paulo dá sugestões práticas<br />
e realistas (7,1-7). E aconselha solteiros<br />
e viúvos a permanecer como ele, isto é,<br />
celibatários, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que consigam dominar-se<br />
(7,8-9). Reconhece, porém, que<br />
cada um recebe <strong>de</strong> Deus um dom particular,<br />
uns, para o celibato, e outros, para<br />
o casamento. Este, porém, segundo o<br />
preceito do Senhor, <strong>de</strong>ve ser preservado<br />
indissolúvel: nem a mulher se separe do<br />
marido, nem o marido repudie a mulher<br />
(7,10-11). No caso, porém, <strong>de</strong> casados,<br />
dos quais um converteu-se à fé e o outro<br />
BÍBLIA<br />
não, Paulo admite a separação, quando<br />
não seja mais possível a convivência em<br />
paz (7,15).<br />
O tempo encurtou-se<br />
Continuando suas consi<strong>de</strong>rações, o<br />
Apóstolo refere-se à brevida<strong>de</strong> do tempo<br />
(7,29). Seria uma alusão à proximida<strong>de</strong><br />
da segunda vinda do Senhor? ou ao fato<br />
<strong>de</strong> que a vida passa rápido, e o tempo, a<br />
oportunida<strong>de</strong> que Deus nos dá, logo se<br />
esvai? Em todo caso, essa constatação<br />
<strong>de</strong> fundo nos leva a relativizar as coisas e<br />
a não dar importância <strong>de</strong>masiada às circunstâncias,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se viva na ob<strong>ed</strong>iência<br />
aos mandamentos <strong>de</strong> Deus (7,19).<br />
Assim, Paulo relativiza o fato <strong>de</strong> alguém<br />
ser circuncidado ou não (7,19), ser escravo<br />
ou livre (7,21), casar-se ou não casarse<br />
(7,25-28). E expressa, mais uma vez,<br />
a sua preferência pelo estado celibatário,<br />
não porque o casamento seja menos perfeito,<br />
mas porque a virginda<strong>de</strong> consagrada<br />
está mais disponível para as coisas do<br />
Senhor. Da mesma forma, a viúva: ela está<br />
livre para casar-se com quem quiser, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que seja no Senhor. Mas será mais<br />
feliz, diz Paulo, continuando viúva (7,40).<br />
O que ele <strong>de</strong>seja é levar-nos ao que é<br />
melhor e à d<strong>ed</strong>icação integral ao Senhor,<br />
sem outras preocupações (7,35).<br />
Conhecimento e consciência<br />
No capítulo 8 o , Paulo aborda um problema<br />
que reaparece nos Atos dos Apóstolos<br />
(At 15,29 e 21,25) e nas cartas às<br />
igrejas do Apocalipse (Ap 2,14 e 20): evitar<br />
<strong>de</strong> comer, ou não, da carne sacrificada aos<br />
ídolos. Por quê? Na mentalida<strong>de</strong> judaica,<br />
esse alimento era “impuro” e implicava certa<br />
“comunhão” com os ídolos aos quais<br />
havia sido oferecido. Alguns na comunida<strong>de</strong>,<br />
porém, argumentando que os ídolos não<br />
eram nada, comiam livremente <strong>de</strong>ssa carne,<br />
e escandalizavam os outros. Paulo,<br />
então, embora concordando que o argumento<br />
<strong>de</strong>les era válido e que o “conhecimento”<br />
que tinham era verda<strong>de</strong>iro, alerta<br />
contra o escândalo que estavam provocando,<br />
e contra o <strong>de</strong>srespeito à “consciência<br />
fraca” dos menos instruídos. Por isso afirma,<br />
enfaticamente: O conhecimento incha;<br />
o amor constrói (8,1). E conclui: Enquanto<br />
um alimento, por exemplo, a carne<br />
sacrificada aos ídolos, for ocasião <strong>de</strong> escândalo<br />
para alguém, não comerei <strong>de</strong>la,<br />
para não escandalizar um irmão (8,13). Isto<br />
não significa, evi<strong>de</strong>ntemente, que se <strong>de</strong>va<br />
<strong>de</strong>ixar o irmão na ignorância. Esclarecer,<br />
instruir, evangelizar é preciso, para que ele<br />
possa alcançar a verda<strong>de</strong>ira “liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
consciência”, à qual Cristo chamou todos,<br />
não só alguns.<br />
A renúncia <strong>de</strong> Paulo<br />
A seguir, comentando essa liberda<strong>de</strong><br />
e os direitos que ela nos dá, aos quais,<br />
porém, às vezes <strong>de</strong>vemos renunciar, Paulo<br />
fala <strong>de</strong> si mesmo, e da sua própria renúncia<br />
aos direitos que a pregação do<br />
Evangelho lhe conferia. Por exemplo, apesar<br />
<strong>de</strong> o Senhor ter estabelecido que vivam<br />
do Evangelho os que pregam o Evangelho<br />
(9,14), Paulo, como também<br />
Barnabé (9,6), sustentava-se com o trabalho<br />
<strong>de</strong> suas próprias mãos, renunciando<br />
a uma série <strong>de</strong> direitos. Ele, porém,<br />
não reclama, pois a sua recompensa está<br />
no próprio fato <strong>de</strong> anunciar gratuitamente<br />
o Evangelho (9,18), ob<strong>ed</strong>ecendo a um<br />
impulso irresistível: Ai <strong>de</strong> mim, se eu não<br />
anunciar o Evangelho! (9,16) Assim, livre<br />
em relação a todos, Paulo tornou-se o<br />
servo <strong>de</strong> todos, a fim <strong>de</strong> ganhar o maior<br />
número possível para o Cristo (9,19). E<br />
conclui com o exemplo dos atletas no<br />
estádio: como eles se impõem uma dura<br />
disciplina, para conseguirem um prêmio<br />
perecível, tanto mais razão temos nós<br />
para renunciar e disciplinar o nosso corpo,<br />
a fim alcançarmos, nós, sim, uma<br />
coroa incorruptível (9,24-27).<br />
Israel no <strong>de</strong>serto<br />
No capítulo 10 o , Paulo argumenta com<br />
o exemplo dos hebreus no Êxodo. Eram<br />
o povo escolhido, a nação santa que Deus<br />
havia libertado do Egito. Haviam atravessado<br />
o mar Vermelho, haviam comido do<br />
maná celeste e bebido da água do roch<strong>ed</strong>o...<br />
E no entanto <strong>de</strong>sagradaram a Deus,<br />
pois murmuraram, foram infiéis, quiseram<br />
até voltar atrás para a situação <strong>de</strong> escravidão,<br />
e por isso pereceram (10,1-10). Ora,<br />
todas essas coisas aconteceram e foram<br />
escritas, diz Paulo, para servir <strong>de</strong> advertência<br />
para nós (10,11). Também fomos<br />
libertados, batizados, alimentados pelo<br />
Senhor, para construirmos o seu Reino<br />
entre nós... E no entanto, po<strong>de</strong>mos sentir<br />
a tentação <strong>de</strong> voltar “ao Egito” <strong>de</strong> uma soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />
injusta e idolátrica. Portanto,<br />
quem julga estar <strong>de</strong> pé, tome cuidado para<br />
não cair (10,12). Isto, porém, sem per<strong>de</strong>r<br />
a certeza <strong>de</strong> que Deus é fiel, e não permitirá<br />
que sejamos tentados acima <strong>de</strong> nossas<br />
forças (10,13).<br />
Um só pão, um só corpo<br />
Depois <strong>de</strong> ter evocado a tentação na<br />
qual sucumbiram os hebreus no <strong>de</strong>serto,<br />
Paulo adverte contra o forte atrativo que a<br />
idolatria continua tendo para os seus con-<br />
1) De que maneira os cristãos é que julgarão<br />
o mundo? 2) Até on<strong>de</strong> vai a nossa liberda<strong>de</strong>?<br />
Em que sentido “tudo é permitido”?<br />
3) Que aconselha o Apóstolo sobre o<br />
Para refletir:<br />
Foto JA<br />
vertidos em Corinto. Por isso, a sua exortação<br />
insistente: Meus amados, fujam da<br />
idolatria (10,14), isto é, não apenas do culto<br />
aos <strong>de</strong>uses <strong>de</strong> mármore e ma<strong>de</strong>ira, mas<br />
dos ídolos mais sutis e mais po<strong>de</strong>rosos do<br />
prazer, do ter e do po<strong>de</strong>r, naquela cida<strong>de</strong><br />
cosmopolita. A seguir, reprovando a audácia<br />
dos que, pelo fato <strong>de</strong> os ídolos “não<br />
serem nada”, achavam que podiam não só<br />
comer da carne a eles sacrificada (cf 8,1-<br />
13) mas também participar das cerimônias<br />
sacrificais pagãs, Paulo adverte: Vocês<br />
não po<strong>de</strong>m beber do cálice do Senhor e<br />
do cálice dos <strong>de</strong>mônios; não po<strong>de</strong>m participar<br />
da mesa do Senhor e da mesa dos<br />
<strong>de</strong>mônios (10,21). E então argumenta a<br />
partir da Eucaristia: O cálice sobre o qual<br />
pronunciamos a bênção não é comunhão<br />
com o sangue <strong>de</strong> Cristo? E o pão que partilhamos,<br />
não é comunhão com o corpo do<br />
Senhor? (10,16) Pelo fato <strong>de</strong> que há um só<br />
pão, nós, embora sendo muitos, somos um<br />
só corpo, pois todos participamos <strong>de</strong>sse<br />
único pão (10,17). “Um só corpo”, <strong>de</strong> duas<br />
maneiras: não só pela comunhão que nos<br />
une entre nós, mas pela comunhão com<br />
Cristo, que é a cabeça <strong>de</strong>sse corpo.<br />
Tudo para a glória <strong>de</strong> Deus<br />
Retomando uma última vez o problema<br />
<strong>de</strong> comer ou não da carne sacrificada aos<br />
ídolos, Paulo reafirma o princípio já exposto<br />
no capítulo 8 o : não há mal nenhum em servir-se<br />
<strong>de</strong>sse alimento, disponível no mercado,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se respeite a consciência do<br />
irmão. Por isso, na presença <strong>de</strong> alguém se<br />
escandalizaria com isso, não se <strong>de</strong>veria servir<br />
<strong>de</strong>ssa carne (10,28-29). De resto, cuidando<br />
para não escandalizar ninguém, mas<br />
<strong>ed</strong>ificando a todos, o que importa é fazer<br />
tudo – quer comendo, quer bebendo – fazer<br />
tudo para a glória <strong>de</strong> Deus (10,31).<br />
Pe. Ney Brasil Pereira<br />
Professor <strong>de</strong> Exegese Bíblica no ITESC<br />
casamento? e sobre o celibato? 4) Explique<br />
como “o conhecimento incha”, enquanto “o<br />
amor constrói”. 5) Também nós estamos sujeitos<br />
a “cair”? <strong>de</strong> que maneira?<br />
Faça como Jáiro Gazola, <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>: escreva para o Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
responda as questões <strong>de</strong>sta página e participe do sorteio <strong>de</strong> uma Bíblia doada por<br />
CRUZ ARTE SACRA - Livros e Objetos Religiosos Católicos (48-9983-4592).<br />
Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>: rua Esteves Júnior, 447 - Centro - <strong>Florianópolis</strong>-SC,<br />
88015-530, ou pelo e-mail: jornal@arquifloripa.org.br
Movimento <strong>de</strong> Irmãos prepara<br />
Concentração Arquidiocesana<br />
No próximo dia 20 <strong>de</strong> junho, será realizada<br />
a gran<strong>de</strong> Concentração Arquidiocesana<br />
do Movimento <strong>de</strong> Irmãos (MI),<br />
nos Pavilhões da Marejada, em Itajaí. Com<br />
o lema “Estar em comunhão...”, o encontro<br />
preten<strong>de</strong> reunir os casais participantes<br />
do Movimento para buscar maior<br />
integração e unida<strong>de</strong> na vivência e ativida<strong>de</strong>s<br />
dos seus participantes.<br />
As portas do centro <strong>de</strong> eventos se<br />
abrem às 7h30min para receber os mais<br />
<strong>de</strong> mil participantes <strong>de</strong> toda a <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
esperados para o encontro que se inicia<br />
às 8h30min. A coor<strong>de</strong>nação aguarda os<br />
casais participantes do movimento, provenientes<br />
das 39 paróquias em que ele<br />
está presente na <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Para o coor<strong>de</strong>nador arquidiocesano do<br />
MI, Ozildo José Prazeres, “será um en-<br />
DESPACHANTE<br />
SONAGLIO<br />
• Emplacamento • Tranferências<br />
• Seguros • Carteiras <strong>de</strong> Motorista<br />
• Registro <strong>de</strong> Barcos na Marinha<br />
Em frente ao DETRAN<br />
FONE: (048) 244-7500<br />
Rua Líbia Cruz, 262 - Estreito<br />
Cx. Postal 12130 - <strong>Florianópolis</strong> - SC<br />
contro <strong>de</strong> muita alegria e enriquecimento<br />
no plano espiritual, na troca <strong>de</strong> experiências,<br />
no revivificar e fortalecer o carisma,<br />
e no maior empenho pelas ações<br />
evangelizadoras do Movimento, a começar<br />
pela própria família”.<br />
Durante o encontro haverá momentos<br />
<strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>, e palestras sobre temas<br />
diversos. O arcebispo Dom Murilo<br />
será um dos palestrantes. O encerramento<br />
será com a Caminhada da Fé, em que<br />
os participantes seguem até a Igreja Matriz<br />
do Santíssimo Sacramento, on<strong>de</strong> será<br />
celebrada missa solene por Dom Murilo.<br />
Os interessados po<strong>de</strong>rão receber<br />
mais informações junto às Coor<strong>de</strong>nações<br />
Paroquiais, que estão organizando<br />
caravanas em ônibus <strong>de</strong> turismo.<br />
I Gincana Interpastoral<br />
A Paróquia São Vicente <strong>de</strong> Paulo, em<br />
Itajaí, estará promovendo no dia 11 <strong>de</strong> julho,<br />
a partir das 9h, a “Gincana<br />
Interpastoral”. O evento, em sua primeira<br />
<strong>ed</strong>ição, tem como objetivo fortalecer a<br />
união entre os leigos das diversas pasto-<br />
rais e movimentos existentes na paróquia,<br />
bem como proporcionar um momento <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scontração, confraternização, lazer,<br />
cultura. Os interessados <strong>de</strong>vem procurar<br />
a secretaria da paróquia para obter informações<br />
<strong>de</strong> como participar.<br />
<strong>Arquidiocese</strong> tem mais um padre em terras <strong>de</strong> missão<br />
Des<strong>de</strong> o dia 11 <strong>de</strong> abril, Pe. José<br />
Rufino Filho está trabalhando na Paróquia<br />
São João Batista, em Barrocas, na Bahia.<br />
Ele seguiu para a sua nova missão aten<strong>de</strong>ndo<br />
a um p<strong>ed</strong>ido feito por Dom Itamar<br />
Vian, Arcebispo <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, solicitando<br />
um padre para ajudar nos trabalhos<br />
pastorais na diocese. “Soube do<br />
p<strong>ed</strong>ido e manifestei a Dom Murilo, nosso<br />
Arcebispo, a minha disposição em atuar<br />
em uma terra <strong>de</strong> missão”, disse Pe.<br />
Rufino, que está contente com a sua primeira<br />
experiência missionária.<br />
Pe. Rufino estava na <strong>Arquidiocese</strong><br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1990, quando veio através dos freis<br />
franciscanos capuchinhos. Em 97 foi<br />
incardinado e passou a fazer parte do<br />
Clero arquidiocesano. Trabalhou <strong>de</strong> 90 a<br />
93 na Trinda<strong>de</strong>. Em seguida, <strong>de</strong> 93 a 97,<br />
foi pároco da Coloninha, <strong>de</strong>pois, entre 97<br />
e 2002, foi pároco do Ribeirão da Ilha (as<br />
duas em <strong>Florianópolis</strong>). Des<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />
2003, assumira a paróquia do Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus, em Paulo Lopes.<br />
Segundo Pe. Rufino, que já visitou to-<br />
das as 22 comunida<strong>de</strong>s, 19 rurais e três<br />
urbanas, e foi muito bem recebido, a paróquia<br />
difere pouco da realida<strong>de</strong> das comunida<strong>de</strong>s<br />
em que trabalhou aqui na<br />
<strong>Arquidiocese</strong>. “É uma comunida<strong>de</strong> essencialmente<br />
rural, com doze mil habitantes<br />
e gran<strong>de</strong>s distâncias para percorrer. A realida<strong>de</strong><br />
social é muito parecida”, disse.<br />
Quatro padres em missão<br />
Além <strong>de</strong> Pe. Rufino, outros três padres<br />
estão em terras <strong>de</strong> missão. Pe. José Jacob<br />
Archer, é pároco <strong>de</strong> Pintadas, na diocese<br />
<strong>de</strong> Rui Barbosa e Pe. Josemar Silva atua<br />
na Paróquia <strong>de</strong> Oliveira dos Brejinhos, na<br />
diocese <strong>de</strong> Barra. As duas dioceses, também<br />
da Bahia, fazem parte do projeto<br />
Dioceses Irmãs, que já dura 20 anos, no<br />
qual a <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong> se<br />
comprometeu em auxiliá-las nos serviços<br />
religiosos, disponibilizando um padre a<br />
cada uma. Há também o Pe. Gercino Atílio<br />
Piazza, que este ano iniciou ativida<strong>de</strong> pastoral<br />
na Paróquia <strong>de</strong> Bodoquena, diocese<br />
<strong>de</strong> Jardim, no Mato Grosso.<br />
Sonagli<br />
Corretora <strong>de</strong> Seguros<br />
José Luiz Sonagli<br />
SUSEP 10016326-1<br />
Fone: (48) 244-16<strong>91</strong><br />
Rua Santos Saraiva, 629 - sala 06<br />
Estreito - <strong>Florianópolis</strong> - SC<br />
Confie neste Profissional<br />
Uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> que todos<br />
temos para “ver Jesus” neste mês <strong>de</strong><br />
junho é a nossa resposta à celebração<br />
<strong>de</strong> Corpus Christi. Participando, <strong>de</strong><br />
uma maneira toda especial, estaremos<br />
em sintonia com o Projeto Nacional <strong>de</strong><br />
Evangelização “Queremos Ver Jesus”,<br />
que é o Caminho a Verda<strong>de</strong> e a Vida.<br />
Como discípulos, nós hoje, somos<br />
convidados a “ver o Corpo <strong>de</strong> JESUS”.<br />
E este é o convite da celebração <strong>de</strong><br />
Corpus Cristi. De modo especial, nós<br />
vemos o Corpo <strong>de</strong> Jesus na Eucaristia.<br />
É ali no Corpo Eucarístico que <strong>de</strong>vemos<br />
vê-lo, adorá-lo, comungá-lo e segui-lo no<br />
dia a dia. Pois, ao vê-lo na presença<br />
eucarística, somos convidados a vê-lo<br />
naquilo que a própria Eucaristia nos convida<br />
a ver, isto é, o seu Corpo Místico<br />
que é a Igreja, que somos todos nós –<br />
Povo <strong>de</strong> Deus a Caminho.<br />
Vê-lo também na Palavra que se<br />
encarnou e assumiu a nossa humanida<strong>de</strong>,<br />
e que hoje nos fala profundamen-<br />
Reapren<strong>de</strong>r a cuidar-se<br />
é o convite que lhes<br />
fazemos, com carinho,<br />
através <strong>de</strong>ste<br />
Cronograma 2004:<br />
QUEREMOS VER JESUS<br />
SERVIÇO<br />
DIÁLOGO<br />
ANÚNCIO<br />
TESTEMUNHO DE COMUNHÃO<br />
Jogue Fora Seu Stress e Mergulhe na<br />
Fonte <strong>de</strong> Vida<br />
Junho 2004 -7<br />
te quando a acolhemos nos nossos<br />
corações. Vê-lo ainda, <strong>de</strong> uma maneira<br />
tão bonita, no rosto dos irmãos e irmãs<br />
que estão aí buscando mais vida.<br />
No rosto do homem e da mulher, que<br />
são sempre imagem do próprio Deus.<br />
Aceite o <strong>de</strong>safio e veja Jesus, acolha-o<br />
e siga os seus passos no dia-adia<br />
da sua vida. Seja uma testemunha<br />
viva <strong>de</strong> Jesus vivo e ressuscitado no hoje<br />
da sua vida, sendo uma pessoa que está<br />
a serviço da vida plena e da esperança.<br />
Ao celebrarmos o Corpus Cristi com<br />
esta motivação, vamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já preparar-nos<br />
para o 15 o Congresso<br />
Eucarístico Nacional, que tem como<br />
Tema “Ele está no meio <strong>de</strong> nós!”, e o<br />
Lema: “Vin<strong>de</strong> e V<strong>ed</strong>e!”. Este Congresso<br />
acontecerá aqui na nossa <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Continuemos pois, “vendo Jesus”, que<br />
é o mesmo “ontem, hoje e sempre”.<br />
Seguem algumas orientações práticas<br />
para a concretização do Projeto queremos<br />
Ver Jesus.<br />
Fonte<br />
<strong>de</strong><br />
Vida<br />
Centro <strong>de</strong> Terapias Naturais<br />
Nova Trento - SC<br />
Você que precisa relaxar e<br />
revitalizar-se, venha <strong>de</strong>sfrutar<br />
<strong>de</strong> um ambiente natural<br />
com terapias que<br />
proporcionam mais vida<br />
Reserve sua vaga por: Fone/fax: (48) 267-0816 ou 267-0132
8-<br />
Junho 2004<br />
PARÓQUIAS<br />
Antônio Carlos: berço <strong>de</strong> vocações<br />
Com uma população <strong>de</strong> aproximadamente<br />
sete mil pessoas,<br />
e uma economia voltada para a<br />
agricultura, distante 30 km <strong>de</strong><br />
<strong>Florianópolis</strong>, o município <strong>de</strong> Antônio<br />
Carlos é tido como um dos<br />
mais religiosos da Gran<strong>de</strong>-<br />
<strong>Florianópolis</strong> (98,4% <strong>de</strong> católicos<br />
pelo Censo <strong>de</strong> 2000) e, até agora,<br />
o maior celeiro <strong>de</strong> vocações<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>. No centro do<br />
município está a Igreja Matriz do<br />
Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus.<br />
No passado, a região era conhecida<br />
por suas tradições<br />
como a cachaça e os moinhos<br />
que produziam a farinha <strong>de</strong> mandioca,<br />
consi<strong>de</strong>rada uma das<br />
melhores <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />
Hoje a principal fonte <strong>de</strong> renda<br />
dos antonio-carlenses é voltada<br />
para os hortifrutigrangeiros, sendo<br />
o principal município fornec<strong>ed</strong>or<br />
<strong>de</strong> verduras, legumes e frutas<br />
para as feiras, supermercados<br />
e restaurantes <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />
e municípios próximos.<br />
Berço <strong>de</strong> vocações<br />
A paróquia é, na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
a que forneceu o maior<br />
número <strong>de</strong> padres diocesanos e<br />
religiosos (pelo menos 17 padres).<br />
Hoje o número <strong>de</strong> vocações<br />
está em baixa, como nas<br />
outras paróquias, mas há quatro<br />
seminaristas (três diocesanos<br />
e um religioso). Em tempos<br />
passados já chegou a ter<br />
mais <strong>de</strong> 35 candidatos ao sacerdócio<br />
no mesmo ano.<br />
“A r<strong>ed</strong>ução do número <strong>de</strong> vocações,<br />
se <strong>de</strong>ve, em parte, ao<br />
menor número <strong>de</strong> filhos e à cultura<br />
do consumo. Hoje os casais<br />
têm um ou dois filhos e isso<br />
<strong>de</strong>sestimula as vocações. O<br />
consumismo e o h<strong>ed</strong>onismo, gerado<br />
por uma certa riqueza, é outro<br />
fator, e isso vale para o mundo<br />
todo”, lembra Pe. José<br />
Artulino Besen, uma das vocações<br />
<strong>de</strong> Antônio Carlos.<br />
Dificulda<strong>de</strong> com as pastorais<br />
Embora seja um dos municípios<br />
mais católicos da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
com as missas sempre<br />
cheias <strong>de</strong> fiéis, Antônio Carlos<br />
tem poucas pastorais. Como a<br />
maioria da população vive da agricultura,<br />
ativida<strong>de</strong> que toma todo<br />
o seu tempo durante o dia, e precisa<br />
dormir c<strong>ed</strong>o e acordar mais<br />
c<strong>ed</strong>o ainda para ven<strong>de</strong>r seus produtos,<br />
a participação em pastorais<br />
fica comprometida. “O trabalho<br />
tem que ser feito <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa<br />
realida<strong>de</strong> rural”, disse Pe.<br />
Norberto Debortoli, pároco local<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong>ste ano, lembrando<br />
que não há ação social<br />
porque não há pobres.<br />
Ainda assim, a pastorais que<br />
estão presentes são participativas<br />
e contam com boa estrutura.<br />
Os <strong>de</strong>staques ficam para as<br />
pastorais da catequese, juventu<strong>de</strong>,<br />
Movimento <strong>de</strong> Irmãos e os<br />
grupos <strong>de</strong> cantos.<br />
Pessoas <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />
O pequeno município <strong>de</strong> Antônio<br />
Carlos colocou o seu nome<br />
no cenário mundial. Isso graças<br />
às pessoas que receberam <strong>de</strong>staque<br />
em suas áreas <strong>de</strong> ação.<br />
Entre elas, o mais famoso foi o<br />
Pe. Dr. Raulino Reitz (1<strong>91</strong>9-<br />
19<strong>91</strong>). Ele foi um dos gran<strong>de</strong>s<br />
botânicos do mundo, tendo sido<br />
diretor do Jardim Botânico do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro e <strong>ed</strong>itor da “Flora<br />
Ilustrada Catarinense”, a maior<br />
e mais completa publicação <strong>de</strong><br />
espécies vegetais <strong>de</strong> uma região,<br />
no mundo. O reconhecimento<br />
ao seu trabalho lhe ren<strong>de</strong>u<br />
o Prêmio Global 500, da<br />
ONU, o mesmo que <strong>de</strong>pois foi<br />
conferido ao seringueiro Chico<br />
Men<strong>de</strong>s. No meio acadêmico<br />
Pe. Norberto Debortoli (esq.), pároco local, reunido com moradores, lembram<br />
o passado e o presente <strong>de</strong> uma das comunida<strong>de</strong>s mais católicas do Estado<br />
Foto JA<br />
internacional foi conhecido como<br />
o “Padre dos Gravatás”, por ser<br />
especialista em Bromélias.<br />
Além <strong>de</strong>le, outras figuras se<br />
<strong>de</strong>stacaram, por exemplo na literatura.<br />
A partir do seminário e<br />
da formação nele adquirida, quatro<br />
antoniocarlenses foram escolhidos<br />
para ocupar uma ca<strong>de</strong>ira<br />
na Aca<strong>de</strong>mia Catarinense <strong>de</strong> Letras:<br />
Evaldo Pauli, Pe. Raulino<br />
Reitz, Pe. José Artulino Besen<br />
e Lauro Junckes (ex-seminarista).<br />
O Prof. Evaldo Pauli é o<br />
maior especialista brasileiro em<br />
Esperanto (tentativa <strong>de</strong> língua<br />
universal). E Pe. José Artulino<br />
Besen é um dos escritores<br />
catarinenses com maior número<br />
<strong>de</strong> livros <strong>de</strong> sua autoria vendidos<br />
em território nacional.<br />
Pré-Seminário<br />
Até 1971, os estudantes interessados<br />
em ingressar no Seminário<br />
Menor, <strong>de</strong>veriam passar<br />
um ano no Pré-Seminário. É<br />
como hoje existe o Seminário<br />
Prope-dêutico, que serve como<br />
um período <strong>de</strong> reforço <strong>ed</strong>ucacional<br />
e <strong>de</strong> convivência para os estudantes<br />
que concluíram o segundo<br />
grau antes <strong>de</strong> seguir para<br />
a filosofia.<br />
O Pré-Seminário da <strong>Arquidiocese</strong><br />
funcionava em São Ludgero,<br />
no sul do Estado. Com a criação<br />
da diocese <strong>de</strong> Tubarão, em 1954,<br />
<strong>Florianópolis</strong> teve que provi<strong>de</strong>nciar<br />
um novo Pré-Seminário. Então,<br />
através <strong>de</strong> acordo com o<br />
Governador do Estado, na época<br />
Heriberto Hulse, em 1958 foi c<strong>ed</strong>ido<br />
à Igreja o prédio construído<br />
para Abrigo para Menores, localizado<br />
no município.<br />
Em nove <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />
1959, com 73 alunos, Pe. Vito<br />
Schlickmann (atual bispo<br />
emérito e vigário geral) iniciou as<br />
ativida<strong>de</strong>s do Pré-Seminário Nossa<br />
Senhora <strong>de</strong> Fátima. Lá permaneceu<br />
como reitor até 1970,<br />
sendo substituído pelo Pe. Raul<br />
<strong>de</strong> Souza, que ficou até oito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1971, quando o<br />
Pré-Seminário <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> funcionar<br />
e os alunos foram transferidos<br />
para Azambuja.<br />
História<br />
Em 1830 chegaram ao Alto<br />
Biguaçu os primeiros colonos,<br />
oriundos <strong>de</strong> São P<strong>ed</strong>ro <strong>de</strong><br />
Alcântara. Segundo Côn. Raulino<br />
Reitz, entre os anos <strong>de</strong> 1845 e<br />
1850, o atual perímetro urbano <strong>de</strong><br />
Antônio Carlos e seus arr<strong>ed</strong>ores<br />
foram ocupados por proprietários<br />
<strong>de</strong> São Miguel (açorianos) que<br />
a<strong>de</strong>ntravam o Vale do Rio Biguaçu.<br />
Nessa situação ficou até mais<br />
ou menos 1<strong>91</strong>5, quando José<br />
Matriz foi construída em<br />
1960, com projeto arquitetônico<br />
<strong>de</strong> Simão Gramlich,<br />
autor <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> outras<br />
igreja no Estado. Para a<br />
construção da Igreja, os<br />
moradores doavam uma<br />
semana <strong>de</strong> trabalho às obras.<br />
Luís Hoffmann (Zé Luisinho), proveniente<br />
da “Inglaterra” (hoje Santa<br />
Maria), se estabeleceu nos arr<strong>ed</strong>ores<br />
da colina da futura igreja,<br />
e construiu casas, para alugálas<br />
a negociantes e artesãos.<br />
Em função dos limites geográficos<br />
do então Município <strong>de</strong><br />
São Miguel, os habitantes do<br />
“Alto Biguaçu”, (como era conhecido),<br />
estavam sob a jurisdição<br />
da Paróquia <strong>de</strong> São Miguel (hoje<br />
Biguaçu). Fisicamente era<br />
inviável a frequência à Igreja tão<br />
distante (cerca <strong>de</strong> 25 quilômetros).<br />
Por esta razão, os habitantes<br />
<strong>de</strong> Antônio Carlos frequentavam<br />
a Paróquia <strong>de</strong> São<br />
P<strong>ed</strong>ro <strong>de</strong> Alcântara.<br />
Aos 19 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1958, por<br />
Decreto <strong>de</strong> Dom Joaquim Domingues<br />
<strong>de</strong> Oliveira, a Capela do Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus, do Distrito<br />
<strong>de</strong> Antônio Carlos, Município<br />
<strong>de</strong> Biguaçu, foi elevada à categoria<br />
<strong>de</strong> Paróquia, com território<br />
totalmente <strong>de</strong>smembra-do da<br />
Paróquia São João Evangelista,<br />
<strong>de</strong> Biguaçu. O primeiro Pároco<br />
foi Pe. Alfr<strong>ed</strong>o Junkes, nomeado<br />
por Provisão <strong>de</strong> cinco <strong>de</strong> fevereiro<br />
<strong>de</strong> 1959, tomando posse no<br />
Foto JA<br />
dia oito do mesmo mês. Em 27<br />
<strong>de</strong> julho daquele ano é <strong>de</strong>molida<br />
a antiga igreja e em primeiro <strong>de</strong><br />
fevereiro <strong>de</strong> 1960 inicia-se a<br />
construção da nova Matriz com<br />
planta do alemão Simão<br />
Gramlich, sendo construtores<br />
Antônio Leonardo Baum-garten<br />
(conhecido como Antônio<br />
Freiberger) e Antônio Pauli, dois<br />
nativos simples e <strong>de</strong> nenhuma<br />
instrução, mas sábios e que <strong>de</strong>ram<br />
conta da obra.<br />
Pela Lei Estadual nº 928, <strong>de</strong><br />
seis <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1963, o Distrito<br />
<strong>de</strong> Antônio Carlos foi elevado<br />
à categoria <strong>de</strong> Município,<br />
<strong>de</strong>smem-brado do Município <strong>de</strong><br />
Biguaçu. Como parte dos festejos<br />
comemorativos dos 75 anos<br />
<strong>de</strong> criação do primeiro Bispado<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina, a 19 <strong>de</strong> março<br />
<strong>de</strong> 1983, na presença <strong>de</strong> 34<br />
Sacerdotes concelebrantes e<br />
gran<strong>de</strong> massa <strong>de</strong> paroquianos,<br />
Dom Afonso Niehues consagrou<br />
a Igreja Matriz.
Comissão <strong>de</strong>fine novos passos do CEN-2006<br />
No dia 18 <strong>de</strong> maio, a comissão <strong>de</strong><br />
preparação do 15º Congresso Eucarístico<br />
Nacional (CEN), que acontecerá <strong>de</strong> 18 a<br />
21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2006, em <strong>Florianópolis</strong>,<br />
tendo como tema “Vin<strong>de</strong> e V<strong>ed</strong>e” e lema<br />
“Ele está no meio <strong>de</strong> nós”, reuniu-se para<br />
<strong>de</strong>finir os novos passos em preparação<br />
ao “maior evento nacional da eucaristia”.<br />
Durante o encontro, que contou com a<br />
presença <strong>de</strong> seus nove membros, foi <strong>de</strong>finida<br />
a pauta para a segunda <strong>ed</strong>ição do informativo<br />
“Vin<strong>de</strong> e V<strong>ed</strong>e”, que <strong>de</strong>verá circular<br />
em setembro, com 20 mil exemplares.<br />
“A procura pela primeira <strong>ed</strong>ição com <strong>de</strong>z<br />
mil exemplares foi tão gran<strong>de</strong> que tivemos<br />
Des<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> maio, a sala 27, do<br />
Centro Arquidiocesano <strong>de</strong> Pastoral (CAP),<br />
no Largo São Sebastião, em <strong>Florianópolis</strong>,<br />
está abrigando a secretaria do<br />
Congresso Eucarístico Nacional. No local<br />
está concentrado o e-mail, o Informativo<br />
e todo o material <strong>de</strong> divulgação, o arquivo<br />
com os documentos, as correspondências,<br />
atendimento às dioceses e on<strong>de</strong><br />
acontecerão as reuniões das diversas comissões.<br />
“Aqui é o ponto <strong>de</strong> referência<br />
<strong>de</strong> todos os trabalhos do Congresso”, disse<br />
Pe. Vilmar A<strong>de</strong>lino Vicente, secretário<br />
geral do CEN-2006.<br />
Os interessados em obter informações,<br />
<strong>de</strong>vem contatar com Maria Berna<strong>de</strong>te<br />
Rocha, secretaria executiva do<br />
Congresso, através do fone (48) 322-2407,<br />
ou pelo e-mail: cen2006@cen2006.<br />
org.br. Correspondências <strong>de</strong>vem ser enviadas<br />
para Secretaria do Congresso<br />
Eucarístico Nacional, Largo São Sebas-<br />
que re<strong>ed</strong>itá-la com mais <strong>de</strong>z mil. A próxima<br />
<strong>ed</strong>ição já sairá com 20 mil, prevendose<br />
a procura”, disse Pe. Vilmar A<strong>de</strong>lino<br />
Vicente, secretário geral do CEN-2006.<br />
Durante a reunião, apresentou-se<br />
como estão os preparativos. Está em preparação<br />
a gravação do Hino do Congresso<br />
em CD, o qual em breve estará disponível<br />
para aquisição. Está sendo produzido<br />
um livreto com as explicações básicas<br />
do CEN em linguagem popular, que<br />
logo também estará disponível. “Esperamos<br />
que até julho estejam <strong>de</strong>finidas as<br />
ativida<strong>de</strong>s e propostas <strong>de</strong> ações das comissões”,<br />
disse Pe. Vilmar.<br />
Congresso Eucarístico ganha secretaria<br />
Pe. Vilmar e Berna<strong>de</strong>te acertam mais alguns<br />
<strong>de</strong>talhes para o CEN-2006 na nova sala<br />
tião, nº 88, sala 27, Beira-Mar,<br />
<strong>Florianópolis</strong>, SC, CEP 88.015-530.<br />
<strong>Arquidiocese</strong> tem novo Colégio <strong>de</strong> Consultores<br />
Foi nomeada no dia seis <strong>de</strong> maio, a<br />
nova equipe do Colégio <strong>de</strong> Consultores<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>. Embora ainda não haja<br />
previsão do primeiro encontro dos membros<br />
indicados, os seis padres do clero<br />
arquidiocesano, escolhidos pelo arcebispo<br />
Dom Murilo Krieger, já assumem<br />
a função a partir da data da provisão,<br />
para um mandato <strong>de</strong> cinco anos.<br />
O Colégio <strong>de</strong> Consultores é formado<br />
por um mínimo <strong>de</strong> seis presbíteros, que<br />
têm entre suas principais atribuições: eleger<br />
o administrador arquidiocesano, responsável<br />
por governar interinamente a<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, em caso <strong>de</strong> vacância; dar<br />
parecer ao Arcebispo Metropolitano so-<br />
bre a nomeação do ecônomo e sobre os<br />
atos econômicos <strong>de</strong> maior importância<br />
para a <strong>Arquidiocese</strong>; dar consentimento<br />
ao Arcebispo Metropolitano para atos <strong>de</strong><br />
administração extraordinária, entre outros.<br />
O novo Colégio <strong>de</strong> Consultores da<br />
<strong>Arquidiocese</strong> passa a ser composto por<br />
Dom Vito Schlickmann, vigário-geral<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>, Pe. Alceoni<br />
Berkenbrock, coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Pastoral,<br />
Pe. Alci<strong>de</strong>s Alboni Amaral, pároco<br />
<strong>de</strong> Camboriú, Pe. Lauro Roque<br />
Mittelmann, pároco <strong>de</strong> Itapema, Pe.<br />
Norberto Debortoli, pároco <strong>de</strong> Antônio<br />
Carlos, e Pe. Frei Nolvi Dalla Costa,<br />
pároco <strong>de</strong> Santo Amaro.<br />
VINDE E VEDE!<br />
Centro Educacional Menino Jesus<br />
“Aju<strong>de</strong>-me a crescer, mas <strong>de</strong>ixe-me ser eu mesma”<br />
Rua Esteves Júnior, 696 - Centro - <strong>Florianópolis</strong>/SC<br />
Maria Montessori<br />
Tel/fax: 222-1899 site: www.meninojesus.com.br e-mail: meninojesus@meninojesus.com.br<br />
Junho 2004 -<br />
Fé e Trabalho.<br />
Assim construiremos um mundo melhor. .<br />
9<br />
(Jo 1,39)<br />
Preparando o CEN 2006<br />
A Liturgia – Palavra e Sacramento<br />
Por mais bela que seja a celebração<br />
eucarística, por mais simbólicos que sejam os sinais<br />
realizados na sucessão dos ritos, permanecemos<br />
numa celebração religiosa sim, mas não<br />
ainda cristã. É o gran<strong>de</strong> perigo do ritualismo, da<br />
crença mágica <strong>de</strong> que uma cerimônia comunica a<br />
graça por ser bem feita.<br />
Para iluminarmos os sinais e atingirmos o mistério<br />
há um só caminho: o da fé. A fé é o encontro<br />
<strong>de</strong> duas liberda<strong>de</strong>s: a <strong>de</strong> Deus que se revela,<br />
com a do homem que, por obra do Espírito Santo,<br />
crê na revelação <strong>de</strong> Cristo. O Pai se entrega a<br />
nós através do Filho, no Espírito: é esse o sentido<br />
da Palavra <strong>de</strong> Deus proclamada em cada Liturgia.<br />
O Sacramento se alimenta da Palavra<br />
O ícone (cartaz) do 15 o CEN representa plasticamente<br />
esse encontro: se o artista permanecesse<br />
no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> cruz, peixes, águas, ponte,<br />
pão repartido, estaríamos diante <strong>de</strong> sinais sagrados,<br />
<strong>de</strong> uma cena sacra, ainda não indicativa<br />
do mistério que quer simbolizar: o encontro entre<br />
Deus e o ser humano na Eucaristia.<br />
Por isso, fecundam a cena duas Palavras<br />
reveladoras do conteúdo e da eficácia do mistério:<br />
“Vin<strong>de</strong> e v<strong>ed</strong>e!” e “Ele está no meio <strong>de</strong> nós!”.<br />
Por obra do Espírito, o revelador-realizador dos<br />
mistérios, a Liturgia da Palavra dá eficácia à<br />
Liturgia eucarística.<br />
A Liturgia cristã, <strong>de</strong>ste modo, ultrapassa o culto<br />
do Antigo Testamento e todos os outros cultos<br />
religiosos. Seria arrogante esta afirmação? A resposta<br />
está na Encarnação do Filho, que se <strong>de</strong>spojou<br />
em dois momentos <strong>de</strong>cisivos da história: no<br />
Natal, <strong>de</strong>ixando a condição divina para assumir a<br />
condição humana <strong>de</strong> servo; na Cruz-Ressurreição,<br />
<strong>de</strong>spojando-se da própria vida para darnos<br />
a Vida. O culto cristão é a memória atual <strong>de</strong>sta<br />
verda<strong>de</strong>, novo absoluto na história humana.<br />
A salvação operada por Cristo tem um objetivo:<br />
a divinização do homem e a humanização<br />
<strong>de</strong> Deus. O corpo sofrido-glorioso <strong>de</strong> Cristo torna-se<br />
o sacramento da glória <strong>de</strong> Deus e da salvação<br />
da humanida<strong>de</strong>, segundo a afirmação <strong>de</strong><br />
Santo Irineu <strong>de</strong> Lião: “A glória <strong>de</strong> Deus é o homem<br />
vivente, e a vida do homem é a manifestação<br />
<strong>de</strong> Deus” (Adv. Haer. 4,20,7).<br />
No primeiro momento, aceitamos isso movidos<br />
por nossa liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> crer, pela liberda<strong>de</strong><br />
da fé que nos leva a receber a revelação <strong>de</strong><br />
Cristo, pelo Espírito Santo, na Palavra. No momento<br />
seguinte, o Espírito transforma em Cristo o<br />
que ofertamos e, momento último, comungamos<br />
o que foi consagrado, o Corpo glorioso do Senhor:<br />
a vida divina penetra todo o nosso ser e o<br />
nosso ser penetra a vida divina. É a comunhão<br />
sacramental.<br />
Uma só Liturgia – a celeste e a terrestre<br />
O Livro do Apocalipse nos ilumina a respeito<br />
do mistério sacramental: rasgam-se as cortinas<br />
dos céus e a assembléia terrena contempla a<br />
liturgia celeste: “Eram milhares <strong>de</strong> milhares, milhões<br />
<strong>de</strong> milhões e proclamavam em alta voz: ‘O<br />
Cor<strong>de</strong>iro imolado é digno <strong>de</strong> receber o po<strong>de</strong>r, a<br />
riqueza, a sab<strong>ed</strong>oria e a força, a honra, a glória<br />
e o louvor’. Ouvi também todas as criaturas que<br />
estão no céu, na terra, <strong>de</strong>baixo da terra e no<br />
mar, e tudo o que neles existe, e diziam: ‘Ao que<br />
está sentado no trono e ao Cor<strong>de</strong>iro, o louvor e<br />
a honra, a glória e o po<strong>de</strong>r para sempre’” (Apc<br />
5,11-30).<br />
O Espírito nos ensina que, nos Sacramentos,<br />
participamos da Liturgia celeste e ela participa da<br />
Liturgia terrestre, no diálogo fecundo entre o céu<br />
e a terra, entre o divino e o humano, entre o Pai e<br />
nós, seus filhos, divinizados por seu Filho. Caem<br />
as muralhas que nos separam <strong>de</strong> Deus e a cida<strong>de</strong><br />
terrestre pregusta a cida<strong>de</strong> celeste. Não há<br />
nenhum exagero em afirmarmos que participar<br />
da Liturgia é já viver a vida celeste.<br />
Desse modo, adquire toda a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentido<br />
o mergulho da Palavra <strong>de</strong>ntro do ícone (cartaz)<br />
do Congresso: a Trinda<strong>de</strong> nos fala: “Vin<strong>de</strong> e<br />
v<strong>ed</strong>e, o homem está no meio <strong>de</strong> nós!”, e nós<br />
falamos: “Vin<strong>de</strong> e v<strong>ed</strong>e: Deus está no meio <strong>de</strong><br />
nós!”. Pela Encarnação, Deus vem morar no meio<br />
<strong>de</strong> nós; na Liturgia, nós vamos morar no seio da<br />
Trinda<strong>de</strong>. O mistério da <strong>de</strong>scida divina inclui o<br />
mistério da subida humana: “Vi a cida<strong>de</strong> santa, a<br />
nova Jerusalém, que <strong>de</strong>scia do céu... . Deus veio<br />
morar no meio <strong>de</strong>les. Eis que faço novas todas<br />
as coisas” (cf. Apc 21,1-5a).<br />
Pe. José Artulino Besen<br />
Pároco do Santíssimo Sacramento, Itajaí, e<br />
Professor no ITESC<br />
Arte JA
10-<br />
Junho 2004<br />
CNBB e Igrejas do CONIC Lançam “Mutirão por um novo Brasil”<br />
Representantes <strong>de</strong> diversas<br />
entida<strong>de</strong>s e movimentos<br />
sociais da Igreja Católica e<br />
Cristãs e da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> civil<br />
lançaram, no dia 10 <strong>de</strong> maio,<br />
no final do Seminário <strong>de</strong><br />
abertura da 4ª Semana Social<br />
Brasileira, uma Carta ao<br />
Povo Brasileiro, convocando<br />
toda a soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> para o<br />
Mutirão por um novo Brasil.<br />
“Um novo Brasil só se torna<br />
possível com a participação<br />
da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>. Sem o<br />
exercício da cidadania, nenhum<br />
governo consegue enfrentar<br />
os difíceis <strong>de</strong>safios<br />
que a globalização apresenta<br />
hoje a todos os países”,<br />
diz a Carta.<br />
O Seminário Nacional <strong>de</strong><br />
Abertura da 4ª SSB, que começou<br />
no dia 6 maio e terminou<br />
no dia 9, em Brasília, com<br />
o tema “Articulação das forças<br />
sociais, participando na<br />
construção do Brasil que queremos”,<br />
e o lema “Mutirão por<br />
um novo Brasil”, colocou em<br />
<strong>de</strong>bate temas complexos,<br />
porém urgentes, como a<br />
Área <strong>de</strong> Livre Comércio das<br />
Américas (ALCA), a dívida externa,<br />
o Fundo Monetário Internacional<br />
(FMI), a precarização<br />
do trabalho, a exclusão<br />
social, o papel do Estado, so-<br />
A Soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> Civil organizada<br />
através dos Fóruns<br />
Municipais <strong>de</strong> Assistência<br />
Social, Criança e Adolescente<br />
e Educação está em processo<br />
<strong>de</strong> integração das lutas<br />
por implantação e<br />
implementação das Políticas<br />
Públicas em <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Para isso, estará sendo realizado<br />
um encontro da Soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />
Civil “Integrando Lutas”,<br />
que se realizará no dia<br />
18 <strong>de</strong> junho às 8:30 hs, no<br />
auditório da Cat<strong>ed</strong>ral, em<br />
<strong>Florianópolis</strong>, com o objetivo<br />
principal <strong>de</strong> realizar planejamento<br />
integrado, somando<br />
forças na luta por políticas<br />
públicas.<br />
Esta iniciativa foi tomada<br />
pelo Fórum Municipal dos<br />
Direitos da Criança e do Adolescente,<br />
aten<strong>de</strong>ndo a<br />
indicativos das duas últimas<br />
berania versus Império, sustentabilida<strong>de</strong>,<br />
entre outros.<br />
Num <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> reflexão e<br />
discussão <strong>de</strong> alternativas para<br />
o País, as forças sociais presentes<br />
no Seminário reconheceram<br />
como urgência r<strong>ed</strong>efinir<br />
a função do Estado, colocando-o<br />
<strong>de</strong> fato a serviço dos<br />
interesses da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>. “O<br />
Estado não po<strong>de</strong> ser controlado<br />
por elites nacionais para<br />
<strong>de</strong>fesa dos seus privilégios<br />
históricos. Nem po<strong>de</strong> ser<br />
instrumentalizado pela ambição<br />
do capital financeiro, nacional<br />
e internacional, que r<strong>ed</strong>uz<br />
a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do país, <strong>de</strong>ixando<br />
o campo livre para a especulação,<br />
frustrando as políticas<br />
<strong>de</strong> inclusão social”, afirma o<br />
documento.<br />
A 4ª Semana Social Brasileira<br />
é promovida pela Comissão<br />
para o Serviço da Carida<strong>de</strong>,<br />
Justiça e Paz da CNBB,<br />
em parceria com o Conselho<br />
Nacional <strong>de</strong> Igrejas Cristãs<br />
(CONIC), e com movimentos<br />
sociais, Centrais sindicais e<br />
entida<strong>de</strong>s e organizações em<br />
geral. E terá, no <strong>de</strong>correr dos<br />
próximos dois anos, ativida<strong>de</strong>s<br />
em âmbito diocesano, regional<br />
e nacional.<br />
Fóruns Municipais integram Lutas<br />
Conferências Municipais.<br />
Esta integração objetiva a discussão<br />
intersetorial e universal<br />
das Políticas Sociais Públicas,<br />
além <strong>de</strong> fortalecer a<br />
participação das ONG´s que<br />
na sua gran<strong>de</strong> maioria têm<br />
representação nos vários<br />
Conselhos e Fóruns, com<br />
pouca disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas<br />
para sua representação.<br />
Iniciamos o processo <strong>de</strong><br />
articulação <strong>de</strong>stes Fóruns,<br />
por enten<strong>de</strong>rmos que estas<br />
Políticas Públicas têm muitas<br />
interfaces. Este é um passo<br />
importante para o fortalecimento<br />
das lutas por implantação<br />
e implementação <strong>de</strong><br />
Políticas Sociais Públicas.<br />
O encontro está aberto à<br />
participação da Soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />
Civil. Maiores informações<br />
com Marlete (ASA) através<br />
do telefone 2248776.<br />
Nova equipe recebe formação para atuar nas comunida<strong>de</strong>s<br />
ASA renova convênio com<br />
o Ministério da Justiça<br />
No último mês <strong>de</strong> Março,<br />
a Ação Social da <strong>Arquidiocese</strong><br />
(ASA), renovou através<br />
da Pastoral do Menor Nacional<br />
o convênio <strong>de</strong> execução<br />
do Programa Liberda<strong>de</strong> Assistida<br />
Comunitária (LAC)<br />
Ministério da Justiça. O programa<br />
que está fundamentado<br />
no Estatuto da Criança<br />
e do Adolescente (ECA), objetiva<br />
o atendimento e orientação<br />
do(a) adolescente que<br />
por seu envolvimento com a<br />
Móveis <strong>de</strong><br />
Escritório são<br />
doados à ASA<br />
A Ação Social Arquidiocesana<br />
(ASA), recebeu a doação<br />
<strong>de</strong> um lote <strong>de</strong> móveis <strong>de</strong><br />
escritório do Tribunal do Trabalho<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina, os<br />
quais estão <strong>de</strong>stinados às<br />
obras sociais das paróquias<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>. Entre os<br />
objetos ainda disponíveis, há<br />
escrivaninhas, armários, mesas<br />
etc, Todos são usados,<br />
mas no entanto, após uma<br />
reforma, po<strong>de</strong>m voltar ao uso.<br />
As paróquias que necessitarem<br />
<strong>de</strong> móveis <strong>de</strong>ssa natureza,<br />
entrem em contato com<br />
a ASA no fone: 48 – 224-8776,<br />
a fim <strong>de</strong> marcarem hora para<br />
ir aos <strong>de</strong>pósitos on<strong>de</strong> estão<br />
os móveis.<br />
prática <strong>de</strong> ato infracional, tenha<br />
recebido, através <strong>de</strong> processo<br />
judicial, a M<strong>ed</strong>ida <strong>de</strong><br />
Liberda<strong>de</strong> Assistida.<br />
Neste ano, o programa<br />
contará com uma nova configuração<br />
em sua equipe<br />
executiva, além da ampliação<br />
<strong>de</strong> sua abrangência <strong>de</strong><br />
execução. Além da comunida<strong>de</strong><br />
do Monte Cristo, atuará<br />
também nas comunida<strong>de</strong>s<br />
do Estreito, Capoeiras<br />
e Jardim Atlântico.<br />
Foto JA<br />
A execução da M<strong>ed</strong>ida <strong>de</strong><br />
Liberda<strong>de</strong> Assistida na respectiva<br />
comunida<strong>de</strong>, dispõe<br />
sobre a política do ECA<br />
que <strong>de</strong>fine que esta dar-seá<br />
através <strong>de</strong> um conjunto<br />
articulado <strong>de</strong> ações governamentais<br />
e não governamentais.<br />
Então a soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong><br />
civil tem um compromisso<br />
na implantação e implementação<br />
<strong>de</strong> políticas públicas.<br />
No entanto, não po<strong>de</strong>mos<br />
fazer estas ações <strong>de</strong><br />
forma isolada. Temos que<br />
estar articulando, cobrando,<br />
responsabilizando o po<strong>de</strong>r<br />
executivo como instância<br />
primeira <strong>de</strong> execução <strong>de</strong><br />
tais políticas.<br />
Então, com o crescente<br />
índice <strong>de</strong> violência e a falta<br />
<strong>de</strong> políticas públicas voltadas<br />
às crianças e adolescentes,<br />
a execução do programa<br />
LAC na cida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>rá trazer<br />
indicadores que po<strong>de</strong>rão servir<br />
<strong>de</strong> instrumentos para que<br />
o executivo reveja sua forma<br />
<strong>de</strong> execução <strong>de</strong> M<strong>ed</strong>idas<br />
Sócio-Educativas, oportunizando<br />
a todos os adolescentes,<br />
possibilida<strong>de</strong>s reais <strong>de</strong><br />
construção <strong>de</strong> um novo projeto<br />
<strong>de</strong> vida. Este é o <strong>de</strong>safio<br />
da ASA e uma possibilida<strong>de</strong><br />
concreta <strong>de</strong> “fazer” responsabilizando.<br />
Foto JA<br />
Aproximadamente 200 pessoas compareceram à Cat<strong>ed</strong>ral <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>,<br />
no dia 27 <strong>de</strong> maio, para participar do Culto Ecumênico, um dos eventos que faziam<br />
parte da Semana <strong>de</strong> Oração pela Unida<strong>de</strong> dos Cristãos. O culto foi concelebrado<br />
por representantes <strong>de</strong> sete <strong>de</strong>nominações religiosas cristãs. A <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Florianópolis</strong> foi representada pelo Vigário Geral da <strong>Arquidiocese</strong> e bispo emérito,<br />
Dom Vito Schlickmann, e pelos padres Francisco Wloch, P<strong>ed</strong>ro Köehler, Iseldo<br />
Scherer e Elias Wolf, Frei Gamaliel Devigili e diácono José Antônio Schweitzer.<br />
Na paróquia <strong>de</strong> Itapema, as comunida<strong>de</strong>s luteranas e católicas se reuniram pelo<br />
terceiro ano seguido para também celebrar o evento. Além da Semana, as duas<br />
igrejas participam conjuntamente da Procissão e Encenação da Paixão, Morte e<br />
Ressurreição <strong>de</strong> Jesus Cristo realizada na Sexta-feira Santa, da qual participam<br />
mais <strong>de</strong> cinco mil pessoas. “Po<strong>de</strong>-se afirmar tranqüilamente que as diferenças<br />
existentes entre ambas as igrejas não são obstáculo para a comunhão na fé ou para<br />
a paz doada por Jesus”, disse Pe. Lauro Roque Mittelmann, pároco <strong>de</strong> Itapema.
MISSÃO<br />
O Casamento na Cultura Africana (2)<br />
Na última <strong>ed</strong>ição do Jornal da<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, abordamos a iniciação<br />
da moça, o noivado e o<br />
casamento na cultura africana.<br />
Dando continuida<strong>de</strong> a essa reflexão,<br />
Pe. Toninho, com a experiência<br />
<strong>de</strong> quem viveu 19 anos<br />
<strong>de</strong> sua vida na Costa do Marfim,<br />
fala, nesta <strong>ed</strong>ição, sobre poligamia,<br />
divórcio e casamento religioso<br />
e civil (quase inexistentes).<br />
Poligamia<br />
A poligamia existe na tribo<br />
baulé. Mas o polígamo contentase,<br />
na maioria das vezes, em ter<br />
somente duas mulheres. Os<br />
chefes possuem várias mulheres,<br />
porque isso lhes assegura um<br />
status social mais elevado. As<br />
razões que dão para justificar a<br />
poligamia são várias:<br />
- prestígio: Ter muitas mulheres<br />
significa ter uma família<br />
numerosa, logo, uma mão-<strong>de</strong>obra<br />
eficaz para o trabalho na<br />
roça. Era também uma maneira<br />
<strong>de</strong> compensar a alta mortalida<strong>de</strong><br />
infantil nos tempos antigos. Enfim,<br />
dava ao homem uma imagem<br />
importante e influente, já que tinha<br />
sua casa sempre cheia <strong>de</strong><br />
gente e o vai-vém era constante.<br />
- esterilida<strong>de</strong> da primeira<br />
mulher: O caso mais freqüente<br />
é quando a mulher não tem filhos.<br />
A esterilida<strong>de</strong> é a maior <strong>de</strong>sgraça<br />
para a mulher baulé. Aliás, a<br />
esterilida<strong>de</strong> é também uma das<br />
causas do divórcio. Mas se o<br />
marido ama a sua esposa e ela<br />
tem outras finalida<strong>de</strong>s (mulher<br />
prendada), então ele fica com ela<br />
e arruma uma outra que lhe dará<br />
muitos filhos.<br />
- segurança: Ter somente<br />
uma mulher é estar sempre no embaraço<br />
e na insegurança. Dizem<br />
os homens: “Se a mulher fica doente,<br />
quem fará a comida e o serviço<br />
<strong>de</strong> casa? Se a mulher vai visitar<br />
a sua família, quem cuidará<br />
do serviço na roça?” Entre os<br />
baulés, existe a abstinência sexual<br />
após o parto, isto é, enquanto<br />
a criança não anda, o homem<br />
não dorme com a esposa. Logo,<br />
a presença <strong>de</strong> uma outra mulher<br />
resolve esse problema.<br />
Divórcio<br />
Tradicionalmente, o divórcio<br />
existe na tribo baulé, mas, na<br />
maioria das vezes, as famílias<br />
tentam arranjar as coisas. O divórcio,<br />
antes <strong>de</strong> ser concluído,<br />
<strong>de</strong>ve ser ratificado pelas duas famílias<br />
que firmaram a união conjugal.<br />
Antes <strong>de</strong> chegar a esse<br />
extremo, as famílias vão fazer <strong>de</strong><br />
tudo para que o divórcio não se<br />
consoli<strong>de</strong>. Quando não há mais<br />
Mulheres africanas preparam a comida que será ingerida pelos noivos<br />
jeito, então vão discutir entre si<br />
para <strong>de</strong>terminar on<strong>de</strong> houve o<br />
erro, e avaliar o reembolso do<br />
dote. Às vezes, a separação<br />
ocorre <strong>de</strong> uma maneira amigável.<br />
A iniciativa <strong>de</strong> p<strong>ed</strong>ir o divórcio<br />
po<strong>de</strong> vir tanto do homem como<br />
da mulher, tendo sempre presente<br />
que a influência das famílias é<br />
<strong>de</strong>terminante para apaziguar ou<br />
envenenar mais a situação.<br />
As causas do divórcio po<strong>de</strong>m<br />
ser as seguintes: esterilida<strong>de</strong> da<br />
mulher, infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um dos<br />
dois, mas especialmente a feminina,<br />
marido ou mulher preguiçosos<br />
e negligentes em relação à<br />
família e à casa, impotência do<br />
homem e cansaço da mulher,<br />
após uma longa vida conjugal.<br />
Casamento Cívil<br />
A constituição marfiniana, em<br />
vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1963, obriga todo<br />
cidadão a casar-se no civil, mas,<br />
o casamento civil não tem sentido<br />
nenhum e é contrário aos<br />
costumes do país. Por exemplo,<br />
pela lei civil, a herança é <strong>de</strong> direito<br />
dos filhos legítimos, enquanto<br />
que, tradicionalmente, na<br />
soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> baulé, que é <strong>de</strong> regime<br />
matriarcal, são os sobrinhos<br />
(somente os filhos das irmãs)<br />
que pegam a herança. Um outro<br />
inconveniente é ter <strong>de</strong> enfrentar<br />
a administração civil com idas e<br />
vindas intermináveis, sem contar<br />
as <strong>de</strong>spesas do cartório.<br />
Casamento religioso<br />
Pesquisando nos registros paroquiais,<br />
constatei num piscar <strong>de</strong><br />
olhos que o número <strong>de</strong> casamentos<br />
na Igreja é insignificante em relação<br />
à gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> casais<br />
que vão à Igreja. Na maioria<br />
dos casos, o casamento religioso<br />
é contraído entre casais já com<br />
ida<strong>de</strong> avançada e já tendo muitos<br />
filhos (como não batizamos recémnascidos,<br />
logo, não se exige o<br />
casamento religioso dos pais). O<br />
casamento entre casais <strong>de</strong> jovens<br />
é tão raro que, em 19 anos <strong>de</strong> presença<br />
entre os baulés, não celebrei<br />
nenhum na Igreja.<br />
O casamento no religioso é celebrado<br />
somente quando as etapas<br />
do casamento tradicional fo-<br />
Divulgação/JA<br />
ram concluídas, aliás, a Igreja<br />
marfiniana consi<strong>de</strong>ra mais válido o<br />
casamento tradicional que o casamento<br />
no civil. No caso <strong>de</strong> acolher<br />
para o batismo um casal <strong>de</strong><br />
catecúmenos que já concluiu as<br />
etapas do casamento tradicional,<br />
o casamento religioso será automaticamente<br />
ratificado. De uma<br />
maneira geral, a atitu<strong>de</strong> dos cristãos<br />
baulés diante do casamento<br />
religioso é <strong>de</strong> receio, e mesmo <strong>de</strong><br />
m<strong>ed</strong>o, <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r cumprir com<br />
o engajamento religioso até o fim.<br />
Em resumo, os baulés querem<br />
legitimar-se diante da Igreja<br />
não porque estão convencidos do<br />
valor do sacramento do matrimônio,<br />
mas para ter acesso ao sacramento<br />
da comunhão.<br />
Conclusão<br />
No campo pastoral, o casamento<br />
religioso é o maior obstáculo<br />
para a expansão e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
das comunida<strong>de</strong>s cristãs<br />
entre os baulés (e, sem exagero,<br />
em toda a África). Quantos casos<br />
<strong>de</strong> jovens cristãos que, pelo fato<br />
<strong>de</strong> ainda serem noivos, são automaticamente<br />
excluídos do sacramento<br />
da comunhão. Segundo a<br />
lei da Igreja, eles vivem em concubinato.<br />
Sem contar os casos <strong>de</strong><br />
polígamos que não têm acesso<br />
nem ao sacramento do batismo.<br />
Muitos <strong>de</strong>sses “fora da lei” são<br />
pessoas sérias, dinâmicas e engajadas<br />
nas ativida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong>.<br />
Mas, pelo fato <strong>de</strong> serem<br />
excluídos dos sacramentos, <strong>de</strong>sanimam<br />
e abandonam a Igreja.<br />
Será que, se déssemos um<br />
pouco <strong>de</strong> tempo e valorizássemos<br />
mais a sua cultura, este mesmo<br />
Espírito não transformaria também<br />
o coração do povo baulé para<br />
que conhecesse a realização<br />
inculturada da mensagem evangélica?<br />
Quando lemos os Atos<br />
dos Apóstolos, percebemos que<br />
a Igreja primitiva, no encontro com<br />
culturas e civilizações diferentes,<br />
estabeleceu algumas exceções<br />
na lei <strong>de</strong> indissolubilida<strong>de</strong> do casamento.<br />
Por que então, a Igreja<br />
não po<strong>de</strong> ser mais flexível diante<br />
da cultura africana?<br />
Pe. Toninho<br />
Agenda da Animação missionária:<br />
- 05 <strong>de</strong> junho: or<strong>de</strong>nação sacerdotal do diácono P<strong>ed</strong>ro<br />
Tomazelli, missionário do Pime, em Pouso R<strong>ed</strong>ondo – SC.<br />
- 19 <strong>de</strong> junho: encontro <strong>de</strong> preparação para os (as) missionários<br />
(as) que irão à Bahia no mês <strong>de</strong> julho. Local: Cat<strong>ed</strong>ral <strong>de</strong><br />
Fpolis, sala 8.<br />
- 19 a 26 <strong>de</strong> junho: encontros comarcais para os (as) animadores<br />
(as) missionários (as).<br />
Junho 2004 -<br />
Dimensão Missionária<br />
no ministério do aconselhamento<br />
conjugal<br />
A família foi, e ainda hoje<br />
é (e sem dúvida, será sempre),<br />
a instituição mais importante<br />
na soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>. Pois ela<br />
tem a nobre missão <strong>de</strong> <strong>ed</strong>ucar,<br />
formar e preparar, os futuros<br />
membros dirigentes <strong>de</strong><br />
uma nação, da Igreja ou para<br />
a própria família.<br />
Nos tempos mo<strong>de</strong>rnos,<br />
on<strong>de</strong> os valores da tradição familiar,<br />
em nível religioso, cultural<br />
e social, estão sofrendo<br />
um ataque constante dos meios<br />
<strong>de</strong> comunicação social, nivelando-os<br />
á moda atual;<br />
on<strong>de</strong> tudo é permitido e<br />
<strong>de</strong>scartável, é urgente que os<br />
casais cristãos tenham a firme<br />
convicção <strong>de</strong> que são um<br />
“instrumento nas mãos <strong>de</strong><br />
Deus”, para reverter este quadro<br />
negativo.<br />
Então, os ministros(as) do<br />
aconselhamento conjugal <strong>de</strong>vem<br />
ter esta sensibilida<strong>de</strong> e<br />
percepção, para discernir a<br />
problemática que envolve os<br />
casais, e principalmente as<br />
famílias, nas suas respectivas<br />
paróquias e comunida<strong>de</strong>s, e<br />
intervir a tempo <strong>de</strong> dar-lhes novamente<br />
o gosto <strong>de</strong> viverem<br />
juntos, tendo como motivação<br />
maior o amor pelos filhos(as).<br />
Outro gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio na<br />
ativida<strong>de</strong> pastoral na Igreja nos<br />
dias <strong>de</strong> hoje são os casais<br />
que estão vivendo as chamadas<br />
“segundas uniões”, que<br />
na maioria dos casos vivem<br />
em perfeita harmonia, assumindo<br />
como próprios os filhos<br />
do outro cônjuge. Estes casais<br />
merecem uma atenção<br />
especial por parte da Igreja,<br />
que a exemplo <strong>de</strong> Cristo o bom<br />
pastor, tudo fez para resgatar<br />
os que estavam excluídos.<br />
(Lc. 15,1-7)<br />
Os (as) ministros(as) do<br />
aconselhamento conjugal, em<br />
colaboração com todos os<br />
movimentos e grupo, que atuam<br />
na pastoral familiar paroquial,<br />
po<strong>de</strong>riam ainda organizar<br />
momentos <strong>de</strong> encontro e<br />
lazer para todos os casais. E,<br />
para atingi-los <strong>de</strong> uma maneira<br />
mais concreta, estes encontros<br />
<strong>de</strong>veriam ser realizados<br />
nas suas respectivas comunida<strong>de</strong>s,<br />
respeitando assim<br />
os níveis culturais e <strong>de</strong><br />
tradição religiosa <strong>de</strong> cada ambiente.<br />
Pe. Toninho<br />
11
12<br />
- Junho 2004<br />
Nasceste ecumênica, Igreja. No teu<br />
jeito <strong>de</strong> pensar e <strong>de</strong> falar, <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong><br />
agir. És ânsia <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>, comunhão e<br />
participação. Nasceste comunhão para<br />
gerar comunhão. Por isso és ecumênica,<br />
na consciência <strong>de</strong> ti mesma e na compreensão<br />
dos outros; nos teus projetos,<br />
sonhos e esperanças; nas tuas dores e<br />
nos teus temores. És ecumênica em tua<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> mais profunda. Em tudo, comunhão<br />
e participação.<br />
É que foste criada assim, Igreja-comunhão,<br />
Igreja ecumênica. E não po<strong>de</strong>ria<br />
ser diferente. Sem comunhão não existes,<br />
não és Igreja. És assim <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tua<br />
origem, quando muitos te criaram: o Deuscomunhão,<br />
uno e trino. E em ti muitos<br />
foram gerados para a comunhão. Olhando<br />
a Trinda<strong>de</strong> que te criou e a multidão<br />
que contigo foi gerada, compreendo-te<br />
comunhão. Eixo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> entre o céu e<br />
a terra, o tempo e a eternida<strong>de</strong>, o divino e<br />
o humano. Comunhão entre o <strong>de</strong>sejo e o<br />
abraço, a fé e a dúvida, a poesia e a luta.<br />
Comunhão do pão no sacramento, do feminino<br />
no masculino, do amor na vida. E<br />
sendo comunhão, és ecumênica.<br />
Essa é tua razão <strong>de</strong> ser, Igreja, tua<br />
vocação: comunhão que tudo inclui.<br />
Comunhão sem fronteiras, na partilha do<br />
sonho e do compromisso. Sem fronteiras<br />
nas relações. Para ti não <strong>de</strong>ve existir<br />
o estrangeiro. Em ti, tudo e todos<br />
numa mesma realida<strong>de</strong> - comunhão.<br />
Tua mensagem é para todo coração<br />
abatido. Teu pão eucarístico, para todo<br />
faminto <strong>de</strong> eternida<strong>de</strong>. E teu cálice sacia<br />
toda s<strong>ed</strong>e <strong>de</strong> vida em abundância.<br />
E assim, Igreja, tua profecia liberta<br />
o prisioneiro; tua fé cura o enfermo; teu<br />
po<strong>de</strong>r restitui a vida. Sob teu manto abriga-se<br />
a humanida<strong>de</strong> inteira. Nesta unida<strong>de</strong><br />
tudo se renova numa beleza sem<br />
fim. A beleza da comunhão, beleza<br />
ECUMENISMO<br />
Por uma Igreja ecumênica-comunhão<br />
ecumênica. A beleza é salvação.<br />
Mas algo aconteceu contigo, Igreja,<br />
e te transformaste. E nas mudanças, a<br />
comunhão se dissolveu, a unida<strong>de</strong> se dividiu.<br />
Surgiram fronteiras, não mais abrigas<br />
a todos. Criaste o estrangeiro em teu<br />
próprio seio, o <strong>de</strong>sconhecido, marginalizado.<br />
O infinito já não encontra abrigo em<br />
ti. Esqueceste a eternida<strong>de</strong>.<br />
E agora existes para poucos, Igreja.<br />
Do pão da Eucaristia, poucos se alimentam.<br />
Do teu cálice, poucos se saciam.<br />
Sob teu manto, poucos encontram abrigo.<br />
No teu interior, alegria e céu para poucos.<br />
«Lá fora», a danação <strong>de</strong> muitos. Eles<br />
não têm a veste da festa... Tua mensagem<br />
tornou-se pesada, códigos que poucos<br />
<strong>de</strong>cifram. Teus critérios são rigorosos,<br />
quase sem misericórdia. A seleção<br />
venceu a comunhão. Não mais pensas<br />
com o coração. E o <strong>de</strong>sejo ficou sem o<br />
abraço, o coração sem a carida<strong>de</strong>, a justiça<br />
sem a ternura. A multidão que eras,<br />
Igreja, se fez solidão. E tu pareces <strong>de</strong>masiado<br />
contente contigo mesma...<br />
Então, por que existes, Igreja? Se<br />
não acolhes o estrangeiro; se não alimentas<br />
o faminto; se não sacias o s<strong>ed</strong>ento;<br />
se não curas o enfermo; se não<br />
consolas o angustiado; se não libertas<br />
o prisioneiro; se não reanimas a vida; se<br />
não alcanças o infinito? Por que existes,<br />
Igreja, se não fazes do «outro» teu<br />
eu; do «eles» o nós; da exclusão a comunhão?<br />
Mas... realmente existes, Igreja,<br />
se não és comunhão/ecumênica?<br />
Retorna, Igreja, à tua origem, recupera<br />
tua unida<strong>de</strong>. E então dá-nos novamente<br />
razão para viver, conduze-nos ao infinito.<br />
Alarga tuas fronteiras corajosamente,<br />
profeticamente, e alimenta em nós a utopia<br />
da comunhão, a utopia ecumênica.<br />
Pe. Elias Wolff<br />
Leia mais sobre ecumenismo: www.encontro<strong>ed</strong>ialogo.kit.net<br />
FÉ E COMPROMISSO SOCIAL<br />
A Igreja e o Direito <strong>de</strong> Greve<br />
Ninguém acr<strong>ed</strong>ita que a greve seja o<br />
melhor encaminhamento para a solução<br />
dos conflitos sociais. Todavia, historicamente,<br />
a greve tem-se constituído instrumento<br />
capaz <strong>de</strong> resolver situações extremadas.<br />
No fundo, a greve é danosa á<br />
soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>: patrões, empregados, economia<br />
e bem comum são prejudicados, e<br />
a paz social comprometida, quando mesquinhas<br />
posições são radicalizadas<br />
(Rerum Novarum).<br />
Da categórica proibição das greves,<br />
evoluímos nos últimos tempos para o<br />
direito <strong>de</strong> greve quando razões<br />
justificadas assim o exigem, em <strong>de</strong>fesa<br />
do interesse público e da vida dos trabalhadores<br />
(Octogésima Adveniens).<br />
A Igreja não concorda com greves <strong>de</strong><br />
caráter político-partidário, mas reconhe-<br />
ce “o direito legitimo dos sindicatos<br />
apresentarem um ultimatum aos lí<strong>de</strong>res<br />
patronais”, quando está em jogo a<br />
vida da classe trabalhadora (Laborem<br />
Exercens).<br />
A Igreja quer estar ao lado dos pobres<br />
discernindo a justiça <strong>de</strong> suas reivindicações,<br />
favorecendo uma maior<br />
consciência <strong>de</strong> solidari<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> e efetivo<br />
empenho na busca <strong>de</strong> soluções, evitando<br />
sempre o uso da violência (Sollicitudo<br />
Rei Socialis). Enfim, a greve é um direito<br />
social que não se restringe a reivindicações<br />
corporativistas, mas que visa<br />
o bem da soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong>.<br />
Pe. Vilmar A<strong>de</strong>lino Vicente<br />
Professor <strong>de</strong> Moral Social no ITESC e<br />
Diretor do Instituto João Paulo II<br />
JUVENTUDE<br />
Pastoral oferece formação a jovens<br />
Nos dias 22 e 23 <strong>de</strong> maio, a PJ<br />
da <strong>Arquidiocese</strong> realizou a II Etapa<br />
da Escola <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> e Curso <strong>de</strong><br />
Assessores, no Seminário Edith<br />
Stein em Barreiros. Esta ativida<strong>de</strong><br />
contou com a presença <strong>de</strong> 20 jovens<br />
na escola e 18 no curso, que continuam,<br />
através do Processo <strong>de</strong> Formação<br />
Integral, perseverantes na<br />
caminhada da PJ na <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Os grupos da Paróquia Sagrados<br />
Corações também se fizeram presentes,<br />
acolhendo os participantes<br />
e ajudando na organização.<br />
A proposta do Curso <strong>de</strong> Assessores<br />
é capacitar jovens para prestar<br />
acompanhamento e assessoria<br />
aos grupos nas comunida<strong>de</strong>s. Para esse<br />
acompanhamento, o contato po<strong>de</strong> ser feito<br />
com a secretaria da PJ. Este ano, a<br />
proposta da PJ na <strong>Arquidiocese</strong> concentra-se<br />
em 3 projetos: articulação, forma-<br />
PJ participa <strong>de</strong><br />
Seminário Regional<br />
A PJ da <strong>Arquidiocese</strong> estará participando,<br />
nos dias 25 a 27 <strong>de</strong> junho, do Seminário<br />
Regional sobre Especificida<strong>de</strong><br />
Pastoral e Realida<strong>de</strong> Juvenil,<br />
que acontecerá em Rio do Sul, com<br />
a assessoria do Pe. Hilário Dick. Este<br />
seminário reunirá as Pastorais (PJ, PJR,<br />
PJMP) das dioceses do Regional Sul IV,<br />
e tem como objetivo geral apontar como<br />
se <strong>de</strong>ve trabalhar com as diferentes realida<strong>de</strong>s<br />
juvenis. A <strong>Arquidiocese</strong> estará representada<br />
por 12 participantes.<br />
Para milhares <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> 16 e 17 anos,<br />
as eleições não serão mais a mesma coisa,<br />
pois, a partir <strong>de</strong>ste ano eles serão sujeitos<br />
do processo <strong>de</strong> mudança que se dá<br />
através do voto. Estes jovens, que na sua<br />
maioria são estudantes, enfrentaram horas<br />
<strong>de</strong> filas para alistar-se eleitoralmente até o<br />
dia cinco do último mês, término do prazo<br />
para requerer o titulo <strong>de</strong> eleitor.<br />
O voto aos 16 anos foi uma conquista<br />
incomparável que se concretizou em 1988,<br />
quando foi aprovada a atual Constituição<br />
F<strong>ed</strong>eral. É importante saber que foram os<br />
jovens os principais atores da mobilização<br />
para aprovação da emenda que dava direito<br />
aos 16 e 17 anos a votarem opcionalmente.<br />
Esta <strong>de</strong>cisão modificou totalmente<br />
tanto a visão sobre a participação dos<br />
jovens na mudança das estruturas políticas/governamentais,<br />
quanto a visão dos<br />
próprios jovens sobre a participação e<br />
conscientização política.<br />
Neste ano ocorreram em todo o país<br />
campanhas para incentivar os jovens a participarem<br />
da festa da <strong>de</strong>mocracia no Brasil,<br />
através <strong>de</strong> seu voto. Novamente vemos<br />
os jovens como atores <strong>de</strong>sta mobilização,<br />
pois a principal campanha acontecida no<br />
Estado, foi a “Se Liga 16”, realizada pelo<br />
Tribunal Regional Eleitoral(TRE), juntamente<br />
com a União da Juventu<strong>de</strong> Socialista<br />
(UJS), União Nacional <strong>de</strong> Estudantes<br />
(UNE) e a União Brasileira dos Estudantes<br />
Secundaristas (UBES).<br />
É fácil observar que o voto aos 16 e 17<br />
anos é um voto que tem um sentido diferente<br />
dos outros. Primeiramente, porque não é<br />
um voto obrigatório; segundo, porque não é<br />
voto viciado; e por último, é voto que carrega<br />
Participantes da II Etapa do Curso <strong>de</strong> Assessores<br />
ção e espiritualida<strong>de</strong>. Para <strong>de</strong>senvolver<br />
estes projetos, algumas ativida<strong>de</strong>s já estão<br />
sendo realizadas como: levantamento<br />
dos grupos <strong>de</strong> jovens, escola e curso, oficinas,<br />
cursos paroquiais, entre outros.<br />
Fique ligado!!!<br />
- Se sua paróquia ainda não conhece a<br />
Pastoral da Juventu<strong>de</strong>, entre em contato com a<br />
secretaria da PJ: (48) 224-4799 ou pjuv@<br />
arquifloripa.org.br<br />
- As oficinas que estamos realizando nas<br />
diversas paróquias são: O que é PJ; Mística e<br />
espiritualida<strong>de</strong>; Metodologia e dinâmicas e<br />
Personalização e integração. Agen<strong>de</strong> logo a<br />
sua na secretaria da PJ!<br />
- Os cursos, nas paróquias, seguem a proposta<br />
do projeto <strong>de</strong> formação. Tendo em vista<br />
que estamos num ano <strong>de</strong> eleições, o tema <strong>de</strong>ste<br />
ano é: “Conscientização política” e o lema: “Para<br />
construir é necessário participar”<br />
Jovens iniciam sua participação política<br />
todos os significados, pois a juventu<strong>de</strong> necessita<br />
<strong>de</strong> muitas conquistas (<strong>ed</strong>ucação,<br />
cultura, lazer, passe livre para estudantes,<br />
trabalho etc) e é justamente através do voto<br />
e da cobrança dos legisladores, que po<strong>de</strong>rá<br />
alcançar tais conquistas.<br />
Então, no dia 03 <strong>de</strong> outubro veremos<br />
milhares <strong>de</strong> jovens votando por uma vida<br />
melhor, on<strong>de</strong> se priorizem todas as alternativas<br />
para melhoria das condições <strong>de</strong><br />
vida, não só dos jovens mas <strong>de</strong> toda a população.<br />
No quadro abaixo vemos que existe<br />
uma porcentagem muito significativa dos<br />
jovens que vão às urnas. No entanto, uma<br />
pergunta fica no ar: Quando os governos<br />
municipais abrirão os olhos para dar lugar<br />
aos jovens em sua administração, além dos<br />
cargos <strong>de</strong> estagiários(as)?<br />
Confira dados populacionais e número<br />
<strong>de</strong> eleitores<br />
População*<br />
16 anos...............................104.811<br />
17 anos...............................110.973<br />
Total....................................215.784<br />
(3,8% da população do Estado)<br />
Eleitores**<br />
16 anos.................................16.841<br />
17 anos.................................49.671<br />
Total......................................66.512<br />
(1,7% do total <strong>de</strong> eleitores do Estado)<br />
* Fonte IBGE<br />
** Fonte TRE-SC, dados <strong>de</strong> 01/10/2003<br />
Fernando Anísio Batista<br />
da Equipe <strong>de</strong> Assessoria da PJ
Livreto dos GR trata do Projeto “Queremos Ver Jesus”<br />
O livreto dos Grupos <strong>de</strong> Reflexão<br />
para o Tempo Comum já está<br />
pronto. Ele trata do Projeto <strong>de</strong><br />
Evangelização da CNBB, “Queremos<br />
Ver Jesus” e tem uma celebração<br />
inicial, com o objetivo <strong>de</strong><br />
incentivar e <strong>de</strong>spertar para o entusiasmo<br />
<strong>de</strong> querer conhecer Jesus,<br />
lembrando que o Projeto quer criar<br />
condições para que a pessoa e a<br />
mensagem <strong>de</strong> Jesus sejam conhecidas<br />
<strong>de</strong> modo mais profundo.<br />
Para isso, está dividido em treze<br />
encontros, trazendo presente<br />
a pessoa <strong>de</strong> Jesus e como Ele<br />
viveu e agiu no seu tempo, e como<br />
nós hoje somos chamados/as a<br />
Párocos, administradores paroquiais<br />
e reitores <strong>de</strong> seminários<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>, estiveram reunidos<br />
no dia 14 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2004, no<br />
Paróquia Sagrados Corações, em<br />
Barreiros, São José, para discutir<br />
as necessida<strong>de</strong>s econômicas da<br />
<strong>Arquidiocese</strong>. O encontro contou<br />
com a presença <strong>de</strong> 54 padres.<br />
Durante o encontro, Pe. Valdir<br />
Bernardo Prim, ecônomo da<br />
Mitra, colocou os presentes a par<br />
da situação econômica, apresentou<br />
um balanço do que será investido<br />
nos seminários no <strong>de</strong>correr<br />
do ano, e foi entregue aos presentes<br />
uma lista das paróquias<br />
com o montante com que cada<br />
uma contribui.<br />
Depois, os padres foram divididos<br />
em grupos para que respon<strong>de</strong>ssem<br />
a três perguntas: 1)<br />
diante da realida<strong>de</strong> administrativo-financeira<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
quais as suas impressões-reações?;<br />
2) que soluções você<br />
apresenta?; 3) a forma <strong>de</strong> participação<br />
das paróquias, através<br />
<strong>de</strong> convênio, não supre as necessida<strong>de</strong>s.<br />
O que fazer?.<br />
A partir das respostas dos<br />
grupos, chegou-se ao resultado<br />
seguinte: cada paróquia oferecerá<br />
à <strong>Arquidiocese</strong>, para colaboração<br />
nas <strong>de</strong>spesas, especialmente<br />
dos Seminários, o Dízimo<br />
do seu Dízimo e o Dízimo das<br />
coletas, ou seja, 10% da contribuição<br />
dos fiéis às paróquias.<br />
“Uma vida pelo bom livro”<br />
Fone<br />
Fax:<br />
(48)222-4112<br />
222-1052<br />
seguí-Lo e dar nossa resposta,<br />
renovando assim nosso entusiasmo<br />
para enfrentarmos como<br />
Igreja os três gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<br />
Padres <strong>de</strong>finem nova forma <strong>de</strong> as paróquias<br />
contribuírem com as vocações da <strong>Arquidiocese</strong><br />
As paróquias em mãos <strong>de</strong> religiosos<br />
contribuirão com 5% para<br />
a Mitra e 5% para sua província.<br />
Ficou estabelecido que o repasse<br />
se dará dois meses após a<br />
arrecadação e que começará a<br />
vigorar a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2005.<br />
Mas as paróquias já po<strong>de</strong>rão adotar<br />
o novo sistema.<br />
Atualmente a contribuição<br />
das paróquias para a <strong>Arquidiocese</strong><br />
se dá através <strong>de</strong> Convênios, em<br />
que elas contribuem com valores<br />
estabelecidos pelo salário míni-<br />
No mês <strong>de</strong> abril, o Jornal da<br />
<strong>Arquidiocese</strong> já havia informado<br />
que o Seminário <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
<strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s (Menor e<br />
Prop<strong>ed</strong>êutico), em Brusque, Seminário<br />
Filosófico Edith Stein, em<br />
Barreiros, São José, e o Seminário<br />
Teológico Convívio Emaús,<br />
em <strong>Florianópolis</strong>, custam para a<br />
<strong>Arquidiocese</strong> R$ 27 mil ao mês,<br />
a um custo médio <strong>de</strong> R$ 850,00<br />
por seminarista.<br />
“Isto, sem consi<strong>de</strong>rar as receitas<br />
próprias <strong>de</strong> cada seminário”,<br />
disse Pe. Valdir Bernardo Prim,<br />
ecônomo da <strong>Arquidiocese</strong> (responsável<br />
pelas finanças). Segundo<br />
ele, se todos os custos fossem<br />
colocados no papel, se chegaria<br />
a um valor próximo <strong>de</strong> R$<br />
60 mil ao mês.<br />
Antes havia um pequeno au-<br />
Em junho mais <strong>de</strong><br />
50 títulos com 20%<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto<br />
Dentre os quais<br />
“Biotecnologia e Bioética<br />
Para on<strong>de</strong> vamos?”<br />
Autor: Antônio Moser<br />
neste início do terceiro milênio: a<br />
promoção da dignida<strong>de</strong> da pessoa,<br />
a renovação da comunida<strong>de</strong><br />
e a participação na construção <strong>de</strong><br />
uma soci<strong>ed</strong>a<strong>de</strong> justa e solidária.<br />
A Coor<strong>de</strong>nação Arquidiocesana<br />
dos Grupos <strong>de</strong> Reflexão já<br />
está fazendo o lançamento do<br />
livreto nas comarcas. Se sua comunida<strong>de</strong><br />
ainda não recebeu o<br />
livreto, você po<strong>de</strong> fazer a solicitação<br />
junto à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Pastoral,<br />
através do fone (48) 224-<br />
4799. Lembramos que os Grupos<br />
<strong>de</strong> Reflexão continuam sendo priorida<strong>de</strong><br />
em nossa <strong>Arquidiocese</strong> e<br />
no Estado.<br />
mo, <strong>de</strong> acordo com o tamanho e<br />
o potencial arrecadador.<br />
Cobrança mais justa: Dom<br />
Murilo espera que, com o novo<br />
sistema, que já é adotado em<br />
várias dioceses, aumente a contribuição<br />
das paróquias para os<br />
seminários. Segundo ele, a arrecadação<br />
atual das paróquias<br />
supre apenas 1/3 dos gastos<br />
com os seminários. “A nova forma<br />
<strong>de</strong> arrecadação é mais justa<br />
e bíblica”, disse Dom Murilo.<br />
<strong>Arquidiocese</strong> repassa R$ 27 mil aos Seminários<br />
xílio <strong>de</strong> algumas paróquias, mas<br />
sem compromisso. “A proposta é<br />
que a paróquia contribua, mas que<br />
as famílias dos seminaristas também<br />
dêem a sua participação <strong>de</strong><br />
ajuda”, disse Pe. Valdir. Lembrou<br />
que, quando seminarista, era a<br />
família que arcava com todas as<br />
suas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> estudante.<br />
Alguns seminários adotam alternativas<br />
<strong>de</strong> arrecadação, através<br />
<strong>de</strong> festas e <strong>de</strong> carnês <strong>de</strong> contribuição<br />
espontânea. Mas os valores<br />
são insuficientes para suprir<br />
as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> manutenção<br />
da casa e pagar os estudos dos<br />
alunos. A <strong>Arquidiocese</strong> recomenda<br />
que os seminaristas solicitem<br />
ajuda aos seus benfeitores através<br />
<strong>de</strong> contribuições via carnês,<br />
mas os valores arrecadados são<br />
pequenos.<br />
CATEQUESE<br />
Junho 2004 -13<br />
Encontro comarcal prepara<br />
catequistas para o CEN<br />
TRABALHE A PARTIR DE CASA<br />
UMA NOVA TENDÊNCIA DE MERCADO<br />
POSSIBILIDADE DE GANHOS<br />
Acesse<br />
Mais <strong>de</strong> 300 catequistas<br />
estiveram presentes, no dia 16<br />
<strong>de</strong> maio, na Paróquia <strong>de</strong> São<br />
João Batista, para participar da<br />
Concentração Comarcal <strong>de</strong><br />
Catequese da Comarca <strong>de</strong><br />
Tijucas. Tendo como tema “Eucaristia,<br />
fonte e ápice da vida”,<br />
a comarca foi a primeira a s<strong>ed</strong>iar<br />
o encontro comarcal, que seguirá<br />
para as outras oito<br />
comarcas nos próximos meses<br />
(veja a programação abaixo).<br />
O tema do encontro, que se<br />
repetirá em todas as comarcas,<br />
foi assumido no planejamento<br />
da Catequese. “Preten<strong>de</strong> preparar<br />
as comunida<strong>de</strong>s para celebrar<br />
o Congresso Eucarístico<br />
Nacional (CEN), que acontecerá<br />
<strong>de</strong> 18 a 21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2006,<br />
em <strong>Florianópolis</strong>”, disse Irmã<br />
Marlene Bertoldi, coor<strong>de</strong>nadora<br />
Arquidiocesana da Catequese.<br />
Durante todo o dia, os participantes<br />
refletiram temas relacionados<br />
à Eucaristia e buscaram<br />
<strong>de</strong>senvolver a espiritualida<strong>de</strong><br />
do<br />
catequista.<br />
O encontro<br />
foi<br />
assessorado<br />
pela<br />
Ir. Maria<br />
Augusta<br />
Almeida<br />
Bastos.<br />
R$ 500,00 a R$2.000,00<br />
Período parcial<br />
Wwww.muitos.com/riqueza<br />
Acima <strong>de</strong> R$2.000,00<br />
Período integral<br />
Agen<strong>de</strong> uma<br />
entrevista<br />
<strong>Todas</strong> as comarcas adotarão o<br />
mesmo tema, mas organizando<br />
a celebração <strong>de</strong> acordo com<br />
as características e criativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cada comarca.<br />
Esta é a primeira vez que a<br />
<strong>Arquidiocese</strong> organiza concentrações<br />
comarcais <strong>de</strong> catequese.<br />
Segundo irmã Marlene,<br />
as finalida<strong>de</strong>s principais das<br />
concentrações são: assumir a<br />
Eucaristia como centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
nossa fé cristã; preparar-se com<br />
entusiasmo, a longo prazo, para<br />
o Congresso Eucarístico Nacional;<br />
centralizar a espiritualida<strong>de</strong><br />
no seguimento <strong>de</strong> Jesus<br />
tendo como fonte a Eucaristia.<br />
“Foi um encontro muito bom<br />
porque teve a participação <strong>de</strong><br />
todas as paróquias, com entusiasmo<br />
catequético, séria reflexão<br />
e aprofundamento do tema<br />
do CEN”, disse Irmã Marlene.<br />
Segundo ela, percebeu-se que<br />
houve uma gran<strong>de</strong> receptivida<strong>de</strong><br />
dos catequistas sobre o tema,<br />
o que anima a coor<strong>de</strong>nação<br />
para os próximos encontros.<br />
PRÓXIMAS COMARCAS<br />
Dia 6 <strong>de</strong> junho – na comarca <strong>de</strong> São José e<br />
na comarca <strong>de</strong> Brusque<br />
Dia 11 <strong>de</strong> julho – na comarca do Estreito<br />
Dia 21 <strong>de</strong> agosto – na comarca <strong>de</strong> Santo Amaro<br />
Dia 29 <strong>de</strong> agosto – na comarca <strong>de</strong> Itajaí e na<br />
comarca da Ilha<br />
Dia 17 <strong>de</strong> outubro – na comarca <strong>de</strong> Biguaçu<br />
Divulgação/JA<br />
Mais <strong>de</strong> 300 catequistas da Comarca <strong>de</strong> Tijucas participaram do encontro<br />
(48) 3025-2407
14-<br />
Junho 2004<br />
RETALHOS DO COTIDIANO<br />
Fome<br />
O que sobrou da comida do<br />
cachorro é aproveitado pelos<br />
pardais, numa convivência pacífica.<br />
Na calçada, uns restos <strong>de</strong><br />
pão seco são aproveitados por<br />
formigas que não param <strong>de</strong> ir e<br />
vir. Lá na frente, a gaivota sobrevoa<br />
o mar, espreita e, com agilida<strong>de</strong><br />
espantosa, abiscoita o peixe<br />
do seu almoço. Sob as folhas<br />
da árvore, o passarinho se<br />
<strong>de</strong>licia com as pequeninas bagas<br />
que encontra. O beija-flor vai<br />
e volta velozmente, na sua insaciável<br />
busca <strong>de</strong> vida. A borboleta<br />
voa alegre e colore o espaço.<br />
As árvores crescem. E dão<br />
sombra, e oferecem frutos. Toda<br />
a natureza está viva e bonita.<br />
Quem já viu uma gaivota morrer<br />
<strong>de</strong> fome? Ou teve notícia <strong>de</strong> uma formiga<br />
que não encontrasse alimento?<br />
Ou <strong>de</strong> um beija-flor que não localizasse<br />
o que sugar?<br />
Só os homens morrem <strong>de</strong> fome.<br />
Só os homens. Por quê?<br />
Repetição<br />
Há ocasiões em que, escutando<br />
um CD, tenho vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetir muitas<br />
vezes uma música que me agrada.<br />
Mas, normalmente <strong>de</strong>ixo correr.<br />
E não poucas vezes me surpreendo<br />
ao <strong>de</strong>scobrir, numa faixa que segue,<br />
a beleza até então escondida. Não é<br />
assim também na vida? Às vezes,<br />
queremos ficar repetindo a rotina do<br />
dia-a-dia, que sufoca. O bom Deus<br />
nos p<strong>ed</strong>e para sairmos da praia e<br />
avançarmos para águas mais profundas.<br />
Aí, só aí encontraremos a alegria<br />
que nos renova, a paz que vem<br />
do Alto, as forças para ir adiante. É, a<br />
vida é um CD com muitas faixas!<br />
Balão<br />
É mais fácil estourar o balão com<br />
um espinho <strong>de</strong> laranjeira do que<br />
enchê-lo.<br />
Encher o balão é dizer uma palavra<br />
<strong>de</strong> consolo, dar um elogio que<br />
eleva, alegrar-se com os que se alegram<br />
e chorar com os que choram.<br />
Esvaziá-lo é calar a palavra que <strong>de</strong>veria<br />
ter sido dita, é com a palavra<br />
construir o inferno em vez <strong>de</strong> plantar<br />
o céu. Santo Agostinho afirmava:<br />
“Para o alto, ó Deus, ergueis quem<br />
encheis <strong>de</strong> vós. E como não sou<br />
cheio <strong>de</strong> vós, sou pesado a mim<br />
mesmo”. Põe-me tu no alto, Senhor,<br />
e ajuda-me a pôr no alto, junto <strong>de</strong> ti,<br />
os que passarem por minha vida!<br />
Carlos Martendal<br />
Foto/JA<br />
Coragem<br />
Nada dá mais coragem que o<br />
amor.<br />
Anestesia<br />
Ela nos faz adormecer profundamente<br />
e nos torna insensíveis. Será<br />
que estamos fazendo o papel <strong>de</strong><br />
anestesista, adormecendo nosso coração,<br />
que não mais se compa<strong>de</strong>ce<br />
do próximo? adormecendo nossos<br />
braços, que não mais se abrem para<br />
acolher até aqueles que vivem<br />
conosco? diminuindo nossa ternura,<br />
nossa simplicida<strong>de</strong>? Livrai-nos, Senhor,<br />
<strong>de</strong>ssas anestesias que nos afastam<br />
<strong>de</strong> vós e nos afastam dos irmãos.<br />
Escola<br />
Ah, Mãe, como precisamos freqüentar<br />
tua escola! Para sair dali formados<br />
<strong>de</strong> modo a ser agradáveis a<br />
teu querido Filho e então, sim, vivermos<br />
a vida como convém!<br />
Palavra<br />
“Naquele tempo a palavra do Senhor<br />
era rara”, lemos no 1º livro <strong>de</strong><br />
Samuel (3,1). Hoje ela é abundante:<br />
é só abrir a Bíblia, uma revista católica,<br />
um jornal como este. E eu, Senhor,<br />
a aproveito tão pouco, diferentemente<br />
<strong>de</strong> Samuel, que “não <strong>de</strong>ixava<br />
cair por terra nenhuma <strong>de</strong> tuas<br />
palavras” (1Sm 3,19). Senhor, ajudame<br />
a acolher tua palavra, a amá-la,<br />
a colocá-la em prática.<br />
Para ser o que queres que eu<br />
seja!<br />
Nascido no dia 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1952,<br />
em Barro Branco, São P<strong>ed</strong>ro <strong>de</strong> Alcântara,<br />
Pe. João Francisco Salm não sabe quando<br />
teve <strong>de</strong>spertado o interesse por seguir<br />
a vida religiosa. “Certamente o ambiente<br />
religioso da comunida<strong>de</strong> e da família, a<br />
acolhida que era dada ao padre, a presença<br />
<strong>de</strong> seminaristas nas férias”, d<strong>ed</strong>uz.<br />
Quarto filho <strong>de</strong> cinco irmãos, em uma família<br />
<strong>de</strong> agricultores, aos 12 anos foi para<br />
o seminário, fazendo o Pré-Seminário em<br />
Antônio Carlos. Em 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1979<br />
foi or<strong>de</strong>nado padre com outros dois colegas<br />
no Santuário <strong>de</strong> Azambuja.<br />
Atualmente Pe. Salm é reitor do Seminário<br />
Teológico Convívio Emaús e coor<strong>de</strong>nador<br />
Arquidiocesano da Pastoral<br />
Vocacional. É sobre a vocação e os seus<br />
25 anos <strong>de</strong> presbítero que ele fala nesta<br />
entrevista ao Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Jornal da <strong>Arquidiocese</strong> - Em 30 <strong>de</strong><br />
junho, o senhor estará completando 25<br />
anos <strong>de</strong> padre. Como é ter d<strong>ed</strong>icado meta<strong>de</strong><br />
da vida à Igreja?<br />
Pe. Salm - Aprendi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança, a<br />
assumir o meu batismo. Tive boa catequese.<br />
Muito me foi ensinado ao longo dos<br />
15 anos <strong>de</strong> seminarista. Mesmo po<strong>de</strong>ndo<br />
escolher um outro caminho, optei por ser<br />
padre. Colocar-me à disposição do Bispo<br />
para ser padre, exigiu <strong>de</strong> mim muitas renúncias<br />
que eu tive <strong>de</strong> atualizar continuamente,<br />
ao longo <strong>de</strong>stes anos. Sinto vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> dizer com São Paulo: “Sei em<br />
quem acr<strong>ed</strong>itei, sei em quem pus minha<br />
confiança”. Portanto, ter-me tornado padre<br />
foi uma resposta a Deus somente. É<br />
muito bom ter chegado até aqui. Que eu<br />
tenha a graça da perseverança até o fim.<br />
Ter d<strong>ed</strong>icado meta<strong>de</strong> da minha vida ao ministério<br />
presbiteral e ter a esperança <strong>de</strong><br />
continuar assim até à morte, é conseqüência<br />
<strong>de</strong> uma iniciativa divina, <strong>de</strong> uma resposta<br />
<strong>de</strong> fé e <strong>de</strong> uma aprovação da Igreja.<br />
Digo muitas vezes a Jesus Cristo, principalmente<br />
nas horas mais difíceis: “Só<br />
mesmo por ti”. Sei que <strong>de</strong>vo tudo a Ele.<br />
Que bom que me tornei padre!<br />
JA - O senhor é <strong>de</strong> uma época em que<br />
eram abundantes as vocações para o ministério<br />
or<strong>de</strong>nado. O que é preciso ser feito<br />
para hoje <strong>de</strong>spertar um maior número<br />
<strong>de</strong> jovens a seguirem o mesmo caminho?<br />
Pe. Salm - Também no tempo em que<br />
fui para o seminário, como nos anos que<br />
se seguiram, havia preocupação com a<br />
“falta <strong>de</strong> vocações”, ou a falta <strong>de</strong> jovens<br />
que se sentissem chamados e tivessem<br />
realmente o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ser padres. Portanto,<br />
as “vocações” não eram tão abundantes<br />
assim. É verda<strong>de</strong> que os tempos<br />
mudaram, o mundo mudou e<br />
as pessoas também mudaram.<br />
Há novos e gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios,<br />
próprios do nosso tempo.<br />
Entretanto, tenho como<br />
certo que muitos jovens, rapazes<br />
e moças, se tornariam padres,<br />
irmãos, e irmãs se soubessem<br />
do que se trata. Falase<br />
muito pouco e <strong>de</strong> modo<br />
muito pobre <strong>de</strong>sses gran<strong>de</strong>s<br />
i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> vida: <strong>de</strong> seu significado,<br />
<strong>de</strong> sua beleza, <strong>de</strong> sua<br />
verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sua importância, <strong>de</strong><br />
sua necessida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> preencher o cora-<br />
ção e <strong>de</strong> realizar plenamente<br />
um ser humano, como homem<br />
ou como mulher. “Não se ama<br />
VIDA DO CLERO<br />
Pe. João Francisco Salm: d<strong>ed</strong>icação às vocações<br />
o que não se conhece”. É uma injustiça<br />
que se comete contra os jovens, não lhes<br />
oferecendo esses esclarecimentos. Seremos<br />
responsabilizados por isso.<br />
JA - Pe. Salm, quando se fala em Pastoral<br />
Vocacional, faz-se associação im<strong>ed</strong>iata<br />
com o tornar-se padre ou freira. É<br />
este o trabalho da Pastoral Vocacional?<br />
Pe. Salm - Associar a Pastoral<br />
Vocacional (como Serviço <strong>de</strong> Verda<strong>de</strong>ira<br />
Animação Vocacional) somente à vocação<br />
dos padres e das irmãs, é um r<strong>ed</strong>ucionismo<br />
inaceitável, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tudo o que o Concílio<br />
Vaticano II trouxe. Seria uma r<strong>ed</strong>ução<br />
da gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong>ssas vocações e <strong>de</strong> toda a<br />
temática vocacional na Igreja. Entendamos<br />
bem: isso não quer dizer que <strong>de</strong>vamos diminuir<br />
a importância <strong>de</strong>ssas vocações ou<br />
relaxar o esforço em promovê-las. Antes o<br />
contrário: para que aumente o número e<br />
melhore a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem se candidata<br />
a ser padre ou irmã, é necessário que tenhamos<br />
comunida<strong>de</strong>s vivas e abertas a todas<br />
as vocações e ministérios, ótimas famílias,<br />
catequese <strong>de</strong> primeira qualida<strong>de</strong> em<br />
todos os níveis, a pastoral <strong>de</strong> conjunto funcionando<br />
<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>.<br />
JA - Como reitor <strong>de</strong> Seminário e coor<strong>de</strong>nador<br />
da Pastoral Vocacional, como o<br />
senhor vê o trabalho da Pastoral Vocacional<br />
na <strong>Arquidiocese</strong>?<br />
Pe. Salm - Já se fez bastante em<br />
tempos passados e recentes. Também<br />
há muitas pessoas verda<strong>de</strong>iramente entusiasmadas<br />
e empenhadas. Impressiona<br />
como os leigos e leigas se empolgam<br />
quando passam a enten<strong>de</strong>r o tema das<br />
vocações e em que consiste a animação<br />
vocacional. Tenho a impressão <strong>de</strong> que<br />
especialmente nós padres, diáconos, irmãs,<br />
temos que rever com muita humilda<strong>de</strong><br />
e coragem nosso modo <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r<br />
e assumir a causa vocacional: nosso<br />
modo <strong>de</strong> viver a própria vocação, nosso<br />
ativismo, nossa eclesiologia, nosso planejamento<br />
pastoral que não contempla o<br />
serviço da animação vocacional, nossa<br />
espiritualida<strong>de</strong>, nossa visão <strong>de</strong> futuro, o<br />
modo como enten<strong>de</strong>mos a missão da<br />
Igreja no mundo, nosso individualismo na<br />
“promoção das vocações à vida<br />
presbiteral e consagrada”. Ou trabalhamos<br />
juntos, <strong>de</strong> forma organizada, inteligente<br />
e evangélica pelas vocações para<br />
a Igreja, fazendo das nossas comunida<strong>de</strong>s<br />
canteiros vocacionais, ou afundamos<br />
na areia mov<strong>ed</strong>iça <strong>de</strong> um cristianismo<br />
adoecido e esclerosado, mesmo que às<br />
vezes com aparência <strong>de</strong> “coisa nova”, a<br />
serviço <strong>de</strong> nossa auto-ilusão.<br />
Divulgação/JA<br />
Pe. Salm, nascido em uma família simples <strong>de</strong> agricultores,<br />
sentiu c<strong>ed</strong>o o <strong>de</strong>spertar para a vocação presbiteral
Documentário da Ajuda à Igreja<br />
que Sofre premiado em festival<br />
O documentário “Sudão: Um Grito no<br />
Silêncio”, produzido pela Catholic Radio<br />
and Television Network (CRTN) e pela<br />
associação “Ajuda à Igreja que Sofre”,<br />
ganhou o primeiro prêmio no 15º Festival<br />
Europeu <strong>de</strong> Programas Religiosos para<br />
Televisão. Este festival ocorreu em Varsóvia<br />
entre os dias 11 e 16 <strong>de</strong> maio.<br />
O evento, que acontece <strong>de</strong> três em três<br />
anos, é uma organização conjunta das<br />
seções européias <strong>de</strong> duas organizações<br />
cristãs para a comunicação: a SIGNIS<br />
(Associação Católica Internacional para a<br />
Comunicação) e a WACC (Associação<br />
Internacional da Comunicação Cristã).<br />
Agnieszka Arnold, um dos membros<br />
do júri, louvou este documentário dizendo<br />
que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o verem, as pessoas<br />
não conseguem ficar indiferentes à odisséia<br />
dos refugiados sudaneses.<br />
Para esta <strong>ed</strong>ição do festival foram selecionados<br />
42 programas, oriundos <strong>de</strong> 17<br />
países, que mostram o que <strong>de</strong> melhor se<br />
tem feito, nas várias ca<strong>de</strong>ias televisivas<br />
européias, em termos <strong>de</strong> programas que<br />
expressam ou analisam os valores, partindo<br />
<strong>de</strong> uma perspectiva da fé.<br />
Fonte: Zenit<br />
Ex-guarda do Presi<strong>de</strong>nte é<br />
eleito Bispo no Brasil<br />
O Papa João Paulo II nomeou o Pe.<br />
Sergio Krzywy como novo Bispo <strong>de</strong><br />
Araçatuba, SP. O Pe. Krzywy nasceu em<br />
Palmeira, <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> Curitiba, em<br />
30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1952 em uma família <strong>de</strong><br />
origem eslava. Completou os estudos iniciais<br />
no Seminário dos Padres Estigmatinos;<br />
mas logo entrou para o Exército<br />
brasileiro, on<strong>de</strong> tornou-se guarda pessoal<br />
do Presi<strong>de</strong>nte da República.<br />
Em 1977 abandonou a vida militar para<br />
reingressar no Seminário, e completou<br />
seus estudos na Pontifícia Universida<strong>de</strong><br />
Católica <strong>de</strong> Campinas. Em seguida, como<br />
aluno do Pontifício Colégio Pio Brasileiro<br />
<strong>de</strong> Roma, completou os estudos <strong>de</strong> Antropologia<br />
Teológica no Pontifício Instituto<br />
<strong>de</strong> Espiritualida<strong>de</strong> “Teresianum”, on<strong>de</strong> obteve<br />
a licenciatura.<br />
Foi or<strong>de</strong>nado presbítero em 28 <strong>de</strong> fevereiro<br />
<strong>de</strong> 1983 e foi incardinado na<br />
diocese <strong>de</strong> Assis, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>sempenhou<br />
como pároco, diretor do Seminário Menor<br />
e diretor espiritual do Seminário Maior.<br />
Até o momento era Diretor espiritual<br />
do Instituto Teológico “Rainha dos Apóstolos”<br />
e Vigário da Cat<strong>ed</strong>ral <strong>de</strong> Assis.<br />
Fonte: Aci digital<br />
IGREJA NO BRASIL E NO MUNDO<br />
Começam os preparativos para o FSM 2005<br />
A Secretaria Internacional do Fórum<br />
Social Mundial – que acontecerá em Porto<br />
Alegre, Brasil, entre 26 e 31 <strong>de</strong> janeiro<br />
<strong>de</strong> 2005 – começou esta semana o processo<br />
<strong>de</strong> mobilização com as várias entida<strong>de</strong>s<br />
e organizações que participarão<br />
ativamente do evento através <strong>de</strong> um<br />
quetionário-consulta, que po<strong>de</strong>rá ser respondido<br />
pelos próximos oito meses.<br />
A organização do FSM informa que os<br />
preparativos começaram c<strong>ed</strong>o, para que<br />
fossem elaboradas algumas mudanças<br />
propostas, principalmente a partir <strong>de</strong> sugestões<br />
enviadas pelos participantes das<br />
<strong>ed</strong>ições anteriores, no que diz respeito às<br />
gran<strong>de</strong>s ativida<strong>de</strong>s (conferências, painéis,<br />
etc.) e até a oficinas e seminários.<br />
Para isso, a Secretaria Internacional vai<br />
disponibilizar um questionário-consulta para<br />
todas as organizações envolvidas com o<br />
FSM. Com essa ferramenta será possível<br />
i<strong>de</strong>ntificar que temas se consi<strong>de</strong>ram importantes<br />
para discutir no Fórum 2005 e que<br />
ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>senvolvidas em<br />
Porto Alegre.<br />
A consulta po<strong>de</strong>rá ser respondida via<br />
Internet (http://www.planetaportoalegre.<br />
net/FSM/2) a partir do início <strong>de</strong> junho.<br />
Apesar da ida<strong>de</strong> avançada e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>bilitada, Papa apresenta motivação e programa novas viagens<br />
Papa celebra aniversário com uma jornada <strong>de</strong> trabalho<br />
João Paulo II celebrou no dia 18 <strong>de</strong><br />
maio seus 84 anos com uma jornada habitual<br />
<strong>de</strong> trabalho carregada <strong>de</strong> audiências<br />
e encontros públicos, na qual tão só<br />
se <strong>de</strong>stacou uma refeição festiva com<br />
seus colaboradores próximos.<br />
A notícia mais importante <strong>de</strong>ste ani-<br />
O chanceler da Pontifícia Aca<strong>de</strong>mia das<br />
Ciências do Vaticano, Dom Marcelo<br />
Sánches Sorondo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u em Valencia a<br />
importância da religião no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
intelectual dos menores. Em um<br />
encontro com jornalistas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> oferecer<br />
uma conferência na escola E<strong>de</strong>tania<br />
sobre “O pensamento cristão na investigação”,<br />
Dom Sánchez Sorondo <strong>de</strong>clarou que<br />
eliminar a religião na vida da criança “é como<br />
lhe tirar o pão, o alimento”.<br />
versário foi a publicação em castelhano,<br />
italiano, polonês, alemão e francês <strong>de</strong> seu<br />
novo livro “Levantai-vos! Vamos!”, no qual<br />
recolhe suas experiências <strong>de</strong> vinte anos<br />
como bispo em Cracóvia. Em inglês e português,<br />
será publicado em breve.<br />
Fonte: Zenit<br />
Religião é fundamental para <strong>de</strong>senvolvimento intelectual da criança<br />
“Na história da humanida<strong>de</strong> – disse –<br />
o que mais estimulou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da ciência, da filosofia e do conhecimento”<br />
foram as gran<strong>de</strong>s perguntas através<br />
da religião. Por isso, consi<strong>de</strong>rou este<br />
tema uma “necessida<strong>de</strong> fundamental”.<br />
Desta maneira, o Chanceler da Pontifícia<br />
Aca<strong>de</strong>mia mostrou-se favorável a que<br />
a religião tenha o mesmo tratamento que<br />
as outras disciplinas nas escolas.<br />
Fonte: Aci digital<br />
Arquivo JA<br />
Junho 2004 -15<br />
Presi<strong>de</strong>nte da CNBB lamenta<br />
arquivamento <strong>de</strong> MP<br />
O presi<strong>de</strong>nte da CNBB (Conferência<br />
Nacional dos Bispos do Brasil), dom<br />
Geraldo Majella Agnelo, 70, criticou a falta<br />
<strong>de</strong> empenho da base governista na<br />
votação que resultou no arquivamento da<br />
MP dos Bingos no Senado.<br />
“Não houve cuidado (da base do governo)<br />
para um assunto que era <strong>de</strong> interesse<br />
comum (a proibição do jogo), permitindo<br />
a atuação dos lobistas do Congresso.<br />
Sem falar que nós temos muitos<br />
<strong>de</strong>putados que representam interesses<br />
pessoais e <strong>de</strong> grupos.”<br />
O arcebispo aproveitou a entrevista<br />
para criticar o reajuste <strong>de</strong> R$ 20 conc<strong>ed</strong>ido<br />
ao salário mínimo. “Não houve reajuste.<br />
O percentual conc<strong>ed</strong>ido pelo governo<br />
não foi suficiente nem mesmo para corrigir<br />
a inflação. Mesmo que houvesse a<br />
correção, o trabalhador estaria per<strong>de</strong>ndo.”<br />
Fonte: Folha SP<br />
Em operação, Discador da<br />
R<strong>ed</strong>e Solidária<br />
O discador do programa R<strong>ed</strong>e Solidária<br />
já opera em todo Brasil. Todos os que<br />
acessam a internet, via telefone, po<strong>de</strong>m<br />
usar o discador solidário. Desta forma, colaboram<br />
com projetos <strong>de</strong> inclusão social<br />
em todo Brasil. Devido aos incentivos fiscais,<br />
as empresas telefônicas estarão repassando<br />
parte do valor por elas recebido<br />
para a “R<strong>ed</strong>e Solidária”. Esses valores vão<br />
potencializar projetos comunitários. É só<br />
acessar www.r<strong>ed</strong>esolidaria.org.br e<br />
baixar o discador. Todos po<strong>de</strong>m colaborar.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um novo conceito <strong>de</strong> internet.<br />
Qualquer dúvida po<strong>de</strong> ser esclarecida com<br />
o padre Carlos Alberto Chiquim, pelo e-mail:<br />
carlos@cnbbs2.org.br<br />
Fonte: CNBB<br />
CNBB lança novo documento<br />
A Carta aos Presbíteros é o mais novo<br />
documento da CNBB, nº 75. A carta resulta<br />
dos trabalhos da 42ª Assembléia<br />
Geral dos Bispos do Brasil, realizada em<br />
Indaiatuba (SP), <strong>de</strong> 21 a 30 <strong>de</strong> abril, com<br />
o tema “Vida e Ministério dos Presbíteros”.<br />
Dirige-se a todos os padres do<br />
País. De acordo com o secretário-geral<br />
da CNBB, Dom Odilo P<strong>ed</strong>ro Scherer, “trata-se<br />
<strong>de</strong> um documento pastoral, saído<br />
do coração dos bispos e dirigido ao coração<br />
dos presbíteros”. O documento 75<br />
da CNBB encontra-se nas principais livrarias<br />
católicas.<br />
Fonte: CNBB
16-<br />
Junho 2004<br />
Pascom abre inscrições para Oficina <strong>de</strong> Rádio<br />
Já estão abertas as inscrições<br />
para a Oficina <strong>de</strong> Rádio promovida<br />
pela Pastoral da Comunicação da<br />
<strong>Arquidiocese</strong> (Pascom). O evento<br />
acontecerá <strong>de</strong> 23 a 25 <strong>de</strong> julho na<br />
Paróquia São Luiz e N. Sra. <strong>de</strong><br />
Lour<strong>de</strong>s, na Agronômica, em Floria-nópolis.<br />
O número <strong>de</strong> vagas é<br />
limitado a 30 pessoas, dando priorida<strong>de</strong><br />
àquelas que já exercem algum<br />
trabalho nos meios radiofônicos<br />
existentes na <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
O curso terá a assessoria <strong>de</strong><br />
Flávio Falciano, professor do Serviço<br />
à Pastoral da Comunicação<br />
(SEPAC). Formado em jornalismo<br />
pela Universida<strong>de</strong> Metodista <strong>de</strong><br />
São Paulo, mestre em Teoria e<br />
Ensino da Comunicação (na área<br />
<strong>de</strong> radiojornalismo), ele é professor<br />
<strong>de</strong> radiojornalismo na Universida<strong>de</strong><br />
Metodista <strong>de</strong> São Paulo e<br />
no Centro Universitário Municipal<br />
<strong>de</strong> São Caetano do Sul. Ensina<br />
também na área <strong>de</strong> rádio do curso<br />
<strong>de</strong> pós-graduação lato-sensu<br />
organizado pelo Sepac em convênio<br />
com a PUC-SP. Ministra cursos<br />
<strong>de</strong> linguagem e produção<br />
radiofônica para emissoras <strong>de</strong> rádio<br />
<strong>de</strong> todo o país.<br />
Nos três dias do curso, os participantes<br />
terão aulas teóricas e<br />
práticas <strong>de</strong> produção programas<br />
radiofônicos. Eles também receberão<br />
uma apostila dando orientações<br />
<strong>de</strong> utilização do rádio como<br />
. . . . . .<br />
Itália França Espanha Portugal<br />
Roma, Assis, Paris, Toulouse, Lour<strong>de</strong>s, Zaragoza, Madrid, Lisboa,<br />
Fátima, Coimbra, Santiago <strong>de</strong> Compostela, Braga, Porto.<br />
Saída: 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2004<br />
17 dias - roteiro 4040902<br />
Orientadores Espirituais<br />
Pe. HÉLIO DA CUNHA e Pe. ANDRÉ GONZAGA<br />
Equipe <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação da Pastoral da Comunicação, reunida na Cúria<br />
Metropolitana, <strong>de</strong>finiu as próximas ativida<strong>de</strong>s da Pascom<br />
meio <strong>de</strong> informação. “Como são<br />
poucas as vagas, selecionaremos<br />
as pessoas que tenham características<br />
<strong>de</strong> multiplicadores”, disse<br />
Zulmar Faustino, responsável pela<br />
Pascom.<br />
Constituída em julho do ano<br />
passado, essa será a primeira oficina<br />
promovida pela Pastoral da<br />
Comunicação. Através <strong>de</strong> pesquisa<br />
com os meios <strong>de</strong> comunicação<br />
existentes na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
verificou-se que a maior necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>les é a <strong>de</strong> formação para<br />
trabalhar com os meios.<br />
Ainda este ano está previsto<br />
um dia <strong>de</strong> estudos sobre rádio comunitária,<br />
em 21 <strong>de</strong> agosto, e uma<br />
Oficina para Jornais e Boletins Informativos.<br />
Ambos, voltados para<br />
os comunicadores da <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
O local on<strong>de</strong> serão realizados<br />
ainda não está <strong>de</strong>finido.<br />
Os interessados em se inscrever<br />
para a Oficina <strong>de</strong> Rádio,<br />
<strong>de</strong>vem entrar em contato com<br />
Zulmar, pelos fone (48) 224-4799<br />
ou 9<strong>91</strong>6-3152. Será cobrada uma<br />
taxa <strong>de</strong> R$ 30,00 para as <strong>de</strong>spesas<br />
com a alimentação.<br />
Diáconos e esposas participam <strong>de</strong> formação conjunta<br />
No dia 14 <strong>de</strong> maio, as esposas<br />
dos diáconos e dos candidatos<br />
a diácono estudantes da 7ª<br />
fase da Escola Diaconal São<br />
Francisco <strong>de</strong> Assis da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
participaram do seu encontro<br />
anual. O evento aconteceu no<br />
Provincialado das Irmãs da Divina<br />
Providência, em <strong>Florianópolis</strong>, e<br />
contou com 62 esposas.<br />
O encontro teve a assessoria<br />
<strong>de</strong> Pe. Sérgio Maykot, pela manhã,<br />
que falou sobre a psicologia<br />
do <strong>de</strong>senvolvimento humano, e à<br />
tar<strong>de</strong>, pelo Pe. Siro Manoel <strong>de</strong><br />
Oliveira, que conduziu uma reflexão<br />
sobre Maria. Às 18h houve<br />
uma celebração presidida pelo<br />
Pe. André Gonzaga, vigário paroquial<br />
da Cat<strong>ed</strong>ral.<br />
No domingo, a partir das 9h,<br />
aconteceu a Jornada <strong>de</strong> Formação<br />
Conjunta, em que os diáconos se<br />
uniram às suas esposas para participar.<br />
O evento contou com a presença<br />
<strong>de</strong> 70 diáconos. Durante o<br />
encontro, nosso Arcebispo, Dom<br />
Murilo, proferiu a palestra “Cristo,<br />
coração do mundo”. Mais tar<strong>de</strong>, às<br />
11h, o arcebispo presidiu a celebração<br />
<strong>de</strong> encerramento do encontro,<br />
concelebrada com Pe. Valter<br />
Go<strong>ed</strong>ert, coor<strong>de</strong>nador da Escola<br />
Diaconal, e todos participaram do<br />
almoço <strong>de</strong> confraternização.<br />
O encontro foi organizado pela<br />
Coor<strong>de</strong>nação Arquidiocesana do<br />
Diaconato Permanente (CADIP).<br />
Segundo o diácono José Neri <strong>de</strong><br />
Souza, coor<strong>de</strong>nador da CADIP, o<br />
encontro é uma das etapas da formação<br />
do diácono. “A participação<br />
das esposas é importante, para<br />
que elas estejam por <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa<br />
formação dos diáconos”, disse.<br />
Próximos eventos: A CADIP<br />
já está recebendo as inscrições<br />
para o retiro anual dos diáconos e<br />
suas esposas. O encontro será<br />
realizado em duas regiões: nos<br />
dias 10 a 12 <strong>de</strong> setembro, para<br />
os diáconos da região sul, acontecerá<br />
na Casa <strong>de</strong> Retiros Recanto<br />
Champagnat; e nos dias 15 a<br />
17 <strong>de</strong> outubro, para a região norte,<br />
em Nova Trento. Os interessados<br />
<strong>de</strong>vem se inscrever através<br />
dos fones (48) 224-4799 ou 343-<br />
1967, com o diácono José Neri.<br />
PEREGRINAÇÃO AOS SANTUÁRIOS<br />
Para mais informações e outras saídas, consulte-nos!<br />
(48) 223-5597<br />
TOLL FREE: 0800 6455597<br />
Foto JA<br />
Comunicadores participam <strong>de</strong> encontro<br />
Profissionais das comunicações,<br />
comunicadores, pessoas<br />
que atuam nos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
social comerciais ou<br />
nos veículos da Igreja, que atuam<br />
em rádios, jornais, tvs,<br />
internet, ou apenas queiram conhecer<br />
ou contribuir para a Pastoral<br />
da Comunicação, são convidados<br />
a participar <strong>de</strong> uma manhã<br />
<strong>de</strong> encontro no dia 19 <strong>de</strong><br />
junho, a partir da 8h, no auditório<br />
da Cat<strong>ed</strong>ral.<br />
Durante o encontro, que terá<br />
a abertura do Arcebispo <strong>de</strong><br />
<strong>Florianópolis</strong>, Dom Murilo<br />
Krieger, o professor <strong>de</strong> jornalismo<br />
da Unisul, Jaci da Rocha<br />
Gonçalves (ex-padre orionita),<br />
falará sobre Igreja e Comunica-<br />
ção. Depois, os participantes<br />
serão convidados a saborear<br />
um farto café e conhecer alguns<br />
dos trabalhos em comunicação<br />
<strong>de</strong>senvolvidos na <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
que estarão expostos.<br />
Em seguida, será apresentado<br />
o projeto da Pastoral da<br />
Comunicação da <strong>Arquidiocese</strong><br />
e pessoas responsáveis pelas<br />
mídias existentes (jornal, rádio,<br />
TV e internet) darão um breve<br />
<strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> suas experiências.<br />
Durante todo o encontro,<br />
os participantes po<strong>de</strong>rão<br />
interagir com os palestrantes.<br />
Mais informações, pelos fones<br />
(48) 224-4799 ou 9<strong>91</strong>6-<br />
3152, com Zulmar.<br />
Emar prepara questionário para avaliar caminhada<br />
A Escola <strong>de</strong> Ministérios da<br />
<strong>Arquidiocese</strong> (EMAR), após quatro<br />
anos <strong>de</strong> sua criação e em cumprimento<br />
ao que está previsto no<br />
projeto original, está realizando a<br />
avaliação <strong>de</strong> sua caminhada. O<br />
instrumento <strong>de</strong> avaliação será um<br />
questionário enviado às paróquias<br />
a partir do dia oito <strong>de</strong> junho,<br />
com prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução para a<br />
coor<strong>de</strong>nação da EMAR até o dia<br />
30 <strong>de</strong> junho, para que seja analisado<br />
e avaliado.<br />
“Queremos visualizar as riquezas<br />
alcançadas e as falhas<br />
acontecidas, com vistas ao fortalecimento<br />
ou correção, para que<br />
ela se torne cada vez mais uma<br />
instância <strong>de</strong> apoio às ações <strong>de</strong><br />
uma Igreja ministerial e evangelizadora”,<br />
disse Solange Hermes<br />
Passig, coor<strong>de</strong>nadora da Escola.<br />
Ela preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar os avanços<br />
e retrocessos para buscar soluções<br />
e, assim, r<strong>ed</strong>efinir o projeto<br />
e fortalecer a EMAR.<br />
O Santuário Nossa Senhora <strong>de</strong> Azambuja convida toda a comunida<strong>de</strong><br />
arquidiocesana para participar da Missa <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong> Graças,<br />
pela passagem do Jubileu <strong>de</strong> 25 anos da or<strong>de</strong>nação presbiteral do<br />
Pe. José Jacob Archer, Pe. João Francisco Salm e Dom Luiz Carlos<br />
Eccel. A celebração será no dia 30 <strong>de</strong> junho, às 19h.<br />
França Espanha Portugal<br />
Lisboa, Paris, Lisieux, Nevers, Paray Le Monial, Lour<strong>de</strong>s, Zaragoza,<br />
Madrid, Fátima, Coimbra, Santiago <strong>de</strong> Compostela, Braga, Porto.<br />
Divulgação/JA<br />
Padres comemoram jubileu sacerdotal<br />
Saída: 04 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2004<br />
16 dias - roteiro 4041004<br />
Orientadores Espirituais<br />
Pe. PEDRO JOSÉ KOEHLER e Pe. CELSO ANTUNES DUARTE