Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
58 ANAIS DO INSTITUTO HIDROGRÁFICO N.º 15<br />
Fig. 13 – Teor em crómio na fracção total e fina Fig. 14 – Teor em ferro nas fracções total e fina<br />
componente biogénica. Nesta sub-região as concentrações<br />
mais elevadas de mercúrio, zinco e chumbo podem<br />
dever-se a sedimentos provenientes <strong>do</strong> rio Tejo visto que<br />
a corrente residual deste rio tem direcção NW e estes<br />
metais são maioritariamente de origem antropogénica.<br />
Quanto à sub-região (A 1) compreendida entre o<br />
paralelo da Figueira da Foz e o canhão submarino da<br />
Nazaré esta apresenta as concentrações <strong>do</strong>s metais pesa<strong>do</strong>s<br />
de uma forma mais uniforme que a sub-região anterior<br />
(B 1). É uma região que não apresenta indícios de<br />
contaminação relevantes.<br />
A existência de maior teor em ferro, na fracção total<br />
<strong>do</strong>s sedimentos relativamente à fracção fina, poderá ser<br />
explicada por estas amostras serem, maioritariamente,<br />
de areia e possuírem glauconites ricas em ferro (Fe 2+ e<br />
Fe 3+) de dimensão superior a 63 µm.<br />
O alumínio está mais concentra<strong>do</strong> junto à costa o<br />
que indica uma quantidade superior de aluminosilicatos<br />
para profundidades da ordem <strong>do</strong>s 100 m.<br />
Não existem da<strong>do</strong>s que indiquem a origem <strong>do</strong>s sedimentos<br />
ligeiramente contamina<strong>do</strong>s de crómio a sul <strong>do</strong><br />
cabo Carvoeiro a uma profundidade entre os 200 e 400 m.<br />
Na totalidade da zona estudada, não existem indícios<br />
que evidenciem uma contaminação em metais pesa<strong>do</strong>s,<br />
poden<strong>do</strong> esta ser atribuída a causas naturais para a<br />
maior parte <strong>do</strong>s teores encontra<strong>do</strong>s.<br />
Bibliografia<br />
Alveirinho Dias, João Manuel (1987). Dinâmica Sedimentar e<br />
Evolução Recente da Plataforma Continental Portuguesa<br />
Setentrional, pp. 39-60. Lisboa.<br />
Commission of the Marine Environment of the North-East<br />
Atlantic (2000). «Quality Status Report, Region IV Bay of<br />
Biscay and Iberian Coast», pp. 55.OSPAR, Lon<strong>do</strong>n.<br />
Ferreira, Óscar , Alveirinho Dias, J., Soares de Carvalho, G.<br />
(1989). Relatório DISEPLA 8/88 – Síntese <strong>do</strong>s conhecimentos<br />
sobre a dinâmica sedimentar da zona costeira<br />
entre Peniche e o rio Minho, pp. 3-8. DISEPLA, Lisboa.<br />
Palma, Carla (1997). Relatório Técnico Final de Estágio,<br />
pp. 21-23. <strong>Instituto</strong> <strong>Hidrográfico</strong> – Divisão de Química e<br />
Poluição <strong>do</strong> Meio Marinho, Lisboa.<br />
Relatório Síntese <strong>do</strong> Programa de Monitorização elabora<strong>do</strong><br />
para a SANEST S.A. – Emissário Submarino da Guia<br />
(1999), pp. 59-78. <strong>Instituto</strong> Superior Técnico, Universidade<br />
de Aveiro, INETI-ITA, <strong>Instituto</strong> <strong>Hidrográfico</strong>.<br />
Loring, D. H., Rantala, R.T. T. (1990). Techniques in Marine<br />
Environmental Sciences No. 9, «Sediments and Suspended<br />
particulate matter: Total and partial methods of digestion».<br />
International Council for the Exploration of the<br />
Sea, Copenhagen.