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Geoquímica <strong>do</strong>s sedimentos na plataforma<br />

continental na zona compreendida entre<br />

os paralelos da Ericeira e da Figueira da Foz<br />

Maria Paula Mendes<br />

ESTAGIÁRIA DA QP<br />

Carla Palma<br />

TS1<br />

Resumo O oceano é um ecossistema frágil e uma fonte de recursos para a humanidade, estan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is interliga<strong>do</strong>s.<br />

A caracterização ambiental, relativa à concentração em metais pesa<strong>do</strong>s nos sedimentos, na zona compreendida<br />

entre o paralelo da Figueira da Foz e o paralelo da Ericeira, tem como finalidade contribuir para um melhor<br />

conhecimento <strong>do</strong> ambiente marinho e da acção <strong>do</strong> Homem sobre o mesmo.<br />

Abstract The ocean is a fragile ecosystem and a source of economic richness for Mankind, being both interconnected.<br />

The heavy metals monitoring in sediments, in the zone between the parallels of Figueira da Foz and Ericeira,<br />

aims to contribute for a better knowledge of the marine environment and the consequences of human action in it.<br />

Introdução<br />

O<strong>Instituto</strong> <strong>Hidrográfico</strong> tem a seu cargo desde<br />

1974 um programa de Cartografia Sedimentar<br />

que tem como finalidade a publicação de 8 folhas<br />

da «Carta <strong>do</strong>s Sedimentos Superficiais da Plataforma<br />

Continental» à escala 1:150 000. Para a execução deste<br />

programa, foram recolhidas amostras <strong>do</strong> leito e subsolo<br />

marinho, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> realizadas várias missões de nome<br />

genérico SEPLAT. O presente trabalho refere-se a análises<br />

químicas e granulométricas efectuadas, para averiguação<br />

da concentração em metais pesa<strong>do</strong>s nos sedimentos,<br />

em amostras localizadas na zona compreendida<br />

entre os paralelos da Ericeira e da Figueira da Foz, que<br />

foram recolhidas nas missões SEPLAT 21 a SEPLAT 26.<br />

O objectivo deste trabalho consiste na determinação<br />

<strong>do</strong> teor em metais pesa<strong>do</strong>s (alumínio (Al), crómio (Cr),<br />

cobre (Cu), ferro (Fe), mercúrio (Hg), manganês (Mn),<br />

níquel (Ni), chumbo (Pb) e zinco (Zn)) nos sedimentos<br />

e na relação <strong>do</strong>s mesmos com a sua provável origem no<br />

litoral – monitorização da qualidade ambiental.<br />

Os metais pesa<strong>do</strong>s não são biodegradáveis, entran<strong>do</strong><br />

num ciclo ecológico global em que as águas são um bom<br />

meio de transporte. Estes apresentam propriedades tóxicas<br />

quan<strong>do</strong> têm concentrações elevadas. Na tentativa de<br />

se apreciar os teores em metais pesa<strong>do</strong>s nos sedimentos,<br />

estes foram compara<strong>do</strong>s com o Decreto-lei n.º 141/95,<br />

relativo à imersão de material draga<strong>do</strong>, no qual são referi<strong>do</strong>s<br />

os metais com os respectivos teores para o material<br />

draga<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> limpo, com contaminação<br />

vestigiária ou ligeiramente contamina<strong>do</strong>. Também<br />

foram comparadas as concentrações de metais, nos sedimentos,<br />

ten<strong>do</strong> em conta o relatório da Comissão para a<br />

Protecção <strong>do</strong> Ambiente Marinho <strong>do</strong> Atlântico Nordeste<br />

(OSPAR, 2000), no qual, é referida uma tabela, que não<br />

ten<strong>do</strong> caracter legal, apresenta valores de acor<strong>do</strong> com<br />

um critério ecotoxicológico. Segun<strong>do</strong> este critério, valores<br />

abaixo <strong>do</strong> intervalo referi<strong>do</strong> na tabela têm um efeito<br />

adverso mínimo para o ecossistema.<br />

Para a interpretação <strong>do</strong> teor em metais pesa<strong>do</strong>s nos<br />

sedimentos foi utiliza<strong>do</strong> como factor de normalização o<br />

tamanho <strong>do</strong> grão. Esta normalização visa compensar a<br />

variabilidade natural <strong>do</strong>s metais nos sedimentos, de<br />

mo<strong>do</strong> a poder detectar e quantificar a contribuição<br />

antropogénica (Palma, 1997). O conteú<strong>do</strong> em metal nos<br />

sedimentos não é uniformemente distribuí<strong>do</strong> nas fracções<br />

com granulometria diferente. Os metais pesa<strong>do</strong>s<br />

concentram-se essencialmente na fracção mais fina, isto<br />

porque normalmente, as concentrações em metais pesa<strong>do</strong>s<br />

aumentam à medida que diminui o tamanho da<br />

partícula devi<strong>do</strong> ao aumento da superfície de adsorção.<br />

O alumínio foi utiliza<strong>do</strong> como indica<strong>do</strong>r das variações<br />

mineralógicas <strong>do</strong>s sedimentos, uma vez que

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