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do Instituto Hidrográfico

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RAPID ENVIRONMENTAL ASSESSMENT (REA) 27<br />

da<strong>do</strong>s classifica<strong>do</strong>s e por isso mesmo, foram apenas<br />

disponibiliza<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s não classifica<strong>do</strong>s para a força<br />

naval. Para a transmissão de da<strong>do</strong>s classifica<strong>do</strong>s será<br />

necessário recorrer a redes de comunicações seguras,<br />

criptografadas, como existe actualmente na NATO.<br />

O hardware e o software para transmissão de da<strong>do</strong>s<br />

é bastante ligeiro, para permitir a integração de vários<br />

sistemas e versões, instaladas nas diversas máquinas<br />

envolvidas no processamento e consulta da informação.<br />

Tratan<strong>do</strong>-se de da<strong>do</strong>s não classifica<strong>do</strong>s, o sistema simplifica-se,<br />

pois qualquer browser da Internet permite<br />

difundir e aceder aos da<strong>do</strong>s, evitan<strong>do</strong> o uso de complexos<br />

sistemas de segurança.<br />

Durante uma operação os da<strong>do</strong>s podem chegar a<br />

qualquer hora ao Centro de Fusão de Da<strong>do</strong>s. O sistema<br />

usa<strong>do</strong> para transmissão desta informação é o ftp ou email,<br />

que permite receber ou transmitir ficheiros 24<br />

horas por dia, bastan<strong>do</strong> definir uma lista de pessoas ou<br />

centros autoriza<strong>do</strong>s a manipular e gravar informação no<br />

Centro de Fusão de Da<strong>do</strong>s. A autorização para colocação<br />

de ficheiros no servi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> centro que se encontra atrás<br />

de uma firewall, pode ser dada através da atribuição de<br />

um username ou através <strong>do</strong> reconhecimento <strong>do</strong> endereço<br />

IP da máquina.<br />

A importância <strong>do</strong> Centro de Fusão de Da<strong>do</strong>s deve-se<br />

ao facto de que um produto ambiental requeri<strong>do</strong> pelo<br />

coman<strong>do</strong>, pode ser uma combinação de da<strong>do</strong>s de diferentes<br />

origens. Consideremos, por exemplo, a previsão de<br />

rebentação numa praia. A ondulação é gerada longe e<br />

pode estar disponível através de uma imagem de satélite.<br />

Para calcular a refracção da ondulação é fundamental<br />

uma boa informação de batimetria, e o vento tem que ser<br />

toma<strong>do</strong> em consideração poden<strong>do</strong> ser necessário recorrer<br />

a outra fonte de informação. Neste exemplo, pode ser<br />

necessário recorrer a diversas entidades, que possuem<br />

diferentes da<strong>do</strong>s, pelo que o Centro de Fusão de Da<strong>do</strong>s<br />

deverá processar e combinar toda a informação.<br />

Durante uma operação REA, a quantidade de da<strong>do</strong>s<br />

está sempre a aumentar com o decorrer das operações.<br />

O Centro de Fusão de Da<strong>do</strong>s é responsável por fornecer as<br />

previsões <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> mais simples e rápi<strong>do</strong> que for possível.<br />

A informação só pode ser difundida rapidamente entre os<br />

diversos participantes, se estiver armazenada em formato<br />

electrónico. O uso da Internet ou um sistema semelhante<br />

é o mais adequa<strong>do</strong> nesta situação, pois permite uma<br />

rápida consulta da informação dependen<strong>do</strong> da velocidade<br />

de acesso <strong>do</strong>s vários participantes.<br />

Ao contrário <strong>do</strong> Centro de Fusão de Da<strong>do</strong>s, os<br />

comandantes das forças no terreno procuram obter informação<br />

de uma forma condensada. Assim, a informação<br />

deverá estar disponível de uma forma sucinta e focada<br />

apenas no assunto de interesse, dispensan<strong>do</strong> detalhes que<br />

só interessam a quem está a fazer as previsões. Isto irá<br />

permitir ao coman<strong>do</strong> das forças ter uma ideia <strong>do</strong><br />

ambiente e suas implicações nas operações, gastan<strong>do</strong> o<br />

menor tempo possível na consulta da informação.<br />

3. Classificação REA<br />

As operações REA são compostas por quatro fases.<br />

D – 6 meses D – 15 dias Exercício<br />

Categoria I<br />

REA<br />

Categoria II<br />

REA<br />

REA<br />

Operacional<br />

A categoria I compreende a fase de recolha de da<strong>do</strong>s<br />

climatológicos, por forma a caracterizar a zona onde<br />

está a ser planea<strong>do</strong> o desenrolar das operações. Esta fase<br />

antecede os operações em cerca de um a <strong>do</strong>is meses<br />

dependen<strong>do</strong> da complexidade da área. Pode em casos<br />

extremos, de grande falta de informação, atingir seis<br />

meses de duração.<br />

Esta fase destina-se a compilar toda a informação<br />

disponível por forma a acertar e inicializar os modelos<br />

necessários aos produtos pedi<strong>do</strong>s pelas forças. Toda a<br />

informação nesta fase tem origem climatológica. Após a<br />

recolha de toda a informação sobre a área de interesse é<br />

forneci<strong>do</strong> a todas as forças envolvidas, um resumo da<br />

informação com a caracterização <strong>do</strong>s impactos espera<strong>do</strong>s,<br />

normalmente em formato CD-ROM, que servirá<br />

como primeiro contacto das forças sobre as condições<br />

ambientais a esperar. Este <strong>do</strong>cumento tem a designação<br />

de Environment Briefing Document (EBD).<br />

A categoria II compreende já a recolha de alguma<br />

informação no local e antecede imediatamente o início<br />

das operações. Esta fase serve para ajustar os modelos<br />

com da<strong>do</strong>s reais, de mo<strong>do</strong> a produzirem previsões de<br />

grande rigor para as forças no terreno. Os da<strong>do</strong>s podem<br />

ser obti<strong>do</strong>s com uma grande variedade de sensores e<br />

plataformas, dependen<strong>do</strong> da ameaça no local, poden<strong>do</strong> ser<br />

navios, submarinos, aéreos tripula<strong>do</strong>s e não tripula<strong>do</strong>s,<br />

forças especiais de reconhecimento, satélites e outros.<br />

A partir daqui entramos na chamada fase operacional<br />

onde já decorrem operações no terreno. Dependen<strong>do</strong><br />

das condições <strong>do</strong> local pode-se optar por um REA de<br />

categoria III ou IV. O REA de categoria III é o chama<strong>do</strong><br />

REA couvert, usa<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> as condições <strong>do</strong> teatro de<br />

operações são muito hostis, não permitin<strong>do</strong> o emprego<br />

de sensores convencionais para recolha deste tipo de<br />

da<strong>do</strong>s. Neste caso, existe uma menor quantidade de<br />

da<strong>do</strong>s disponíveis, provenientes apenas de forças especiais,<br />

satélites, submarinos ou veículos autónomos que<br />

não ponham em risco a segurança <strong>do</strong> pessoal envolvi<strong>do</strong>.<br />

É necessário ter em conta que o emprego de um navio<br />

oceanográfico para recolher da<strong>do</strong>s pode ser problemático<br />

em determinadas situações, pois trata-se de uma<br />

plataforma sem defesa própria necessitan<strong>do</strong> de uma<br />

escolta apertada. Nesta situação opta-se por recolher<br />

da<strong>do</strong>s com outro tipo de sensores que passam despercebi<strong>do</strong>s<br />

ou não acarretam perigo para o pessoal face a<br />

forças hostis.

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