18.04.2013 Views

do Instituto Hidrográfico

do Instituto Hidrográfico

do Instituto Hidrográfico

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

26 ANAIS DO INSTITUTO HIDROGRÁFICO N.º 15<br />

combatentes uma vantagem táctica decisiva, ao permitir<br />

optimizar o emprego de uma plataforma, sensor ou<br />

arma perante determinadas condições ambientais.<br />

O conhecimento <strong>do</strong> ambiente é uma condição<br />

necessária para o estabelecimento da táctica naval e o<br />

uso correcto <strong>do</strong>s sistemas de combate. Ter informação<br />

actual acerca <strong>do</strong> oceano nem sempre é possível e por<br />

esse motivo foi cria<strong>do</strong> o REA, que permite a consolidação<br />

da informação ambiental, num intervalo de tempo<br />

compatível com a condução de operações navais. A recolha<br />

de da<strong>do</strong>s para o REA necessita de um planeamento<br />

detalha<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com os objectivos das operações<br />

navais, por forma a rapidamente construir produtos<br />

úteis para a força.<br />

A criação de um centro de fusão de da<strong>do</strong>s torna-se<br />

essencial para o processamento de grandes quantidades<br />

de informação e rápi<strong>do</strong> envio da informação, ao centralizar<br />

a maioria <strong>do</strong>s cálculos num só local. Apoios<br />

adicionais poderão ser forneci<strong>do</strong>s por outros centros,<br />

mas to<strong>do</strong>s integra<strong>do</strong>s numa filosofia de rede por forma a<br />

minimizar o tempo de troca de informação.<br />

Os cenários estratégicos actuais modificaram-se<br />

com o fim da Guerra Fria e actualmente existe necessidade<br />

de realizar operações em pequena escala junto a<br />

zonas costeiras pouco conhecidas. Nestes locais as<br />

condições oceanográficas são muito mais dinâmicas <strong>do</strong><br />

que numa zona oceânica, onde a variabilidade é muito<br />

menor. Este aspecto levou à criação <strong>do</strong> conceito de REA,<br />

com o objectivo de fornecer à força naval uma actualização<br />

rápida da dinâmica oceânica, por forma a optimizar<br />

as operações navais em curso.<br />

2. Componentes da organização REA<br />

A organização REA é activada sempre que é necessário<br />

recolher informação ambiental de uma determinada<br />

área que não esteja disponível através <strong>do</strong>s canais<br />

usuais de previsão, ou sempre que se considerar relevante<br />

para a condução de operações navais. A primeira<br />

tarefa <strong>do</strong> pessoal participante no REA, é o recolher toda<br />

a informação que existe nas bases de da<strong>do</strong>s de diversos<br />

centros de investigação que se dedicam ao estu<strong>do</strong> da<br />

área de interesse. Após análise desta primeira informação<br />

é estabeleci<strong>do</strong> um centro de fusão de da<strong>do</strong>s e, desde<br />

logo, avalia-se a necessidade de emprego de plataformas<br />

para recolher da<strong>do</strong>s in situ. Os locais de eleição para a<br />

instalação de um centro de fusão de da<strong>do</strong>s serão os serviços<br />

de hidrografia e oceanografia, coman<strong>do</strong>s operacionais<br />

em terra ou locais com boa capacidade de instalar<br />

redes de comunicações.<br />

A recolha de da<strong>do</strong>s in situ pode recorrer a diversas<br />

plataformas dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo de da<strong>do</strong>s que se<br />

pretende obter e da segurança da área em questão. Para<br />

esta missão recorre-se a navios, aéreos, submarinos,<br />

satélites, veículos autónomos aéreos ou submarinos ou<br />

forças especiais a operar no terreno. A missão <strong>do</strong> centro<br />

de fusão de da<strong>do</strong>s é o de recolher toda a informação das<br />

mais diversas origens e produzir produtos úteis para a<br />

força de acor<strong>do</strong> com o conceito de oceanografia operacional<br />

descrito na fig. 1.<br />

O objectivo <strong>do</strong> Centro de Fusão de Da<strong>do</strong>s (fig.2), é o<br />

de processar to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s provenientes das mais diversas<br />

fontes e produzir informação útil ao desenrolar das<br />

operações navais. Esta informação deverá ser processada<br />

no mínimo tempo necessário e difundida pela força rapidamente,<br />

pelo que é necessário a existência de boas<br />

comunicações. Para optimizar o tempo, é fundamental<br />

que todas as plataformas intervenientes bem como<br />

outros centros de apoio envolvi<strong>do</strong>s, trabalhem os da<strong>do</strong>s<br />

digitais obti<strong>do</strong>s num formato idêntico, para que o centro<br />

de fusão de da<strong>do</strong>s faça apenas o trabalho de modelação e<br />

assim evitar to<strong>do</strong> o trabalho de compatibilização <strong>do</strong>s<br />

da<strong>do</strong>s.<br />

A segurança das comunicações é muito importante<br />

neste tipo de operações e poderá ser necessário disponibilizar<br />

da<strong>do</strong>s classifica<strong>do</strong>s nesta rede de informação.<br />

Durante o exercício Swordfish2001 realiza<strong>do</strong> em águas<br />

nacionais, o apoio REA foi realiza<strong>do</strong> com recurso à<br />

Internet. No entanto, esta não é segura para transmitir<br />

Fig. 1 – Organização <strong>do</strong> conceito de oceanografia operacional Fig. 2 – Organização REA durante o exercício SWORDFISH2001

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!