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Rapid Environmental Assessment (REA)<br />
Mesquita Onofre<br />
PRIMEIRO-TENENTE<br />
Resumo Rapid Environmental Assessment (REA) é uma meto<strong>do</strong>logia que está a ser implementada com o objectivo<br />
de melhorar o conhecimento ambiental e fornecer informação num perío<strong>do</strong> de tempo compatível com as operações<br />
tácticas. A recolha de da<strong>do</strong>s para o REA está optimizada para requisitos operacionais em vez de fornecer uma descrição<br />
científica exaustiva. Isto requer uma mudança de atitude face às previsões ambientais, deixan<strong>do</strong> de se trabalhar em<br />
modelos numéricos de grande escala para se trabalhar no chama<strong>do</strong> nowcasting usan<strong>do</strong> informação oceanográfica e<br />
meteorológica recolhida no local. O esforço é feito com base numa boa organização, ferramentas para processamento de<br />
da<strong>do</strong>s rápidas e comunicações de da<strong>do</strong>s eficazes. A distribuição e processamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s é feita num centro de fusão de<br />
da<strong>do</strong>s através de uma rede <strong>do</strong> tipo Internet.<br />
Ao re-orientar a meteorologia e oceanografia táctica para uma era pós-Guerra Fria, a Marinha Portuguesa vai<br />
gradualmente a<strong>do</strong>ptan<strong>do</strong> o conceito REA para suporte táctico de um coman<strong>do</strong> operacional, ou apoian<strong>do</strong> forças navais em<br />
operações no mar.<br />
Ao mesmo tempo que se melhora o desempenho <strong>do</strong> REA, é também necessário desenvolver instrumentação específica,<br />
por forma a disponibilizar os da<strong>do</strong>s da forma mais rápida possível. Novos méto<strong>do</strong>s vão reduzir o tempo de recolha de da<strong>do</strong>s.<br />
É necessário treinar os conceitos, técnicas e procedimentos nos exercícios REA que possam estar liga<strong>do</strong>s ou não a operações<br />
militares. O exercício Swordfish 2001 é aqui descrito como um exemplo de um esforço REA para apoio a uma operação militar.<br />
Abstract Rapid Environmental Assessment (REA) is a metho<strong>do</strong>logy that is being implemented in order to close<br />
knowledge gaps and to provide useful environmental information in a tactically relevant time frame. REA surveys are set up<br />
for operational needs rather than to give a full scientific picture. This requires a shift in emphasis from large scale, predictive,<br />
numerical models to «nowcasting», quick reaction surveys, direct exploitation of remote and in situ observations, innovative<br />
processing techniques for satellite data, and through-the-sensor environmental measurements. Emphasis is on an optimal<br />
organizational structure, fast data processing tools and modern data communication channels. Distributed data processing<br />
and product generation is complemented by a particular data fusion center in an Internet-like network.<br />
In re-orienting tactical meteorology and oceanography for the post-Cold War era, the Portuguese Navy is turning<br />
increasingly to REA for tactical support of both operational commanders and individual forces at sea.<br />
Specific instrumentation for REA is developed under the premise of immediate data availability. New scientific<br />
methods will reduce the time spent for data collection. Techniques, concepts and procedures must be tested, trained and<br />
developed in REA exercises that may or may not be connected with military exercises. The Swordfish 2001 exercise is<br />
described as example for extensive REA effort to use in a military operation.<br />
1. Introdução<br />
Oestu<strong>do</strong> da meteorologia e da oceanografia para<br />
aplicação em operações militares tem si<strong>do</strong> uma<br />
das principais preocupações da NATO. Deste<br />
mo<strong>do</strong> surgiu o conceito de Rapid Environmental<br />
Assessment (REA) para apoio táctico a coman<strong>do</strong>s operacionais<br />
e unidades navais no mar. Esta nova filosofia<br />
obrigou a uma mudança <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s de previsão<br />
ambiental, por forma a torná-los mais efectivos e rápi<strong>do</strong>s,<br />
com recurso a uma grande quantidade de da<strong>do</strong>s<br />
recolhi<strong>do</strong>s in situ, observações de satélite e com to<strong>do</strong>s os<br />
outros sensores que estejam disponíveis na área de<br />
operações. Uma das prioridades dadas a este tipo de<br />
trabalho foi o desenvolvimento de méto<strong>do</strong>s de processamento<br />
sofistica<strong>do</strong>s, recorren<strong>do</strong> a modelos com grande<br />
capacidade de cálculo e fiabilidade. Ao mesmo tempo<br />
que a tecnologia é desenvolvida, é também necessário<br />
criar as infra-estruturas computacionais e de comunicações,<br />
para a rápida transmissão da informação pelas<br />
diversas unidades combatentes.<br />
A oceanografia é responsável por compreender os<br />
efeitos <strong>do</strong> ambiente no planeamento e execução das<br />
operações navais e interpretar o impacto <strong>do</strong>s fenómenos<br />
oceânicos numa força naval. Os principais objectivos da<br />
oceanografia militar são em primeiro lugar, assegurar a<br />
segurança da força naval em caso de condições ambientais<br />
adversas e, em segun<strong>do</strong> lugar, fornecer às unidades