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20 ANAIS DO INSTITUTO HIDROGRÁFICO N.º 15<br />

limita a conceber e a desenvolver as bases de da<strong>do</strong>s e respectivas<br />

aplicações, manten<strong>do</strong>-se nos produtores de<br />

cada tipo de da<strong>do</strong> a sua «posse» e direitos de edição, bem<br />

como a execução das tarefas preparatórias de pré-processamento,<br />

validação, controlo da qualidade e finalmente,<br />

inserção na respectiva componente da base de<br />

da<strong>do</strong>s.<br />

As hipóteses acima indicadas permitem, salvo<br />

melhor opinião, conceber as bases de da<strong>do</strong>s tiran<strong>do</strong> parti<strong>do</strong><br />

das seguintes vantagens:<br />

❚❘ O pré-processamento, a validação e o controlo da<br />

qualidade <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s inseri<strong>do</strong>s são executa<strong>do</strong>s<br />

pelos técnicos ou cientistas que mais directa e<br />

habitualmente com eles lidam, aproveitan<strong>do</strong> ao<br />

máximo a sua vasta experiência na fase de tratamento<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s;<br />

❚❘ Existência num repositório central de vários conjuntos<br />

de da<strong>do</strong>s reconhecidamente de alta qualidade;<br />

❚❘ Concentração das tarefas de arquivo e de segurança<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s na entidade que mantém o sistema<br />

central;<br />

❚❘ Maximização <strong>do</strong> tempo útil para desenvolvimento<br />

de novas aplicações e manutenção das existentes.<br />

No que se refere à máquina servi<strong>do</strong>ra das bases de<br />

da<strong>do</strong>s ORACLE, ela foi pensada e dimensionada para<br />

receber, de facto, três grandes conjuntos de bases de<br />

da<strong>do</strong>s. O primeiro conjunto designa-se por «repositório<br />

de desenvolvimento» e é constituí<strong>do</strong> pelo conjunto de<br />

tabelas <strong>do</strong> sistema de concepção, desenho e geração de<br />

aplicações 4 Oracle Designer, em uso no IH. Neste repositório<br />

ficam guarda<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os elementos que resultam<br />

da análise <strong>do</strong>s sistemas que vão sen<strong>do</strong> modela<strong>do</strong>s<br />

em cada área funcional, bem como detalhes de cada<br />

aplicação.<br />

Os outros <strong>do</strong>is conjuntos de bases de da<strong>do</strong>s são<br />

constituí<strong>do</strong>s pelas bases de da<strong>do</strong>s de ensaio (ambiente de<br />

desenvolvimento) e de operação (ambiente de produção).<br />

Cada aplicação é primeiro criada no ambiente de<br />

desenvolvimento, onde sofre todas as validações necessárias<br />

ao seu correcto funcionamento, com o apoio <strong>do</strong><br />

utiliza<strong>do</strong>r final; após se atingir um esta<strong>do</strong> de desenvolvimento<br />

correspondente a uma versão final, a aplicação é<br />

copiada para o ambiente de produção e entregue ao utiliza<strong>do</strong>r,<br />

passan<strong>do</strong> a trabalhar com da<strong>do</strong>s reais.<br />

Durante a curta vida <strong>do</strong> SIGAMAR houve já necessidade<br />

de expandir a máquina servi<strong>do</strong>ra, face ao crescimento<br />

que se verificou na utilização das bases de da<strong>do</strong>s<br />

a partir <strong>do</strong> terceiro ano <strong>do</strong> projecto e às novas perspectivas<br />

de utilização. Assim, passou-se dum antigo servi<strong>do</strong>r<br />

UNIX herda<strong>do</strong> da extinta Divisão de Cartografia<br />

4 Estes sistemas são mais conheci<strong>do</strong>s pela designação<br />

inglesa CASE – Computer-Aided Software Engineering.<br />

para um moderno servi<strong>do</strong>r multi-processa<strong>do</strong>r Intel<br />

WinNT/2000, com elevada capacidade de expansão e<br />

vocaciona<strong>do</strong> para albergar motores de bases de da<strong>do</strong>s<br />

associadas a sistemas de cópia de segurança de alta fiabilidade.<br />

O méto<strong>do</strong> de desenvolvimento aplicacional a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong><br />

no IH é conheci<strong>do</strong> por “desenvolvimento em espiral”.<br />

Neste méto<strong>do</strong>, existe uma fase inicial de análise em<br />

que intervêm tanto o pessoal afecto ao desenvolvimento<br />

como o utiliza<strong>do</strong>r ou utiliza<strong>do</strong>res finais da aplicação;<br />

aqui, pretende-se coligir o máximo possível de informação<br />

sobre a finalidade da aplicação, os objectos que a<br />

deverão compor e as relações entre eles. Idealmente,<br />

esta fase termina com um conjunto de objectivos e de<br />

especificações que se deverão manter inaltera<strong>do</strong>s até ao<br />

fim <strong>do</strong> desenvolvimento. Começa depois uma fase de<br />

análise mais detalhada para decompor to<strong>do</strong>s os objectos<br />

e todas as funcionalidades da nova aplicação nos seus<br />

elementos mais indivisíveis, sempre em colaboração<br />

com o utiliza<strong>do</strong>r.<br />

Depois da análise, dá-se início ao processo de desenvolvimento;<br />

são desenhadas e construídas as tabelas da<br />

futura base de da<strong>do</strong>s e as funções (ecrãs, relatórios, gráficos,<br />

rotinas e subrotinas, etc.) que permitem a edição<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s. Num da<strong>do</strong> ponto chega-se a um protótipo da<br />

aplicação que é testa<strong>do</strong> e valida<strong>do</strong> junto <strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r.<br />

Caso não estejam ainda satisfeitos os requisitos da aplicação,<br />

o desenvolvimento prossegue, aperfeiçoan<strong>do</strong>-se<br />

sucessivamente o protótipo até à versão final.<br />

Como é notório, em todas as fases <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> existe<br />

um envolvimento, maior ou menor, <strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r. É precisamente<br />

neste ponto que se notam as principais dificuldades<br />

no desenvolvimento, devidas fundamentalmente<br />

ao facto de existir, nalgumas áreas funcionais,<br />

uma grande rotatividade ou escassez de pessoal, aliada a<br />

uma certa indefinição de atribuições e de procedimentos,<br />

que obriga a uma constante redefinição <strong>do</strong>s requisitos<br />

e das especificações da aplicação consoante o interlocutor;<br />

este facto está na génese da impossibilidade,<br />

que se verifica no IH, de se «congelarem» os requisitos<br />

e especificações das aplicações, o que acarreta bastantes<br />

transtornos para a análise e desenvolvimento, traduzin<strong>do</strong>-se<br />

essencialmente na sua morosidade.<br />

Não obstante, este méto<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> com<br />

sucesso nas áreas que na fig. 2 surgem a verde (referidas<br />

a Julho de 2001). À data da elaboração deste artigo existem<br />

mais algumas áreas em tratamento.<br />

Verifica-se, por outro la<strong>do</strong>, que a utilização das<br />

bases de da<strong>do</strong>s tem esta<strong>do</strong> aquém <strong>do</strong> que é desejável, isto<br />

é, enquanto que nalguns sectores tem havi<strong>do</strong> um forte<br />

empenho no carregamento das bases de da<strong>do</strong>s, noutros<br />

esta actividade ou não é executada ou apenas o é episodicamente,<br />

o que acaba por ter consequências no eficaz<br />

aproveitamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s patrimoniais <strong>do</strong> IH pois não é<br />

possível alimentar o passo seguinte da cadeia <strong>do</strong> SIG: a<br />

visualização e exploração <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s.

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