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Sistemas de Informação<br />
no <strong>Instituto</strong> <strong>Hidrográfico</strong><br />
Rogério Antunes Chumbinho<br />
CAPITÃO-TENENTE<br />
Resumo Neste artigo são descritas as opções <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>Hidrográfico</strong> para a gestão <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s patrimoniais <strong>do</strong><br />
ambiente marinho, toman<strong>do</strong> como referência o ponto da situação <strong>do</strong> projecto SIGAMAR (Sistema de Informação Geográfica<br />
sobre o Ambiente Marinho).<br />
Estas opções alinham-se segun<strong>do</strong> duas orientações principais: a concepção e o desenvolvimento de bases de da<strong>do</strong>s<br />
centrais para receber os da<strong>do</strong>s existentes e em contínua aquisição; e o desenvolvimento de aplicações de consulta, de<br />
exploração e de visualização de informação que sejam, simultaneamente, amigáveis para o utiliza<strong>do</strong>r e de carácter universal,<br />
mas com acesso controla<strong>do</strong>.<br />
Abstract This paper contains a description of the infrastructure under development at <strong>Instituto</strong> <strong>Hidrográfico</strong> (IH)<br />
for the management of marine environmental data, based on the current status of project SIGAMAR (Geographic<br />
Information System for the Marine Environment).<br />
The infrastructure relies upon two major guidelines: the engineering and development of a central database to hold<br />
the existent data, as well as all the data continuously being acquired; and the development of suitable applications for<br />
querying, exploring and visualizing these data. The latter applications must be both user friendly and universally accessible<br />
by a large number of users, while maintaining access security control.<br />
Sistemas de informação<br />
(geográfica ou não)<br />
As actividades técnicas e de investigação que se vão<br />
executan<strong>do</strong> no meio marinho têm como finalidade,<br />
primeira ou última, aumentar o conhecimento<br />
sobre o oceano. O aumento <strong>do</strong> conhecimento<br />
permite, entre outras coisas, encarar novas formas de<br />
utilização <strong>do</strong> mar e seus recursos ou compreender a evolução<br />
<strong>do</strong> ambiente marinho, para melhor o preservar.<br />
Uma consequência destas actividades é a existência,<br />
em quantidade cada vez maior, de da<strong>do</strong>s sobre o<br />
ambiente marinho. Desde ce<strong>do</strong> que se sentiu a necessidade<br />
de coordenar os esforços de integração e cabal<br />
aproveitamento <strong>do</strong> imenso volume de informação entretanto<br />
coligida. Esta necessidade verifica-se a to<strong>do</strong>s os<br />
níveis organizacionais, desde as mais pequenas empresas<br />
ou unidades de investigação, até às organizações<br />
internacionais dedicadas exclusivamente à gestão de<br />
da<strong>do</strong>s sobre o ambiente.<br />
Na sua qualidade de órgão da Marinha dedica<strong>do</strong> às<br />
actividades técnicas no mar e ao complemento <strong>do</strong><br />
conhecimento oceanográfico sobre o ambiente marinho<br />
no nosso País, o <strong>Instituto</strong> <strong>Hidrográfico</strong> foi, também,<br />
adquirin<strong>do</strong> um vasto conjunto de da<strong>do</strong>s. O contínuo<br />
crescimento deste conjunto de da<strong>do</strong>s veio revelar igual-<br />
mente o mesmo problema que é comum a outras instituições:<br />
inexistência dum processo global e integra<strong>do</strong> de<br />
gestão <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s adquiri<strong>do</strong>s, não permitin<strong>do</strong> o aproveitamento<br />
racional e eficaz <strong>do</strong> rico conjunto de da<strong>do</strong>s<br />
patrimoniais. Num contexto como este, a elaboração de<br />
produtos basea<strong>do</strong>s no universo <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s patrimoniais é<br />
tarefa pontual e morosa, muitas vezes manual e repetitiva,<br />
haven<strong>do</strong> um risco grande de perda de da<strong>do</strong>s e informação<br />
histórica, quer por falta de <strong>do</strong>cumentação adequada,<br />
quer por obsolescência de suportes e méto<strong>do</strong>s de<br />
arquivo.<br />
Este esta<strong>do</strong> das coisas agravou-se de há umas duas<br />
décadas a esta parte com a evolução registada nos méto<strong>do</strong>s<br />
de aquisição de da<strong>do</strong>s. À crescente pressão de ter<br />
sempre mais e melhor informação sobre o ambiente, o<br />
mais rapidamente possível, a indústria respondeu com<br />
sistemas de aquisição cada vez mais sofistica<strong>do</strong>s, capazes<br />
de criar enormes quantidades de informação.<br />
O correcto e eficiente tratamento destes imensos<br />
volumes de da<strong>do</strong>s, desde a aquisição ao produto final<br />
destina<strong>do</strong> aos mais varia<strong>do</strong>s fins, passou, quase que<br />
naturalmente, a depender da disponibilidade de sistemas<br />
de informação, entendi<strong>do</strong>s aqui como qualquer forma de<br />
organização de da<strong>do</strong>s.<br />
Os sistemas de informação podem ser muito simples<br />
ou mais complexos; os sistemas simples são aqueles