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CUIDANDO DOS BEM-NASCIDOS: O Curso ... - Acervo - Unesc

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Em relação ao registro formal e legal da escola no órgão responsável pela<br />

educação no Estado, uma observação faz-se necessária e pertinente. Ao longo de<br />

dois anos de pesquisa, buscamos incessantemente por esses documentos e não os<br />

encontramos na Secretaria Estadual de Educação, no Arquivo Público do Estado de<br />

Santa Catarina, tampouco no Arquivo Público Municipal de Criciúma. De modo<br />

algum, isso quer dizer que a escola não tenha funcionado legalmente e que os<br />

referidos documentos legais não existam de fato. Acontece que, até o momento, nós<br />

ainda não os encontramos, o que coloca o tema em suspensão.<br />

De acordo com as informações que obtivemos, os documentos da escola<br />

foram deixados em um porão na casa de uma das filhas da professora e acabaram<br />

se perdendo com a enchente de 1974, quando a professora Zulcema já estava<br />

morando em Florianópolis, por ocasião da morte de seu marido e a aprovação no<br />

concurso do TRT.<br />

Mas isso aí eu já pensei tanto. Quando eu vim pra cá, morar em<br />

Florianópolis, quando o meu marido faleceu. Eu vim pra cá e limparam e<br />

compraram um apartamento. Este aqui estava em construção. Eu então<br />

aluguei um apartamento aqui (em Florianópolis). Como era alugado, eu não<br />

trouxe tudo de lá. Deixei no porão da casa da Kátia toda a minha papelada<br />

de escola. (...) Que a água levou na enchente (1974). Não deixei só isso<br />

não. Deixei uma porção de coisas lá. Esperando que ficasse pronto aqui o<br />

apartamento. A água carregou tudo. Livro de matrícula, de chamada. Tinha<br />

tudo ali. Tudo, tudo. Infelizmente. 46<br />

Que a escola existiu e funcionou entre os anos de 1942 e 1962, não há<br />

dúvida. As evidências produzidas são muitas. Fotografias, jornais da época,<br />

cadernos, notas e menções honrosas, boletins e, acima de tudo, pessoas que<br />

passaram ou se envolveram de uma forma ou outra com a escola constatam sua<br />

existência no período mencionado. No entanto, o registro legal no órgão responsável<br />

e competente não pode ser assegurado por não termos nenhuma outra fonte que<br />

pudéssemos cruzar com as informações levantadas nas entrevistas e que resultam<br />

do trabalho de reelaboração da memória, por parte dessas mesmas pessoas.<br />

Ao recordar de sua atuação como professora particular, sugere que a<br />

criação, a implantação e o funcionamento da mesma estiveram muito vinculados ao<br />

seu marido, Mário da Cunha Carneiro, que assegurou as condições necessárias,<br />

inclusive financeiras, para que a mesma pudesse existir e ser ampliada com o<br />

tempo.<br />

46 PÓVOAS CARNEIRO, Zulcema - Entrevista concedida em 26/04/2006.

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