CUIDANDO DOS BEM-NASCIDOS: O Curso ... - Acervo - Unesc
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coincidem com a instalação da escola primária <strong>Curso</strong> Particular Póvoas Carneiro.<br />
Cabe ressaltar que a criação da escola apresenta-se como uma necessidade diante<br />
do processo de modernização.<br />
Optamos por realizar uma abordagem da “modernização” e não da<br />
modernidade, focando mais o seu aspecto material relacionado às transformações<br />
urbanas ocorridas na cidade, a partir do desenvolvimento e do progresso<br />
econômico, que pode ser representado aqui, nos apelos feitos em torno das<br />
mudanças ditas necessárias e condizentes com a prosperidade econômica<br />
experimentada na região de Criciúma, principalmente a partir da década de 1940.<br />
Utilizar-nos-emos dos estudos realizados por David Harvey (1989)<br />
acerca da temática proposta, procurando nos aproximar de nosso objeto de estudo,<br />
ou seja, a criação e a implantação da escola primária particular em Criciúma nos<br />
anos de 1940.<br />
Em sua análise, o autor reporta-se ao Manifesto Comunista para afirmar<br />
o custo pago quando a burguesia optou pela formação de um novo<br />
internacionalismo, por meio do mercado mundial. Segundo ele, “fê-lo a um alto<br />
custo: violência, destruição de tradições, opressão, redução da avaliação de toda<br />
atividade ao frio cálculo do dinheiro e do lucro”. (HARVEY, 1989, p. 97)<br />
De acordo com Harvey (1989, p. 107), o próprio Marx descreve as<br />
condições de modernização capitalista formando o contexto material a partir dos<br />
processos sociais que agem sobre ele promovendo:<br />
O individualismo, a alienação, a fragmentação, a efemeridade, a inovação, a<br />
destruição criativa, o desenvolvimento especulativo, mudanças<br />
imprevisíveis nos métodos de produção e de consumo (desejos e<br />
necessidades), mudança da experiência do espaço e do tempo, bem como<br />
uma dinâmica de mudança social impelida pela crise.<br />
Harvey (1992, p. 307-309) procura reforçar a idéia de que o processo de<br />
modernização permanece intrinsecamente ligado à consolidação do sistema<br />
capitalista, criando a constante necessidade do estabelecimento do “novo” que, por<br />
sua vez, nasce com o prazo de validade fadado ao envelhecimento precoce.<br />
O autor assinala que o capital não deve ser entendido como uma coisa,<br />
mas como um processo de:<br />
(...) reprodução da vida social por meio da reprodução de mercadorias em<br />
que todas as pessoas do mundo capitalista avançado estão profundamente<br />
implicadas. (...) Suas regras internalizadas de operação são concebidas de<br />
maneira a garantir que ele seja um modo dinâmico e revolucionário de