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CUIDANDO DOS BEM-NASCIDOS: O Curso ... - Acervo - Unesc

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Ramos que, segundo a autora, não passou de uma redistribuição dos currículos<br />

escolares e uma remodelação da superestrutura educacional. Fiori (1991, p. 119)<br />

assinala que essa reforma “foi fruto do contexto político e educacional gerado pela<br />

revolução de 1930, endossando nova política de assimilação cultural mediante a<br />

ação da escola”.<br />

É nesse contexto que surge em Santa Catarina a discussão em torno da<br />

Escola Nova que, por decreto, deveria ser posta em prática em todo o território a<br />

partir de 1944. Por fim, em 1946, no governo do interventor federal Udo Deeke,<br />

Santa Catarina presenciou a Reforma Elpídio Barbosa, que manteve as diretrizes<br />

traçadas por Orestes Guimarães, embora proporcionasse a adaptação necessária<br />

da legislação educacional do Estado, dentro do contexto de abertura,<br />

redemocratização e flexibilização colocadas em prática no País com a queda do<br />

Estado Novo.<br />

Foi nesse contexto de efervescência política, econômica e social que<br />

surgiu em Criciúma a primeira escola primária particular. O <strong>Curso</strong> Particular Póvoas<br />

Carneiro foi criado no início da década de 1940, com a chegada à cidade da<br />

professora normalista recém-formada Zulcema Póvoas. Vinda da capital, trazendo<br />

consigo, além de idéias consideradas inovadoras para o modus vivendi na cidade, a<br />

capacidade de perceber a existência de um espaço favorável à implantação de uma<br />

escola primária que atendesse a uma determinada classe social, capaz de pagar<br />

pelos serviços prestados à educação de seus filhos.<br />

A professora Zulcema Póvoas chegou a Criciúma no mesmo contexto em<br />

que chegaram várias famílias e profissionais – atraídos pelo trabalho nas empresas<br />

carboníferas, estimuladas pelo processo de desenvolvimento iniciado com mais<br />

ênfase nos anos 40. Pouco tempo depois, a referida professora casou-se com o Sr.<br />

Mário da Cunha Carneiro, homem ligado a uma família de posses, que viabilizou o<br />

projeto da escola. Inicialmente a professora ministrava aulas na sala de sua própria<br />

casa, mas, no começo da década de 1950, construiu, nos fundos de sua residência,<br />

em frente à atual Praça do Congresso, o prédio que sediou a primeira escola<br />

primária particular de Criciúma, funcionando ali até encerrar suas atividades, no ano<br />

de 1962.<br />

Durante sua existência, a escola acolheu os filhos da nascente classe<br />

média, vinculada à indústria do carvão e a atividades estimuladas por esta, e os

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