18.04.2013 Views

GOIABA DE MESA - Ceinfo

GOIABA DE MESA - Ceinfo

GOIABA DE MESA - Ceinfo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1 - INTRODUÇÃO<br />

<strong>GOIABA</strong> <strong>DE</strong> <strong>MESA</strong><br />

(Psidium guajava L.)<br />

Clóvis de Toledo Piza Jr.<br />

Ryosuke Kavati<br />

A goiabeira é uma pequena árvore esgalhada, com altura de três a oito metros, com folhas<br />

persistentes. Os ramos novos são tetragulares, ligeiramente alados, de coloração verde e<br />

finamente pubescentes. Os ramos são redondos, tortuosos, com a casca lisa, glabra, delgada,<br />

castanho arroxeado-clara, que se solta em lâminas. As folhas são opostas, grossas, coreáceas,<br />

de coloração verde-amarelada, ligeiramente lustrosas na fase superior e pubescentes na<br />

inferior. As nervuras são deprimidas na fase superior da folha e salientes na lâmina inferior.<br />

A inflorescência é do tipo dicásio, isto é, a gema florífera do ramo do ano desabrocha, trazendo<br />

um botão na extremidade do eixo. Este possui na sua base duas brácteas opostas, em cujas<br />

axilas surgem dois novos botões florais laterais. Como conseqüência, as flores da goiabeira<br />

podem-se apresentar isoladas ou em grupos de dois a três, na axila das folhas de ramos em<br />

crescimento. São brancas, pentâmeras, hemafroditas, com quatro ou cinco pétalas; possuem<br />

numerosos estames e um único pistilo central, sendo o cálice persistente. O ovário plurilocular<br />

é formado por cinco carpelos sincarpos.<br />

A fruta é uma baga globosa, de tamanho, forma, aroma, sabor, espessura e coloração da polpa<br />

muito variáveis. Apresenta os lobos calicinais persistentes.<br />

Internamente apresenta um mesocarpo de espessura variável, contendo quatro a cinco lóculos<br />

cheiros por uma massa de consistência mais fluida, onde estão as sementes.<br />

2 - CLIMA E SOLOS<br />

A goiabeira adapta-se bem às diferentes condições climáticas, provavelmente em função da<br />

grande variabilidade apresentada pelos diferentes clones. Admite-se, porém, que a temperatura<br />

ideal para o seu desenvolvimento e frutificação esteja entre os limites de 23º C e 28º C. Há<br />

indicações de que ela não se desenvolve bem em regiões onde a temperatura média dos<br />

meses de verão for inferior a 16º C, mesmo que no inverno não ocorram geadas. Abaixo de 12º<br />

ela não vegeta bem, suportando, porém, geadas leves, com temperaturas não inferiores a 1º C.<br />

Temperaturas de 2º C são, em geral, letais para as plantas novas e muito danosas para as<br />

adultas que, no entanto, se recuperam com relativa facilidade. A 4º C pode ocorrer a morte de<br />

toda a parte aérea da planta, permanecendo vivos, apenas o tronco e os ramos mais grossos.<br />

A vida pós-colheita dos frutos depende, em elevado grau, de temperatura média da região em<br />

que foram produzidos, razão pela qual admite-se que, para a produção de frutos de mesa, a<br />

temperatura mais favorável, nas condições do Estado de São Paul, esteja em torno dos 19º C.<br />

Regiões com precipitação entre 1000 e 2000 mm anuais são consideradas favoráveis à cultura,<br />

desde que as chuvas sejam bem distribuídas ao longo do ano, mas os frutos produzidos em<br />

condições de elevada umidade são pobres em qualidade. Períodos secos durante a fase de<br />

crescimento ativo, por outro lado, geralmente resultam em queda de flores e frutos novos.<br />

A insolação desempenha importante papel na fisiologia da planta, influindo não só no<br />

florescimento mas também na produção, já que os ramos internos da copa não frutificam e,<br />

com muita facilidade, secam e morrem. A sensibilidade da goiabeira a certos defensivos<br />

parece, também depender desse fator.<br />

A goiabeirta apresenta uma grande capacidade de adaptação, mas os solos preferidos<br />

parecem ser os de textura leve, profundos e bem drenados, com teor médio de matéria<br />

orgânica, sendo observado que plantas cultivadas em terras altas e secas produzem frutos<br />

mais aromáticos, saborosos e de mais fácil conservação.


Solos pesados e de drenagem lenta devem ser evitados. Em solos rasos e úmidos a planta<br />

desenvolve-se mal, ficando raquítica. Tolera, porém curtos períodos de encharcamento.<br />

A goiabeira apresenta grande tolerância à reação do solo, mas o pH ótimo parece situar-se<br />

entre 5,0 e 6,5. Quanto à fertilidade, apesar de a planta sobreviver em solos pobres a produção<br />

econômica de frutos de mesa exige elevada disponibilidade dos nutrientes essenciais.<br />

3 - VARIEDA<strong>DE</strong>S<br />

O mercado de frutas frescas remunera melhor a goiaba de polpa vermelha, mas para a<br />

produção comercial as variedades de polpa branca devem ser as preferidas por apresentarem<br />

uma vida pós-colheita bem mais longa, como também por exalarem um perfume discreto, o que<br />

as torna mais finas e delicadas.<br />

Em São Paulo, a variedade mais cultivada é a Kumagai, ao que parece originada de um<br />

cruzamento da goiaba Australiana com a IAC-4, cujas plantas, de vigor médio, apresentam<br />

ramos longos, esparramados, sendo bastante produtivas. Os frutos são grandes, com 300 a<br />

400g, arrendondados a oblongos, firmes, com a casca lisa e resistente, de coloração verdeamarelada<br />

quando maduros, apresentando uma polpa firme, saborosa, levemente ácida, com a<br />

cavidade cheia e com poucas sementes.<br />

Outra variedade de polpa branca com alguma aceitação entre os produtores é a Ogawa Branca<br />

nº 1, cuja planta apresenta crescimento lateral vigoroso e folhas de forma oblongo. Ela é<br />

bastante produtiva, originando frutos grandes, com 300g ou mais, de formato ovalado e com<br />

casca ligeiramente áspera, de coloração amarela quando madura. A polpa, espessa e<br />

compacta, é muito doce e apresenta poucas sementes.<br />

Dentre as variedades de polpa vermelha destacam-se os híbridos Ogawa, predominando nos<br />

plantios comerciais o Ogawa nº 1, que é originado do cruzamento da goiaba comum com a<br />

variedade Ceará.<br />

A planta, de porte ereto, é muito vigorosa, apresentando um grande número de brotações com<br />

característico crescimento vertical, sendo altamente produtiva. Os frutos são grandes, com<br />

cerca de 300g, de formato arredondado, casca ligeiramente áspera e de coloração amarela na<br />

maturação. A polpa é espessa, de coloração vermelha, compacta, suculenta, muito doce,<br />

contendo poucas sementes.<br />

A variedade Ogawa n.º 2, obtida pelo cruzamento da Ogawa n.º1 com araçá (vermelha), é uma<br />

planta de pequeno porte, com crescimento lateral e grande produtividade. Os frutos são de<br />

casca lisa, arredondados e grandes, com 300 a 400g, polpa espessa, firme, muito doce e com<br />

poucas sementes.<br />

A variedade Ogawa n. 3 foi obtida pelo cruzamento da Ogawa n. 1 com a Ogawa n. 2, sendo<br />

uma planta de crescimento lateral, com ramos voltados para baixo, muito sensível à seca,<br />

produzindo grande quantidade de frutos de polpa vermelha, formato oblogo, tamanho grande<br />

mas pouco saborosos.<br />

Outras variedades que têm tido aceitação por parte de alguns produtores são a Pedro Sato,<br />

Vermelha Periforme de casca rugosa, Sassaoka e Shirayama.<br />

4 - PROPAGAÇÃO<br />

A propagação comercial de frutas de mesa exige que o pomar seja formado com mudas<br />

propagadas vegetativamente. Os métodos mais empregados com essa finalidade são a<br />

enxertia e a estaquia herbácea.<br />

A enxertia é geralmente feita por "borbulhia" de escudo, a 10-15 cm acima do colo da planta,<br />

em cavalos com mais ou menos um ano de idade. A retirada da borbulha é feita com um<br />

vazador, o que assegura que o tamanho do escudo contendo a borbulha e o orifício feito na<br />

casca do cavalo tenham as mesmas dimensões.


Para um bom pegamento da enxertia, há necessidade de alguns cuidados. Em primeiro lugar, é<br />

preciso escolher cuidadosamente os ramos que fornecerão as borbulhas:<br />

estes deverão ter a mesma idade da porção do porta-enxerrto em que vai ser a enxertia, de<br />

modo a apresentarem a casca com a mesma espessura da casca do cavalo., o que em geral<br />

significam oito a dez meses de idade, quando a casca perde a sua coloração esverdeada.<br />

Outro cuidado é preparar os ramos que fornecerão as borbulhas, removendo as folhas de 10 a<br />

14dias antes da sua retirada da planta. Na enxertia, é importante recobrir toda a gema com fita<br />

plástica, deixado apenas um pequeno orifício, suficiente para o futuro broto emerger.<br />

A "borbulhia’ dá bons resultados quando feita nos meses quentes e chuvosos do ano. No<br />

inverno e na primavera, a garfagem é mais interessante, sendo que o método mais empregado<br />

é o inglês simples.<br />

Além do longo período exigido para a formação da muda, a enxertia apresenta ainda a<br />

desvantagem de uma taxa de pegamento relativamente baixa.<br />

Por essas razões, a multiplicação por estaquia hebácea tem tido boa aceitação, feita em<br />

câmara de nebulização intermitente, utilizando como estaca a extremidade ainda verde dos<br />

ramos novos. Cada estaca deve ter dois nós, com pares de folhas reduzidos à metade, ficando<br />

o inferior mergulhado no substrato. Essas estacas permanecem na câmara úmida por um<br />

intervalo de 2 a 2,5 meses, para enraizamento, após o que são transferidas para sacos<br />

plásticos com 21cm X32cm (3 litros de volume, cheios com um substrato formado por uma<br />

mistura de terra de subsolo, esterco de curral curtido e areia, na proporção de 5:3:1. Ai as<br />

mudas vegetarão e, quando estiverem com aproximadamente 25cm de altura, ou seja, quatro a<br />

cindo meses mais tarde, terão condições de ir para o campo. Dessa forma, por esse processo,<br />

que apresenta uma taxa de enraizamento da ordem de 60%, o tempo total de formação da<br />

muda se reduz para seis a sete meses<br />

.<br />

5 - CALAGEM<br />

Por ocasião do preparo do solo para a implantação do pomar, deve-se efetuar uma boa<br />

calagem, com calcário dolomítico, na quantidade necessária para elevar a saturação por base<br />

à valores próximo de 70%.<br />

6 - ADUBAÇÃO<br />

a) de plantio: As covas devem ser adubadas pelo menos 30 dias antes do plantio e desde que<br />

ocorram chuvas durante o período, com a seguinte mistura:<br />

- Esterco de curral curtido 20 litros<br />

- Superfosfato simples ou temofosfato 200 gramas<br />

- Cloreto de potássio 150 gramas<br />

Após o pegamento das mudas, o que se reconhece pela emissão de nova brotação pela planta,<br />

deve-se fazer uma cobertura a cada 60 dias, com 20 gramas de nitrogênio por pé e por vez,<br />

aplicados durante a estação das chuvas.<br />

b) de formação: Durante a fase de formação do pomar, aconselha-se o emprego de 90 gramas<br />

de N, 90 gramas de P2O5 de 90 gramas de K2O por ano de idade da planta, divididos em três<br />

parcelas anuais, aplicados no período chuvoso.<br />

c) de produção: Iniciada a produção, iniciam-se também, as adubações químicas, que precisam<br />

ser criteriosamente planejadas e executadas, dada a elevada exigência dessa cultura.<br />

As doses empregadas variam de 400 a 1250 gramas de nitrogênio por pé, durante o ciclo,<br />

dependendo do estado vegetativo da planta, da sua idade, vigor e, principalmente, da<br />

ocorrência ou não de bacteriose no pomar.<br />

Para o ajuste da dose de nitrogênio, deve-se levar em conta a qualidade do fruto obtido, pois o<br />

seu excesso origina a produção de frutos grandes, chochos e frágeis, além de favorecer o


aparecimento de rachaduras na sua superfície. Por essa razão, em culturas submetidas ao<br />

sistema de poda total, o seu fracionamento deve ser feito em doses decrescentes ao longo do<br />

ciclo.<br />

As doses de P2 O5 empregadas, geralmente estão dentro dos limites de 500 a 200 gramas,<br />

dependendo do teor do elemento no solo e, no caso das doses mais elevadas, da importância<br />

que os produtores de origem japonesa dão à adubação fosfatada. Dado o lento caminhamento<br />

deste nutriente no solo, pode ser aplicado em apenas uma dose anual.<br />

O potássio é o elemento mais crítico na adubação da goiabeira, exigindo que o ajuste da<br />

quantidade fornecida, dentro dos limites de 1200 a 2000 gramas de K2 O por planta e por ciclo,<br />

seja feito em função da qualidade do fruto obtido, uma vez que esse nutriente torna-o mais<br />

firme e colorido. Pela mesma razão, o seu fracionamento deve ser feito em doses crescentes,<br />

em culturas submetidas ao regime de poda total.<br />

Uma relação aparentemente boa entre nutrientes parece ser 1:1,5:1,8, equivalente às doses de<br />

1000 gramas de N, 1500 gramas de P2 O5 e 1800 gramas de K2,O por planta e por ciclo.<br />

As adubações orgânicas são consideradas essenciais para esta cultura, possivelmente pelo<br />

fato de a planta ainda não ter sofrido um processo de melhoramento que selecione as mais<br />

aptas a serem cultivadas em solos minerais, pobres em matéria orgânica. Por essa razão, é<br />

usual o fornecimento de 150 a 200 quilos de esterco de curral por planta e por ano, em covas,<br />

ou o que é melhor, esparramados sobre a superfície do solo, em uma faixa em torno da planta,<br />

na periferia da copa.<br />

Dependendo do teor de N na matéria orgânica empregada, deve-se fazer o ajuste de nitrogênio<br />

mineral a ser fornecido.<br />

A aplicação dos fertilizantes deve ser feita, preferivelmente, em cobertura, em uma faixa<br />

distante do tronco, mas na projeção da copa e sob a área de molhamento da irrigação, de<br />

forma a torná-los disponíveis para a maior quantidade possível de raízes.<br />

Atenção deverá ser dada também aos teores de cálcio e magnésio do solo, procurando-se<br />

manter a saturação em bases próximas a 70%, atráves de calagens periódicas com calcário<br />

dolomítico.<br />

O boro e zinco devem ser fornecidos regularmente à planta. O boro deve ser empregado na<br />

forma de bórax, em uma aplicação anual via solo, na dose de 10 gramas por planta. Essa<br />

adubação é complementada por pulverizações foliares a cada dois meses com ácido bórico a<br />

0,1% e sulfato de zinco a 0,3%, os quais podem ser aplicados em mistura com uma calda<br />

pesticida.<br />

7 - PLANTIO<br />

O espaçamento mais indicado depende da variedade cultivada, especialmente do seu hábito<br />

de crescimento. Assim, para variedades de porte ereto, como a Ogawa nº 1, pode-se empregar<br />

o espaçamento de 6mX6m, enquanto as variedades de crescimento lateral comportam-se<br />

melhor no espaçamento de 7m X 7m. Para as culturas parcialmente mecanizadas, devem-se<br />

preferir os espaçamentos de 6m X 7m x 8m, respectivamente.<br />

Os plantios conduzidos em espaldeira são, em geral, feitos no espaçamento de 6 metros entre<br />

as plantas, nas linhas, por 3 metros nas ruas.<br />

As covas para plantio deverão ter as dimensões de 50cm X 50cm X 50cm, sendo preparadas<br />

pelo menos 30 dias de antecedência, desde que no período ocorram chuvas.<br />

O plantio deverá ser feito com cuidado, deixando-se a fase superior do torão ligeiramente<br />

acima do nível normal do solo, tendo-se o cuidado de retirar o recipiente que o protege.<br />

A operação poderá ser feita ao longo de todo o ano, desde que se disponham de mudas bem<br />

desenvolvidas e seja possível a irrigação no período seco.<br />

8 - TRATOS CULTURAIS


Para permitir os tratos culturais, como poda, desbaste, ensacamento e colheita dos frutos,<br />

sejam realizados com maior facilidade além de aumentar a insolação e a ventilação no interior<br />

da planta, a goiabeira deve ser conduzida de forma a originar uma copa baixa, em forma de<br />

taça aberta.<br />

Para isso, a muda deve ser podada a uma altura de 50cm do solo, fazendo-se o corte em uma<br />

porção do tronco que já se encontre amadurecida, de forma que da brotação resultante possam<br />

ser escolhidos os três ou quatro ramos que irão formar a futura copa. Para cada ramo<br />

escolhido, fixa-se no solo um bambu com uma inclinação de 35º a 50º;os bambus se cruzam no<br />

próximo tronco, e neles são amarrados as pernadas, à medida que estas se desenvolvem.<br />

Desses ramos, permite-se a saída apenas de brotações laterais que são usadas para<br />

preencher os vazios da copa, de modo a se obter uma superfície frutificante a mais densa<br />

possível. Nessa estrutura, distribuem-se as unidades de produção, em geral mantendo entre si<br />

a distância de 15 a 40cm.<br />

Na condução em espaldeira, são deixadas apenas duas pernadas por pé, no sentido das<br />

linhas, que são conduzidas sobre bambus fixados no solo com uma inclinação de 30 a 40 , de<br />

tal forma que a extremidade de seus ramos fiquem de 1,80 a 2 metros de altura. Sobre essas<br />

pernadas distribuem-se os ramos de espera da produção.<br />

8.1 PODA<br />

Como a goiabeira produz em ramos do ano, em crescimento, a poda de frutificação consiste no<br />

encurtamento daqueles que já produziram, de modo a se manter a unidade de produção em<br />

atividade, pelo estímulo à nova brotação, que deverá ser frutífera. Para que isso aconteça, o<br />

ramo deverá ser podado no comprimento correto, pois ramos vigorosos, podados em esporão,<br />

resultarão apenas em crescimento vegetativo, enquanto a poda longa de ramos fracos tende a<br />

enfraquecer ainda mais a nova brotação.<br />

Só a experiência do fruticultor permite estabelecer o comprimento correto em que a poda deve<br />

ser feita, já que ela varia com o vigor da variedade e do ramo a ser podado, com a idade da<br />

planta, o clima da região e dos tratos culturais dispensados ao pomar.<br />

Do ponto de vista da planta como um todo, a poda pode ser contínua ou total. No primeiro<br />

caso, cada ramo é podado individualmente a cada repasse do pomar, de tal forma que uma<br />

mesma planta produz continuadamente ao longo de todo o ano. No segundo, todos os ramos<br />

são podados de uma só vez, fazendo com que toda a produção ocorra ao mesmo tempo.<br />

Essa poda , no entanto, deve ser feita em duas etapas. Na primeira, são deixados intactos<br />

alguns ramos terminais para assegurar a continuidade do fluxo de água no interior da planta.<br />

Após o início da brotação resultante da primeira poda, esses ramos são retirados.<br />

Nota-se que, qualquer que seja o tipo de poda adotado, ela só deverá ser feita após um<br />

intervalo de 30 dias da colheita dos frutos, para permitir o acúmulo de reservas no ramo,<br />

assegurando uma brotação vigorosa e produtiva.<br />

8.2 IRRIGAÇÃO<br />

A quantidade e o tamanho dos frutos produzidos são altamente dependentes da disponibilidade<br />

de água para a planta, razão pela qual, no Estado de São Paulo, onde o inverno é seco e onde<br />

os veranicos são freqüentes e intensos, a irrigação é condição essencial para a produção de<br />

frutos de mesa.<br />

O método a ser empregado para irrigação dessa cultura deve ser o de aplicação subcopa, o<br />

menos localizada possível, de modo a tornar esse fator disponível para todas as raízes da<br />

planta ao mesmo tempo. Por isso, quando empregam a irrigação por microaspersão ou


gotejamento, os produtores têm complementado essa aplicação com mangueira, para que toda<br />

a superfície do solo seja igualmente molhada, especialmente nos períodos mais secos do ano.<br />

8.3 <strong>DE</strong>SBASTE E ENSACAMENTO DOS FRUTOS<br />

Para a obtenção de frutos grandes e de bom aspecto, há necessidade de se proceder o seu<br />

desbaste, eliminando-se a maior parte dos frutos que vingaram, de forma que os<br />

remanescentes atinjam tamanho comercial.<br />

O desbaste deve ser feito o mais precocemente possível, mas deve ser atrasado nas regiões<br />

onde ocorre a bacteriose, de forma que o raleamento seja feito tendo-se um mínimo de<br />

segurança de que os frutos deixados na planta não serão afetados pela doença. Isso significa<br />

que essa operação deve ser realizada quando os frutos tiverem de 2,5 a 3 cm de diâmetro.<br />

O número de frutos deixados, por ramo, depende da idade e do vigor da planta e do número<br />

dos ramos frutíferos que ela apresenta. Em plantas jovens, que apresentam um grande número<br />

de ramos frutíferos, costuma-se deixar dois frutos por ramo. Em culturas mais velhas, onde é<br />

menor o número de ramos frutíferos, são deixados em geral de três a quatro frutos por ramo. E<br />

todos os casos é fundamental que o número total de frutos deixados por pé fique entre 600 a<br />

800.<br />

No desbaste, deve-se dar preferência aos frutos originados da gema florífera central do dicásio,<br />

eliminando-se os laterais.<br />

Nessa oportunidade, são retirados manualmente os restos do cálice existente na base da fruta,<br />

para melhorar o seu aspecto.<br />

Os frutos remanescentes são protegidos por sacos de papel-manteiga, com as dimensões<br />

usuais de 15cm X 12cm, que podem ser encontrados em cooperativas ou lojas especializadas.<br />

Porém, os produtores preferem fazer sacos, a partir de resmas de papel adquiridas do<br />

fabricante, pela melhor qualidade do produto empregado, que apresenta maior durabilidade e<br />

resistência.<br />

Os sacos são presos no pedúnculo do fruto ou, o que é melhor, no ramo que o sustenta, por<br />

meio de um fitilho vegetal ou arame fino.<br />

Essa operação tem diversos objetivos. Em primeiro lugar é um dos mais eficientes métodos de<br />

controle de duas principais pragas da cultura, as moscas-das-frutas e o gorgulho, apresentando<br />

ainda a vantagem da ausência de resíduos tóxicos. Em segundo, contribui, e muito, para um<br />

melhor aspecto do produto, por manter uma atmosfera controlada, com elevado teor de gases<br />

que favorecem a maturação e a coloração da fruta.<br />

9 - PRAGAS<br />

Dentre as principais pragas que atacam a cultura em São Paulo, destacam-se as moscas-dasfrutas<br />

(Anastrepha sp), cujo dano é ocasionado pela larva do inseto, que se alimenta da polpa<br />

da fruta, provocando uma podridão generalizada. A larva desenvolvida mede 7 a 8mm de<br />

comprimento e é de coloração branca, levemente amarelada, esguia, cônica e afilada na<br />

extremidade cefálica.<br />

O controle é feito por meio do ensacamento dos frutos. O papel dos saquinhos, porém, não<br />

resiste até a colheita, bem como permite a oviposição através dele quando o fruto está bemdesenvolvido,<br />

exigindo, assim, controle químico próximo da maturação.<br />

Bastante prejudicial é também o gorgulho da goiabeira (Conotrachelus psidii),cujo adulto é um<br />

besouro pardo escuro, que mede 6mm de comprimento e apresenta o rostro cilíndrico e<br />

alongado. A larva é branca, com cápsula cefálica escura, ápoda, com o corpo enrugado<br />

transversalmente, medindo 10mm de comprimento.<br />

As fêmeas adultas procuram as goiabas ainda bem verdes, nas quais cavam pequenas<br />

depressões, onde botam apenas um ovo. O tecido, no local, morre, fica escurecido e não


acompanha o desenvolvimento do restante do fruto, tornando-se bem visível como uma cicatriz<br />

circular deprimida, com um ponto negro central. A larva penetra no fruto, ficando parte da polpa<br />

e as sementes destruídas e enegrecidas em face da podridão seca que se instala.<br />

O controle é predominantemente feito pelo ensacamento dos frutos.<br />

A catação e o "enterrio" dos frutos caídos são medidas auxiliares extremamente importantes no<br />

controle dessas duas pragas.<br />

Muito cohecido dos produtores pelos danos que ocasiona à planta e, não raras vezes também<br />

aos frutos, é o besouro-amarelo (Costalimaita ferruginea vulgata). O adulto é de forma elíptica<br />

bastante convexo, com 5 a 6mm de comprimento, de coloração geral amarelo-palha-brilhante,<br />

que ataca as gemas, brotos, folhas e frutas.<br />

Nas folhas, causa perfurações que resultam em um rendilhamento mais ou menos intenso,<br />

reduzindo com isso a área fotossintética da planta. Nos frutos próximos à maturação, rói a<br />

casca, ocasionando deformações grandes, mas relativamente superficiais. A praga aparece na<br />

primavera, com um pico de ataque nos meses de novembro e dezembro, fazendo com que não<br />

se justifique o controle químico, exceto em plantas novas, quando a superfície foliar é pequena<br />

e os danos podem representar prejuízo para o desenvolvimento da planta. Os frutos, por sua<br />

vez, são protegidos pelo ensacamento.<br />

Pelo menos três espécies de percevejos são consideradas pragas importantes da goiabeira:<br />

Theognis gonagra, T. stigma e T. fasciatus. Esses insetos atacam os ponteiros, botões florais e<br />

frutos em todos os estádios de desenvolvimento. Os botões, quando picados, em geral caem, e<br />

os frutos mais desenvolvidos ficam "empedrados" no local da picada.<br />

Recentemente, tem sido notada a ocorrência, em frutos novos, de lesões pretas, de formato<br />

circular, com mais ou menos 0,5cm de diâmetro e que se aprofundam pouco na polpa,<br />

originando um tecido petrificado que mais tarde se separa do tecido sadio. isso tem sido<br />

associado à presença de percevejos.<br />

Diversas cochonilhas atacam a goiabeira. Dentre as espécies com carapaça destacam-se a<br />

Ceroplastes floridensis e a C. janeirensis, que apresentam revestimento muito convexo, de<br />

coloração branca-suja, sob o qual são encontradas as fêmeas e, freqüentemente, numerosos<br />

ovos. Em pomares muito pulverizados, é frequente o aparecimento de uma cochonilha branca,<br />

possivelmente do gênero Pseudococcus, que apresenta o corpo de coloração rósea, revestido<br />

por uma "cerosidade" pulverulenta branca, que se localiza de preferência em locais abrigados,<br />

como no interior dos saquinhos.<br />

O controle das cochonilhas de carapaça é feito por meio de duas aplicações de 20 dias, de<br />

uma mistura de óleo emulsionável a 1%, na qual se adiciona um inseticida fosforado eficiente<br />

contra a praga, na metade da dose normalmente indicada pelo fabricante para essa finalidade.<br />

Em certas épocas do ano, especialmente no período de setembro a maio, pode haver um<br />

intenso ataque de psilídeos (Trizoida sp), cujos adultos são de coloração verde, com mais os<br />

menos 2mm de comprimento e cujas formas jovens sugam os bordos das folhas, causando a<br />

sua deformação e enrolamento, deixando-as de coloração amarela com áreas cloróticas.<br />

Observando-se o interior das partes enroladas, encontram-se colônias de psilídeos recobertas<br />

por secreção cerosa de aspecto floculoso.<br />

As goiabas podem ainda ser atacadas por trips (Selenothrips rubrocintus), quando ficam<br />

recobertas por uma crosta de coloração ferruginosa, formada pelo tecido morto em virtude das<br />

feridas provocadas pela praga. Dos frutos, os insetos passam para os ramos em crescimento,<br />

onde ocasionam severos danos.<br />

As diversas espécies de brocas dos ramos e dos troncos, famosas pelos danos que ocasionam<br />

nas goiabeiras, só são importantes em pomares malcuidados, não exigindo medidas especiais<br />

de controle desse tipo de cultura.<br />

Algumas lagartas podem eventualmente ocorrer em surtos dentro de pomares de goiabas, mas<br />

não representam problema sério, sendo facilmente controladas por meio de um inseticida<br />

fosforado eficiente contra esse tipo de inseto.


10 - DOENÇAS<br />

A principal doença que afeta a cultura é a ferrugem, causada pelo fungo Puccinia psidii, que<br />

ataca os tecidos novos de todos os órgãos em crescimento, como folhas, botões, frutos e<br />

ramos, onde causa manchas circulares, necróticas, de coloração vermelho-escuro e preta, de<br />

tamanho variável, podendo atingir até um centímetro de diâmetro. Sobre essas manchas surge<br />

uma massa pulverulenta de coloração amarelo-viva, daí o nome da doença. Posteriormente<br />

essa massa desaparece, restando apenas uma área necrótica seca, freqüentemente<br />

apresentando rachaduras.<br />

As manchas podem-se unir nas folhas e nos frutos, de onde resulta a perda de grande parte ou<br />

todo o limbo foliar, ocasionando a deformação dos frutos. Lesões nas flores e nos frutos novos<br />

resultam em necrose desses órgãos. Folhas e frutos afetados podem cair, razão pela qual a<br />

doença afeta diretamente a produção, além de comprometer a qualidade dos frutos<br />

remanescentes.<br />

A incidência da doença está condicionada à ocorrência de temperaturas moderadas e alto teor<br />

de umidade relativa do ar por ocasião do desenvolvimento vegetativo, floração e frutificação da<br />

planta. Nas nossas condições, isso ocorre principalmente de setembro a novembro.<br />

Entre as medidas de controle, encontram-se a poda e a desbrota, por assegurarem maior<br />

ventilação e insolação no interior da planta, não podendo dispensar, porém, o controle químico,<br />

tanto preventivo quanto curativo.<br />

A antronose, causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, afeta folhas, ramos novos e<br />

frutos em qualquer estádio de desenvolvimento. Nos frutos,ocasiona o aparecimento de<br />

sintomas diferentes em função do estádio de desnvolvimento da fruta em que se deu a<br />

infecção. Se ela ocorrer precocemente, na fase inicial de seu desenvolvimento, determinará o<br />

aparecimento de manchas circulares, secas, elevadas e de pústulas cancrosas. Quando os<br />

frutos aumentam de tamanho, e como a área afetada não acompanha esse crescimento, a<br />

superfície da lesão se rompe. A infecção não penetra na polpa, mas inutiliza os frutos para o<br />

mercado de fruta fresca. Quando a infecção é severa, os frutos infectados tornam-se<br />

mumificados e pretos.<br />

A infecção em frutos maduros, especialmente após a colheita, inicia-se por pequenas lessões<br />

deprimidas, encharcadas, de coloração marrom-clara, que mais tarde se tornam afundadas,<br />

moles, usualmente recobertas por tufos de conídios cor-de-rosa sobre as áreas descoloridas.<br />

Os frutos, assim afetados, usualmente apodrecem. Quando a infecção se dá através do cálice,<br />

forma-se uma podridão mole a partir do áplice, de coloração marrom, que pode afetar até a<br />

metade da fruta.<br />

Nas folhas, o fungo produz manchas angulares, pardo-ferruginosas, de tamanho variável,<br />

usualmente de 1 a 10mm de diâmetro. Durante a estação chuvosa, o crestamento dos ramos é<br />

o sintoma mais comum, os quais ficam de coloração púrpura, tornando-se mais tarde pardoescuros,<br />

secos e quebradiços.<br />

Em algumas regiões do Estado, a bacteriose é uma das mais graves doenças pelos danos que<br />

acarreta. É causada por Erwinia psidii e se manifesta nas extremidades dos ramos novos, nas<br />

folhas mais velhas e nas flores e frutinhos, até uma certa fase de seu desenvolvimento, os<br />

quais ficam secos e, no caso das flores e frutos, enegrecidos, como que mumificados. A<br />

doença é grave em condições de calor e umidade elevados, sendo que o controle envolve uma<br />

série de medidas de ordem cultural, como:<br />

• os pomares já formados, mas com grande incidência da doença, devem ser submetidos<br />

ao sistema de poda total;<br />

• Os pomares conduzidos no sistema de poda contínua e que não estejam muito afetados<br />

pela doença devem ter seus ramos doentes eliminados assim que se percebam os<br />

primeiros sinais da moléstia.


• logo após a poda, deve ser feita uma aplicação de calda sulfocálcica a 4º Bé;<br />

• as plantas devem ser pulverizadas a cada quinze dias com um fungicida cúprico, como<br />

oxicloreto de cobre. Essas pulverizações devem ser feitas desde o início da brotação<br />

até que os frutos atinjam o tamanho a partir do qual possam a ser sensíveis ao cobre<br />

(mais ou menos 3cm);<br />

• a poda só deverá ser executada quando a planta se encontrar seca, livre de orvalho ou<br />

da umidade resultante da chuva ou irrigação;<br />

• a fim de se evitar a formação excessiva de órgãos tenros, muito sujeitos ao ataque da<br />

bactéria, as adubações nitrogenadas devem ser limitadas ao mínimo.<br />

11 - COLHEITA<br />

A época normal de produção da goiaba em São Paulo vai de janeiro a março, num período de<br />

mais ou menos 50dias, com pico em fevereiro. Através da poda e irrigação, os produtores de<br />

fruta de mesa colhem a goiaba o ano todo.<br />

Aproximadamente três meses após a poda a goiabeira floresce, estando os frutos em<br />

condições de serem colhidos após um novo período de três meses.<br />

No inverno, o intervalo entre a poda e a colheita estende-se por sete meses ou mais.<br />

Conhecendo esses intervalos, o produtor pode planejar os períodos de safra através da<br />

execução da poda nos membros oportunos.<br />

Recomenda-se o ponto de colheita pelo tamanho, consistência e coloração externa da fruta<br />

que, para um mesmo local, varia com a variedade com a época do ano.<br />

Como o desenvolvimento final do fruto é rápido, a colheita deve ser realizada três vezes por<br />

semana, pela manhã, desde que o fruto esteja seco, sem chuva ou orvalho. Para realizar essa<br />

operação, seguram-se os frutos firmemente e, com delicadeza, faz-se uma torção,<br />

desprendendo-os da planta. São então colocados em cestos de taquara, ainda envoltos pelo<br />

saquinho de papel e transportados para um galpão ventilado onde são selecionados,<br />

classificados e embalados manualmente, em uma só camada, em caixas de madeira ou<br />

papelão com 390mm X 230 X 80mm de dimensões internas e em torno de 3,5 quilos de peso<br />

líquido.<br />

12 - RENDIMENTO<br />

A produtividade dessas varia bastante, mas como em geral são deixados 800 frutos por planta,<br />

isso representa uma colheita de 40 caixotes de papelão do tipo 16 ou 18 por ciclo, dando um<br />

descarte máximo de 10%.<br />

REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS<br />

AMARO, A.A. et alli. A cultura da goiabeira. São Paulo, IEA s.d.p 47p.<br />

BATTE, D. J. G. & PAGE, P. E. Tropical tree fruits for Australia. Brisbane, Queensland<br />

Departament of Primary Industries, 1984. p. 113-120.<br />

CULTURA da goiaba. São paulo, Cooperativa Agrícola de Cotia, 1982. 14p. (mimeografado).<br />

JUNQUEIRA, W. R; PRATES H. S. & FALAGUASTA, V. P. Goiaba: uma fruta tropical. In: Casa<br />

da Agricultura, Campinas, 2(5): 24-27, setembro-outubro, 1980.<br />

KOLLER, O. C. Cultura da goiaba Agropecuária, Porto Alegre, 1979. 42P.<br />

MARTINS, F. W; CAMPELL, C. W. & RUBERTÉ, R. M. Pereniel edible fruits of the tropics: an<br />

inventory.Washington, US Departament of Agriculture, 1987. 252p (Agriculture Handbook, 642).


MEDINA, J. C. et alli. Goiaba: cultura, matéria-prima, processamento e aspectos econômicos. 2ª ed.<br />

Campinas,. ITAL, 1988. 224P.<br />

PEREIRA, F. M. Propagação da goiabeira através de estacas herbáceas. :Informativo SBF,<br />

Jaboticabal, 5:16:17, 1986.<br />

______________ & MARTINEZ J.M. Goiabas para industrialização. Jaboticabal, Legis Summa,<br />

1986. 142p.<br />

PRATES, H. S. JUNQUEIRA, W. R. & FALAGUASTA V. P. Goiaba: uma fruta tropical. In Casa<br />

da Agriultura, Campinas 2(6): 26-31, novembro-dezembro, 1980.<br />

QUIMIO, T. H. & QUIMIO, A.J. Notes on Philiphine grape and guava anthranose. In: Plante<br />

disease reportes, 59: 221-224, 1975.<br />

RIBEIRO, i. j. a., et alli. A bacteriose da goiabeira. Campinas, CATI, 1985 14p.<br />

SAMSON. J. A Tropical Fruits. 2ª ed.NRew York, Longman, Scientific and Technical, 1986.<br />

Chapter II. IN: the minor tropical fruits: 270-320.<br />

Manual das Culturas<br />

E-mail: acss@cati.sp.gov.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!