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glândula que fica perto da tireoide, chamada paratireoide. Ela excreta o paratormônio (PTH), que é responsável por regular os níveis de cálcio e fósforo no organismo. No hiperparatireoidismo, o PTH é produzido em excesso, aumentando a quantidade de cálcio no sangue - problema chamado hipercalcemia - e provocando a prisão de ventre. Um médico endocrinologista poderá indicar o teste e o tratamento adequados para combater essa condição. Analgésicos - Pessoas que se recuperam de uma cirurgia ou estão controlando uma dor crônica costumam ser receitadas com analgésicos chamados opioides, que equivalem à morfina. “Esse tipo de analgésico pode levar a uma constipação intestinal, sendo preciso rever os hábitos alimentares para tentar reverter o quadro e, em casos mais extremos, indicar o uso de um laxante”, explica a gastroenterologista Débora. Uso indevido de laxantes - Alguns laxantes apáticos - que irritam mais as mucosas intestinais - podem gerar uma lesão nos nervos que comandam o intestino, criando uma dependência ao uso do remédio. Quanto mais a pessoa usar esse medicamento, mais o intestino pode ficar tolerante e precisar de ainda mais laxante para funcionar. “Faltam mais estudos para comprovar essa relação, mas mesmo assim é importante que as pessoas façam uso de laxante com orientação médica adequada”, afirma a gastroenterologista Débora. Antidepressivos - “Medicamentos para depressão chamados antidepressivos tricíclicos costumam provocar a constipação intestinal”, diz Débora Poli. Uma possível explicação para isso é que esses remédios afetam a transmissão dos nervos para que o intestino funcione corretamente. Se você toma esses medicamentos, converse com o seu médico para verificar se realmente pode ser essa a causa da sua constipação. Ele pode indicar a mudança de alguns hábitos e até a troca do tipo de antidepressivo. Antiácidos - Débora Poli explica que o antiácido feito com hidróxido de magnésio costuma prender o intestino, enquanto o hidróxido de alumínio costuma soltar. “Há antiácidos que possuem uma combinação dessas duas substâncias para deixar o intestino regulado”, conta. Por isso, cheque o rótulo antes de comprar o seu remédio contra azia e má digestão. Doença do intestino irritável - A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença que envolve alterações nos movimentos intestinais, provocando dor abdominal e cãibras. “Esse problema pode trazer tanto constipação quanto diarreia, depende do organismo 44 - P&M Janeiro Fevereiro 2013 da pessoa”, explica o gastroenterologista José Roberto. Quando há prisão de ventre, a pessoa tem dificuldade na passagem das fezes e sente muita cólica. A Doença de Crohn, um processo inflamatório intestinal que envolve as paredes do órgão, também pode causar prisão de ventre, embora seja pouco comum. “A maioria das pessoas com essa doença costuma ter diarreia durante as crises”, afirma José Roberto. Gravidez - A gestante passa por uma montanha russa hormonal durante os nove meses que antecedem o parto. Tantas alterações podem interferir no funcionamento do intestino, provocando a prisão de ventre. No último trimestre da gravidez, a pressão do bebê sobre o intestino e outros órgãos também pode atrapalhar a digestão. Por isso, é importante que a futura mamãe adote hábitos alimentares saudáveis e pratique exercícios leves com frequência para manter o intestino em dia desde os primeiros meses de gestação. Diabetes - Caracterizado pela dificuldade de metabolizar a glicose do sangue, o diabetes pode causar danos nos nervos do corpo (neuropatia diabética), incluindo os nervos que transmitem estímulos para que o intestino se movimente corretamente. Como resultado, surge a desagradável prisão de ventre. Controlar o diabetes, portanto, é fundamental para evitar esse prejuízo aos nervos. Uso errado de suplementação - Quem usa suplementos alimentares sem orientação médica pode ter problemas de saúde, incluindo o intestino preso. O problema acontece, principalmente, com o excesso de cálcio e ferro, que sobrecarregam e prejudicam o trabalho do intestino. Consulte sempre um médico antes de investir na suplementação e jamais ultrapasse a quantidade que ele recomendar. Hemorroida - A prisão de ventre favorece o surgimento de hemorroida: quando a pessoa está com o intestino preso e faz força demais para evacuar, as veias do ânus podem ficar doloridas e inchadas. Uma vez que a hemorroida aparece, pode acontecer o inverso: como a pessoa está com dores na região anal, tende a ficar mais tensa. Essa tensão pode interferir nos movimentos intestinais, fazendo com que a prisão de ventre aumente ainda mais. Por isso, o tratamento médico adequado é fundamental para se livrar desse problema. Leia mais: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/15972conheca-11-causas-pouco-conhecidas-da-prisao-deventre#conteudoTxt

Peixe assado à moda caiçara Peixe combina com verão. O cheiro de peixe assando no forno é algo delicioso. Mas como fazer para assar um peixe inteiro sem que a carne fique mole e sem tempero? A resposta pode estar no modo de cozinhar dos caiçaras, moradores do litoral brasileiro que desde o século XVI aperfeiçoam as técnicas para se preparar peixe. Essas comunidades nasceram da mistura de brancos de origem portuguesa com grupos indígenas, principalmente na região litorânea de São Paulo. A junção de conhecimento culinário dos dois povos fez com que a comida tradicional caiçara fosse rica em peixes, frutos do mar, farinha de mandioca, azeite e legumes como cebola e batata. Voltando ao peixe assado, esta receita usa três dicas dos caiçaras: salgar o peixe de um dia para o outro, assá-lo em uma cama de vegetais e recheá-lo com temperos e especiarias. Tudo isso faz com que a carne fique tenra e muito saborosa. Ingredientes coM áGUa na Boca •1 peixe inteiro, limpo e sem escamas, de cerca de 600 gramas ( tainha, corvina ou cioba) •1 talo de alho-poró cortado em rodelas •1 cebola pequena cortada em rodelas •1 limão em fatias •2 dentes de alho •1 colher de chá de coentro em grão •1 colher de chá de açafrão em pó •2 colheres de sopa de azeite •½ de maço de salsinha limpo e seco •2 batatas •Sal e pimenta-do-reino a gosto Janeiro Fevereiro 2013 - P&M - 45

Peixe assado à moda caiçara<br />

Peixe combina com verão. O cheiro de peixe assando<br />

no forno é algo delicioso. Mas como fazer para assar um<br />

peixe inteiro sem que a carne fique mole e sem tempero?<br />

A resposta pode estar no modo de cozinhar dos caiçaras,<br />

moradores do litoral brasileiro que desde o século XVI<br />

aperfeiçoam as técnicas para se preparar peixe.<br />

Essas comunidades nasceram da mistura de brancos<br />

de origem portuguesa com grupos indígenas,<br />

principalmente na região litorânea de São Paulo. A<br />

junção de conhecimento culinário dos dois povos fez<br />

com que a comida tradicional caiçara fosse rica em<br />

peixes, frutos do mar, farinha de mandioca, azeite e<br />

legumes como cebola e batata.<br />

Voltando ao peixe assado, esta receita usa três dicas<br />

dos caiçaras: salgar o peixe de um dia para o outro,<br />

assá-lo em uma cama de vegetais e recheá-lo com<br />

temperos e especiarias. Tudo isso faz com que a carne<br />

fique tenra e muito saborosa.<br />

Ingredientes<br />

coM áGUa na Boca<br />

•1 peixe inteiro, limpo e sem escamas,<br />

de cerca de 600 gramas ( tainha, corvina ou cioba)<br />

•1 talo de alho-poró cortado em rodelas<br />

•1 cebola pequena cortada em rodelas<br />

•1 limão em fatias<br />

•2 dentes de alho<br />

•1 colher de chá de coentro em grão<br />

•1 colher de chá de açafrão em pó<br />

•2 colheres de sopa de azeite<br />

•½ de maço de salsinha limpo e seco<br />

•2 batatas<br />

•Sal e pimenta-do-reino a gosto<br />

Janeiro Fevereiro 2013 - P&M - 45

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