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Segundo Manoel Valentim, autor de História de Garopaba: De Armação Baleeira a Comarca, índios carijós teriam construído aldeias na região. Américo Vespúcio passou por ali em 1502, e foi seguido por outras expedições que dilataram a fé e o império e deixaram desgarrados. No século seguinte vieram padres jesuítas que, dizem lendas locais, enterraram tesouros de objetos sacros. Chegaram depois colonos dos Açores, enviados pela metrópole lusa, que cultivaram roças de mandioca e laranja e começaram a pescar baleias. O sargento-mor Manoel Marques Guimarães, nascido em Lisboa, é tido como fundador da Armação Garopaba, no fi nal do século XVIII. Morreu em 1824, com a patente de major, e foi enterrado na capela de São Joaquim de Garopaba, que ajudou a erigir. Segundo o registro ofi cial, tinha ‘65 anos mais ou menos’. 40 - P&M Janeiro Fevereiro 2013 ANUNCIE NA REVISTA QUE, HÁ 23 ANOS, ACOMPANHA A PESCA ONDE QUER QUE ELA VÁ. Ele administrava a pesca e o comércio da baleia, um negócio que envolvia barcos, armazéns, barris e arpões. O óleo da baleia servia para gerar a iluminação e de liga para a argamassa de casas, igrejas e fortes. Com as barbatanas se confeccionavam espartilhos, segundo Manoel Valentim muito usados pelas ‘grã-fi nas da época’. Tudo era feito com trabalho escravo. Integrada a um circuito econômico de maior alcance, Garopaba importava africanos vivos e exportava retalhos de baleias mortas. Valentim é um senhor arredio (procurado por desconhecidos, fala para a mulher dizer que não está) que nasceu e mora em Garopaba. Ele pesquisou documentos dos arquivos de freguesias e descobriu que a maior parte dos escravos era casada e tinha fi lhos regularmente. Constatou também que viviam bastante e concluiu que os cativos ‘recebiam tratamento humanitário e condigno’. Mesmo assim, há hoje pouquíssimos negros na cidade”. Leia o livro – Um breve trecho de “Barba”: “Isso aqui foi uma carnifi cina por um século e meio e mesmo assim elas [as baleias] voltam e recebem as pessoas, diz Jasmim. Sem instinto de defesa, sem história, sem rancor nenhum. Acho incrível como elas chegam pertinho da praia pra ter os fi lhotes. Ano passado tinha algumas quase na rebentação ali em Garopaba, bem no rasinho. Os bebês precisam aprender a respirar fora d´água. Porque a coisa mais maluca é que isso não é um peixe, é um mamífero” (p. 250-251). Não espere pelo fi lme. Leia Barba Ensopada de Sangue, o livro que colocou Garopaba no mapa da fi cção brasileira e do mundo. A bússola aponta a direção, e a revista Pesca & Mar aponta o caminho para quem precisa comprar e para quem quer vender. Ligue e anuncie: (21) 2719-0292 saperj@uol.com.br Pesca Mar anos 23

Janeiro Fevereiro 2013 - P&M - 41

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