18.04.2013 Views

Revista SAPERJ 143.indd

Revista SAPERJ 143.indd

Revista SAPERJ 143.indd

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

UE cobra firmeza<br />

do Brasil em reação<br />

à barreira argentina<br />

Um dos principais negociadores comerciais da<br />

União Europeia criticou a passividade do Brasil<br />

com o protecionismo da Argentina e desafiou o<br />

MERCOSUL a entregar logo uma proposta que<br />

permita avanços nas negociações de um acordo de<br />

livre comércio entre os dois blocos, sob risco de<br />

perder mercado para outros parceiros.<br />

Em tom de cobrança, as advertências foram<br />

dadas pelo diretor-geral-adjunto de Comércio<br />

da Comissão Europeia, João Aguiar Machado.<br />

“Estamos muito preocupados com a situação da<br />

Argentina”, comentou o funcionário europeu,<br />

durante o 6º Encontro Empresarial UE-Brasil, na<br />

sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).<br />

Ele fez menções à desapropriação de empresas,<br />

como a petrolífera espanhola YPF Repsol, e à<br />

adoção sistemática de licenças não automáticas de<br />

importação pela Argentina.<br />

Machado deixou claro que, na avaliação europeia,<br />

o governo e os empresários brasileiros têm sido<br />

passivos demais diante das barreiras argentinas.<br />

22 - P&M Janeiro Fevereiro 2013<br />

“Como líderes regionais e globais, tanto a UE<br />

quanto o Brasil têm responsabilidade sobre essa<br />

questão. Mas enquanto o Brasil tem sido fortemente<br />

afetado pelo protecionismo da Argentina, não tem<br />

assumido uma posição pública contra essa questão”,<br />

afirmou o funcionário, diante de representantes da<br />

indústria. “Entendemos que é preciso tratar com<br />

cuidado as relações com a vizinhança, mas a UE<br />

tem a expectativa de que a comunidade empresarial<br />

brasileira faça ouvir mais fortemente a sua voz”,<br />

acrescentou.<br />

A Argentina aumentou, um ano e um mês depois<br />

de autorizada pela penúltima reunião de cúpula do<br />

MERCOSUL, a alíquota para importações de cem<br />

produtos, caso as compras sejam feitas fora do bloco<br />

econômico. De acordo com o jornal “Clarín”, a<br />

Argentina começará a cobrar 35% pelas importações<br />

de produtos de bens de consumo final, como<br />

motocicletas de até 800 cilindradas, brinquedos,<br />

cerâmicas, calçados, bijuterias, cafeteiras, isqueiros<br />

e cosméticos.<br />

Cristina Kirchner assina lei<br />

que nacionaliza controle da<br />

petroleira YPF (Foto: Estadão)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!