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A proliferação desordenada do mexilhão dourado, um<br />

molusco originário do sudeste asiático, no reservatório<br />

da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira<br />

vetores importantes no aumento da distribuição de<br />

várias espécies marinhas, pois não possuem proteção<br />

anti-incrustante eficaz, podem passar longos períodos<br />

estacionadas ou serem arrendadas de outros países,<br />

como no caso do Brasil. O exemplo da introdução<br />

de Tubastrea coccinea, um coral escleractíneo, por<br />

plataforma no Brasil é um caso conhecido, assim como<br />

Hypsoblennius invemar, um peixe da família Blenniidae,<br />

recentemente encontrado e associado às plataformas na<br />

região sul brasileira.<br />

O mecanismo de introdução de espécies por<br />

bioincrustação pode atuar de várias formas, entre elas<br />

as desovas de espécies exóticas incrustadas em cascos<br />

de embarcações e em plataformas em uma nova região,<br />

deslocamento de espécies incrustantes para outras<br />

áreas onde é feita a limpeza periódica de estruturas<br />

infectadas (como cascos, âncoras, hélices e estruturas<br />

flutuantes), afundamento deliberado ou acidental de<br />

Bioinvasão<br />

Espécies exóticas se tornam invasoras quando representam uma ameaça<br />

a outras espécies, habitats ou ecossistemas (Convenção de Diversidade<br />

Biológica, Decisão VI/23).<br />

As consequências de espécies exóticas invasoras nos ambientes invadidos<br />

incluem alteração do hábitat e da estrutura das comunidades naturais,<br />

introdução de doenças e/ou parasitas, hibridização e comprometimento da<br />

identidade genética das populações nativas, alterações tróficas, extinção de<br />

espécies nativas e principalmente perda de biodiversidade natural. Entre os<br />

vertebrados, as introduções de espécies de peixes de água doce têm estado<br />

entre as causas mais numerosas, e as espécies endêmicas de peixes estão<br />

entre as mais vulneráveis a estes eventos em todo o mundo, tendo como<br />

resultado sua extinção ou redução significativa em número.<br />

A proliferação do mexilhão dourado na CEMIG<br />

A tilápia é um peixe africano introduzido no Brasil pela piscicultura,<br />

mas que escapou das áreas de criação e invadiu vários rios. Por isso<br />

está na relação de espécies invasoras do País<br />

navios com cascos infectados ou ainda por meio de<br />

equipamentos de aquicultura.<br />

A maioria das espécies introduzidas em um novo<br />

ambiente não consegue sobreviver e estabelecer uma<br />

população viável, devido à predação e/ou competição com<br />

as espécies nativas por alimento e espaço e às próprias<br />

características físicas e químicas do ambiente.<br />

Entretanto, quando todos os fatores são favoráveis,<br />

uma espécie exótica introduzida pode estabelecer<br />

uma população viável no ambiente invadido e tornarse<br />

invasora, ou seja, pode ser capaz de adaptar-se e<br />

reproduzir-se a ponto de ocupar o espaço de organismos<br />

residentes, tendendo à dominância.<br />

A piscicultura também pode ser vetor de bioinvasão.<br />

A tilápia é um peixe africano introduzido no Brasil pela<br />

piscicultura, mas que escapou das áreas de criação e<br />

invadiu vários rios. Por isso está na relação de espécies<br />

invasoras do País.<br />

O peixe-leão (Pterois volitans), nativo dos oceanos<br />

Pacífico e Índico, tornou-se uma ameaça à<br />

biodiversidade marinha da costa da América do Sul.<br />

Janeiro Fevereiro 2013 - P&M - 17

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