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Salienta também a importância do Código de Conduta da FAO para a Pesca Responsável e dos seus planos de ação internacionais e orientações técnicas associadas, para se alcançar a meta de um sistema de produção global de alimentos sustentável. A pesca de pequena escala emprega mais de 90 por cento dos pescadores do mundo da pesca de captura, e é vital para a segurança alimentar e nutricional e para a redução e prevenção da pobreza. O Comitê das Pescas da FAO recomendou o desenvolvimento de diretrizes voluntárias internacionais que contribuam para o desenvolvimento de políticas, protejam a pesca de pequena escala e criem benefícios. Embora as mulheres sejam pelo menos 50 por cento da força de trabalho na pesca em águas interiores e comercializem cerca de 60 por cento do marisco na Ásia e na África Ocidental, o seu papel é muitas vezes subestimado e negligenciado. Aqui, novamente, e como reafirmou a Rio +20, o relatório mostra que, além de trabalhar para promover o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas da igualdade de gênero e autonomia das mulheres, a integração do gênero é um componente essencial na luta contra a pobreza, para se alcançar mais segurança alimentar e nutricional e permitir o desenvolvimento sustentável das pescas e da aquicultura. Como os pescadores, aquicultores e as suas comunidades tendem a ser particularmente vulneráveis às catástrofes, o relatório examina abordagens para uma melhor preparação para e de resposta efetiva aos desastres no setor das pescas e da aquicultura. As 14 - P&M Janeiro Fevereiro 2013 respostas de emergência devem reforçar a segurança alimentar e nutricional por meio da reabilitação sustentável e recuperação em longo prazo das pescas e da aquicultura e das condições de vida dos que delas dependem, especialmente em relação às mulheres e outros grupos marginalizados. “Permitir que a pesca e a aquicultura floresçam de forma responsável e sustentável requer o pleno envolvimento da sociedade civil e do setor privado”, explica Mathiesen, acrescentando: “O comércio e a indústria podem ajudar a desenvolver tecnologias e soluções, fornecer investimento e produzir transformações positivas. A sociedade civil e as organizações não governamentais internacionais podem responsabilizar os governos sobre os compromissos acordados e assegurar que as vozes de todas as partes sejam ouvidas”. Olhar para o futuro - As principais ameaças que comprometem o potencial de segurança alimentar e nutricional da pesca e da aquicultura resultam principalmente da gestão ineficaz, juntamente com má conservação de habitats. É necessária uma transição para abordagens centradas nas pessoas, de forma a reforçar a contribuição do setor para a segurança alimentar e os meios de subsistência. Tal como sublinhado na recente Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio +20, essa mudança poderia estimular a comunidade global para se alcançar a real utilização sustentável e responsável dos recursos aquáticos, atendendo às necessidades de hoje e garantindo benefícios para as gerações futuras.
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Salienta também a importância do Código de Conduta<br />
da FAO para a Pesca Responsável e dos seus planos de<br />
ação internacionais e orientações técnicas associadas,<br />
para se alcançar a meta de um sistema de produção<br />
global de alimentos sustentável.<br />
A pesca de pequena escala emprega mais de 90 por<br />
cento dos pescadores do mundo da pesca de captura,<br />
e é vital para a segurança alimentar e nutricional e<br />
para a redução e prevenção da pobreza. O Comitê das<br />
Pescas da FAO recomendou o desenvolvimento de<br />
diretrizes voluntárias internacionais que contribuam<br />
para o desenvolvimento de políticas, protejam a pesca<br />
de pequena escala e criem benefícios.<br />
Embora as mulheres sejam pelo menos 50 por<br />
cento da força de trabalho na pesca em águas interiores<br />
e comercializem cerca de 60 por cento do marisco<br />
na Ásia e na África Ocidental, o seu papel é muitas<br />
vezes subestimado e negligenciado. Aqui, novamente,<br />
e como reafirmou a Rio +20, o relatório mostra que,<br />
além de trabalhar para promover o Objetivo de<br />
Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas da<br />
igualdade de gênero e autonomia das mulheres, a<br />
integração do gênero é um componente essencial na<br />
luta contra a pobreza, para se alcançar mais segurança<br />
alimentar e nutricional e permitir o desenvolvimento<br />
sustentável das pescas e da aquicultura.<br />
Como os pescadores, aquicultores e as suas<br />
comunidades tendem a ser particularmente vulneráveis<br />
às catástrofes, o relatório examina abordagens para<br />
uma melhor preparação para e de resposta efetiva<br />
aos desastres no setor das pescas e da aquicultura. As<br />
14 - P&M Janeiro Fevereiro 2013<br />
respostas de emergência devem reforçar a segurança<br />
alimentar e nutricional por meio da reabilitação<br />
sustentável e recuperação em longo prazo das pescas<br />
e da aquicultura e das condições de vida dos que delas<br />
dependem, especialmente em relação às mulheres e<br />
outros grupos marginalizados.<br />
“Permitir que a pesca e a aquicultura floresçam<br />
de forma responsável e sustentável requer o pleno<br />
envolvimento da sociedade civil e do setor privado”,<br />
explica Mathiesen, acrescentando: “O comércio e a<br />
indústria podem ajudar a desenvolver tecnologias<br />
e soluções, fornecer investimento e produzir<br />
transformações positivas. A sociedade civil e as<br />
organizações não governamentais internacionais podem<br />
responsabilizar os governos sobre os compromissos<br />
acordados e assegurar que as vozes de todas as partes<br />
sejam ouvidas”.<br />
Olhar para o futuro - As principais ameaças que<br />
comprometem o potencial de segurança alimentar<br />
e nutricional da pesca e da aquicultura resultam<br />
principalmente da gestão ineficaz, juntamente com má<br />
conservação de habitats. É necessária uma transição<br />
para abordagens centradas nas pessoas, de forma<br />
a reforçar a contribuição do setor para a segurança<br />
alimentar e os meios de subsistência. Tal como<br />
sublinhado na recente Conferência das Nações Unidas<br />
sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio +20, essa<br />
mudança poderia estimular a comunidade global para<br />
se alcançar a real utilização sustentável e responsável<br />
dos recursos aquáticos, atendendo às necessidades de<br />
hoje e garantindo benefícios para as gerações futuras.