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* A Z U L 7 5 DOM 2 *<br />
Na festa, o secretário pede um cigarro ao presidente<br />
da empresa. O presidente comenta:<br />
– Não sabia que você fumava.<br />
– Eu fumo, mas não trago.<br />
– Pois devia trazer.<br />
Adaptado de: ILARI, Rodolfo. Introdução ao estudo do léxico:<br />
brincando com as palavras. São Paulo: Contexto, 2002, p. 106.<br />
QUESTÃO 112<br />
Analise as afirmativas abaixo, considerando o Texto<br />
acima<br />
I. É um anúncio publicitário de uma campanha antitabagismo.<br />
II. É uma piada e seu efeito humorístico decorre de<br />
uma sinonímia, isto é, uso de duas palavras com o<br />
mesmo sentido.<br />
III. A quebra de expectativa do interlocutor é provocada<br />
no texto pelo duplo sentido do verbo “trazer”.<br />
IV. Os pronomes “você” e “eu”, sublinhados no texto,<br />
remetem ao mesmo referente: o secretário.<br />
V. O efeito cômico do texto é provocado pelo uso ambíguo<br />
da forma verbal “trago”.<br />
Assinale a alternativa CORRETA.<br />
a) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas.<br />
b) Somente as afirmativas IV e V estão corretas.<br />
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.<br />
d) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas.<br />
e) Todas as afirmativas estão corretas.<br />
QUESTÃO 113<br />
Leia o texto que segue, de Jorge Amado, e responda<br />
ao que se pede.<br />
Naquele ano de 1925, quando floresceu o idílio<br />
da mulata Gabriela e do árabe Nacib, a estação das<br />
chuvas tanto se prolongara além do normal e necessário<br />
que os fazendeiros, como um bando assustado,<br />
cruzavam-se nas ruas a perguntar uns aos outros nos<br />
olhos e na voz: Será que não vai parar? Referiam-se às<br />
chuvas, nunca se vira tanta água descendo dos céus,<br />
dia e noite, quase sem intervalos. Mais uma semana e<br />
estará tudo em perigo. A safra inteira. Meu Deus! Falavam<br />
da safra anunciando-se excepcional, a superar de<br />
longe todas as anteriores. Com os preços do cacau em<br />
constante alta, significava ainda maior riqueza, prosperidade,<br />
fartura, dinheiro a rodo. Os filhos dos coronéis<br />
indo cursar os colégios mais caros das grandes<br />
cidades, novas residências para as famílias nas novas<br />
ruas recém abertas, móveis de luxo mandados vir do<br />
Rio, pianos de cauda para compor as salas, as lojas<br />
sortidas, multiplicando-se, o comércio crescendo, bebida<br />
correndo nos cabarés, mulheres desembarcando<br />
LC - 2º dia | Caderno 5 - AZUL - Página 10<br />
dos navios, o jogo campeando nos bares e nos hotéis,<br />
o progresso enfim, a tão falada civilização. E dizer-se<br />
que essas chuvas agora demasiado copiosas, ameaçadoras,<br />
diluviais, tinham demorado a chegar, tinhamse<br />
feito esperar e rogar! Meses antes, os coronéis levantavam<br />
os olhos para o céu límpido em busca de<br />
nuvens, de sinais de chuva próxima. Cresciam as roças<br />
de cacau, estendendo-se por todo o sul da Bahia,<br />
esperavam as chuvas indispensáveis ao desenvolvimento<br />
dos frutos acabados de nascer, substituindo as<br />
flores nos cacauais. A procissão de São Jorge, naquele<br />
ano, tomara o aspecto de uma ansiosa promessa coletiva<br />
ao santo padroeiro da cidade.<br />
(Jorge Amado, Gabriela, Cravo e Canela)<br />
De acordo com o texto, o comércio do cacau<br />
a) não alterava a vida dos filhos dos coronéis.<br />
b) não mudava a rotina da cidade.<br />
c) negava o princípio de civilização.<br />
d) interessava apenas os coronéis.<br />
e) fundamentava o progresso da cidade.<br />
Para responder à questão 114, observe a figura abaixo<br />
QUESTÃO 114<br />
Laerte, Folha de S. Paulo, 30 de junho de 2002.<br />
Assinale a alternativa que apresente um trecho de<br />
letra de música que esteja mais adequado à figura<br />
analisada.<br />
a) “A televisão me deixou burro, muito burro demais/<br />
Ô, cride, fala pra mãe / Que tudo o que a antena<br />
captar meu coração captura” (Arnaldo Antunes/Marcelo<br />
Frommer/Toni Belotto).<br />
b) “Faltou luz mas era dia / O sol invadiu a sala / Fez<br />
da TV um espelho / Refletindo o que a gente esquecia”<br />
(Marcelo Yuka/ Marcelo Falcão).<br />
c). “Não tenho paciência pra televisão / Eu não sou<br />
audiência para a solidão” (Arnaldo Antunes/Marisa<br />
Monte/Carlinhos Brown).<br />
d) “Em casa a roda já mudou / que a moda é muda / a<br />
roda é triste, a roda é muda / em volta lá da televisão.”<br />
(Chico Buarque de Hollanda).<br />
e) “É que a gente fica cara-a-cara / com o que não quer<br />
ver” (Chico Buarque de Hollanda).