Ano 11 Ed 120 Mai 2010.pdf - Colégio de Umbanda Sagrada Pena ...

Página -2 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010
J
á é assunto conhecido a “Demonização
de Exu” por parte da Cristan-
dade Católica, que fez o mesmo pro-
cesso com outras divindades consideradas
pagãs, destacando-se as deidades
que se manifestam na natureza.
Tal qual Zeus, Pã, Hermes e Dionísio
(cultura grega), Fauno (Romano), Cernununos
(Celta), Shiva (Hindu), Thot,
Bes, Min e Set (Egipcio), Lok (Germânico)
e Exu, Elegbara, Aluvaiá (Afro). Com
seus atributos de poder natural e animal
como chifres, rabo, pés eqüinos e falo
ereto associados a tridentes ou capa
foram costurados como uma colcha de
retalhos formando a imagem do “capeta
cristão”. O Diabo cristão é um resgate
de visão maniqueísta de mundo, no qual
o Bem e o Mal dividem o cosmos em pé
de igualdade, no qual, assim como para
os persas havia Ormus e Arrimã (Deus
Bom e o Deus Mau) agora Deus e o
Diabo passam a ser adversários disputando
as cabeças humanas.
EXPEDIENTE:
Diretor Responsável:
Alexandre Cumino
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Wagner Veneziani Costa - MTB:35032
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Claro, que tudo com um objetivo a
ser alcançado: Deus é senhor transcen
dente do Céu e o Diabo é senhor da
terra e das posses materiais. A melhor
forma de alcançar o Céu (Deus) é
entregar suas posses materiais à igreja,
comprando assim um cantinho no Céu.
Tudo isso já é conhecido de muitos,
Pierre Verger reuniu em seu estudo
(Orixás Ed. Currupio) algumas afirmações
cristãs sobre Exu, de padres e
pesquisadores que passaram pela África,
que caracteriza como fato as afirmações
acima. Se não são curiosidades tornamse
evidências da Demonização de Exu
feita pela forma cristã de pensar o
mundo. Como um constante ponto de
vista preconceituoso e discriminador do
diferente, vejamos:
Pruneau de Pommegorge foi o primeiro
que, tanto quanto podemos saber,
descreveu um Legba. Eis como apresenta
o Legba de Ouidah, onde permaneceu
de 1743 a 1765:
É uma obra filantrópica, cuja missão é
contribuir para o engrandecimento da
religião, divulgando material teológico
e unificando a comunidade Umbandista.
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade dos autores,
não refletindo necessariamente
a opinião deste jornal.
As matérias e artigos deste jornal
podem e devem ser reproduzidas em
qualquer veículo de comunicação.
Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.).
A um quarto de légua dos fortes os
dahometanos ainda têm um deus Príapo,
feito grosseiramente de terra, com seu
principal atributo, que é enorme e exagerado
em relação á proporção do restante
do corpo. As mulheres,
sobretudo, vão oferecer-lhe sacrifícios,
de acordo com sua devoção
e com o pedido que lhe
farão. Essa má estátua encontra-se
debaixo do forro de uma
choupana que a abriga da
chuva.
[...] O abade Bouche
escreve:
Elegbara é o espírito do mal,
o Belfegor dos Moabitas, o Príapo
dos latinos, Deus Turpitudinis, como
disse Orígenes; a estátua que o representa
nada tem que não seja grotesco;
é um amontoado de terra amassada
e grosseiramente moldada, representando
mais ou menos a cabeça e o
busto do homem. Dois grandes búzios
O Jornal de Umbanda Sagrada
Nossa capa:
fazem o papel dos olhos, duas fileiras
de dentes de cachorro ou de pequenas
conchas formam a queixada; penas são
implantadas no queixo, à maneira de
barba... e um porrete, semelhante
àquele de que antigo Líber se serviu
para suas infames manobras. É assim
que os negros representam o espírito
imundo. Não hesitam em dar-lhe as
insígnias da mais nojenta impudicícia.
Aliás, não lhe dão o nome de “Echou”,
que quer dizer excremento, sujeira?
Estes senhores estavam diante de
uma Divindade das mais importantes da
Cultura Nagô Yorubá e não
conseguiram ou não quiseram
ver o que estava diante de seus
olhos, UM OUTRO MUNDO,
uma outra forma de entender,
conceber e pensar a realidade
em que se vive. Passaram a
interpretar elementos construídos
com valores diferentes
dos seus partindo da medíocre
e tacanha pequenês daquele
que se crê grande e superior ao
outro. Até o fim do século XIX
acreditaria-se, “cientificamente”,
que o negro era biologicamente,
culturalmente, racionalmente e
emocionalmente inferior ao branco, o
que se observa nas obras de Nina
Rodrigues.
Apenas em 1934 poderíamos veri-
A imagem publicada na capa desta edição, é
uma adaptação da pintura original do artista
plástico RODRIGO BUENO, editada livremente
por Laura Carreta.
Contatos com o artista
RODRIGO BUENO:
(11) 3673-2756 / e-mail: bueno33@uol.com.br
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ficar na obra de Arthur Ramos uma afirmação
que faria toda a diferença na
compreensão do outro, pois diria ele
que para entender a cultura do negro
era preciso partir de uma outra lógica
de mundo, era preciso um outro paradigma,
um outro olhar para compreender
sua forma de produzir cultura.
Logo para entender quem é Exu é
preciso alcançar uma outra concepção
de logos ou de cosmologia, talvez até
quebrar esta necessidade em estruturar
uma cosmologia racional. Exu é algo do
qual nosso racional procura entender,
mas que com certeza não pode dar
conta em sua totalidade.
Digo ainda que: “Para quem quer
entender nenhuma explicação é necessária.
Para quem não quer entender
nenhuma explicação serve”.
Este é o ponto de partida de um
longo processo de demonização do Orixá
Exu, feito de fora de seu contexto.
No próximo mês pretendo apresentar
um texto sobre a Demonização de Exu,
entidade, que foi feita dentro da Umbanda,
por “umbandistas”, que resultou,
entre outras coisas na adoção de
chifre, rabo e pé-de-bode e sua associação
ao que estes símbolos representam
no imaginário popular cristão,
muito distante de seus valores originais
“pagãos” – como poder natural.
contatos: alexandrecumino@uol.com.br

JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010 Página -3
H
ouve um tempo em que eu era um aglutinador
único de pessoas e poderia ter procedi-
do da forma concentradora ou expansora.
Após ouvir muitas orientações dos meus Guias
espirituais optei pelo procedimento expansor.
Explico-me!
Muitas pessoas vinham estudar a Umbanda e
a Magia comigo e, como os grupos de estudos
eram formados, cada um com centenas de pessoas,
entre elas haviam muitas que, após estarem
preparadas poderiam desenvolver grandes
trabalhos dentro da Umbanda.
Havia um selecionamento natural e sem nenhuma
interferência minha onde os mais aptos iam
sobressaindo-se e exteriorizando seus dons, suas
locações e seus talentos.
Aos poucos cada um ia dando início às suas
missões e compromissos para com suas forças espirituais
e os seus Orixás, e eu apoiava suas
iniciativas torcendo para que
prosperassem.
Pude ver pessoas crescerem de
forma única dentro da Umbanda e
realizarem grandes trabalhos tanto
no campo do ensino religioso como
no auxílio a expansão da Umbanda,
levando-a para pessoas que dificilmente
eu alcançaria sozinho.
O Colégio de Umbanda Sagrada,
como é conhecido carinhosamente o
núcleo central de um movimento livre
de revolução e expansão da Umbanda
ainda é um referencial para
alguns desses talentosos umbandistas
altamente capacitados para o
que se propuseram.
Não citarei nomes aqui, pois são
muitos e não caberiam nesse espaço,
apenas ressalto o meu acerto em
confiar na capacidade e nas boas
intenções de pessoas maravilhosas que Deus e
os Orixás confiaram-me por um instante de suas
vidas; instante esse que foi suficiente para acender
no íntimo delas a luminosíssima chama da
confiança em si mesmos e de infinitas
possibilidades.
O que eu quero que entendam é que se eu
tivesse optado pela forma concentradora, em teria
me transformado em uma árvore frondosa onde
muitos se abrigariam, daria frutos e quando morresse
todos ficariam ao relento e possivelmente
só um ou outro vingaria individualmente, como
tem acontecido tanto na Umbanda quanto em
qualquer outra religião.
Como optei pela forma expansora, optando
por contribuir para sua formação e estimulando
seu crescimento pessoal, hoje me sinto como uma
árvore, ainda muito frondosa e frutífera, cercada
de muitas outras árvores também frondosas e
frutíferas e que estão criando vicejantes bosques
ao seu redor e, assim, todos nós estamos formando
uma floresta que vem servindo a muitas
pessoas necessitadas e constituindo-se em uma
grande força expansora da Umbanda, com cada
um formando novos umbandistas e auxiliando-os
a crescerem frondosos.
Poderia citar os nomes de outros dirigentes
espirituais umbandistas que me concederam um
instante de suas vidas para que juntos aprendêssemos
no Colégio de Umbanda Sagrada.
Mas não há espaço suficiente aqui nesta página
e não sei se gostariam de ser citados nesse
contexto; pois assim como há os que sentem
orgulho de terem estudado nessa escola ímpar
dentro da Umbanda, há os que depois de terem
adquirido nela tudo o que precisavam para iniciar
suas missões e cumprirem seus compromissos
espirituais, do Colégio se afastaram porque dele
já não precisam mais.
A todos eu peço a Deus que abençoe e quero
que saibam que sou grato a Deus, aos vossos
Orixás e aos vossos Guias Espirituais por terem
me concedido a honra e a satisfação de ter convivido
com vocês por um instante muito luminoso
de nossas vidas.
Na comemoração dos onze anos de existência
do Colégio de Umbanda Sagrada, aceitem os meus
sinceros votos de parabéns e de muito sucesso a
todos!

Página -4 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010
Há 10 anos iniciávamos o JUS, era
a ferramenta possível. Visto inicialmente
com pouco caso e estranheza, pois ele
(o JUS) divulgava estudos e conceitos
inovadores sobre a religião e por trás
dele estavam pessoas muito jovens.
Bem, o tempo passou e aqui temos
este que se consagrou e é esperado
com ansiedade por milhares e milhares
de leitores todos os meses. A idéia era
que tivéssemos uma ferramenta sem
custo algum e de fácil acesso ao Umbandista
que busca o saber.
Passado mais algum tempo, precisamente
em 2005 lançamos a TV Umbanda
Sagrada e Rádio Umbanda Sagrada,
para que através da Internet
pudéssemos ampliar o trabalho de divulgação
e unificação da comunidade Umbandista.
Passo seguinte, pioneiramente
fundamos e lançamos o Colégio de
Umbanda Virtual, naturalmente “precário”
e limitado à pouca possibilidade que
a internet na época possibilitava.
Na ocasião do lançamento do Colégio
Virtual, fomos mais uma vez vistos
com estranheza e uma idéia de “profanação
do sagrado” abatia os bastidores
do pensamento de muitos que se opuseram.
Mais uma vez por determinação
do astral mantivemos a convicção de
que este é o caminho da evolução.
Evoluir é estar atento ao futuro e
uma vez inserido nele ser útil ao meio.
É o que fizemos desde então.
Hoje a internet mudou, tudo é mais
dinâmico e fácil. A cultura também mudou,
hoje quem não tem e-mail é “esquisito”,
é “desatualizado”. Em entrevistas
de emprego pergunta-se primeiro
o e-mail como forma de contato, depois
o telefone. O mundo está se reconfigurando
numa velocidade em “banda
larga”, e quem não acompanhar isso,
quer seja indivíduos, empresas, comunidades
e portanto religiões, ficarão à
margem do primitivismo.
EXEMPLO SEGUIDO
Agradando a outros irmãos e instituições
umbandista que se alertaram
desta possibilidade virtual como ferra-
menta viável para divulgação da nossa
crença, alguns sentiram-se encorajados
e outros Colégios e TVs de Umbanda
existem na rede web.
Ótimo! Estávamos certos e toda
somatória é extremamente positivo à
construção desta identidade digital da
religião.
TECNOLOGIA E REALIDADE
Hoje o ICA, pioneiro na criação e
utilização de diversas tecnologias, utiliza
uma plataforma para o Ambiente
Virtual de Aprendizagem adotado pelas
principais universidades EAD do mundo.
O amadurecimento tecnológico e didático,
aliado ao comprometimento real
com a qualidade e efetividade na transmissão
dos saberes, faz da plataforma
UMBANDA EAD uma importante referência
para os buscadores do conhecimento.
Uso comumente uma frase
que traduz minha visão da religião:
“Umbanda é mais que uma religião, é
um ideal!” Ou seja, é um ideal de religião.
Vivemos portanto uma era tecnicista,
a internet e o computador é o
que temos como forma de “volatilização”
para este plano físico da existência,
que possibilita “estar” em muitos
lugares sem sair do lugar.
Os conservadores e “ortodoxos” de
plantão podem continuar resistentes,
mas não por muito tempo. Umbanda
digital, ou melhor, a religião completamente
inserida nas tecnologias é algo já
inevitável, e não se trata de um arrastão
cultural, trata-se de realidade planetária.
A religião está em nós, manifesta-se
de nós e portanto as novas
gerações teêm na tecnologia uma
extensão de si com muita naturalidade.
UMBANDA HI-TECH?
Não estamos falando de Caboclos
cibernéticos ou Pretos Velhos robóticos.
Trata-se de um alerta de que o Astral é
o inspirador das novas realidades para
o plano físico e portanto é natural que
façamos uso disso para a propagação,
divulgação e transmissão do que o Astral
tem para trazer ao plano físico da exis-
tência. Anote isso: em breve será
comum assistirmos giras de Umbanda
ao vivo via Internet. Será isso um absurdo?
Uma “heresia”? Afronta à simplicidade
da religião?
ENSINO SEM DISTÂNCIA
Japão, Espanha, Portugal, Venezuela,
EUA, Austrália, Itália, Paraguai,
Uruguai, Argentina, Suiça, Holanda e
todos Estados Brasileiros já fazem parte
do UMBANDA EAD.
Será que um irmão no Japão poderia
se deslocar semanalmente aos poucos
colégios de Umbanda para participar dos
estudos? Pode com facilidade o irmão
residente no Acre vir ao interior paulista
estudar sobre sua fé? Claro que não!
Agora sem sair do lugar podem estar
nestes Colégios, com estes tutores
e realizadores com a mesma ou melhor
qualidade que o curso presencial.
A tecnologia não substitui o instrutor,
o ministrante, porém possibilita que
estes sejam vistos e ouvidos pelo mundo.
Isso é evolução! Transformação da
realidade! Faça parte do futuro hoje,
estude sem distância e divulgue esta
idéia. Conheça mais sobre o Umbanda
EAD acessando:www.ica.org.br.
Dentro do UMBANDA EAD encontram-se
as principais referências de
ensino na Umbanda:
COLÉGIO PENA BRANCA
Alexandre Cumino
INSTITUTO 7 PORTEIRAS DO BRASIL
Jorge Scritori
TEMPLO DA LUZ DOURADA
Mônica Berezutchi
COLÉGIO TEMPLO VENTOS DE ARUANDA
Adriano Camargo
INSTITUTO CULTURAL ARUANDA
Rodrigo Queiroz
Um ponto de convergência virtual
que quebra com as fronteiras e distâncias!
Seja bem vindo ao futuro!
Grande abraço, saravá!!!
Contatos:
www.rodrigoqueiroz.blogspot.com

JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010 Página -5
E
ssa magia talvez seja junto com
alguns outros graus de magia di-
vina, uma das mais fechados devi-
do seu imensurável alcance e seus ocultadíssimos
poderes e mistérios.
Ela transcende tudo que nossa
mente e imaginação possam pensar e
imaginar e avança para dentro do mistério
de Deus que, a nível material, deu
origem aos corpos celestes denominados
planetas.
Mas ela é mais que isso e vai muita
além da nossa imaginação e nossa capacidade
de pensar coisas sobrenaturais,
pois, na mão de um mago iniciado, um
objeto esférico é um poderoso
instrumento mágicos de um “mundo”
ou uma esfera de trabalhos magísticos.
Só para que tenham uma idéia
aproximada do alcance dessa magia
divina, vou citar alguns dos seus “recursos”,
certos?
- Os Pretos Velhos (as) de Umbanda
Sagrada pedem aos seus médiuns
que providenciem de contas de
rosário, uma semente vegetal. Na verdade,
após eles (que têm poder para
tanto) cruza-lo, têm à mão um dos
muitos recursos magísticos da “sagrada
esfera vegetal”.
- Os Caboclos (as) de Umbanda
Sagrada pedem aos seus médiuns que
façam para eles guias ou colares de
contas de cristal ou de porcelana. E,
após cruzá-los, tem à mão um dos muitos
recursos magísticos da “sagrada
esfera mineral”.
- Os Baianos (as) de Umbanda
Sagrada tanto pedem aos seus médiuns
guias ou colares feitos de “coquinhos”
quanto gostam de trabalhar com
cocos secos, pois, após cruzá-los tem
a mão um dos recursos magísticos da
sagrada esfera vegetal.
- Os Exus Mirins pedem aos seus
médiuns “bolinhas de gude” pois tem a
mão um dos recursos magísticos cujo
interior é “amorfo ou sem forma definida”,
que é o mistério da esfera do
“nada”.
- Na linha das Crianças, algumas
pedem aos seus médiuns “bolas” de
plástico que, após cruzá-las tem a mão
um dos recursos magísticos da
“sagrada esfera eólica”, uma vez que
seus interiores são preenchidos com o
ar.
- Poderia citar muitos outros elementos
de magia usados pelos guias
espirituais Umbanda Sagrada que são
regidos pelo mistério das Sete Esferas
Sagradas, mas que até agora tinham
seus fundamentos divinos desconhecidos
por todos médiuns umbandistas.
- E não adianta alguém dizer que
conhecia os fundamentos divinos desses
elementos de magia porque não conhecia.
E, se agora esta sendo aberto é
porque pleiteei a abertura desse mistério
e dos seus fundamentos divinos no lugar
da Magia Divina das Sete Energias Sa-
gradas que foi para um dos seus graus
extra junto com outras tão fechadas
quanto a das Sete Esferas Sagradas.
- Para que tenham uma idéia do
poder da Magia das Sete Esferas, caso
uma pessoa mal intencionada coloque
o nome de alguém dentro da sua tronqueira
para prejudicá-la, se há pessoa
vítima vier a se socorrer com um “mago
iniciado de fato” no Mistério das Sete
esferas, se esse mago quiser e determinar
que toda a tronqueira do médium
maldoso seja recolhida, não sobrará
uma só força nela poucos segundos
a ação mágica ser
desencadeada.
- E o médium
maldoso
ficará sem nenhuma
de suas
“forças da esquerda”,
sendo
daí em diante vítima
de sua própria
maldade, pois, sem suas forças da esquerda
para protegê-lo fica vulnerável
e exposto à sanha dos seus inimigos
espirituais que, vendo-o desprotegido invadem
seus campos à esquerda, tomam
o lugar de suas entidades e começam a
atormentá-lo, confundi-lo e puni-lo.
- Tronqueira é para defesa e proteção
dos médiuns e não é um lugar para
colocar o nome de seus desafetos.
- As forças assentadas ou firmadas
em uma tronqueira têm que cumprir por
determinado tempo funções de proteção
à esquerda aos trabalhos realizados
pelos médiuns e não deve ser usada
como ponto de ataque a quem quer
que seja.
Um dos meus objetivos é justamente
abrir uma magia divina que tanto
que auxiliará as pessoas necessitadas
quanto punirá todos os médiuns que
gostam de fazer injustamente em suas
tronqueiras trabalhos pesados contra
seus desafetos.
Pois, em tronqueira “limpa” o Mistério
das Sete Esferas não toca porque
é regido pela Lei Maior e pela Justiça
Divina e também não se presta a pessoas
e magos maldosos ou desequilibrados.
Nessa magia divina, vou passar das
minha mãos para as mãos dos que
vierem a se iniciar o real poder mágico
do Mistério das Sete Esferas Sagradas
para criar um “linha de transmissão mágica”
fechada, porque não quero que
oportunistas mal intencionados ou charlatões
venham a “abrir” ainda que com
outros nomes, alguma magia semelhante
e diga às suas vitimas que a recebeu
de “não sei quem”, sua imitação barata
e desvirtuadora da verdadeira Magia
Divina das Sete Esferas Sagradas.
Magia é um recurso divino colocado
à nossa disposição pela Lei Maior e pela
Justiça Divina para nos auxiliarmos segundo
nossas necessidades e nos be-
neficiarmos segundo nosso merecimento.
É um recurso legítimo se usada como
socorro aos necessitados assim como
é um recurso condenável se usada para
prejudicar pessoas inocentes.
Temos o nosso livre arbítrio. Mas
se o recebemos de Deus foi para optarmos
pelo que melhor se mostra aos
olhos de cada um, dando-nos o direito
de optarmos pelo que nos parecer mais
útil ou agradável, e não para prejudicarmos
nossos semelhantes.
Por isso
não será aberto
nessa magia
divina o “retorno”
pois, por não sermos
oniscientes poderemos cometer
alguma injustiça ao virarmos
algum trabalho que ainda que realizado
por forças da “esquerda” ou da “direita”
estão atuando como reajustadores
de carmas ou de consciências.
Só que, por isso mesmo todos os
trabalhos de magia negativa, também
conhecidos como magia negra, etc.,
serão recolhidos integralmente dentro
do Mistério das Sete Esferas Sagradas
onde, dentro dele, aí sim serão desmanchados
e anulados.
Inclusive caso as pessoas que os
fizeram forem devedoras até poderão
ficar sem suas próprias forças porque
uma Esfera Sagrada quando ativada
por um mago iniciado de fato, ela é um
Mistério em si mesma que possui em si
a onisciência da Lei Maior e da Justiça
Divina e se preciso, recolhe todas as
forças de quem fez o trabalho de magia
negativa quanto às de quem a pediu,
pois tem quem que pede o mal e tem
quem o faz a troco de vultuosos valores.
Justa punição de um Mistério Divino
a quem desdenha as Leis Divinas e
atenta contra a vida dos seus semelhantes,
esquecendo-se que o Perdão
para com os que nos desagradam ainda
é sempre será o melhor a ser feito.
Mas a Magia Divina das Sete Esferas
Sagradas não se resume só a cortar
demandas e a punir os seres maldosos.
Não mesmo! Seus mistérios são curadores,
são curadores, são geradores
de coisas boas e positivas para os necessitados
etc.
Ela é o 20º grau da Magia Divina e
todos que estiverem cursando-a e
concluí-la passarão automaticamente
para o 21º grau, que é a Magia Divina
dos Sete Portais Sagrados, coroando
11 anos de ensino continuo dos 21
graus dessa magia divina que já
conquistou um lugar no coração de
muitas pessoas.
Fica aqui o meu convite para todos
os meus irmãos e irmãs magos que já
se iniciaram em algum dos graus da magia
divina para que venham fazer comigo
essa magia pois, se eu formar de
uma só vez 3333 magos iniciados nela
poderei abrí-la para que quem quiser
ensiná-la aos seus semelhantes possa
faze-lo dentro de pouco tempo e mesmo
antes de eu concluir as egregoras
ou graus ainda fechados.
Até os dias 28/29/30 e 31 de maio,
meus irmãos (ãs) Magos!

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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010 Página -7
U
ma antiga lenda contada por velhos juremeiros
do Nordeste, diz que o primeiro mes-
tre negro que chegou no Brasil se chamava
Joaquim. Este era seu nome de batismo cristão.
Seu nome africano, provavelmente em língua kimbundu,
se perdeu.
Mestre Joaquim era sábio de nascença. Na
Mãe África, em terras de Angola, desde cedo ele
observava os kimbandas ou curandeiros locais.
Joaquim aprendia tudo o que via. Levado por um
tio materno, um grande kimbanda, ele recebeu
cedinho a sua iniciação no culto.
Joaquim foi ensinado a observar a Natureza e
a descobrir o mistério atrás de cada folha, raiz e
árvore. Mãe Ntoto, o grande Nkizi (espírito natural
e transcendente) da Terra, acolheu o jovenzinho
e transmitiu sua bênção regeneradora a ele.
Crescido, o rapaz não teve tempo de formar
família. Guerras tribais o levaram longe da aldeia,
onde foi aprisionado e embarcado para a distante
nação brasileira. Desembarcando em porto nordestino,
foi vendido. Trabalhou na lavoura dia após dia.
Quieto, mas não passivo, observou o sofrimento de
seu povo. Nas poucas horas de tranquilidade atendia
aos doentes. Com o auxílio dos espíritos de Mãe Ntoto,
descobriu as funções das ervas que aqui cresciam.
Preparava breves, poções e mezinhas.
Quando tinha chance, amoitava-se e penetrava
no mato, onde falava com os espíritos locais,
invocava os ancestrais e rezava aos Minkizi (o
conjunto dos Nkizi).
Certo dia foi procurado por um índio velho,
que administrava uma pequena propriedade de
um capataz branco. O índio tinha observado as
T
odos os tratados de magia fazem
referência às pontas de aço como
um dos meios mais eficazes de se
desenvolver certas cargas ou aglomerações
de larvas, maus fluídos e miasmas.
Os antigos iniciados usavam nas
suas operações mágicas a espada e
as pontas de aço, assim como atualmente
se usa os ponteiros (punhal)
nos trabalhos da Umbanda, pois a
ação das pontas de aço, isto é, da
espada e dos ponteiros em certos
trabalhos de magia nada mais fazem
do que faz um pára-raios em dias de
trovoada.
Ponteiro é qualquer instrumento
pontiagudo, de aço, punhal, espada
ou pequena lança, utilizado em di-
atividades de Joaquim no mato e ficou muito
curioso... Uma amizade forte e espiritual nasceu
deste encontro. Foi com este índio que Joaquim
conheceu os poderes da Jurema.
Numa noite ele bebeu da cuia de Jurema do
velho tuxaua, sentiu seu corpo frio como a morte,
percebeu a mente crescer e ganhar asas... A
alma de Joaquim voou pelos céus e viu as casas
ficarem pequeninas, a Lua ficar mais perto e as
estrelas parecerem mais brilhantes. Lá no firmamento
parecia existir uma luz desconhecida e ele
seguiu até lá. O luzeiro foi ficando mais perto e
Joaquim encontrou uma aldeia, com gente, casa
e tudo. Um cacique desconhecido chegou perto
dele e o recebeu com alegria e dignidade. Joaquim
entrara misteriosa na Cidade dos Mestres, na
Aldeia do Juremal! O que ele realmente viu e
aprendeu lá, nunca contou a ninguém. Mas quando
voltou à terra dos encarnados, ele não era
mais um Joaquim, era o Mestre Joaquim!
O tempo corria e nosso mestre, ainda escravo,
foi consumindo seu corpo no serviço desumano
imposto a sua raça. Um tarde ele se aconchegou
depois do trabalho, fechou os olhos e morreu.
Sua alma foi levada novamente para a Cidade
Santa e entrou triunfalmente no santuário da Mãe
Jurema, louvado pelos mestres e mestras, profetas
e guerreiros.
Certa madrugada uns caboclos montaram uma
mesa (sessão espiritual de jurema), cantaram e
abriram as portas reais. Os mestres do Outro
Mundo foram baixando um após o outro. Tudo
era harmonia e beleza! Um caboclo maduro e
mais escuro cantou:
versos rituais umbandistas. Em função
do poder que tem o aço de captar as
forças vivas da natureza, inclusive os
fenômenos atmosféricos (um exemplo
disso é o para-raios), o ponteiro representa
a atração das forças espirituais,
tal como um imã utilizado como
força criadora de energia elétrica.
Quando fincado, ele firma a magia,
ou seja, firma o ponto. Sendo o ponteiro
imantado, capta as forças necessárias
para o fechamento de um ponto
nos trabalhos mágisticos.
Quando ele penetra na matéria física,
(geralmente a madeira) aprofunda-se
nos planos etéreo e astral, alterando
constantemente a matéria propiciando
um campo eletromagnético que
pode desestruturar larvas astrais. Fun-
“Mestre Joaquim, é kimbanda!
Veio trabalhar, é kimbanda!
Mestre Joaquim é de Angola,
é kimbanda! É kimbanda!”*
ciona como se fosse um fio terra para
algumas cargas ou então como captador
de energias movimentadas em
determinados locais.
Muitas religiões utilizam a fumaça
como depurador das energias. A defumação
é sagrada e consagrada pelo
mundo inteiro, desde os monges tibetanos
até os padres católicos.
Rodrigo Queiroz explica que o tabaco,
é considerado uma “Erva de Poder”,
usada há milênios pelos povos
indígenas, considerado sagrado com
ampla utilização em seus trabalhos de
cura, pajelança e xamanismo.
O tabaco é o vegetal que veicula
os elementos terra e água. Quando utilizado
nos cachimbos, charutos e defumação
traz os elementos ar e fogo. Em
(nos Pontos ou Linhos mais modernos
e populares, a palavra “é kimbanda”,
ou seja “é curandeiro”,
transformou-se em “esquimbanda”. Daí
perdemos o sentido tradicional africano)
Esta foi a primeira vez que Mestre
Joaquim acostou (baixou ou incorporou na
linguagem dos juremeiros) e desde então
começou seu eterno exercício de caridade,
fruto do amor maior e da ciência sublime.
Mestre Joaquim de Angola, de cachimbo na mão
e chapéu na cabeça: o Rei negro da Jurema
Sagrada! O tempo passou depressa... A
Umbanda ainda não tinha nascido, mas Mestre
Joaquim já procurava outros agrupamentos para
levar a sua missão. O negro bantu nunca temeu
seus ancestrais e sempre colocou suas almas
benditas no coração quente que batia de saudades.
Lá nas praias do Nordeste, nas montanhas
de Minas Gerais ou no sopé dos morros cariocas,
nosso mestre juremeiro africano batia sua bengala
e dava seu nome: Pai Joaquim de Angola! Imagem
da bondade, da sabedoria e da humildade.
Quando a Umbanda veio a este mundo, gestada
na luz de Cristo, no Axé dos Orixás e Minkizis
e abençoada pela energia dos pajés, Pai Joaquim
foi um dos primeiros guias a se apresentar.
Afinal já era preto velho diplomado! Pai Joaquim
baixou e nunca parou de trabalhar.
suma, o fumo é uma defumação direcionada,
que traz além do vegetal, os quatro
elementos básicos (terra, água, ar
e fogo) para trabalhos de magia prática.
O sopro por si só traz efeitos terapêuticos
e espirituais muito valorosos e
eficazes nos trabalhos de cura e limpeza,
que aliado ao poder das ervas é
potencializado muitas vezes em resultados
largamente vistos durante os
rituais de Umbanda.
Assim, o uso do tabaco pelos Caboclos,
Pretos-Velhos, Baianos, Boiadeiros,
Exus e outras Entidades possui
efeito terapêutico ao mesmo tempo em
que propicia uma verdadeira proteção
para o aura do médium. A fumaça atua
também como desagregador de mias-
“Pai Joaquim, ê, ê,
Pai Joaquim, ê á,
Pai Joaquim veio de Angola,
Pai Joaquim é de Angola, Angola á!”
*Usamos neste artigo a palavra Kimbanda em
seu sentido tradicional: curandeiro ou xamã bantu.
Não é, portanto, uma referência ao quimbandeiro
ou praticante da Quimbanda, culto sincrético com
poucos elementos bantu).
contatos: ilhasanta@hotmail.com
mas (É um termo de origem grega que
significa exalação impura).
Podemos também considerar o miasma
como energia que certas pessoas
e ambientes costumam emanar
aderidos ao campo astral do consulente.
Não faz sentido, portanto, como
apregoam alguns detratores da
Umbanda, interpretar o uso do fumo
como um vício das Entidades que se
manifestam nos terreiros.
Algumas Entidades utilizam uma
mistura de sálvia, alecrim, folha de café
e outras ervas para determinados
trabalhos de cura.
Contatos: hanamatan@yahoo.com.br ou
http://mandaladosorixas.blogspot.com/

Página -8 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010
E mais um ano a AUEESP
- Associação Umbandista e
Espiritualista do Estado de São
Paulo, realiza sua cerimônia
em homenagem ao grande
guerreiro da Umbanda, Sr.
Ogum, o vencedor de demanda!
O Parque Clube da Mooca
mais uma vez recebeu os associados,
amigos e convidados
da AUEESP, que se emocionaram
com a entrada triunfal
da imagem de Ogum, conduzida
por policiais militares e
guardas municipais. O cortejo
seguiu com todos os dirigentes espirituais,
os diretores da União Regional
Umbandista da Zona Oeste da Grande
São Paulo, tendo à frente seu presidente
pai Cláudio Franco, mais uma vez um
grande parceiro nesta cerimônia, a Pro-
Mãe Cristiane falando sobre a intolerância religiosa
e agressão que sofreu em Campinas/SP.
A primeira Festa de Ogum e homenagem a
São Jorge, foi realizada dia 02 de maio no Ginásio
do Baetão em São Bernardo do Campo.
fessora Roseli de Oliveira, da Secretaria
de Justiça do Estado de SP, o deputado
federal Vicentinho, e amigos muito
queridos como a Dra. Miriam Soares,
presidente do Colégio Tradição de
Magia, Jorge Luiz Bargas, presidente
Foto: Sônia Regina
OGUM É LOUVADO EM DIADEMA
São Bernardo do
Campo realiza a
1ª Festa de Ogum e
homenagem a São Jorge
Na foto: Mãe Emilia, Tata Pérsio de Xangô,
Pai Ronaldo Linhares, Prefeito Luiz Marinho,
Ogan Juvenal e o Deputado Federal
Vicentinho do PT.
Foto: Sônia Regina
Pai Cláudio Franco
saudando os médiuns.
do cinquentenário Centro
Espírita Caboclo Inco, Ogã
Oscar Garcia, presidente
da digníssima FENUG (Federação
Núcleo Umbandista
de Guarulhos), Waldir
Persona, presidente da
FRECAB de Santo André,
do ex-vereador de SP e
grande companheiro Cláudio
Barroso, da incansável
guerreira Iyá Ekedji
Ogunlade, de Pai Silvio
Mattos e toda a família
APEU, e do escritor Herny
Domingues Filho, que
entre outros amigos foram
prestigiar nossa cerimônia.
Com o
Ginásio
Poliesportivo
Airton
Senna
lotado, a
FUCABRAD
celebra a
19ª. Festa
de Ogum.
Prefeito de Diadema Mário
Louvação
Reali sempre presente.
a Ogum
Entrada da imagem de Ogum
Manifestações de Pai Ogum, Mãe
Iansã e dos Caboclos transformaram o
Clube num templo vivo, numa ocasião
tão especial de comemoração e fé, que
se intensificou quando pai Waldir
Persona proferiu a oração para a
benção das espadas de São Jorge,
invocando o poder dos guias espirituais
para atuação na vida dos presentes e
de seus familiares, levando o público a
momentos de fé e esperança.
Pai Alexandre Cumino envolveu
a todos com a oração Jorge da Capadócia.
Uma homenagem foi prestada
ao PM e sacerdote umbandista André
Luiz, que no ano passado muito nos
auxiliou, mas foi brutalmente assassinado
em serviço, no fim do ano passado.
Sua esposa, seu filho de 2 anos e
os membros de seu templo estiveram
presentes.
O ogã Severino Sena com seu
carisma e energia, contagiava a todos,
comandando brilhantemente a curimba,
Fot
Escrito
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010 Página -9
Foto: Sônia Regina
levando o público a uma grande
vibração.
Os integrantes do Núcleo Umbandista
Caboclo Flecha
Certeira encerraram o evento com
o ponto “Graças a Deus meu
Deus”, do Ogã Daniel do Rio de
Janeiro, que literalmente levantou
o público presente.
As doações recebidas de
alimentos não perecíveis foram
doados ao Projeto Caridade, que
desenvolve projetos na área de
assistência social, na cidade de São
Foto: Sônia Regina
Escritor Herny Domingues, Deputado Vicentinho, Profa.
Roseli Oliveira, pai Silvio Mattos e Jorge Bargas
Bernardo do Campo (Rua Tietê, 600 - Vila Vivaldi
- fones: (11) 4365-1108, 9255-4134 e 9937-
4341).
Gostaríamos de deixar registrado nosso
agradecimento ao Capitão Mário Alves Filho, ao
Tenente Silveira, ao Comandante Joel Malta de
Sá, a Inspetora Yara Batista Cipriano, a GCM
Elaine Cardozo Souza de Carvalho, e aos PM´s
Viégas, Wilson, Gaudêncio e Bara pelo trabalho
e empenho na realização dessa cerimônia
religiosa.
E mais um ano aproveitamos para parabenizar
os irmãos Cássio Ribeiro, Miguel
Policastro, Pai Ronaldo Linares e Pai Jamil
Rachid pelos grandiosos eventos ocorridos no
mesmo dia. Casas cheias. Ogum merece!
NOTA.: Não poderia deixar de registrar aqui, a atuação de uma facção que sem ética nenhuma
invadiu nossa cerimônia (depois de ter sido expulsa da festa de Ogum de Diadema), para entregar
panfletos de outra associação e propaganda política subliminar antecipada. Acharam que o evento era
um livre comércio, e esqueceram-se das regras de boas maneiras, sendo a principal, de que não se vai
a festas onde não são convidados pelos anfitriões, faltando assim, com respeito e educação. De forma
covarde quiseram intimidar os diretores da AUEESP, indo para cima de alguns deles. Lamento
profundamente essa situação e acho que isso constitui uma inominável falta de respeito para com a
direção da AUEESP e da FUCABRAD.
A Guarda Civil Metropolitana foi chamada nos 2 eventos para afastar a facção que perturbava as
cerimônias religiosas. Fica aqui registrado a falta de ética e compromisso dessas pseudo lideranças.
1º de Maio Latino Americano
Religiosos de diversas
confissões celebraram o 1º
de Maio, no Memorial da
América Latina, lembrando
as vítimas dos terremotos no
Haiti e no Chile. Uma homenagem
especial foi feita a
Dra. Zilda Arns – Coordenadora
Internacional da Pastoral
da Criança (in
memoriam).
Presentes: Pai Cássio
Ribeiro - Federação de Umbanda
e Cultos Afro-brasileiros,
Pai Ronaldo Antonio
Linares - Umbanda,
Nochê Sandra de Boço
Xadantã - Tambor de Mina,
Dada Voduno Leonardo de Toy Doçu - Tambor de Mina, Monje Joshin - Zen Budismo, Rabino
Henry Sôbel - Rabino emérito da Congregação Israelita Paulista, Sheik Jihad - Presidente do Conselho
de Ética da União Nacional Islâmica, Pe. Bizon - assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o
Diálogo Inter-religioso da CNBB; Pe. Miguel D’Escoto - Ministro Assessor em Assuntos Internacionais do
Governo da Nicarágua, Pastor Ariovaldo Ramos - Associação Evangélica Brasileira, entre outros religiosos.

Página -10 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010
S
er Umbandista é vestir a roupa branca e sair
na rua sem receio ou preconceito do que os
outros vão pensar.
Não ser Umbandista é só se trocar no
terreiro e pendurar as roupas escondidas no
varal de casa para os vizinhos não verem.
Ser Umbandista é usar suas
guias de proteção no pescoço,
suas pulseiras consagradas, as
fitas pretas cruzadas pelos Srs
Exus...
Não Ser umbandista é esconder
é esconder suas guias
na bolsa ou no bolso, usar calça
comprida no calor para esconder
suas proteções...
Ser Umbandista é defumar
sua casa e abrir todas as janelas
e portas... Não ser Umbandista é fazer
sua defumação com pouco carvão, pouca
erva e tudo fechado, para que não sintam o
cheiro...
Ser Umbandista é ler os livros no ônibus, trem,
metrô em casa ou sobre a mesa do trabalho...
Não ser Umbandista é encapar os livros com
papel “pardo” para que ninguém pergunte o que
está lendo...
Ser Umbandista é responder ao Censo e pedir
para que coloque não outras religiões e sim
Umbandista... Não ser Umbandista é dizer que é
espírita, ou católico ou outras religiões...
Ser Umbandista é colocar um adesivo de
tridente, ou de Orixá ou até mesmo uma frase
como “Exú é mojubá” no carro...
Não ser Umbandista é comprar adesivos e
colocar na porta do guarda roupas, detalhe, do
lado de dentro...
Ser Umbandista é o seu CD de Umbanda e
ouvir no volume normal sem incomodar as pessoas,
E
ste é um questionamento que realmente
deverá ser feito toda vez
que se vai para o terreiro. Quem já
se perguntou “Por que vou ao Terreiro?”.
Inúmeras serão as respostas, por
exemplo: “Eu vou para receber um passe”;
“Eu vou porque busco o equilíbrio”;
“Eu vou para louvar os Guias e Orixás”;
“Eu vou pra renovar as minhas energias”;
“Eu vou pra ouvir um conselho ou
uma orientação”; “Eu vou para ajudar
aqueles que necessitam de ajuda”.
Estas respostas deveriam ser as
mais comuns, mas ainda existem algumas
outras que não são tão boas quanto
às anteriores como, por exemplo:
“Eu vou para amarrar, ou separar”;
“Eu vou pra acabar, quebrar ou destruir
alguém”; “Eu vou porque quero subir
de cargo quebrando o meu chefe ou
quem cruzar o meu caminho...”
Estas outras respostas são daqueles
que enxergam a Umbanda como
uma ferramenta e não como uma Re-
mas num tom que você
goste, inclusive cantar também...
Não ser umbandista é gravar
no seu MP3 ou Ipod e ouvir só com
fone de ouvido, a noite no seu quarto, cantando
só mentalmente...
Ser Umbandista é ir aos pontos de força,
realizar suas oferendas e despachos, inclusive
recolher e limpar a casa dos Orixás...
Não ser Umbandista é ter vergonha de ir aos
pontos de força ou entregar tudo correndo e virar
as costas, deixando a casa dos Orixás suja, por
medo que alguém o veja fazendo seu ritual Umbandista...
Ser Umbandista é saber que é um instrumento,
é um médium, o cavalo de trabalho...
Não ser Umbandista é usar do ego e da
vaidade achando que a mediunidade de
incorporação o transforma em Superstar do
terreiro...
SER OU NÃO SER UMBANDISTA?
contatos: monica@luzdourada.org.br
ligião. Ainda existem aqueles que vão
aos terreiros com o sentimento de
“permuta” dizendo: vou para ajudar o
próximo, estou citando a “Permuta” por
que vão ao terreiro com o intuito aparente
de ajudar o próximo, mas no fundo
querem uma troca. Como assim? São
aqueles que vão aos terreiros para ajudar,
mas em troca QUEREM ser
ajudados.
Estes são tão perigosos quanto os
que querem crescer a qualquer custo,
ou os que querem separar ou amarar
alguém, etc. Porque existe uma segunda
intenção escondida atrás da fachada
de querer ajudar.
Vá ao seu terreiro realmente para
louvar, para expressar sua Fé, para
contribuir de coração com aquele irmão
ou aquela irmã que necessitam. Vá ao
terreiro para expressar a sua Religiosidade;
vá para ajudar SEM ESPERAR
ABSOLUTAMENTE NADA EM TROCA.
Não faça do terreiro uma ponte ou
Contatos: www.casadavovoedovovo.org
um elo com sua vida pessoal, achando
que por ser Umbandista ou por freqüentar
as Giras conseguirá tudo e estará
sempre protegido. Não se esqueça, todos
nós temos uma missão a cumprir e
temos algo que temos que passar, estes
são os nossos CARMAS, e acreditem,
nós passaremos por eles sem atalhos
ou abreviações.
Não questione por que uns conseguem
tudo e você não consegue nada,
não blasfeme contra aquele que teve
uma “graça alcançada”, pois com certeza
esta pessoa teve o seu merecimento.
Vejo ainda que muitas coisas que passamos
hoje pode ser uma reação de nossas
ações de nosso passado bem próximo,
como dizem os velhos ditados: “Aqui
se faz aqui se paga”, ou então, “Quem
planta; colhe”.
Então irmã(o): O que você fez? O
que plantou? Será que não está colhendo
os frutos de suas próprias sementes
plantadas? O que não devemos é culpar
A chamada “Linha dos Ciganos” é muito respeitada
e cultuada nos terreiros, já há muito
tempo. No 24 de maio comemora-se mundialmente,
o dia de Santa Sara, e nesta época, muitos
umbandistas realizam suas festas e comemorações,
alguns até, em sítios ou salões, para poder
atender um número maior de pessoas que adoram
esta linha de trabalho.
Entre os espíritos que trabalham e atuam na
linha dos ciganos na Umbanda, temos a linha da
direita, e também a linha da esquerda de Exu
Cigano e Pomba Gira Cigana.
A divina mãe Egunitá, é o Trono feminino da
Justiça, sincretizada na Umbanda com Santa Sara,
que também é a padroeira do povo cigano, é a
regente responsável por esta linha de trabalho
na Umbanda.
A regência deste Trono, que é sustentador
deste mistério de Deus, é de essência Ígnea ou
seja do fogo cósmico puro e com um grande, pois
o fogo da divina mãe Egunitá, purifica mas, também
energiza tudo na criação.
Este fogo, é aquele que destrói tudo o que
precisa terminar, colocando um fim em tudo o que
traz desequilíbrio, seja ele material, espiritual,
mental, energético e emocional, etc.
E ao mesmo tempo é condensador e energizador,
impulsionando o ser para que recomece
tudo de novo, o que precisa ser terminado. Por
ser condensadora energética, a divina mãe Egunitá
nos ajuda a ter mais “jogo de cintura”, razão
e emoção, nos fazendo compreender nossa
dualidade. A linha dos ciganos atua muito com a
dualidade: dia e noite, amor e ódio, sol e lua, vida
e morte e etc.
São alegres e festivos, quando incorporados
a Religião ou
aqueles que nos
cercam (sendo os
Guias e os Orixás).
Tudo em nossa vida
é feito de ação e
reação, para cada
ação tomada existirá uma
reação.
Muitas pessoas já questionaram:
“Puxa vida, eu ajudo tanta
gente e quando eu preciso por que
ninguém me ajuda?”.
Vou te responder: “Deus não dá
uma cruz maior do que você possa
carregar”.
Talvez não perceba, mas está sendo
ajudado, pois se tem “força” suficiente
para ajudar o seu próximo, pergunto:
Esta força vem de onde?
Você pode muitas vezes não acreditar
no plano espiritual ou achar que
foi esquecido, mas eles sempre acreditarão
e estarão olhando por você.
em seus médiuns, buscam salientar
o amor universal aquele
amor livre de preconceitos e
amarras, o bem estar interior, a
simplicidade da vida, o respeito
pelos mais sábios e mais velhos, o poder absoluto
de Deus, e o respeito pela natureza. O som a
música, a melodia são sua expressão de comunicação,
comunhão, liberdade, movimento e manipulação
de energias.
Tendo a lua, as estrelas, o céu para proteger e
elevar, a fogueira é o fogo que alimenta, ilumina,
purifica,é o calor que protege, associado ao ar que
é o movimento da ordem e da vida, na terra com
seus pés descalços, descarregam energias negativas
sendo o solo a nossa caminhada evolutiva,
o campo aberto é a libertação é a lei da ação e
reação. O céu é o meu teto, a terra é minha
pátria e a liberdade é minha religião...
Como elementos de trabalho os ciganos utilizam
normalmente:
Fitas coloridas, tecidos e vestes coloridas,
lenços, fitas, faixas, moedas, punhal, cobre, ouro,
aço, níquel, tachos, taças, pedras, incenso e
aroma, sementes, trigo, lentilha, arroz, noz
moscada, cravo, canela, anis estrelado, velas
coloridas, punhal, moedas, vinhos, frutas, flores
diversas e coloridas, chás, ponches com frutas,
pães, frutas cristalizadas, amêndoa, uva passa,
damasco, mel, castanholas, violão, pandeiro e etc.
A riqueza sempre expressada por eles está
ligada aos sentimentos, pois uma pessoa feliz de
bem com a vida, diria simples, amando a Deus e
respeitando toda a sua criação com certeza estará
em paz. Salve o povo cigano! Saravá os ciganos!
Ori Oriente! Uma chuva de pétalas de flores
sobre sua coroa! contatos: monica@luzdourada.org.br
LEMBRE-SE SEMPRE QUE A
UMBANDA NÃO É:
Permuta, Ferramenta, Loteria, Aposta,
Jogo, Atalho, Poço de Desejos,
Adivinhações, Pastelaria (pedi e quero
ser atendido na hora), etc.
Umbanda é RELIGIÃO.
Então vou repetir a pergunta e
deixo a resposta para o seu interior:
POR QUE VAMOS AOS TERREIROS?
PARA PEDIR OU AGRADECER...
“Umbanda é Religião portanto
só pode fazer o BEM!”

JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010 Página -11

Página -12 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010
ADRIANO
CAMARGO
Salve turminha boa das ervas. Salve sagrado
leitor e leitora do JUS. Salve também a todos
que tem colaborado de forma extremamente
construtiva com nosso trabalho. Sem a opinião de
todos vocês não atingiríamos nosso objetivo, nosso
propósito que é dividir com cada um, as benção de
conhecimento que recebemos de mais alto.
Quando começamos esse trabalho com as ervas,
não tínhamos noção (e de certa forma ainda
não temos), de onde chegaríamos. Achei que falaria
sobre as ervas em alguns números do jornal e
o assunto passaria para outra pauta. No entanto,
temos falado cada vez mais sobre os elementos
da natureza e cada vez mais os elementos tem
proporcionado para todos nós argumentos e campos
extensos para buscarmos novos horizontes.
A simplicidade de Pai Criador é incrível. Dispensa
processos complicados de iniciação e tratados
herméticos onde apenas poucos são colocados
diante de algo que está a um palmo de nosso
nariz: a Maravilha da Criação Divina!
Muito ao contrário do que já foi dito sobre
banhos, defumações e benzimentos, tachados até
de “magias populares” que qualquer um poderia
fazer, temos aberto campos de ação maravilhosos
e realmente eficazes e tudo isso de forma simples
e objetiva.
O uso das ervas no dia a dia; a desmistificação
do uso das ervas e Orixás e a abertura de formas
simples de executar algumas rezas para benzimento
(contidas em nosso livro de bolso “O Poder
das Ervas), tem trazido para a gente muita satisfação
nesse trabalho.
E é muito importante gostar do que se faz! E
isso não é vaidade, é auto-estima!
Quero falar de um assunto que sempre chama
a atenção, seja nos textos de jornais e revistas,
ou mesmo nas centenas de comunidades na
internet que falam sobre ervas: o uso das ervas
secas ou das fresca. Qual é o melhor? Onde está
a magia? Há quem se divida nessa discussão. E
não são poucos.
Alguns adeptos de religiões de matriz africana
afirmam piamente que as ervas secas estão mor-
tas. Não admitem em hipótese alguma o uso de
ervas secas. São elementos que passaram por
uma transformação. Da sua forma original foi
retirado o líquido. A essência aquática.
Mas isso não é ruim, não. É apenas diferente
e muito apropriado para algumas práticas.
O fato de a erva ter passado por esse processo
transformador, fez com que ela carregasse em si o
próprio fator da transformação. A energia fica
muito mais concentrada. Mas precisa ser acordada.
É aí que começa a falta de conhecimento (ou de
amor) de quem as critica.
Acordar uma erva seca requer Fé. É necessário
acreditar que o elemento está vivo, ativo, vibrante,
e naquele momento, está apenas em estado
de dormência.
As ervas secas normalmente são colhidas por
pessoas que não conhecemos. Em situações que
não sabemos. Por exemplo, não sabemos se, ao
colher a erva, o individuo que o fez estava de tão
mau humor, captando energias negativas do astral,
que impregnou as ervas dessa essência densa.
E aí? Fazer o que?
Pois bem, já dissemos que para colher a erva,
devemos nos dirigir com Amor e Bom Senso, muito
respeito mesmo ao espírito vegetal. Esse mesmo
espírito vegetal continua animando a erva seca.
Numa forma e essência diferentes.
PODEMOS REPETIR
A REZA PARA ACORDAR
A ERVA:
“Amado Pai Criador de tudo e de todos nós,
Amada Mãe Terra, força viva e geradora de
tudo o que conhecemos e também do que
desconhecemos, sagradas forças vegetais,
peço que tornem novamente essa erva força
viva e ativa, capaz de responder aos meus
estímulos e solicitações de cura e amparo
energético e façam cada vez mais de mim,
instrumento de vossa vontade maior. Assim
seja e assim será”.
Mesmo que mentalmente, irradie com as palmas
de suas mãos em direção à erva, já desembalada
e de preferência em um recipiente apropriado.
O procedimento é o mesmo para a preparação
de um chá. Quando fazemos a evocação, mesmo
nos preparos mais simples, aumentamos o poder
curador, o poder fatoral da erva.
Já para a erva fresca, o processo não é muito
diferente. E veja, não estamos falando de dogma
religioso. Falamos de procedimento correto, Amor
e Bom Senso. Há também rezas para recolher
folhas e raízes. Lembre-se que as ervas frescas,
sejam as do seu jardim ou as compradas no
comércio, estão carregadas de água. E devemos
também nos dirigir com respeito ao fator aquático
contido nas ervas. Esse fator é muito importante
para as práticas de magia. É ele quem protege a
essência vegetal, envolvendo-a em sutis vibrações
da água, permitindo que ela atue somente
onde deve.
Aí vem a pergunta: e as pessoas que não
estão lendo isso, e praticam esse atos de magia?
Será que nunca tiveram efeito real? Será que
sempre fizeram isso errado?
Muito pelo contrário. Não quero aqui ser o
dono da verdade, de jeito nenhum. Apenas trago
uma forma diferente, um resgate daquilo que
nosso espírito ancestral já conhece e nós esquecemos
por causa da nossa vida urbana e uma
série de outros fatores.
É muito comum vermos as pessoas irem ao
terreiro de Umbanda, tomar o seu passe com o
guia, sair com uma lista de ervas para tomar banho
e com aquela cara de interrogação. E agora, o
que eu faço?
E não é incompetência do espírito ali manifes-
tado. É falta de conhecimento prático. Com certeza
para muitos essa leitura é chover no molhado,
ensinar o padre nosso para o vigário. Mas muitos
se beneficiarão e aos seus semelhantes também
com essas dicas de simplicidade.
Resumindo, qual a melhor erva para
se trabalhar? A seca, ou a fresca?
A RESPOSTA É: A que estiver à sua mão!
A que for mais fácil para você. Exceto, claro
que for algo muito específico. Por exemplo, a pessoa
passou por uma consulta espiritual, no seu
centro, terreiro, ou templo de confiança, com seu
médium de confiança, e o guia lhe pediu para fazer
algo especificamente com ervas frescas ou secas.
Aí a conversa é outra. Se você realmente confia
naquilo que esta ouvindo ali, faça. Não discuta.
Mas se pairar alguma duvida, peça outra opinião,
ou siga as recomendações que damos aqui.
E lembre-se, nunca fazemos defumação com
erva fresca. Comentamos que a erva fresca carrega
muita água ainda, não é. Então não colocamos
água no fogo. Isso é bom senso.
Temos ainda as resinas vegetais, que usamos
apenas para defumação, pois seu uso nos banhos
podem ser substituídos pelas essências das mesmas
ervas. Entre as resinas mais conhecidas temos
o Incenso (Olíbano) de cor amarelada, a Mirra em
tons avermelhados, e o Benjoim em cor
acinzentada, atribuídas aos Orixás Oxalá, Oyá,
Xangô, Ogum entre outros.
É isso aí turminha! Próximo mês tem mais!
Sucesso, saúde, muito amor e bom senso.
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010 Página -13
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Defumadores, Imagens, etc ...
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Centro, Bauru - SP
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SEGUNDA-FEIRA:
Das 20h00 às 22h00
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ESCOLA DE BARALHO CIGANO
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DAS PEDRAS
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Das 10h00 às 12h00
CURSO DE ATABAQUE
(CURIMBA) TOQUE E CANTO
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COM SEVERINO SENA, HÁ 14 ANOS FORMANDO OGÃS E INSTRUTORES.
NOVAS TURMAS! HOMENS E MULHERES!!!
Esta é a sua oportu-nidade de aprender canto e toque na
Umbanda, para guias e Orixás!!!
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Toques: Nagô, Ijexá, Angola, Congo e Barra Vento
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DOMINGOS, DAS 9H00 ÀS 12H00
ESCOLA DE CURIMBA OGUM BEIRAMAR
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Yabás Obá, Oyá e Egunitá”
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NÚCLEO DE UMBANDA
CASA DA VOVÓ E DO VOVÔ
AGENDA DE CURSOS:
Quartas-Feiras das 20h00 às 22h00
PADÊ DE EXU, POMBA-GIRA E EXU-MIRIM
26 de Maio
GUIAS E COLARES - 16 de Junho
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Templo UFFAD
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Nova São Miguel Paulista - SP
Tel: (11) 2956-4881

Página -14 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010

JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MAIO/2010 Página -15
PAI RONALDO
LINARES
Avisamos a todos os usuários que a Estrada do Montanhão foi recuperada
e está em condições normais de uso.
Gostaríamos de parabenizar a equipe do Rodoanel - Governo do Estado de
São Paulo - pela recuperação da parte da estrada pertencente a Santo André
e à Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo pela recuperação da parte
da estrada que pertence a esta tão conceituada cidade.
Queremos ainda informar à nossa comunidade, a boa notícia que recebemos
da Prefeitura de São Bernardo de que, a parte da estrada localizada em sua
área será asfaltada, o que mostra o respeito da municipalidade, não só com
seus munícipes, mas também com toda a comunidade umbandista.
A você que é usuário do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA desejamos
às boas vindas e, ao Governo do Estado de São Paulo e à Prefeitura de São
Bernardo do Campo, mais uma vez nossos agradecimentos.
Pai Ronaldo Linares é diretor-presidente da FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE “ABC”
mantenedora do SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA
www.santuariodaumbanda.com.br 4338-0946 / 4338-0261/ 7242-6163/ Nextel 100*42978
PORTAL DE LUZ DO
MISTÉRIO VEGETAL
Estamos em uma época em que começamos
a “olhar” também para o nosso íntimo,
nossas energias, sentimentos, emoções
e nos deparamos com os nossos problemas
e desequilíbrios emocionais.
Tem pessoas que se escondem dentro
da religião criando em torno de si uma
zona de conforto, achando que o Pai ou
a Mãe Orixá ou até mesmo os guias espirituais
podem resolver tudo inclusive nossa
auto-cura.
Esta auto-cura emocional e racional,
só se dá a partir do momento que nos
depararmos com nossas próprias responsabilidades
é algo que nós mesmos temos
que fazer, as nossas escolhas e tomar nossas
atitudes, mas precisamos iniciar de um
ponto neutro. A partir deste ponto neutro
é que surge o Portal de Luz do Mistério
Vegetal! Neste curso você transportará o
seu mental para o portal de auto-cura,
tendo como princípio, o Trono do Conhecimento,
sendo a base fundamental para
este aprendizado único.
As energias são trabalhadas e realinhadas
com a sustentação dos Caboclos e
por MÔNICA BEREZUTCHI
Caboclas, pajés que são os detentores dos
mistérios de cura excelente.
É restaurado o chacra frontal, onde
nos liga com a visão do espiritual, do
material e do Divino. Através de elementos
naturais utilizados neste portal como:
folhas, sementes, flores e ervas que são
fontes energéticas condutoras e restauradoras
das energias e do nosso campo
eletromagnético.
É feito um desdobramento através da
meditação e condução pela mestra de luz
vegetal, trabalhadora do mistério Jurema.A
mestra da luz vegetal jurema, iniciará no
portal vegetal, para que o iniciado possa
ser beneficiado e curado.
Como queremos realizar um bom
trabalho espiritual, magístico, energético,
esotérico etc., se estamos doentes da alma,
fracos, fragilizados, estressados, deprimidos,
desequilibrados, como podemos se
não cuidamos de nós mesmos primeiro.
Espero encontrá-lo no Portal de Luz
do Mistério vegetal. Qualquer pessoa pode
participar deste curso!
contatos: monica@luzdourada.org.br
O
lá irmãos(ãs), amigos(as) e leitores.
Há tempos venho refletindo
sobre o tema “maturidade” e
tenho percebido uma certa resistência
das pessoas quando falamos sobre
isso. Ouço diversas opiniões e acho
interessante, pois percebo o quanto
somos diferentes uns do outros e o
quanto isso é importante para nossas
vidas.
Podemos a todos os momentos
aprender com isso, com pontos de vista
diferentes e maneiras diversas de enxergar
a vida..
Percebi que maturidade é algo ainda
muito questionado entre nós, pois
para ter isso em nossas vidas, não basta
apenas “ anos de vida” mas sim como
vivemos esses “anos em nossas vidas”.
Até mesmo depois de tempos de
existência, ainda temos muito o que
amadurecer, principalmente quando
vivemos em épocas de inovação, época
de uma outra realidade onde aquilo que
tínhamos como certo e verdadeiro em
nossas vidas, poderá dar espaço a outro
aprendizado, sendo necessário “esvaziar”
o velho para que o novo comece
a fazer parte de nós.
Para isso é necessário mudar, e
quando falamos em mudança temos medo
do que possa vir acontecer. Mas
mudar significa muitas vezes sair de
nossa condição (muitas vezes cômoda)
para fazer e agir diferente, sendo
necessário em alguns momentos
abrir mão de algo para conquistarmos
coisas novas em nossas
vidas. Mudar é amadurecer,
é em um determinado
momento de nossas vidas,
traçar um novo caminho onde
a única certeza que temos
naquele momento, é a vontade
de querer acertar novamente.
Amadurecer, é muitas vezes
sofrer uma transformação e viver
uma outra realidade, um outro
momento. E alcançar a maturidade
é difícil, pois amadurecer
é perceber a hora certa de aproveitar
um momento, uma
oportunidade, tomando o cuidado
de não deixar “ apodrecer
“ o fruto de nossas
vidas, aquele nosso sonho
ou desejo simplesmente
pela nossa falta de atenção
de enxergar a hora certa
de colher...
Alcançamos a maturidade, quando
deixamos nossa vaidade de lado para
fazermos o que tem q ser feito, não
importante com o que os outros dirão a
respeito, pois as críticas sempre farão
parte de nossas vidas. Caberá a nós
saber lidar com elas...
Alcançamos a maturidade, quando
aprendemos que caridade não significa
dar o que sobra, mas muitas vezes
dividir o pouco que temos. Ser caridoso
não significa ser tolo, mas sim ter em
seu coração o desejo de ajudar.
Nem sempre a ajuda que a vida pede
é financeira, muitas vezes alguém
precisa simplesmente ser ouvido, de um
simples abraço...
E VOCÊ,
JÁ ABRAÇOU ALGUÉM HOJE?
Alcançamos a maturidade, quando
percebemos que para ser feliz, basta
querer ser.... Felicidade é algo que não
está nas mãos dos outros, mas sim nas
nossas. Compartilhar nossa felicidade
é possível, esperar que alguém nos faça
feliz não, pois depende de nós para que
isso aconteça.
Alcançamos a maturidade, quando
aprendemos que “dar a outra face” não
significa “ apanhar de novo”, mas sim
dar uma nova chance a quem errou.
Lembrando que se hoje houve erros,
devemos refletir pois amanhã poder
ser que nós sejamos o
autor desse erro.
Daí, com o mesmo
“peso” que julgarmos,
seremos julgados.
Alcançamos a maturidade,
quando percebemos
que perdoar não significa
apenas pronunciar:
“Eu te perdôo”.
Perdoar é sentir nosso
coração em paz quando nos
deparamos com aquela pessoa
que, supostamente
errou contra nós.
Com o tempo, perceberemos
que somos mais
perdoados do que perdoamos.
E porque então,
quando temos a oportunidade
de perdoar alguém,
porque não o fazemos? Só por
orgulho?
Alcançamos a maturidade, quando
deixamos de lado todo o orgulho que
temos dentro de nós e vivemos a vida
em sua totalidade.
PERCEBA ALGO AGORA:
Retire três situações de sua vida
nesse momento: SUA CLASSE SOCIAL,
SUA RAÇA E SUAS ROUPAS.
O que sobra?
O que diferenciará uma pessoa da
outra nessa situação?
Agora, retire também o dom de falar
e nossa inteligência, algo que Deus
nos proporcionou. O que resta ?
Até quando iremos diferir uns dos
outros, simplesmente por nossa condição
de vida ou maneira de nos vestir?
Ser ignorante não significa ser menos
favorecido culturalmente, mas sim
não ter olhos para enxergar a vida e
perceber que se existem diferenças,
são elas apenas momentâneas...
Alcançamos a maturidade, quando
aprendemos que amar não significa
dizer apenas “eu te amo”, mas sim aceitar
as pessoas como elas são, mesmo
sabendo que elas poderão nos decepcionar
lá na frente...
E decepção não significa somente
que alguém “pecou” contra nós, mas
que muitas vezes criamos “pessoas e
situações” da qual queríamos que fosse
da nossa maneira, quando na verdade
as coisas são como são e não devemos
culpar os outros pelas nossas falhas.
Amar é bem diferente do que ser
possessivo. É muitas vezes abrir mão
daquilo que acreditamos ser nosso, para
seguir seu rumo, mesmo sendo ele
diferente do nosso.
ALCANÇAMOS A MATURIDADE
QUANDO PEDIMOS A DEUS ALGO,
E DEIXAMOS ELE AGIR.
Alcançamos a maturidade, quando
aprendemos que, aquilo que sabemos
ou temos como verdade em nossas vidas,
pode ser pouco diante de tudo do
que Deus criou, e ainda cria.
A vida muitas vezes nos coloca diante
da seguinte escolha: Você quer
ser feliz, ou somente ter razão?
Alcançamos a maturidade, quando
percebemos que ainda temos muito o
que amadurecer.
Um forte abraço a todos!
Junior Pereira é médium do Templo
Espírita Seara da Esperança – Eternos
Aprendizes. “Dedico essas palavras ao meu
amigo e mentor Pai João de Aruanda, um
ex-escravo que mesmo preso fisicamente
quando vivo, sempre foi livre de espírito.
Com certeza sem sua inspiração,
nada aqui escrito teria sentido.”
Contatos: f.pjunior@uol.com.br

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