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A Coluna Miguel Costa / <strong>Prestes</strong> em Goiás<br />
mação e direção da Coluna <strong>Prestes</strong>, a sua participação nas fileiras rebeldes<br />
foi numericamente muito reduzida. a Coluna não se configurou,<br />
portanto, como uma força armada de elite.”<br />
o começo, 5 de julho de 1924 – exatamente dois anos após o 5 de<br />
julho de 1922, no rio de janeiro, com a revolta do Forte de Copacabana<br />
– eclodiu em são Paulo com a revolução Paulista sob o comando do<br />
general isidoro dias lopes, com o apoio da Força Pública de são Paulo<br />
comandada pelo major Miguel Costa. o combinado, era que nessa data<br />
eclodiriam rebeliões em diversos quartéis do país, fato que não aconteceu,<br />
pois, os levantes previstos ocorreram em datas diversas: 12 de julho<br />
em Mato grosso, 18 de julho em sergipe, 23 em Manaus, 28 e 29 de<br />
outubro no rio grande do sul, revelando-se “a falta de coordenação entre<br />
os diversos movimentos, o que facilitou a tarefa repressiva do governo.”<br />
(MoCeliN, 1958, p. 19). Foram, 22 dias de resistência dentro da<br />
capital paulista, inclusive na estação da luz para onde o Quartel-general<br />
havia se mudado, mobilizando cerca de 6 mil homens sendo que dois<br />
mil eram civis e mal municiados, em luta contra as forças bernardenses<br />
que contavam com 18 mil soldados, avançavam e fechavam o cerco à cidade,<br />
o chamado “Círculo de Ferro”, além de aguardar reforços, em marcha,<br />
que deveriam totalizar o efetivo de 30.000 combatentes.<br />
Nesse palco de luta o governador de são Paulo, Carlos Campos,<br />
já havia se retirado da cidade, instalando-se num local seguro, e, com<br />
o apoio do governo Bernardes determinou que a cidade fosse bombardeada,<br />
e, se preciso fosse, arrasada. Mais de 500 mortos, a maioria<br />
de civis, e quase 5 mil feridos é o balanço trágico da cidade de são Paulo<br />
castigada pelos bombardeios e os combates de infantaria.<br />
diante desse quadro sombrio e sem possibilidade de êxito, o general<br />
isidoro dias lopes optou pela retirada de suas tropas no dia 28<br />
de julho, a fim de evitar o esmagamento de seus companheiros. o embarque<br />
na estação da luz e o trajeto escolhido foi o de seguir pela estrada<br />
de ferro Paulista até a cidade de Campinas, depois, deslocar a tropa<br />
pela estrada de ferro sorocabana rumo à cidade de Bauru, e desta<br />
até às margens do rio Paraná próximo a Porto epitácio. o percurso foi<br />
feito em luta constante, quase diária, por cerca de três meses. diz lou-