São Clemente Maria Hofbauer (Insigne propagador da Congregação

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eram escritas em linguagem elegante, poética e atraente, que mais parecia doce música e delicioso aroma que encantava os leitores e deixava as leitoras enlouquecidas e apaixonadas, mormente quando nada ainda haviam ouvido de Deus ou da religião! Eram desse quilate os livros que se espalhavam então em toda a Europa, passando de mão em mão e enervando com seu doce veneno, o pobre povo. A S. Clemente não podia passar despercebida a desgraça, sempre crescente, produzida por esses livros perniciosos; compreendendo que do púlpito não lhe era possível por um dique a esses males, recorreu à imprensa. Embora não pertencesse ele mesmo ao número dos escritores fecundos, tornou-se o maior propagandista dos livros bons já existentes e o instigador quase importuno de pessoas competentes, para que publicassem outros livros novos e instrutivos. De um modo especial dedicou-se em propagar e difundir em toda a parte os livros de S. Afonso de Ligório, que Deus suscitara como um Doutor clássico contra Jansenio e a maçonaria; essas obras obtiveram na Polônia uma aceitação tal, que bastava constar serem elas da pena de S. Afonso para terem rápida extração. Os Redentoristas de S. Beno tornaram-se heróis da pena por ordem de S. Clemente; o Pe. Thadeu Hübl traduziu para o alemão as obras de S. Afonso, que ainda faltavam, e diversas outras obras ascéticas; o Pe. Podgorski fez o mesmo para o polaco, enquanto que os padres franceses se dedicaram à tradução dessas mesmas obras para o francês. Para facilitar o trabalho da impressão S. Clemente tentou montar uma máquina tipográfica em ponto pequeno, e para a mais rápida difusão dessas obras serviu-se da Congregação mariana, cujos Associados assumiam solene compromisso de trabalhar em benefício da boa imprensa. Desejoso de consolidar para sempre o seu trabalho, não hesitou S. Clemente e, fundar Associações para todas as classes de pessoas, porém, em particular para a juventude, porque estava convencido de que baldados são todos os trabalhos em prol do povo, quando não se ganha para o bem a mocidade, de um modo duradouro, e isso com maior razão ainda porque, em geral, a mocidade costuma ser preterida e desprezada por católicos de certa categoria e até por sacerdotes, ao passo que os inimigos de Deus não se cansam de lhe proporcionar, por todas as formas, meios de perversão. Só Deus sabe, a quantos jovens de ambos os sexos a Congregação mariana dos rapazes e a Associação S. José das donzelas preservaram da corrupção, mormente naqueles tempos em que tudo parecia conspirar para a perversão da mocidade. Muitos dentre eles — mormente entre as donzelas — consagraram-se a Deus no estado religioso. 24 CAPÍTULO III Viagens de fundação O desejo mais ardente — Mitau — Radzynim — Lutkowka — O Santo em Praga — Lindau — Em Viena — Morte inesperada — Novo recrutamento — Novas dificuldades com o governo — A imagem da Virgem. Com o fim de consolidar a obra começada em Varsóvia com tanto benefício espiritual para as almas S. Clemente não saiu da cidade nos primeiros oito anos de seu apostolado na Polônia. Percebendo, porém, que sua presença em Varsóvia já não era de absoluta necessidade, e vendo, de outro lado, que o número de seus padres se aumentava dia a dia, sentiu chegada a hora de expandir o seu zelo e de tratar na execução dos seus grandes planos; era tempo de pensar em outras fundações para assim levar a graça da conversão a todos os povos. S. Clemente não ignorava ser esse o seu dever principal, essa a missão que Deus lhe confiara, pois que para isso fora mandado ao Norte. Cheio de coragem e de confiança em Deus encetou suas grandes viagens pela Europa em procura de lugares para a querida Congregação, de campos de atividade para seus filhos espirituais; o seu desejo imediato era encontrar uma residência espaçosa e vasta para acomodar os noviços, e outra não menor para os estudantes de filosofia e teologia; assim a Congregação poderia desenvolver-se e ramificar-se na Europa para regenerar a sociedade tão decaída, levantar o espírito de fé e arrebanhar as almas para o grêmio da Santa Igreja, fora da qual não há salvação. Mas para onde ir? Onde teria ele esperança de ver seus trabalhos coroados de êxito? Certamente não podia contar com o norte da Alemanha, com a Inglaterra etc. onde tudo estava eivado de protestantismo; esses países deveriam ser missionados, porém só mais tarde, quando a Congregação tivesse já conseguido firmeza e garantias de existência em outras partes. As suas vistas dirigiram-se, em primeiro lugar, para os países católicos no sul da Alemanha e na Suíça. Deus, porém, em seus planos divinos dispôs que as primeiras tentativas de fundação se fizessem na Curlândia, para onde já desde o princípio, teria ido Clemente com seu companheiro P. Thadeu Hübl, se o Núncio Apostólico não o tivesse detido em Varsóvia, ainda mais que a Curlândia acabava de ser incorporada à Rússia em virtude do terceiro desmembramento da Polônia. No princípio S. Clemente mostrou-se indeciso e um tanto sem vontade de aceitar essa fundação, apesar dos pedidos reiterados do bispo da Curlândia, que lhe punha ante os olhos a grande falta de padres na sua diocese, pois que das quarenta e duas paróquias alemãs quase todas estavam vagas, enquanto que nas outras providas os vigários já eram de idade muito avançada. O Superior Geral, Pe. Blasucci, veio tirar-lhe toda a dúvida mostrando-lhe numa carta ser a

vontade divina que se fundassem residências no Norte, ainda mais que ele esperava da Curlândia inúmeras conversões. São Clemente destacou para essa missão dois padres e um clérigo, que se dirigiram a Mitau, capital da Curlândia, e tomaram por residência o antigo convento dos padres jesuítas; poucos anos depois fundou ainda as residências de Radzynim e de Lutkowka, e mais outras teria aceito, se não fossem tão maus os tempos, porquanto se achava pronto a fazer o bem onde quer que fosse, mesmo nos países mais longínquos. De Mitau não tardaram a chegar as mais consoladoras notícias sobre a atividade dos padres e sobre o resultado obtido; os padres conseguiram cativar o povo, que neles depositava inteira confiança; os próprios luteranos, vindos de longe, iam receber a bênção dos missionários. Tudo isso fez com que S. Clemente se comprometesse, por um contrato, a enviar para lá mais sete padres, contanto que o aumento dos Redentoristas em Varsóvia correspondesse a seus cálculos; desejava que Mitau fosse para o Norte e que S. Beno era para Varsóvia e para a Polônia. Já em 1792 um nobre cavalheiro fôra da Suíça a Varsóvia para pedir a S. Clemente que se dignasse fundar em sua Pátria uma residência, expondo-lhe as belezas da Suíça e mais ainda o abandono em que se achava o povo sedento de ouvir, naqueles regiões, a palavra de Deus; por absoluta falta de pessoal teve S. Clemente de indeferir, embora muito contra a vontade, o pedido do nobre senhor; essa oferta, porém, tanto o impressionou que não lhe saiu mais da lembrança. Três anos mais tarde o convento de Varsóvia contava já maior número de religiosos. Um belo dia Clemente, havendo descido do púlpito, dirigiase à sacristia a fim de paramentar-se para o santo Sacrifício, quando recebeu de alguém uma carta; terminada a missa pôs-se o Santo a ler a escrita assinada por um cônego Lindau na Alemanha, a pedir-lhe que se lembrasse da Suabia com a fundação de um convento, e a prometer auxiliá-lo nos primeiros anos. São Clemente viu nisso o dedo da Providência e alegrou-se com o antegozo da realização de seus mais lisonjeiros intentos; iria encontrar um convento para seus noviços e assim garantir a existência dos Redentoristas além dos Alpes. S. Beno teria que sofrer, provisoriamente, com a perda dos padres, dos quais dois já tinha ido ao Norte e agora mais quatro sairiam em procura de novas casas, pois que também de Constança tinha chegado insistente pedido para uma nova fundação. Os três que deviam ficar em Varsóvia, porém, eram fortes e corajosos, podendo com facilidade desempenhar-se do serviço da Igreja já bem organizado e consolidado. Clemente toma o bordão do viandante, apronta a sua pequena mala, e tendo por companheiro o Pe. Thadeu Hübl, diz adeus aos que ficavam, e depois dos paternais conselhos e necessárias recomendações põese a caminho para a bela Suíça. A Europa achava-se então mais ou menos tranqüila; a França e a Prússia acabavam de entrar em acordo em Basiléia e a Áustria estava já entabolando as negociações para a paz. São Clemente aproveitou nessa ocasião o ensejo de cumprir o voto feito a S. João Nepomuceno no assédio de Varsóvia. Em Praga permaneceu nove dias em visita ao túmulo do grande Taumaturgo e às relíquias dos célebres Santos Padroeiros da cidade: São Norberto, Sta. Ludmila, São Wenceslau e São Vito; de lá dirigiu-se a Lindau passando por Ratisbona. As suas esperanças, porém, foram baldadas; não conseguiu nada por causa da revolução que acabava de rebentar outra vez; levou 25 somente para casa a mais viva impressão das necessidades espirituais do povo e o desejo, ainda mais ardente, de socorrer os infelizes. Em uma carta ao Superior Geral escreve: “Entre os católicos do Norte é grande a fome do pão da palavra divina a distribuir-se pelos operários evangélicos; o estado em que se acham as igrejas é mais triste do que se possa crer; em toda a parte reina incalculável ignorância a respeito das mais importantes verdades da salvação. Na Boêmia é tão sensível a falta de sacerdotes, que muitas paróquias estão desprovidas de vigários, os quais, em os dias santificados, devem ir de um lugar para o outro afim de celebrar a santa missa; os escândalos estão na ordem do dia e não há quem lhes possa dar remédio; em todos os lados há falta de fé e os inimigos da religião difundem os erros da heresia, não havendo que os possa rebater”. Na volta de Lindau visitou Viena, que já não vira há mais de nove anos. Francisco II, católico fervoroso, inimigo dos “iluminados” governava a Áustria; mas o espírito josefino, que tudo perturbara, dirigia a burocracia; aos bispos continuava ainda proibida toda e qualquer influência na formação dos teólogos, e nas preleções das universidades ensinavam-se os princípios falsos e heréticos do josefismo. S. Clemente, pois, não podia pensar em fazer tentativas da fundação na Áustria. Felizmente não faltavam homens de talento, peso e nobreza que quisessem levantar o espírito da época. Diversos desses sacerdotes distintos trabalhavam em Viena para a regeneração religiosa do povo, porém, sempre às ocultas e com medo das perseguições; faziam, entretanto, constantemente suas conferências pela restauração da fé e empenhavam-se na difusão de livros católicos e morais. Nos poucos dias que S. Clemente lá esteve, relacionou-se com esses sacerdotes, aumentando assim seus conhecimentos e deixando em tão distintos ministros de Deus a mais indelével e a melhor impressão, como veremos mais tarde. Não havia entre eles quem não reconhecesse em Clemente um homem superior, pois que de outra forma não se poderia explicar como um religioso sem nome, sem fortuna, sem distinção de família e sem maiores sucessos conhecidos, pudesse exercer tanta atração e força sobre aqueles espíritos inteligentes e experimentados da grande Capital. Por Tasswitz, sua cidade natal, dirigiu-se para Varsóvia acompanhado de quatro meninos que pediram a admissão no colégio de S. Beno; depois de três meses de ausência São Clemente e Pe. Thadeu Hübl chegaram a Varsóvia em meados de dezembro. Entretanto, na Curlândia as coisas não corriam nada bem; o novo governo começava a imiscuir-se nos negócios da Igreja. Os padres podiam, sim, trabalhar e desenvolver sua atividade, mas a comunicação com os Superiores tornara-se-lhes quase impossível. De outro lado, em Roma não compreendiam bem as intenções de S. Clemente em seus novos empreendimentos. Fundar casas em tantos lugares ao mesmo tempo parecia exagero aos Superiores de Roma, que viam, em tudo isto, possível enfado de Varsóvia, ou saudades da Pátria austríaca por parte de Clemente e seus companheiros. Em uma longa carta explica São Clemente as suas intenções, manifesta a vontade que sempre nutrira de morrer, talvez, em Roma junto dos caros confrades, e declara ser o desejo do seu coração em todos esses trabalhos, empreendimentos e viagens, abrir novos horizontes para a Congregação. Corrigindo, com alguma ironia, o

eram escritas em linguagem elegante, poética e atraente, que mais parecia<br />

doce música e delicioso aroma que encantava os leitores e deixava as leitoras<br />

enlouqueci<strong>da</strong>s e apaixona<strong>da</strong>s, mormente quando na<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> haviam ouvido de<br />

Deus ou <strong>da</strong> religião! Eram desse quilate os livros que se espalhavam então em<br />

to<strong>da</strong> a Europa, passando de mão em mão e enervando com seu doce veneno,<br />

o pobre povo. A S. <strong>Clemente</strong> não podia passar despercebi<strong>da</strong> a desgraça, sempre<br />

crescente, produzi<strong>da</strong> por esses livros perniciosos; compreendendo que do<br />

púlpito não lhe era possível por um dique a esses males, recorreu à imprensa.<br />

Embora não pertencesse ele mesmo ao número dos escritores fecundos, tornou-se<br />

o maior propagandista dos livros bons já existentes e o instigador quase<br />

importuno de pessoas competentes, para que publicassem outros livros novos<br />

e instrutivos. De um modo especial dedicou-se em propagar e difundir em to<strong>da</strong><br />

a parte os livros de S. Afonso de Ligório, que Deus suscitara como um Doutor<br />

clássico contra Jansenio e a maçonaria; essas obras obtiveram na Polônia uma<br />

aceitação tal, que bastava constar serem elas <strong>da</strong> pena de S. Afonso para terem<br />

rápi<strong>da</strong> extração. Os Redentoristas de S. Beno tornaram-se heróis <strong>da</strong> pena por<br />

ordem de S. <strong>Clemente</strong>; o Pe. Thadeu Hübl traduziu para o alemão as obras de S.<br />

Afonso, que ain<strong>da</strong> faltavam, e diversas outras obras ascéticas; o Pe. Podgorski<br />

fez o mesmo para o polaco, enquanto que os padres franceses se dedicaram à<br />

tradução dessas mesmas obras para o francês. Para facilitar o trabalho <strong>da</strong> impressão<br />

S. <strong>Clemente</strong> tentou montar uma máquina tipográfica em ponto pequeno,<br />

e para a mais rápi<strong>da</strong> difusão dessas obras serviu-se <strong>da</strong> <strong>Congregação</strong><br />

mariana, cujos Associados assumiam solene compromisso de trabalhar em<br />

benefício <strong>da</strong> boa imprensa.<br />

Desejoso de consoli<strong>da</strong>r para sempre o seu trabalho, não hesitou S. <strong>Clemente</strong><br />

e, fun<strong>da</strong>r Associações para to<strong>da</strong>s as classes de pessoas, porém, em<br />

particular para a juventude, porque estava convencido de que bal<strong>da</strong>dos são<br />

todos os trabalhos em prol do povo, quando não se ganha para o bem a moci<strong>da</strong>de,<br />

de um modo duradouro, e isso com maior razão ain<strong>da</strong> porque, em geral,<br />

a moci<strong>da</strong>de costuma ser preteri<strong>da</strong> e despreza<strong>da</strong> por católicos de certa categoria<br />

e até por sacerdotes, ao passo que os inimigos de Deus não se cansam de<br />

lhe proporcionar, por to<strong>da</strong>s as formas, meios de perversão. Só Deus sabe, a<br />

quantos jovens de ambos os sexos a <strong>Congregação</strong> mariana dos rapazes e a<br />

Associação S. José <strong>da</strong>s donzelas preservaram <strong>da</strong> corrupção, mormente naqueles<br />

tempos em que tudo parecia conspirar para a perversão <strong>da</strong> moci<strong>da</strong>de. Muitos<br />

dentre eles — mormente entre as donzelas — consagraram-se a Deus no<br />

estado religioso.<br />

24<br />

CAPÍTULO III<br />

Viagens de fun<strong>da</strong>ção<br />

O desejo mais ardente — Mitau — Radzynim — Lutkowka — O Santo em<br />

Praga — Lin<strong>da</strong>u — Em Viena — Morte inespera<strong>da</strong> — Novo recrutamento —<br />

Novas dificul<strong>da</strong>des com o governo — A imagem <strong>da</strong> Virgem.<br />

Com o fim de consoli<strong>da</strong>r a obra começa<strong>da</strong> em Varsóvia com tanto benefício<br />

espiritual para as almas S. <strong>Clemente</strong> não saiu <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de nos primeiros oito anos<br />

de seu apostolado na Polônia. Percebendo, porém, que sua presença em Varsóvia<br />

já não era de absoluta necessi<strong>da</strong>de, e vendo, de outro lado, que o número<br />

de seus padres se aumentava dia a dia, sentiu chega<strong>da</strong> a hora de expandir o<br />

seu zelo e de tratar na execução dos seus grandes planos; era tempo de pensar<br />

em outras fun<strong>da</strong>ções para assim levar a graça <strong>da</strong> conversão a todos os povos.<br />

S. <strong>Clemente</strong> não ignorava ser esse o seu dever principal, essa a missão que<br />

Deus lhe confiara, pois que para isso fora man<strong>da</strong>do ao Norte. Cheio de coragem<br />

e de confiança em Deus encetou suas grandes viagens pela Europa em<br />

procura de lugares para a queri<strong>da</strong> <strong>Congregação</strong>, de campos de ativi<strong>da</strong>de para<br />

seus filhos espirituais; o seu desejo imediato era encontrar uma residência espaçosa<br />

e vasta para acomo<strong>da</strong>r os noviços, e outra não menor para os estu<strong>da</strong>ntes<br />

de filosofia e teologia; assim a <strong>Congregação</strong> poderia desenvolver-se e ramificar-se<br />

na Europa para regenerar a socie<strong>da</strong>de tão decaí<strong>da</strong>, levantar o espírito<br />

de fé e arrebanhar as almas para o grêmio <strong>da</strong> Santa Igreja, fora <strong>da</strong> qual não há<br />

salvação. Mas para onde ir? Onde teria ele esperança de ver seus trabalhos<br />

coroados de êxito? Certamente não podia contar com o norte <strong>da</strong> Alemanha,<br />

com a Inglaterra etc. onde tudo estava eivado de protestantismo; esses países<br />

deveriam ser missionados, porém só mais tarde, quando a <strong>Congregação</strong> tivesse<br />

já conseguido firmeza e garantias de existência em outras partes. As suas<br />

vistas dirigiram-se, em primeiro lugar, para os países católicos no sul <strong>da</strong> Alemanha<br />

e na Suíça. Deus, porém, em seus planos divinos dispôs que as primeiras<br />

tentativas de fun<strong>da</strong>ção se fizessem na Curlândia, para onde já desde o princípio,<br />

teria ido <strong>Clemente</strong> com seu companheiro P. Thadeu Hübl, se o Núncio Apostólico<br />

não o tivesse detido em Varsóvia, ain<strong>da</strong> mais que a Curlândia acabava de<br />

ser incorpora<strong>da</strong> à Rússia em virtude do terceiro desmembramento <strong>da</strong> Polônia.<br />

No princípio S. <strong>Clemente</strong> mostrou-se indeciso e um tanto sem vontade de aceitar<br />

essa fun<strong>da</strong>ção, apesar dos pedidos reiterados do bispo <strong>da</strong> Curlândia, que<br />

lhe punha ante os olhos a grande falta de padres na sua diocese, pois que <strong>da</strong>s<br />

quarenta e duas paróquias alemãs quase to<strong>da</strong>s estavam vagas, enquanto que<br />

nas outras provi<strong>da</strong>s os vigários já eram de i<strong>da</strong>de muito avança<strong>da</strong>. O Superior<br />

Geral, Pe. Blasucci, veio tirar-lhe to<strong>da</strong> a dúvi<strong>da</strong> mostrando-lhe numa carta ser a

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