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São Clemente Maria Hofbauer (Insigne propagador da Congregação

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poderia operar aquela cura em tão curto espaço de tempo. A cura foi radial e<br />

duradoura. Esse acontecimento causou enorme sensação; a própria Imperatriz<br />

Carolina Augusta foi ao convento <strong>da</strong>s Visitandinas para ver a pequena baronesa;<br />

o mesmo fez também o Núncio Apostólico. Esse milagre foi examinado e<br />

aprovado para a beatificação do Servo de Deus.<br />

Livra <strong>da</strong> morte. <strong>Maria</strong> Hofmann, senhora de seus 40 anos, casa<strong>da</strong>, mãe de<br />

onze filhos, tinha de sujeitar-se aos mais pesados e rudes trabalhos para a<br />

sustentação dos seus. Caindo gravemente doente foi recolhi<strong>da</strong> ao hospital;<br />

muni<strong>da</strong> de sóli<strong>da</strong> pie<strong>da</strong>de a enferma, embora ataca<strong>da</strong> de dores agu<strong>da</strong>s, não<br />

<strong>da</strong>va o menor sinal de impaciência. A hérnia, que a pobre senhora padecia,<br />

teimava em não admitir cura; por isso o médico a enviou ao hospital sem esperança<br />

alguma. Passados 12 anos a pobre mulher ain<strong>da</strong> sofria sem alívio; era<br />

necessária uma operação, mas os médicos não a queriam fazer devido ao adiantado<br />

<strong>da</strong> enfermi<strong>da</strong>de. No hospital ninguém contava com a cura <strong>da</strong> senhora,<br />

que tinha ain<strong>da</strong> contra si a i<strong>da</strong>de avança<strong>da</strong> de 52 anos, entretanto os médicos e<br />

as enfermeiras tentaram o possível. A enferma vomitava constantemente não<br />

retendo alimento algum no estômago; no 5.º dia declarou-se a cólica ilíaca, e na<br />

manhã seguinte apareceu a inflamação. À noite, como o caso era desesperado,<br />

um dos médicos chamados à última hora, perguntou-lhe se não queria ser opera<strong>da</strong>;<br />

a mãe lembrando-se dos seus filhinhos que necessitavam dela, submeteu-se<br />

de boa vontade e resigna<strong>da</strong> à vontade de Deus; preparou-se tudo para a<br />

operação. No dia destinado à operação, chegou a ela, de manhã, uma Irmã,<br />

contou-lhe o milagre operado pelo Pe. <strong>Clemente</strong> no convento <strong>da</strong>s Visitandinas,<br />

e perguntou, se não queria também experimentar a intercessão do bondoso<br />

Santo; a senhora naturalmente anuiu prometendo uma novena ao Pe. <strong>Clemente</strong>;<br />

as pessoas presentes acompanharam-na na recitação dos 9 Padres Nossos<br />

e do Credo. Essa boa conselheira era a primeira <strong>da</strong>s enfermeiras, em cujo quarto<br />

se faziam quase to<strong>da</strong>s as operações; lá estava pendurado um quadro do<br />

Santo. Ao chegarem os médicos tentaram mais uma vez empurrar para dentro<br />

a hérnia, porém debalde. “Corri, diz a enfermeira que narra o fato, e trouxe um<br />

pano; ao chegar notei que a ruptura estava completamente mole e ouvi um<br />

ruído coo se despejasse água de uma garrafa, e num instante a hérnia estava<br />

fecha<strong>da</strong>; apalpei o lugar <strong>da</strong> ruptura, e não encontrando vestígio algum do mal<br />

exclamei: “<strong>São</strong> <strong>Clemente</strong> valeu”. Os médicos abanaram a cabeça, não sabendo<br />

o que dizer em tal circunstância. Um católico, Dr. Lervinsky, contentou-se em<br />

dizer “Isto é milagre”. A enferma afirmou não sentir mais dor alguma e pediu de<br />

comer, levantando-se em segui<strong>da</strong>. Essa cura deu-se de manhã, quando a operação<br />

devia ser feita à tarde. Esse milagre foi examinado e aprovado no processo<br />

de beatificação.<br />

Paralisia e trismo. Ana Berger, cura<strong>da</strong> miraculosamente pelo Santo, conta<br />

o fato do modo seguinte: “Sou de constituição bastante forte e de natural alegre<br />

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mesmo nos sofrimentos; até a i<strong>da</strong>de de 13 anos fui forte e sacudi<strong>da</strong>; dessa<br />

i<strong>da</strong>de em diante comecei a vomitar sangue; aos 17 anos sofri convulsões horríveis<br />

de sorte que quatro homens não me podiam segurar nessas ocasiões;<br />

para isso era bastante um susto, um barulho, uma surpresa. Os médicos verificaram<br />

que a minha doença provinha <strong>da</strong> inflamação <strong>da</strong> espinha dorsal e prescreveram-me<br />

sangrias, sanguessugas etc., que me proporcionaram certo alívio,<br />

mas me enfraqueceram consideravelmente, obrigando-me a guar<strong>da</strong>r o leito<br />

muitas vezes. Em 1844 estive dez semanas no hospital de Linz. A 2 de fevereiro<br />

a fraqueza me fez perder os sentidos, e dois dias depois, para cúmulo de infelici<strong>da</strong>de,<br />

sobreveio-me o trismo, os lábios separaram-se-me com violência, ficando<br />

os dentes cerrados; não recebia então alimentação alguma a não ser um<br />

pouco de sopa pelo vão dos dois dentes <strong>da</strong> frente. Perdi completamente a fala.<br />

Dai por diante ia de mal a pior. Na i<strong>da</strong>de de 32 anos tive uma forte hemorragia<br />

que me paralisou o pé esquerdo; pouco depois fui ataca<strong>da</strong> de inflamação intestinal,<br />

que me causou dores indizíveis; os remédios acalmaram as dores, mas<br />

conservaram-me no leito, onde me não pude mover; pelo corpo todo espalhouse<br />

um tumor em extremo doloroso. Nesse estado miserável, fizeram-me a sangria<br />

que não deu resultado, porque o sangue não correu, o braço direito entorpeceu<br />

completamente. Esse estado durou um ano inteiro, pelo que os médicos<br />

me desenganaram, declarando incurável a minha enfermi<strong>da</strong>de. Resolvi então<br />

recorrer ao céu, lembrei-me <strong>da</strong> Santíssima Virgem prometendo uma romaria a<br />

seu Santuário de Schmolln, e manifestei essa minha promessa a um Padre<br />

Redentorista, que me aconselhou dirigir-me primeiro com uma novena ao Pe.<br />

<strong>Clemente</strong>, para poder depois, com saúde, fazer a romaria prometi<strong>da</strong>; e ele tinha<br />

razão. Fiz a novena com to<strong>da</strong> a confiança; no oitava dia fiquei completamente<br />

sã, levantei-me e a pé fui visitar o meu Diretor espiritual, que morava numa<br />

distância de cinco quartos de hora e voltei, também a pé, sem maior novi<strong>da</strong>de;<br />

dias depois fui a Schmolln, an<strong>da</strong>ndo dez horas a pé; a voz voltou-me também<br />

com a mesma força de outrora. Oh! como sou grata ao Pe. <strong>Clemente</strong>! os médicos<br />

todos afirmaram que minha cura foi um ver<strong>da</strong>deiro milagre!<br />

Clorose complicado. A condessa Ana <strong>Maria</strong>, Visitandina, conta o milagre<br />

seguinte: “Aloísia, filha do conde A<strong>da</strong>m Revicky <strong>da</strong> Hungria, era alta, porém de<br />

natureza franzina, professou no convento <strong>da</strong> Visitação, sendo em segui<strong>da</strong> nomea<strong>da</strong><br />

professora no Instituto. Por causa <strong>da</strong> sua constituição fraca sofria muito<br />

a neo-professa, sendo necessário poupá-la o mais possível, e atender a seu<br />

temperamento melancólico. Desde a profissão a Irmã começou a definhar a<br />

olhos vistos; parecia ataca<strong>da</strong> <strong>da</strong> tuberculose acompanha<strong>da</strong> de horríveis dores<br />

de cabeça e asma tão declara<strong>da</strong>, que quase não podia an<strong>da</strong>r; além disso sofria<br />

fastio e insônia. Incapaz de qualquer serviço na comuni<strong>da</strong>de, tinha a certeza de<br />

uma morte prematura, lamentando só não haver prestado nenhum serviço à<br />

Ordem em que professara. Embora trata<strong>da</strong> por um bom médico, não apresentava<br />

melhoras de quali<strong>da</strong>de alguma. Sem esperança <strong>da</strong> terra, a pobre neo-professa<br />

lembrou-se do Pe. <strong>Clemente</strong>. Invocou-o e começou em seu louvor uma<br />

novena de três Ave-<strong>Maria</strong>s e Gloria Patri, levando ao peito uma relíquia do cai-<br />

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