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estratégias tiveram o apoio das oligarquias do café, devido ao impacto dos surtos epidêmicos
na força da trabalho empregada na cultura cafeeira.
Ao contrário do que sempre acontecia, o Estado assume, pela primeira vez, um viés
intervencionista em diversos setores da sociedade, materializando uma Política de Saúde, em
oposição à mera atuação durante os surtos das doenças. Essa política integra setores como
educação, alimentação, habitação e trabalho e é denominada Política Social, conferindo
destaque à melhoria das condições sanitárias de áreas vitais para a economia nacional, como
as maiores cidades e os portos.
O ponto exponencial dessa política evidencia-se no governo de Rodrigues Alves (1902-
1906) quando a capital da República passa por uma reforma urbanística e sanitária que visava
apagar a má fama da cidade, conhecida no mundo como “matadouro de estrangeiros”.
Comandaram as reformas o Prefeito Pereira Passos e o sanitarista Osvaldo Cruz.
Pereira Passos mandou demolir prédios antigos e decadentes do centro da cidade, que
haviam se convertido em fétidos cortiços, dota a cidade de rede de água encanada, constrói
largas avenidas, edifícios e praças sintonizadas com a modernidade arquitetônica europeia.
Osvaldo Cruz determina a higienização da capital, estabelecendo um serviço de fiscalização
das ruas e casas que abrigavam a população do centro carioca, visando eliminar focos de
mosquitos e de ninhos de rato, conseguindo erradicar a peste bubônica e a febre amarela
urbana. Alguns morros foram terraplanados com objetivo arquitetônico e também de
melhorar a circulação de ar.
Entretanto, embora no Rio de Janeiro e em São Paulo a propagação das moléstias
contagiosas ou parasitárias se mantivesse estável, no resto do país a situação era diversa: os
índices mantinham-se elevados e com tendência crescente.
Em 1918, a gripe espanhola estende ao Brasil seus efeitos dizimando milhares de vidas.
Em 1919, a Organização Internacional do Trabalho – OIT estabelece a universalização da
Previdência Social que, no Brasil, se restringiu à edição da Lei de Acidentes do Trabalho que
somente amparava o trabalhador urbano. Algum reflexo assistencial no meio rural só
aparecia quando houvesse algum interesse nacional e estratégico, assim considerado do ponto
de vista das oligarquias. É o caso, por exemplo, dos seringueiros que, em 1913, levou Osvaldo
Cruz à região Norte.
Em 1923, foi promulgada a Lei Eloy Chaves que introduziu o seguro social no Brasil,
de contribuição compulsória e já de um perspectiva atuarial relativamente rigorosa.
Estabeleceu as Caixas de Aposentadoria — as CAP’s. Em 1926, os benefícios foram
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