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universidade federal fluminense escola de serviço social programa ...

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apresentar uma relação médico/população a<strong>de</strong>quada. Enquanto a OMS preconiza uma relação<br />

<strong>de</strong> pelo menos um médico para cada grupo <strong>de</strong> 1000 habitantes, no Brasil esta relação é <strong>de</strong> um<br />

médico para pouco mais <strong>de</strong> 600 habitantes — ou seja, quase o dobro do indicador atribuído<br />

pela OMS.<br />

Voltando à breve síntese histórica da saú<strong>de</strong> no Brasil, po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar um marco no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da administração da colônia representado pela vinda Corte portuguesa para<br />

o Brasil em 1808. Foram fundadas a Inspetoria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> dos Portos e as Aca<strong>de</strong>mias Médicocirúrgicas<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1813 e na Bahia em 1815, que vieram a se tornar as primeiras<br />

faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina no Brasil.<br />

Em 1829, foi criada a Imperial Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Medicina, órgão consultivo do imperador<br />

para assuntos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

Todavia, a estrutura institucional e o regime <strong>de</strong> quarentena estabelecido para os que<br />

chegavam ao Brasil não resultaram em efeitos concretos sobre as doenças que mais afligiam a<br />

população: varíola, febre amarela, cólera, febre tifói<strong>de</strong>, e peste bubônica. Assim, os mais<br />

abastados procuravam tratamento na Europa, enquanto os pobres socorriam-se nas Santas<br />

Casas que se tornaram <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> doentes. Havia sempre o recurso a curan<strong>de</strong>iros e<br />

boticários...<br />

E assim, a <strong>de</strong>speito do prestígio que o Imperador sempre conce<strong>de</strong>u às pesquisas<br />

científicas, o Brasil chega à República como um dos países mais insalubres do planeta.<br />

A República tenta empreen<strong>de</strong>r um giro conceitual na prática médica, tentando sepultar <strong>de</strong><br />

vez i<strong>de</strong>ias empíricas a respeito da origem das doenças, como o pressuposto dominante <strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>rivariam <strong>de</strong> miasmas, “os ares corrompidos”. Empreen<strong>de</strong> esforços para incutir as novas<br />

i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> cunho científico, trazidas da Europa, especialmente a da i<strong>de</strong>ntificação do agente<br />

etiológico das doenças e como contra eles se prevenir e como combatê-lo.<br />

Fundaram-se os Serviços Sanitários Estaduais que não foram eficazes, havendo novos<br />

surtos epidêmicos <strong>de</strong> varíola, febre amarela, e, enfim, das mesmas doenças que tantas vidas<br />

dizimaram no Império. Diante <strong>de</strong>sse quadro, os sanitaristas Osvaldo Cruz e Emílio Ribas<br />

foram <strong>de</strong>signados para elevados cargos na Administração Pública no Rio <strong>de</strong> Janeiro e em São<br />

Paulo, respectivamente, com o propósito <strong>de</strong> estabelecerem estratégias para <strong>de</strong>belarem e<br />

prevenirem contra estes surtos. É necessário <strong>de</strong>stacar que as medidas prescritas por estas<br />

estatais. O assessor chamou atenção para o fato que há 428 municípios brasileiros sem médico ligado ao Sistema<br />

Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS), e 1.867 cida<strong>de</strong>s sem atendimento <strong>de</strong> urgência. Muitas cida<strong>de</strong>s sem <strong>escola</strong>s para o ensino<br />

médio e mais <strong>de</strong> 1.700 municípios sem Centros <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Assistência Social (Cras).”<br />

Disponível em http://<strong>de</strong>safios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/59/pdfs/rd59not06.pdf<br />

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