I BARBARAMENTE FUIIIADOS - Nosso Tempo Digital

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<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> é uma publicaco da Editora Liberaco Ltda. RetLzçdo e administraçab: Rua Edmundo de Barros, 830 Fone 72-1863 Foz do lguacu- Pr. Diretores proprietrios: Juvèncio Mazzarolle AIu(zio Palmar J. Adehno de Souza Edirores. Fábio Campan Elson Faxina Noemi Osna CURITIBA: Rua Jaime Reis, 369 Fone 223-5095 CASCA VEL: Rua Pe. Champagnat esq. Av. Brasil - 30 andar sala 302 Fone 23-6795 MEDJAIVEIRA: Av. Brasil, 1683, sala 4 composto e Impresso nas oficinasda JS IMPRESSORALTDA. Rua Gaspar Dutra, 225 Caixa Postal, 1137 Jardim Maria de Fatima Cascavel - Paraná. AS DORES DO CAN11CO PENSANTE JUVENCJO MAZZAROLLO 0 Brash, sinistrado de ponta a ponta, está vivendo a etapa mais infeliz de sua história. 0 "berço esplêndido" transforrnou-se num berço de horrores, corn mültiplas ramificaçôes: caos politico, econômico e social, miséria e fome em rnassa, caos climáticos de seca no Nordeste e' inundacöes no Sul, hecatombes ecológicos por toda parte... 0 Brasil e seu povo estäo ameaçados. Todas as grandes tragédias desta hora no tern precedentes. Ha fenômenos e mais fenômenos insuportáveis. Uma Naco que sempre cultivou o ufanismo de ser forte, de repente sucumbe a sua prôpria impoténcia. Experiéncias nos mostram que para enfrentar tragédias espacadas temos reservas morals e capacidade material, mas a soma de tragédias simultãneas facilmente aniquilam nossas resisténcias. As calamaidades em que nosso pals estã merguthado säo mais extensas e dramáticas do que normalmente se faz crer a quem näo está nelas imerso. Ha a seca e ha a chuva, ha a polItica económica, o Delfim e o FMI. Enfim, falta pouco para o inferno ter-se transferido de lugar nenhum para o Brasil. ... A proporçäo do mal que se abate sobre o Brasil é bern major que a soma das catástrofes - cada urna agrava todas as outras, numa reaco em cadeia que torna cada uma major do que é em si mesma. Na conduçäo da Repüblica (coisa püblica), a inundacão vem aumentando de nIvel ha décadas sob nuvens sernpre mais sinistras. Corn suas águas assassinas, ao longo dos ültimos anos o Estado brasileiro vem derramando gigantescas trombas d'água - que invadiram primeiro as regiôes mais baixas das classes socials, desabrigando multidöes e impedindo- Ihes o acesso ao bem-estar mais elementar. Aos poucos, a continuidade do mau tempo devastou as populaçôes instaladas ao sopé da pirãmide social. Mas as borrascas nâo cessaram e Os aluviôes precipitados do alto do Planalto, dos quartéis, das grandes empresas e hancos nacionais ou internacionais suplantam a Naco inteira. A hecatombe da crise não arrasou ainda urn pequeno grupo que conseguiu refuglar-se no pico cio pocler politico e econômico, nos degraus mais altos da escadaria das desigualdades. S.. A dantesca cena das águas no Sul do pals no dá so a dimensäo da calamidade que transformou a regio ium monumental e uniforme destroço. Ela serve também de ilustração precisa para dimensionar, por comparaçâ'o, a situação global da realidade brasileira - extensiva a mo- - meros outros palses. A desolação é ainda major quando se percebe a quase inexisténcia de defesas eficazes contra esse conjunto de fantásticas desgracas. Assim como no ha formas de estancar as chuvas no Sul e de fazer chover no Nordeste, näo ha forcas para conter as tragédias espJhadas pelo governo, pela poli'tica econômica, pelo Delfim e o FM e por tudo quanto é poder que influi decisivamente na ruina nacional. A fragilidade é patente em todas as direcöes: o ensaio democrático parece sucumbir a menor comocäo nas diversas esferas do poder; na economia, uma simples lufada de urn ministro ou de urna instituição financeira internacional ou do FMI é suficiente para semear a fome e miséria em massa, sem que se esboce uma reaçäo consequente; a desorganizaco, a alienaço e a submisso do povo o faz massa inerte de manobras de diferentes poderes; o governo baixa urn decreto-lei corn efeitos ainda mais danosos e, contra todas as evidéncias, os erros se sobrepöem aos acertos sem do nem piedade... .0. 0 pals estã em pânico. Por toda parte reina a decepço, o desengano, o pesar. Dâo-se voltas ao mundo, duose voltas a vida e a infelicidade é a grande experiência comum. 0 barco está a deriva. No dá para prever se haver, porto para ancorar ou se ele chegará a algum destino qu permita a sobrevivéncia dos passageiros e tripulantes. A navegaco vai ao sabor dos ventos. As proporçôes dos flaqelos säo imensuráveis. Nerr mesmo se sabe se é a natureza ou se sâo os homens os mais cruéis e implacáveis, mas no resta dOvida de que os sofrimentos do povo so inauditos. A situacäo é traumatica. Depois dela, o pals n5o sera rnais o mesmo. .1. A hora é de repensar tudo - desde os projetos pessoais de vida ate os projetos das comunidades e da própria Naçäo. A crise e o clima fizeram o pal's parar para pensar. 0 ser humano precisa assumir-se rem sua fragilidade e efemeridade. A filosofia do ter carece de profunda reconsideraco individual e coletiva. As enchentes, as secas e a crise sócio-econômica ensejarn uma dura constataço: a rigor, no ha castelo erigido pelos homens näo tenha seus alicerces assentados sobre a areia. A debilidade do ser humano as vezes fica carnuflada atrás das ambiçôes, vaidades e obras, mas é posta a nu, inexoravelmente, como urn coice no rosto, sempre que comportamentos atipicos da natureza exibem sua forca. 0 ser hurnano é fraco, esta é a verdade que facilmente foge das consciências. 0 momento é de aceitaço de si mesmo. 0 orgulho costuma apagar nas pessoas e na sociedade a consciência de sua infinita miserabilidade. Todo o homem e Os homens todos no s5o mais que uma ténue faguiha na imensidäo do universo. S.. "0 homem näo é senão urn canico - mas urn canico pensante", escreveu o pensador frances Baizac. Assim é o auto-proclamado rei da criaçâo. Os desafios da hora pre- Sente reclamam como nunca por nossa capacidade de pensar - pensar nas calarnidades ocasionais, acidentais, que cornovem e despertam a solidariedade humana, mas pensar também nas calm idades permanentes, to ou mais ciamorosas, que sao postas entre os componentes da normalidade, aceitas na mais absoluta passividade. A dor é imensa. 0 caniço está chamado a usar o coraço e a razo, cuja prudéncia, que no tivemos antes, recomenda considerar ja o que fazer ante a possibilidade fatal de uma longa duraçäo, e ate da perpetuaço, dos fenâmenos que ora avassalam o Sul. Se essa preocupaço pode ser debitada a paranoia, o que näo pode mesmo ser posterqado é o empenho em aquilatar as consequências das calamidades e em como reconstruir tuao o que está sendo arrumnado por todos os gravlssimos cataclismas nacionais, sejam causados pelo homem ou pela natureza. As hostilidades desafiarn a todos. S.O.S.1
Nobre ASSESSORIA IMOBILIRIA FOZ: BR-277 - Tel.: 734529 CASCAVEL: Av. Brasil, 1777 - Tel.: 23-0185 E X P0 R T E • PISOS: Paviflex.j piso preto borracha Solicite .TAp ETES: Persia, j urn Walt Disney I Vendedor MAO-DE-OB RA ESPECIAL IZADA Av. Juscelino Kubitschek, 2045 Fone: 73-5395 FOZ DO lGuAcu —PARANA BRAGA , CONTABILIDADE ASSESSOR IA COME RCIAL, ADM INISTRATIVA E TRIBUTARIA 74-1818 AV. J. SCHIMMELPFENG,600 ED. CENTER, FOZ CADEADOS E CHAVES 1, I ICE\1'E 1 Ci.4. LJD.4 • CHAVES DE TODOS Os TIPOS EM UM MINUTO • TROCA DE S EG RE DOS • ABE RTURA DE CAR R OS, PORTAS E COFRES PLANTAO: 74-2954 A v. Repzblica Argentina. 746 'frente ao Batalhdb1 Fones: 73-3840 e 74-2954 FOZ DO JGUA çu. P.4RAJVA Ahe Ultragás DISTRIBUIDORA AV. JK, 3.780 FOZ DO IGUAU IN C) I (Y) N iLi LAW DEDO-DURO F lávio 'dedo-duro" Cavalcanti desrnunhecou de vez e no programa da ültima sexta-feira, tirou sua mascara de falso liberal, apresentando sua verdadeira faceta. No é que 0 homenzinho saiu descaradamente em defesa das multinacionais, atacando o trabalhador brasileiro e exigindo do povo maiores sacrificios? 0 demagogo Flávio atacou Os trabalhadores brasileiros e so faltou pedir que a policia caisse em cima dos grevistas, "pois s5o comunistas teleguiados de Moscou," OURO PARA 0 BEM DO BRASIL Prá quem nab tern conhecimento, este mesmo apresentador de televisäo, liderou em 1964 uma campanha em defesa dos golpistas. Pediu através dos meios de cornunicacäo"ouro para o bern do Brasil". Este ouro sena para "tirar o Pats do caos". Muita gente deu sua alianca e outras jobs. Moral da histOria: o ouro desapareceu. Ninguém sabe que destino foi dado a ele. 0 regime que Cavalcanti ajudou leyou o Pais para urn caos cornpleto. DIvida externa: 100 bilhôes de dólares. ANGLO E ITAIPU 0 ernpresário Roque Schornobay enviou correspondéncia ao presidente do PMDB de Foz do lguaçu, deriunciando a gravissima situaçäo dos quase mil alunos que perderam suas bolsas no Colégio Anglo-Americano. Tratase dos filhos de funcionirios demitidos e que tinham bolsas neste colégio. Agora que Os pals estab desempregados, as criancas ficarab sem estudar. Somente continuará no colégio quem pagar uma mensalidade de Cr$ 19.500,00 (lo. grau). Enquanto isso... Psou DEMOCRACIA) DO PDS 0 PMDB de Foz do lguacu corneçou a fazer comicios em vários bairros da cidade, levando a populaçab seu compromisso firme de prornover eleicao direta para prefeito. Foz e considerado municIpio de area de segurança nacional, sendo o prefeito nomeado. Ha 8 anos o coronel ClOvis Cunha Vianna inferniza a vida do povo, favorecendo as classes mais abastadas em detrimento dos menos favorecidos. Enquanto o PMDB se movimenta em torno de eleicOes diretas (o tirano deve sair ainda este mês), o PDS se mexe em todos os sentidos para nomear urn prefeito de seu partido. Será que o pessoal do PDS tern medo de eleicäo? E essa a "dernocracia" do Partido Democrático Social? MUITA GENTE VAI PRO CU Brguesôes e muttos mernbros da chamada classe media brasileira se esbaldaram em fazer doaçöes aos flagelados das enchentes. Urn ato nobre. So que já tern gente pensando em recuperar Os "prejuizoS", ou seja, o que fob doado. E, neste particular, tenham certeza que a mandioca vai entrar no traseiro daquele que nada tern a ver corn o peixe: o assalariado. Os burguesôes e os "novos ricos" da classe media estáo satisfeitos corn a enchente. 0 pensamento é este: 'Se eu audar esta genie, you para 0 CU". CURSO 0 negócbo é em Toledo e a promocab é do Sesc e Sine. Urn curso destinado a empregadas dornésticas será ministrado, tendo como objetivo ensinar prática nutricionistas e alirnentares. 0 curso terá inicio no prOximo dia 25 e tern urna duracab de 10 dias. Local: Sadia COMPRA E VENDA DE NOVOS E USADOS • Servicos especializados • Servico de guinchO para corn peças originais. carga e descarga Rua des Gulanas, 2211 - Jardlm America - Fone: 73-5775 FOZ DO IGUAQU - PARANA Rue Piaui, 2075 - Fone: 64-2882 - ME DIANE IRA - PARANA COMPLICE Se dependesse dos parlamentares, o Brasii cairia sem resistência em poder, digamos, do Suriname ou do Paraguai E de fato lamentável a impotência, e ineficácia dos parlamentares. Agora, em julho, os parlamentos estäo em recesso. Ha alguma diferenca de quando nab estão? 0 que,afinal, fez o Congresso Nacbonal no primeiro semestre deste ano? Quern acornpanhou a irnprensa e prestou atencâ'o ao desempenho dos parlamentares percebe que säo quase urn peso morto no pal's. Não atendem nern a cinco por cento das expectativas do povo e menos amda as expectativas que criaram durante a campanha eleitoral. 0 que houve de rnais notório no Congresso Nachonal no prirneiro semestre fob o vergonhoso acordo PTB-PDS e o discurso do senador Bob Fields, também Co. nhecido por Roberto Campos. Tudo deplorável. Se o Parlarnento é emprego pra fazer discurso, melhor anexar os parlarnentos a Academia Brasileira de Letras. E nab venham corn essa de que o Parlarnento perdeu 0 p0' der, perdeu as prerrogativas, nab pode legislar sobre matéria econOmica e coisas do género, porque 0 Congresso pode, e tern o clever de faze-b, alterar a própria Cor:"iiçäo, retomar as tais prerrogativas, acabar corn o poder que o Executivo tern de governar através de decretos-lei. SO nab o fazem porque sâb irresponsáveis e porque Ihes é mais cOrnodo isentar-se de culpa pebo que acontece escondendo-se atrás da concentraçao dos poderes do E x ecu t ivo. A estas abturas, o Congresso Nacional é tab culpado pe- Ia situacáo quanto o presidente Figueiredo, os ministros Delfirn Netto, Ernane Galvêas, etc. e tal. Todos cimplices. Ao invés de retornar o pode de leg islar em matéria de politica econOmica, fica mais confortável para deputados e senadores deixar como está e, assirn, poderem continuar culpando o Delfirn. Afinal, vá a Nacäo para onde for, eles continuaräo faturando alto, e na prOxima eleiçâo teräo a desculpa para apresentar aos eleitores. Nab está na horadeos politicos terem vergonha nessa cara? NAZISTA NO VIDEO ApOs ler urn editorial no jornal "0 Estado de Säo Paulo", o apresentador de TV Flávio Cavalcanti saiu-se corn esta: "Bern que eu falei que por trás destas greves estavam o Partido Cornunista Brasileiro e o PT. Trabalhador nSo pode fazer greye. A hora é de se unir e trabalhar.." E uma pena que uma Rede Bandeirantes permita urn desperdIcio de duas horas corn urn prograrna de baixo rtivel como esse, sabendo-se que nesta rede existe genie boa, como urn Joelrnir Betting, ou urn Ferreira Neto. FERVO Tudo pronto para a realizaçäo do I Fervo -- Festival da MCisica Popular de Vera Cruz do Oeste, a ser realizado no Clube 28 de Dezembro, nos dias 28, 29 e 30 deste més. Desdobrado em quatro categorias - cornposicäo, interpretaçao profisional, interpretaçäo amador e interpretacão irifantojuvenil - o Fervo tern corno objetivo descobrir novos valores e incentivar a mOsica naciorial, urna vez que sO serab aceitas interpretaçOes e composiçOes brash leiros, PIMENTEL EOPDS Tanto o PDS caiu como uma luva para Paulo Pimentel corno Paulo Pimentel caiu como uma luva para o PDS no Parana: urn partido em ruinas para urn politico em ruinas - urn afunda o outro. Urn politico completamente desmoralizado e urn part ido completarnente desmoralizado, 0 fim dos dois nab poderia ser rnais triste e melancólico. Nem sapo se cria mais nesse charco. ESCRITORIO DE ADVOCACIA * Dr. Edison Peccini OAPB-PR. 9975-B - CPF 061535.340-15 Dr. Rui Alberta Meder OAB-PR. 10,799-B - CPF 061.473.480-00 CAUSAS CIVEIS, CRIMINAlS, TRABAIHISTAS Av. Brasil, 1777 - Sala 2 (Em frente a Santa Casa) - Fone: 74-2763 Foz do Iguaçu - Paraná T Lt) C 0 Cr) ED r- 0 a. w C,, (I, 0
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