I BARBARAMENTE FUIIIADOS - Nosso Tempo Digital
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I,<br />
100,00 •1 I<br />
r<br />
De22a 28 dejulhode 1983 Ano II -No. 78<br />
TRES I I z'' " A<br />
JOVENS ^<br />
<strong>BARBARAMENTE</strong><br />
<strong>FUIIIADOS</strong><br />
EM FOZ<br />
ON<br />
/.<br />
t1i1I1I.i<br />
advogado e fazendeiro<br />
cascavelense Pedro Miranda foi<br />
assassinado terca-fejra em urn s(.<br />
tiO situado no interior do Muni-<br />
ADVOGADO<br />
c(pio de Guaraniaçu juntamente<br />
corn urn amigo, o bioqui'rnjco<br />
Oriei Siambroni Ambos foram<br />
mortos a tiros e tiveram suas orehas<br />
decepadas. As causas do Crime<br />
ainda não estäo bern esclarecidas:<br />
uma fonte da OP de Casca-<br />
CRSCAVELENSE<br />
vel revelou que Pedro Miranda<br />
havia adquirido urna area de 50<br />
alqueires a 28 quilôrnetros da Sebe<br />
urbana de Guaraniacu. Ao<br />
medi-la, no entanto, juntarnente<br />
corn o vendedor - cujo sobrerio-<br />
MORTO EM<br />
me sabe-se apenas que é Moraes<br />
-, o advogado constatou<br />
que a area teria na verdade 57<br />
alqueires. Esse fato chegou ao<br />
conhecirnento do filho do vendedor,<br />
Rui Pereira de Moraes, que<br />
exigiu do advogado o pagamento<br />
QUARAN<br />
de mais 600 mil cruzeiros a tI'tulode<br />
ressarcimento pelos sete alqueires<br />
a mais.<br />
lerca-feira o advogado dingiu-se<br />
juntamente corn o bioqui-<br />
!gu mico Orlei Siambronj ate a propriedade<br />
para supostamente efe-<br />
p<br />
i7<br />
.4<br />
/<br />
'•<br />
rA<br />
-<br />
war o pagarnerto. Como riáo ti- terras como seu filho Rub no fovessem<br />
voltado ate ontem, ami- ram encontrados. Orlei teve as<br />
gos de ambos dirigiram-se ate duas orelhas decepadas e Pedro a<br />
Guaraniaçu e acabaram encon- orelha esquerda. Os corpos chetrando<br />
os corpos de Pedro e garam onteni a noite a Cascavel,<br />
Orlei a 200 metros da sede da e ate as 21h o medico legista da<br />
fazenda.<br />
Policia nab sabia informar corn<br />
quantos tiros ambos foram assasanto<br />
o vendedor da area de sinados.<br />
Ato pUblico em Cascavel<br />
solidariza-se corn a greve<br />
Convidamos toda a populaçao de Cascavel para o ato pübli-<br />
Co que sera realizado dia 21 dejutho, quinta-feira, as 18:00 horas,<br />
em frente a Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, em solidarjedade<br />
a greve geral decretada para este dia em repudjo:<br />
— Ao desemprego<br />
— Ainflaçao<br />
— Ao alto custo de vida<br />
— Ao achataxnento salarial<br />
— Ao aumento das prestaçoes do BNH<br />
— AO empobrecirnento cia classe trabalhadora<br />
— A entrega do Brasil aos interesses estrangeiros.<br />
TODOS AO ATO PUBLICO!<br />
Terra - Trabaiho - Liberdade - Independéncia Nacional<br />
(A nota foi assinadij por 12 enlidades de CascavelJ
F<br />
A(abou a (orrup ao<br />
na (iretran de Foz<br />
H;j dos ineses na chefia da<br />
Ciretron de Foz do lguacu. GregOrio<br />
Silvèr,o jà comecou a imprimir nova<br />
rutmO de trabalho Ha malt agilidade<br />
nos despachos, acabou a famoso "catxtnha",<br />
uma prática de corrupciio<br />
costumeira no administracäo anter,or.<br />
Assumirnos Para mudar e esta<br />
mos mudandO Para meihor. Cortamos<br />
praticamente todos as males deixodos<br />
pela chefta anterior Clue ha 17 anos<br />
estava no poder, onde promovia, sob<br />
as otharos complacentes de certas au<br />
toridadeS, verdadeiros desmandos<br />
admini5trativOs e ate mesmo atos do<br />
corrupcäo, como fat amplamertte donunciado".<br />
diz Gregório Silvério.<br />
Congregando as municipios de<br />
Foz do lguacu. Santo Terezinha o S5o<br />
Miguel do lguacu. a Ciretran de Foz,<br />
[ segundo GregOrio, "é a 3a. de major<br />
iipo incia no Estado, pots estamos<br />
corn cerca de 65 mul veiculos, perdendo<br />
ipenas Para Curitiba e Londrina"<br />
Sulverio garante quo o quadro do<br />
funciontrioS pouco tot alterado "mas<br />
o atendimento so publico foi muds.<br />
do e acreditamos que. de urn modo<br />
geral. 0 trabalho estã sendo muito<br />
bern aceitci<br />
Antes mesmo de assumir, Gregório<br />
SiIveio tomou conhecimento do<br />
atos de corrupçãb e favorecirnentos<br />
praticados polo plantilo que fazia as<br />
ocorrénciaS "Eram denuncias graves<br />
- diz GregOrio. Tivermos<br />
cöes traiar'se de uma pessoa bastante<br />
prepotente e que deixou furos quo<br />
ate hole estamos descobrindo. Ele residia<br />
aqui nos fundos da Ciretran e<br />
daqui do patio sumirarn vérias peças e<br />
equiparnentos de veiculos. Houve ate<br />
o caso do surnico de urn motor de urn<br />
carro. Veto o proprietzirio buscar o<br />
veculo, baieu a chave de gnicäo e<br />
percebeu que ni'o dave par tida. Acreditou<br />
tratar-se de algum problems no<br />
distribuidor, mas quando abriu a tampa<br />
cornprovou que faltava exatamento-c<br />
motor'.<br />
'Este elemento - acrescenta<br />
Gregorio -- fol dispensado Quanta<br />
aos outros funcionários estarnos observrido<br />
seu desempenFio cuidadosamente<br />
Esse amigo plantio, o soldado<br />
Luiz Tavares,deverà ser responsabitizado<br />
tarnbém pelo furto do urn<br />
equipamento completo do sorn que<br />
sumlu de dentro de urn Maverick amd3<br />
nos primeiros dias do minha goslao.<br />
Esta foiumadasrazöesporque<br />
eu pedi eu afastamenso, pois em hipótese<br />
alguma admitiremos a pràtica<br />
da corrupçJo'.<br />
A queixa contra o soldado Lutz<br />
Tavares tel devidarnente registrada na<br />
Delegacia de Policia Para Clue se elabore<br />
o cornpetente inquérito policial.<br />
Também là foi oficiado a cito ao o-<br />
E F!<br />
I<br />
Gregôrio Stlerio. moralizando a Cire trait Foz<br />
mandO da PM, pare que a mesmo responds<br />
perante a corporacäo- "E certo<br />
- —lembra Gregório - que ele é<br />
responsàvel par outrO roubos ocorri-.<br />
dos aqu; no patio do Ciretran. fato Iarnentàvel<br />
que denigre a irnagem deste<br />
órgäo. Felizmente hoje contomos<br />
corn gente de conianca neste sotor o<br />
tudo Cleve so, normalizado".<br />
Em seus primeiros dias na Ciretran,<br />
Gregório jà constatou a existéncia<br />
de varies outras irregularidades,<br />
tais como desmandos administrativos<br />
e apreensOes do veiculos sem a devida<br />
necessidade, 0 nova chefe acrodita<br />
quo o objetivo destas apreenses orbitrárias<br />
era apenas Para 'morcier"<br />
certos rnotoristas desavisados, corno<br />
turistaS estrangeiros, paraguaios e argent<br />
not.<br />
FIM DA CAIXINHA<br />
Logo no in(cio de sua gestéo,<br />
Gregàrio Stivério reunlu as proprietários<br />
de auto'escolas e despachantes<br />
onde foram debatidos vários assunlos.<br />
"Deixoi born claro a todos que<br />
acabou de existir a farnosa 'caixinha<br />
, que jà era de conhecimonto publico.<br />
Tenho conhocimento quo funcionava<br />
malt ou rnenos assim: o suje'to<br />
precisava de urna carteira do mo<br />
torista, is ate as auto-escolas ou despachanies,<br />
entregava a documeritaco<br />
o pagava ama taxa exorbitante pare<br />
quo as exarnes fossem facilitados.<br />
Parte do dinheuro - evidentemente<br />
- era entregue A antiga chef a do Ciretran<br />
de Foz do lguacu. Flquei sa-<br />
Servico A la Carte - Pizza<br />
Feijoada - Lanches - Aperitivos.<br />
Agora Salâo de Chá,<br />
Sopas de Cebola, Legumes,<br />
Canjas de Feijâo.<br />
ABE RTO 24 HORAS<br />
Av. Brasil, 408 ao lado do Foto Paulista<br />
FOZ DO IGUAU - PARANA<br />
bendo que a tax era de Cr S .<br />
5500,00 per coda carteira'.<br />
Justarnente per cause desta 'taxa"<br />
quo as auto-oscolas eram obrugadas<br />
a pager aos Iadrr5es da Ciretran, é<br />
quo no passado muitos motoristas<br />
chegovam a pager ate 40 mil cruzeiros<br />
par urns carteira de rnotorista "Ho'<br />
je já foi tudo resolvido - diz Gregório<br />
- Na reuniäo quo tivemos, as despachantes<br />
entenderarn o problems e<br />
ate gostaram da nova medida. Ficou<br />
ecertado quo as auto-escolaS nan poderäo<br />
cobrar acima de 16 mil e 800<br />
cruzeiros per cada carteira de mornrista"<br />
-<br />
Gregôrio afirrna que recebeu to'<br />
do 0 apoio dos despachantes e proprietàrios<br />
de auto-escolas em acobar<br />
corn a famose "caixinha" e disciplinar<br />
as exames Clue estavam sendo foi'<br />
tot mob "nas coxas". "Eles entende'<br />
ram quo eu nab estou aqui pare preju'<br />
dicer ninguérn Pelo contrário, Estemos<br />
aqui Para tazer quo a let seja<br />
cumprida e pare que 0 povo näo paque<br />
mats do quo o estipulado sornenis<br />
Para enriquecer pessoas unoscrupu'<br />
loses".<br />
Os exarnes folios "nas coxes"<br />
pate chef ia anterior da Curetran<br />
e denunciadoS per We jornal,princ;'<br />
palmente em época Cis cempanha pa'<br />
ra favorecer o PDS, strain mats exames<br />
do vista e psicotëCnicO. "0 psuco'<br />
técnico e as exames de vista eram tel'<br />
tos ne Vita Paraguaia. Recebi infer'<br />
maces Clue estavam sendo teitosde ,<br />
forma irregular, me dirigi ate li' e<br />
constatei que pessoas nab habilitadas<br />
'. --.'.'...' A<br />
Para tar rim IdLidIil ) LC C AOIIIV.<br />
r'<br />
ps,càloga nab tazia as exemes, ape'<br />
nas assinava as documentos. 0 met-<br />
-no acontecia corn o medico respons,3veI<br />
pelo exams do vista quo, inclusive.<br />
parece Clue nem rnorava em<br />
Fcr do lguacU".<br />
A exemplo de outros membros<br />
do Diretörio do PMDB, Gregorio Sitvério<br />
estranha quo apesar do consta<br />
tado todo este mar do lame na Ciretran,<br />
o ex-chefe so nvés de ser exonerado<br />
e responsabilizado foi apenas<br />
iransferido Para Matelãndia. ernbora<br />
continue residindO em Foz do Igus'<br />
u. E ai vent mais urn caso estranho:<br />
"As auto-escolas - diz Gregorio - estao<br />
reclarnando quo está havendo<br />
urns espécie de agenciarnonto pars<br />
carteira de habilitacã'o Para outras tocalidados,<br />
principalrnnete em Matelândia.<br />
Estes fatos deverffo ser spursdos<br />
peta chefia geral dentro dos proxirnoS<br />
dies"<br />
Finalizando a entrevista Gregorio<br />
Silvério lembrou que a chefia ge<br />
rat da Ciretran està promovendo uma<br />
séria investigacao da podridã'o exittente<br />
nas gestoes possadas, quando o<br />
PDS governava o Paraná. Urn fato astarrecedor<br />
já conhecido e comprovado:<br />
"Foi constatado que no cidade<br />
de Cruzeiro do Oeste. no Norte do<br />
Estado, a populaçao é inferior so nomero<br />
do carteiraS expedidas naquale<br />
rnunicpio. Casos semeihantes aconteceram<br />
ernmultaS outras cidades",<br />
Er'<br />
UTfS$11Q1<br />
TEES FIUTEIS<br />
0 AR6fEANA9FO<br />
II MAIS 0M]IPLE9I0<br />
DO RAS1L<br />
II)4<br />
iI1<br />
IL<br />
—.-<br />
IT-..'I1:<br />
I. ID<br />
6=* tT4<br />
VENHA PROVAR 0 MELHOR<br />
CHOCOLATE CASE IRO,—PLANALTO<br />
Meio caminho do Aeroporto, no Km 14<br />
da Rodovia das Cataratas<br />
0Banco do Estado do Paranã SA<br />
COMUNICADO<br />
o Banco do Estado do Paraná S.A., comunica aos<br />
funcionárioS do Poder Executivo EstadUal, lotados na<br />
capital e cidades do interior, o cronograma de pagamentos<br />
que será observado no més de juiho.<br />
As datas de pagamento indicam os dias em Clue os<br />
créditos estaro disponIveis aos respectivos favorecidos,<br />
na forma habitualmente observada.<br />
DATA<br />
ORGAO<br />
20/07/83 Administracäo Geral do Estado - grupO 02inativos,<br />
reformados e pensionistaS das Secretarias<br />
de Seguranca Póblica, Educacâo e<br />
Detran.<br />
19/07/83 Administracão Geral do Estado - grupo 01:<br />
inativos, reformados e pensionistas das demais<br />
Secretarias.<br />
21/07/83 Governado na<br />
21/07/83 Secreta na do P lanejamento<br />
21/07/83 DepartamentO de EstatIstica<br />
21/07/83 Secretaria das Financas<br />
21/07/83 Coordenaco da Receita do Estado<br />
21/07/83 Secretaria dos Recursos Hurnanos<br />
21/07/83 Instituto de Previdéncia do Estado<br />
21/07/83 Secretaria da Sade e Bern Estar Social<br />
21/07/83 Instituto de Assisténcia ao Menor<br />
22/07/83 Secretaria da Administraco<br />
22/07/83' DepartamentO de Administracão de Material<br />
22/07/83 DepartarnentO Transporte Of icial<br />
22/07/83 Departarnento de Arquivo e Microfilmagem<br />
22/07/83 Secretaria do Interior<br />
22/07/83 SUREHMA<br />
22/07/83 SUCEPAR<br />
22/07/83 Secretaria da lndisria e Comércio<br />
22/07/83 Instituto de Pesos e Medidas do Paraná<br />
25/07/83 Secretaria da Cultura e Esporte<br />
25/07/83 Biblioteca Páblica do Paraná<br />
25/07/83 Secretaria da Justiça<br />
25/07/83 Junta Comercial do Paraná<br />
26/07/83 Secretaria de Educaco<br />
28/07/83 DETRAN<br />
28/07/83 Secretania da Agricultura<br />
28/07/83 Secretaria dos TransporteS<br />
28/07/83 Departamento de Estradas de Rodagem<br />
27/07/83 Colégio Estadual do Paraná.
ARIALBA FREIRE:<br />
(
<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> é uma<br />
publicaco da Editora<br />
Liberaco Ltda.<br />
RetLzçdo e administraçab:<br />
Rua Edmundo de<br />
Barros, 830<br />
Fone 72-1863<br />
Foz do lguacu- Pr.<br />
Diretores proprietrios:<br />
Juvèncio Mazzarolle<br />
AIu(zio Palmar<br />
J. Adehno de Souza<br />
Edirores.<br />
Fábio Campan<br />
Elson Faxina<br />
Noemi Osna<br />
CURITIBA:<br />
Rua Jaime Reis, 369<br />
Fone 223-5095<br />
CASCA VEL:<br />
Rua Pe. Champagnat esq.<br />
Av. Brasil - 30 andar sala 302<br />
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composto e Impresso<br />
nas oficinasda<br />
JS IMPRESSORALTDA.<br />
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Caixa Postal, 1137<br />
Jardim Maria de Fatima<br />
Cascavel - Paraná.<br />
AS DORES DO CAN11CO<br />
PENSANTE<br />
JUVENCJO MAZZAROLLO<br />
0 Brash, sinistrado de ponta a ponta, está vivendo a<br />
etapa mais infeliz de sua história. 0 "berço esplêndido"<br />
transforrnou-se num berço de horrores, corn mültiplas ramificaçôes:<br />
caos politico, econômico e social, miséria e<br />
fome em rnassa, caos climáticos de seca no Nordeste e'<br />
inundacöes no Sul, hecatombes ecológicos por toda parte...<br />
0 Brasil e seu povo estäo ameaçados. Todas as grandes<br />
tragédias desta hora no tern precedentes. Ha fenômenos<br />
e mais fenômenos insuportáveis. Uma Naco que sempre<br />
cultivou o ufanismo de ser forte, de repente sucumbe<br />
a sua prôpria impoténcia.<br />
Experiéncias nos mostram que para enfrentar tragédias<br />
espacadas temos reservas morals e capacidade material,<br />
mas a soma de tragédias simultãneas facilmente aniquilam<br />
nossas resisténcias.<br />
As calamaidades em que nosso pals estã merguthado<br />
säo mais extensas e dramáticas do que normalmente se<br />
faz crer a quem näo está nelas imerso.<br />
Ha a seca e ha a chuva, ha a polItica económica, o<br />
Delfim e o FMI. Enfim, falta pouco para o inferno ter-se<br />
transferido de lugar nenhum para o Brasil.<br />
...<br />
A proporçäo do mal que se abate sobre o Brasil é<br />
bern major que a soma das catástrofes - cada urna agrava<br />
todas as outras, numa reaco em cadeia que torna cada<br />
uma major do que é em si mesma.<br />
Na conduçäo da Repüblica (coisa püblica), a inundacão<br />
vem aumentando de nIvel ha décadas sob nuvens sernpre<br />
mais sinistras.<br />
Corn suas águas assassinas, ao longo dos ültimos anos<br />
o Estado brasileiro vem derramando gigantescas trombas<br />
d'água - que invadiram primeiro as regiôes mais baixas<br />
das classes socials, desabrigando multidöes e impedindo-<br />
Ihes o acesso ao bem-estar mais elementar. Aos poucos,<br />
a continuidade do mau tempo devastou as populaçôes instaladas<br />
ao sopé da pirãmide social. Mas as borrascas nâo<br />
cessaram e Os aluviôes precipitados do alto do Planalto,<br />
dos quartéis, das grandes empresas e hancos nacionais ou<br />
internacionais suplantam a Naco inteira. A hecatombe<br />
da crise não arrasou ainda urn pequeno grupo que conseguiu<br />
refuglar-se no pico cio pocler politico e econômico,<br />
nos degraus mais altos da escadaria das desigualdades.<br />
S..<br />
A dantesca cena das águas no Sul do pals no dá<br />
so a dimensäo da calamidade que transformou a regio<br />
ium monumental e uniforme destroço. Ela serve também<br />
de ilustração precisa para dimensionar, por comparaçâ'o,<br />
a situação global da realidade brasileira - extensiva a mo- -<br />
meros outros palses.<br />
A desolação é ainda major quando se percebe a quase<br />
inexisténcia de defesas eficazes contra esse conjunto de<br />
fantásticas desgracas.<br />
Assim como no ha formas de estancar as chuvas no<br />
Sul e de fazer chover no Nordeste, näo ha forcas para<br />
conter as tragédias espJhadas pelo governo, pela poli'tica<br />
econômica, pelo Delfim e o FM e por tudo quanto é poder<br />
que influi decisivamente na ruina nacional.<br />
A fragilidade é patente em todas as direcöes: o ensaio<br />
democrático parece sucumbir a menor comocäo nas diversas<br />
esferas do poder; na economia, uma simples lufada de<br />
urn ministro ou de urna instituição financeira internacional<br />
ou do FMI é suficiente para semear a fome e miséria<br />
em massa, sem que se esboce uma reaçäo consequente;<br />
a desorganizaco, a alienaço e a submisso do povo o faz<br />
massa inerte de manobras de diferentes poderes; o governo<br />
baixa urn decreto-lei corn efeitos ainda mais danosos e,<br />
contra todas as evidéncias, os erros se sobrepöem aos<br />
acertos sem do nem piedade...<br />
.0.<br />
0 pals estã em pânico. Por toda parte reina a decepço,<br />
o desengano, o pesar. Dâo-se voltas ao mundo, duose<br />
voltas a vida e a infelicidade é a grande experiência comum.<br />
0 barco está a deriva. No dá para prever se haver,<br />
porto para ancorar ou se ele chegará a algum destino qu<br />
permita a sobrevivéncia dos passageiros e tripulantes. A<br />
navegaco vai ao sabor dos ventos.<br />
As proporçôes dos flaqelos säo imensuráveis. Nerr<br />
mesmo se sabe se é a natureza ou se sâo os homens os<br />
mais cruéis e implacáveis, mas no resta dOvida de que os<br />
sofrimentos do povo so inauditos. A situacäo é traumatica.<br />
Depois dela, o pals n5o sera rnais o mesmo.<br />
.1.<br />
A hora é de repensar tudo - desde os projetos pessoais<br />
de vida ate os projetos das comunidades e da própria<br />
Naçäo. A crise e o clima fizeram o pal's parar para pensar.<br />
0 ser humano precisa assumir-se rem sua fragilidade<br />
e efemeridade. A filosofia do ter carece de profunda reconsideraco<br />
individual e coletiva. As enchentes, as secas<br />
e a crise sócio-econômica ensejarn uma dura constataço:<br />
a rigor, no ha castelo erigido pelos homens näo tenha<br />
seus alicerces assentados sobre a areia.<br />
A debilidade do ser humano as vezes fica carnuflada<br />
atrás das ambiçôes, vaidades e obras, mas é posta a nu,<br />
inexoravelmente, como urn coice no rosto, sempre que<br />
comportamentos atipicos da natureza exibem sua forca.<br />
0 ser hurnano é fraco, esta é a verdade que facilmente foge<br />
das consciências. 0 momento é de aceitaço de si<br />
mesmo.<br />
0 orgulho costuma apagar nas pessoas e na sociedade<br />
a consciência de sua infinita miserabilidade. Todo o homem<br />
e Os homens todos no s5o mais que uma ténue faguiha<br />
na imensidäo do universo.<br />
S..<br />
"0 homem näo é senão urn canico - mas urn canico<br />
pensante", escreveu o pensador frances Baizac. Assim é o<br />
auto-proclamado rei da criaçâo. Os desafios da hora pre-<br />
Sente reclamam como nunca por nossa capacidade de pensar<br />
- pensar nas calarnidades ocasionais, acidentais, que<br />
cornovem e despertam a solidariedade humana, mas pensar<br />
também nas calm idades permanentes, to ou mais ciamorosas,<br />
que sao postas entre os componentes da normalidade,<br />
aceitas na mais absoluta passividade.<br />
A dor é imensa. 0 caniço está chamado a usar o coraço<br />
e a razo, cuja prudéncia, que no tivemos antes, recomenda<br />
considerar ja o que fazer ante a possibilidade fatal<br />
de uma longa duraçäo, e ate da perpetuaço, dos fenâmenos<br />
que ora avassalam o Sul.<br />
Se essa preocupaço pode ser debitada a paranoia, o<br />
que näo pode mesmo ser posterqado é o empenho em<br />
aquilatar as consequências das calamidades e em como reconstruir<br />
tuao o que está sendo arrumnado por todos os<br />
gravlssimos cataclismas nacionais, sejam causados pelo<br />
homem ou pela natureza.<br />
As hostilidades desafiarn a todos. S.O.S.1
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IN<br />
C)<br />
I<br />
(Y)<br />
N iLi<br />
LAW<br />
DEDO-DURO<br />
F lávio 'dedo-duro" Cavalcanti<br />
desrnunhecou de vez e no<br />
programa da ültima sexta-feira,<br />
tirou sua mascara de falso liberal,<br />
apresentando sua verdadeira<br />
faceta. No é que 0 homenzinho<br />
saiu descaradamente em defesa<br />
das multinacionais, atacando o<br />
trabalhador brasileiro e exigindo<br />
do povo maiores sacrificios? 0<br />
demagogo Flávio atacou Os trabalhadores<br />
brasileiros e so faltou<br />
pedir que a policia caisse em cima<br />
dos grevistas, "pois s5o comunistas<br />
teleguiados de Moscou,"<br />
OURO<br />
PARA 0<br />
BEM DO BRASIL<br />
Prá quem nab tern conhecimento,<br />
este mesmo apresentador<br />
de televisäo, liderou em 1964<br />
uma campanha em defesa dos<br />
golpistas. Pediu através dos<br />
meios de cornunicacäo"ouro para<br />
o bern do Brasil". Este ouro sena<br />
para "tirar o Pats do caos".<br />
Muita gente deu sua alianca<br />
e outras jobs. Moral da histOria:<br />
o ouro desapareceu. Ninguém sabe<br />
que destino foi dado a ele. 0<br />
regime que Cavalcanti ajudou leyou<br />
o Pais para urn caos cornpleto.<br />
DIvida externa: 100 bilhôes<br />
de dólares.<br />
ANGLO<br />
E ITAIPU<br />
0 ernpresário Roque Schornobay<br />
enviou correspondéncia<br />
ao presidente do PMDB de Foz<br />
do lguaçu, deriunciando a gravissima<br />
situaçäo dos quase mil alunos<br />
que perderam suas bolsas no<br />
Colégio Anglo-Americano. Tratase<br />
dos filhos de funcionirios demitidos<br />
e que tinham bolsas neste<br />
colégio. Agora que Os pals estab<br />
desempregados, as criancas<br />
ficarab sem estudar. Somente<br />
continuará no colégio quem pagar<br />
uma mensalidade de Cr$<br />
19.500,00 (lo. grau).<br />
Enquanto isso...<br />
Psou<br />
DEMOCRACIA)<br />
DO PDS<br />
0 PMDB de Foz do lguacu<br />
corneçou a fazer comicios em vários<br />
bairros da cidade, levando a<br />
populaçab seu compromisso<br />
firme de prornover eleicao direta<br />
para prefeito. Foz e considerado<br />
municIpio de area de segurança<br />
nacional, sendo o prefeito nomeado.<br />
Ha 8 anos o coronel ClOvis<br />
Cunha Vianna inferniza a<br />
vida do povo, favorecendo as<br />
classes mais abastadas em detrimento<br />
dos menos favorecidos.<br />
Enquanto o PMDB se movimenta<br />
em torno de eleicOes diretas<br />
(o tirano deve sair ainda este<br />
mês), o PDS se mexe em todos<br />
os sentidos para nomear urn prefeito<br />
de seu partido. Será que o<br />
pessoal do PDS tern medo de<br />
eleicäo? E essa a "dernocracia"<br />
do Partido Democrático Social?<br />
MUITA GENTE<br />
VAI PRO CU<br />
Brguesôes e muttos mernbros<br />
da chamada classe media<br />
brasileira se esbaldaram em fazer<br />
doaçöes aos flagelados das enchentes.<br />
Urn ato nobre. So que<br />
já tern gente pensando em recuperar<br />
Os "prejuizoS", ou seja, o<br />
que fob doado. E, neste particular,<br />
tenham certeza que a mandioca<br />
vai entrar no traseiro<br />
daquele que nada tern a ver corn<br />
o peixe: o assalariado.<br />
Os burguesôes e os "novos<br />
ricos" da classe media estáo satisfeitos<br />
corn a enchente. 0 pensamento<br />
é este: 'Se eu audar esta<br />
genie, you para 0 CU".<br />
CURSO<br />
0 negócbo é em Toledo e a<br />
promocab é do Sesc e Sine. Urn<br />
curso destinado a empregadas<br />
dornésticas será ministrado,<br />
tendo como objetivo ensinar prática<br />
nutricionistas e alirnentares.<br />
0 curso terá inicio no prOximo<br />
dia 25 e tern urna duracab de 10<br />
dias. Local: Sadia<br />
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corn peças originais. carga e descarga<br />
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FOZ DO IGUAQU - PARANA<br />
Rue Piaui, 2075 - Fone: 64-2882 - ME DIANE IRA - PARANA<br />
COMPLICE<br />
Se dependesse dos parlamentares,<br />
o Brasii cairia sem resistência<br />
em poder, digamos, do<br />
Suriname ou do Paraguai E de<br />
fato lamentável a impotência, e<br />
ineficácia dos parlamentares.<br />
Agora, em julho, os parlamentos<br />
estäo em recesso. Ha alguma diferenca<br />
de quando nab estão? 0<br />
que,afinal, fez o Congresso Nacbonal<br />
no primeiro semestre deste<br />
ano? Quern acornpanhou a irnprensa<br />
e prestou atencâ'o ao desempenho<br />
dos parlamentares<br />
percebe que säo quase urn peso<br />
morto no pal's. Não atendem<br />
nern a cinco por cento das expectativas<br />
do povo e menos amda<br />
as expectativas que criaram<br />
durante a campanha eleitoral. 0<br />
que houve de rnais notório no<br />
Congresso Nachonal no prirneiro<br />
semestre fob o vergonhoso acordo<br />
PTB-PDS e o discurso do<br />
senador Bob Fields, também Co.<br />
nhecido por Roberto Campos.<br />
Tudo deplorável. Se o Parlarnento<br />
é emprego pra fazer discurso,<br />
melhor anexar os parlarnentos a<br />
Academia Brasileira de Letras.<br />
E nab venham corn essa de<br />
que o Parlarnento perdeu 0 p0'<br />
der, perdeu as prerrogativas, nab<br />
pode legislar sobre matéria econOmica<br />
e coisas do género, porque<br />
0 Congresso pode, e tern o<br />
clever de faze-b, alterar a própria<br />
Cor:"iiçäo, retomar as tais prerrogativas,<br />
acabar corn o poder<br />
que o Executivo tern de governar<br />
através de decretos-lei. SO nab<br />
o fazem porque sâb irresponsáveis<br />
e porque Ihes é mais cOrnodo<br />
isentar-se de culpa pebo que<br />
acontece escondendo-se atrás da<br />
concentraçao dos poderes do<br />
E x ecu t ivo.<br />
A estas abturas, o Congresso<br />
Nacional é tab culpado pe-<br />
Ia situacáo quanto o presidente<br />
Figueiredo, os ministros Delfirn<br />
Netto, Ernane Galvêas,<br />
etc. e tal. Todos cimplices. Ao<br />
invés de retornar o pode de leg islar<br />
em matéria de politica econOmica,<br />
fica mais confortável para<br />
deputados e senadores deixar<br />
como está e, assirn, poderem<br />
continuar culpando o Delfirn.<br />
Afinal, vá a Nacäo para onde for,<br />
eles continuaräo faturando alto,<br />
e na prOxima eleiçâo teräo a desculpa<br />
para apresentar aos eleitores.<br />
Nab está na horadeos politicos<br />
terem vergonha nessa cara?<br />
NAZISTA NO<br />
VIDEO<br />
ApOs ler urn editorial no jornal<br />
"0 Estado de Säo Paulo", o<br />
apresentador de TV Flávio<br />
Cavalcanti saiu-se corn esta:<br />
"Bern que eu falei que por trás<br />
destas greves estavam o Partido<br />
Cornunista Brasileiro e o PT.<br />
Trabalhador nSo pode fazer greye.<br />
A hora é de se unir e trabalhar.."<br />
E uma pena que uma Rede<br />
Bandeirantes permita urn desperdIcio<br />
de duas horas corn urn<br />
prograrna de baixo rtivel como<br />
esse, sabendo-se que nesta rede<br />
existe genie boa, como urn Joelrnir<br />
Betting, ou urn Ferreira Neto.<br />
FERVO<br />
Tudo pronto para a realizaçäo<br />
do I Fervo -- Festival da MCisica<br />
Popular de Vera Cruz do<br />
Oeste, a ser realizado no Clube<br />
28 de Dezembro, nos dias 28, 29<br />
e 30 deste més.<br />
Desdobrado em quatro categorias<br />
- cornposicäo, interpretaçao<br />
profisional, interpretaçäo<br />
amador e interpretacão irifantojuvenil<br />
- o Fervo tern corno<br />
objetivo descobrir novos valores<br />
e incentivar a mOsica naciorial,<br />
urna vez que sO serab aceitas interpretaçOes<br />
e composiçOes<br />
brash leiros,<br />
PIMENTEL<br />
EOPDS<br />
Tanto o PDS caiu como<br />
uma luva para Paulo Pimentel<br />
corno Paulo Pimentel caiu como<br />
uma luva para o PDS no Parana:<br />
urn partido em ruinas para urn<br />
politico em ruinas - urn afunda<br />
o outro. Urn politico completamente<br />
desmoralizado e urn part ido<br />
completarnente desmoralizado,<br />
0 fim dos dois nab poderia<br />
ser rnais triste e melancólico.<br />
Nem sapo se cria mais nesse<br />
charco.<br />
ESCRITORIO DE ADVOCACIA<br />
* Dr. Edison Peccini<br />
OAPB-PR. 9975-B - CPF 061535.340-15<br />
Dr. Rui Alberta Meder<br />
OAB-PR. 10,799-B - CPF 061.473.480-00<br />
CAUSAS CIVEIS, CRIMINAlS, TRABAIHISTAS<br />
Av. Brasil, 1777 - Sala 2<br />
(Em frente a Santa Casa) - Fone: 74-2763<br />
Foz do Iguaçu - Paraná<br />
T<br />
Lt)<br />
C<br />
0<br />
Cr)<br />
ED<br />
r-<br />
0 a.<br />
w<br />
C,,<br />
(I,<br />
0
P s1U<br />
- (.\<br />
^ - -,:: ^ ^ ^- ^Tj' I<br />
Ofertas imobiliárias<br />
ARQUIVOS DO<br />
DOPS<br />
r ESTIN EM I Fim da<br />
Lei de<br />
Segurança<br />
Nacional<br />
TOLEDO Uma exigêncip<br />
da Nação.<br />
Nada disso de queirnar Os arquwo<br />
do DOPS, as fichas dos<br />
marcados pelos golpistas de<br />
1964 em diante. No cometam o<br />
mesmo erro de Rui Barbosa, que<br />
fez destruir vasta documentaço<br />
sobre a escravidão no Brasil.<br />
Além de agredir o registro histórico,<br />
isso acrescentou mais uma<br />
vergonha àquele pen'odo. Eu,<br />
ue sou fichado no DOPS des-<br />
Je 1968, quero minha ficha bern<br />
guardadinha e bern protegida.<br />
Quarido, no futuro, tiver que<br />
provar que tive a honra de ter Sido<br />
marcado e perseguido pelo<br />
mais vergonhoso governo que 0<br />
Brasil jé teve, poderei precisar<br />
desse documento. Essa condecoraçäo<br />
eu näo quero que se<br />
perca. (JU)<br />
PROJETO<br />
VIRAçAO<br />
Essa é urna boa: o Grupo Vi.<br />
rack, de Cascavel, estará promovendo<br />
no próximo sãbado, dia<br />
22, a partir das 14 horas, o I Projew<br />
Viracäo que apresentará 4<br />
grupos de MPB: "Cheiro de Gasolina",<br />
'Azambauca", "Fernando"<br />
(flautista) e Ramiro<br />
(Cascavel).<br />
Tmabém esté programada<br />
a apresentacäo de quatro fumes,<br />
dois dos quais premiados no Festival<br />
de Gramado. Säo eles: "Porta<br />
Fechada", "Via Crucis", "Fiji<br />
Eu Que Matei o Gato" e "Desaarec<br />
jmento de Sete Quedas".<br />
Vários cantores e compositores<br />
já se inscreveram para part;cipar<br />
do 9o. FESTIN - Festival<br />
de Inverno a ser realizado em<br />
Toledo nos dias 27, 28 e 29 de<br />
julho. E arnanhá' (quinta-feira)<br />
tern in(cio a Feira do Artesanato<br />
no Mini-Ginásio Hugo Zeni.<br />
A prornocäo é da Secretaria<br />
de Educaco e Cultura e tern como<br />
objetivo prornover o intercâmbio<br />
cultural da regiâo, estimular<br />
o gosto pelo artesanato e<br />
artes musicais bern corno desenvolver<br />
o senso cr(tico da comunidade.<br />
0 Festival da Canco terá<br />
corno local de execuçäo o Cine<br />
Imperial, corn ini'cio previsto para<br />
as 20 horas. Os prérnios väo<br />
de 30 a 150 rnil cruzeiros e ser5o<br />
oferecidos por empresas de Toledo.<br />
Q 'j 4t^) e EA o<br />
8<br />
COMERCIO E EXPORTAçAO DE<br />
PEAS PARA VEICULOS<br />
IPEAS SOMENTE<br />
MERCEDES BENZ<br />
Av. Juscelino Kubitscheck, 364<br />
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Foz do Iguaçu - Paraná<br />
SESC<br />
PROMOVE<br />
JOGOS<br />
DE INVERNO<br />
Numa promoco do SESC, e<br />
Departamento de Educaçäo FIsica<br />
e Esportes do Municl'pio de<br />
Cascavel, tiveram inicio no dia<br />
17 Ciltimos os Jogos de Inverno<br />
do Comerciário nas modalidades<br />
de: bolâ'o, bocha, cabo de guerra,<br />
canastra, dama, futsal, vôlei,<br />
tënis de mesa e truco.<br />
Encerramento está marcado<br />
para o dia 31 e os locals das disputas<br />
säo o CTG Gaudérios do<br />
Oeste e o Centro Esportivo Ciro<br />
Nardi.<br />
Entre outras equipes estão<br />
participando: Farmácia Santa<br />
Cruz, Herrnácia, Cascavel Esporte<br />
Clube, Inomata, Contibrasil,<br />
Paraná Solo, Muffatäo, Destro,<br />
Datta, Vegrande, Coopavel e<br />
Boutique Madmey.<br />
STUDIO BOGONI<br />
• Fotografias e reportagens<br />
• Atendemos charnados<br />
• Vendas de máquinas<br />
fotográficas<br />
• RevelaçOes a cores e preto<br />
e branco<br />
Rua Argentina, 1274<br />
Fone: 74-1336<br />
Medianeira - Parana<br />
VILA YOLANDA<br />
Uma case rosidencial edificeda em<br />
alvenario, constitu Ida de trés quartos,<br />
urn banheiro, urns cozinha,<br />
uma sale/cope, uma garegem 0 urna<br />
Area de servos.<br />
JARDIM RESIDENCIAL<br />
ITAM AR All<br />
Uma case residencial, edificede em<br />
alvenaria, constitu Ida do urn quarto,<br />
uma suite, urn banheiro social,<br />
uma sale, uma cope, uma cozinha a<br />
ume area do serviços.<br />
JARDIM ELIZA-<br />
Urns case residencial edificeda em<br />
Alvenaria, constitu Ida, de trés quartos.<br />
uma sale, uma cozinha, urn benheiro<br />
e uma area de servico -<br />
PARQUE IMPERATRIZ<br />
Uma case residencial edificeda em<br />
Alvenaria, constitu Ida do dolt quarlos,<br />
urna sale, uma copa, uma cozinha,<br />
urn banheiro, ume garagern,<br />
urna area do serviços e dependéncia<br />
de empregada corn banheiro.<br />
JARDIM DO PARANA<br />
Uma case residencial edificads, em<br />
alvenaria, constitu Ida do quatro<br />
quartos, urna sale, urne Cozinha,<br />
dois banheiros e uma area do sarvicot.<br />
CONJUNTO RESIDENCIAL<br />
LIBRA<br />
Urna case residencjel edificada em<br />
Alvenaria, constitulde do trés quartos,<br />
urna sale, uma cope, uma cozinha,<br />
urn banhairo, uma area do serviço<br />
o abrigo pare carro.<br />
JARDIM NAIPI<br />
Uma case residencial edificada em<br />
alvenaria, constitu Ida de trés quartos,<br />
sendo quo dolt contém arrnáruos<br />
ernbutidos, urna sale, uma copa,<br />
uma cozinha, urn banhoiro, area de<br />
sorvicos a abrigo pare carro.<br />
CAMPOS DO IGUAçU<br />
Duas cases do alvenaria do tipo conjugado<br />
contendo cada urna trés<br />
quartos, sondo urna suite, urna Cala,<br />
urn banheiro social, urna cozinha,<br />
area do serviços o abrigo Para<br />
carro.<br />
RUA RUY BARBOSA<br />
Urn apartamonto residoncial, n. 302<br />
do Tipo "C .', situado no 4o. pavimento<br />
ou 3o. andar do Edificio<br />
Asalèia, Localizado a rue Ruy Barbose,<br />
constituido do urn quarto,<br />
urna sale, urna cozinha, urn banheiro<br />
a urna area do serviço<br />
PARQUE RESIDENCIAL<br />
OURO VERDE<br />
Uma case corn dais quartos, uma sa-<br />
Ia, uma cozinha o area de serviços.<br />
Uma case corn urn quarto, uma sale<br />
ecozinha.(Obs: arnbasen, madeira)<br />
PORTAL DA FOZ<br />
Umacase corn dais quartos, uma Ca-<br />
Ia, urna cozinha, urn banheiro, area<br />
do servicos o abrigo pare carro.<br />
(Obs... em madeira).<br />
FOTO<br />
AVENIDA<br />
LIVRARIA<br />
ZARPEL<br />
• Artigos Para escritóruo<br />
• Material escolar<br />
• Material para eenharia e desenho<br />
• A,rtigos Para pintura.<br />
TUDO PELO MELHOR PREO DA CIDADE<br />
Rue Sete de Setombro, 1661 - Fooe: 23-6771<br />
CASCAVEL<br />
- PARANA<br />
fotográficos<br />
Serv em iços geral<br />
Comercial e residencial<br />
Av. Maripa, 696, fone: 54-1566<br />
Em frente a Praça Willy Barth<br />
CEP 85.960 Mel. C. Rondon - Pr.<br />
'<br />
PARQUE RESIDENCIAL<br />
PR ES IDE NTE<br />
Urna case corn trés quartos, urna so-<br />
[a, umacozinha, urn banheiro e area<br />
de serviços. (Obs, em elvenaria).<br />
JARDIM ELIZA<br />
Uma case corn trés quartos, uma an-<br />
Ia, urna cozinha, urn banheiro e area<br />
do servicos. (Obs.: orn alvenaria).<br />
RUA PRESIDENTE CLEVELAND<br />
Urna case corn dolt quartos, uma cola,<br />
urna cozinha e urn banhoiro.<br />
(Obs. em madeira).<br />
JARDIM DO PARANA<br />
Urns case corn quatro quartos, ume<br />
sale, urna cozinha, dolt banheiros e<br />
Area de serviço. (obs.: em alvenaria)<br />
Uma case corn dois quartos, uma %ala,<br />
urna cozinha e urn banhairo<br />
(Obs.: em madeira).<br />
PAROUE MORUMBI - 3a. PARTE<br />
Urna case corn urn quarto, urns cozinha<br />
a urn banheiro. (Obs.: em me-<br />
Claire).<br />
RUA TIRADENTES, n. 66<br />
Urn apartarnento rosidencial constituldo<br />
de urn quarto, urna sale, cozinha,<br />
banheiro, area de servico e<br />
uma secede. (Edit. Luiz Cerinzio).<br />
JARDIM JUPIRA<br />
Dois apartamentos residencjais, ambos<br />
consituido do sois quartos, urna<br />
sale, ume cozinha, area do serviços,<br />
urn banheiro social e urns secede,<br />
todos os quartos corn benheiro.<br />
lObs.: ao [ado do Edificlo Expodoma).<br />
JARDIM JUPIRA<br />
Dues sales cornercials, urna corn<br />
312,00 m2 (Irezentos e doze metros<br />
quadredos) e outra corn 208,00<br />
m2(duzentos o oito metros quadrados).<br />
(Obs.: ao lado do Edit iclo Expodome).<br />
Urn Depôsito (Poräo) corn area de<br />
520,00 m2 )quinesos e vinte metros<br />
quadrados). (Obs.: ao lado do<br />
Ediflcio Expodorna).<br />
RUA QUINTINO BOCAIÜVA<br />
Urna sale comercial corn 140.00 rn2<br />
(cento e quarenta metros quadrados).<br />
Duos sales cornerciais corn 35,00<br />
m2)trinta e cinco metros quadrados)<br />
cada.<br />
Uma sale cornercial corn 33,00 m2<br />
(trinta e trés metros quadrados).<br />
Urna sale comercial corn 30,00 rn2<br />
(trinta metros quadrados.<br />
(Obs.: Rua Quintuno Bocaiüva- proximo<br />
00 Banco Real)<br />
AV. REPUBLICA ARGENTINA<br />
Uma sale comercial corn 30 m2<br />
(trinta metros quadrados). lObs.:<br />
prOximo ao Açougue Maracanâj,<br />
JARDIM JUPIRA<br />
Trés sales comerciajs corn 60 rn2<br />
(sessenta metros quadrados) cada.<br />
)PrOximo a Exportadora Real).<br />
.<br />
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Osmar<br />
Lautenschleiger -<br />
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Avenida Maripá, 95<br />
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.1dvocdcia s,;zciical,<br />
fundaçao e assisténcia<br />
a sindicatos<br />
de trabalizadores<br />
Centro Comarcial Lince<br />
R. Souza Nav es , 442 - Conj.509<br />
Tel.: (0452) 23-7741<br />
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(OBRAI P<br />
ff%kACM1%f%'<br />
JIYILI1I#V<br />
rAC Lobato: ate jogando tinis<br />
R A-<br />
Vereadores do PDS brigam<br />
pelo trono de Cunha Vianna<br />
Enquanto o PMDB realiza<br />
corn icios nos bairros de Foz do<br />
Iguaçu visando conscientizar 0<br />
povo para a necessidade de se<br />
realizar eleicOes diretas em Foz<br />
e em todos os Municipios da<br />
Area de seguranca nacional, alguns<br />
"prefeituráveis" do PDS<br />
iniciararn urna verdadeira corrida<br />
ao Paco Municipal e cada<br />
urn procura desestabilizar o outro<br />
denunciando ou fazendo fofocas.<br />
E cobra comendo cobra.<br />
Nesta luta pela successäo<br />
municipal. o vereador Alberto<br />
Kocibi. provavelmente o mais<br />
forte candidato nurna eleiço<br />
imoral indireta, teria feito diversas<br />
viagens a Brasilia e a<br />
Curitiba tentandoobter o "sim'<br />
em torno de seu norne. Nesta<br />
luta Beto Koelbi contaria corn<br />
o apoio de urn ministro ligado<br />
a area econôrnica, mas no ser<br />
bern visto por Costa Cavalcanti,<br />
corn quem ja teve desentendiniento<br />
durante as desapro.<br />
priaçOes de Itaipu. Cunha Vian-<br />
na tambem terne entregai' o p0der<br />
a este vereador por ter ele várias<br />
vezes repetido que faria uma<br />
adrninistracào em conjunto corn<br />
o PMDB e neste caso os homens<br />
do PMDB näo hesitariarn cm expor<br />
publicarnente toda a podrido<br />
da atual administraço.<br />
Srgio Lobato, por sua vcz.<br />
também realizou viagens a Brasilia<br />
mas voltou decepcionado.<br />
Certa vez, ao retornar da Capital<br />
Federal, teria confidenciado<br />
a urn amigo:<br />
—Nao adianta, o Dicio Cardoso<br />
d urn candidato muito forte.<br />
Etc tern o apoio do coronet.<br />
Corno no obteve apoio em<br />
Brasilia, Sérgio Lobato procurou<br />
se encostar algumas autoridades<br />
em Curitiba. Em suas peregrina- -<br />
çoes a capital paranaense manteye<br />
contatos corn vários deputados<br />
e tentou obter o apolo Ja imprensa<br />
chegando at6 a jogIr go!fe<br />
e ténis corn membros da revista<br />
"Manchete". As rnás linguas<br />
dizern que dc teria tentado ate<br />
Corn preço ünico vocé pode<br />
saborear churrasco a vontade e 28 pratos<br />
no buffet frio e quente, além de<br />
sobremesa incluida. Müsica tIpica da<br />
Argentina, Paraguai, Bolivia e show<br />
hurnorita brasileiro.<br />
Churrascaria<br />
Bottega.A Casa do -<br />
turista na Foz do<br />
lguaçu.<br />
CHURRASCARIA BOUEGA<br />
Rodovia das Cataratas, 1177. Reservas polo Fone: 74-3384.<br />
uma audiCncia corn o governador<br />
Jose Richa, mas corno o deputado<br />
Sergio Spada se recusou a acompanhá-lo,<br />
seus planos foram<br />
por agua abaixo.<br />
Enquanto isso. Joao Kuster<br />
e Justino Bianco tentam conseguir<br />
adesOes a nfvel! ,)cal. Urn<br />
deles teria intenção de formar uma<br />
comitiva de ernpresários e<br />
deres locais para fazer uma visita<br />
a Brasilia e tentar sensibilizar autoridades<br />
fede rais. Wadis Benvenutti,<br />
por sua vez, vem trabaihando<br />
em siléncio. E!e jura que<br />
näo C candidato, mas todos sabern<br />
que o posto hoje ocupado<br />
por Cunha Vianna C cobiçado<br />
por muitos vereadores. Urn dos<br />
quais, Wadis Benvenutti. "Esse<br />
rapaz C perigoso. Trabaiha em si-<br />
Iëncio, tern competCncia e pode<br />
ser o prOxirno prefeito", teria dto<br />
Alberto Koelbi nos corredores<br />
da Cãmara Municipal. No se sabe<br />
qual o respaldo que Benvenutti<br />
teria na esfera federal. mas C<br />
certo que conta corn a simpatla<br />
de pessoas influentes no Estado.<br />
DCrcio Cardoso, o atual presidente<br />
da Codefi, seria o candidato<br />
mais forte atC o niomento<br />
porque conta corn o apolo incondicional<br />
do atual interventor<br />
Clóvis Vianna. Os dois teriam<br />
feito várias viagens a Brasilia numa<br />
verdadeira maratona aos gabinetes<br />
ministeriais, conchavando<br />
corn deputados e tentando obter<br />
o "siin' do Conseiho de Seguranca<br />
Nacional. Vianna teria<br />
confidenciado que no deixa o<br />
cargo a outra pessoa que no Seja<br />
DCcio Cardosso. A explicaçao<br />
para a preferéncia de Vianna C<br />
lógica: sendo hornem Je con fiança,<br />
DCcio Cardoso jantais pro<br />
moveria uma devassa na adminis<br />
traço Cunha Vianna.<br />
Justamente por ser DCcio<br />
Cardoso o homem de confiança<br />
de Vianna e atualmente o mais<br />
forte candidato a interventor e<br />
que começararn as tentativas visando<br />
desestabiliza-lo. A primeira<br />
ocorreu esta semana, quando<br />
cenenas de fotocópias circula-<br />
Wadis: trabaihando em silêncio<br />
I<br />
.,^: j<br />
Koelbi: viag.ns e mais v.gens a<br />
Bras IIIL<br />
RFGIST R C Is] C I REGISTRO GERAL 00i<br />
-.,adrantc 10 (do;), adric-jls 01 (hun), Peter 51 thquoot. • -<br />
I quntx-o), Quotro 12 (doze) lote 791 (aeteceotno noventa um<br />
cq e ores do 6.014,80n2 oe10 oil quatorco z.atroo e oitentn o don&etroo<br />
qundrnioo), eon bentotoo-l.o, sitw,do no qnadxo urbono -<br />
--deoto Oidedo, d,tn ?tunicipio o Conor-ca, oop-eeodido dootrO don<br />
ooEoiutee dtvzo e conrrontaqloo- ao orte, linit& por oxea 11na<br />
rote o corn do 76.53 metros , no runo do W 85 8 17'NE, c0nfontondo<br />
00: o Ccmiida do n.ueaonuto do Par-on. - C'L2, *0 8xi<br />
lizita por un. It.nha rota e onto do 75,00 ootroe, n0 do BY -<br />
85;17iE, polo a2irazezxto proda1, co;frontacdo coo "'co a bond. -<br />
2cr-to Eoxie1ptoag; • I,ecto, liz.jta for 000 lithe ret, 0 0000 do<br />
78,t0 zctroO, no rum do BE 05434 '30'1;U, conrrontundo coo o into!<br />
000717, d% pro., do Pveteitura fluntcipal do For do Iguaçu -<br />
P2; 0 0 Onoto, itnita por uoa itch. rote e coca do 79,96 notrom,no<br />
z-uxno do BE 06939 1 57-511, ooufrootendo cc= 0 into nc795 '1'00o/<br />
do confortdndo nun aUWl?XCtçAO do parts do into urbonO n052, do<br />
Porte Porte do j'atrjconjo Iunieia1 d-ot, cidnde, no Zone ?'. -<br />
coo a area di 4.874,80o2 0 pa-to do loto n052, do L1xth,x Guorapona,<br />
deeta Cidods, coo no dizetctoo do 19,90 x 60,00 oetroo, , 00 -<br />
xejon 1.140,00*2, coxxotanteo do tracccricoo quo don orieo a pro-<br />
Oote itatn-tcnia, do ocordo con Piarti, ?.coorlo2 I)eIcrttdvo a<br />
creto Itnmictpoi 003.572, otado do 26 do con-onto uno 0 000, quo<br />
itan ar-,uj yodOo coats Otnclo sob 0080/1.567. BevIdo pole troco-/<br />
cnico9 n 0 23.677, Lero 5-1', dents ottcto. 0 rot,r-ido e oerdo4e<br />
don fo For do l5uequ, 22 do ootoo.bro do<br />
- C010A2S1b LZ 0l2WO 0I1?0 05 FOE DO IGAtI<br />
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'tenor do fx, ur-o C}i5L?OR - CO,ECIO bs ItATiRiAIS PARk cotsisticz6<br />
p0000i. Juiinhco do dire ito privuo. cc.: o,-de no Cjdade do<br />
ritibo, nerto iotndn, tcocnit. on CGC do X.F. rob 7.9]h395/oOl -<br />
46, per Eacriturn ijF1ico do Coopri e Vend., Inu-ru-Jo on f1o.18°nc,<br />
d liv-ro_nc9t_1, en' deta do 23 do c*toEbro di 1°6O, too octoc do -<br />
2Tbo1ieodeot. Cidndo,_Sr.Cur2oe Luis ton.eao, reDo colon do<br />
00 fcc do di 6lt0nn;00000tçoen corotx.ç.000 do Lvcri77<br />
atrv-seotodo o C do lArkS, nob c842363-5orje P. a5eccio<br />
Cido 'ie,cue tic,, orp,ivodo ,-.00te Ofoejo not- rf&J1542. Te1oido 54 -<br />
no nob o?t&)O9L3, no volor do OO6O(0O 00, robrea avJiu9no teI<br />
256.000.000,00.. Curt,, - ),7900iiC no isik'o,ce; o CPC S9.5>0D.<br />
0 re1'erido e cerdode 0 dou fe. Po,. do isocu, 06 de deze=bro I<br />
1982--------------------------------------------- 030L 1<br />
AV -02/15 t87;-Certifico e don 1, quo do conforeldade cc Autonira<br />
coo vxpedld. polo vondedor, quo tine erquivado neOte Ofoclo oOb t<br />
82/1542, tie. c.oe.;.d. o eoodicuo to nrcrer,tc' tnrvtrDte do 2-011<br />
in pr0000to, po: tot oldo lio,lidndu. 0 rel'rxdo c vordude. P't 4 off<br />
-lo'u, Fu OS do ' vet-ru to 1'-t2. .......................... ------<br />
411<br />
t<br />
A fotocópia circula pela cidade de Fo:<br />
deu urn terreno no centro da cidade p<br />
ram nos melos politicos e ernpre<br />
sariais da cidade. Era uma escritura<br />
de compra e venda em que<br />
a CODEFI--Cornpanhia de Desenvolvirnento<br />
de Foz do lgua.<br />
çu vendia urn terreno de sua propriedade<br />
a empresa hoteleira<br />
SOTELPA, cujo sócio majoritário<br />
C o sogro de DCcio Cardoso,<br />
presidente da CODE Ft.<br />
A transaçço pode ser legal,<br />
rnas tern urn forte cheiro de irnoralidade<br />
quando se observa que o<br />
terreno em qucstIo tern urna area<br />
de 6.014.80rn2, flea praticamente<br />
no centro da cidade<br />
(Jorge Schmimmelpfeng) e foi yendido<br />
pela importância de Cr5<br />
6.000.000.00 que foram pagos<br />
da seguinte forma: 3 milhoes a<br />
vista e o restante dividido em 14<br />
pagamentos, sendo 12 de 200<br />
ml! e 2 de 300 mil cruzciros scm<br />
juros nern correço monetária.<br />
do Iguacu e prova qua a Codefi vonr<br />
6 rnilhöes de cruzeiros.<br />
Foi urn negócio da China. Nem<br />
urn pai faria isso para urn filho e<br />
se eu souhesse teria cornprado,<br />
pois hoje aquele terreno vale<br />
mais de 50 milhOes ",<br />
comentou urn vereador do Pl)S<br />
que pediu 'pelo amor de Deus"<br />
para näo ser identificado.<br />
8 bern verdade- con tinou o<br />
vereador- que a transação fol feita<br />
no final de 1981, rnas mesmo<br />
assim foi vendido por urn preco<br />
in sign ifican te e desta maneira os<br />
cofres pUblicos foram, mais uma<br />
vezlesados'.<br />
E provãvel que no niês de agosto<br />
, quando serao reiniciados<br />
os trabalhos do Legislativo iguacuense,<br />
urn i pedido de informacáo<br />
deva 5cr feito nesse sentido.<br />
quando ento Decio Cardoso<br />
terá que pular niifldo para cxplicar<br />
toda a transaçio.<br />
AR C IONA 1 AGORA COM PREOS E cONDIcoEs<br />
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67 mil desabrigados e 14 mortos<br />
As áyuas trouxeram morte e dostruçäo 56 no Peraná ha 67 m! dasabrigados I<br />
Corn o registro de mais urn<br />
caso de afogamento em Unio<br />
da Vitória, subiu para 14 o nümero<br />
de mortos em consequência<br />
das enchentes no Paranâ. Dos<br />
38 munic(pios atingidos, ha seis<br />
em Estado de catamidade pUbli<br />
Ca e 32 em estado de emergéncia.<br />
A Defesa Civil, através de levantamento<br />
permanente que realiza,<br />
corn a coleta de dados em<br />
todo 0 estado, já contava na manh<br />
g de segunda-feira a existência<br />
de 67 mil e 430 desabrigados.<br />
A coordenadora estadual de<br />
Defesa Civil dispe de telefone<br />
199 para atendirnento ao pCiblico<br />
na regiâo metropolitana de<br />
Curitiba. 0 secretário Luiz Felipe<br />
Mussi, da Seguranca, disse<br />
que todos os donativos recolhidos<br />
em Curitiba deveräo ser enviados<br />
ao Ginásio do Tarum',<br />
dentro do proprósito de racionaIizaco<br />
do trabaiho de auxflio<br />
aos flagelados. Os donativos mais<br />
rtecessãrios säo cobertores, colchôes,<br />
material de limpeza e higierle.<br />
TREM DASOLIDARIEDADE<br />
0 "Trem da Solidariedade"<br />
deverá partir nos próxirnos dias<br />
de Ourinhos para o Sul corn, no<br />
m(nimo, 12 vagôes de doacöes,<br />
10 dos quais corn telhas e tijolos<br />
doados pela Associaço Corner-<br />
cial e Industrial de Ourinhos, suficiente<br />
para a reconstruçâo de<br />
100 casas, na cidade que o governador<br />
Franco Montoro escolher<br />
para ser adotada.<br />
MAONS<br />
A campanha de solidariedade<br />
as vi'timas das enchentes no<br />
Paraná recebeu urna doaco no<br />
valor de urn milh5o de cruzeiros<br />
depositada no Banest3do. pela<br />
Grande Loja Unida do Paran j.<br />
0 recibo desse depósitu fot<br />
entregue ao chefe da Casa Civi<br />
Otto Bracarense Costa pelo grâomestre<br />
Sila Pioli, que na opontunidade<br />
disse ser aquele gesto de<br />
cunho sirnbólico, corn intuito de<br />
que a exernplo da Grande Lola<br />
Unida do Paraná, outras entidades<br />
tambérn facam suas doacöes.<br />
DO AMAPA<br />
A Secretaria de Promocão<br />
Social do Amapà, em telex enviado<br />
30 secretário Luiz Cordoni<br />
JCinior, da Saóde, comunica que<br />
estã enviando aos flagelados das<br />
enchentes no Paraná alimeritos,<br />
remédios, água mineral, cobertores<br />
e roupas.<br />
ASS E MB LE IA<br />
A Assembléia Legislativa do<br />
Paranâ propOs 30 governador Jose<br />
Richa a formaco de uma cornissffo<br />
de alto nivel para pleitar<br />
aux (ho humanitário internacio-<br />
ol 0.40 p<br />
Av. Brash, 3010, Fono 23-5464 I I J .J...F jS...? tF,Jt/ '<br />
CASCAVEL — PARANA - i [EP.0OLIBANO.3 EMFRENTE AO SAL0 DE BAILE TREVO. 0<br />
nal ao Estado, diante da grave situacäo<br />
provocada pelas enchentes.<br />
A Comisso de Alto Nivel<br />
sugerida pela Assembléia deverá<br />
ser formada por representantes<br />
dos Poderes PCiblicos, do empresariado,<br />
dos sindicatos de traba-<br />
Ihadores, das Igrejas e dos Clubes<br />
de Serviço que operam no terntório<br />
do Paranà.<br />
A QUEM PEDIR<br />
Segundo o deputado Trajano<br />
Bastos, presidente da Assembléia<br />
Legislativa, essa Comisso<br />
supervisonaria os esforcos<br />
para obtenco de recursos humanitários<br />
junto a comunidade internacional,<br />
procurando manter<br />
coritatos corn as instituicöes que<br />
prestarn auxi'lio internacional,<br />
notadamente a Cruz Vermelha<br />
Internacional, o Conselho Mundial<br />
de lgrejas, a Fundaço Rotana,<br />
a Organizacão Mundial de Lions,<br />
as Fraternidades lnternacionais,<br />
a Igreja Catôlica, a Organizaco<br />
das Nacöes Unidas e outros<br />
programas similares.<br />
Restaurante<br />
Concordia<br />
"A Comissão de Alto NI.<br />
vel procurará - disse o deputadoainda<br />
divulgar informaçöes detalhadas<br />
sobre as ocorrêndias, estabelecendo<br />
contatos corn os organismos<br />
de imprensa, notadamente<br />
as agéncias noticiosas internacionais".<br />
Esse organismo ficará,<br />
ainda, encarregado da administraçáo<br />
da ajuda e da prestacäo de<br />
contas necessária -.<br />
EM VIGILIA<br />
0 deputado declarou ainda<br />
que "a Assembléia se considera<br />
em vigilia, para atender prontamente,<br />
corn os remédios a seu<br />
alcance, o povo do Paraná".<br />
Trajano Bastos destacou que<br />
o governador José Richa, que se<br />
encontra em Bras(lia, já foi<br />
informado através do chefe da<br />
Casa Civil, Otto Bracarense Costa,<br />
quanto a proposta do Legislativo<br />
e a acolheu plenamente. Agora<br />
a Assembleta espera que o<br />
Governo Federal compareca corn<br />
apoio mais expressivo do que as<br />
parcelas ate agora anunciadas para<br />
atender os Estados do Sul. -<br />
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C<br />
0<br />
2 Ca<br />
0<br />
0<br />
0 Rinclo So Francisco é, provavelrnente,<br />
o maior baino do interior<br />
do I'arani Corn quase 20 ml! habitantes<br />
(c cerca de 8 mil eleitores),<br />
este bairro distante 8 quilômetros do<br />
Centro do For do Iguacu é formado<br />
P01 tres lotcarnentos: Morumbi I, II<br />
e Ill e atualmente esti quase emenda-<br />
do corn urn quarto: o Portal da Foz.<br />
Nascido cm funçio de maLt urn<br />
dos tantos cirns (ou seria ma fe)<br />
cometidos pela administraçao Clóvis<br />
Cunha Vianna, quo autonzou o loteamento<br />
"no fun do mundo" para favorecer<br />
urna imohiiiria, o Rinco<br />
São Francisco serviu pars atender<br />
os milhares do ompregados do Itaipu.<br />
Corn o pasar dos anos, no auge do<br />
Itaipu, o Rincdo tornou-se uma area<br />
relativarnente próspera. apesar dos<br />
inürneros problernas enfrentados em<br />
funçao do compicto abandono pot<br />
parte do poder piiblico municipal.<br />
Mas hoje a situacäo é diferente: "Do<br />
c3da 10 pessoas que a gente encontra<br />
4 estäo dosomprogadas", garante Antonio<br />
das Graçaa, vereador do bairn,<br />
elcito corn 1.600 votos. Fazendo uma<br />
anIlise mais fria, o vereador acredita<br />
quo 40 por canto da poputação residente<br />
naquele hairro estio desempregados.<br />
Cornerciantes da toca!idade<br />
acham quo case nürnero sobe Para 50<br />
pot cento somando-se os quo<br />
vivem de "bicos".<br />
Formado em sua maioria pot<br />
pessoas do baixa rends, o Rincio São<br />
Francisco aprosenta tioje problemas<br />
serIsaiinos akm do desemprego: mor•<br />
talidade infantil elevada, falta de<br />
assisténcia méda, ruas em pessimo<br />
estado de conservaçio, coletivos precdrios...<br />
(3m dado estarrecedor, constatado<br />
após cansstiva pesquisa do Setor<br />
Jovern do PMDB: mil crianças na<br />
idade de 7a I2anosestosemescola<br />
pot falla do vagas.<br />
Dando tnicio a uma série de reportagens<br />
sobre este bairro, NOSSO<br />
TEMPO ouviu comerciantes, soldados<br />
do módulo poUciat c o vereador Antonio<br />
das Graças quo constatou metancólicamentc:<br />
"Tern muita criança<br />
morrendo pot causa de doenças, mas<br />
nós sabemos que a grande responsável<br />
é mesmo a lome".<br />
RIN(AO SAO FAN(IS(O<br />
........... I-<br />
.. ::.<br />
-T-fl<br />
04 6<br />
V :'<br />
z ..:t<br />
Julio: raunca vi tantos desempregados<br />
JULIO DONIN (fotógrafo)eu<br />
não sou o tinico fotógrafo<br />
daqui. Tern urn outro mais<br />
I pra baixo. VocêssodojornaI<br />
<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>? Meus parabéns,<br />
tâ born esse jornalzinho. Antes<br />
eu comprava a 'Folha I ,<br />
mas desisti porque näo publicam<br />
mais nada que interesse gente.<br />
A crise? Bah, rapaz, estd muito<br />
grande. Tern muita gente desempregada<br />
e o movimento caiu<br />
rnuito. Teve horas que eu pensei<br />
em fechar. Ainda por azar, esses<br />
dias passaram dois picaretas tirando<br />
fotografias de todo mundo,<br />
faturaram urna nota e foram<br />
embora. E nós que pagarnos irnpostos<br />
estarnos a( sofrendo. 0-<br />
Iha, rapaz, o negocic està ficando<br />
cada dia mais difIcil. Antes a<br />
gente trabalhava menos e sobrava<br />
dinheiro. Hoje, so trabaiha,<br />
trabalha e mál dá para a despesa<br />
da famllia. Isso corn muita economia."<br />
"Aqui eu pago 7 mil por<br />
rnês de aluguel. So desta pecinha<br />
onde tenrta o toto. Depois tern<br />
ainda a Iuz e a Sgua. Tern o<br />
transporte,rnas quando no choye<br />
procuro andar a p6 para econornizar".<br />
-.<br />
••.-'•'<br />
<br />
j•<br />
! fi'4'•<br />
Fome, desemprego, doencas,<br />
analf abefismo .1.desespero<br />
"Pensel ate em fechar as porta<br />
Entra uma mulher corn duas<br />
criancas:<br />
—Quanto e que custa para<br />
fazer foto pra identidade?<br />
O fotógrafo responde: rniI e<br />
quinhentos cruzeiros para trés fotografias<br />
5 x 7.<br />
—Tern que set serviço garantido<br />
porque eu fui bater IS na cidade<br />
e as fotos näo prestararn.<br />
—Meu serviço 6 garantido e<br />
o preço 6 estabelecido pela Uniäo<br />
dos Fotografos, responde<br />
Julio.<br />
A mulher diz que vai arrumar<br />
os cabelos e no dia seguinte<br />
bater as fotos. 0 fotOgrafo continua:<br />
"Aqui no Rincéo temos<br />
problemas de escolas também.<br />
ei que tern muita gente Sem au-<br />
Ia."<br />
"Mas o major probtema<br />
mesmo 6 o desemprego. Veja<br />
quanta gente nas ruas. Antes no<br />
se via isso. Eu mesmo tenho urn<br />
rapaz que estudava de dia e, para<br />
ajudar na despesa da casa, foi<br />
transferido para a noite,rnas ate<br />
agora néo consegulu arrumar serviço.<br />
JS faz uns seis rneses e na-<br />
'da. Pedimos ate 4uda para pol(ticos,<br />
mas não adiantou nada."<br />
Mortalidade infantil<br />
é muito acentuada<br />
SOLONSCHUTZ "Jd faz urn<br />
ano que abri esta farm àcia aqui<br />
no Rinco. No começo Ia bern,<br />
vendia rnuito, mas depois o pessoal<br />
começou a ganhar a conta<br />
no Unicon (Unicon ë a empreiteira<br />
de Itaipu) e a movirnento<br />
começou a fracassar. Hoje deve<br />
ter aqui na vila mais de 5 mil de .<br />
sempregados. 0 pessoal vern<br />
cornprar fiado todos as dias,<br />
mas a qente procurd sequrar, não<br />
vender a prazo, senäo quebra mesma,<br />
mas tern muitas vezes que 6<br />
impossivel. E quando chega uma<br />
mae no colo corn urna criança<br />
doente ou chega alguém chorando<br />
pedindo par urn remédlo e es.<br />
t6 sem dinheiro. Da ía gente tern<br />
que entregar. SO este mês deu 65<br />
mil do fiados. Tudo remédlo de<br />
500, 600 cruzeiros ,a gente<br />
vai deixar abguérn rnorrer<br />
causa deste dinheiro.<br />
"Eles procuram mais produ•<br />
tos populates: Dorif, Melagriäo,<br />
etc. 0 quo mais acontece aqui é<br />
criança corn desidrataçâb e gente<br />
corn problernas de pete. Acredito<br />
quo uma das causas é a falta de<br />
higiene, mas corn rebacão a desidrataço<br />
a causa d a fattade uma<br />
afimentaçäo adequada. Aqul chega<br />
muita criarlça chorando e a<br />
mae pensa que está doente. Na<br />
verdade 6 fome, porque não tern<br />
beite para beber. A mortalidade<br />
infantib 6 muito grande. N tomos<br />
dados sobre isso, mas todc<br />
mundo sabe que morre muita<br />
criança pequena".<br />
Solor-.:<br />
tern rnu:ta<br />
cr,anca<br />
pequens<br />
morrendo<br />
do fume
Crise e<br />
cabelos<br />
curtos<br />
MANOEL FERREIRA (barbel.<br />
ro) - 'O movimento aqul estã<br />
caindo muito. Qualquer urn pode<br />
ver que o negócio ti indo pro<br />
brejo. Eu trabalhava na Unicon,<br />
fui despedido porque eles näo<br />
precisavam malt de gente. Junto<br />
cornigo milhares ganharam a<br />
cortta. Me bati pela cidade Intelra<br />
e no achel emprego. Da( resolvi<br />
rnontar esta barbearia porque<br />
eu já havia trabalhado nitto.<br />
Dinheiro dá muito pouco. Parece<br />
incrivel, mat a crise é tao<br />
grande que o pessoal vem aqui e<br />
pede Para cortar a cabelo bern<br />
curtinho que é Para durar malt,<br />
e isso que eu cobro so 600 cruzeiros<br />
por urn corte de cabelo e<br />
mil cruzeiros Para fazer barba e<br />
cabelo. E aqui eu pago 5 mil de<br />
lugu el'.<br />
Folta<br />
co mid a<br />
Sebastião: nenhum fogão para conser.<br />
tar.<br />
SEBASTIAO DOS SANTOS - "Fez<br />
mais ou menos urls trés anos c'ue eu<br />
tenho esta oficina de conserto de fogoes.<br />
Já teve época boa, mas agora<br />
nâo di mais nada. Ho j e, pot exemplo,<br />
completou 8 das que eswu tern servico<br />
Esses fog5es clue estäo af pot fore<br />
ë ferro veiho clue comprei pare tirar<br />
peças . Aqui no Rinco é a seguinte:<br />
depois que 0 pessoal ganhou a Conta<br />
na itaipu. a Comércia fracassou pre<br />
todo mundo. Tern multa gente que iâ<br />
vendeu ou fehcou as portas e se conti'<br />
nuar desse jeito eu nSo posso aguentar<br />
muito tempo. Se, de muita gen'<br />
te clue está passando forne. E qua näo<br />
tern emprego e Os 'bicos' esto cada<br />
yes mais dificeis.<br />
"0 clue mais felts aqui no bairro<br />
é Comida. Felts tarnbém emprego,<br />
felts remédio, false dinheiro pre pager<br />
o lotaçäo e falti muitd coisa<br />
ma is".<br />
Saudades<br />
do pessool<br />
do Itaipu<br />
O ANTONIO DE MATOS (dono<br />
de armazém) - "Olha, rapaz, o<br />
movimento está muito fraco. Te-<br />
, rtho ate saudades dos tempos em<br />
CL que o pessoal da Itaipu vinha<br />
I comprar aqul. Hoje parte deste<br />
pessoal foi embora, mat uma ou-<br />
Co parte continua aqul, sO que<br />
estäo desempregados. Crirninalidade?<br />
La mais pra dma tern<br />
'1 haviaalgunstiroteios. Aqui já está<br />
mais tranquilo, mas já houve<br />
tempo feb. Os nossos maiores<br />
problemas hoje säo o transporte<br />
e a poeira. E sO dar uns dias de<br />
sole a gente come p6 prá mais de<br />
metro. Asfalto? Sel Ia, isso tá<br />
Ui muito demorado. Faz uns trés<br />
anos clue começaram e ainda es-<br />
0 tao na metade. Eu já nSa acredito<br />
muito nesse asfalto porque<br />
o faz mu Ito tempo que estao prometendo".<br />
Manool: cnise encu rta os cabelos<br />
0 tira-dentes<br />
do Rincôo<br />
"DENTISTA. DENTADU-<br />
HAS, EXTRAçOES. SERVIO<br />
GARANTIDO", diz a placa. La<br />
dentro do prédlo de tijotos urn<br />
jovem está atendendo duas meninas<br />
que aparentam 12 anos. Ha<br />
várias dentaduras esparramadas<br />
em dma da mesa. 0 ambiente<br />
n5o e asseado e tern aspecto de<br />
uma oficina. 0 rapaz pede que o<br />
repOrter espere urn rninuto enquanto<br />
val a pia (tern as necessa.<br />
nat condiçOes de higiene Para<br />
urn gabinete dentárbo), motha<br />
uma dentadura que estã preparando,<br />
lava as rnã'os e vem<br />
atender. De iniclo ele nâ'o quer<br />
falar, mat depois perde o recebo<br />
Para afirmar que "o movimento<br />
está fraco". Quando percebe a<br />
curiosidade do repOrter por sua<br />
situaçao profissional, sal pela<br />
tangente. "Eu aqui nao faco extraçôes,<br />
nem obturacOes. Apenas<br />
dentaduras. Mat o movimento<br />
está fraco, mu Ito fraco".<br />
Em determinado momento<br />
cia er-itrevista, o rapaz confessa<br />
que faz extracôes: "Mat sO quando<br />
a pesoa cheg con) OiLlita do<br />
e näo tern dinheiro Para ir a cidade.<br />
Dal eu cobro 500 cruzeiros<br />
I Para arroncar urn dente. 0 mew<br />
negocio é malt dentaduras. Essas<br />
eu cobro uns 8 mil cruzeiros,<br />
mat nem assirn tern movimento.<br />
0 pessoal está sem dinheiro", explica<br />
Cicero Soares, o "dentista"<br />
do Rincao So Francisco.<br />
Cicero nio quis br fotografado. E<br />
aqul quo ole trabaiha.<br />
Ririciio: felts de vagas nat escolas é urn problems sénia<br />
Mil criancas<br />
Antonio Fagundes é o secretário<br />
da Associacäo dos Moradores do<br />
Rinclo Säo Francisco. E/e é rambém<br />
dolegado do So tot Jovern do PMDB o<br />
conhece quase todo rnundo naquele<br />
ba/Pro. Na entrevista que concedeu<br />
00 NOSSO TEMPO e/e fe/a dos principals<br />
prob/ernas do bairro a rave/a<br />
quo numa pesquisa do Senor Jovom<br />
do PMOS foram descobertas rn/I<br />
criancas sam escola:<br />
P - Ouais 05 principais problemas<br />
aqul deste bairro7<br />
R - Os problemas aqui no Rinco<br />
Sffo Francisco tao muitos, mat a<br />
que a genIe considera malt grave.<br />
alérn da fome. tao os menores que es<br />
tao sent escudo. Not, do Setor Joveni<br />
do PMDB. fizemos uma pesquisa e<br />
chegamos a urn resultado desolador:<br />
mais de mill chances entre 7 e 12 anos<br />
estao tern escola. Fizemos urn Iraba-<br />
Iho sério, andando de case em case e<br />
temos em nos.so poder o nome de todas<br />
as cnianças.<br />
P - Por clue essas crianças es•<br />
to sem escola?<br />
R - A grande maioi-ia, malt do 90<br />
par cento, é por falta de vaga. Outras<br />
näo väo pot falia de condiçöes financeiras.<br />
Nes.se levantamento nOs chegamat<br />
a conclusao que é neceuino a<br />
construçao urgente de mats uma esco-<br />
Ia pals aqui nao ha nsais vagas e nmguérn<br />
pode pagan Iotacao paza estudar<br />
Ha trés metes fol instalado<br />
.irn p')sto di PM no RbncSo Sjo<br />
Francisco. Era urna velha reivindicacao<br />
dot moradores, assustados<br />
corn o alto (ndice de criminalidade.<br />
Alias, ha bern pouco<br />
tempo a RincSo Sã'o Francisco<br />
era conhecido como "a capital<br />
do bangue bangue". Em reportagem<br />
feita por este jamal em<br />
1982, urna senhora comentava a<br />
dbficuldade clue tinha Para encontrar<br />
emprego coma domestica<br />
"porque a pessoal pensa quo<br />
aqui sO mora marginal". Na verdade,<br />
o Rincao fol urn bairro<br />
violento. Hoje, porém, a situaçSo<br />
é diferente, garantem as saldados<br />
responsáveis pelo pasta da<br />
PM. 'NOs nSa podemos informar<br />
sea cniminalidadediminulu. Isso<br />
quem deve dizer é a populacSo,<br />
mat as inforrnaçes clue chegam<br />
W nOs dab conta que apOs a instalaçSo<br />
deste posto a coisa mudou<br />
Para meihar", diz o sargento<br />
Odair Michalinski.<br />
Ele lembra que as principals<br />
casos clue chegam ao posto sã'o<br />
ç sem escola<br />
na cidade.<br />
P - Por falar em transporte. Como<br />
está a questao'<br />
R - 0 problems do transponte<br />
coletivo é grave. Tern pessoas que<br />
precisam levanlar as 6 horas para chegar<br />
no frabatho as 8, tale a faita de 6nibus.<br />
Outro problema é a sujeira. Podent<br />
ver corno andam estes Onibus da<br />
Viaçao Itaipu que fazem esa linha:<br />
mais parecern chiqueiros.<br />
P - E o preço das passagens<br />
R Uma roub-siheira. Custa<br />
100 cruzeiros Para ii ate a cidade. l.<br />
so fazer as conies pare ver o absurdo.<br />
Urn trahalhador que use o Onihus 4<br />
vezes per ds gasta quase 12 mil por<br />
met sornente em txansporte. Pare<br />
quem ganlia 40 mil (coma é o caso de<br />
mui(a genIe daqui) significa desembolter<br />
30 por cento do salário para 0<br />
lolaçao. Ainda hem que o povo é pachico<br />
e so acomoda, senão näo Lel<br />
o que tue acontecer. Depois quc aumentlsu<br />
0 preco é comum a genie vet<br />
o pessoal ir pare cidadea pé,andando<br />
cerca de 8 quilômetsos, 1 sO levantar<br />
cedo Para comprovar. Des 4 e meia<br />
em diante centenas e centenas de Irabaihadores<br />
botam a marmita nat cottat<br />
e vão trabathar a pé. A noite,<br />
quando estáo canados, voltarn de ónihus,<br />
mat muitas vezes näo tern os<br />
100 cruze li-os e voltam a pé. Isso eu<br />
,icht., urn crime.<br />
"broncas de fam(Iia, que a gente<br />
tenta opinar por urn acerto amigavel.<br />
NSo tendo isto possi'vel,<br />
a gente encaminha ate a Delegacia".<br />
Funcionando 24 horas por<br />
dia e equipado corn rédbo e uma<br />
veranelo (o telefone deverá ser<br />
instalado bnevemente), as soldados<br />
tao frequentemente chamados<br />
tam'e'm Para levar pessoas<br />
P -• H6 tambem ci p roblems da<br />
super lotacäo...<br />
R - Isso é outra pouca vergonha<br />
Na hora em que o pessoal vai ou vem<br />
do trahaiho C comum encontrar carros<br />
corn malt de lOt) passageiros. Já<br />
trahalhei como cobrador e comprovel,<br />
revoltado, que a empresa ordena<br />
botar quanto mats gente couber. Teve<br />
urn dia que entraram 110 pessoas<br />
num 56 Onibus, Outro problema C o<br />
barro. Quando chove o Onibus nb<br />
desce ate IS embaixo e 0 pessoal C<br />
obrigado a it arnassando barro num<br />
percurao de 2 mil metros. E a preço é<br />
o mesmo.<br />
P - E o Mini Posso de Saüde<br />
funciona bern'<br />
R - Náo fornece a assistêncja<br />
necessária. Temos várias queixas de<br />
moradores de que 0 medico muitas<br />
vezes falta ao serviço nos dies marcados.<br />
As enfermeiras all tern boa vonlade<br />
e se prontificaram a trabaihar<br />
ate nos sabados e dommgos pare Jar<br />
meihor asststéncia, mat pa'<br />
rece que existe uma ma vontade pot<br />
paste da Prefeitura.<br />
P - E outros problemas do bairro,<br />
quais tao?<br />
R - Lb, se a genie for enumerar<br />
dl urn caderno cheio. Mas além des'<br />
lob que foram citados, existe a fatta<br />
do ilurninaçbo pOblica. poeira, rues<br />
intransitáveis,..<br />
Corn o posto do PM, o crime diminuiu<br />
doentes aos hospitals. "0 que<br />
rnais acontece nesse sentido tao<br />
socorros a gestantes. Dias atras<br />
fomos chamados, a mulher entrou<br />
dentro do canro, andamos<br />
uma quadra e ela disse que nSo<br />
dana tempo de chegar ao hospital.<br />
Levamos a muiher de volta e<br />
o parta fol feito em sua prOpnia<br />
casa. Deu tudo certo", relata urn<br />
so Ida do.
-<br />
p. - • -<br />
4<br />
- -- - -<br />
-<br />
/ tttit.<br />
- - It<br />
.— .- . * .. --'- . •.s t . ..t-<br />
..<br />
..s_kar-<br />
; jt I - •<br />
Criancas ficam doentes e<br />
morrem. A causa e a fome<br />
0 vereodor Antonio dos Graces<br />
foi 0 ónico eleito polo Rincâo Sb<br />
Francisco apesar dos seis candidatos<br />
locais qua disputorarn Opleito do no-<br />
vembro. Sergipano, reside em Foz do<br />
Iguaçu ha 6 anos. E urn rapaz hum/ I<br />
-<br />
de e preocupado corn os problomas<br />
do bairro. Ele lembre quo entrou no<br />
politico 'após urn convite do Dobrand/no<br />
e do Sérgio Spada' Hoje<br />
nib está arrependido mas lamenta<br />
n90 poder lazer quase nada pe/os<br />
eleitores 'porque o prefeito tern mui<br />
to ma vontade.<br />
NOSSO TEMPO: - Vocé e o chefão<br />
Politico aqui no Rincão Säo Francisco?<br />
ANTONIO DAS GRAAS - Näo.<br />
Su apenas urn vereador e tenho Irabaihado<br />
e lutado por este povo,rnas<br />
pouco tenho conseguido fazar porque<br />
nibo ternos urn prefeito do povo em<br />
Foz do Iguoçu. 0 coronel Clóvis<br />
Vianna nab e urn prefeito. Parece qua<br />
é empregado do Itaipu. Aqui mesmo<br />
acho que ale nunca velo senáo quando<br />
pars naugurar aquele post inho Is<br />
saude ou pars fazer a carnpanha do<br />
Tércio. Podem var que ele fica rnais<br />
no Prefeitura trancado em seu gabineto,<br />
e nibo apareco nos bairros, so ado<br />
do povo.<br />
NT - E a soluçio?<br />
ANTONIO - Bern, echo clue uma me'<br />
dida ideal seria colocar urn prefeito<br />
do PMDB, eleito palo povo.<br />
NT - 0 povo procurao muito?<br />
ANTONIO - E dernais. Vocéssabern<br />
que aqui tern mats de 15 mil pessoas<br />
rnorando e ern sua rnaioria sibo pes<br />
soas carentes. Entäo qualquer problerna<br />
eles procuram o vereador. Eu<br />
procuro atender no rnedida do possivel<br />
, mas tern dias qua sou procuredo<br />
ate por 50 pessoas.<br />
NT - Quo mali ,les pedqm?<br />
ANTONIO - Pare eu arrurnar emprego<br />
porque estäo corn a farnilia passando<br />
fome, os filhos chorando pot<br />
felta de urn litro de leite, outros procisam<br />
de medico, outros nab tern dinheiro<br />
pars comprar urn remédio...<br />
NT - E o quo vocé fez entäo?<br />
ANTONIO - Quando POSSO, encarninho<br />
aos medicos, procuro arrurnar<br />
ernprego, rnas esté dlficil porque a<br />
crise é muito grande. Muitas vezes<br />
dou dinheiro do rneu próprio bolso<br />
pare ajudar esre ou aquele.<br />
NT - Mas isso resolve?<br />
ANTONIO - Sei rnuito bern que nêb<br />
resolve nods porque hoje a gente dá<br />
dinheiro e amanhib o sujeito está corn<br />
P_^<br />
IT<br />
Antonio dot Graces: tern die em quo<br />
atendo ate 50 pessoas.<br />
fome novamente. 0 qua precisa é atrumor<br />
arnprego porque 0 povo quer<br />
trabalhar. Tern rnuita gente desernpregada<br />
aqui. E so andar pelas ruas e<br />
vet. urna heron" clue a ltaipu delxou<br />
pars nos.<br />
NT - Hoje a genie jâ ye quo o pessoal<br />
reclarna: eu votel no Antonio dos<br />
Gras e node melhorou. Como voce<br />
explica iso?<br />
ANTONIO - E a velha histOria. Ganhamos<br />
mas nab levarnos. Ternos a<br />
rnaioria no Camaro rnas 0 prefeito e<br />
do PDS. Ternos urn governador do<br />
Estado, rnas 0 governo federal é do<br />
POS. Entibo, ficamos amarrados. Sernpre<br />
clue a genie manda urn requerirnento<br />
ou uma indicaçibo so prefeito,<br />
recebernos corno resposta que ele vol<br />
fazer no rnomento oporluno ou que<br />
nbo tern dinheiro. E o caso do nossas<br />
ruas. Vãrias yeses path rnáquinas e<br />
cascaiho e ate hoje nods veio.<br />
NT - 0 Setor Jovem do PMDB fez<br />
uma posqutsa e COnstatou qua aqui<br />
existem mil crianças sam osCola. 0<br />
governo é obrigado a oforecer condiçöes<br />
pare quo nenhuma criança fique<br />
sam aula. Voci reivindicou alguma<br />
coisa noise sentido?<br />
ANTONIO - JA tive conhecjmento<br />
do problerna mas não level nenhurna<br />
reivindicaçao 00 prefeito. Parece quo<br />
ele vl embora, e entäo echo rnelhor<br />
aguardar pare ver Se rnelhora corn<br />
o outro quo assumir. Polo atual prefeito<br />
dii cilmente serernos atendidos.<br />
NT - Ji qua o prefeito é insensivel<br />
a esso probloma, não so pode ficar do<br />
braços cruzados vendo mil crianças<br />
sam oscola. Não hfi possibilidade do<br />
so construir uma escola estadual?<br />
ANTONIO - E, calves essa seria uma<br />
solucäo. Vamos pedir là pro dma para<br />
clue essas criancas nbo fiquern malt<br />
sern escola.<br />
NT - E a quest5o do transports co<br />
letivo?<br />
ANTONIO - Olha, tempos atrás fizemos<br />
urna comissâ'o composts por trés<br />
vereadores e realizarnos urn trabalho<br />
de pesquisa e sugesti3es, rnas parece<br />
qua de nods adiantou pois 0 servico<br />
continua o rnesrno, ou pior. A "me-<br />
Ihora" foi clue o preço aurnentou de<br />
75 pare 100 cruzeiros, urn verdadeiro<br />
absurdo pois o trabalhador clue usa<br />
o ónibus quatro vases gasta 400 cruzeiros<br />
pot dia Se am Iotaçäo 1 e por isso<br />
qua muita genie està Ievantando<br />
mais cedo e indo a pd pro servico.<br />
NT - E o bbia-fria do cidade.<br />
ANTONIO - E isso. E é lornentável<br />
quando se sabe qua essas empresas<br />
ganharn verdadeiras fortunes,<br />
NT - E a rnorlalidade infantil é grando?<br />
ANTONIO - Näo temos dodos estatisticos<br />
em rnaos, rnas sabernos clue<br />
o indice 6 elevadissimo. Tarn muita<br />
crianca morrendo por cause de doenças<br />
como a desidratacäo, mas a cause<br />
a genie sabe clue é a fome.<br />
NT - 0 qua so pode fazer pare mudat<br />
esta situaçäo?<br />
ANTONIO - Olha, é triste saoer que<br />
pouca coisa pode ser feita corn o<br />
atual governo municipal. Aqui, vamos<br />
esperar pars ver se este prefeito vai<br />
embora e sensibilizar o quo assurnir,<br />
- r.Jrque nab podemos rnais imploror,<br />
pedir melhorias e sO voltor là da Pre-<br />
- feitura corn urn monte de papels dizendo<br />
que nada pode ser feito. A populacio<br />
conliou no gente, que tern<br />
todo o direito de ficar cobrendo soluçes.<br />
Se n5o formos atendidos. vamos<br />
- reunir o povo e marchar ate a Prefeitura<br />
e botar o prefeito contra a parade.<br />
NT - Vocés vão fazer urn comcio<br />
aqui? -<br />
ANTONIO - E.0 objetivo é lutar pot<br />
• eleicöes diretas pare prefeito. Vamos<br />
fazer campanha de conscientizaçbo<br />
do populacao visando explicar a<br />
- necessidade de se eleger urn prefeito e<br />
tembérn o presidents do ReptbIica.<br />
—<br />
Agora SO se vende pinga<br />
'__,p_ •.-•<br />
Elas tern saudados dos "coronéis" do Itaipu<br />
A crise no Rincäo Säo Francisco<br />
chegou tambérn as casas de<br />
prostituiçao disfarçadas de "bar<br />
o lanchonete". - 'Antigarnente exist<br />
lam mais de 10 muqu if as aqui<br />
no Rincão. Hoje devem ter umas<br />
trés ou quatro", disse urn moradot.<br />
Quem gastava dirtheiro nestes<br />
lugares erarn os "coronéis da<br />
Unicon" (trabalhadores clue ganhavam<br />
mais de 100 mil por<br />
rnès).<br />
"0 movimento tá baixo. UItimamente<br />
so temos vendido<br />
pirtqa. Cerveja sai là uma que ou-<br />
Diarréla e muita sarna<br />
As onferrne4ros do mini-po5to: hi multos casos do same<br />
tra de yes em quartdo", diz uma<br />
paraguaia dona de urn dos "bar<br />
e lanchonete". Ela no ye clue o<br />
gravador está ligado e pergunta:<br />
"0 clue vocés vo tomar? A cerveja<br />
tâ custando 400 cruzeiros".<br />
Depois confessa quo "houve<br />
tempos maravilhosos. Isso foi<br />
quando tinha aquele pessoal gastador<br />
quo trabalhava na Itaipu o<br />
depois garihou a conta. NOs eramos<br />
em 5 cu 6 e hoje estamos so<br />
em duas porque no tern mais<br />
movimento"<br />
No Rjncäo Sac, Francisco e- graves so atendidos na cidade<br />
xiste também urn mni-posto de porque o medico daqui vem so-<br />
Satde sob a responsabilidade da mente trés vases por semana. 0'<br />
Prefeitura Municipal. AU so a- pessoal roclama e acha clue deveria<br />
tendidas cerca de 50 pessoas por haver urn medico todos os dias".<br />
dia e os casos mais comuns, Segun- "Muitas vezes- diz a enfermeido<br />
uma enfermeira do posto, Ma- ra- temos quo fazer partos, mas é<br />
ria J.S. Nunes, sào diarréias nas somente quando 0 pessoal chega<br />
criancas e escabiose (sarrla) em ou- muito atrasado e näo dá tempo de<br />
tras faixas etérias. "Os casos mais levar pro hospital <br />
cJ<br />
a,<br />
dCL<br />
w<br />
I-<br />
0<br />
0<br />
z
Em nome de Ala4*<br />
Na Sadia, frangos são abatidos<br />
de acordo corn o ritual islâmico<br />
Guarda-pós brancos man<br />
chados de sangue, ponteaguda<br />
facas a mäo,aquele grupo de de<br />
Zoito homens emite uma incompreensivel<br />
frase enquanto car.<br />
tam os pescocos das a yes que<br />
passam enfileiradas, as pés preso<br />
Ia uma corrente que Se mOvimenta<br />
em sua direcão. A frase,<br />
"Ala uhakbar", quer dizer: "Nio<br />
existe forca major que Deus", e<br />
está sendo dita pela equipe de 18<br />
muçulmanos, em sua maloria iranianos,<br />
egrpcios e Ibaneses con- -<br />
tratados por urn emissário do governo<br />
da RepUblica lslàmica do<br />
Ir g Para abater pessoalmente, e<br />
conforme o ritual isiâmico, 7 mu<br />
toneladas de frangos de acordo<br />
corn recente contrato de exportacôes<br />
fechado pela Frigobrás,<br />
do grupo catarinense Sad a.<br />
Os quase 3.500 operários da<br />
unidade industrial de Toledo já<br />
es:o habituados ao cerimonial<br />
dos mupulmanos que vem sendo<br />
cumprido corn absoluto rigor ha<br />
mais de cinco anos, quando a Sadia<br />
comecou a fechar os primeiros<br />
negOcios.<br />
o diretor Pedrinho Fur Ian<br />
recorda o sobressalto que teve<br />
por ocasiäo do inicio do abate:<br />
"Empunhando urn apareiho parecido<br />
corn uma brissola. o supervisor<br />
obrigou-nos a desmontar<br />
a setor de penduramento e<br />
sangria, ambos autornatizados,<br />
mudando a sua direcäo Para permitir<br />
que as peitos dos frangos<br />
ficassem virados Para Meca". Par<br />
sorte esta alteraçäo näo orovocou<br />
qualquer dificuldade ao sistema<br />
industriai oa ernpresa. L)ivididos<br />
em dois turnos, os trabalhacores<br />
ruçulma,os dedicam<br />
entre 8 e 9 horas diárias a degola<br />
dos francos ganhando diariamente<br />
10 mil cruzeiros cada. Fur-<br />
Ian calcula que a equipe abate<br />
diariamente 150 mil frangos, na<br />
proporçäo de 8.500 frangos Cada.<br />
Na semana passada o supervisor<br />
do lr3 foi pessoalrnente ao<br />
Porto de Paranagu.onde estayarn<br />
sendo realizados as embarques<br />
Para se certificar que as calxas<br />
e embalagens que estavam<br />
sendo exportadas continham a<br />
produto abatido por sua turma.<br />
Filho de comerciante de<br />
automOveis, de Curitiba, Faissal<br />
lskandar tem'outros dois irmos,<br />
Ali e Samir, de 18e 16 anos,trabalhando<br />
na Frigobrás em Toledo<br />
e diz que aceitaram o trabaho<br />
a pedido do pal que é muito<br />
religioso: "Em nossa religião, temos<br />
o major respeito pela vida<br />
dos animals. 0 sangue das ayes<br />
degoladas voltadas Para a nascente<br />
do sol significa a renovaco<br />
do seu ciclo da vida e que<br />
sempre teremos mais a yes Para abater".<br />
Ao nascer do sol, ao<br />
meio-dia e ao pór-do-sol esses<br />
muçulmanos reunidos oram "em<br />
nome de todos os frangos que Seräo<br />
abatidos nesse dia", comentou<br />
Faissal, que cumpre a risca,<br />
todo a ritual, desde os banhos<br />
antes de iniciar a matanca, estes<br />
feitos ainda no hotel.<br />
Alguns funcionários da fabrica<br />
de Toledo disseram ter ouvido<br />
que esses frangos abatidos no<br />
Paraná säo remetidos Para a zona<br />
Os frangos exportados pare a Ira $o podom ser abatidos por muçulmanos<br />
de combates na fronteira corn o<br />
lraque,o que faz redobrar os cuidados<br />
COITi o produto, principalinerite<br />
0 riruai. Ern Paranaguá, a<br />
supervisor Vahed Reza Mafi Balani<br />
inspecionou pessoalmente as<br />
embalagens dos frangos exportados.<br />
Por isso permitiu que elas<br />
trouxessen-r urn car imbo corn os<br />
dizeres: "Aqui nós comprovamos<br />
que estas ayes foram abatidas em<br />
norne de Deus, de acordo corn as<br />
leis islãrnicas e sob a supervisáo<br />
de urn representante da Repüblica<br />
lslãmica do Ira". Depois<br />
de desembarcar na Turquia, já<br />
que as rotas de abastecimento<br />
Para a Ira foram cortadas pelos<br />
cornbatentes iraqulanos, a<br />
produtos importado do Brasil é<br />
transportado atravésde 1.600<br />
quilôrnetros de rodovias a seus<br />
centros de consumo.<br />
Ter peregrinado a Meca, pe-<br />
Ia menos uma vez, é urn dos requisitos<br />
que Se exige desse funcionário<br />
do regime do aiatolá<br />
Komeini Para supervisionar as<br />
irnportacöes de a yes Para a Pais.<br />
Já a equipe de degola é constituida<br />
par pequenos comerciantes<br />
que aceitam estas atividades<br />
ternporária, mais- Para oferecer<br />
sua contribuiçäo aos patr(cios.<br />
Mas eles so säo aceitos se realmente<br />
professam a islarnismo e<br />
sac, simpatizantes ds causas do<br />
Ira, informa Reza Belani.<br />
Das SUaS cinco unidades espalhadas<br />
pelos Estados de Santa<br />
Catarina, Paraná e Säo Paulo somente<br />
Toledo exporta Para o<br />
Ira; em 1.982, a indistria abateu<br />
45 mil a yes, sendo metade<br />
Para a mercado interno e a outra<br />
Para o mercado externo. As empresas<br />
do grupo respondem por 26)<br />
por cento das exportacôes brasileiras<br />
de frango e pelo menos<br />
10 por cerrto do consurno interno<br />
no pals. De acordo corn Egidio<br />
Munaretto, diretor superintendente<br />
da unidade de Toledo,<br />
as cotacöes internacionais do<br />
frango sofrerarn urna queda faz<br />
urn ano por causa do subsidio<br />
que -o governo frances ofereceu<br />
ao produto e a sua superproducão,<br />
em escala mundial. Assim<br />
mesmo taxa de "quase ôtumos"<br />
Os preços que estäo ao redor de<br />
US 800 a 850 a tonelada. Ele<br />
nâo descarta uma methora na rernuneracäo<br />
do produto a ni'vet<br />
externo, rnas näo acredita que<br />
seja "muito significativa". Quanto<br />
a sua comercializaçäo no mercado<br />
nacional a diretor do Frigobrás<br />
aponta a recente criaçao<br />
de urno aliquota de 8 por cento<br />
de 1CM a partir de julho, medid<br />
exigida pelos criadores de bo-<br />
, nos que preSsionaram par uma<br />
uniform izaçao dos tributos sobre<br />
a came. A partir de janeiro do<br />
prOximo ano seräo 16 par cento<br />
"e isso nao ê born negOcio porque<br />
acabarã par onerar a consumidor<br />
final do produto", opinou.<br />
Citando estatisticas da Associacao<br />
B rasi leira dos Ex portadores<br />
de Frango,o diretor da Sadia<br />
de Toledo acentuou que as exportaöes<br />
de frangos este ano deverâo<br />
representar receita de US$<br />
300 milhôes. 0 Iraque participou<br />
em 1.982 corn 36 par cento<br />
das exportaçöes brasileiras corn<br />
108,7 mil toneladas, seguido da<br />
Arabia Saudita - 17,7 mil toneadas<br />
(26 par cento) e URSS<br />
37,8 mil toneladas (13 por cento)<br />
-<br />
Pequenos municipios<br />
poderão •fundar sua<br />
própria associação<br />
Cerca de 10 prefeitos de<br />
munic(pios considerados pequenos<br />
da regiäo Oeste pretendem<br />
se reunir em Capitao Le6nidas<br />
Marques no próximo dia 22 para<br />
discutir a possibilidade de formaç5o<br />
de uma assaciacao municipalista<br />
do vale do rio lguacu.<br />
Os prefeitos destes rnunic(pias<br />
estariam descontentes corn<br />
a atuaço da AMOP—Associaçäo<br />
dos Municipios do Oeste do Paranâ<br />
e AMSOP—Associacäo dos<br />
Municipios do Sudoeste. "Estamos<br />
sendo discriminados em detrimenta<br />
de municipios maiores",<br />
garante a prefeito de Boa<br />
Vista da Aparecida, Cicero Barbosa<br />
Sobrinho, acrescentando<br />
que "as grandes municipios so<br />
Para citar urn exempla - receberam<br />
mais verbas par ocasiâo das<br />
enchentes, sendo que alguns apresentaram<br />
dados falsos".<br />
o prefeito de Capitäo Le6nidas<br />
Marques, Lino Bergamin,<br />
enteride também que "as peque-<br />
0 Museu I-listôrico Ceiso Sperança,<br />
de Cascavel, foi enriqucido<br />
esta sernana corn mais de umo ceeno<br />
de peças doadas par urn colocionador<br />
particular. Cunquenta anos dopois<br />
de ter visto pela primeira vez, em<br />
São Paulo, urn museu dedicado ao<br />
tropeirismo, a agricultor e ex-tropeiro<br />
Elias Ferreira decidiu ceder ao<br />
Museu HtOr,co de Cascavol Soda a<br />
sua coleçäo sobre o tema. Filho de si<br />
Ilantes. nascido em 1914 no Alto Sorocabana<br />
poulista, Eliot desde cedo<br />
tomou gosto poles atividades do campa,<br />
mat a que mais a fascinava era Iidar<br />
corn animals. Fol tropeiro e peäo<br />
ginete; levava boiadas pelo interior<br />
paulista e adestrava animals de montane,<br />
urna atividade que Ihe valeu incontáveis<br />
quedas mat da qual ele<br />
guarda hoje, cos 69 anos, grates re-<br />
Cordaçöes.<br />
Corn o propósito do preserver<br />
pare a posteridade a memôria desses<br />
hornens que tinham no trapainismo<br />
ndo apenas uma profissäo mas tambern<br />
urn "modus vivendi", Elias ccmeçou<br />
a guarder arrelos, selas, objetot<br />
de uso pessoal, pecas do artesandto,<br />
etc. que lembram uma atividade<br />
do ha mu to desaparecida.<br />
A colecäo estava guardada em<br />
urn rancho de bambu batido - o<br />
"rancho do troperro" que ele próprio<br />
construiu em sua fazenda, nos proximidades<br />
do Rio São Francisco, a 13<br />
quilômetros de Santa Tereza. Alérn<br />
do artefatos tUpicos do tropeinismo,<br />
Elias doou também uma série de outras<br />
peças corno poles do onça. arcos<br />
e flechas indigenas presenteadas par<br />
amigos.<br />
No Museu Histônlco as pecas do<br />
Elias Ferreira ficaräo oxpostas em<br />
uma sale própria. Foi a linica condiçäo<br />
imposta par ete: "Eu já estou ye-<br />
Iho. e quero que as novas geracöes tenham<br />
uma deja do coma era a vida<br />
do peäo (tropeiro) ha muitos anos<br />
atrás" - explica ole enquanto mostra<br />
urne chumbeira feita par seu avó ha<br />
mais do 100 anos atrás.<br />
Na "Fazenda Irmãos Ferreira"<br />
planta-se soja, trigo e milho, mat eta<br />
traz também a marco de seu propnie-<br />
nos geralmente ficam no esquecimento<br />
pois as deputados estaduais<br />
e federais atuarn em cidades<br />
de grande Porte que rendem<br />
muito mais votos".<br />
0 atual presidente da A-<br />
MOP, Delso José Trentin,acha<br />
que a intenço dos prefeitos de<br />
criar uma nova associacäo "näo<br />
deixa de ser justa, mas pode enfraquecer<br />
o movimenta rnunicipalista,<br />
pois se a AMOP, cam 29<br />
filiados, no tern a representatividade<br />
necessária, muito menos<br />
chances terao as pequenos munic(pios,<br />
corn menor poder de<br />
barganha. Entendo que a momenta<br />
é do uniäo em torno de uma<br />
causa municipalista".<br />
A futura associaçäo já contaria<br />
corn a apoio dos prefeitos<br />
de Trés Barras, Boa Vista da Aparecida,<br />
apitao Leonidas Marques,<br />
Guaraniaçu, Realeza, Capanema,<br />
Dais Vizinhos e Santa Isabel<br />
do Oeste.<br />
No Museu de Cascavel,<br />
a (
A h misto'o ria do Oéste<br />
num livro fas(inante<br />
OBRAGEROS,<br />
0 Oeste do Paraná, hoje uma das mais<br />
importantes regiôes do suP do Brash, corn<br />
quase 1 miIho de habitantes, ganha, finalmente,<br />
sua história. 0 autor é o curitibano<br />
Ruy Wachowicz, urn catedrático da Universidade<br />
Federal do Paraná que sempre demonstrou<br />
interesse pePa regio. A obra,<br />
"Obrageros, mensus e colonos" foi elaborada<br />
e editada gracas a urn convêiio entre a<br />
Itaipu Binacional e o Instituto do Patrimônioa<br />
Histórico e Artistico Nacional (Iphan).<br />
Isenta de bairrisrno, a obra mostra Cascavel<br />
corn uma importáncia histórjca quase<br />
nula no processo de ocupaco do Oeste.<br />
Toledo tinha tudo para ser o polo de major<br />
desenvolvimento da regio.<br />
E ainda reconstitul corn grande preciso<br />
a bataiha de Catanduvas, cuja queda alterou<br />
a Revoluco de 1.924.<br />
Voltando as primórdios da ocupaco,<br />
focaliza as "obrages" anteriores a chegada<br />
dos colonos gaóchos e catarinenses que<br />
substituiram os "rnensus", narra a importância<br />
da Cia. Matte Laranjeira e da Marlpa.<br />
Urn dos grandes heróis da colonizaçâo<br />
fol Willy Barth, responsável por uma politica<br />
étnica e religiosa corn influência no so<br />
na história da regiâo, rnas no seu futuro. A<br />
obra do catedrático em História da UFPr<br />
pode ser encontrada,em Cascavel, na Livrana<br />
Lex.<br />
Na obrage, o capataz Santa Cruz<br />
tinha ate urn cernitério particular<br />
o Oeste do Paraná, conforme<br />
sustenta o histortador Ruy Wachowicz,<br />
originou-se em parte no penetracáb<br />
dos "obrageros e mensus" e<br />
dos colonos, em sun etapa posterior..<br />
A obrage, segundo ale, 'era urna propriedade<br />
e/ou exploraç5o tipica des<br />
regit5es cobertas pela mata subtropical,<br />
em território argenlino a paraguaio.<br />
Sue existéncia baseava-se no<br />
bunômio mate-madeira. 0 sistema, as.<br />
sim como apareceu na regiäo em estu<br />
do, era praticamente desconhecido<br />
no sul do Brasil. Sue estrutura e terminologia<br />
é tipica do mundo hispano-platino:<br />
obragero mensus, antacip0,<br />
comissionista, lirnite, picaras. Todo<br />
essa terminologia era praticamente<br />
desconhecida ate entáb para História<br />
do Paraná".<br />
Os nornes dos principais obrageros:<br />
Nutes V Gibaja, Miguel Matte,<br />
Julio Allica, Jesus Vail, Domingos<br />
Barthe, etc.<br />
Já o 'mensus" era a name atribuido<br />
no indivduo que se propu'<br />
nha a trabaihar braçalmente nurna<br />
obrage; e a equivalente a peSo; recebia<br />
por més ou pelo menos sua conto<br />
corrente era movimentada mensalmente.<br />
Vem do espanhol mensual, ou<br />
seja. mensalista.<br />
CASCAVEL:QUASE FORA<br />
Quern percorre as 206 páginas<br />
do livro que contém fotos antigas e<br />
diversos mapas tern a sensacSo de que<br />
o historiador 050 atribuiu grande importância<br />
ao surgimento de Cascavel.<br />
Foram tomados Os depoirnentos de<br />
ITIN'" news<br />
-,<br />
LINl.!IRI......<br />
3<br />
K1TO<br />
EJUCA<br />
Reportagens<br />
fotog ráficas<br />
em geral<br />
Av. Brasil, 405 -<br />
Sala 105-<br />
Fone: 73-4750<br />
vários pioneiros em épocas e locals diferentes;<br />
mat nenhum deles de Cascavet.<br />
0 historiador preferiu focalizar<br />
mais Foz do lguoçu, pals foi a criaçSo<br />
da Colônia Militar que exerceu urn<br />
papal importante na formaçSo dos<br />
primeiros nucleos urbanos de qua se<br />
tern notcia. Os dois mais antgos moradores<br />
do regi5o de Foz do lguaçu<br />
teriarn sido, segundo o livro, Pedro<br />
Martins da Silva e o espanhol Manoel<br />
Gonzales, qua ali se estabeceram em<br />
1881. Afirma o historiador qua "no<br />
ano anterior 1é se discutia entre Os<br />
oficlais do Ministério da Guerra, no<br />
Rio de Janeiro, a necessidade de fundar<br />
urna Colônia Militar no regi5o,<br />
principalmente por ser urn ponto<br />
estratégico".<br />
0 capit5o Belarmino Augusto<br />
de Mendonça Lobo fol quern fundou<br />
a colônia Militar de Foz, a 22 de no'<br />
vembrou de 1.889. 0 livro destaca<br />
que nesses 69 dies de viagem a expedicJo<br />
deixou seu destind ainda no<br />
regime monàrqulco para chegar ao local<br />
(a future cidade de Foz) sob o<br />
regime republicano. Na expedic5o<br />
vieram urn sargento. 34 Soldados, 12<br />
operérios a 3 mulheres casadas. A populac5o<br />
encontrada no local era cornposta<br />
de apenas 95 brasileiros; 212<br />
eram paraguaios, 95 argentinos, 9<br />
franceses e 5 espanhOis, perfazer'do<br />
urn total de 324 habitantes. Citando<br />
depoirnento de José Maria de Britto,<br />
O historiador concluiu que nSo foi<br />
possivel insrnlar 8 cidade no foz do<br />
rio lguaçu como estava pré'determinado.<br />
A razo foi a inexisténcia de<br />
boa égua para abastecer a tropa e os<br />
animals. 0 ponto mais odequado, escolhido<br />
depois, tot esse local onde<br />
esté erigida a cidade.<br />
Urn grande passo no ocupacffc<br />
do Oeste do Paraná foi a inauguraco.<br />
em 1.917, do estrada de ferro da<br />
Companhia Mate Laranjeira. A ferrovia<br />
corn 60 quilórnetros Se destinava a<br />
Nobri<br />
ASSESSORIA IMOBILIARIA LJDA.<br />
transpor os saltos des Sate Queda,<br />
no trecho impróprio pare novegacäo,<br />
a sun jusante. Conforrne o historiador.<br />
"era urna estrada de ferro sistema Decauville,ou<br />
seja, 60 centlrnetros de bitola,<br />
verdadeirarnente liliputiana,<br />
rnovendo-se a locomotive entre 15 e<br />
20 km por horn".<br />
Outros tópicos do história de<br />
Foz: "Foi somente em 1915quesur'<br />
giu em Foz do lguacu o prirneiro hotel,<br />
qua levou o norne de Hotel Brasil,<br />
de propriedade de Frederico Engel.<br />
Era urn pequeno estabelecimento,<br />
poréi'n atendia ao diminuto rnovimenso".<br />
Continuando, o historiador<br />
narra qua "Engel chegou a Foz do<br />
lguacu em 1,915, a convite do chefe<br />
politico do regiSo, que era Jorge<br />
Schimrnelpfeng. Este estabelecirnento<br />
progrediu, apesar das dificuldades<br />
a do turismo incipiente". 0 norne de<br />
Schirnrnelpfeng povoa as páginas da<br />
história do surgirnento do cidade, as.<br />
sim como o do protessora Ot(lia<br />
Schimrnelpfeng.<br />
As obrages consomem urn razoávet<br />
espaco na obra do historiador paranaense.<br />
Elas se constituiarn de grandes<br />
areas onde os mensus eram explorados<br />
a submetidos a tratamento<br />
parecido corn a escravid5o. A violéncia<br />
ali era uma constante. 0 tenente<br />
Joäo Cabanas, que esteve no regiSo<br />
durante a guerrd de Catanduvas, conta<br />
qua urn dos obrageros (Julio Allicat<br />
mantinha urn gerente em Porto<br />
Mendes que chegou a construir urn<br />
cernitério particular em sun proprtedade.<br />
Quando o "rnensu' tinha haveres<br />
exagerados pare receber do propriedade<br />
era convocado a comparecer<br />
em seu escritório. Clemente Silva, urn<br />
dos recrutados pare este tipo de tmbalho,fez<br />
o seguinte relato no histo'<br />
riador acerca dos hábitos de Santa<br />
Cruz: "No acerto de contas ale (o<br />
mensu 1 sentava Ia e tinha urn negócio<br />
qua destravava e cola no fundo<br />
MENSUS<br />
E<br />
COLONOS<br />
Hs1'61FeLA 00 OE$TE PAANAENSt<br />
tJY cHRITOV*M WACHOW1OZ<br />
(de urn bumaco)'. Este dispositivo era<br />
o sbtano. Alérn ditto, Santa Cruz<br />
geralmente rnandava o peSo condenado<br />
a rnorte subir numa árvore a o<br />
abatia a tiros, igual a urn passarinho.<br />
Santa Cruz, contudo, teve o firn<br />
qua merecia; em Quatro Pontes urn<br />
grupo de pe5es 0 matou a golpes de<br />
ferro.<br />
Isto cia malt ou menos o clime<br />
no Oes'e do Parané por ocasiSo dat<br />
obrages. Ate rnoeda própria circulava<br />
nesses locals. 0 mensus jamais consegula<br />
quitar sua dvida nas obrages<br />
porque the era vedado adquirir os géneros<br />
de prirneira necessidade em outros<br />
armazéns que nirb os indicados.<br />
arotas iguaçuenses em 1.930<br />
• FOZ: BR - 277 - frente ao Rafain Palace Hotel- Fone: 73-4529<br />
• CASCAVEL: Avenida Brasil, 1777- Fone: 23-0185 -<br />
Catanduvas, a<br />
mais sangrenta<br />
bataiha<br />
de 1924<br />
Catanduvas e uma outra 10.<br />
calidade chamada Formigas acabararn<br />
se transformando nurn teatro<br />
de operaçöes de guerra, conforme<br />
relato do historiador Ruy<br />
Wachowicz. Nessas duas localidades<br />
foram travadas as duas bataihas<br />
mais importantes da Revoluço<br />
de 1.924 que eclodiu a 5 de<br />
juiho em Sao Paulo. Setores mais<br />
jovens da oficialidade, os chamados<br />
tenentes,decidiram it a guer.<br />
ra pot estareni descontentes corn<br />
O Governo a quern responsabilizavam<br />
por fraudes e desmandos<br />
adrninistrativos.<br />
Pot que Catanduvas? Porque<br />
o Paraná? 0 historiador arrola vários<br />
depoinientos de testernu.<br />
nhas e mesmo outros historiadores<br />
para demonstrar que na fronteira<br />
havia mais facilidade de fuga<br />
e para o Paraguai<br />
ou Argentina. Embora os dois<br />
focos mais importantes tenham<br />
sido Catanduvas e Formigas, ou<br />
ye mobilizaco de tropas em Cascave!,<br />
Porto Mendes, Guafra.<br />
Foz do Iguaçu, Pato Branco, Cle.<br />
])it FOZ<br />
'()R'I'AL<br />
,O SEGURO CONTRA<br />
A INFLACAO<br />
0<br />
C.)<br />
o<br />
N<br />
0<br />
-<br />
r.D<br />
c.,J<br />
I-<br />
-<br />
0<br />
2<br />
LU<br />
0<br />
0<br />
2
velãndia e Palmas. 0 General<br />
Cãndido Rondon foi o chefe supremo<br />
das tropas legalistas ou<br />
governistas ao passo que em os<br />
revolucionários lutaiam em Ca . I<br />
tanduvas sob as ordens de capitIo<br />
Estilac Leal. No comando geral<br />
dos rebeldes estava o General<br />
Isidoro Lopes, que dividia a liderança<br />
corn outros muitares.<br />
Os moradores mais anitgos<br />
de Catanduvas ainda se recordam<br />
dos combates. Na avenida principal<br />
reside urn pioneiro que anida<br />
se lembra de urn antigo aviZo<br />
que acabou sendo abandonado<br />
no meio do mato e ninguéni<br />
mais tentou fazd-lo decolar. Ele<br />
se dispOc ate mesmo indicar o exato<br />
local em que as carcaças do<br />
apareiho se desintegraram corn o<br />
tempo. As versOes que ele dä so<br />
confirmados pelo historiador<br />
Ruy Wachowicz que tern urna<br />
explicaçäo para a existëncia desses<br />
apareihos. Na realidade foram<br />
dois aviOesum Spad e urn<br />
Breguet. que cm 6 de dezembro<br />
de 1.924 decolararn de urn aeroporto<br />
50 quibOmetros a lestc de<br />
Laranjeiras do Sul que o General<br />
Cãndido Rondon havia construedo.<br />
A rnissão dos dois apareihos<br />
foi de realizar bombardeios contra<br />
os soldados rebeldes de Ca.<br />
tanduvas c cspalhar rnilhares de<br />
planfletos nd Lentativa de desrnoralizar<br />
os revoluctonários, dandoihes<br />
ciCncia de que o Major Arundo<br />
de Oliveira havia capitula.<br />
do no Rio Pirquiri, corn 220 homens<br />
e muita rnunição. 0 ardil<br />
preparado por Cãndido Rundon<br />
funcionou. mas as forcas legalistas<br />
perderarn urn dos aviOes que<br />
apresentou problema em seu<br />
trern de aterrissagern.<br />
Em 21 de janeiro de 1.925<br />
ocorreu o ataque de surpresa dos<br />
rebeldes contra as forcas do Go.<br />
verno, em Formigas: o proprio<br />
tenente Cabanas apresentou urn<br />
relato do pthiico entre os soldados<br />
quc acordaram ao sorn das<br />
rnetralhadoras. A segunda e I.<br />
tima etapa foi de combates a facão,<br />
aos quais os governistas näo<br />
estavam habituados. Após a derrota<br />
ernbrenharam-se mata a<br />
dentro,abandonando as posic()es<br />
corn armas e hagagens. Por urna<br />
ironia do destino, o General<br />
Cdido Rondon não fol surpreendido,<br />
pois seu autornOvel<br />
havia afundado num larnaçal na<br />
estrada que demanda para Loranjeiras.<br />
Nesse ataque, os rebeldes fizerarn<br />
28 prisioneiros além de<br />
capturarern duas metraihadoras<br />
pesadas. 70 cavalos e rnuares alguns<br />
canhOes foram inutilizados<br />
porque os soldados retiraram suas<br />
peças mais importantes.<br />
Era, sobretudo. urna guerra<br />
de verdade. Wachowicz conta<br />
que "as perdas legalistas, em todo<br />
Campanha Belarmino-Catanduvas,<br />
foram de 179 mortos.<br />
301 feridos e 60 desa pare cirbos".<br />
Segundo ele, "forarn as perdas<br />
mais elevadas em todas as opera.<br />
çoes durante a revolucão". Nessa<br />
ocasio foram apreendidos dos<br />
revolucionários no eixo Catanduvas-Cascavel-DepOsito<br />
Central<br />
285 fuzis Mauser, 5 fuzis metra-<br />
Ihadora, trés canhOes Krupp, 75<br />
granadas e outros equiparnentos<br />
bélicos. Nesse mesmo dia o Major<br />
Juarez Távora entregou o<br />
cornando dos forcas legalistas ao<br />
tenente Cabanas.<br />
Outro detaihi- que revela a<br />
iinporlãncia da bataiha de Catanduvas<br />
e adjacéncias: tornou-se<br />
estrategicanlente insustentável a<br />
situaçäo dos revo!ucionários, no<br />
Extremo Oeste do Paraná. No<br />
demoraria e a liderança da revo-<br />
Iuçâo passaria Para as inäos de<br />
Miguel Costa e Luiz Carlos Prestes<br />
As operacoes militares no 0este<br />
do Paraná foram muitas e<br />
bastante complexas. Elas tiverarn<br />
envolvirnento de várias figuras<br />
importantes da recen te história<br />
RONDAUTO<br />
Rondon Peças<br />
e Veiculos Ltda,<br />
0RGANIzAçOEs BIER<br />
PEQAS E ACESSORIOS PARA AUTOMOVEIS<br />
Rua Santa Catarina, 655 - Fones: 54-1718 e 54-2209<br />
Marechal Cidido Rondon Parariâ<br />
Opala<br />
Comodoro 80<br />
Cr$ 1.800,000<br />
Corcel LDO 80<br />
Cr$ 1.630,000<br />
politico-mibitar do Brasil. Luis<br />
Carlos Prestes, Cordeiro de Fanas,<br />
Juarez Távora (na época Major)<br />
e Siqueira Campos; pelos<br />
menos quatro futuros generals,<br />
entre rebeldes e legalistas. A histOria<br />
da Guerra de Catanduvas,<br />
contada por Ruy Wachowicz, o.<br />
ferece a impresso de que os<br />
combates travados perto de<br />
Cascavel foram decisivos Para essa<br />
etapa da guerra insurrecional.<br />
De outro lado, a queda de Catanduvas<br />
rnotivou uma série de ataques<br />
e contra-ataques em vIrias<br />
localidades e alguns deslocainentos<br />
-<br />
A história da guerra revolucionãna<br />
no Oeste do Paraná registra<br />
a prescnça de Prestes depois<br />
dos combates de Catanduvas,<br />
quando e!c vinha do Rio<br />
Grande do Sul coin pretensäo<br />
de unir-se as forças paulistas aqui<br />
no Oeste mesmo. 0 malogro de<br />
Catanduvas obrigou-o a outros<br />
pianos estratégicos que dernandararn<br />
novas operacOes e a consequente<br />
mobiiizaco de seus adversários.<br />
Wachovicz exibe alguns Ilguroes<br />
da revoluçäo,como o depois<br />
Marcchal Cordeiro de 1-arias<br />
resistindo ate o Ultimo rebelde<br />
cm Clevelãndia. no entroncamento<br />
Barracao-Catanduvas: o<br />
legendano Luis Carlos Prestes<br />
em Cascavel elaborando urn piano<br />
de ocupaço do Mato Grosso<br />
e an mesmo tempo se desen tendo<br />
coin de seus oficlais; Siqucira<br />
Campos e sua averso PC- -<br />
las "vivandeiras , ou seja as mu-<br />
Iheres que acompanhavam ' o dra-<br />
ma dos conibatentes.<br />
0 historiador da UFPr re!atou<br />
que "em Renjarnin, na encruziinaua<br />
que levava a Catanduvas.<br />
Prestes esperava os retardatários<br />
da tropa pau!ist-a quc<br />
cornbateu nas proximidades de<br />
('atanduvas. Foi aI que encontrou-se<br />
corn Miguel Costa. Firmaram<br />
urn acordo. No conduziriarn<br />
seus homens para Foz do Iguaçu,<br />
não se rcnderiam e nose<br />
exiliariani. Iriarn ate Guaira, atravessariam<br />
o Rio Paraná c invadiriam<br />
o Mato Grosso. Seu objetivo<br />
era bevar o governo federal a<br />
governar nurn permanente estado<br />
de SitiO. Ao mesmo tempo<br />
pretendiarn despertar a populaçao<br />
Para os grupos oligarquicos<br />
que ha muito tempo governavarn<br />
0 pals".<br />
Finalrncntc, a 29 de abril, a<br />
Coluna de Prestes conseguiu diegar<br />
ao Mato depois de<br />
penetrar em território paraguaio.<br />
pelo Rio Paraná. Tomar a cidadc<br />
de Guaira tornou-se unia tarefa<br />
impossivel porque Os govemistas<br />
lutaram bravarncnte forçando u-<br />
pois.rii dl! t ropros no sort5o<br />
do Oestc paranjonse<br />
ma alteraçao nos pianos de Prestes.<br />
0 historiador fez questo de<br />
destacar que Os combates de Catanduvas<br />
foram uma grande Iiçao<br />
Para os rebeldes que acabaram<br />
por mudar sua tática de<br />
guerra. doravante:"Encerrava-se<br />
entre Os revolucionários". escreveu<br />
o historiador, "a prática de<br />
guerra de trincheiras corno havia<br />
sido apbicada cm Catanduvas e Iniciava-se<br />
a de movirnento. tática<br />
que seria aplicada dali cm diante<br />
pela coluna. A miss10 lrancesa<br />
ciue pontificava tia Academia Militar<br />
sempre ensinou e dcfendeu<br />
a guerra dc trincheiras. 0 General<br />
Isidoro, cntrincheirado em<br />
Catanduvas, pagou corn a derrota<br />
a sua lIdelidade a esta estratCgia.<br />
Era este tipo de guerra que<br />
niais convinha aos legalistas. Tenminava<br />
desta forma a campanha<br />
do Parana. A nistona ua coluna<br />
Prestes apenas iniciava-se". Foi<br />
assim que o tenente Castro All-<br />
Ihado narrou a rendicäo de Catanduvas:<br />
"Consolidado o cerco<br />
de Catanduvas na jornada de 29<br />
de marco, foi deliberada pelo<br />
cornando desta praça sua rendiço<br />
Para a niadrugada de 30. As<br />
1911 desse mesmo dia 29 de março,<br />
regressaram os 60 hornons<br />
que enviãramos sobre Caiati, abatidlssirnos<br />
e tristes: nAo tinham<br />
mais urn sO cartucho.<br />
"Nossas reservas de rnunição<br />
estavam também esgotadas haveria,<br />
quando muito, uns trés<br />
rnil tiros de fuzil que foram consumidos<br />
no susten tar o fogo, naqueles<br />
trés dias de combates in<br />
interrupt os<br />
"Nio nos fora possIvel receber<br />
rnu;iiçäo da retaguarda.. onde<br />
Se encontravam os depósitos malores.<br />
For outro lado, as Iörças<br />
que haviam atacado Fazenda<br />
Fboresta avancavani øela estrada,<br />
comprirnido cada yea mais 0<br />
nosso campo de açojá dininuto.<br />
As 21 horas estávarnos coin<br />
adversário a 200 metros a nossa<br />
retaguarda. Foi quando recebernos<br />
urn bilhete do Capit5o Nereu<br />
Guerra. concitando-nos a<br />
que passássemos naqueba noite.<br />
visto que o assalto as posiçOeS de<br />
Catanduvas estava montado para<br />
alvorecer do dia 30 c no Hies era<br />
possivel sustar aouela ordem..<br />
Nto havia razOes. No era so a<br />
nossa viva que estava cm jogo; era<br />
a de 400 companheiros dedicados<br />
quc se sacriticaram durante<br />
muitos meses, combatendo<br />
coin corn sede e sob chu-.<br />
vas,nialtrapithos e iriorentos. Eram<br />
2 horas do dia 30 quando<br />
chegamos as posiçes governistas<br />
de cabeça erguida. scm Sentir humilhaçâo<br />
de espécie aiguma, nao<br />
tendo havido lágrimas, nem outros<br />
pieguismos semelhantes. Estava<br />
encerrada mais uma fase da<br />
campanha".<br />
0 historiador Ruy Wachowicz<br />
acentuou que "Os revolucionários<br />
de Catanduvas, realmente<br />
cercados por urna série<br />
de manobr4s executadas por<br />
Rondon, no tiverarn outra alternativa<br />
seno render-se. Renderam-se<br />
407 revolucionános,<br />
cercados que estavarn por quatro<br />
mil begalistas. N go havia condicOes<br />
de recehcr reforços de<br />
pane dos revolucionários. Estilac<br />
Leal e mais alguns oficiais e praças<br />
conseguirarn fugir, de noite,<br />
através dos linhas ininiigas".<br />
Quase novo PARAGUA(U<br />
V EICU LO ANO COR p'REco<br />
FIAT GL 82 BRANCO.................... 1.680000<br />
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CHEVETTE LS 80 VERMELHO .................. L300000<br />
FUSCA 73 AMARELO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000<br />
BRASILIA 79 MARROM --------------------760.000<br />
FINANCIAMENTO PROPRIO ATE 24 MESES COM APROVAçAO NA HORA<br />
RUA XAVIER DA SILVA, 766— FONE: 73-3311 - FOZ DO IGUAQU - PR.
As vivandeiras<br />
impediam a abstinência<br />
sexual dos soldados<br />
Segundo o socretáriO da Coluna<br />
Prestos, Lourenco Moreira Lima,<br />
faziam parte da tropa muitos rapazes,<br />
menores de idade. de 12 a 18 anos.<br />
Alguns eram imberbes, 0 que faz;<br />
os caboclos confundirem-nos corn at<br />
vivandeiras. Estes sirn, muiheres, tarn<br />
bern faziam perle da coluna. Embora<br />
sendo tratadas corn rigor, chegavarn a<br />
cerca de 50, quando a coluna entrou<br />
no Paraná. Por ocasio da passagem<br />
do Rio Urugual. Prestes proibiu qua<br />
deixassem o Rio Grande, mas na menh6<br />
seguinte quando a Coluna se pós<br />
em marcha ele viu , corn espanto,<br />
qua o belo sexo transpusera o<br />
rio e já estava montado. Prestos te•<br />
na entáo tido pena de abandonálas<br />
naquele sertáo inculto e permitiu<br />
que prosseguissern corn a coluna. Entretanto,<br />
i óbvio qua a manütencâo<br />
das vivandeiras como integrantes da<br />
coluna prende-se ao desejo de manter<br />
os membros da cobuna sem bongos e<br />
prologandos periodos de contato<br />
corn o sexo oposto. Se tal abstinéncia<br />
ocorresse, as desercoes e fugas tornan-se-lam<br />
mais numerosas e frequentes.<br />
"Durante os combates - afirma<br />
Wachowicz - se náo se escondiam,<br />
prestavam serviços pare Os feridos e/<br />
ou preparavam a bole. Entre alas havia<br />
abgumas vabentes. Herminia era<br />
ate brave. Marchava a pi, potreav4<br />
açava bern, como urn gaácho. A<br />
Once, mulata. dançarina da maxixe,<br />
num combate fez urna ligacäo conseguindo<br />
salver uma tropa. Santa Rosa<br />
era da poUcia secrete do Cordeiro<br />
de Fanias. Teve urn menino e vinte<br />
mirtutos depois rnonsava a cavalo<br />
acompanhando a coluna. "Care-do-<br />
Macaco" vestia-se de couro. Havia<br />
ainde Alzira. a Tie Maria. a Chininha,<br />
a Albertina, etc. Cornenta Lourenço<br />
Moreira Lime que apenas uma foi<br />
obrigada a andar do padiola, apOs o<br />
parto, mas essa era alemä, casada corn<br />
urn patricio,tendo urn filho nascido<br />
mulato.<br />
A resistência dessas mulheres foi<br />
formidével na marcha, andando longo<br />
tempo a pd e sofrendo lode sorte de<br />
privaçôes. Mwtas eram casadas.<br />
Siqueira Campos nã'o as tolera-<br />
Va. No as permitia na trope sob seu<br />
comando. Deixava-as frequentemente<br />
a pé, no melo des estradas. Por isso<br />
elas 0 apebidaram de "olhos de gato<br />
e barba de ararne". Uma doles,<br />
Herm(nia, possula urna cadela arnestrade.<br />
Quendo os soldados chegavam<br />
a uma fazenda faziam uma algazarra<br />
tremenda, correndo atrás do paus e<br />
pedras tentando agarrar Os gal inéceos.<br />
Herm(nea escobhie a mais gorda, e<br />
corn a indicaçao do urn gesto fazia a<br />
cadela trazer-Ihe not denIes o frango<br />
tao ambicionado.<br />
A tradicao oral qua as vivandeires<br />
deixararn na rogiao prende-se 80<br />
fato de qua eram eles quo sorviam de<br />
companhia aos homens que por qualquer<br />
rnOtivO seriam degolados ao<br />
amanhecer. Depois quo os primeiros<br />
soldados da Coluna Prestes cai'rarn<br />
prisioneiros dos begatistas no Parenã,<br />
a oxisténcia dessas muiheres comecou<br />
a sor considerada oxtravaganto.<br />
Segundo os depoirnontos dos prisioneiros,<br />
essas muihores andavam armadas<br />
e equipades. Eram elas qua<br />
executevam Os prisioneiros condenados<br />
a degole. Mas ate hoje né'o ha tosternunha<br />
ocular quo tenha dado pormenores<br />
do espetéculo.<br />
Missäo militar francesa em visita a Foz: 1936 -<br />
Toledo era nome de<br />
0 histoniador Ruy Wachowicz<br />
reservou praticarnente o final do livro<br />
pare explicar a decadéncia dos obregeros<br />
que faliram em virtude I os probernet<br />
corn a 2a. Guerra Mundial e as<br />
restriçöes impostas polo governo<br />
argentino a irnportacäo de mate, Cujos<br />
precos tarnbém so reduzirarn ao<br />
longo de 18 anos de exptoracáo.<br />
No Capi'tulo "Frente de colonizaçSo<br />
egréria", Wachowicz narra a penetracäo<br />
dos "pioneiros" no Oeste, o<br />
qua possibilitou efetivamente a cob-<br />
nizaçäo da regiäo.<br />
Pare se tor uma idéia dos tucros<br />
fabulosos qua Os detentores de titulos<br />
de propriedado de terras usufruiarn<br />
no Oeste, o historiador cite<br />
o caso da primeira grande titulaco<br />
do terras feita polo goVernO estaduab<br />
Para fins do cobonizaco. Urn grupo<br />
cornposto por José Petry, Hans Meler,<br />
Alberto Meyer e Antonio Bittencourt<br />
Azambuja teve urn lucro de 5.555<br />
por cento ao cornprar 200 mil hecta-<br />
res por 4$500 e revendé-tos, apos<br />
falir, par 250$000 o hectare. A operaçäo<br />
abrangeu o peru'odo de marco<br />
de 1.912 a 1.924. Essa mesma colossal<br />
érea passou ao dorni'nio respectivamente<br />
de André Zilio e Industrial.<br />
Agricola e Pestonil Oeste de Säo Pau-<br />
lo e Cia. Paranaense de Cobonizaçäo<br />
Espéria. Sob a acusaço de quo o controle<br />
da empress pertencia ao grupo<br />
itabiano Instituto Nacionale di Crédi<br />
to pon if Lavono btaliano AlI'Estero,<br />
o pebo fato do Brasil entrar como abiado<br />
na guerra contra o eixo ltália, Japao<br />
e Alemanha, o Estado do Parané<br />
confiscou todos Os bens da Espéna,<br />
inclusive as terras.<br />
Toledo nasceu de uma obrage<br />
do 54 mill hectares, garante 0 histoniador<br />
Ruy Wachowicz. Os obrageros<br />
eram Os donos da empresa platina<br />
Nuñes V Gbaja que adquiriram a<br />
irnOvet Lope(.<br />
Asu nción Distribuidora<br />
0 histoniador neconstituiu o api.<br />
sodio do surgimento do grandes cidades<br />
corno Toledo e Cascavel: "A<br />
aquisiçao do dominio direto das tenrat<br />
do Estado peba firma argentina<br />
deu-se em 25 do setembro de 1.905.<br />
Em outubro do 1.911 a firma se dissolveu.<br />
Seus antigos sócios Pedro Nuies<br />
a Lázaro Gabaja constitui'arn urn<br />
condorn(nio Para a exploracao do atiftndio<br />
ou 'obrage'. Lázaro Gabaja<br />
febeceu em 1.924, deixando a panto<br />
que tinha direilo do lmOvel a seus<br />
herderos. Em 1.931, um empneiteiro<br />
dos horvais de Cascavel, o argentino<br />
Teodoro Soldatti, arrendou o imOvet<br />
dos herdeiros do Gabeja; no ano<br />
seguinte a firma dos Gabeje abriu faléncie<br />
em Buenos Aires e Teodo'<br />
ro Sobdatti comprou as terras em anrernataco<br />
pObbica por 225219$000.<br />
Ainda nesse ano, Soldatti hipotecou<br />
a propniedade a Pebegrino Angebi.<br />
Abandonada por melt de 20 enos,<br />
Alberto Dallcanatle tovantou a hipoteca,<br />
pagou Os onus fiscais e através<br />
do Pinho e Terra Ltda. adquiriu o<br />
irnOvet, vendendoo'o em totes a agri'<br />
cuttores que pnetendiem colonizer a<br />
terra".<br />
A história de Toledo é intenessante.<br />
Pouce gente sebe qua Toledo<br />
era urn peäo quo acabou designendo<br />
a cidade. Urn padre itabieno, Antonio<br />
Patu(, que residia em Foz do<br />
tguacu, auxibiou Alfredo Peschoab<br />
Ruaro na fundaçäo do Municipio.<br />
Quando eta chegou em principios do<br />
1.947 âquela que seria a cidade, disse<br />
qua foi surpreendido por 70 homens<br />
que malt pareciam assassinos.<br />
Rezou-lhes uma missa, mat esses yelentes<br />
cobonizadores nao suporteram<br />
os mosquitos e ebandonaram a area.<br />
Praticamente todos, o que desesperou<br />
ao padre e 80 cotonizador Ruaro.<br />
Foi necessário contratar paraguaios<br />
pare o iniclo da dernubada mais pa-<br />
peaO)}<br />
sade. Nesta fese, a Maripé teve urn papet<br />
destacado, inclusive Witty Barth,<br />
Nos pnimeiros anos da cobonizacäo,<br />
as pioneiros tivorarn de conviver corn<br />
15 families de (ndios qua depois foram<br />
rocobhidos a resenva de Laranjeiras,<br />
0 primeiro traçado e a abertura<br />
do praça central foj feita peto padre<br />
AntOnio PatuL "Eu fiquol sozinho<br />
e planejol a cidade", contou ole mais<br />
tarde ao sen entrevistado polo historiador.<br />
Toledo, segundo Wachowicz<br />
"sernpre foi a porte de entrada do<br />
cobonos. Em 1.951 surgiram os nil<br />
cleos de Dez de Maio, Marechat Car<br />
dido Rondon, Novo Serandi e Qut<br />
tro Pontes. Em 1.952 Vita Margar,<br />
de, Nova ConcOrdia, Trés Passot<br />
Vita Mercedes, Nova Santa Rosa. Er<br />
1.953, a Vita Maripã; em 1.954 Sã<br />
Roque e Pato Bragado; em 1.955. V<br />
ta lporä. Willy Barth, urn homem d<br />
génio forte,ecabou atraindo pera 51<br />
lideranca e 80 mesmo tempo sufocar<br />
cia a figura do Alfredo Paschoeb Rut<br />
no. Foi ele que planejou a forma d<br />
ocupaçao da terra privilegiando os SU<br />
isles e incentivendo a concentraça<br />
par etnia e netigiao.<br />
Cescavet quase nem é citada net<br />
ses rebatos, a no Sen por mero acasc<br />
Nenhum pioneiro da Cidade foi ouvi<br />
do. A história contada polo catedra<br />
tico deixe muito ctaro que, se doper<br />
desse do ptanejamento dos pioneiros<br />
Toledo seria hojo a capital do Oesti<br />
do Peraná e a centro da regio pan<br />
onde todos convergiriam. Ela rnesma,<br />
a histOria, contudo nao explici<br />
ponque Cascavel ocupou esse luger<br />
quo fetores fizeram corn qua Toted,<br />
acabasso ficando a margem, embor<br />
sendo a grande cidede que hoje é. 0<br />
übtimos capitubos sâo dedicados ao<br />
probbemas fundiários, episOdios mel<br />
conhec dos.<br />
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As 20 e22 horas<br />
N<br />
0 tesourinho chamado Gretchen<br />
estará se apresentando no<br />
Ginásio de Esportes em Foz do<br />
Iguacu neste sábado, dia 23, numa<br />
promocäo da Guarda Mirim.<br />
o inIcio do show está marcado<br />
para as 21 horas.<br />
Medico thsan Simaan e sua<br />
esposa Mag enviaram carta a esta<br />
colurta comunicando o nascimento<br />
do seu terceiro filho. Phsan<br />
conquistou a simpatia dos<br />
guacuenses e agora está residindo<br />
em Santarém, no Pará. Para<br />
os amigos que quiserem escrever<br />
o endereco é este: Travessa<br />
Bandeirantes, 6, - fone (091)<br />
522-1621.<br />
S..<br />
Em visita as instalaçäes da<br />
Gelsom, o Sr. Ney Pedroso Shir-<br />
meT, gerente de vendas da Refricar-Pos,<br />
empresa do grupo Springer-Carrier<br />
S.A. Ele veio corn a<br />
esposa em merecida viagem de<br />
férias.<br />
S..<br />
0 delegado da ABAV em<br />
Foz do lguacu, Laurindo Ortega,<br />
remeteu telex aos órgâos de imprensa,<br />
presidente da RepCiblica,<br />
governador do Estado e agentes<br />
de turismo informando que Foz<br />
do Pguacu escapou ilesa as enchentes<br />
do rio lguacu, mas que<br />
a parque hoteleiro local está<br />
desesperado com a atual situacSo<br />
de baixa ocupacäo em plena<br />
temporada de turismo. t, mesmo<br />
sem enchentes, a água está<br />
chegando ao pescoco.<br />
S..<br />
Empresário Edson Celante<br />
lembrando aos amigos que abriu<br />
mais uma loja do grupo llha Bela.<br />
Trata-se da Decoratriz,que está<br />
atendendo na Av. JK, 933.<br />
I -<br />
Presidente da<br />
Benvenutti, reuniu exportadores<br />
para urn jantar onde esteve pre-<br />
sente o chefe da Cacex, Cicero<br />
Jacobi. Na pauta o problem a das<br />
• PISOS: Paviflex,<br />
piso preto borracha<br />
• TAPETES: Persia,<br />
Walt Diney<br />
ci<br />
rZ<br />
Luiz Carlos Poletti, .nlv<br />
sariante do (jitimo sâbado<br />
exportacôes em cruzeiros.<br />
S..<br />
Engenheiro Vicente VerIssimo<br />
Junior, chete da residéncia<br />
do DNER, esteve em Foz do<br />
lguacu onde participou da inauguraçäo<br />
da sede social da Associacäo<br />
dos FuncionArios do<br />
DNER. Gilberto Kuhn (sub-chefe)<br />
e Celso Borella (inspetor)<br />
também prestigiaram o acontecimento.<br />
A atual diretoria da assocacao<br />
está assim composta: presidente<br />
1 Antonio Martins Ferreira;<br />
vice: Joäo Batista Kedvierske, Secretária:<br />
Tânia Maria Tavares<br />
Cardoso, 2o. secretário: Edson<br />
Flash da<br />
inauguraçâo<br />
da sede<br />
social da<br />
Associaçllo<br />
dos Funcionzirios<br />
do l)NFR.<br />
Tripodi; tesoureiro: Valderes<br />
Zecca; 2o. tesoureiro: Jo5o Salles<br />
da Silva.<br />
S..<br />
Said Darwiche e Bach ira Barakat<br />
trocam de aliancas neste<br />
sábado, dia 23 de julho. A recepçSo<br />
será as 21 horas no Rafahim<br />
Palace Hotel. Bachira é filha de<br />
Mohamad/Maria Barakat e Said é<br />
filho de Abdel/Mariem Darwiche<br />
S..<br />
oanto z,ancflett e espoaa, novos rot&tia.nOS em<br />
Medianeira.<br />
A orientadora pedagógica<br />
Marta Damen Buzzanello acaba<br />
de abrir uma extensäo da Escola<br />
Gasparzinho na cidade de Medianeira.<br />
Funciorrarao os cursos maternal,<br />
jardim, pré escolar, a partir<br />
do dia lo. de agosto. A direçao<br />
geral estará a cargo da professora<br />
Lana Salgueiro.<br />
S..<br />
Marta Damen Buzzanello<br />
acrescentou que a escola "pretende<br />
atender as aspiraçôes de<br />
dezenas de fam(lias que residem<br />
em Medianeira e que buscam<br />
uma nova opçäo no ensino particular".<br />
Quanto ao método de<br />
ensino Gasparzinho, é urn dos<br />
mais modernos,já que a direçäo e<br />
professores nab buscam apenas 0<br />
ensino pr-escolar e sim todo urn<br />
processo de educaçao voltado as<br />
novas realidades das crianças. 0<br />
forte da escola em Medianeira é<br />
64-2176.<br />
S..<br />
A Associaçao de Bairro do<br />
Jardim Santa Maria e Escola BarSo<br />
do Rio Branco promoveram<br />
no ultimo dia 17 de julho urn<br />
torneio de futebol de salao,<br />
jogos de cartas e também uma<br />
churrascada. A renda foi totalmente<br />
revertida aos flagelados<br />
do Paraná. Florëncio Morales de<br />
Sosa organizou a festa.<br />
S.-.<br />
Discoteca Agua na Boca<br />
promove nos dias 28 e 29 urn<br />
show ao vivo corn as mulatas do<br />
Sargeritelli. E born ver de perto.<br />
Lu<br />
4t<br />
Expc.:tadores no jantar da Acifi: Wadis Benvenutti, Luciano Bordin, Job Cesar<br />
dc Souza, Jorge Biff, Nelson Domareski, Vanor Andrion, Tito Martinez,<br />
Ornar Tosi, All Omairi, Anibal Abate Soley e Roberto Apelbaum.<br />
A mais avançada linha de carpetes do<br />
interior do Paraná. Distribuidor<br />
exclusivo das meihores marcas de<br />
carpetes do Brasil:<br />
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Tabacow, Sâ'o Carlos, Fademac. Papeis<br />
de parede; Vulcatex-Badia, London<br />
e Decoral.<br />
MAO-DE-OBRA ESPECIALIZADA<br />
-<br />
Gretchen : show dia 23 em<br />
Foz<br />
S..<br />
Inaugurada no tltimo final<br />
de semana em Medianeira a Boate<br />
Uniäo Disco Clube. A casa ficou<br />
lotada e o publico gostou<br />
da nova atracâ'o.<br />
S..<br />
Radialista Ivan Hartmann<br />
aniversariou no ültimo dia 15 em<br />
Medianeira. Também Clecir<br />
Amaro ficou urn ano mais velha<br />
neste dia. E no dia 13 Elcir<br />
Schmidt recebeu os cumprimentos<br />
dos amigos pela passagem de<br />
mais urn ano.<br />
S..<br />
Todos Os finais de semana a<br />
Discoteca Hollywood promove<br />
sorteios de prémios aos participantes<br />
de brincadeiras dançantes<br />
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0 prefeito de Toledo, Albino<br />
Corona, tern participado de vários<br />
reuniöes corn entidades e cidadäos toledanos<br />
cumprindo aSsim 0 programs<br />
de sue administräo comunjtárja. No<br />
dia 18 ele esteve reündo corn fabricantes<br />
de móveis no sede do Associacso<br />
Comercial e no dia 17 manteve<br />
audiéncia corn o secretârio do Saüde<br />
pars trator do problems do saude no<br />
carnpo, especialmertte no qua se refere<br />
a medicaç5o preventive.<br />
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desenvolvendo urn piano de oproveltamento<br />
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devem dirigir-se a rua Canrobert Rereira<br />
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por Sua veZ. convoca Os contribuintes<br />
pare a renovaçffo de alvarás<br />
bern como 'egularizacäo de cadastro<br />
aos que muararn de endereço. Quern<br />
recebeu OVISO de ctivida ativa e<br />
havia pago, deve k 'ar comprovante<br />
a Prefeitura.<br />
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lguacu continua Quase pronto<br />
7 metros acima terminal tud'stico<br />
do n'ivel -normal S60 M<br />
Segundo dados da Coordenadoria<br />
da Defesa Civil, o<br />
nümero de pessoas desabrigadas<br />
nos Munici'pios atingidos<br />
pelas enchentes no Estado<br />
baixou, terça, urn pouco,<br />
corn o regresso dos primeiros<br />
flagelados para as suas casas.<br />
A situacão continua ainda<br />
grave em União da Vitôria,<br />
corn 28 mil desabrigados. 0<br />
Rio Iguaçu, nesta região, perrnanece<br />
corn mais de 7 metros<br />
acima do seu n(vel normal.<br />
Já na regio de Sâo Mateus<br />
do Sul o ni'vel das águas<br />
está baixando.<br />
União da Vitória, Bituruna<br />
e Candido de Abreu SO Os<br />
Municl'pios quq ainda estâo isolados,<br />
corn d atendimento<br />
Eleiçoes diretas:<br />
Foz inici a<br />
,<br />
campanha<br />
W -. - -'•<br />
Urna sane dn rnaiiifistacóes l zi estan sendo realizadas em Foz<br />
or<br />
A campanha popular por eleiçoes<br />
diretas para presidente da<br />
Republica e prefeito nas areas de<br />
segurança corneçou na ültima Segunda-feira<br />
em Fozdo lguaçu.<br />
Corn icjos foram realizados no<br />
Portal da Foz. Vila Paraguaia e<br />
Jardim das Flores. A situação ncional<br />
e Os problemas gerados<br />
pela Doutrina de Segurança Na.<br />
cional tern sido exaustivarnente<br />
debatidos nestes encontros populares.<br />
Hoje. as 20 horas, será mali.<br />
zado mais Urn destes encontros<br />
no Bairro de Trés Lagoas. AmanhL<br />
dia 22 será no Porto Meira,<br />
• SEGUROS<br />
• EMPLACAMENTOS<br />
• FOTOCOPIAS<br />
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Ajo Miguel do lguacu<br />
ParanA<br />
aos flagelados sendo feito por<br />
helicópteros e barcos, para o<br />
transporte de remédios, roupas<br />
e alimentos. 0 nümero de<br />
MunicIpios atingidos pelas<br />
cheias passou para 39, corn a<br />
inclusgo de Verê, que conta<br />
corn 60 desabrigados.<br />
Destes, seis esto em estado<br />
de calamidade ptblica: Unio<br />
da Vitória, Bituruna,<br />
General Carneiro, Rio Negro,<br />
Porto Amazonas e So Mateus<br />
do Sul.<br />
A Coordenadoria da Defesa<br />
Civil informou que ate a<br />
manhg de terça (dia 19) jã tinham<br />
sido doados aos flagelados<br />
do Paraná 244.678 quilos<br />
de alimentos e 104.485 quilos<br />
de agasaihos.<br />
p<br />
sãhado no Rincão Sao Francisco.<br />
co, Domingo haverá prograrna<br />
duplo: as 10 horas da marih-ã, no<br />
Jardim São Paulo, e As 17 horas<br />
no Parque Ouro Verde. Durante<br />
a semana (sempre as 20 horas)<br />
serão realizadas manifestacOes<br />
no Campos do tguaçu, Jardirn América,<br />
Vila Yolanda e Porto Be.<br />
to.<br />
A campanha será encerrada<br />
as 16 horas do dia 29, COrn uma<br />
grandiosa manifcstçaao em frente<br />
a Prefeitura. Nesta ocaisifo estarão<br />
presentes deputados estaduais<br />
e federals, alëm dos din.<br />
gentes politicos de Fóz do Iguaçu<br />
e cidades vizinhias.<br />
• Joãozi nho<br />
OFICIALDO<br />
DETRAN Despachante<br />
A CADA KM<br />
RODADO<br />
A CERTEZA DE<br />
QUETLRO<br />
VAI BEN<br />
A primeira etapa das obras<br />
do terminal tur(stico de São Miguel<br />
do lguacu, em implantaçäo<br />
a magem do lago de Itaipu, está<br />
quase conclu Ida. Todas as obras<br />
de infra-estrutura afetas diretamente<br />
ao reservatório ficaräo<br />
prontas ate o final deste més,<br />
corn a conclusäo da pavirnentacão<br />
da praia artificial e da concretagem<br />
do atracadouro de barcos<br />
e lanchas.<br />
o prefeito Albino Bissolotti<br />
esteve visitando o local na tiltima<br />
semaria, depois clue Os trabalhos<br />
estiveram paralisados durante<br />
quase dois meses em conseqUência<br />
das chuvas, e mostrou-se extrernarnente<br />
satisfeito corn a localização<br />
do terminal em relaçäo<br />
ao n(vel das Aguas do reservatório.<br />
"A chela do reservatório,<br />
mesmo na cota 216, dá uma<br />
idéia de como ficará o nosso projeto<br />
e demonstra que nosso pla'<br />
nejamento está inteiramente correto",<br />
comentou Bissolotti.<br />
MAIS VERBAS<br />
Neste més, o prefeito embarca<br />
para o Rio de Janeiro, onde<br />
vai pleitear junto a Empresa<br />
Brasileira de Turismo (Embratur)<br />
a liberação de uma verba especial<br />
da ordem de Cr5 70 milhöes<br />
para iniciar as obras externas<br />
do projeto do terminal turistico,<br />
idealizado pela Famepar e<br />
executado pela própria Prefeitura.<br />
Ate agora, foram consumidos<br />
cerca de Cr5 25 milhäes<br />
oriundos do Programa de Desenvolvimento<br />
do Oeste do Paraná<br />
(Prodopar).<br />
0 terminal turistico possul<br />
uma area de cinco alqueires, mas<br />
na realidade nào localiza-se<br />
exatamente no reservatório e sim<br />
no Rio Ocol, distante 20 quilômetros<br />
do tago. 0 rio cresceu de<br />
nivel a ponto de formarem-se<br />
pequenas ondas clue acabam oferecendo<br />
imagem quase idéntica a<br />
de uma praia. Essas pequenas ondas<br />
väo bater num trecho pavimentado<br />
de aproximadamente<br />
500 metros. Logo acima ficará a<br />
taixa de areia onde os banhistas<br />
poderffo se queimar ao sot e ensaiar<br />
Os logos veranistas de sua<br />
preferéncia,<br />
Corn a pavimentação do trecho<br />
marginal do [ago e da concretagem<br />
do atracadouro clentro<br />
das próximas sernanas, a Prefeitura<br />
iniciará em seguida os tra<br />
balhos de acabamento do lago<br />
interno, que será serviço de água<br />
do reservatório assirn que este<br />
atinja a cota definitiva de 220<br />
metros estipulada por Itaipu.<br />
Mais de 14 mil mudas de esséncias<br />
nativas e exóticas já foram<br />
iauel<br />
plantadas na area.<br />
Fazem parte do projeto a<br />
construcäo de cinco quadras esportivas<br />
e campo de futebol, estacionamentos<br />
para 500 ve(culos,<br />
ampla area para camping<br />
provida de água potável e sanitários,<br />
churrasqueiras e boas estradas<br />
de acesso. Em contato<br />
corn a diretoria da Itaipu Binacional,<br />
o prefeito obteve a confirmação<br />
das melhorias do trecho<br />
de 13 quilômetros<br />
clue separam 0 terminal tur(stico<br />
do centro da cidade de São Miguel<br />
do lguacu e da BR-277.<br />
TUR IS MO<br />
Albino Bissolotti está tao<br />
entusiasmado corn a definiçSo<br />
do terminal turistico e da prala<br />
artifical clue pretende criar inclusive<br />
urna Secretaria Municipal de<br />
Turismo para incrementar as atividades<br />
do setor, corno a implantacão<br />
de hotels e restaurantes a<br />
beira do [ago. "Não vejo esta<br />
obra como uma realizaçäo municipal,<br />
mas de âmbito regional.<br />
Quem vai deixar de visitar São<br />
Miguel do lguaçu sabendo que<br />
existe infra-estrutura condizente<br />
a beira de urn agradável lago, a<br />
disposicão para a pesca e navegacäo",<br />
indaga ele.<br />
Ressalva, entretanto, que a<br />
criação da Secretaria Municipal<br />
de Turismo so acontecerá quando<br />
os planos estiverem melhordefinidos,<br />
pois "primeiro temos<br />
que garantir a Iiberação de verbas<br />
da Ernbratur para executar<br />
as obras externas". Quando estiver<br />
tudo em funcionamento, talvez<br />
Albino Bissolotti ná'o seja<br />
mais prefeito de São Miguel do<br />
lguacu. Ele nab esconde sua intencäo<br />
de deixar 0 cargo para 0<br />
qual foi norneado hJ nove anos,<br />
quando exercia a presidéncia da<br />
Câmara Municipal. "Permanecerei<br />
como prefeito so ate o final<br />
do ano que vem para depois dedicar-me<br />
exclusivamente a rninha<br />
vida particular", assegura.<br />
KANTORSKI REELEITO<br />
PRESIDE NTE<br />
DO PMDB<br />
Novo diretório do PMDB- Sic,<br />
Miguel do Iguaçu:<br />
Presidents: Francisco Kantoraki; vicepresidents:<br />
Armando Luiz Politta; Socretãrio<br />
- Nol Borges Schaffer; Suplentes:<br />
Alcides e José Miguel Barth;<br />
Llder da bancada: Valdir Cerqueira;<br />
Delegados: Noi B. Schaffer e En<br />
Bastos Dutra.<br />
NOVO DELEGADO<br />
Ji assumJ o novo delegado do<br />
São Miguel do lguaçu. Trata-se do bacharel<br />
Leonidas Gaisler, qua assumiu<br />
sues funçöes na semana passada, após<br />
determinaçao do secretário Luis Felipe<br />
Mussi, da Segurança.<br />
Kaco Drink's<br />
• MEDIDA CERTA PARA.<br />
• SUA DESC0NTRAcA0<br />
FOZ DO IGUAU - PARANA
3 jovens fuzilados em Foz<br />
Eles estavam corn as mãos arnarradas e o crânio esfacelad<br />
A policia de Foz do Iguacu<br />
ainda näo tern pista<br />
nenhurna sobre os assassinos<br />
de trés elementos encontrados<br />
nurn matagal na semanal<br />
passada, mortos corn tiros<br />
na cabeca e corn as mãos amarradas.<br />
Acredita-se, entretanto,<br />
que a execuco foi<br />
uma"guerra"entre quadri-<br />
Ihas de lad roes de carros.<br />
Esta, pelo rnenos, e a<br />
explicaco mais plaus(vel<br />
que se encontrou ate o presente<br />
momento, principalmente<br />
porque ao lado dos<br />
cadáveres foi encontrado<br />
quantidade considerável de<br />
placas de veiculos. Mas, no<br />
se pode descartar a possibilidade<br />
de clue alguém tenha<br />
colocado as placas neste local<br />
corn o objetivo de confundir<br />
as investigacOes.<br />
Os crimes, a exemplo de<br />
tantos outros, foi horrendo.<br />
Os cadáveres apareceram no<br />
local costurneiro da desova<br />
ern Foz do lguacu: proxirnidades<br />
do aterro sanitrio, as<br />
rnargens de urn riacho , norneio<br />
de urn matagal.<br />
Dos três mortos, apenas<br />
urn foi identificado, corno<br />
sendo Celso Garcia, rnais conhecido<br />
como "Celsinho",<br />
elernento de origern paraquaia,<br />
corn passaqens pela<br />
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Foz do Iguacu -<br />
policia como mernbro de<br />
urna gang de ladrOes de carro<br />
e arrombadores. Ele fol<br />
encontrado morto corn as<br />
mos arnarradas para trás<br />
corn urn fio de naylon. Tra<br />
java calca verde, camisa azul<br />
e sapatos pretos. 0 laudo<br />
cadavérico comprovou ter<br />
sido ele assassinado corn urn<br />
tiro no nariz, urn na cabeça<br />
e provavelrnente urna facada<br />
nas proximidades da nuca,<br />
onde existia urn corte profundo.<br />
Os outros dois no foram<br />
identificados. 0 prirneiro<br />
deles foi encontrado urn<br />
dia antes de Celso Carcia,<br />
mas acredita-se que tenha sido<br />
assassinado no rnesmo<br />
dia e pelas mesmas pessoas.<br />
Ele foi encontrado no Parque<br />
Nacional na fazenda de<br />
Fernando Loures Salinet,<br />
corn o corpo crivado de balas,<br />
a exemplo de Ce Iso Garcia,<br />
estava corn as mäos amarradas.<br />
O outro cadaver encontrado<br />
estava próxirno ao de<br />
Celso Garcia, perto do Aterro<br />
Sanitário em urn matagal.<br />
Era urn hornem de cor<br />
branca, cabelos raspados,<br />
magro, corn aproxirnadamente<br />
uma metro e 80 de<br />
altura e corn a idade aproxirnada<br />
de 25 anos. 0 jovem<br />
trajava calço marrom, Carnisa<br />
xadrez cor branca e estava<br />
descalco. Ele também<br />
amarrado corn uma corda<br />
de naylon, mãos para trás, e<br />
foi alvejado corn urn projétil<br />
de arma de fogo calibre<br />
22 ou 32, cuja bala atravessou<br />
a cabeça.<br />
Ha questâo de urn ano<br />
atrás outros dois jovens foram<br />
encontrados nas proxirnidades<br />
do Aterro Sanitário.<br />
Ambos foram assassina-<br />
r<br />
1<br />
dos friamente e atirados nas<br />
proximidades do rnesmo nacho<br />
em clue esta semana se<br />
encontravarn Celso Garcia e<br />
seu companheiro ainda nâo<br />
identificado. Urn dos<br />
identificado na época corno<br />
ldIlio Goncalves, estava<br />
corn a cabeca totalrnente<br />
decepada e o outro, Joâo de<br />
tal, tinha várias perfuracOes<br />
na altura do abdomen e<br />
também urn cor-te na garganta.<br />
Na ocasiäo se presurniu<br />
que Os dois foram elirninados<br />
por quadrilhas já<br />
clue "sabiam dernais". No<br />
entanto, apenas urn dos rapazes<br />
é clue estaria envolvido<br />
corn tráfico de drogas.<br />
Ern Curitiba o ii<br />
Encontro das Classes<br />
Trabalhadoras<br />
Dando cumprimento ao<br />
que foe decidido no I ENCLAT -<br />
Encontro das Classes Trabalhadoras<br />
do Paraná, as entidades sindicais<br />
paranaenses estäo convocando<br />
o II Enclat a ser realizado nos<br />
dias 23 e 24 do corrente més,<br />
no Coléglo Estadual do Paraná,<br />
em Curitiba.<br />
A cornissäo organizadora<br />
decidiu, desta vez, abordar todo<br />
os assuntos do interesse da classe<br />
trabaihadora, optando assim<br />
por este temário:<br />
- A situaço nacional e a<br />
luta dos trabalhadores.<br />
- Pol(tica agrária<br />
- 0 movmento dos traba-<br />
Ihadores do Paraná uma plataforma<br />
de lutas.<br />
- 0 Congresso Nacional<br />
da Classe Trabaihadora e a construçäo<br />
da Central Unica de Trabalhadores.<br />
As entidades sindicais de<br />
grau superior teräo direito a trés<br />
it S<br />
5 ;r C<br />
0 P E L<br />
AVISO DE<br />
DESLIGAMENTOS<br />
delegados, escoihidos por suas<br />
diretorias. As entidades siridicais<br />
e associacôes profissionais présindicais<br />
teräo direito a apresentar<br />
tantos delegados quanto o<br />
nCimero de trabalhadores existente<br />
na categoria, obedecendo<br />
a proporçäo estabelecida pela Co.<br />
ordenadoria.<br />
As entidades profissionais<br />
näo sindicais, as de funconários<br />
püblicos e aposentados, indicaräo<br />
delegados confo'me o nümero<br />
de filiados a entidade, numa<br />
proporcâo de que a cada mil socios<br />
corresponda dois delegados<br />
de diretoria a quatro delegados<br />
de base. E as entidades ligadas ao<br />
movimento popular (associacöes<br />
de moradores) tern direito a mdicar<br />
urn delegado por diretoria<br />
e dois delegados de base.<br />
Oualquer informaç5o mais<br />
detalhada poderá ser fornecida<br />
.através do telefone (041)<br />
232-2265.<br />
Para realizar melhorias, manutencäo 0 extensôos em redes do distribucäo<br />
e em subestacöes, garantindo major seguronça aos quo executerio Os<br />
trabaihos e ao ptiblico em geral, iniormamos qua so tome necesSãrio Interromper<br />
o fornecimento de energia elétrica nos seguintes locals:<br />
DIA 21/07/83 - OUINTA-FEIRA<br />
TOLEDO<br />
Das 08 is 12 homes<br />
Afeta: São Luiz do Oeste e Cortsumjdores Rurajs<br />
DIA 23107/83 - SABADO<br />
GUA IRA<br />
Das 07 is 08 homes<br />
Afeta: Rue Santos Dumont e transversais no trecho compreendido entre as<br />
rues Presidente Kennedy e Monjoli; Rue Monjoli o transvemsais no trecho<br />
compreendido entre as rues Pastor Sorem a Otivio Tosta.<br />
TOLEDO<br />
Des 08 is 09 homes<br />
Afeta: INCOFERTIL, COOPAGRO e consumidores Rumais de Sede Alvoroda,<br />
Born Priit.r'io, Gremado, Vista Alegre e Linha Unijo.<br />
MARECHAL CANDIL,.) RONDON<br />
Des 14 is 16 horas<br />
Afeta: Rue Maripi e trensversais no trecho compreendido entrees muas Ceaii<br />
e Joäo Pessoa, BNH, Jardins Botafogo e Higienópolis, SAAE, OR-<br />
GASOL e Consurnidores Rurais.<br />
Dos 11 is 12 horas<br />
Afeta: Vila Arroio Fundo, Vile Margaride, Paso Bragado, lguiporã. Born<br />
Jardirn, Bela Bista, Vile Guaçu, São Rogue, Vista Alegre, São Clemente,<br />
São Francisco, São João, Luz Marina e Consumidores Rurais.<br />
Dos 12 is 13 horas<br />
Afeta: IguiporSe Consumidores Rurais.<br />
DIA 24/07/83 - DOMINGO<br />
CASCAVEL<br />
Des 08 as 11 horas<br />
Afeta: Rua Vitória e tmansversais, trecho compreendido entre a Rue Plo<br />
XII e Av. Foz do lguaçu, Av. Foz do lguacu e transversais, trecho<br />
compreendjo entre as rues Vitória a Larninedora, Jardins Alto Alegre,<br />
São Pedro, Palmeires e Santa Cruz.
L<br />
OMELHOR<br />
ENDEREO<br />
EM DEcORAçOES<br />
PARA FOZ<br />
E REGIO<br />
Avenida JK, 933<br />
próximo ao Estor p i Hotel<br />
Fone: 73-5940<br />
LOJA<br />
DAMA<br />
1 C? -I ii