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I BARBARAMENTE FUIIIADOS - Nosso Tempo Digital

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I,<br />

100,00 •1 I<br />

r<br />

De22a 28 dejulhode 1983 Ano II -No. 78<br />

TRES I I z'' " A<br />

JOVENS ^<br />

<strong>BARBARAMENTE</strong><br />

<strong>FUIIIADOS</strong><br />

EM FOZ<br />

ON<br />

/.<br />

t1i1I1I.i<br />

advogado e fazendeiro<br />

cascavelense Pedro Miranda foi<br />

assassinado terca-fejra em urn s(.<br />

tiO situado no interior do Muni-<br />

ADVOGADO<br />

c(pio de Guaraniaçu juntamente<br />

corn urn amigo, o bioqui'rnjco<br />

Oriei Siambroni Ambos foram<br />

mortos a tiros e tiveram suas orehas<br />

decepadas. As causas do Crime<br />

ainda não estäo bern esclarecidas:<br />

uma fonte da OP de Casca-<br />

CRSCAVELENSE<br />

vel revelou que Pedro Miranda<br />

havia adquirido urna area de 50<br />

alqueires a 28 quilôrnetros da Sebe<br />

urbana de Guaraniacu. Ao<br />

medi-la, no entanto, juntarnente<br />

corn o vendedor - cujo sobrerio-<br />

MORTO EM<br />

me sabe-se apenas que é Moraes<br />

-, o advogado constatou<br />

que a area teria na verdade 57<br />

alqueires. Esse fato chegou ao<br />

conhecirnento do filho do vendedor,<br />

Rui Pereira de Moraes, que<br />

exigiu do advogado o pagamento<br />

QUARAN<br />

de mais 600 mil cruzeiros a tI'tulode<br />

ressarcimento pelos sete alqueires<br />

a mais.<br />

lerca-feira o advogado dingiu-se<br />

juntamente corn o bioqui-<br />

!gu mico Orlei Siambronj ate a propriedade<br />

para supostamente efe-<br />

p<br />

i7<br />

.4<br />

/<br />

'•<br />

rA<br />

-<br />

war o pagarnerto. Como riáo ti- terras como seu filho Rub no fovessem<br />

voltado ate ontem, ami- ram encontrados. Orlei teve as<br />

gos de ambos dirigiram-se ate duas orelhas decepadas e Pedro a<br />

Guaraniaçu e acabaram encon- orelha esquerda. Os corpos chetrando<br />

os corpos de Pedro e garam onteni a noite a Cascavel,<br />

Orlei a 200 metros da sede da e ate as 21h o medico legista da<br />

fazenda.<br />

Policia nab sabia informar corn<br />

quantos tiros ambos foram assasanto<br />

o vendedor da area de sinados.<br />

Ato pUblico em Cascavel<br />

solidariza-se corn a greve<br />

Convidamos toda a populaçao de Cascavel para o ato pübli-<br />

Co que sera realizado dia 21 dejutho, quinta-feira, as 18:00 horas,<br />

em frente a Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, em solidarjedade<br />

a greve geral decretada para este dia em repudjo:<br />

— Ao desemprego<br />

— Ainflaçao<br />

— Ao alto custo de vida<br />

— Ao achataxnento salarial<br />

— Ao aumento das prestaçoes do BNH<br />

— AO empobrecirnento cia classe trabalhadora<br />

— A entrega do Brasil aos interesses estrangeiros.<br />

TODOS AO ATO PUBLICO!<br />

Terra - Trabaiho - Liberdade - Independéncia Nacional<br />

(A nota foi assinadij por 12 enlidades de CascavelJ


F<br />

A(abou a (orrup ao<br />

na (iretran de Foz<br />

H;j dos ineses na chefia da<br />

Ciretron de Foz do lguacu. GregOrio<br />

Silvèr,o jà comecou a imprimir nova<br />

rutmO de trabalho Ha malt agilidade<br />

nos despachos, acabou a famoso "catxtnha",<br />

uma prática de corrupciio<br />

costumeira no administracäo anter,or.<br />

Assumirnos Para mudar e esta<br />

mos mudandO Para meihor. Cortamos<br />

praticamente todos as males deixodos<br />

pela chefta anterior Clue ha 17 anos<br />

estava no poder, onde promovia, sob<br />

as otharos complacentes de certas au<br />

toridadeS, verdadeiros desmandos<br />

admini5trativOs e ate mesmo atos do<br />

corrupcäo, como fat amplamertte donunciado".<br />

diz Gregório Silvério.<br />

Congregando as municipios de<br />

Foz do lguacu. Santo Terezinha o S5o<br />

Miguel do lguacu. a Ciretran de Foz,<br />

[ segundo GregOrio, "é a 3a. de major<br />

iipo incia no Estado, pots estamos<br />

corn cerca de 65 mul veiculos, perdendo<br />

ipenas Para Curitiba e Londrina"<br />

Sulverio garante quo o quadro do<br />

funciontrioS pouco tot alterado "mas<br />

o atendimento so publico foi muds.<br />

do e acreditamos que. de urn modo<br />

geral. 0 trabalho estã sendo muito<br />

bern aceitci<br />

Antes mesmo de assumir, Gregório<br />

SiIveio tomou conhecimento do<br />

atos de corrupçãb e favorecirnentos<br />

praticados polo plantilo que fazia as<br />

ocorrénciaS "Eram denuncias graves<br />

- diz GregOrio. Tivermos<br />

cöes traiar'se de uma pessoa bastante<br />

prepotente e que deixou furos quo<br />

ate hole estamos descobrindo. Ele residia<br />

aqui nos fundos da Ciretran e<br />

daqui do patio sumirarn vérias peças e<br />

equiparnentos de veiculos. Houve ate<br />

o caso do surnico de urn motor de urn<br />

carro. Veto o proprietzirio buscar o<br />

veculo, baieu a chave de gnicäo e<br />

percebeu que ni'o dave par tida. Acreditou<br />

tratar-se de algum problems no<br />

distribuidor, mas quando abriu a tampa<br />

cornprovou que faltava exatamento-c<br />

motor'.<br />

'Este elemento - acrescenta<br />

Gregorio -- fol dispensado Quanta<br />

aos outros funcionários estarnos observrido<br />

seu desempenFio cuidadosamente<br />

Esse amigo plantio, o soldado<br />

Luiz Tavares,deverà ser responsabitizado<br />

tarnbém pelo furto do urn<br />

equipamento completo do sorn que<br />

sumlu de dentro de urn Maverick amd3<br />

nos primeiros dias do minha goslao.<br />

Esta foiumadasrazöesporque<br />

eu pedi eu afastamenso, pois em hipótese<br />

alguma admitiremos a pràtica<br />

da corrupçJo'.<br />

A queixa contra o soldado Lutz<br />

Tavares tel devidarnente registrada na<br />

Delegacia de Policia Para Clue se elabore<br />

o cornpetente inquérito policial.<br />

Também là foi oficiado a cito ao o-<br />

E F!<br />

I<br />

Gregôrio Stlerio. moralizando a Cire trait Foz<br />

mandO da PM, pare que a mesmo responds<br />

perante a corporacäo- "E certo<br />

- —lembra Gregório - que ele é<br />

responsàvel par outrO roubos ocorri-.<br />

dos aqu; no patio do Ciretran. fato Iarnentàvel<br />

que denigre a irnagem deste<br />

órgäo. Felizmente hoje contomos<br />

corn gente de conianca neste sotor o<br />

tudo Cleve so, normalizado".<br />

Em seus primeiros dias na Ciretran,<br />

Gregório jà constatou a existéncia<br />

de varies outras irregularidades,<br />

tais como desmandos administrativos<br />

e apreensOes do veiculos sem a devida<br />

necessidade, 0 nova chefe acrodita<br />

quo o objetivo destas apreenses orbitrárias<br />

era apenas Para 'morcier"<br />

certos rnotoristas desavisados, corno<br />

turistaS estrangeiros, paraguaios e argent<br />

not.<br />

FIM DA CAIXINHA<br />

Logo no in(cio de sua gestéo,<br />

Gregàrio Stivério reunlu as proprietários<br />

de auto'escolas e despachantes<br />

onde foram debatidos vários assunlos.<br />

"Deixoi born claro a todos que<br />

acabou de existir a farnosa 'caixinha<br />

, que jà era de conhecimonto publico.<br />

Tenho conhocimento quo funcionava<br />

malt ou rnenos assim: o suje'to<br />

precisava de urna carteira do mo<br />

torista, is ate as auto-escolas ou despachanies,<br />

entregava a documeritaco<br />

o pagava ama taxa exorbitante pare<br />

quo as exarnes fossem facilitados.<br />

Parte do dinheuro - evidentemente<br />

- era entregue A antiga chef a do Ciretran<br />

de Foz do lguacu. Flquei sa-<br />

Servico A la Carte - Pizza<br />

Feijoada - Lanches - Aperitivos.<br />

Agora Salâo de Chá,<br />

Sopas de Cebola, Legumes,<br />

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ABE RTO 24 HORAS<br />

Av. Brasil, 408 ao lado do Foto Paulista<br />

FOZ DO IGUAU - PARANA<br />

bendo que a tax era de Cr S .<br />

5500,00 per coda carteira'.<br />

Justarnente per cause desta 'taxa"<br />

quo as auto-oscolas eram obrugadas<br />

a pager aos Iadrr5es da Ciretran, é<br />

quo no passado muitos motoristas<br />

chegovam a pager ate 40 mil cruzeiros<br />

par urns carteira de rnotorista "Ho'<br />

je já foi tudo resolvido - diz Gregório<br />

- Na reuniäo quo tivemos, as despachantes<br />

entenderarn o problems e<br />

ate gostaram da nova medida. Ficou<br />

ecertado quo as auto-escolaS nan poderäo<br />

cobrar acima de 16 mil e 800<br />

cruzeiros per cada carteira de mornrista"<br />

-<br />

Gregôrio afirrna que recebeu to'<br />

do 0 apoio dos despachantes e proprietàrios<br />

de auto-escolas em acobar<br />

corn a famose "caixinha" e disciplinar<br />

as exames Clue estavam sendo foi'<br />

tot mob "nas coxas". "Eles entende'<br />

ram quo eu nab estou aqui pare preju'<br />

dicer ninguérn Pelo contrário, Estemos<br />

aqui Para tazer quo a let seja<br />

cumprida e pare que 0 povo näo paque<br />

mats do quo o estipulado sornenis<br />

Para enriquecer pessoas unoscrupu'<br />

loses".<br />

Os exarnes folios "nas coxes"<br />

pate chef ia anterior da Curetran<br />

e denunciadoS per We jornal,princ;'<br />

palmente em época Cis cempanha pa'<br />

ra favorecer o PDS, strain mats exames<br />

do vista e psicotëCnicO. "0 psuco'<br />

técnico e as exames de vista eram tel'<br />

tos ne Vita Paraguaia. Recebi infer'<br />

maces Clue estavam sendo teitosde ,<br />

forma irregular, me dirigi ate li' e<br />

constatei que pessoas nab habilitadas<br />

'. --.'.'...' A<br />

Para tar rim IdLidIil ) LC C AOIIIV.<br />

r'<br />

ps,càloga nab tazia as exemes, ape'<br />

nas assinava as documentos. 0 met-<br />

-no acontecia corn o medico respons,3veI<br />

pelo exams do vista quo, inclusive.<br />

parece Clue nem rnorava em<br />

Fcr do lguacU".<br />

A exemplo de outros membros<br />

do Diretörio do PMDB, Gregorio Sitvério<br />

estranha quo apesar do consta<br />

tado todo este mar do lame na Ciretran,<br />

o ex-chefe so nvés de ser exonerado<br />

e responsabilizado foi apenas<br />

iransferido Para Matelãndia. ernbora<br />

continue residindO em Foz do Igus'<br />

u. E ai vent mais urn caso estranho:<br />

"As auto-escolas - diz Gregorio - estao<br />

reclarnando quo está havendo<br />

urns espécie de agenciarnonto pars<br />

carteira de habilitacã'o Para outras tocalidados,<br />

principalrnnete em Matelândia.<br />

Estes fatos deverffo ser spursdos<br />

peta chefia geral dentro dos proxirnoS<br />

dies"<br />

Finalizando a entrevista Gregorio<br />

Silvério lembrou que a chefia ge<br />

rat da Ciretran està promovendo uma<br />

séria investigacao da podridã'o exittente<br />

nas gestoes possadas, quando o<br />

PDS governava o Paraná. Urn fato astarrecedor<br />

já conhecido e comprovado:<br />

"Foi constatado que no cidade<br />

de Cruzeiro do Oeste. no Norte do<br />

Estado, a populaçao é inferior so nomero<br />

do carteiraS expedidas naquale<br />

rnunicpio. Casos semeihantes aconteceram<br />

ernmultaS outras cidades",<br />

Er'<br />

UTfS$11Q1<br />

TEES FIUTEIS<br />

0 AR6fEANA9FO<br />

II MAIS 0M]IPLE9I0<br />

DO RAS1L<br />

II)4<br />

iI1<br />

IL<br />

—.-<br />

IT-..'I1:<br />

I. ID<br />

6=* tT4<br />

VENHA PROVAR 0 MELHOR<br />

CHOCOLATE CASE IRO,—PLANALTO<br />

Meio caminho do Aeroporto, no Km 14<br />

da Rodovia das Cataratas<br />

0Banco do Estado do Paranã SA<br />

COMUNICADO<br />

o Banco do Estado do Paraná S.A., comunica aos<br />

funcionárioS do Poder Executivo EstadUal, lotados na<br />

capital e cidades do interior, o cronograma de pagamentos<br />

que será observado no més de juiho.<br />

As datas de pagamento indicam os dias em Clue os<br />

créditos estaro disponIveis aos respectivos favorecidos,<br />

na forma habitualmente observada.<br />

DATA<br />

ORGAO<br />

20/07/83 Administracäo Geral do Estado - grupO 02inativos,<br />

reformados e pensionistaS das Secretarias<br />

de Seguranca Póblica, Educacâo e<br />

Detran.<br />

19/07/83 Administracão Geral do Estado - grupo 01:<br />

inativos, reformados e pensionistas das demais<br />

Secretarias.<br />

21/07/83 Governado na<br />

21/07/83 Secreta na do P lanejamento<br />

21/07/83 DepartamentO de EstatIstica<br />

21/07/83 Secretaria das Financas<br />

21/07/83 Coordenaco da Receita do Estado<br />

21/07/83 Secretaria dos Recursos Hurnanos<br />

21/07/83 Instituto de Previdéncia do Estado<br />

21/07/83 Secretaria da Sade e Bern Estar Social<br />

21/07/83 Instituto de Assisténcia ao Menor<br />

22/07/83 Secretaria da Administraco<br />

22/07/83' DepartamentO de Administracão de Material<br />

22/07/83 DepartarnentO Transporte Of icial<br />

22/07/83 Departarnento de Arquivo e Microfilmagem<br />

22/07/83 Secretaria do Interior<br />

22/07/83 SUREHMA<br />

22/07/83 SUCEPAR<br />

22/07/83 Secretaria da lndisria e Comércio<br />

22/07/83 Instituto de Pesos e Medidas do Paraná<br />

25/07/83 Secretaria da Cultura e Esporte<br />

25/07/83 Biblioteca Páblica do Paraná<br />

25/07/83 Secretaria da Justiça<br />

25/07/83 Junta Comercial do Paraná<br />

26/07/83 Secretaria de Educaco<br />

28/07/83 DETRAN<br />

28/07/83 Secretania da Agricultura<br />

28/07/83 Secretaria dos TransporteS<br />

28/07/83 Departamento de Estradas de Rodagem<br />

27/07/83 Colégio Estadual do Paraná.


ARIALBA FREIRE:<br />

(


<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong> é uma<br />

publicaco da Editora<br />

Liberaco Ltda.<br />

RetLzçdo e administraçab:<br />

Rua Edmundo de<br />

Barros, 830<br />

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Diretores proprietrios:<br />

Juvèncio Mazzarolle<br />

AIu(zio Palmar<br />

J. Adehno de Souza<br />

Edirores.<br />

Fábio Campan<br />

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Cascavel - Paraná.<br />

AS DORES DO CAN11CO<br />

PENSANTE<br />

JUVENCJO MAZZAROLLO<br />

0 Brash, sinistrado de ponta a ponta, está vivendo a<br />

etapa mais infeliz de sua história. 0 "berço esplêndido"<br />

transforrnou-se num berço de horrores, corn mültiplas ramificaçôes:<br />

caos politico, econômico e social, miséria e<br />

fome em rnassa, caos climáticos de seca no Nordeste e'<br />

inundacöes no Sul, hecatombes ecológicos por toda parte...<br />

0 Brasil e seu povo estäo ameaçados. Todas as grandes<br />

tragédias desta hora no tern precedentes. Ha fenômenos<br />

e mais fenômenos insuportáveis. Uma Naco que sempre<br />

cultivou o ufanismo de ser forte, de repente sucumbe<br />

a sua prôpria impoténcia.<br />

Experiéncias nos mostram que para enfrentar tragédias<br />

espacadas temos reservas morals e capacidade material,<br />

mas a soma de tragédias simultãneas facilmente aniquilam<br />

nossas resisténcias.<br />

As calamaidades em que nosso pals estã merguthado<br />

säo mais extensas e dramáticas do que normalmente se<br />

faz crer a quem näo está nelas imerso.<br />

Ha a seca e ha a chuva, ha a polItica económica, o<br />

Delfim e o FMI. Enfim, falta pouco para o inferno ter-se<br />

transferido de lugar nenhum para o Brasil.<br />

...<br />

A proporçäo do mal que se abate sobre o Brasil é<br />

bern major que a soma das catástrofes - cada urna agrava<br />

todas as outras, numa reaco em cadeia que torna cada<br />

uma major do que é em si mesma.<br />

Na conduçäo da Repüblica (coisa püblica), a inundacão<br />

vem aumentando de nIvel ha décadas sob nuvens sernpre<br />

mais sinistras.<br />

Corn suas águas assassinas, ao longo dos ültimos anos<br />

o Estado brasileiro vem derramando gigantescas trombas<br />

d'água - que invadiram primeiro as regiôes mais baixas<br />

das classes socials, desabrigando multidöes e impedindo-<br />

Ihes o acesso ao bem-estar mais elementar. Aos poucos,<br />

a continuidade do mau tempo devastou as populaçôes instaladas<br />

ao sopé da pirãmide social. Mas as borrascas nâo<br />

cessaram e Os aluviôes precipitados do alto do Planalto,<br />

dos quartéis, das grandes empresas e hancos nacionais ou<br />

internacionais suplantam a Naco inteira. A hecatombe<br />

da crise não arrasou ainda urn pequeno grupo que conseguiu<br />

refuglar-se no pico cio pocler politico e econômico,<br />

nos degraus mais altos da escadaria das desigualdades.<br />

S..<br />

A dantesca cena das águas no Sul do pals no dá<br />

so a dimensäo da calamidade que transformou a regio<br />

ium monumental e uniforme destroço. Ela serve também<br />

de ilustração precisa para dimensionar, por comparaçâ'o,<br />

a situação global da realidade brasileira - extensiva a mo- -<br />

meros outros palses.<br />

A desolação é ainda major quando se percebe a quase<br />

inexisténcia de defesas eficazes contra esse conjunto de<br />

fantásticas desgracas.<br />

Assim como no ha formas de estancar as chuvas no<br />

Sul e de fazer chover no Nordeste, näo ha forcas para<br />

conter as tragédias espJhadas pelo governo, pela poli'tica<br />

econômica, pelo Delfim e o FM e por tudo quanto é poder<br />

que influi decisivamente na ruina nacional.<br />

A fragilidade é patente em todas as direcöes: o ensaio<br />

democrático parece sucumbir a menor comocäo nas diversas<br />

esferas do poder; na economia, uma simples lufada de<br />

urn ministro ou de urna instituição financeira internacional<br />

ou do FMI é suficiente para semear a fome e miséria<br />

em massa, sem que se esboce uma reaçäo consequente;<br />

a desorganizaco, a alienaço e a submisso do povo o faz<br />

massa inerte de manobras de diferentes poderes; o governo<br />

baixa urn decreto-lei corn efeitos ainda mais danosos e,<br />

contra todas as evidéncias, os erros se sobrepöem aos<br />

acertos sem do nem piedade...<br />

.0.<br />

0 pals estã em pânico. Por toda parte reina a decepço,<br />

o desengano, o pesar. Dâo-se voltas ao mundo, duose<br />

voltas a vida e a infelicidade é a grande experiência comum.<br />

0 barco está a deriva. No dá para prever se haver,<br />

porto para ancorar ou se ele chegará a algum destino qu<br />

permita a sobrevivéncia dos passageiros e tripulantes. A<br />

navegaco vai ao sabor dos ventos.<br />

As proporçôes dos flaqelos säo imensuráveis. Nerr<br />

mesmo se sabe se é a natureza ou se sâo os homens os<br />

mais cruéis e implacáveis, mas no resta dOvida de que os<br />

sofrimentos do povo so inauditos. A situacäo é traumatica.<br />

Depois dela, o pals n5o sera rnais o mesmo.<br />

.1.<br />

A hora é de repensar tudo - desde os projetos pessoais<br />

de vida ate os projetos das comunidades e da própria<br />

Naçäo. A crise e o clima fizeram o pal's parar para pensar.<br />

0 ser humano precisa assumir-se rem sua fragilidade<br />

e efemeridade. A filosofia do ter carece de profunda reconsideraco<br />

individual e coletiva. As enchentes, as secas<br />

e a crise sócio-econômica ensejarn uma dura constataço:<br />

a rigor, no ha castelo erigido pelos homens näo tenha<br />

seus alicerces assentados sobre a areia.<br />

A debilidade do ser humano as vezes fica carnuflada<br />

atrás das ambiçôes, vaidades e obras, mas é posta a nu,<br />

inexoravelmente, como urn coice no rosto, sempre que<br />

comportamentos atipicos da natureza exibem sua forca.<br />

0 ser hurnano é fraco, esta é a verdade que facilmente foge<br />

das consciências. 0 momento é de aceitaço de si<br />

mesmo.<br />

0 orgulho costuma apagar nas pessoas e na sociedade<br />

a consciência de sua infinita miserabilidade. Todo o homem<br />

e Os homens todos no s5o mais que uma ténue faguiha<br />

na imensidäo do universo.<br />

S..<br />

"0 homem näo é senão urn canico - mas urn canico<br />

pensante", escreveu o pensador frances Baizac. Assim é o<br />

auto-proclamado rei da criaçâo. Os desafios da hora pre-<br />

Sente reclamam como nunca por nossa capacidade de pensar<br />

- pensar nas calarnidades ocasionais, acidentais, que<br />

cornovem e despertam a solidariedade humana, mas pensar<br />

também nas calm idades permanentes, to ou mais ciamorosas,<br />

que sao postas entre os componentes da normalidade,<br />

aceitas na mais absoluta passividade.<br />

A dor é imensa. 0 caniço está chamado a usar o coraço<br />

e a razo, cuja prudéncia, que no tivemos antes, recomenda<br />

considerar ja o que fazer ante a possibilidade fatal<br />

de uma longa duraçäo, e ate da perpetuaço, dos fenâmenos<br />

que ora avassalam o Sul.<br />

Se essa preocupaço pode ser debitada a paranoia, o<br />

que näo pode mesmo ser posterqado é o empenho em<br />

aquilatar as consequências das calamidades e em como reconstruir<br />

tuao o que está sendo arrumnado por todos os<br />

gravlssimos cataclismas nacionais, sejam causados pelo<br />

homem ou pela natureza.<br />

As hostilidades desafiarn a todos. S.O.S.1


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C)<br />

I<br />

(Y)<br />

N iLi<br />

LAW<br />

DEDO-DURO<br />

F lávio 'dedo-duro" Cavalcanti<br />

desrnunhecou de vez e no<br />

programa da ültima sexta-feira,<br />

tirou sua mascara de falso liberal,<br />

apresentando sua verdadeira<br />

faceta. No é que 0 homenzinho<br />

saiu descaradamente em defesa<br />

das multinacionais, atacando o<br />

trabalhador brasileiro e exigindo<br />

do povo maiores sacrificios? 0<br />

demagogo Flávio atacou Os trabalhadores<br />

brasileiros e so faltou<br />

pedir que a policia caisse em cima<br />

dos grevistas, "pois s5o comunistas<br />

teleguiados de Moscou,"<br />

OURO<br />

PARA 0<br />

BEM DO BRASIL<br />

Prá quem nab tern conhecimento,<br />

este mesmo apresentador<br />

de televisäo, liderou em 1964<br />

uma campanha em defesa dos<br />

golpistas. Pediu através dos<br />

meios de cornunicacäo"ouro para<br />

o bern do Brasil". Este ouro sena<br />

para "tirar o Pats do caos".<br />

Muita gente deu sua alianca<br />

e outras jobs. Moral da histOria:<br />

o ouro desapareceu. Ninguém sabe<br />

que destino foi dado a ele. 0<br />

regime que Cavalcanti ajudou leyou<br />

o Pais para urn caos cornpleto.<br />

DIvida externa: 100 bilhôes<br />

de dólares.<br />

ANGLO<br />

E ITAIPU<br />

0 ernpresário Roque Schornobay<br />

enviou correspondéncia<br />

ao presidente do PMDB de Foz<br />

do lguaçu, deriunciando a gravissima<br />

situaçäo dos quase mil alunos<br />

que perderam suas bolsas no<br />

Colégio Anglo-Americano. Tratase<br />

dos filhos de funcionirios demitidos<br />

e que tinham bolsas neste<br />

colégio. Agora que Os pals estab<br />

desempregados, as criancas<br />

ficarab sem estudar. Somente<br />

continuará no colégio quem pagar<br />

uma mensalidade de Cr$<br />

19.500,00 (lo. grau).<br />

Enquanto isso...<br />

Psou<br />

DEMOCRACIA)<br />

DO PDS<br />

0 PMDB de Foz do lguacu<br />

corneçou a fazer comicios em vários<br />

bairros da cidade, levando a<br />

populaçab seu compromisso<br />

firme de prornover eleicao direta<br />

para prefeito. Foz e considerado<br />

municIpio de area de segurança<br />

nacional, sendo o prefeito nomeado.<br />

Ha 8 anos o coronel ClOvis<br />

Cunha Vianna inferniza a<br />

vida do povo, favorecendo as<br />

classes mais abastadas em detrimento<br />

dos menos favorecidos.<br />

Enquanto o PMDB se movimenta<br />

em torno de eleicOes diretas<br />

(o tirano deve sair ainda este<br />

mês), o PDS se mexe em todos<br />

os sentidos para nomear urn prefeito<br />

de seu partido. Será que o<br />

pessoal do PDS tern medo de<br />

eleicäo? E essa a "dernocracia"<br />

do Partido Democrático Social?<br />

MUITA GENTE<br />

VAI PRO CU<br />

Brguesôes e muttos mernbros<br />

da chamada classe media<br />

brasileira se esbaldaram em fazer<br />

doaçöes aos flagelados das enchentes.<br />

Urn ato nobre. So que<br />

já tern gente pensando em recuperar<br />

Os "prejuizoS", ou seja, o<br />

que fob doado. E, neste particular,<br />

tenham certeza que a mandioca<br />

vai entrar no traseiro<br />

daquele que nada tern a ver corn<br />

o peixe: o assalariado.<br />

Os burguesôes e os "novos<br />

ricos" da classe media estáo satisfeitos<br />

corn a enchente. 0 pensamento<br />

é este: 'Se eu audar esta<br />

genie, you para 0 CU".<br />

CURSO<br />

0 negócbo é em Toledo e a<br />

promocab é do Sesc e Sine. Urn<br />

curso destinado a empregadas<br />

dornésticas será ministrado,<br />

tendo como objetivo ensinar prática<br />

nutricionistas e alirnentares.<br />

0 curso terá inicio no prOximo<br />

dia 25 e tern urna duracab de 10<br />

dias. Local: Sadia<br />

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COMPLICE<br />

Se dependesse dos parlamentares,<br />

o Brasii cairia sem resistência<br />

em poder, digamos, do<br />

Suriname ou do Paraguai E de<br />

fato lamentável a impotência, e<br />

ineficácia dos parlamentares.<br />

Agora, em julho, os parlamentos<br />

estäo em recesso. Ha alguma diferenca<br />

de quando nab estão? 0<br />

que,afinal, fez o Congresso Nacbonal<br />

no primeiro semestre deste<br />

ano? Quern acornpanhou a irnprensa<br />

e prestou atencâ'o ao desempenho<br />

dos parlamentares<br />

percebe que säo quase urn peso<br />

morto no pal's. Não atendem<br />

nern a cinco por cento das expectativas<br />

do povo e menos amda<br />

as expectativas que criaram<br />

durante a campanha eleitoral. 0<br />

que houve de rnais notório no<br />

Congresso Nachonal no prirneiro<br />

semestre fob o vergonhoso acordo<br />

PTB-PDS e o discurso do<br />

senador Bob Fields, também Co.<br />

nhecido por Roberto Campos.<br />

Tudo deplorável. Se o Parlarnento<br />

é emprego pra fazer discurso,<br />

melhor anexar os parlarnentos a<br />

Academia Brasileira de Letras.<br />

E nab venham corn essa de<br />

que o Parlarnento perdeu 0 p0'<br />

der, perdeu as prerrogativas, nab<br />

pode legislar sobre matéria econOmica<br />

e coisas do género, porque<br />

0 Congresso pode, e tern o<br />

clever de faze-b, alterar a própria<br />

Cor:"iiçäo, retomar as tais prerrogativas,<br />

acabar corn o poder<br />

que o Executivo tern de governar<br />

através de decretos-lei. SO nab<br />

o fazem porque sâb irresponsáveis<br />

e porque Ihes é mais cOrnodo<br />

isentar-se de culpa pebo que<br />

acontece escondendo-se atrás da<br />

concentraçao dos poderes do<br />

E x ecu t ivo.<br />

A estas abturas, o Congresso<br />

Nacional é tab culpado pe-<br />

Ia situacáo quanto o presidente<br />

Figueiredo, os ministros Delfirn<br />

Netto, Ernane Galvêas,<br />

etc. e tal. Todos cimplices. Ao<br />

invés de retornar o pode de leg islar<br />

em matéria de politica econOmica,<br />

fica mais confortável para<br />

deputados e senadores deixar<br />

como está e, assirn, poderem<br />

continuar culpando o Delfirn.<br />

Afinal, vá a Nacäo para onde for,<br />

eles continuaräo faturando alto,<br />

e na prOxima eleiçâo teräo a desculpa<br />

para apresentar aos eleitores.<br />

Nab está na horadeos politicos<br />

terem vergonha nessa cara?<br />

NAZISTA NO<br />

VIDEO<br />

ApOs ler urn editorial no jornal<br />

"0 Estado de Säo Paulo", o<br />

apresentador de TV Flávio<br />

Cavalcanti saiu-se corn esta:<br />

"Bern que eu falei que por trás<br />

destas greves estavam o Partido<br />

Cornunista Brasileiro e o PT.<br />

Trabalhador nSo pode fazer greye.<br />

A hora é de se unir e trabalhar.."<br />

E uma pena que uma Rede<br />

Bandeirantes permita urn desperdIcio<br />

de duas horas corn urn<br />

prograrna de baixo rtivel como<br />

esse, sabendo-se que nesta rede<br />

existe genie boa, como urn Joelrnir<br />

Betting, ou urn Ferreira Neto.<br />

FERVO<br />

Tudo pronto para a realizaçäo<br />

do I Fervo -- Festival da MCisica<br />

Popular de Vera Cruz do<br />

Oeste, a ser realizado no Clube<br />

28 de Dezembro, nos dias 28, 29<br />

e 30 deste més.<br />

Desdobrado em quatro categorias<br />

- cornposicäo, interpretaçao<br />

profisional, interpretaçäo<br />

amador e interpretacão irifantojuvenil<br />

- o Fervo tern corno<br />

objetivo descobrir novos valores<br />

e incentivar a mOsica naciorial,<br />

urna vez que sO serab aceitas interpretaçOes<br />

e composiçOes<br />

brash leiros,<br />

PIMENTEL<br />

EOPDS<br />

Tanto o PDS caiu como<br />

uma luva para Paulo Pimentel<br />

corno Paulo Pimentel caiu como<br />

uma luva para o PDS no Parana:<br />

urn partido em ruinas para urn<br />

politico em ruinas - urn afunda<br />

o outro. Urn politico completamente<br />

desmoralizado e urn part ido<br />

completarnente desmoralizado,<br />

0 fim dos dois nab poderia<br />

ser rnais triste e melancólico.<br />

Nem sapo se cria mais nesse<br />

charco.<br />

ESCRITORIO DE ADVOCACIA<br />

* Dr. Edison Peccini<br />

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(Em frente a Santa Casa) - Fone: 74-2763<br />

Foz do Iguaçu - Paraná<br />

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0<br />

Cr)<br />

ED<br />

r-<br />

0 a.<br />

w<br />

C,,<br />

(I,<br />

0


P s1U<br />

- (.\<br />

^ - -,:: ^ ^ ^- ^Tj' I<br />

Ofertas imobiliárias<br />

ARQUIVOS DO<br />

DOPS<br />

r ESTIN EM I Fim da<br />

Lei de<br />

Segurança<br />

Nacional<br />

TOLEDO Uma exigêncip<br />

da Nação.<br />

Nada disso de queirnar Os arquwo<br />

do DOPS, as fichas dos<br />

marcados pelos golpistas de<br />

1964 em diante. No cometam o<br />

mesmo erro de Rui Barbosa, que<br />

fez destruir vasta documentaço<br />

sobre a escravidão no Brasil.<br />

Além de agredir o registro histórico,<br />

isso acrescentou mais uma<br />

vergonha àquele pen'odo. Eu,<br />

ue sou fichado no DOPS des-<br />

Je 1968, quero minha ficha bern<br />

guardadinha e bern protegida.<br />

Quarido, no futuro, tiver que<br />

provar que tive a honra de ter Sido<br />

marcado e perseguido pelo<br />

mais vergonhoso governo que 0<br />

Brasil jé teve, poderei precisar<br />

desse documento. Essa condecoraçäo<br />

eu näo quero que se<br />

perca. (JU)<br />

PROJETO<br />

VIRAçAO<br />

Essa é urna boa: o Grupo Vi.<br />

rack, de Cascavel, estará promovendo<br />

no próximo sãbado, dia<br />

22, a partir das 14 horas, o I Projew<br />

Viracäo que apresentará 4<br />

grupos de MPB: "Cheiro de Gasolina",<br />

'Azambauca", "Fernando"<br />

(flautista) e Ramiro<br />

(Cascavel).<br />

Tmabém esté programada<br />

a apresentacäo de quatro fumes,<br />

dois dos quais premiados no Festival<br />

de Gramado. Säo eles: "Porta<br />

Fechada", "Via Crucis", "Fiji<br />

Eu Que Matei o Gato" e "Desaarec<br />

jmento de Sete Quedas".<br />

Vários cantores e compositores<br />

já se inscreveram para part;cipar<br />

do 9o. FESTIN - Festival<br />

de Inverno a ser realizado em<br />

Toledo nos dias 27, 28 e 29 de<br />

julho. E arnanhá' (quinta-feira)<br />

tern in(cio a Feira do Artesanato<br />

no Mini-Ginásio Hugo Zeni.<br />

A prornocäo é da Secretaria<br />

de Educaco e Cultura e tern como<br />

objetivo prornover o intercâmbio<br />

cultural da regiâo, estimular<br />

o gosto pelo artesanato e<br />

artes musicais bern corno desenvolver<br />

o senso cr(tico da comunidade.<br />

0 Festival da Canco terá<br />

corno local de execuçäo o Cine<br />

Imperial, corn ini'cio previsto para<br />

as 20 horas. Os prérnios väo<br />

de 30 a 150 rnil cruzeiros e ser5o<br />

oferecidos por empresas de Toledo.<br />

Q 'j 4t^) e EA o<br />

8<br />

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Foz do Iguaçu - Paraná<br />

SESC<br />

PROMOVE<br />

JOGOS<br />

DE INVERNO<br />

Numa promoco do SESC, e<br />

Departamento de Educaçäo FIsica<br />

e Esportes do Municl'pio de<br />

Cascavel, tiveram inicio no dia<br />

17 Ciltimos os Jogos de Inverno<br />

do Comerciário nas modalidades<br />

de: bolâ'o, bocha, cabo de guerra,<br />

canastra, dama, futsal, vôlei,<br />

tënis de mesa e truco.<br />

Encerramento está marcado<br />

para o dia 31 e os locals das disputas<br />

säo o CTG Gaudérios do<br />

Oeste e o Centro Esportivo Ciro<br />

Nardi.<br />

Entre outras equipes estão<br />

participando: Farmácia Santa<br />

Cruz, Herrnácia, Cascavel Esporte<br />

Clube, Inomata, Contibrasil,<br />

Paraná Solo, Muffatäo, Destro,<br />

Datta, Vegrande, Coopavel e<br />

Boutique Madmey.<br />

STUDIO BOGONI<br />

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e branco<br />

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Fone: 74-1336<br />

Medianeira - Parana<br />

VILA YOLANDA<br />

Uma case rosidencial edificeda em<br />

alvenario, constitu Ida de trés quartos,<br />

urn banheiro, urns cozinha,<br />

uma sale/cope, uma garegem 0 urna<br />

Area de servos.<br />

JARDIM RESIDENCIAL<br />

ITAM AR All<br />

Uma case residencial, edificede em<br />

alvenaria, constitu Ida do urn quarto,<br />

uma suite, urn banheiro social,<br />

uma sale, uma cope, uma cozinha a<br />

ume area do serviços.<br />

JARDIM ELIZA-<br />

Urns case residencial edificeda em<br />

Alvenaria, constitu Ida, de trés quartos.<br />

uma sale, uma cozinha, urn benheiro<br />

e uma area de servico -<br />

PARQUE IMPERATRIZ<br />

Uma case residencial edificeda em<br />

Alvenaria, constitu Ida do dolt quarlos,<br />

urna sale, uma copa, uma cozinha,<br />

urn banheiro, ume garagern,<br />

urna area do serviços e dependéncia<br />

de empregada corn banheiro.<br />

JARDIM DO PARANA<br />

Uma case residencial edificads, em<br />

alvenaria, constitu Ida do quatro<br />

quartos, urna sale, urne Cozinha,<br />

dois banheiros e uma area do sarvicot.<br />

CONJUNTO RESIDENCIAL<br />

LIBRA<br />

Urna case residencjel edificada em<br />

Alvenaria, constitulde do trés quartos,<br />

urna sale, uma cope, uma cozinha,<br />

urn banhairo, uma area do serviço<br />

o abrigo pare carro.<br />

JARDIM NAIPI<br />

Uma case residencial edificada em<br />

alvenaria, constitu Ida de trés quartos,<br />

sendo quo dolt contém arrnáruos<br />

ernbutidos, urna sale, uma copa,<br />

uma cozinha, urn banhoiro, area de<br />

sorvicos a abrigo pare carro.<br />

CAMPOS DO IGUAçU<br />

Duas cases do alvenaria do tipo conjugado<br />

contendo cada urna trés<br />

quartos, sondo urna suite, urna Cala,<br />

urn banheiro social, urna cozinha,<br />

area do serviços o abrigo Para<br />

carro.<br />

RUA RUY BARBOSA<br />

Urn apartamonto residoncial, n. 302<br />

do Tipo "C .', situado no 4o. pavimento<br />

ou 3o. andar do Edificio<br />

Asalèia, Localizado a rue Ruy Barbose,<br />

constituido do urn quarto,<br />

urna sale, urna cozinha, urn banheiro<br />

a urna area do serviço<br />

PARQUE RESIDENCIAL<br />

OURO VERDE<br />

Uma case corn dais quartos, uma sa-<br />

Ia, uma cozinha o area de serviços.<br />

Uma case corn urn quarto, uma sale<br />

ecozinha.(Obs: arnbasen, madeira)<br />

PORTAL DA FOZ<br />

Umacase corn dais quartos, uma Ca-<br />

Ia, urna cozinha, urn banheiro, area<br />

do servicos o abrigo pare carro.<br />

(Obs... em madeira).<br />

FOTO<br />

AVENIDA<br />

LIVRARIA<br />

ZARPEL<br />

• Artigos Para escritóruo<br />

• Material escolar<br />

• Material para eenharia e desenho<br />

• A,rtigos Para pintura.<br />

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fotográficos<br />

Serv em iços geral<br />

Comercial e residencial<br />

Av. Maripa, 696, fone: 54-1566<br />

Em frente a Praça Willy Barth<br />

CEP 85.960 Mel. C. Rondon - Pr.<br />

'<br />

PARQUE RESIDENCIAL<br />

PR ES IDE NTE<br />

Urna case corn trés quartos, urna so-<br />

[a, umacozinha, urn banheiro e area<br />

de serviços. (Obs, em elvenaria).<br />

JARDIM ELIZA<br />

Uma case corn trés quartos, uma an-<br />

Ia, urna cozinha, urn banheiro e area<br />

do servicos. (Obs.: orn alvenaria).<br />

RUA PRESIDENTE CLEVELAND<br />

Urna case corn dolt quartos, uma cola,<br />

urna cozinha e urn banhoiro.<br />

(Obs. em madeira).<br />

JARDIM DO PARANA<br />

Urns case corn quatro quartos, ume<br />

sale, urna cozinha, dolt banheiros e<br />

Area de serviço. (obs.: em alvenaria)<br />

Uma case corn dois quartos, uma %ala,<br />

urna cozinha e urn banhairo<br />

(Obs.: em madeira).<br />

PAROUE MORUMBI - 3a. PARTE<br />

Urna case corn urn quarto, urns cozinha<br />

a urn banheiro. (Obs.: em me-<br />

Claire).<br />

RUA TIRADENTES, n. 66<br />

Urn apartarnento rosidencial constituldo<br />

de urn quarto, urna sale, cozinha,<br />

banheiro, area de servico e<br />

uma secede. (Edit. Luiz Cerinzio).<br />

JARDIM JUPIRA<br />

Dois apartamentos residencjais, ambos<br />

consituido do sois quartos, urna<br />

sale, ume cozinha, area do serviços,<br />

urn banheiro social e urns secede,<br />

todos os quartos corn benheiro.<br />

lObs.: ao [ado do Edificlo Expodoma).<br />

JARDIM JUPIRA<br />

Dues sales cornercials, urna corn<br />

312,00 m2 (Irezentos e doze metros<br />

quadredos) e outra corn 208,00<br />

m2(duzentos o oito metros quadrados).<br />

(Obs.: ao lado do Edit iclo Expodome).<br />

Urn Depôsito (Poräo) corn area de<br />

520,00 m2 )quinesos e vinte metros<br />

quadrados). (Obs.: ao lado do<br />

Ediflcio Expodorna).<br />

RUA QUINTINO BOCAIÜVA<br />

Urna sale comercial corn 140.00 rn2<br />

(cento e quarenta metros quadrados).<br />

Duos sales cornerciais corn 35,00<br />

m2)trinta e cinco metros quadrados)<br />

cada.<br />

Uma sale cornercial corn 33,00 m2<br />

(trinta e trés metros quadrados).<br />

Urna sale comercial corn 30,00 rn2<br />

(trinta metros quadrados.<br />

(Obs.: Rua Quintuno Bocaiüva- proximo<br />

00 Banco Real)<br />

AV. REPUBLICA ARGENTINA<br />

Uma sale comercial corn 30 m2<br />

(trinta metros quadrados). lObs.:<br />

prOximo ao Açougue Maracanâj,<br />

JARDIM JUPIRA<br />

Trés sales comerciajs corn 60 rn2<br />

(sessenta metros quadrados) cada.<br />

)PrOximo a Exportadora Real).<br />

.<br />

-0<br />

Osmar<br />

Lautenschleiger -<br />

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(OBRAI P<br />

ff%kACM1%f%'<br />

JIYILI1I#V<br />

rAC Lobato: ate jogando tinis<br />

R A-<br />

Vereadores do PDS brigam<br />

pelo trono de Cunha Vianna<br />

Enquanto o PMDB realiza<br />

corn icios nos bairros de Foz do<br />

Iguaçu visando conscientizar 0<br />

povo para a necessidade de se<br />

realizar eleicOes diretas em Foz<br />

e em todos os Municipios da<br />

Area de seguranca nacional, alguns<br />

"prefeituráveis" do PDS<br />

iniciararn urna verdadeira corrida<br />

ao Paco Municipal e cada<br />

urn procura desestabilizar o outro<br />

denunciando ou fazendo fofocas.<br />

E cobra comendo cobra.<br />

Nesta luta pela successäo<br />

municipal. o vereador Alberto<br />

Kocibi. provavelmente o mais<br />

forte candidato nurna eleiço<br />

imoral indireta, teria feito diversas<br />

viagens a Brasilia e a<br />

Curitiba tentandoobter o "sim'<br />

em torno de seu norne. Nesta<br />

luta Beto Koelbi contaria corn<br />

o apoio de urn ministro ligado<br />

a area econôrnica, mas no ser<br />

bern visto por Costa Cavalcanti,<br />

corn quem ja teve desentendiniento<br />

durante as desapro.<br />

priaçOes de Itaipu. Cunha Vian-<br />

na tambem terne entregai' o p0der<br />

a este vereador por ter ele várias<br />

vezes repetido que faria uma<br />

adrninistracào em conjunto corn<br />

o PMDB e neste caso os homens<br />

do PMDB näo hesitariarn cm expor<br />

publicarnente toda a podrido<br />

da atual administraço.<br />

Srgio Lobato, por sua vcz.<br />

também realizou viagens a Brasilia<br />

mas voltou decepcionado.<br />

Certa vez, ao retornar da Capital<br />

Federal, teria confidenciado<br />

a urn amigo:<br />

—Nao adianta, o Dicio Cardoso<br />

d urn candidato muito forte.<br />

Etc tern o apoio do coronet.<br />

Corno no obteve apoio em<br />

Brasilia, Sérgio Lobato procurou<br />

se encostar algumas autoridades<br />

em Curitiba. Em suas peregrina- -<br />

çoes a capital paranaense manteye<br />

contatos corn vários deputados<br />

e tentou obter o apolo Ja imprensa<br />

chegando at6 a jogIr go!fe<br />

e ténis corn membros da revista<br />

"Manchete". As rnás linguas<br />

dizern que dc teria tentado ate<br />

Corn preço ünico vocé pode<br />

saborear churrasco a vontade e 28 pratos<br />

no buffet frio e quente, além de<br />

sobremesa incluida. Müsica tIpica da<br />

Argentina, Paraguai, Bolivia e show<br />

hurnorita brasileiro.<br />

Churrascaria<br />

Bottega.A Casa do -<br />

turista na Foz do<br />

lguaçu.<br />

CHURRASCARIA BOUEGA<br />

Rodovia das Cataratas, 1177. Reservas polo Fone: 74-3384.<br />

uma audiCncia corn o governador<br />

Jose Richa, mas corno o deputado<br />

Sergio Spada se recusou a acompanhá-lo,<br />

seus planos foram<br />

por agua abaixo.<br />

Enquanto isso. Joao Kuster<br />

e Justino Bianco tentam conseguir<br />

adesOes a nfvel! ,)cal. Urn<br />

deles teria intenção de formar uma<br />

comitiva de ernpresários e<br />

deres locais para fazer uma visita<br />

a Brasilia e tentar sensibilizar autoridades<br />

fede rais. Wadis Benvenutti,<br />

por sua vez, vem trabaihando<br />

em siléncio. E!e jura que<br />

näo C candidato, mas todos sabern<br />

que o posto hoje ocupado<br />

por Cunha Vianna C cobiçado<br />

por muitos vereadores. Urn dos<br />

quais, Wadis Benvenutti. "Esse<br />

rapaz C perigoso. Trabaiha em si-<br />

Iëncio, tern competCncia e pode<br />

ser o prOxirno prefeito", teria dto<br />

Alberto Koelbi nos corredores<br />

da Cãmara Municipal. No se sabe<br />

qual o respaldo que Benvenutti<br />

teria na esfera federal. mas C<br />

certo que conta corn a simpatla<br />

de pessoas influentes no Estado.<br />

DCrcio Cardoso, o atual presidente<br />

da Codefi, seria o candidato<br />

mais forte atC o niomento<br />

porque conta corn o apolo incondicional<br />

do atual interventor<br />

Clóvis Vianna. Os dois teriam<br />

feito várias viagens a Brasilia numa<br />

verdadeira maratona aos gabinetes<br />

ministeriais, conchavando<br />

corn deputados e tentando obter<br />

o "siin' do Conseiho de Seguranca<br />

Nacional. Vianna teria<br />

confidenciado que no deixa o<br />

cargo a outra pessoa que no Seja<br />

DCcio Cardosso. A explicaçao<br />

para a preferéncia de Vianna C<br />

lógica: sendo hornem Je con fiança,<br />

DCcio Cardoso jantais pro<br />

moveria uma devassa na adminis<br />

traço Cunha Vianna.<br />

Justamente por ser DCcio<br />

Cardoso o homem de confiança<br />

de Vianna e atualmente o mais<br />

forte candidato a interventor e<br />

que começararn as tentativas visando<br />

desestabiliza-lo. A primeira<br />

ocorreu esta semana, quando<br />

cenenas de fotocópias circula-<br />

Wadis: trabaihando em silêncio<br />

I<br />

.,^: j<br />

Koelbi: viag.ns e mais v.gens a<br />

Bras IIIL<br />

RFGIST R C Is] C I REGISTRO GERAL 00i<br />

-.,adrantc 10 (do;), adric-jls 01 (hun), Peter 51 thquoot. • -<br />

I quntx-o), Quotro 12 (doze) lote 791 (aeteceotno noventa um<br />

cq e ores do 6.014,80n2 oe10 oil quatorco z.atroo e oitentn o don&etroo<br />

qundrnioo), eon bentotoo-l.o, sitw,do no qnadxo urbono -<br />

--deoto Oidedo, d,tn ?tunicipio o Conor-ca, oop-eeodido dootrO don<br />

ooEoiutee dtvzo e conrrontaqloo- ao orte, linit& por oxea 11na<br />

rote o corn do 76.53 metros , no runo do W 85 8 17'NE, c0nfontondo<br />

00: o Ccmiida do n.ueaonuto do Par-on. - C'L2, *0 8xi<br />

lizita por un. It.nha rota e onto do 75,00 ootroe, n0 do BY -<br />

85;17iE, polo a2irazezxto proda1, co;frontacdo coo "'co a bond. -<br />

2cr-to Eoxie1ptoag; • I,ecto, liz.jta for 000 lithe ret, 0 0000 do<br />

78,t0 zctroO, no rum do BE 05434 '30'1;U, conrrontundo coo o into!<br />

000717, d% pro., do Pveteitura fluntcipal do For do Iguaçu -<br />

P2; 0 0 Onoto, itnita por uoa itch. rote e coca do 79,96 notrom,no<br />

z-uxno do BE 06939 1 57-511, ooufrootendo cc= 0 into nc795 '1'00o/<br />

do confortdndo nun aUWl?XCtçAO do parts do into urbonO n052, do<br />

Porte Porte do j'atrjconjo Iunieia1 d-ot, cidnde, no Zone ?'. -<br />

coo a area di 4.874,80o2 0 pa-to do loto n052, do L1xth,x Guorapona,<br />

deeta Cidods, coo no dizetctoo do 19,90 x 60,00 oetroo, , 00 -<br />

xejon 1.140,00*2, coxxotanteo do tracccricoo quo don orieo a pro-<br />

Oote itatn-tcnia, do ocordo con Piarti, ?.coorlo2 I)eIcrttdvo a<br />

creto Itnmictpoi 003.572, otado do 26 do con-onto uno 0 000, quo<br />

itan ar-,uj yodOo coats Otnclo sob 0080/1.567. BevIdo pole troco-/<br />

cnico9 n 0 23.677, Lero 5-1', dents ottcto. 0 rot,r-ido e oerdo4e<br />

don fo For do l5uequ, 22 do ootoo.bro do<br />

- C010A2S1b LZ 0l2WO 0I1?0 05 FOE DO IGAtI<br />

Cu,t?I., coo 0.00 noota 'tdaOe, donidononte thncrla<br />

6MT<br />

R..0l/15 587x_ V,I0100 0 irvql do -rvr.onto r-o vu,. totolidolo<br />

'tenor do fx, ur-o C}i5L?OR - CO,ECIO bs ItATiRiAIS PARk cotsisticz6<br />

p0000i. Juiinhco do dire ito privuo. cc.: o,-de no Cjdade do<br />

ritibo, nerto iotndn, tcocnit. on CGC do X.F. rob 7.9]h395/oOl -<br />

46, per Eacriturn ijF1ico do Coopri e Vend., Inu-ru-Jo on f1o.18°nc,<br />

d liv-ro_nc9t_1, en' deta do 23 do c*toEbro di 1°6O, too octoc do -<br />

2Tbo1ieodeot. Cidndo,_Sr.Cur2oe Luis ton.eao, reDo colon do<br />

00 fcc do di 6lt0nn;00000tçoen corotx.ç.000 do Lvcri77<br />

atrv-seotodo o C do lArkS, nob c842363-5orje P. a5eccio<br />

Cido 'ie,cue tic,, orp,ivodo ,-.00te Ofoejo not- rf&J1542. Te1oido 54 -<br />

no nob o?t&)O9L3, no volor do OO6O(0O 00, robrea avJiu9no teI<br />

256.000.000,00.. Curt,, - ),7900iiC no isik'o,ce; o CPC S9.5>0D.<br />

0 re1'erido e cerdode 0 dou fe. Po,. do isocu, 06 de deze=bro I<br />

1982--------------------------------------------- 030L 1<br />

AV -02/15 t87;-Certifico e don 1, quo do conforeldade cc Autonira<br />

coo vxpedld. polo vondedor, quo tine erquivado neOte Ofoclo oOb t<br />

82/1542, tie. c.oe.;.d. o eoodicuo to nrcrer,tc' tnrvtrDte do 2-011<br />

in pr0000to, po: tot oldo lio,lidndu. 0 rel'rxdo c vordude. P't 4 off<br />

-lo'u, Fu OS do ' vet-ru to 1'-t2. .......................... ------<br />

411<br />

t<br />

A fotocópia circula pela cidade de Fo:<br />

deu urn terreno no centro da cidade p<br />

ram nos melos politicos e ernpre<br />

sariais da cidade. Era uma escritura<br />

de compra e venda em que<br />

a CODEFI--Cornpanhia de Desenvolvirnento<br />

de Foz do lgua.<br />

çu vendia urn terreno de sua propriedade<br />

a empresa hoteleira<br />

SOTELPA, cujo sócio majoritário<br />

C o sogro de DCcio Cardoso,<br />

presidente da CODE Ft.<br />

A transaçço pode ser legal,<br />

rnas tern urn forte cheiro de irnoralidade<br />

quando se observa que o<br />

terreno em qucstIo tern urna area<br />

de 6.014.80rn2, flea praticamente<br />

no centro da cidade<br />

(Jorge Schmimmelpfeng) e foi yendido<br />

pela importância de Cr5<br />

6.000.000.00 que foram pagos<br />

da seguinte forma: 3 milhoes a<br />

vista e o restante dividido em 14<br />

pagamentos, sendo 12 de 200<br />

ml! e 2 de 300 mil cruzciros scm<br />

juros nern correço monetária.<br />

do Iguacu e prova qua a Codefi vonr<br />

6 rnilhöes de cruzeiros.<br />

Foi urn negócio da China. Nem<br />

urn pai faria isso para urn filho e<br />

se eu souhesse teria cornprado,<br />

pois hoje aquele terreno vale<br />

mais de 50 milhOes ",<br />

comentou urn vereador do Pl)S<br />

que pediu 'pelo amor de Deus"<br />

para näo ser identificado.<br />

­ 8 bern verdade- con tinou o<br />

vereador- que a transação fol feita<br />

no final de 1981, rnas mesmo<br />

assim foi vendido por urn preco<br />

in sign ifican te e desta maneira os<br />

cofres pUblicos foram, mais uma<br />

vezlesados'.<br />

E provãvel que no niês de agosto<br />

, quando serao reiniciados<br />

os trabalhos do Legislativo iguacuense,<br />

urn i pedido de informacáo<br />

deva 5cr feito nesse sentido.<br />

quando ento Decio Cardoso<br />

terá que pular niifldo para cxplicar<br />

toda a transaçio.<br />

AR C IONA 1 AGORA COM PREOS E cONDIcoEs<br />

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De nioliner<br />

BaLSA DE TELEFONES<br />

EN(HENTES<br />

67 mil desabrigados e 14 mortos<br />

As áyuas trouxeram morte e dostruçäo 56 no Peraná ha 67 m! dasabrigados I<br />

Corn o registro de mais urn<br />

caso de afogamento em Unio<br />

da Vitória, subiu para 14 o nümero<br />

de mortos em consequência<br />

das enchentes no Paranâ. Dos<br />

38 munic(pios atingidos, ha seis<br />

em Estado de catamidade pUbli<br />

Ca e 32 em estado de emergéncia.<br />

A Defesa Civil, através de levantamento<br />

permanente que realiza,<br />

corn a coleta de dados em<br />

todo 0 estado, já contava na manh<br />

g de segunda-feira a existência<br />

de 67 mil e 430 desabrigados.<br />

A coordenadora estadual de<br />

Defesa Civil dispe de telefone<br />

199 para atendirnento ao pCiblico<br />

na regiâo metropolitana de<br />

Curitiba. 0 secretário Luiz Felipe<br />

Mussi, da Seguranca, disse<br />

que todos os donativos recolhidos<br />

em Curitiba deveräo ser enviados<br />

ao Ginásio do Tarum',<br />

dentro do proprósito de racionaIizaco<br />

do trabaiho de auxflio<br />

aos flagelados. Os donativos mais<br />

rtecessãrios säo cobertores, colchôes,<br />

material de limpeza e higierle.<br />

TREM DASOLIDARIEDADE<br />

0 "Trem da Solidariedade"<br />

deverá partir nos próxirnos dias<br />

de Ourinhos para o Sul corn, no<br />

m(nimo, 12 vagôes de doacöes,<br />

10 dos quais corn telhas e tijolos<br />

doados pela Associaço Corner-<br />

cial e Industrial de Ourinhos, suficiente<br />

para a reconstruçâo de<br />

100 casas, na cidade que o governador<br />

Franco Montoro escolher<br />

para ser adotada.<br />

MAONS<br />

A campanha de solidariedade<br />

as vi'timas das enchentes no<br />

Paraná recebeu urna doaco no<br />

valor de urn milh5o de cruzeiros<br />

depositada no Banest3do. pela<br />

Grande Loja Unida do Paran j.<br />

0 recibo desse depósitu fot<br />

entregue ao chefe da Casa Civi<br />

Otto Bracarense Costa pelo grâomestre<br />

Sila Pioli, que na opontunidade<br />

disse ser aquele gesto de<br />

cunho sirnbólico, corn intuito de<br />

que a exernplo da Grande Lola<br />

Unida do Paraná, outras entidades<br />

tambérn facam suas doacöes.<br />

DO AMAPA<br />

A Secretaria de Promocão<br />

Social do Amapà, em telex enviado<br />

30 secretário Luiz Cordoni<br />

JCinior, da Saóde, comunica que<br />

estã enviando aos flagelados das<br />

enchentes no Paraná alimeritos,<br />

remédios, água mineral, cobertores<br />

e roupas.<br />

ASS E MB LE IA<br />

A Assembléia Legislativa do<br />

Paranâ propOs 30 governador Jose<br />

Richa a formaco de uma cornissffo<br />

de alto nivel para pleitar<br />

aux (ho humanitário internacio-<br />

ol 0.40 p<br />

Av. Brash, 3010, Fono 23-5464 I I J .J...F jS...? tF,Jt/ '<br />

CASCAVEL — PARANA - i [EP.0OLIBANO.3 EMFRENTE AO SAL0 DE BAILE TREVO. 0<br />

nal ao Estado, diante da grave situacäo<br />

provocada pelas enchentes.<br />

A Comisso de Alto Nivel<br />

sugerida pela Assembléia deverá<br />

ser formada por representantes<br />

dos Poderes PCiblicos, do empresariado,<br />

dos sindicatos de traba-<br />

Ihadores, das Igrejas e dos Clubes<br />

de Serviço que operam no terntório<br />

do Paranà.<br />

A QUEM PEDIR<br />

Segundo o deputado Trajano<br />

Bastos, presidente da Assembléia<br />

Legislativa, essa Comisso<br />

supervisonaria os esforcos<br />

para obtenco de recursos humanitários<br />

junto a comunidade internacional,<br />

procurando manter<br />

coritatos corn as instituicöes que<br />

prestarn auxi'lio internacional,<br />

notadamente a Cruz Vermelha<br />

Internacional, o Conselho Mundial<br />

de lgrejas, a Fundaço Rotana,<br />

a Organizacão Mundial de Lions,<br />

as Fraternidades lnternacionais,<br />

a Igreja Catôlica, a Organizaco<br />

das Nacöes Unidas e outros<br />

programas similares.<br />

Restaurante<br />

Concordia<br />

"A Comissão de Alto NI.<br />

vel procurará - disse o deputadoainda<br />

divulgar informaçöes detalhadas<br />

sobre as ocorrêndias, estabelecendo<br />

contatos corn os organismos<br />

de imprensa, notadamente<br />

as agéncias noticiosas internacionais".<br />

Esse organismo ficará,<br />

ainda, encarregado da administraçáo<br />

da ajuda e da prestacäo de<br />

contas necessária -.<br />

EM VIGILIA<br />

0 deputado declarou ainda<br />

que "a Assembléia se considera<br />

em vigilia, para atender prontamente,<br />

corn os remédios a seu<br />

alcance, o povo do Paraná".<br />

Trajano Bastos destacou que<br />

o governador José Richa, que se<br />

encontra em Bras(lia, já foi<br />

informado através do chefe da<br />

Casa Civil, Otto Bracarense Costa,<br />

quanto a proposta do Legislativo<br />

e a acolheu plenamente. Agora<br />

a Assembleta espera que o<br />

Governo Federal compareca corn<br />

apoio mais expressivo do que as<br />

parcelas ate agora anunciadas para<br />

atender os Estados do Sul. -<br />

Restaurante e Buffet's para testae<br />

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C<br />

0<br />

2 Ca<br />

0<br />

0<br />

0 Rinclo So Francisco é, provavelrnente,<br />

o maior baino do interior<br />

do I'arani Corn quase 20 ml! habitantes<br />

(c cerca de 8 mil eleitores),<br />

este bairro distante 8 quilômetros do<br />

Centro do For do Iguacu é formado<br />

P01 tres lotcarnentos: Morumbi I, II<br />

e Ill e atualmente esti quase emenda-<br />

do corn urn quarto: o Portal da Foz.<br />

Nascido cm funçio de maLt urn<br />

dos tantos cirns (ou seria ma fe)<br />

cometidos pela administraçao Clóvis<br />

Cunha Vianna, quo autonzou o loteamento<br />

"no fun do mundo" para favorecer<br />

urna imohiiiria, o Rinco<br />

São Francisco serviu pars atender<br />

os milhares do ompregados do Itaipu.<br />

Corn o pasar dos anos, no auge do<br />

Itaipu, o Rincdo tornou-se uma area<br />

relativarnente próspera. apesar dos<br />

inürneros problernas enfrentados em<br />

funçao do compicto abandono pot<br />

parte do poder piiblico municipal.<br />

Mas hoje a situacäo é diferente: "Do<br />

c3da 10 pessoas que a gente encontra<br />

4 estäo dosomprogadas", garante Antonio<br />

das Graçaa, vereador do bairn,<br />

elcito corn 1.600 votos. Fazendo uma<br />

anIlise mais fria, o vereador acredita<br />

quo 40 por canto da poputação residente<br />

naquele hairro estio desempregados.<br />

Cornerciantes da toca!idade<br />

acham quo case nürnero sobe Para 50<br />

pot cento somando-se os quo<br />

vivem de "bicos".<br />

Formado em sua maioria pot<br />

pessoas do baixa rends, o Rincio São<br />

Francisco aprosenta tioje problemas<br />

serIsaiinos akm do desemprego: mor•<br />

talidade infantil elevada, falta de<br />

assisténcia méda, ruas em pessimo<br />

estado de conservaçio, coletivos precdrios...<br />

(3m dado estarrecedor, constatado<br />

após cansstiva pesquisa do Setor<br />

Jovern do PMDB: mil crianças na<br />

idade de 7a I2anosestosemescola<br />

pot falla do vagas.<br />

Dando tnicio a uma série de reportagens<br />

sobre este bairro, NOSSO<br />

TEMPO ouviu comerciantes, soldados<br />

do módulo poUciat c o vereador Antonio<br />

das Graças quo constatou metancólicamentc:<br />

"Tern muita criança<br />

morrendo pot causa de doenças, mas<br />

nós sabemos que a grande responsável<br />

é mesmo a lome".<br />

RIN(AO SAO FAN(IS(O<br />

........... I-<br />

.. ::.<br />

-T-fl<br />

04 6<br />

V :'<br />

z ..:t<br />

Julio: raunca vi tantos desempregados<br />

JULIO DONIN (fotógrafo)eu<br />

não sou o tinico fotógrafo<br />

daqui. Tern urn outro mais<br />

I pra baixo. VocêssodojornaI<br />

<strong>Nosso</strong> <strong>Tempo</strong>? Meus parabéns,<br />

tâ born esse jornalzinho. Antes<br />

eu comprava a 'Folha I ,<br />

mas desisti porque näo publicam<br />

mais nada que interesse gente.<br />

A crise? Bah, rapaz, estd muito<br />

grande. Tern muita gente desempregada<br />

e o movimento caiu<br />

rnuito. Teve horas que eu pensei<br />

em fechar. Ainda por azar, esses<br />

dias passaram dois picaretas tirando<br />

fotografias de todo mundo,<br />

faturaram urna nota e foram<br />

embora. E nós que pagarnos irnpostos<br />

estarnos a( sofrendo. 0-<br />

Iha, rapaz, o negocic està ficando<br />

cada dia mais difIcil. Antes a<br />

gente trabalhava menos e sobrava<br />

dinheiro. Hoje, so trabaiha,<br />

trabalha e mál dá para a despesa<br />

da famllia. Isso corn muita economia."<br />

"Aqui eu pago 7 mil por<br />

rnês de aluguel. So desta pecinha<br />

onde tenrta o toto. Depois tern<br />

ainda a Iuz e a Sgua. Tern o<br />

transporte,rnas quando no choye<br />

procuro andar a p6 para econornizar".<br />

-.<br />

••.-'•'<br />

<br />

j•<br />

! fi'4'•<br />

Fome, desemprego, doencas,<br />

analf abefismo .1.desespero<br />

"Pensel ate em fechar as porta<br />

Entra uma mulher corn duas<br />

criancas:<br />

—Quanto e que custa para<br />

fazer foto pra identidade?<br />

O fotógrafo responde: rniI e<br />

quinhentos cruzeiros para trés fotografias<br />

5 x 7.<br />

—Tern que set serviço garantido<br />

porque eu fui bater IS na cidade<br />

e as fotos näo prestararn.<br />

—Meu serviço 6 garantido e<br />

o preço 6 estabelecido pela Uniäo<br />

dos Fotografos, responde<br />

Julio.<br />

A mulher diz que vai arrumar<br />

os cabelos e no dia seguinte<br />

bater as fotos. 0 fotOgrafo continua:<br />

"Aqui no Rincéo temos<br />

problemas de escolas também.<br />

ei que tern muita gente Sem au-<br />

Ia."<br />

"Mas o major probtema<br />

mesmo 6 o desemprego. Veja<br />

quanta gente nas ruas. Antes no<br />

se via isso. Eu mesmo tenho urn<br />

rapaz que estudava de dia e, para<br />

ajudar na despesa da casa, foi<br />

transferido para a noite,rnas ate<br />

agora néo consegulu arrumar serviço.<br />

JS faz uns seis rneses e na-<br />

'da. Pedimos ate 4uda para pol(ticos,<br />

mas não adiantou nada."<br />

Mortalidade infantil<br />

é muito acentuada<br />

SOLONSCHUTZ "Jd faz urn<br />

ano que abri esta farm àcia aqui<br />

no Rinco. No começo Ia bern,<br />

vendia rnuito, mas depois o pessoal<br />

começou a ganhar a conta<br />

no Unicon (Unicon ë a empreiteira<br />

de Itaipu) e a movirnento<br />

começou a fracassar. Hoje deve<br />

ter aqui na vila mais de 5 mil de .<br />

sempregados. 0 pessoal vern<br />

cornprar fiado todos as dias,<br />

mas a qente procurd sequrar, não<br />

vender a prazo, senäo quebra mesma,<br />

mas tern muitas vezes que 6<br />

impossivel. E quando chega uma<br />

mae no colo corn urna criança<br />

doente ou chega alguém chorando<br />

pedindo par urn remédlo e es.<br />

t6 sem dinheiro. Da ía gente tern<br />

que entregar. SO este mês deu 65<br />

mil do fiados. Tudo remédlo de<br />

500, 600 cruzeiros ,a gente<br />

vai deixar abguérn rnorrer<br />

causa deste dinheiro.<br />

"Eles procuram mais produ•<br />

tos populates: Dorif, Melagriäo,<br />

etc. 0 quo mais acontece aqui é<br />

criança corn desidrataçâb e gente<br />

corn problernas de pete. Acredito<br />

quo uma das causas é a falta de<br />

higiene, mas corn rebacão a desidrataço<br />

a causa d a fattade uma<br />

afimentaçäo adequada. Aqul chega<br />

muita criarlça chorando e a<br />

mae pensa que está doente. Na<br />

verdade 6 fome, porque não tern<br />

beite para beber. A mortalidade<br />

infantib 6 muito grande. N tomos<br />

dados sobre isso, mas todc<br />

mundo sabe que morre muita<br />

criança pequena".<br />

Solor-.:<br />

tern rnu:ta<br />

cr,anca<br />

pequens<br />

morrendo<br />

do fume


Crise e<br />

cabelos<br />

curtos<br />

MANOEL FERREIRA (barbel.<br />

ro) - 'O movimento aqul estã<br />

caindo muito. Qualquer urn pode<br />

ver que o negócio ti indo pro<br />

brejo. Eu trabalhava na Unicon,<br />

fui despedido porque eles näo<br />

precisavam malt de gente. Junto<br />

cornigo milhares ganharam a<br />

cortta. Me bati pela cidade Intelra<br />

e no achel emprego. Da( resolvi<br />

rnontar esta barbearia porque<br />

eu já havia trabalhado nitto.<br />

Dinheiro dá muito pouco. Parece<br />

incrivel, mat a crise é tao<br />

grande que o pessoal vem aqui e<br />

pede Para cortar a cabelo bern<br />

curtinho que é Para durar malt,<br />

e isso que eu cobro so 600 cruzeiros<br />

por urn corte de cabelo e<br />

mil cruzeiros Para fazer barba e<br />

cabelo. E aqui eu pago 5 mil de<br />

lugu el'.<br />

Folta<br />

co mid a<br />

Sebastião: nenhum fogão para conser.<br />

tar.<br />

SEBASTIAO DOS SANTOS - "Fez<br />

mais ou menos urls trés anos c'ue eu<br />

tenho esta oficina de conserto de fogoes.<br />

Já teve época boa, mas agora<br />

nâo di mais nada. Ho j e, pot exemplo,<br />

completou 8 das que eswu tern servico<br />

Esses fog5es clue estäo af pot fore<br />

ë ferro veiho clue comprei pare tirar<br />

peças . Aqui no Rinco é a seguinte:<br />

depois que 0 pessoal ganhou a Conta<br />

na itaipu. a Comércia fracassou pre<br />

todo mundo. Tern multa gente que iâ<br />

vendeu ou fehcou as portas e se conti'<br />

nuar desse jeito eu nSo posso aguentar<br />

muito tempo. Se, de muita gen'<br />

te clue está passando forne. E qua näo<br />

tern emprego e Os 'bicos' esto cada<br />

yes mais dificeis.<br />

"0 clue mais felts aqui no bairro<br />

é Comida. Felts tarnbém emprego,<br />

felts remédio, false dinheiro pre pager<br />

o lotaçäo e falti muitd coisa<br />

ma is".<br />

Saudades<br />

do pessool<br />

do Itaipu<br />

O ANTONIO DE MATOS (dono<br />

de armazém) - "Olha, rapaz, o<br />

movimento está muito fraco. Te-<br />

, rtho ate saudades dos tempos em<br />

CL que o pessoal da Itaipu vinha<br />

I comprar aqul. Hoje parte deste<br />

pessoal foi embora, mat uma ou-<br />

Co parte continua aqul, sO que<br />

estäo desempregados. Crirninalidade?<br />

La mais pra dma tern<br />

'1 haviaalgunstiroteios. Aqui já está<br />

mais tranquilo, mas já houve<br />

tempo feb. Os nossos maiores<br />

problemas hoje säo o transporte<br />

e a poeira. E sO dar uns dias de<br />

sole a gente come p6 prá mais de<br />

metro. Asfalto? Sel Ia, isso tá<br />

Ui muito demorado. Faz uns trés<br />

anos clue começaram e ainda es-<br />

0 tao na metade. Eu já nSa acredito<br />

muito nesse asfalto porque<br />

o faz mu Ito tempo que estao prometendo".<br />

Manool: cnise encu rta os cabelos<br />

0 tira-dentes<br />

do Rincôo<br />

"DENTISTA. DENTADU-<br />

HAS, EXTRAçOES. SERVIO<br />

GARANTIDO", diz a placa. La<br />

dentro do prédlo de tijotos urn<br />

jovem está atendendo duas meninas<br />

que aparentam 12 anos. Ha<br />

várias dentaduras esparramadas<br />

em dma da mesa. 0 ambiente<br />

n5o e asseado e tern aspecto de<br />

uma oficina. 0 rapaz pede que o<br />

repOrter espere urn rninuto enquanto<br />

val a pia (tern as necessa.<br />

nat condiçOes de higiene Para<br />

urn gabinete dentárbo), motha<br />

uma dentadura que estã preparando,<br />

lava as rnã'os e vem<br />

atender. De iniclo ele nâ'o quer<br />

falar, mat depois perde o recebo<br />

Para afirmar que "o movimento<br />

está fraco". Quando percebe a<br />

curiosidade do repOrter por sua<br />

situaçao profissional, sal pela<br />

tangente. "Eu aqui nao faco extraçôes,<br />

nem obturacOes. Apenas<br />

dentaduras. Mat o movimento<br />

está fraco, mu Ito fraco".<br />

Em determinado momento<br />

cia er-itrevista, o rapaz confessa<br />

que faz extracôes: "Mat sO quando<br />

a pesoa cheg con) OiLlita do<br />

e näo tern dinheiro Para ir a cidade.<br />

Dal eu cobro 500 cruzeiros<br />

I Para arroncar urn dente. 0 mew<br />

negocio é malt dentaduras. Essas<br />

eu cobro uns 8 mil cruzeiros,<br />

mat nem assirn tern movimento.<br />

0 pessoal está sem dinheiro", explica<br />

Cicero Soares, o "dentista"<br />

do Rincao So Francisco.<br />

Cicero nio quis br fotografado. E<br />

aqul quo ole trabaiha.<br />

Ririciio: felts de vagas nat escolas é urn problems sénia<br />

Mil criancas<br />

Antonio Fagundes é o secretário<br />

da Associacäo dos Moradores do<br />

Rinclo Säo Francisco. E/e é rambém<br />

dolegado do So tot Jovern do PMDB o<br />

conhece quase todo rnundo naquele<br />

ba/Pro. Na entrevista que concedeu<br />

00 NOSSO TEMPO e/e fe/a dos principals<br />

prob/ernas do bairro a rave/a<br />

quo numa pesquisa do Senor Jovom<br />

do PMOS foram descobertas rn/I<br />

criancas sam escola:<br />

P - Ouais 05 principais problemas<br />

aqul deste bairro7<br />

R - Os problemas aqui no Rinco<br />

Sffo Francisco tao muitos, mat a<br />

que a genIe considera malt grave.<br />

alérn da fome. tao os menores que es<br />

tao sent escudo. Not, do Setor Joveni<br />

do PMDB. fizemos uma pesquisa e<br />

chegamos a urn resultado desolador:<br />

mais de mill chances entre 7 e 12 anos<br />

estao tern escola. Fizemos urn Iraba-<br />

Iho sério, andando de case em case e<br />

temos em nos.so poder o nome de todas<br />

as cnianças.<br />

P - Por clue essas crianças es•<br />

to sem escola?<br />

R - A grande maioi-ia, malt do 90<br />

par cento, é por falta de vaga. Outras<br />

näo väo pot falia de condiçöes financeiras.<br />

Nes.se levantamento nOs chegamat<br />

a conclusao que é neceuino a<br />

construçao urgente de mats uma esco-<br />

Ia pals aqui nao ha nsais vagas e nmguérn<br />

pode pagan Iotacao paza estudar<br />

Ha trés metes fol instalado<br />

.irn p')sto di PM no RbncSo Sjo<br />

Francisco. Era urna velha reivindicacao<br />

dot moradores, assustados<br />

corn o alto (ndice de criminalidade.<br />

Alias, ha bern pouco<br />

tempo a RincSo Sã'o Francisco<br />

era conhecido como "a capital<br />

do bangue bangue". Em reportagem<br />

feita por este jamal em<br />

1982, urna senhora comentava a<br />

dbficuldade clue tinha Para encontrar<br />

emprego coma domestica<br />

"porque a pessoal pensa quo<br />

aqui sO mora marginal". Na verdade,<br />

o Rincao fol urn bairro<br />

violento. Hoje, porém, a situaçSo<br />

é diferente, garantem as saldados<br />

responsáveis pelo pasta da<br />

PM. 'NOs nSa podemos informar<br />

sea cniminalidadediminulu. Isso<br />

quem deve dizer é a populacSo,<br />

mat as inforrnaçes clue chegam<br />

W nOs dab conta que apOs a instalaçSo<br />

deste posto a coisa mudou<br />

Para meihar", diz o sargento<br />

Odair Michalinski.<br />

Ele lembra que as principals<br />

casos clue chegam ao posto sã'o<br />

ç sem escola<br />

na cidade.<br />

P - Por falar em transporte. Como<br />

está a questao'<br />

R - 0 problems do transponte<br />

coletivo é grave. Tern pessoas que<br />

precisam levanlar as 6 horas para chegar<br />

no frabatho as 8, tale a faita de 6nibus.<br />

Outro problema é a sujeira. Podent<br />

ver corno andam estes Onibus da<br />

Viaçao Itaipu que fazem esa linha:<br />

mais parecern chiqueiros.<br />

P - E o preço das passagens<br />

R Uma roub-siheira. Custa<br />

100 cruzeiros Para ii ate a cidade. l.<br />

so fazer as conies pare ver o absurdo.<br />

Urn trahalhador que use o Onihus 4<br />

vezes per ds gasta quase 12 mil por<br />

met sornente em txansporte. Pare<br />

quem ganlia 40 mil (coma é o caso de<br />

mui(a genIe daqui) significa desembolter<br />

30 por cento do salário para 0<br />

lolaçao. Ainda hem que o povo é pachico<br />

e so acomoda, senão näo Lel<br />

o que tue acontecer. Depois quc aumentlsu<br />

0 preco é comum a genie vet<br />

o pessoal ir pare cidadea pé,andando<br />

cerca de 8 quilômetsos, 1 sO levantar<br />

cedo Para comprovar. Des 4 e meia<br />

em diante centenas e centenas de Irabaihadores<br />

botam a marmita nat cottat<br />

e vão trabathar a pé. A noite,<br />

quando estáo canados, voltarn de ónihus,<br />

mat muitas vezes näo tern os<br />

100 cruze li-os e voltam a pé. Isso eu<br />

,icht., urn crime.<br />

"broncas de fam(Iia, que a gente<br />

tenta opinar por urn acerto amigavel.<br />

NSo tendo isto possi'vel,<br />

a gente encaminha ate a Delegacia".<br />

Funcionando 24 horas por<br />

dia e equipado corn rédbo e uma<br />

veranelo (o telefone deverá ser<br />

instalado bnevemente), as soldados<br />

tao frequentemente chamados<br />

tam'e'm Para levar pessoas<br />

P -• H6 tambem ci p roblems da<br />

super lotacäo...<br />

R - Isso é outra pouca vergonha<br />

Na hora em que o pessoal vai ou vem<br />

do trahaiho C comum encontrar carros<br />

corn malt de lOt) passageiros. Já<br />

trahalhei como cobrador e comprovel,<br />

revoltado, que a empresa ordena<br />

botar quanto mats gente couber. Teve<br />

urn dia que entraram 110 pessoas<br />

num 56 Onibus, Outro problema C o<br />

barro. Quando chove o Onibus nb<br />

desce ate IS embaixo e 0 pessoal C<br />

obrigado a it arnassando barro num<br />

percurao de 2 mil metros. E a preço é<br />

o mesmo.<br />

P - E o Mini Posso de Saüde<br />

funciona bern'<br />

R - Náo fornece a assistêncja<br />

necessária. Temos várias queixas de<br />

moradores de que 0 medico muitas<br />

vezes falta ao serviço nos dies marcados.<br />

As enfermeiras all tern boa vonlade<br />

e se prontificaram a trabaihar<br />

ate nos sabados e dommgos pare Jar<br />

meihor asststéncia, mat pa'<br />

rece que existe uma ma vontade pot<br />

paste da Prefeitura.<br />

P - E outros problemas do bairro,<br />

quais tao?<br />

R - Lb, se a genie for enumerar<br />

dl urn caderno cheio. Mas além des'<br />

lob que foram citados, existe a fatta<br />

do ilurninaçbo pOblica. poeira, rues<br />

intransitáveis,..<br />

Corn o posto do PM, o crime diminuiu<br />

doentes aos hospitals. "0 que<br />

rnais acontece nesse sentido tao<br />

socorros a gestantes. Dias atras<br />

fomos chamados, a mulher entrou<br />

dentro do canro, andamos<br />

uma quadra e ela disse que nSo<br />

dana tempo de chegar ao hospital.<br />

Levamos a muiher de volta e<br />

o parta fol feito em sua prOpnia<br />

casa. Deu tudo certo", relata urn<br />

so Ida do.


-<br />

p. - • -<br />

4<br />

- -- - -<br />

-<br />

/ tttit.<br />

- - It<br />

.— .- . * .. --'- . •.s t . ..t-<br />

..<br />

..s_kar-<br />

; jt I - •<br />

Criancas ficam doentes e<br />

morrem. A causa e a fome<br />

0 vereodor Antonio dos Graces<br />

foi 0 ónico eleito polo Rincâo Sb<br />

Francisco apesar dos seis candidatos<br />

locais qua disputorarn Opleito do no-<br />

vembro. Sergipano, reside em Foz do<br />

Iguaçu ha 6 anos. E urn rapaz hum/ I<br />

-<br />

de e preocupado corn os problomas<br />

do bairro. Ele lembre quo entrou no<br />

politico 'após urn convite do Dobrand/no<br />

e do Sérgio Spada' Hoje<br />

nib está arrependido mas lamenta<br />

n90 poder lazer quase nada pe/os<br />

eleitores 'porque o prefeito tern mui<br />

to ma vontade.<br />

NOSSO TEMPO: - Vocé e o chefão<br />

Politico aqui no Rincão Säo Francisco?<br />

ANTONIO DAS GRAAS - Näo.<br />

Su apenas urn vereador e tenho Irabaihado<br />

e lutado por este povo,rnas<br />

pouco tenho conseguido fazar porque<br />

nibo ternos urn prefeito do povo em<br />

Foz do Iguoçu. 0 coronel Clóvis<br />

Vianna nab e urn prefeito. Parece qua<br />

é empregado do Itaipu. Aqui mesmo<br />

acho que ale nunca velo senáo quando<br />

pars naugurar aquele post inho Is<br />

saude ou pars fazer a carnpanha do<br />

Tércio. Podem var que ele fica rnais<br />

no Prefeitura trancado em seu gabineto,<br />

e nibo apareco nos bairros, so ado<br />

do povo.<br />

NT - E a soluçio?<br />

ANTONIO - Bern, echo clue uma me'<br />

dida ideal seria colocar urn prefeito<br />

do PMDB, eleito palo povo.<br />

NT - 0 povo procurao muito?<br />

ANTONIO - E dernais. Vocéssabern<br />

que aqui tern mats de 15 mil pessoas<br />

rnorando e ern sua rnaioria sibo pes<br />

soas carentes. Entäo qualquer problerna<br />

eles procuram o vereador. Eu<br />

procuro atender no rnedida do possivel<br />

, mas tern dias qua sou procuredo<br />

ate por 50 pessoas.<br />

NT - Quo mali ,les pedqm?<br />

ANTONIO - Pare eu arrurnar emprego<br />

porque estäo corn a farnilia passando<br />

fome, os filhos chorando pot<br />

felta de urn litro de leite, outros procisam<br />

de medico, outros nab tern dinheiro<br />

pars comprar urn remédio...<br />

NT - E o quo vocé fez entäo?<br />

ANTONIO - Quando POSSO, encarninho<br />

aos medicos, procuro arrurnar<br />

ernprego, rnas esté dlficil porque a<br />

crise é muito grande. Muitas vezes<br />

dou dinheiro do rneu próprio bolso<br />

pare ajudar esre ou aquele.<br />

NT - Mas isso resolve?<br />

ANTONIO - Sei rnuito bern que nêb<br />

resolve nods porque hoje a gente dá<br />

dinheiro e amanhib o sujeito está corn<br />

P_^<br />

IT<br />

Antonio dot Graces: tern die em quo<br />

atendo ate 50 pessoas.<br />

fome novamente. 0 qua precisa é atrumor<br />

arnprego porque 0 povo quer<br />

trabalhar. Tern rnuita gente desernpregada<br />

aqui. E so andar pelas ruas e<br />

vet. urna heron" clue a ltaipu delxou<br />

pars nos.<br />

NT - Hoje a genie jâ ye quo o pessoal<br />

reclarna: eu votel no Antonio dos<br />

Gras e node melhorou. Como voce<br />

explica iso?<br />

ANTONIO - E a velha histOria. Ganhamos<br />

mas nab levarnos. Ternos a<br />

rnaioria no Camaro rnas 0 prefeito e<br />

do PDS. Ternos urn governador do<br />

Estado, rnas 0 governo federal é do<br />

POS. Entibo, ficamos amarrados. Sernpre<br />

clue a genie manda urn requerirnento<br />

ou uma indicaçibo so prefeito,<br />

recebernos corno resposta que ele vol<br />

fazer no rnomento oporluno ou que<br />

nbo tern dinheiro. E o caso do nossas<br />

ruas. Vãrias yeses path rnáquinas e<br />

cascaiho e ate hoje nods veio.<br />

NT - 0 Setor Jovem do PMDB fez<br />

uma posqutsa e COnstatou qua aqui<br />

existem mil crianças sam osCola. 0<br />

governo é obrigado a oforecer condiçöes<br />

pare quo nenhuma criança fique<br />

sam aula. Voci reivindicou alguma<br />

coisa noise sentido?<br />

ANTONIO - JA tive conhecjmento<br />

do problerna mas não level nenhurna<br />

reivindicaçao 00 prefeito. Parece quo<br />

ele vl embora, e entäo echo rnelhor<br />

aguardar pare ver Se rnelhora corn<br />

o outro quo assumir. Polo atual prefeito<br />

dii cilmente serernos atendidos.<br />

NT - Ji qua o prefeito é insensivel<br />

a esso probloma, não so pode ficar do<br />

braços cruzados vendo mil crianças<br />

sam oscola. Não hfi possibilidade do<br />

so construir uma escola estadual?<br />

ANTONIO - E, calves essa seria uma<br />

solucäo. Vamos pedir là pro dma para<br />

clue essas criancas nbo fiquern malt<br />

sern escola.<br />

NT - E a quest5o do transports co<br />

letivo?<br />

ANTONIO - Olha, tempos atrás fizemos<br />

urna comissâ'o composts por trés<br />

vereadores e realizarnos urn trabalho<br />

de pesquisa e sugesti3es, rnas parece<br />

qua de nods adiantou pois 0 servico<br />

continua o rnesrno, ou pior. A "me-<br />

Ihora" foi clue o preço aurnentou de<br />

75 pare 100 cruzeiros, urn verdadeiro<br />

absurdo pois o trabalhador clue usa<br />

o ónibus quatro vases gasta 400 cruzeiros<br />

pot dia Se am Iotaçäo 1 e por isso<br />

qua muita genie està Ievantando<br />

mais cedo e indo a pd pro servico.<br />

NT - E o bbia-fria do cidade.<br />

ANTONIO - E isso. E é lornentável<br />

quando se sabe qua essas empresas<br />

ganharn verdadeiras fortunes,<br />

NT - E a rnorlalidade infantil é grando?<br />

ANTONIO - Näo temos dodos estatisticos<br />

em rnaos, rnas sabernos clue<br />

o indice 6 elevadissimo. Tarn muita<br />

crianca morrendo por cause de doenças<br />

como a desidratacäo, mas a cause<br />

a genie sabe clue é a fome.<br />

NT - 0 qua so pode fazer pare mudat<br />

esta situaçäo?<br />

ANTONIO - Olha, é triste saoer que<br />

pouca coisa pode ser feita corn o<br />

atual governo municipal. Aqui, vamos<br />

esperar pars ver se este prefeito vai<br />

embora e sensibilizar o quo assurnir,<br />

- r.Jrque nab podemos rnais imploror,<br />

pedir melhorias e sO voltor là da Pre-<br />

- feitura corn urn monte de papels dizendo<br />

que nada pode ser feito. A populacio<br />

conliou no gente, que tern<br />

todo o direito de ficar cobrendo soluçes.<br />

Se n5o formos atendidos. vamos<br />

- reunir o povo e marchar ate a Prefeitura<br />

e botar o prefeito contra a parade.<br />

NT - Vocés vão fazer urn comcio<br />

aqui? -<br />

ANTONIO - E.0 objetivo é lutar pot<br />

• eleicöes diretas pare prefeito. Vamos<br />

fazer campanha de conscientizaçbo<br />

do populacao visando explicar a<br />

- necessidade de se eleger urn prefeito e<br />

tembérn o presidents do ReptbIica.<br />

—<br />

Agora SO se vende pinga<br />

'__,p_ •.-•<br />

Elas tern saudados dos "coronéis" do Itaipu<br />

A crise no Rincäo Säo Francisco<br />

chegou tambérn as casas de<br />

prostituiçao disfarçadas de "bar<br />

o lanchonete". - 'Antigarnente exist<br />

lam mais de 10 muqu if as aqui<br />

no Rincão. Hoje devem ter umas<br />

trés ou quatro", disse urn moradot.<br />

Quem gastava dirtheiro nestes<br />

lugares erarn os "coronéis da<br />

Unicon" (trabalhadores clue ganhavam<br />

mais de 100 mil por<br />

rnès).<br />

"0 movimento tá baixo. UItimamente<br />

so temos vendido<br />

pirtqa. Cerveja sai là uma que ou-<br />

Diarréla e muita sarna<br />

As onferrne4ros do mini-po5to: hi multos casos do same<br />

tra de yes em quartdo", diz uma<br />

paraguaia dona de urn dos "bar<br />

e lanchonete". Ela no ye clue o<br />

gravador está ligado e pergunta:<br />

"0 clue vocés vo tomar? A cerveja<br />

tâ custando 400 cruzeiros".<br />

Depois confessa quo "houve<br />

tempos maravilhosos. Isso foi<br />

quando tinha aquele pessoal gastador<br />

quo trabalhava na Itaipu o<br />

depois garihou a conta. NOs eramos<br />

em 5 cu 6 e hoje estamos so<br />

em duas porque no tern mais<br />

movimento"<br />

No Rjncäo Sac, Francisco e- graves so atendidos na cidade<br />

xiste também urn mni-posto de porque o medico daqui vem so-<br />

Satde sob a responsabilidade da mente trés vases por semana. 0'<br />

Prefeitura Municipal. AU so a- pessoal roclama e acha clue deveria<br />

tendidas cerca de 50 pessoas por haver urn medico todos os dias".<br />

dia e os casos mais comuns, Segun- "Muitas vezes- diz a enfermeido<br />

uma enfermeira do posto, Ma- ra- temos quo fazer partos, mas é<br />

ria J.S. Nunes, sào diarréias nas somente quando 0 pessoal chega<br />

criancas e escabiose (sarrla) em ou- muito atrasado e näo dá tempo de<br />

tras faixas etérias. "Os casos mais levar pro hospital ­<br />

cJ<br />

a,<br />

dCL<br />

w<br />

I-<br />

0<br />

0<br />

z


Em nome de Ala4*<br />

Na Sadia, frangos são abatidos<br />

de acordo corn o ritual islâmico<br />

Guarda-pós brancos man<br />

chados de sangue, ponteaguda<br />

facas a mäo,aquele grupo de de<br />

Zoito homens emite uma incompreensivel<br />

frase enquanto car.<br />

tam os pescocos das a yes que<br />

passam enfileiradas, as pés preso<br />

Ia uma corrente que Se mOvimenta<br />

em sua direcão. A frase,<br />

"Ala uhakbar", quer dizer: "Nio<br />

existe forca major que Deus", e<br />

está sendo dita pela equipe de 18<br />

muçulmanos, em sua maloria iranianos,<br />

egrpcios e Ibaneses con- -<br />

tratados por urn emissário do governo<br />

da RepUblica lslàmica do<br />

Ir g Para abater pessoalmente, e<br />

conforme o ritual isiâmico, 7 mu<br />

toneladas de frangos de acordo<br />

corn recente contrato de exportacôes<br />

fechado pela Frigobrás,<br />

do grupo catarinense Sad a.<br />

Os quase 3.500 operários da<br />

unidade industrial de Toledo já<br />

es:o habituados ao cerimonial<br />

dos mupulmanos que vem sendo<br />

cumprido corn absoluto rigor ha<br />

mais de cinco anos, quando a Sadia<br />

comecou a fechar os primeiros<br />

negOcios.<br />

o diretor Pedrinho Fur Ian<br />

recorda o sobressalto que teve<br />

por ocasiäo do inicio do abate:<br />

"Empunhando urn apareiho parecido<br />

corn uma brissola. o supervisor<br />

obrigou-nos a desmontar<br />

a setor de penduramento e<br />

sangria, ambos autornatizados,<br />

mudando a sua direcäo Para permitir<br />

que as peitos dos frangos<br />

ficassem virados Para Meca". Par<br />

sorte esta alteraçäo näo orovocou<br />

qualquer dificuldade ao sistema<br />

industriai oa ernpresa. L)ivididos<br />

em dois turnos, os trabalhacores<br />

ruçulma,os dedicam<br />

entre 8 e 9 horas diárias a degola<br />

dos francos ganhando diariamente<br />

10 mil cruzeiros cada. Fur-<br />

Ian calcula que a equipe abate<br />

diariamente 150 mil frangos, na<br />

proporçäo de 8.500 frangos Cada.<br />

Na semana passada o supervisor<br />

do lr3 foi pessoalrnente ao<br />

Porto de Paranagu.onde estayarn<br />

sendo realizados as embarques<br />

Para se certificar que as calxas<br />

e embalagens que estavam<br />

sendo exportadas continham a<br />

produto abatido por sua turma.<br />

Filho de comerciante de<br />

automOveis, de Curitiba, Faissal<br />

lskandar tem'outros dois irmos,<br />

Ali e Samir, de 18e 16 anos,trabalhando<br />

na Frigobrás em Toledo<br />

e diz que aceitaram o trabaho<br />

a pedido do pal que é muito<br />

religioso: "Em nossa religião, temos<br />

o major respeito pela vida<br />

dos animals. 0 sangue das ayes<br />

degoladas voltadas Para a nascente<br />

do sol significa a renovaco<br />

do seu ciclo da vida e que<br />

sempre teremos mais a yes Para abater".<br />

Ao nascer do sol, ao<br />

meio-dia e ao pór-do-sol esses<br />

muçulmanos reunidos oram "em<br />

nome de todos os frangos que Seräo<br />

abatidos nesse dia", comentou<br />

Faissal, que cumpre a risca,<br />

todo a ritual, desde os banhos<br />

antes de iniciar a matanca, estes<br />

feitos ainda no hotel.<br />

Alguns funcionários da fabrica<br />

de Toledo disseram ter ouvido<br />

que esses frangos abatidos no<br />

Paraná säo remetidos Para a zona<br />

Os frangos exportados pare a Ira $o podom ser abatidos por muçulmanos<br />

de combates na fronteira corn o<br />

lraque,o que faz redobrar os cuidados<br />

COITi o produto, principalinerite<br />

0 riruai. Ern Paranaguá, a<br />

supervisor Vahed Reza Mafi Balani<br />

inspecionou pessoalmente as<br />

embalagens dos frangos exportados.<br />

Por isso permitiu que elas<br />

trouxessen-r urn car imbo corn os<br />

dizeres: "Aqui nós comprovamos<br />

que estas ayes foram abatidas em<br />

norne de Deus, de acordo corn as<br />

leis islãrnicas e sob a supervisáo<br />

de urn representante da Repüblica<br />

lslãmica do Ira". Depois<br />

de desembarcar na Turquia, já<br />

que as rotas de abastecimento<br />

Para a Ira foram cortadas pelos<br />

cornbatentes iraqulanos, a<br />

produtos importado do Brasil é<br />

transportado atravésde 1.600<br />

quilôrnetros de rodovias a seus<br />

centros de consumo.<br />

Ter peregrinado a Meca, pe-<br />

Ia menos uma vez, é urn dos requisitos<br />

que Se exige desse funcionário<br />

do regime do aiatolá<br />

Komeini Para supervisionar as<br />

irnportacöes de a yes Para a Pais.<br />

Já a equipe de degola é constituida<br />

par pequenos comerciantes<br />

que aceitam estas atividades<br />

ternporária, mais- Para oferecer<br />

sua contribuiçäo aos patr(cios.<br />

Mas eles so säo aceitos se realmente<br />

professam a islarnismo e<br />

sac, simpatizantes ds causas do<br />

Ira, informa Reza Belani.<br />

Das SUaS cinco unidades espalhadas<br />

pelos Estados de Santa<br />

Catarina, Paraná e Säo Paulo somente<br />

Toledo exporta Para o<br />

Ira; em 1.982, a indistria abateu<br />

45 mil a yes, sendo metade<br />

Para a mercado interno e a outra<br />

Para o mercado externo. As empresas<br />

do grupo respondem por 26)<br />

por cento das exportacôes brasileiras<br />

de frango e pelo menos<br />

10 por cerrto do consurno interno<br />

no pals. De acordo corn Egidio<br />

Munaretto, diretor superintendente<br />

da unidade de Toledo,<br />

as cotacöes internacionais do<br />

frango sofrerarn urna queda faz<br />

urn ano por causa do subsidio<br />

que -o governo frances ofereceu<br />

ao produto e a sua superproducão,<br />

em escala mundial. Assim<br />

mesmo taxa de "quase ôtumos"<br />

Os preços que estäo ao redor de<br />

US 800 a 850 a tonelada. Ele<br />

nâo descarta uma methora na rernuneracäo<br />

do produto a ni'vet<br />

externo, rnas näo acredita que<br />

seja "muito significativa". Quanto<br />

a sua comercializaçäo no mercado<br />

nacional a diretor do Frigobrás<br />

aponta a recente criaçao<br />

de urno aliquota de 8 por cento<br />

de 1CM a partir de julho, medid<br />

exigida pelos criadores de bo-<br />

, nos que preSsionaram par uma<br />

uniform izaçao dos tributos sobre<br />

a came. A partir de janeiro do<br />

prOximo ano seräo 16 par cento<br />

"e isso nao ê born negOcio porque<br />

acabarã par onerar a consumidor<br />

final do produto", opinou.<br />

Citando estatisticas da Associacao<br />

B rasi leira dos Ex portadores<br />

de Frango,o diretor da Sadia<br />

de Toledo acentuou que as exportaöes<br />

de frangos este ano deverâo<br />

representar receita de US$<br />

300 milhôes. 0 Iraque participou<br />

em 1.982 corn 36 par cento<br />

das exportaçöes brasileiras corn<br />

108,7 mil toneladas, seguido da<br />

Arabia Saudita - 17,7 mil toneadas<br />

(26 par cento) e URSS<br />

37,8 mil toneladas (13 por cento)<br />

-<br />

Pequenos municipios<br />

poderão •fundar sua<br />

própria associação<br />

Cerca de 10 prefeitos de<br />

munic(pios considerados pequenos<br />

da regiäo Oeste pretendem<br />

se reunir em Capitao Le6nidas<br />

Marques no próximo dia 22 para<br />

discutir a possibilidade de formaç5o<br />

de uma assaciacao municipalista<br />

do vale do rio lguacu.<br />

Os prefeitos destes rnunic(pias<br />

estariam descontentes corn<br />

a atuaço da AMOP—Associaçäo<br />

dos Municipios do Oeste do Paranâ<br />

e AMSOP—Associacäo dos<br />

Municipios do Sudoeste. "Estamos<br />

sendo discriminados em detrimenta<br />

de municipios maiores",<br />

garante a prefeito de Boa<br />

Vista da Aparecida, Cicero Barbosa<br />

Sobrinho, acrescentando<br />

que "as grandes municipios so<br />

Para citar urn exempla - receberam<br />

mais verbas par ocasiâo das<br />

enchentes, sendo que alguns apresentaram<br />

dados falsos".<br />

o prefeito de Capitäo Le6nidas<br />

Marques, Lino Bergamin,<br />

enteride também que "as peque-<br />

0 Museu I-listôrico Ceiso Sperança,<br />

de Cascavel, foi enriqucido<br />

esta sernana corn mais de umo ceeno<br />

de peças doadas par urn colocionador<br />

particular. Cunquenta anos dopois<br />

de ter visto pela primeira vez, em<br />

São Paulo, urn museu dedicado ao<br />

tropeirismo, a agricultor e ex-tropeiro<br />

Elias Ferreira decidiu ceder ao<br />

Museu HtOr,co de Cascavol Soda a<br />

sua coleçäo sobre o tema. Filho de si<br />

Ilantes. nascido em 1914 no Alto Sorocabana<br />

poulista, Eliot desde cedo<br />

tomou gosto poles atividades do campa,<br />

mat a que mais a fascinava era Iidar<br />

corn animals. Fol tropeiro e peäo<br />

ginete; levava boiadas pelo interior<br />

paulista e adestrava animals de montane,<br />

urna atividade que Ihe valeu incontáveis<br />

quedas mat da qual ele<br />

guarda hoje, cos 69 anos, grates re-<br />

Cordaçöes.<br />

Corn o propósito do preserver<br />

pare a posteridade a memôria desses<br />

hornens que tinham no trapainismo<br />

ndo apenas uma profissäo mas tambern<br />

urn "modus vivendi", Elias ccmeçou<br />

a guarder arrelos, selas, objetot<br />

de uso pessoal, pecas do artesandto,<br />

etc. que lembram uma atividade<br />

do ha mu to desaparecida.<br />

A colecäo estava guardada em<br />

urn rancho de bambu batido - o<br />

"rancho do troperro" que ele próprio<br />

construiu em sua fazenda, nos proximidades<br />

do Rio São Francisco, a 13<br />

quilômetros de Santa Tereza. Alérn<br />

do artefatos tUpicos do tropeinismo,<br />

Elias doou também uma série de outras<br />

peças corno poles do onça. arcos<br />

e flechas indigenas presenteadas par<br />

amigos.<br />

No Museu Histônlco as pecas do<br />

Elias Ferreira ficaräo oxpostas em<br />

uma sale própria. Foi a linica condiçäo<br />

imposta par ete: "Eu já estou ye-<br />

Iho. e quero que as novas geracöes tenham<br />

uma deja do coma era a vida<br />

do peäo (tropeiro) ha muitos anos<br />

atrás" - explica ole enquanto mostra<br />

urne chumbeira feita par seu avó ha<br />

mais do 100 anos atrás.<br />

Na "Fazenda Irmãos Ferreira"<br />

planta-se soja, trigo e milho, mat eta<br />

traz também a marco de seu propnie-<br />

nos geralmente ficam no esquecimento<br />

pois as deputados estaduais<br />

e federais atuarn em cidades<br />

de grande Porte que rendem<br />

muito mais votos".<br />

0 atual presidente da A-<br />

MOP, Delso José Trentin,acha<br />

que a intenço dos prefeitos de<br />

criar uma nova associacäo "näo<br />

deixa de ser justa, mas pode enfraquecer<br />

o movimenta rnunicipalista,<br />

pois se a AMOP, cam 29<br />

filiados, no tern a representatividade<br />

necessária, muito menos<br />

chances terao as pequenos munic(pios,<br />

corn menor poder de<br />

barganha. Entendo que a momenta<br />

é do uniäo em torno de uma<br />

causa municipalista".<br />

A futura associaçäo já contaria<br />

corn a apoio dos prefeitos<br />

de Trés Barras, Boa Vista da Aparecida,<br />

apitao Leonidas Marques,<br />

Guaraniaçu, Realeza, Capanema,<br />

Dais Vizinhos e Santa Isabel<br />

do Oeste.<br />

No Museu de Cascavel,<br />

a (


A h misto'o ria do Oéste<br />

num livro fas(inante<br />

OBRAGEROS,<br />

0 Oeste do Paraná, hoje uma das mais<br />

importantes regiôes do suP do Brash, corn<br />

quase 1 miIho de habitantes, ganha, finalmente,<br />

sua história. 0 autor é o curitibano<br />

Ruy Wachowicz, urn catedrático da Universidade<br />

Federal do Paraná que sempre demonstrou<br />

interesse pePa regio. A obra,<br />

"Obrageros, mensus e colonos" foi elaborada<br />

e editada gracas a urn convêiio entre a<br />

Itaipu Binacional e o Instituto do Patrimônioa<br />

Histórico e Artistico Nacional (Iphan).<br />

Isenta de bairrisrno, a obra mostra Cascavel<br />

corn uma importáncia histórjca quase<br />

nula no processo de ocupaco do Oeste.<br />

Toledo tinha tudo para ser o polo de major<br />

desenvolvimento da regio.<br />

E ainda reconstitul corn grande preciso<br />

a bataiha de Catanduvas, cuja queda alterou<br />

a Revoluco de 1.924.<br />

Voltando as primórdios da ocupaco,<br />

focaliza as "obrages" anteriores a chegada<br />

dos colonos gaóchos e catarinenses que<br />

substituiram os "rnensus", narra a importância<br />

da Cia. Matte Laranjeira e da Marlpa.<br />

Urn dos grandes heróis da colonizaçâo<br />

fol Willy Barth, responsável por uma politica<br />

étnica e religiosa corn influência no so<br />

na história da regiâo, rnas no seu futuro. A<br />

obra do catedrático em História da UFPr<br />

pode ser encontrada,em Cascavel, na Livrana<br />

Lex.<br />

Na obrage, o capataz Santa Cruz<br />

tinha ate urn cernitério particular<br />

o Oeste do Paraná, conforme<br />

sustenta o histortador Ruy Wachowicz,<br />

originou-se em parte no penetracáb<br />

dos "obrageros e mensus" e<br />

dos colonos, em sun etapa posterior..<br />

A obrage, segundo ale, 'era urna propriedade<br />

e/ou exploraç5o tipica des<br />

regit5es cobertas pela mata subtropical,<br />

em território argenlino a paraguaio.<br />

Sue existéncia baseava-se no<br />

bunômio mate-madeira. 0 sistema, as.<br />

sim como apareceu na regiäo em estu<br />

do, era praticamente desconhecido<br />

no sul do Brasil. Sue estrutura e terminologia<br />

é tipica do mundo hispano-platino:<br />

obragero mensus, antacip0,<br />

comissionista, lirnite, picaras. Todo<br />

essa terminologia era praticamente<br />

desconhecida ate entáb para História<br />

do Paraná".<br />

Os nornes dos principais obrageros:<br />

Nutes V Gibaja, Miguel Matte,<br />

Julio Allica, Jesus Vail, Domingos<br />

Barthe, etc.<br />

Já o 'mensus" era a name atribuido<br />

no indivduo que se propu'<br />

nha a trabaihar braçalmente nurna<br />

obrage; e a equivalente a peSo; recebia<br />

por més ou pelo menos sua conto<br />

corrente era movimentada mensalmente.<br />

Vem do espanhol mensual, ou<br />

seja. mensalista.<br />

CASCAVEL:QUASE FORA<br />

Quern percorre as 206 páginas<br />

do livro que contém fotos antigas e<br />

diversos mapas tern a sensacSo de que<br />

o historiador 050 atribuiu grande importância<br />

ao surgimento de Cascavel.<br />

Foram tomados Os depoirnentos de<br />

ITIN'" news<br />

-,<br />

LINl.!IRI......<br />

3<br />

K1TO<br />

EJUCA<br />

Reportagens<br />

fotog ráficas<br />

em geral<br />

Av. Brasil, 405 -<br />

Sala 105-<br />

Fone: 73-4750<br />

vários pioneiros em épocas e locals diferentes;<br />

mat nenhum deles de Cascavet.<br />

0 historiador preferiu focalizar<br />

mais Foz do lguoçu, pals foi a criaçSo<br />

da Colônia Militar que exerceu urn<br />

papal importante na formaçSo dos<br />

primeiros nucleos urbanos de qua se<br />

tern notcia. Os dois mais antgos moradores<br />

do regi5o de Foz do lguaçu<br />

teriarn sido, segundo o livro, Pedro<br />

Martins da Silva e o espanhol Manoel<br />

Gonzales, qua ali se estabeceram em<br />

1881. Afirma o historiador qua "no<br />

ano anterior 1é se discutia entre Os<br />

oficlais do Ministério da Guerra, no<br />

Rio de Janeiro, a necessidade de fundar<br />

urna Colônia Militar no regi5o,<br />

principalmente por ser urn ponto<br />

estratégico".<br />

0 capit5o Belarmino Augusto<br />

de Mendonça Lobo fol quern fundou<br />

a colônia Militar de Foz, a 22 de no'<br />

vembrou de 1.889. 0 livro destaca<br />

que nesses 69 dies de viagem a expedicJo<br />

deixou seu destind ainda no<br />

regime monàrqulco para chegar ao local<br />

(a future cidade de Foz) sob o<br />

regime republicano. Na expedic5o<br />

vieram urn sargento. 34 Soldados, 12<br />

operérios a 3 mulheres casadas. A populac5o<br />

encontrada no local era cornposta<br />

de apenas 95 brasileiros; 212<br />

eram paraguaios, 95 argentinos, 9<br />

franceses e 5 espanhOis, perfazer'do<br />

urn total de 324 habitantes. Citando<br />

depoirnento de José Maria de Britto,<br />

O historiador concluiu que nSo foi<br />

possivel insrnlar 8 cidade no foz do<br />

rio lguaçu como estava pré'determinado.<br />

A razo foi a inexisténcia de<br />

boa égua para abastecer a tropa e os<br />

animals. 0 ponto mais odequado, escolhido<br />

depois, tot esse local onde<br />

esté erigida a cidade.<br />

Urn grande passo no ocupacffc<br />

do Oeste do Paraná foi a inauguraco.<br />

em 1.917, do estrada de ferro da<br />

Companhia Mate Laranjeira. A ferrovia<br />

corn 60 quilórnetros Se destinava a<br />

Nobri<br />

ASSESSORIA IMOBILIARIA LJDA.<br />

transpor os saltos des Sate Queda,<br />

no trecho impróprio pare novegacäo,<br />

a sun jusante. Conforrne o historiador.<br />

"era urna estrada de ferro sistema Decauville,ou<br />

seja, 60 centlrnetros de bitola,<br />

verdadeirarnente liliputiana,<br />

rnovendo-se a locomotive entre 15 e<br />

20 km por horn".<br />

Outros tópicos do história de<br />

Foz: "Foi somente em 1915quesur'<br />

giu em Foz do lguacu o prirneiro hotel,<br />

qua levou o norne de Hotel Brasil,<br />

de propriedade de Frederico Engel.<br />

Era urn pequeno estabelecimento,<br />

poréi'n atendia ao diminuto rnovimenso".<br />

Continuando, o historiador<br />

narra qua "Engel chegou a Foz do<br />

lguacu em 1,915, a convite do chefe<br />

politico do regiSo, que era Jorge<br />

Schimrnelpfeng. Este estabelecirnento<br />

progrediu, apesar das dificuldades<br />

a do turismo incipiente". 0 norne de<br />

Schirnrnelpfeng povoa as páginas da<br />

história do surgirnento do cidade, as.<br />

sim como o do protessora Ot(lia<br />

Schimrnelpfeng.<br />

As obrages consomem urn razoávet<br />

espaco na obra do historiador paranaense.<br />

Elas se constituiarn de grandes<br />

areas onde os mensus eram explorados<br />

a submetidos a tratamento<br />

parecido corn a escravid5o. A violéncia<br />

ali era uma constante. 0 tenente<br />

Joäo Cabanas, que esteve no regiSo<br />

durante a guerrd de Catanduvas, conta<br />

qua urn dos obrageros (Julio Allicat<br />

mantinha urn gerente em Porto<br />

Mendes que chegou a construir urn<br />

cernitério particular em sun proprtedade.<br />

Quando o "rnensu' tinha haveres<br />

exagerados pare receber do propriedade<br />

era convocado a comparecer<br />

em seu escritório. Clemente Silva, urn<br />

dos recrutados pare este tipo de tmbalho,fez<br />

o seguinte relato no histo'<br />

riador acerca dos hábitos de Santa<br />

Cruz: "No acerto de contas ale (o<br />

mensu 1 sentava Ia e tinha urn negócio<br />

qua destravava e cola no fundo<br />

MENSUS<br />

E<br />

COLONOS<br />

Hs1'61FeLA 00 OE$TE PAANAENSt<br />

tJY cHRITOV*M WACHOW1OZ<br />

(de urn bumaco)'. Este dispositivo era<br />

o sbtano. Alérn ditto, Santa Cruz<br />

geralmente rnandava o peSo condenado<br />

a rnorte subir numa árvore a o<br />

abatia a tiros, igual a urn passarinho.<br />

Santa Cruz, contudo, teve o firn<br />

qua merecia; em Quatro Pontes urn<br />

grupo de pe5es 0 matou a golpes de<br />

ferro.<br />

Isto cia malt ou menos o clime<br />

no Oes'e do Parané por ocasiSo dat<br />

obrages. Ate rnoeda própria circulava<br />

nesses locals. 0 mensus jamais consegula<br />

quitar sua dvida nas obrages<br />

porque the era vedado adquirir os géneros<br />

de prirneira necessidade em outros<br />

armazéns que nirb os indicados.<br />

arotas iguaçuenses em 1.930<br />

• FOZ: BR - 277 - frente ao Rafain Palace Hotel- Fone: 73-4529<br />

• CASCAVEL: Avenida Brasil, 1777- Fone: 23-0185 -<br />

Catanduvas, a<br />

mais sangrenta<br />

bataiha<br />

de 1924<br />

Catanduvas e uma outra 10.<br />

calidade chamada Formigas acabararn<br />

se transformando nurn teatro<br />

de operaçöes de guerra, conforme<br />

relato do historiador Ruy<br />

Wachowicz. Nessas duas localidades<br />

foram travadas as duas bataihas<br />

mais importantes da Revoluço<br />

de 1.924 que eclodiu a 5 de<br />

juiho em Sao Paulo. Setores mais<br />

jovens da oficialidade, os chamados<br />

tenentes,decidiram it a guer.<br />

ra pot estareni descontentes corn<br />

O Governo a quern responsabilizavam<br />

por fraudes e desmandos<br />

adrninistrativos.<br />

Pot que Catanduvas? Porque<br />

o Paraná? 0 historiador arrola vários<br />

depoinientos de testernu.<br />

nhas e mesmo outros historiadores<br />

para demonstrar que na fronteira<br />

havia mais facilidade de fuga<br />

e para o Paraguai<br />

ou Argentina. Embora os dois<br />

focos mais importantes tenham<br />

sido Catanduvas e Formigas, ou<br />

ye mobilizaco de tropas em Cascave!,<br />

Porto Mendes, Guafra.<br />

Foz do Iguaçu, Pato Branco, Cle.<br />

])it FOZ<br />

'()R'I'AL<br />

,O SEGURO CONTRA<br />

A INFLACAO<br />

0<br />

C.)<br />

o<br />

N<br />

0<br />

-<br />

r.D<br />

c.,J<br />

I-<br />

-<br />

0<br />

2<br />

LU<br />

0<br />

0<br />

2


velãndia e Palmas. 0 General<br />

Cãndido Rondon foi o chefe supremo<br />

das tropas legalistas ou<br />

governistas ao passo que em os<br />

revolucionários lutaiam em Ca . I<br />

tanduvas sob as ordens de capitIo<br />

Estilac Leal. No comando geral<br />

dos rebeldes estava o General<br />

Isidoro Lopes, que dividia a liderança<br />

corn outros muitares.<br />

Os moradores mais anitgos<br />

de Catanduvas ainda se recordam<br />

dos combates. Na avenida principal<br />

reside urn pioneiro que anida<br />

se lembra de urn antigo aviZo<br />

que acabou sendo abandonado<br />

no meio do mato e ninguéni<br />

mais tentou fazd-lo decolar. Ele<br />

se dispOc ate mesmo indicar o exato<br />

local em que as carcaças do<br />

apareiho se desintegraram corn o<br />

tempo. As versOes que ele dä so<br />

confirmados pelo historiador<br />

Ruy Wachowicz que tern urna<br />

explicaçäo para a existëncia desses<br />

apareihos. Na realidade foram<br />

dois aviOesum Spad e urn<br />

Breguet. que cm 6 de dezembro<br />

de 1.924 decolararn de urn aeroporto<br />

50 quibOmetros a lestc de<br />

Laranjeiras do Sul que o General<br />

Cãndido Rondon havia construedo.<br />

A rnissão dos dois apareihos<br />

foi de realizar bombardeios contra<br />

os soldados rebeldes de Ca.<br />

tanduvas c cspalhar rnilhares de<br />

planfletos nd Lentativa de desrnoralizar<br />

os revoluctonários, dandoihes<br />

ciCncia de que o Major Arundo<br />

de Oliveira havia capitula.<br />

do no Rio Pirquiri, corn 220 homens<br />

e muita rnunição. 0 ardil<br />

preparado por Cãndido Rundon<br />

funcionou. mas as forcas legalistas<br />

perderarn urn dos aviOes que<br />

apresentou problema em seu<br />

trern de aterrissagern.<br />

Em 21 de janeiro de 1.925<br />

ocorreu o ataque de surpresa dos<br />

rebeldes contra as forcas do Go.<br />

verno, em Formigas: o proprio<br />

tenente Cabanas apresentou urn<br />

relato do pthiico entre os soldados<br />

quc acordaram ao sorn das<br />

rnetralhadoras. A segunda e I.<br />

tima etapa foi de combates a facão,<br />

aos quais os governistas näo<br />

estavam habituados. Após a derrota<br />

ernbrenharam-se mata a<br />

dentro,abandonando as posic()es<br />

corn armas e hagagens. Por urna<br />

ironia do destino, o General<br />

Cdido Rondon não fol surpreendido,<br />

pois seu autornOvel<br />

havia afundado num larnaçal na<br />

estrada que demanda para Loranjeiras.<br />

Nesse ataque, os rebeldes fizerarn<br />

28 prisioneiros além de<br />

capturarern duas metraihadoras<br />

pesadas. 70 cavalos e rnuares alguns<br />

canhOes foram inutilizados<br />

porque os soldados retiraram suas<br />

peças mais importantes.<br />

Era, sobretudo. urna guerra<br />

de verdade. Wachowicz conta<br />

que "as perdas legalistas, em todo<br />

Campanha Belarmino-Catanduvas,<br />

foram de 179 mortos.<br />

301 feridos e 60 desa pare cirbos".<br />

Segundo ele, "forarn as perdas<br />

mais elevadas em todas as opera.<br />

çoes durante a revolucão". Nessa<br />

ocasio foram apreendidos dos<br />

revolucionários no eixo Catanduvas-Cascavel-DepOsito<br />

Central<br />

285 fuzis Mauser, 5 fuzis metra-<br />

Ihadora, trés canhOes Krupp, 75<br />

granadas e outros equiparnentos<br />

bélicos. Nesse mesmo dia o Major<br />

Juarez Távora entregou o<br />

cornando dos forcas legalistas ao<br />

tenente Cabanas.<br />

Outro detaihi- que revela a<br />

iinporlãncia da bataiha de Catanduvas<br />

e adjacéncias: tornou-se<br />

estrategicanlente insustentável a<br />

situaçäo dos revo!ucionários, no<br />

Extremo Oeste do Paraná. No<br />

demoraria e a liderança da revo-<br />

Iuçâo passaria Para as inäos de<br />

Miguel Costa e Luiz Carlos Prestes<br />

As operacoes militares no 0este<br />

do Paraná foram muitas e<br />

bastante complexas. Elas tiverarn<br />

envolvirnento de várias figuras<br />

importantes da recen te história<br />

RONDAUTO<br />

Rondon Peças<br />

e Veiculos Ltda,<br />

0RGANIzAçOEs BIER<br />

PEQAS E ACESSORIOS PARA AUTOMOVEIS<br />

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Cr$ 1.800,000<br />

Corcel LDO 80<br />

Cr$ 1.630,000<br />

politico-mibitar do Brasil. Luis<br />

Carlos Prestes, Cordeiro de Fanas,<br />

Juarez Távora (na época Major)<br />

e Siqueira Campos; pelos<br />

menos quatro futuros generals,<br />

entre rebeldes e legalistas. A histOria<br />

da Guerra de Catanduvas,<br />

contada por Ruy Wachowicz, o.<br />

ferece a impresso de que os<br />

combates travados perto de<br />

Cascavel foram decisivos Para essa<br />

etapa da guerra insurrecional.<br />

De outro lado, a queda de Catanduvas<br />

rnotivou uma série de ataques<br />

e contra-ataques em vIrias<br />

localidades e alguns deslocainentos<br />

-<br />

A história da guerra revolucionãna<br />

no Oeste do Paraná registra<br />

a prescnça de Prestes depois<br />

dos combates de Catanduvas,<br />

quando e!c vinha do Rio<br />

Grande do Sul coin pretensäo<br />

de unir-se as forças paulistas aqui<br />

no Oeste mesmo. 0 malogro de<br />

Catanduvas obrigou-o a outros<br />

pianos estratégicos que dernandararn<br />

novas operacOes e a consequente<br />

mobiiizaco de seus adversários.<br />

Wachovicz exibe alguns Ilguroes<br />

da revoluçäo,como o depois<br />

Marcchal Cordeiro de 1-arias<br />

resistindo ate o Ultimo rebelde<br />

cm Clevelãndia. no entroncamento<br />

Barracao-Catanduvas: o<br />

legendano Luis Carlos Prestes<br />

em Cascavel elaborando urn piano<br />

de ocupaço do Mato Grosso<br />

e an mesmo tempo se desen tendo<br />

coin de seus oficlais; Siqucira<br />

Campos e sua averso PC- -<br />

las "vivandeiras , ou seja as mu-<br />

Iheres que acompanhavam ' o dra-<br />

ma dos conibatentes.<br />

0 historiador da UFPr re!atou<br />

que "em Renjarnin, na encruziinaua<br />

que levava a Catanduvas.<br />

Prestes esperava os retardatários<br />

da tropa pau!ist-a quc<br />

cornbateu nas proximidades de<br />

('atanduvas. Foi aI que encontrou-se<br />

corn Miguel Costa. Firmaram<br />

urn acordo. No conduziriarn<br />

seus homens para Foz do Iguaçu,<br />

não se rcnderiam e nose<br />

exiliariani. Iriarn ate Guaira, atravessariam<br />

o Rio Paraná c invadiriam<br />

o Mato Grosso. Seu objetivo<br />

era bevar o governo federal a<br />

governar nurn permanente estado<br />

de SitiO. Ao mesmo tempo<br />

pretendiarn despertar a populaçao<br />

Para os grupos oligarquicos<br />

que ha muito tempo governavarn<br />

0 pals".<br />

Finalrncntc, a 29 de abril, a<br />

Coluna de Prestes conseguiu diegar<br />

ao Mato depois de<br />

penetrar em território paraguaio.<br />

pelo Rio Paraná. Tomar a cidadc<br />

de Guaira tornou-se unia tarefa<br />

impossivel porque Os govemistas<br />

lutaram bravarncnte forçando u-<br />

pois.rii dl! t ropros no sort5o<br />

do Oestc paranjonse<br />

ma alteraçao nos pianos de Prestes.<br />

0 historiador fez questo de<br />

destacar que Os combates de Catanduvas<br />

foram uma grande Iiçao<br />

Para os rebeldes que acabaram<br />

por mudar sua tática de<br />

guerra. doravante:"Encerrava-se<br />

entre Os revolucionários". escreveu<br />

o historiador, "a prática de<br />

guerra de trincheiras corno havia<br />

sido apbicada cm Catanduvas e Iniciava-se<br />

a de movirnento. tática<br />

que seria aplicada dali cm diante<br />

pela coluna. A miss10 lrancesa<br />

ciue pontificava tia Academia Militar<br />

sempre ensinou e dcfendeu<br />

a guerra dc trincheiras. 0 General<br />

Isidoro, cntrincheirado em<br />

Catanduvas, pagou corn a derrota<br />

a sua lIdelidade a esta estratCgia.<br />

Era este tipo de guerra que<br />

niais convinha aos legalistas. Tenminava<br />

desta forma a campanha<br />

do Parana. A nistona ua coluna<br />

Prestes apenas iniciava-se". Foi<br />

assim que o tenente Castro All-<br />

Ihado narrou a rendicäo de Catanduvas:<br />

"Consolidado o cerco<br />

de Catanduvas na jornada de 29<br />

de marco, foi deliberada pelo<br />

cornando desta praça sua rendiço<br />

Para a niadrugada de 30. As<br />

1911 desse mesmo dia 29 de março,<br />

regressaram os 60 hornons<br />

que enviãramos sobre Caiati, abatidlssirnos<br />

e tristes: nAo tinham<br />

mais urn sO cartucho.<br />

"Nossas reservas de rnunição<br />

estavam também esgotadas haveria,<br />

quando muito, uns trés<br />

rnil tiros de fuzil que foram consumidos<br />

no susten tar o fogo, naqueles<br />

trés dias de combates in<br />

interrupt os<br />

"Nio nos fora possIvel receber<br />

rnu;iiçäo da retaguarda.. onde<br />

Se encontravam os depósitos malores.<br />

For outro lado, as Iörças<br />

que haviam atacado Fazenda<br />

Fboresta avancavani øela estrada,<br />

comprirnido cada yea mais 0<br />

nosso campo de açojá dininuto.<br />

As 21 horas estávarnos coin<br />

adversário a 200 metros a nossa<br />

retaguarda. Foi quando recebernos<br />

urn bilhete do Capit5o Nereu<br />

Guerra. concitando-nos a<br />

que passássemos naqueba noite.<br />

visto que o assalto as posiçOeS de<br />

Catanduvas estava montado para<br />

alvorecer do dia 30 c no Hies era<br />

possivel sustar aouela ordem..<br />

Nto havia razOes. No era so a<br />

nossa viva que estava cm jogo; era<br />

a de 400 companheiros dedicados<br />

quc se sacriticaram durante<br />

muitos meses, combatendo<br />

coin corn sede e sob chu-.<br />

vas,nialtrapithos e iriorentos. Eram<br />

2 horas do dia 30 quando<br />

chegamos as posiçes governistas<br />

de cabeça erguida. scm Sentir humilhaçâo<br />

de espécie aiguma, nao<br />

tendo havido lágrimas, nem outros<br />

pieguismos semelhantes. Estava<br />

encerrada mais uma fase da<br />

campanha".<br />

0 historiador Ruy Wachowicz<br />

acentuou que "Os revolucionários<br />

de Catanduvas, realmente<br />

cercados por urna série<br />

de manobr4s executadas por<br />

Rondon, no tiverarn outra alternativa<br />

seno render-se. Renderam-se<br />

407 revolucionános,<br />

cercados que estavarn por quatro<br />

mil begalistas. N go havia condicOes<br />

de recehcr reforços de<br />

pane dos revolucionários. Estilac<br />

Leal e mais alguns oficiais e praças<br />

conseguirarn fugir, de noite,<br />

através dos linhas ininiigas".<br />

Quase novo PARAGUA(U<br />

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CHEVETTE LS 80 VERMELHO .................. L300000<br />

FUSCA 73 AMARELO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000<br />

BRASILIA 79 MARROM --------------------760.000<br />

FINANCIAMENTO PROPRIO ATE 24 MESES COM APROVAçAO NA HORA<br />

RUA XAVIER DA SILVA, 766— FONE: 73-3311 - FOZ DO IGUAQU - PR.


As vivandeiras<br />

impediam a abstinência<br />

sexual dos soldados<br />

Segundo o socretáriO da Coluna<br />

Prestos, Lourenco Moreira Lima,<br />

faziam parte da tropa muitos rapazes,<br />

menores de idade. de 12 a 18 anos.<br />

Alguns eram imberbes, 0 que faz;<br />

os caboclos confundirem-nos corn at<br />

vivandeiras. Estes sirn, muiheres, tarn<br />

bern faziam perle da coluna. Embora<br />

sendo tratadas corn rigor, chegavarn a<br />

cerca de 50, quando a coluna entrou<br />

no Paraná. Por ocasio da passagem<br />

do Rio Urugual. Prestes proibiu qua<br />

deixassem o Rio Grande, mas na menh6<br />

seguinte quando a Coluna se pós<br />

em marcha ele viu , corn espanto,<br />

qua o belo sexo transpusera o<br />

rio e já estava montado. Prestos te•<br />

na entáo tido pena de abandonálas<br />

naquele sertáo inculto e permitiu<br />

que prosseguissern corn a coluna. Entretanto,<br />

i óbvio qua a manütencâo<br />

das vivandeiras como integrantes da<br />

coluna prende-se ao desejo de manter<br />

os membros da cobuna sem bongos e<br />

prologandos periodos de contato<br />

corn o sexo oposto. Se tal abstinéncia<br />

ocorresse, as desercoes e fugas tornan-se-lam<br />

mais numerosas e frequentes.<br />

"Durante os combates - afirma<br />

Wachowicz - se náo se escondiam,<br />

prestavam serviços pare Os feridos e/<br />

ou preparavam a bole. Entre alas havia<br />

abgumas vabentes. Herminia era<br />

ate brave. Marchava a pi, potreav4<br />

açava bern, como urn gaácho. A<br />

Once, mulata. dançarina da maxixe,<br />

num combate fez urna ligacäo conseguindo<br />

salver uma tropa. Santa Rosa<br />

era da poUcia secrete do Cordeiro<br />

de Fanias. Teve urn menino e vinte<br />

mirtutos depois rnonsava a cavalo<br />

acompanhando a coluna. "Care-do-<br />

Macaco" vestia-se de couro. Havia<br />

ainde Alzira. a Tie Maria. a Chininha,<br />

a Albertina, etc. Cornenta Lourenço<br />

Moreira Lime que apenas uma foi<br />

obrigada a andar do padiola, apOs o<br />

parto, mas essa era alemä, casada corn<br />

urn patricio,tendo urn filho nascido<br />

mulato.<br />

A resistência dessas mulheres foi<br />

formidével na marcha, andando longo<br />

tempo a pd e sofrendo lode sorte de<br />

privaçôes. Mwtas eram casadas.<br />

Siqueira Campos nã'o as tolera-<br />

Va. No as permitia na trope sob seu<br />

comando. Deixava-as frequentemente<br />

a pé, no melo des estradas. Por isso<br />

elas 0 apebidaram de "olhos de gato<br />

e barba de ararne". Uma doles,<br />

Herm(nia, possula urna cadela arnestrade.<br />

Quendo os soldados chegavam<br />

a uma fazenda faziam uma algazarra<br />

tremenda, correndo atrás do paus e<br />

pedras tentando agarrar Os gal inéceos.<br />

Herm(nea escobhie a mais gorda, e<br />

corn a indicaçao do urn gesto fazia a<br />

cadela trazer-Ihe not denIes o frango<br />

tao ambicionado.<br />

A tradicao oral qua as vivandeires<br />

deixararn na rogiao prende-se 80<br />

fato de qua eram eles quo sorviam de<br />

companhia aos homens que por qualquer<br />

rnOtivO seriam degolados ao<br />

amanhecer. Depois quo os primeiros<br />

soldados da Coluna Prestes cai'rarn<br />

prisioneiros dos begatistas no Parenã,<br />

a oxisténcia dessas muiheres comecou<br />

a sor considerada oxtravaganto.<br />

Segundo os depoirnontos dos prisioneiros,<br />

essas muihores andavam armadas<br />

e equipades. Eram elas qua<br />

executevam Os prisioneiros condenados<br />

a degole. Mas ate hoje né'o ha tosternunha<br />

ocular quo tenha dado pormenores<br />

do espetéculo.<br />

Missäo militar francesa em visita a Foz: 1936 -<br />

Toledo era nome de<br />

0 histoniador Ruy Wachowicz<br />

reservou praticarnente o final do livro<br />

pare explicar a decadéncia dos obregeros<br />

que faliram em virtude I os probernet<br />

corn a 2a. Guerra Mundial e as<br />

restriçöes impostas polo governo<br />

argentino a irnportacäo de mate, Cujos<br />

precos tarnbém so reduzirarn ao<br />

longo de 18 anos de exptoracáo.<br />

No Capi'tulo "Frente de colonizaçSo<br />

egréria", Wachowicz narra a penetracäo<br />

dos "pioneiros" no Oeste, o<br />

qua possibilitou efetivamente a cob-<br />

nizaçäo da regiäo.<br />

Pare se tor uma idéia dos tucros<br />

fabulosos qua Os detentores de titulos<br />

de propriedado de terras usufruiarn<br />

no Oeste, o historiador cite<br />

o caso da primeira grande titulaco<br />

do terras feita polo goVernO estaduab<br />

Para fins do cobonizaco. Urn grupo<br />

cornposto por José Petry, Hans Meler,<br />

Alberto Meyer e Antonio Bittencourt<br />

Azambuja teve urn lucro de 5.555<br />

por cento ao cornprar 200 mil hecta-<br />

res por 4$500 e revendé-tos, apos<br />

falir, par 250$000 o hectare. A operaçäo<br />

abrangeu o peru'odo de marco<br />

de 1.912 a 1.924. Essa mesma colossal<br />

érea passou ao dorni'nio respectivamente<br />

de André Zilio e Industrial.<br />

Agricola e Pestonil Oeste de Säo Pau-<br />

lo e Cia. Paranaense de Cobonizaçäo<br />

Espéria. Sob a acusaço de quo o controle<br />

da empress pertencia ao grupo<br />

itabiano Instituto Nacionale di Crédi<br />

to pon if Lavono btaliano AlI'Estero,<br />

o pebo fato do Brasil entrar como abiado<br />

na guerra contra o eixo ltália, Japao<br />

e Alemanha, o Estado do Parané<br />

confiscou todos Os bens da Espéna,<br />

inclusive as terras.<br />

Toledo nasceu de uma obrage<br />

do 54 mill hectares, garante 0 histoniador<br />

Ruy Wachowicz. Os obrageros<br />

eram Os donos da empresa platina<br />

Nuñes V Gbaja que adquiriram a<br />

irnOvet Lope(.<br />

Asu nción Distribuidora<br />

0 histoniador neconstituiu o api.<br />

sodio do surgimento do grandes cidades<br />

corno Toledo e Cascavel: "A<br />

aquisiçao do dominio direto das tenrat<br />

do Estado peba firma argentina<br />

deu-se em 25 do setembro de 1.905.<br />

Em outubro do 1.911 a firma se dissolveu.<br />

Seus antigos sócios Pedro Nuies<br />

a Lázaro Gabaja constitui'arn urn<br />

condorn(nio Para a exploracao do atiftndio<br />

ou 'obrage'. Lázaro Gabaja<br />

febeceu em 1.924, deixando a panto<br />

que tinha direilo do lmOvel a seus<br />

herderos. Em 1.931, um empneiteiro<br />

dos horvais de Cascavel, o argentino<br />

Teodoro Soldatti, arrendou o imOvet<br />

dos herdeiros do Gabeja; no ano<br />

seguinte a firma dos Gabeje abriu faléncie<br />

em Buenos Aires e Teodo'<br />

ro Sobdatti comprou as terras em anrernataco<br />

pObbica por 225219$000.<br />

Ainda nesse ano, Soldatti hipotecou<br />

a propniedade a Pebegrino Angebi.<br />

Abandonada por melt de 20 enos,<br />

Alberto Dallcanatle tovantou a hipoteca,<br />

pagou Os onus fiscais e através<br />

do Pinho e Terra Ltda. adquiriu o<br />

irnOvet, vendendoo'o em totes a agri'<br />

cuttores que pnetendiem colonizer a<br />

terra".<br />

A história de Toledo é intenessante.<br />

Pouce gente sebe qua Toledo<br />

era urn peäo quo acabou designendo<br />

a cidade. Urn padre itabieno, Antonio<br />

Patu(, que residia em Foz do<br />

tguacu, auxibiou Alfredo Peschoab<br />

Ruaro na fundaçäo do Municipio.<br />

Quando eta chegou em principios do<br />

1.947 âquela que seria a cidade, disse<br />

qua foi surpreendido por 70 homens<br />

que malt pareciam assassinos.<br />

Rezou-lhes uma missa, mat esses yelentes<br />

cobonizadores nao suporteram<br />

os mosquitos e ebandonaram a area.<br />

Praticamente todos, o que desesperou<br />

ao padre e 80 cotonizador Ruaro.<br />

Foi necessário contratar paraguaios<br />

pare o iniclo da dernubada mais pa-<br />

peaO)}<br />

sade. Nesta fese, a Maripé teve urn papet<br />

destacado, inclusive Witty Barth,<br />

Nos pnimeiros anos da cobonizacäo,<br />

as pioneiros tivorarn de conviver corn<br />

15 families de (ndios qua depois foram<br />

rocobhidos a resenva de Laranjeiras,<br />

0 primeiro traçado e a abertura<br />

do praça central foj feita peto padre<br />

AntOnio PatuL "Eu fiquol sozinho<br />

e planejol a cidade", contou ole mais<br />

tarde ao sen entrevistado polo historiador.<br />

Toledo, segundo Wachowicz<br />

"sernpre foi a porte de entrada do<br />

cobonos. Em 1.951 surgiram os nil<br />

cleos de Dez de Maio, Marechat Car<br />

dido Rondon, Novo Serandi e Qut<br />

tro Pontes. Em 1.952 Vita Margar,<br />

de, Nova ConcOrdia, Trés Passot<br />

Vita Mercedes, Nova Santa Rosa. Er<br />

1.953, a Vita Maripã; em 1.954 Sã<br />

Roque e Pato Bragado; em 1.955. V<br />

ta lporä. Willy Barth, urn homem d<br />

génio forte,ecabou atraindo pera 51<br />

lideranca e 80 mesmo tempo sufocar<br />

cia a figura do Alfredo Paschoeb Rut<br />

no. Foi ele que planejou a forma d<br />

ocupaçao da terra privilegiando os SU<br />

isles e incentivendo a concentraça<br />

par etnia e netigiao.<br />

Cescavet quase nem é citada net<br />

ses rebatos, a no Sen por mero acasc<br />

Nenhum pioneiro da Cidade foi ouvi<br />

do. A história contada polo catedra<br />

tico deixe muito ctaro que, se doper<br />

desse do ptanejamento dos pioneiros<br />

Toledo seria hojo a capital do Oesti<br />

do Peraná e a centro da regio pan<br />

onde todos convergiriam. Ela rnesma,<br />

a histOria, contudo nao explici<br />

ponque Cascavel ocupou esse luger<br />

quo fetores fizeram corn qua Toted,<br />

acabasso ficando a margem, embor<br />

sendo a grande cidede que hoje é. 0<br />

übtimos capitubos sâo dedicados ao<br />

probbemas fundiários, episOdios mel<br />

conhec dos.<br />

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esta semana<br />

é ver o fUme<br />

FUGA DE NOVA YORK<br />

As 20 e22 horas<br />

N<br />

0 tesourinho chamado Gretchen<br />

estará se apresentando no<br />

Ginásio de Esportes em Foz do<br />

Iguacu neste sábado, dia 23, numa<br />

promocäo da Guarda Mirim.<br />

o inIcio do show está marcado<br />

para as 21 horas.<br />

Medico thsan Simaan e sua<br />

esposa Mag enviaram carta a esta<br />

colurta comunicando o nascimento<br />

do seu terceiro filho. Phsan<br />

conquistou a simpatia dos<br />

guacuenses e agora está residindo<br />

em Santarém, no Pará. Para<br />

os amigos que quiserem escrever<br />

o endereco é este: Travessa<br />

Bandeirantes, 6, - fone (091)<br />

522-1621.<br />

S..<br />

Em visita as instalaçäes da<br />

Gelsom, o Sr. Ney Pedroso Shir-<br />

meT, gerente de vendas da Refricar-Pos,<br />

empresa do grupo Springer-Carrier<br />

S.A. Ele veio corn a<br />

esposa em merecida viagem de<br />

férias.<br />

S..<br />

0 delegado da ABAV em<br />

Foz do lguacu, Laurindo Ortega,<br />

remeteu telex aos órgâos de imprensa,<br />

presidente da RepCiblica,<br />

governador do Estado e agentes<br />

de turismo informando que Foz<br />

do Pguacu escapou ilesa as enchentes<br />

do rio lguacu, mas que<br />

a parque hoteleiro local está<br />

desesperado com a atual situacSo<br />

de baixa ocupacäo em plena<br />

temporada de turismo. t, mesmo<br />

sem enchentes, a água está<br />

chegando ao pescoco.<br />

S..<br />

Empresário Edson Celante<br />

lembrando aos amigos que abriu<br />

mais uma loja do grupo llha Bela.<br />

Trata-se da Decoratriz,que está<br />

atendendo na Av. JK, 933.<br />

I -<br />

Presidente da<br />

Benvenutti, reuniu exportadores<br />

para urn jantar onde esteve pre-<br />

sente o chefe da Cacex, Cicero<br />

Jacobi. Na pauta o problem a das<br />

• PISOS: Paviflex,<br />

piso preto borracha<br />

• TAPETES: Persia,<br />

Walt Diney<br />

ci<br />

rZ<br />

Luiz Carlos Poletti, .nlv<br />

sariante do (jitimo sâbado<br />

exportacôes em cruzeiros.<br />

S..<br />

Engenheiro Vicente VerIssimo<br />

Junior, chete da residéncia<br />

do DNER, esteve em Foz do<br />

lguacu onde participou da inauguraçäo<br />

da sede social da Associacäo<br />

dos FuncionArios do<br />

DNER. Gilberto Kuhn (sub-chefe)<br />

e Celso Borella (inspetor)<br />

também prestigiaram o acontecimento.<br />

A atual diretoria da assocacao<br />

está assim composta: presidente<br />

1 Antonio Martins Ferreira;<br />

vice: Joäo Batista Kedvierske, Secretária:<br />

Tânia Maria Tavares<br />

Cardoso, 2o. secretário: Edson<br />

Flash da<br />

inauguraçâo<br />

da sede<br />

social da<br />

Associaçllo<br />

dos Funcionzirios<br />

do l)NFR.<br />

Tripodi; tesoureiro: Valderes<br />

Zecca; 2o. tesoureiro: Jo5o Salles<br />

da Silva.<br />

S..<br />

Said Darwiche e Bach ira Barakat<br />

trocam de aliancas neste<br />

sábado, dia 23 de julho. A recepçSo<br />

será as 21 horas no Rafahim<br />

Palace Hotel. Bachira é filha de<br />

Mohamad/Maria Barakat e Said é<br />

filho de Abdel/Mariem Darwiche<br />

S..<br />

oanto z,ancflett e espoaa, novos rot&tia.nOS em<br />

Medianeira.<br />

A orientadora pedagógica<br />

Marta Damen Buzzanello acaba<br />

de abrir uma extensäo da Escola<br />

Gasparzinho na cidade de Medianeira.<br />

Funciorrarao os cursos maternal,<br />

jardim, pré escolar, a partir<br />

do dia lo. de agosto. A direçao<br />

geral estará a cargo da professora<br />

Lana Salgueiro.<br />

S..<br />

Marta Damen Buzzanello<br />

acrescentou que a escola "pretende<br />

atender as aspiraçôes de<br />

dezenas de fam(lias que residem<br />

em Medianeira e que buscam<br />

uma nova opçäo no ensino particular".<br />

Quanto ao método de<br />

ensino Gasparzinho, é urn dos<br />

mais modernos,já que a direçäo e<br />

professores nab buscam apenas 0<br />

ensino pr-escolar e sim todo urn<br />

processo de educaçao voltado as<br />

novas realidades das crianças. 0<br />

forte da escola em Medianeira é<br />

64-2176.<br />

S..<br />

A Associaçao de Bairro do<br />

Jardim Santa Maria e Escola BarSo<br />

do Rio Branco promoveram<br />

no ultimo dia 17 de julho urn<br />

torneio de futebol de salao,<br />

jogos de cartas e também uma<br />

churrascada. A renda foi totalmente<br />

revertida aos flagelados<br />

do Paraná. Florëncio Morales de<br />

Sosa organizou a festa.<br />

S.-.<br />

Discoteca Agua na Boca<br />

promove nos dias 28 e 29 urn<br />

show ao vivo corn as mulatas do<br />

Sargeritelli. E born ver de perto.<br />

Lu<br />

4t<br />

Expc.:tadores no jantar da Acifi: Wadis Benvenutti, Luciano Bordin, Job Cesar<br />

dc Souza, Jorge Biff, Nelson Domareski, Vanor Andrion, Tito Martinez,<br />

Ornar Tosi, All Omairi, Anibal Abate Soley e Roberto Apelbaum.<br />

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-<br />

Gretchen : show dia 23 em<br />

Foz<br />

S..<br />

Inaugurada no tltimo final<br />

de semana em Medianeira a Boate<br />

Uniäo Disco Clube. A casa ficou<br />

lotada e o publico gostou<br />

da nova atracâ'o.<br />

S..<br />

Radialista Ivan Hartmann<br />

aniversariou no ültimo dia 15 em<br />

Medianeira. Também Clecir<br />

Amaro ficou urn ano mais velha<br />

neste dia. E no dia 13 Elcir<br />

Schmidt recebeu os cumprimentos<br />

dos amigos pela passagem de<br />

mais urn ano.<br />

S..<br />

Todos Os finais de semana a<br />

Discoteca Hollywood promove<br />

sorteios de prémios aos participantes<br />

de brincadeiras dançantes<br />

C,INE<br />

EXPOR"EC vnt<br />

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APROVEITAR OS<br />

TERRENOS BALDIOS<br />

0 prefeito de Toledo, Albino<br />

Corona, tern participado de vários<br />

reuniöes corn entidades e cidadäos toledanos<br />

cumprindo aSsim 0 programs<br />

de sue administräo comunjtárja. No<br />

dia 18 ele esteve reündo corn fabricantes<br />

de móveis no sede do Associacso<br />

Comercial e no dia 17 manteve<br />

audiéncia corn o secretârio do Saüde<br />

pars trator do problems do saude no<br />

carnpo, especialmertte no qua se refere<br />

a medicaç5o preventive.<br />

TERRENOS APROVE ITAVEIS<br />

A administracão municipal estd<br />

desenvolvendo urn piano de oproveltamento<br />

de terrenos baldios viSando<br />

incrementar o plontio de produtos<br />

hortigranjeiros. Os interessados em<br />

alocar ou ernprestar estes terrenos<br />

devem dirigir-se a rua Canrobert Rereira<br />

do Costa. 1161, ou solicitor informocöes<br />

polo fone 52-1716.<br />

A LVARAS<br />

A Secretaria do Financas de Toledo,<br />

por Sua veZ. convoca Os contribuintes<br />

pare a renovaçffo de alvarás<br />

bern como 'egularizacäo de cadastro<br />

aos que muararn de endereço. Quern<br />

recebeu OVISO de ctivida ativa e<br />

havia pago, deve k 'ar comprovante<br />

a Prefeitura.<br />

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PARA OS AMIGOS<br />

Av. Iguaçu, 1097- Tel. 65-1861<br />

- São Miguel do Iguaçu Pr.<br />

lguacu continua Quase pronto<br />

7 metros acima terminal tud'stico<br />

do n'ivel -normal S60 M<br />

Segundo dados da Coordenadoria<br />

da Defesa Civil, o<br />

nümero de pessoas desabrigadas<br />

nos Munici'pios atingidos<br />

pelas enchentes no Estado<br />

baixou, terça, urn pouco,<br />

corn o regresso dos primeiros<br />

flagelados para as suas casas.<br />

A situacão continua ainda<br />

grave em União da Vitôria,<br />

corn 28 mil desabrigados. 0<br />

Rio Iguaçu, nesta região, perrnanece<br />

corn mais de 7 metros<br />

acima do seu n(vel normal.<br />

Já na regio de Sâo Mateus<br />

do Sul o ni'vel das águas<br />

está baixando.<br />

União da Vitória, Bituruna<br />

e Candido de Abreu SO Os<br />

Municl'pios quq ainda estâo isolados,<br />

corn d atendimento<br />

Eleiçoes diretas:<br />

Foz inici a<br />

,<br />

campanha<br />

W -. - -'•<br />

Urna sane dn rnaiiifistacóes l zi estan sendo realizadas em Foz<br />

or<br />

A campanha popular por eleiçoes<br />

diretas para presidente da<br />

Republica e prefeito nas areas de<br />

segurança corneçou na ültima Segunda-feira<br />

em Fozdo lguaçu.<br />

Corn icjos foram realizados no<br />

Portal da Foz. Vila Paraguaia e<br />

Jardim das Flores. A situação ncional<br />

e Os problemas gerados<br />

pela Doutrina de Segurança Na.<br />

cional tern sido exaustivarnente<br />

debatidos nestes encontros populares.<br />

Hoje. as 20 horas, será mali.<br />

zado mais Urn destes encontros<br />

no Bairro de Trés Lagoas. AmanhL<br />

dia 22 será no Porto Meira,<br />

• SEGUROS<br />

• EMPLACAMENTOS<br />

• FOTOCOPIAS<br />

Av. Iquacu, 1197<br />

Fone 65-1471<br />

Ajo Miguel do lguacu<br />

ParanA<br />

aos flagelados sendo feito por<br />

helicópteros e barcos, para o<br />

transporte de remédios, roupas<br />

e alimentos. 0 nümero de<br />

MunicIpios atingidos pelas<br />

cheias passou para 39, corn a<br />

inclusgo de Verê, que conta<br />

corn 60 desabrigados.<br />

Destes, seis esto em estado<br />

de calamidade ptblica: Unio<br />

da Vitória, Bituruna,<br />

General Carneiro, Rio Negro,<br />

Porto Amazonas e So Mateus<br />

do Sul.<br />

A Coordenadoria da Defesa<br />

Civil informou que ate a<br />

manhg de terça (dia 19) jã tinham<br />

sido doados aos flagelados<br />

do Paraná 244.678 quilos<br />

de alimentos e 104.485 quilos<br />

de agasaihos.<br />

p<br />

sãhado no Rincão Sao Francisco.<br />

co, Domingo haverá prograrna<br />

duplo: as 10 horas da marih-ã, no<br />

Jardim São Paulo, e As 17 horas<br />

no Parque Ouro Verde. Durante<br />

a semana (sempre as 20 horas)<br />

serão realizadas manifestacOes<br />

no Campos do tguaçu, Jardirn América,<br />

Vila Yolanda e Porto Be.<br />

to.<br />

A campanha será encerrada<br />

as 16 horas do dia 29, COrn uma<br />

grandiosa manifcstçaao em frente<br />

a Prefeitura. Nesta ocaisifo estarão<br />

presentes deputados estaduais<br />

e federals, alëm dos din.<br />

gentes politicos de Fóz do Iguaçu<br />

e cidades vizinhias.<br />

• Joãozi nho<br />

OFICIALDO<br />

DETRAN Despachante<br />

A CADA KM<br />

RODADO<br />

A CERTEZA DE<br />

QUETLRO<br />

VAI BEN<br />

A primeira etapa das obras<br />

do terminal tur(stico de São Miguel<br />

do lguacu, em implantaçäo<br />

a magem do lago de Itaipu, está<br />

quase conclu Ida. Todas as obras<br />

de infra-estrutura afetas diretamente<br />

ao reservatório ficaräo<br />

prontas ate o final deste més,<br />

corn a conclusäo da pavirnentacão<br />

da praia artificial e da concretagem<br />

do atracadouro de barcos<br />

e lanchas.<br />

o prefeito Albino Bissolotti<br />

esteve visitando o local na tiltima<br />

semaria, depois clue Os trabalhos<br />

estiveram paralisados durante<br />

quase dois meses em conseqUência<br />

das chuvas, e mostrou-se extrernarnente<br />

satisfeito corn a localização<br />

do terminal em relaçäo<br />

ao n(vel das Aguas do reservatório.<br />

"A chela do reservatório,<br />

mesmo na cota 216, dá uma<br />

idéia de como ficará o nosso projeto<br />

e demonstra que nosso pla'<br />

nejamento está inteiramente correto",<br />

comentou Bissolotti.<br />

MAIS VERBAS<br />

Neste més, o prefeito embarca<br />

para o Rio de Janeiro, onde<br />

vai pleitear junto a Empresa<br />

Brasileira de Turismo (Embratur)<br />

a liberação de uma verba especial<br />

da ordem de Cr5 70 milhöes<br />

para iniciar as obras externas<br />

do projeto do terminal turistico,<br />

idealizado pela Famepar e<br />

executado pela própria Prefeitura.<br />

Ate agora, foram consumidos<br />

cerca de Cr5 25 milhäes<br />

oriundos do Programa de Desenvolvimento<br />

do Oeste do Paraná<br />

(Prodopar).<br />

0 terminal turistico possul<br />

uma area de cinco alqueires, mas<br />

na realidade nào localiza-se<br />

exatamente no reservatório e sim<br />

no Rio Ocol, distante 20 quilômetros<br />

do tago. 0 rio cresceu de<br />

nivel a ponto de formarem-se<br />

pequenas ondas clue acabam oferecendo<br />

imagem quase idéntica a<br />

de uma praia. Essas pequenas ondas<br />

väo bater num trecho pavimentado<br />

de aproximadamente<br />

500 metros. Logo acima ficará a<br />

taixa de areia onde os banhistas<br />

poderffo se queimar ao sot e ensaiar<br />

Os logos veranistas de sua<br />

preferéncia,<br />

Corn a pavimentação do trecho<br />

marginal do [ago e da concretagem<br />

do atracadouro clentro<br />

das próximas sernanas, a Prefeitura<br />

iniciará em seguida os tra<br />

balhos de acabamento do lago<br />

interno, que será serviço de água<br />

do reservatório assirn que este<br />

atinja a cota definitiva de 220<br />

metros estipulada por Itaipu.<br />

Mais de 14 mil mudas de esséncias<br />

nativas e exóticas já foram<br />

iauel<br />

plantadas na area.<br />

Fazem parte do projeto a<br />

construcäo de cinco quadras esportivas<br />

e campo de futebol, estacionamentos<br />

para 500 ve(culos,<br />

ampla area para camping<br />

provida de água potável e sanitários,<br />

churrasqueiras e boas estradas<br />

de acesso. Em contato<br />

corn a diretoria da Itaipu Binacional,<br />

o prefeito obteve a confirmação<br />

das melhorias do trecho<br />

de 13 quilômetros<br />

clue separam 0 terminal tur(stico<br />

do centro da cidade de São Miguel<br />

do lguacu e da BR-277.<br />

TUR IS MO<br />

Albino Bissolotti está tao<br />

entusiasmado corn a definiçSo<br />

do terminal turistico e da prala<br />

artifical clue pretende criar inclusive<br />

urna Secretaria Municipal de<br />

Turismo para incrementar as atividades<br />

do setor, corno a implantacão<br />

de hotels e restaurantes a<br />

beira do [ago. "Não vejo esta<br />

obra como uma realizaçäo municipal,<br />

mas de âmbito regional.<br />

Quem vai deixar de visitar São<br />

Miguel do lguaçu sabendo que<br />

existe infra-estrutura condizente<br />

a beira de urn agradável lago, a<br />

disposicão para a pesca e navegacäo",<br />

indaga ele.<br />

Ressalva, entretanto, que a<br />

criação da Secretaria Municipal<br />

de Turismo so acontecerá quando<br />

os planos estiverem melhordefinidos,<br />

pois "primeiro temos<br />

que garantir a Iiberação de verbas<br />

da Ernbratur para executar<br />

as obras externas". Quando estiver<br />

tudo em funcionamento, talvez<br />

Albino Bissolotti ná'o seja<br />

mais prefeito de São Miguel do<br />

lguacu. Ele nab esconde sua intencäo<br />

de deixar 0 cargo para 0<br />

qual foi norneado hJ nove anos,<br />

quando exercia a presidéncia da<br />

Câmara Municipal. "Permanecerei<br />

como prefeito so ate o final<br />

do ano que vem para depois dedicar-me<br />

exclusivamente a rninha<br />

vida particular", assegura.<br />

KANTORSKI REELEITO<br />

PRESIDE NTE<br />

DO PMDB<br />

Novo diretório do PMDB- Sic,<br />

Miguel do Iguaçu:<br />

Presidents: Francisco Kantoraki; vicepresidents:<br />

Armando Luiz Politta; Socretãrio<br />

- Nol Borges Schaffer; Suplentes:<br />

Alcides e José Miguel Barth;<br />

Llder da bancada: Valdir Cerqueira;<br />

Delegados: Noi B. Schaffer e En<br />

Bastos Dutra.<br />

NOVO DELEGADO<br />

Ji assumJ o novo delegado do<br />

São Miguel do lguaçu. Trata-se do bacharel<br />

Leonidas Gaisler, qua assumiu<br />

sues funçöes na semana passada, após<br />

determinaçao do secretário Luis Felipe<br />

Mussi, da Segurança.<br />

Kaco Drink's<br />

• MEDIDA CERTA PARA.<br />

• SUA DESC0NTRAcA0<br />

FOZ DO IGUAU - PARANA


3 jovens fuzilados em Foz<br />

Eles estavam corn as mãos arnarradas e o crânio esfacelad<br />

A policia de Foz do Iguacu<br />

ainda näo tern pista<br />

nenhurna sobre os assassinos<br />

de trés elementos encontrados<br />

nurn matagal na semanal<br />

passada, mortos corn tiros<br />

na cabeca e corn as mãos amarradas.<br />

Acredita-se, entretanto,<br />

que a execuco foi<br />

uma"guerra"entre quadri-<br />

Ihas de lad roes de carros.<br />

Esta, pelo rnenos, e a<br />

explicaco mais plaus(vel<br />

que se encontrou ate o presente<br />

momento, principalmente<br />

porque ao lado dos<br />

cadáveres foi encontrado<br />

quantidade considerável de<br />

placas de veiculos. Mas, no<br />

se pode descartar a possibilidade<br />

de clue alguém tenha<br />

colocado as placas neste local<br />

corn o objetivo de confundir<br />

as investigacOes.<br />

Os crimes, a exemplo de<br />

tantos outros, foi horrendo.<br />

Os cadáveres apareceram no<br />

local costurneiro da desova<br />

ern Foz do lguacu: proxirnidades<br />

do aterro sanitrio, as<br />

rnargens de urn riacho , norneio<br />

de urn matagal.<br />

Dos três mortos, apenas<br />

urn foi identificado, corno<br />

sendo Celso Garcia, rnais conhecido<br />

como "Celsinho",<br />

elernento de origern paraquaia,<br />

corn passaqens pela<br />

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Foz do Iguacu -<br />

policia como mernbro de<br />

urna gang de ladrOes de carro<br />

e arrombadores. Ele fol<br />

encontrado morto corn as<br />

mos arnarradas para trás<br />

corn urn fio de naylon. Tra<br />

java calca verde, camisa azul<br />

e sapatos pretos. 0 laudo<br />

cadavérico comprovou ter<br />

sido ele assassinado corn urn<br />

tiro no nariz, urn na cabeça<br />

e provavelrnente urna facada<br />

nas proximidades da nuca,<br />

onde existia urn corte profundo.<br />

Os outros dois no foram<br />

identificados. 0 prirneiro<br />

deles foi encontrado urn<br />

dia antes de Celso Carcia,<br />

mas acredita-se que tenha sido<br />

assassinado no rnesmo<br />

dia e pelas mesmas pessoas.<br />

Ele foi encontrado no Parque<br />

Nacional na fazenda de<br />

Fernando Loures Salinet,<br />

corn o corpo crivado de balas,<br />

a exemplo de Ce Iso Garcia,<br />

estava corn as mäos amarradas.<br />

O outro cadaver encontrado<br />

estava próxirno ao de<br />

Celso Garcia, perto do Aterro<br />

Sanitário em urn matagal.<br />

Era urn hornem de cor<br />

branca, cabelos raspados,<br />

magro, corn aproxirnadamente<br />

uma metro e 80 de<br />

altura e corn a idade aproxirnada<br />

de 25 anos. 0 jovem<br />

trajava calço marrom, Carnisa<br />

xadrez cor branca e estava<br />

descalco. Ele também<br />

amarrado corn uma corda<br />

de naylon, mãos para trás, e<br />

foi alvejado corn urn projétil<br />

de arma de fogo calibre<br />

22 ou 32, cuja bala atravessou<br />

a cabeça.<br />

Ha questâo de urn ano<br />

atrás outros dois jovens foram<br />

encontrados nas proxirnidades<br />

do Aterro Sanitário.<br />

Ambos foram assassina-<br />

r<br />

1<br />

dos friamente e atirados nas<br />

proximidades do rnesmo nacho<br />

em clue esta semana se<br />

encontravarn Celso Garcia e<br />

seu companheiro ainda nâo<br />

identificado. Urn dos<br />

identificado na época corno<br />

ldIlio Goncalves, estava<br />

corn a cabeca totalrnente<br />

decepada e o outro, Joâo de<br />

tal, tinha várias perfuracOes<br />

na altura do abdomen e<br />

também urn cor-te na garganta.<br />

Na ocasiäo se presurniu<br />

que Os dois foram elirninados<br />

por quadrilhas já<br />

clue "sabiam dernais". No<br />

entanto, apenas urn dos rapazes<br />

é clue estaria envolvido<br />

corn tráfico de drogas.<br />

Ern Curitiba o ii<br />

Encontro das Classes<br />

Trabalhadoras<br />

Dando cumprimento ao<br />

que foe decidido no I ENCLAT -<br />

Encontro das Classes Trabalhadoras<br />

do Paraná, as entidades sindicais<br />

paranaenses estäo convocando<br />

o II Enclat a ser realizado nos<br />

dias 23 e 24 do corrente més,<br />

no Coléglo Estadual do Paraná,<br />

em Curitiba.<br />

A cornissäo organizadora<br />

decidiu, desta vez, abordar todo<br />

os assuntos do interesse da classe<br />

trabaihadora, optando assim<br />

por este temário:<br />

- A situaço nacional e a<br />

luta dos trabalhadores.<br />

- Pol(tica agrária<br />

- 0 movmento dos traba-<br />

Ihadores do Paraná uma plataforma<br />

de lutas.<br />

- 0 Congresso Nacional<br />

da Classe Trabaihadora e a construçäo<br />

da Central Unica de Trabalhadores.<br />

As entidades sindicais de<br />

grau superior teräo direito a trés<br />

it S<br />

5 ;r C<br />

0 P E L<br />

AVISO DE<br />

DESLIGAMENTOS<br />

delegados, escoihidos por suas<br />

diretorias. As entidades siridicais<br />

e associacôes profissionais présindicais<br />

teräo direito a apresentar<br />

tantos delegados quanto o<br />

nCimero de trabalhadores existente<br />

na categoria, obedecendo<br />

a proporçäo estabelecida pela Co.<br />

ordenadoria.<br />

As entidades profissionais<br />

näo sindicais, as de funconários<br />

püblicos e aposentados, indicaräo<br />

delegados confo'me o nümero<br />

de filiados a entidade, numa<br />

proporcâo de que a cada mil socios<br />

corresponda dois delegados<br />

de diretoria a quatro delegados<br />

de base. E as entidades ligadas ao<br />

movimento popular (associacöes<br />

de moradores) tern direito a mdicar<br />

urn delegado por diretoria<br />

e dois delegados de base.<br />

Oualquer informaç5o mais<br />

detalhada poderá ser fornecida<br />

.através do telefone (041)<br />

232-2265.<br />

Para realizar melhorias, manutencäo 0 extensôos em redes do distribucäo<br />

e em subestacöes, garantindo major seguronça aos quo executerio Os<br />

trabaihos e ao ptiblico em geral, iniormamos qua so tome necesSãrio Interromper<br />

o fornecimento de energia elétrica nos seguintes locals:<br />

DIA 21/07/83 - OUINTA-FEIRA<br />

TOLEDO<br />

Das 08 is 12 homes<br />

Afeta: São Luiz do Oeste e Cortsumjdores Rurajs<br />

DIA 23107/83 - SABADO<br />

GUA IRA<br />

Das 07 is 08 homes<br />

Afeta: Rue Santos Dumont e transversais no trecho compreendido entre as<br />

rues Presidente Kennedy e Monjoli; Rue Monjoli o transvemsais no trecho<br />

compreendido entre as rues Pastor Sorem a Otivio Tosta.<br />

TOLEDO<br />

Des 08 is 09 homes<br />

Afeta: INCOFERTIL, COOPAGRO e consumidores Rumais de Sede Alvoroda,<br />

Born Priit.r'io, Gremado, Vista Alegre e Linha Unijo.<br />

MARECHAL CANDIL,.) RONDON<br />

Des 14 is 16 horas<br />

Afeta: Rue Maripi e trensversais no trecho compreendido entrees muas Ceaii<br />

e Joäo Pessoa, BNH, Jardins Botafogo e Higienópolis, SAAE, OR-<br />

GASOL e Consurnidores Rurais.<br />

Dos 11 is 12 horas<br />

Afeta: Vila Arroio Fundo, Vile Margaride, Paso Bragado, lguiporã. Born<br />

Jardirn, Bela Bista, Vile Guaçu, São Rogue, Vista Alegre, São Clemente,<br />

São Francisco, São João, Luz Marina e Consumidores Rurais.<br />

Dos 12 is 13 horas<br />

Afeta: IguiporSe Consumidores Rurais.<br />

DIA 24/07/83 - DOMINGO<br />

CASCAVEL<br />

Des 08 as 11 horas<br />

Afeta: Rua Vitória e tmansversais, trecho compreendido entre a Rue Plo<br />

XII e Av. Foz do lguaçu, Av. Foz do lguacu e transversais, trecho<br />

compreendjo entre as rues Vitória a Larninedora, Jardins Alto Alegre,<br />

São Pedro, Palmeires e Santa Cruz.


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Avenida JK, 933<br />

próximo ao Estor p i Hotel<br />

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