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quebra quebra gabiroba - UFES - Universidade Federal do Espírito ...

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CANÇÃO DO<br />

FOLCLORE<br />

CAPIXABA<br />

“QUEBRA QUEBRA GABIROBA”


RELATÓRIO DE PESQUISA SOBRE CANÇÃO DO FOLCLORE CAPIXABA<br />

GRUPO:<br />

HAROLDO FREITAS SILVA<br />

MÁRCIA F. PEREIRA FAUSTINI<br />

PATRÍCIA COUTINHO RIBEIRO<br />

RITA DE CÁSSIA A. BERNARDI<br />

ROSIMERE RODRIGUES<br />

MÚSICA: “QUEBRA QUEBRA GABIROBA”


Gabiroba – Planta nativa <strong>do</strong> Brasil. Tem as raízes na língua Tupi-guarani e<br />

significa casca amarela. É encontrada no <strong>Espírito</strong> Santo, Minas Gerais e Rio<br />

Grande <strong>do</strong> Sul.<br />

Relato da Sra. Guilhermina – Segun<strong>do</strong> relato da Sra. Guilhermina que trabalha<br />

no CMEI “ONA”, a origem da música “Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>” é devi<strong>do</strong> ao pé<br />

da mesma ser fino, alto e to<strong>do</strong> enrosca<strong>do</strong> como se fosse uma raiz, e seus<br />

galhos apesar de serem finos são muito resistentes, haven<strong>do</strong> dificuldades no<br />

momento de <strong>quebra</strong>-los.<br />

Ao fazermos nossa pesquisa para sabermos qual canção iríamos trabalhar, nós<br />

nos deparamos com o CD “Canções <strong>do</strong> Folclore Capixaba”, onde resgata de<br />

forma bastante abrangente a memória capixaba, referente ao seu folclore<br />

musical. A partir <strong>do</strong> CD, relacionamos a música “Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>”.<br />

Procuramos o significa<strong>do</strong> da palavra Gabiroba que dá essência a música.<br />

E quan<strong>do</strong> sentarmos em grupo no CMEI para conversarmos sobre o trabalho e<br />

a música escolhida, chegou a Sra. Guilhermina que trabalha no CMEI e falou<br />

que em sua casa já teve um pé de <strong>gabiroba</strong> quan<strong>do</strong> ela ainda era criança, e <strong>do</strong><br />

nada começou a cantar a música que havíamos seleciona<strong>do</strong>. Anotamos seu<br />

depoimento, pois achamos muito importante e rico, pois percebemos que a<br />

mesma falava <strong>do</strong> pé de <strong>gabiroba</strong> e a maneiro como ela brincava com muito<br />

entusiasmo e um grande sau<strong>do</strong>sismo. Aproveitamos também para pedir sua<br />

ajuda quan<strong>do</strong> fossemos fazer as atividades com os alunos. Ela se prontificou<br />

rapidamente e combinamos de fazermos os trabalhos.<br />

Depois que tínhamos o depoimento vivo sobre a música “Quebra, <strong>quebra</strong><br />

<strong>gabiroba</strong>”, partimos para o trabalho de pesquisa em outras fontes.<br />

Encontramos que “Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>” é uma das mais alegres e<br />

rumorosas <strong>do</strong> Folclore Infantil Capixaba. A cantiga é conhecida em outros<br />

esta<strong>do</strong>s e segun<strong>do</strong> o folclorista Théo Brandão, da subcomissão alagoana de<br />

Folclore, por lá se conhece como marchinha o “Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>”.<br />

Também no Rio Grande <strong>do</strong> Norte, conforme o folclorista Veríssimo de Melo da<br />

subcomissão Norte Rio Grandense de folclore se conhece o “Quebra, <strong>quebra</strong><br />

<strong>gabiroba</strong>” como modinha e não como roda infantil. Localizamos o nosso<br />

“Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>” em Vitória, Porto de Cariacica, Vila de Itapemirim,


Santa Tereza, Alfre<strong>do</strong> Chaves, Ibiraçú, Linhares, São Mateus e Domingos<br />

Martins.<br />

Em 1929, Plínio de Brito que, na ocasião, pertencia a Rádio Roquette Pinto,<br />

escreveu para o carnaval daquele ano a marcha “Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>”,<br />

inspirada em tema popular. Com várias informações obtidas fomos para o<br />

trabalho com a canção capixaba que é o nosso principal tema da pesquisa.<br />

Primeiro conversamos com os alunos sobre a nossa proposta de trabalho.<br />

Depois mostramos através de figura a fruta <strong>gabiroba</strong>. Em seguida chamamos a<br />

Sra. Guilhermina onde a mesma fez o relato de sua infância sobre a música<br />

“Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>” e cantou a música para as crianças. Depois to<strong>do</strong>s<br />

cantaram com a Sra. Guilhermina. Ao final pedimos para cada criança com sua<br />

folha já com partes da música, ilustrasse seu desenho. Terminamos a atividade<br />

com todas as crianças mostran<strong>do</strong> seu desenho e falan<strong>do</strong> sobre o mesmo.


Quebra-<strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong> (Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Espírito</strong> Santo)<br />

Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong><br />

Quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

Quebra lá, que eu quebro cá<br />

Quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

SOLO CORO<br />

Atrás de tua passada Eu quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

Meus olhos segui<strong>do</strong>s vão Eu quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

Como solda<strong>do</strong> na praça Eu quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

Atrás <strong>do</strong> seu capitão Eu quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

Mo<strong>do</strong> de brincar<br />

Poda de estribilho. Canta-se este e, depois cada criança tira, em sua vez, uma<br />

trovinha, enquanto o coro entoa no final de cada verso, “Eu quero ver <strong>quebra</strong>r”.<br />

Quebra-<strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong> (Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro)<br />

Ó <strong>quebra</strong>, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong><br />

Eu quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

Ó <strong>quebra</strong>, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong><br />

Eu quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

Ó <strong>quebra</strong>, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong><br />

Eu quero só te amar<br />

Ó <strong>quebra</strong>, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong><br />

Eu quero só brincar<br />

Ó <strong>quebra</strong> aqui e <strong>quebra</strong> lá


Eu quero ver <strong>quebra</strong>r<br />

É no Rio de Janeiro<br />

Que é a terra <strong>do</strong> amor<br />

Só se vive sem dinheiro<br />

Mas se goza com calor<br />

Quebra-<strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong> (Livro Alegria, Alegria)<br />

Quebra-<strong>quebra</strong>, <strong>gabiroba</strong>,<br />

Quero ver também <strong>quebra</strong>r.<br />

Quebra coco minha gente,<br />

Quero ver também <strong>quebra</strong>r.<br />

Estrelinha no céu corre,<br />

Eu também quero correr,<br />

Que essa vida de solteiro<br />

É cheirar e não comer.<br />

O papo para ser bonito<br />

Tem que ser de três caroços,<br />

Um de um la<strong>do</strong>, outro <strong>do</strong> outro,<br />

E um no meio <strong>do</strong> pescoço.<br />

Se o negócio é embolar,<br />

Embole toda a família,<br />

Você fica com a vovó<br />

Que eu fico com sua filha.


Foto das crianças trabalhan<strong>do</strong> a música “Quebra, <strong>quebra</strong> <strong>gabiroba</strong>”.


Bibliografia<br />

CD Canções <strong>do</strong> Folclore Capixaba – Banestes – 1994<br />

Alegria, Alegria – As mais belas canções de Nossa Infância – Faixa 98<br />

http://www.estacaocapixaba.com.br/textos/folclore/gns/roda/<strong>gabiroba</strong>.html

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