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Aprendendo com as limitações - Grupo Espírita Seara do Mestre

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ANO XV - Nº 172<br />

A vida moderna é pródiga em nov<strong>as</strong> tecnologi<strong>as</strong>.<br />

Tod<strong>as</strong> visam oferecer conectividade, eficiência, agilidade<br />

e precisão às operações e aos resulta<strong>do</strong>s busca<strong>do</strong>s.<br />

No campo <strong>do</strong> entretenimento <strong>as</strong> nov<strong>as</strong> possibilidades<br />

abriram port<strong>as</strong> inimagináveis, de forma que a vida e <strong>as</strong><br />

relações <strong>do</strong> homem <strong>com</strong> o mun<strong>do</strong> moderno mudaram<br />

profundamente e irreversivelmente.<br />

O progresso traz, na maioria d<strong>as</strong> vezes, benefícios.<br />

Entretanto, <strong>com</strong>o a evolução d<strong>as</strong> implicações morais de<br />

seu uso aguarda o <strong>do</strong> discernimento d<strong>as</strong> consciênci<strong>as</strong><br />

também o alcançarem, há implicações que levam à<br />

ansiedade, ao estresse e ao consumismo.<br />

Diante deste mun<strong>do</strong> tecnológico, multimídia e<br />

interconecta<strong>do</strong> em tempo real, há que se buscar<br />

momentos de quietude mental.<br />

Ninguém há que possa parar o fluxo <strong>do</strong>s<br />

pensamentos, m<strong>as</strong> seu ritmo e seu conteú<strong>do</strong> são p<strong>as</strong>síveis<br />

de gerenciamento individual.<br />

Necessitamos manter espaço para <strong>as</strong> relações<br />

interpessoais diret<strong>as</strong> e sem intermediários ou estímulos<br />

mecânicos.<br />

Resgatar-se a beleza <strong>do</strong> aconchego <strong>do</strong> contato<br />

humano direto, <strong>do</strong> som da voz, <strong>do</strong> olhar e <strong>do</strong> toque<br />

afetuoso.<br />

Jamais esquecer-se da relação fundamental: consigo<br />

mesmo, e, para isso, é necessário acalmar os<br />

pensamentos em um silêncio mental.<br />

Nesse encontro íntimo, a alma tem percepções que a<br />

ajudam no autoconhecimento e no processo de<br />

fortalecimento mental.<br />

Somente quem consegue momentos de calma da<br />

mente atinge o equilíbrio emocional, tão necessário neste<br />

mun<strong>do</strong> de tant<strong>as</strong> solicitações e estímulos.<br />

Lembremo-nos, sempre, de que o caminho para a<br />

felicidade real, a <strong>do</strong> Espírito, é o conhecer-se a si mesmo.<br />

Paz a to<strong>do</strong>s!<br />

Quietude mental<br />

Josué.<br />

Psicografa<strong>do</strong> no GESM em 12.08.2011.<br />

“N ÃO JULGUEIS, PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADO .” Jesus (Mt 7,1)<br />

“Na balança de Deus são iguais to<strong>do</strong>s os<br />

homens; só <strong>as</strong> virtudes os distinguem aos<br />

olhos de Deus.”<br />

O Evangelho segun<strong>do</strong> o Espiritismo,<br />

cap. VII, item 11<br />

<strong>Aprenden<strong>do</strong></strong> <strong>com</strong> <strong>as</strong> <strong>limitações</strong><br />

Ilce Hentoux<br />

uit<strong>as</strong> vezes estamos frente a situações difíceis que exigem de nós<br />

decisões importantes e nos sentimos fragiliza<strong>do</strong>s diante de noss<strong>as</strong><br />

ansiedades, pessimismo, timidez, depressão. São noss<strong>as</strong><br />

<strong>limitações</strong> físic<strong>as</strong> e emocionais nos travan<strong>do</strong>, aprisionan<strong>do</strong>-nos.<br />

Do ponto de vista clínico, esses sentimentos nada nos trazem de bom,<br />

<strong>com</strong> eles não conseguimos tomar decisões, melhorar nossa vida, nos<br />

isolamos socialmente e p<strong>as</strong>samos a focalizar conflitos e problem<strong>as</strong>.<br />

M<strong>as</strong> será que não dá para reverter esse nosso la<strong>do</strong> sombrio, escuro, em<br />

objetivos claros, autoconhecimento, autoexame para vencer nossos<br />

obstáculos?<br />

Paulo de Tarso nos diz: “Por isto, eu me <strong>com</strong>prazo n<strong>as</strong> fraquez<strong>as</strong>, nos<br />

opróbrios, n<strong>as</strong> necessidades, n<strong>as</strong> perseguições, n<strong>as</strong> angústi<strong>as</strong> por causa<br />

de Cristo. Pois quan<strong>do</strong> sou fraco, então é que sou forte” (2 Cor 12,10) .<br />

Com esse pensamento ele remete a um entendimento de <strong>com</strong>preensão<br />

e aceitação de noss<strong>as</strong> fraquez<strong>as</strong> e atribulações e, ao tomarmos consciência<br />

d<strong>as</strong> <strong>limitações</strong>, é que poderemos transpô-l<strong>as</strong> e nos tornarmos fortes.<br />

Este é também um convite que a Doutrina <strong>Espírita</strong> nos faz quan<strong>do</strong><br />

propõe uma nova visão sobre a nossa vida.<br />

Quant<strong>as</strong> vezes a nossa ansiedade não é por querermos resolver tu<strong>do</strong><br />

imediatamente?<br />

Muit<strong>as</strong> de noss<strong>as</strong> <strong>do</strong>res não são resulta<strong>do</strong>s de atitudes e pensamentos<br />

negativos?<br />

Dentro de nós há pensamentos, reflexões, sentimentos varia<strong>do</strong>s, bons<br />

e ruins, tristez<strong>as</strong>, alegri<strong>as</strong> e existe amor que, muit<strong>as</strong> vezes em meio <strong>as</strong> noss<strong>as</strong><br />

tempestades, fica a<strong>do</strong>rmeci<strong>do</strong>, m<strong>as</strong>cara<strong>do</strong> em excesso de trabalho, em<br />

conflitos não resolvi<strong>do</strong>s.<br />

Abrir nossa janela interior e olhar para nós <strong>com</strong> infinito amor, para<br />

podermos amar os nossos semelhantes, é sem dúvida o melhor caminho par<br />

enfrentarmos noss<strong>as</strong> <strong>limitações</strong> e transformarmos esses sentimentos em<br />

autoestima, autoconfiança, fazermos <strong>as</strong> cois<strong>as</strong> que gostamos, e que<br />

devemos, não para agradar aos outros, m<strong>as</strong> sim porque nos deixa feliz, ten<strong>do</strong><br />

bom senso para que <strong>as</strong> crític<strong>as</strong> e <strong>as</strong> desaprovações não nos atinjam.<br />

Somos Espíritos em transição e aprendiza<strong>do</strong>, e Jesus nos disse: sois<br />

deuses, sois luz, sois o sal da terra (equilíbrio), portanto, <strong>com</strong> calma,<br />

serenidade, retiran<strong>do</strong> forç<strong>as</strong> de dentro de nós, façamos a nossa parte, na<br />

certeza de que o Cria<strong>do</strong>r fará a Dele.<br />

Humberto Pazian<br />

“P ROCURE, SEMPRE, ANALISAR COM BONDADE E DISCERNIMENTO TUDO O QUE VÊ E OUVE, PEDINDO A D EUS O ENTENDIMENTO CORRETO DE CADA SITUAÇÃO.”


“R - , . M - .”<br />

ESGUARDE SE DA ENFERMIDADE CULTIVANDO A HIGIENE MENTAL ENTE ASSEADA CORPO EQUILIBRADO Marcos Prisco,<br />

na Obra Glossário <strong>Espírita</strong>-cristão<br />

Arma não é brinque<strong>do</strong>!<br />

Claudia Schmidt<br />

- Não! Você não vai ganhar uma arma de brinque<strong>do</strong>!<br />

- M<strong>as</strong> mãe, ela atira água!<br />

- Ainda <strong>as</strong>sim é uma arma.<br />

Felipe não conseguia entender porque não podia ter uma arma de atirar água<br />

<strong>com</strong>o os amigos. Ele já havia pedi<strong>do</strong> uma espada, um bo<strong>do</strong>que, um revólver que atira<br />

bol<strong>as</strong> de sabão... e a resposta era sempre não.<br />

-Há muit<strong>as</strong> outr<strong>as</strong> maneir<strong>as</strong> de brincar, dizia a mãe. Brincar de matar ou de<br />

machucar os outros não é legal.<br />

- M<strong>as</strong> é de brincadeira, argumentava o menino.<br />

- M<strong>as</strong>, filho, incentiva a violência. Há muit<strong>as</strong> outr<strong>as</strong> maneir<strong>as</strong> de brincar, sem<br />

imaginar que estamos matan<strong>do</strong> ou ferin<strong>do</strong> alguém.<br />

Não era tarefa fácil para a mãe de Felipe, afinal, to<strong>do</strong>s os amigos <strong>do</strong> filho tinham<br />

arm<strong>as</strong> de brinque<strong>do</strong>. Ela não podia evitar que ele brinc<strong>as</strong>se de matar na c<strong>as</strong>a <strong>do</strong>s<br />

amigos, m<strong>as</strong> em sua c<strong>as</strong>a sempre orientava:<br />

- Aqui em c<strong>as</strong>a não brincamos <strong>com</strong> arm<strong>as</strong>, não brincamos de matar, nem de<br />

machucar os outros - explicava ela, cada vez que um amigo trazia pra brincar um<br />

revólver, uma espada ou outra arma de brinque<strong>do</strong>. Guardava o brinque<strong>do</strong> e devolvia<br />

apen<strong>as</strong> quan<strong>do</strong> o amigo ia embora.<br />

A mãe de Felipe sabe que algum<strong>as</strong> arm<strong>as</strong> de brinque<strong>do</strong> são tão parecid<strong>as</strong> <strong>com</strong><br />

arm<strong>as</strong> de verdade que podem ser usad<strong>as</strong> em roubos, enganan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s, inclusive a<br />

polícia. E que muit<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> sofrem acidentes ao brincar <strong>com</strong> arm<strong>as</strong> reais, sen<strong>do</strong><br />

mort<strong>as</strong> ou fican<strong>do</strong> muito machucad<strong>as</strong>. Por isso, arm<strong>as</strong> devem ser usad<strong>as</strong> apen<strong>as</strong> por<br />

pesso<strong>as</strong> treinad<strong>as</strong>, <strong>com</strong>o policiais e em situações reais, não em brincadeir<strong>as</strong> de<br />

criança.<br />

Demorou muito tempo até Felipe entender que arm<strong>as</strong> não são brinque<strong>do</strong>s<br />

educativos. Infelizmente o que mais fez o menino pensar foi quan<strong>do</strong> um garoto que<br />

morava na sua rua, acostuma<strong>do</strong> a brincar <strong>com</strong> arm<strong>as</strong> de brinque<strong>do</strong>, ao brincar<br />

escondi<strong>do</strong> <strong>com</strong> a arma <strong>do</strong> pai, acabou disparan<strong>do</strong> acidentalmente, machucan<strong>do</strong> o<br />

irmão menor.<br />

Depois desse trágico acontecimento, os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> bairro iniciaram uma<br />

campanha de desarmamento e Felipe aju<strong>do</strong>u b<strong>as</strong>tante. O lema era “Arma não é<br />

brinque<strong>do</strong>!” E incentivava a troca de arm<strong>as</strong> de brinque<strong>do</strong> por um jogo ou uma bola,<br />

contribuin<strong>do</strong> para a redução da violência n<strong>as</strong> brincadeir<strong>as</strong>. A campanha também<br />

pretendia que <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> servissem de exemplo para os adultos, reduzin<strong>do</strong> o porte de<br />

arm<strong>as</strong>.<br />

Apesar de toda a orientação recebida, não é possível saber se Felipe vai se<br />

interessar por jogos de videogame violentos, onde o objetivo é matar, m<strong>as</strong> ele está<br />

sen<strong>do</strong> alerta<strong>do</strong> para que a violência – real ou imaginária – não faça parte de su<strong>as</strong><br />

brincadeir<strong>as</strong>. Mais tarde, ele vai decidir que tipo de energia deseja emitir, e que tipo de<br />

<strong>com</strong>panhia espiritual* quer ter, e se responsabilizar por su<strong>as</strong> escolh<strong>as</strong>.<br />

* * *<br />

* Quan<strong>do</strong> alguém joga jogos violentos, Espíritos desencarna<strong>do</strong>s infelizes que<br />

gostam de violência permanecem junto ao joga<strong>do</strong>r, incentivan<strong>do</strong> <strong>as</strong> agressões<br />

imaginári<strong>as</strong>, e se alegran<strong>do</strong> pela energia negativa que é espalhada no ambiente. E<br />

quan<strong>do</strong> o jogo termina, esses Espíritos, muit<strong>as</strong> vezes, permanecem no ambiente,<br />

perturban<strong>do</strong> e incentivan<strong>do</strong> brig<strong>as</strong>, discussões e desarmonia no lar.<br />

Distribuí<strong>do</strong> no Clube <strong>do</strong> Livro<br />

“Chico Xavier”<br />

E STAMOS PRONTOS<br />

Sacrifícios<br />

MARÇO 2013<br />

Nada se conquista sem sacrifícios. Quan<strong>do</strong> se almeja<br />

algo maior, seja no campo pessoal, profissional ou social é<br />

necessário abdicar, algum<strong>as</strong> vezes, de <strong>com</strong>odidade,<br />

privilégios, de tempo, desa<strong>com</strong>odan<strong>do</strong> a criatura de uma<br />

zona confortável para que possa atingir um patamar melhor<br />

em sua vida e na vida <strong>do</strong>s outros. Quanto maior a causa,<br />

maior o sacrifício.<br />

Dizemos isso porque o espírita, convicto <strong>do</strong> papel da<br />

Doutrina <strong>Espírita</strong> <strong>com</strong>o agente fomenta<strong>do</strong>ra da Boa Nova<br />

de Jesus, <strong>com</strong>preende que a ele, <strong>com</strong>o indivíduo, se exigirá<br />

vários “sacrifícios” para que possa ser agente divulga<strong>do</strong>r da<br />

Terceira Revelação que, na realidade, são os verdadeiros<br />

aprendiza<strong>do</strong>s para a própria evolução.<br />

Er<strong>as</strong>to em 1863, em mensagem intitulada A Missão<br />

<strong>do</strong>s Espírit<strong>as</strong>¹, convida os verdadeiros adeptos <strong>do</strong><br />

Espiritismo a trabalharem em prol da difusão da Nova<br />

Revelação trazida pelos Espíritos. “É chegada a hora em<br />

que deveis sacrificar à sua propagação os vossos hábitos,<br />

os vossos trabalhos, <strong>as</strong> voss<strong>as</strong> ocupações fúteis”.<br />

Como propagar a Doutrina <strong>Espírita</strong>, que é um<br />

constante convite à renúncia <strong>do</strong> egoísmo e <strong>do</strong> orgulho, sem<br />

o esforço para vencê-lo dentro de si?<br />

Como pregar o desinteresse aos avarentos, a<br />

abstenção aos dev<strong>as</strong>sos, a mansidão aos tiranos <strong>do</strong>mésticos<br />

e aos opressores, se não trabalhar <strong>as</strong> virtudes opost<strong>as</strong> à est<strong>as</strong><br />

imperfeições que ainda carrega?<br />

O Espiritismo que reafirma a existência de Deus<br />

<strong>com</strong>o um Pai amoroso, sábio, justo e misericordioso; da<br />

realidade da vida após a morte; da lei de causa e efeito; da<br />

reencarnação; é o verdadeiro chamamento à reforma<br />

íntima, ao sacrifício da vaidade e <strong>do</strong> interesse pessoal que<br />

são <strong>as</strong> caus<strong>as</strong> absolut<strong>as</strong> da infelicidade <strong>do</strong> homem.<br />

É necessário armar-se de decisão e coragem para este<br />

hercúleo trabalho interno e o inadiável labor externo.<br />

Como saber se estamos no caminho correto?<br />

É novamente Er<strong>as</strong>to que responde: podemos<br />

reconhecer pelos princípios da verdadeira caridade que<br />

ensinam e praticam; pelo número de aflitos que consolam;<br />

pelo seu amor ao próximo e pela abnegação e desinteresse<br />

pessoal.<br />

¹KARDEC, Allan. O Evangelho segun<strong>do</strong> o Espiritismo .<br />

120.ed.Rio de Janeiro: FEB, 2002. capítulo XX, item 4.<br />

Espírito Hammed<br />

Psicografia de Francisco <strong>do</strong> Espírito Santo Neto<br />

Nesta obra, Hammed apresenta um estu<strong>do</strong> esclarece<strong>do</strong>r e franco sobre <strong>as</strong> raízes da conduta humana. Diz o autor espiritual:<br />

“É um equívoco acreditar que o código de valores morais <strong>do</strong> homem surgiu <strong>do</strong> nada ou que é fruto só e exclusivamente de<br />

heranç<strong>as</strong> culturais, lega<strong>do</strong>s de antig<strong>as</strong> crenç<strong>as</strong>, costumes ancestrais, tradições religios<strong>as</strong> e filosófic<strong>as</strong>, ou mesmo de relatos<br />

mitológicos, orientais e ocidentais. A moralidade nos vem naturalmente. ”<br />

Nesse estu<strong>do</strong>, a busca de nossa ancestralidade sob a ótica <strong>do</strong> Espiritismo e de recentes pesquis<strong>as</strong> científic<strong>as</strong> atesta o porquê<br />

de muitos de nossos <strong>com</strong>portamentos da atualidade.<br />

www.fergs.org.br/tvfergs/canal8.html - Assista palestr<strong>as</strong> espírit<strong>as</strong> ao vivo - veja programação no site www.seara<strong>do</strong>mestre.<strong>com</strong>.br - link Palestr<strong>as</strong>


Kardec, a prece e o evangelho no lar<br />

ranscorria o ano de 1864. O Livro <strong>do</strong>s Espíritos já havia<br />

alcança<strong>do</strong> os povos mais distantes da Terra, estan<strong>do</strong> <strong>as</strong>sim<br />

amplamente difundida a b<strong>as</strong>e filosófica da Doutrina<br />

<strong>Espírita</strong>. O Livro <strong>do</strong>s Médiuns,<br />

a b<strong>as</strong>e científica, estava no seu<br />

terceiro ano de lançamento, trazen<strong>do</strong> profun<strong>do</strong>s esclarecimentos e<br />

orientações aos neófitos e experimenta<strong>do</strong>res da nova Ciência da<br />

Alma provan<strong>do</strong>, através destes experimentos, a realidade da<br />

existência, sobrevivência e <strong>com</strong>unicabilidade <strong>do</strong>s Espíritos. A<br />

Revista <strong>Espírita</strong> havia se consolida<strong>do</strong> <strong>com</strong>o tribuna livre e<br />

laboratório de experiênci<strong>as</strong> cujos relatos traziam grandiosos<br />

esclarecimentos a to<strong>do</strong>s, fornecen<strong>do</strong> <strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> notíci<strong>as</strong> <strong>do</strong><br />

movimento espírita n<strong>as</strong>cente, sen<strong>do</strong> o mais forte elo de união aos<br />

espiritist<strong>as</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

É neste cenário que em abril daquele ano, Allan Kardec lança<br />

mais uma obra monumental para os alicerces <strong>do</strong> Espiritismo: O<br />

Evangelho segun<strong>do</strong> o Espiritismo (que recebeu inicialmente o<br />

nome de Imitação <strong>do</strong> Evangelho segun<strong>do</strong> o Espiritismo altera<strong>do</strong><br />

posteriormente, por sugestão <strong>do</strong>s <strong>com</strong>panheiros já na segunda<br />

edição). Era a obra que vinha <strong>com</strong>plementar e dar seguimento à<br />

1<br />

pergunta 625 de O Livro <strong>do</strong>s Espíritos onde está a afirmativa de que<br />

Jesus é o modelo e guia da humanidade, o ser mais perfeito que<br />

habitou este orbe, e a sua <strong>do</strong>utrina a mais pura expressão da lei divina.<br />

O Codifica<strong>do</strong>r, na sua sensibilidade característica, percebeu a<br />

importância de estudar Jesus, agora sob o prisma da nova ciência<br />

trazida à luz pelos benfeitores espirituais.<br />

2<br />

Na Revista <strong>Espírita</strong> (Jornal de Estu<strong>do</strong>s Psicológicos) de<br />

agosto de 1864, Kardec explica estes novos tempos: Houve um<br />

tempo em que os c<strong>as</strong>os de manifestações eram os únicos a interessar<br />

os leitores; m<strong>as</strong> hoje, que o objetivo sério e moraliza<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

Espiritismo é <strong>com</strong>preendi<strong>do</strong> e aprecia<strong>do</strong>, a maioria <strong>do</strong>s adeptos ali<br />

procura o que toca o coração <strong>do</strong> que agrada o espírito. É, pois, a<br />

estes que nos dirigimos nest<strong>as</strong> circunstânci<strong>as</strong>. Por esta publicação,<br />

sabemos ser agradável a um grande número, se não a to<strong>do</strong>s.<br />

Este texto foi inseri<strong>do</strong> junto aos argumentos <strong>do</strong> Codifica<strong>do</strong>r<br />

3<br />

justifican<strong>do</strong> o capítulo de preces inseri<strong>do</strong> em O Evangelho .<br />

Omitin<strong>do</strong> intencionalmente <strong>as</strong> (preces) da manhã e da noite,<br />

quisemos evitar que nossa obra tivesse um caráter litúrgico, razão<br />

por que nos limitamos às que têm relação mais direta <strong>com</strong> o<br />

1<br />

Espiritismo . Novamente é o homem 'Bom Senso' que jamais<br />

desprezou o valor da prece, ao contrário, sempre destacou sua<br />

importância, inclusive n<strong>as</strong> reuniões espírit<strong>as</strong>, m<strong>as</strong> lembran<strong>do</strong> sempre<br />

“O AMOR É UM VAZIO QUE PRECISA PREENCHER- SE.”<br />

Luis Roberto Scholl<br />

Veja <strong>com</strong>o receber , to<strong>do</strong> mês, em seu Lar ou na Instituição <strong>Espírita</strong>.<br />

Publica<strong>do</strong> pelo G. E. <strong>Seara</strong> <strong>do</strong> <strong>Mestre</strong><br />

www.seara<strong>do</strong>mestre.<strong>com</strong>.br<br />

Fone: (55) 3313-2553<br />

o seu caráter íntimo, de renovação mental e moral e jamais<br />

valorizan<strong>do</strong> a vestimenta exterior, ritualística ou mística. No capítulo<br />

4<br />

de XXVII , Pedi e Obtereis, há toda uma explicação científica da<br />

prece, de sua ação e eficácia.<br />

2<br />

Afirma Kardec : A principal qualidade da prece é ser clara,<br />

simples, concisa, sem fr<strong>as</strong>eologia inútil, nem luxo de epítetos, que<br />

não p<strong>as</strong>sam de adereços falsos; cada palavra deve ter o seu alcance,<br />

despertar um pensamento, agitar uma fibra; numa palavra, deve<br />

fazer refletir; só <strong>com</strong> esta condição a prece pode atingir o seu<br />

objetivo, <strong>do</strong> contrário não p<strong>as</strong>sa de ruí<strong>do</strong>.<br />

Os Benfeitores <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> Maior e o Codifica<strong>do</strong>r encontram na<br />

Oração Dominical, ensinada pelo <strong>Mestre</strong> Jesus, o mais perfeito<br />

modelo de concisão em matéria de prece, uma verdadeira obra prima<br />

de sublimidade na sua simplicidade, um resumo <strong>do</strong>s deveres <strong>do</strong><br />

homem para <strong>com</strong> Deus, consigo mesmo e <strong>com</strong> o próximo, quan<strong>do</strong><br />

dita <strong>com</strong> inteligência, de coração e não de lábios 2<br />

.<br />

Novamente, reforçan<strong>do</strong> a importância da prece cotidiana para<br />

to<strong>do</strong>s, Allan Kardec sugere uma linha de conduta, que cada um faça<br />

uma coletânea de preces apropriad<strong>as</strong> para si, de acor<strong>do</strong> às<br />

circunstânci<strong>as</strong> particulares, conforme su<strong>as</strong> própri<strong>as</strong> necessidades,<br />

para seu uso priva<strong>do</strong> ou familiar.<br />

Uma vez por semana, por exemplo, no <strong>do</strong>mingo, pode-se<br />

consagrar a el<strong>as</strong> um tempo mais longo e dizer tod<strong>as</strong>, seja em<br />

particular, seja em <strong>com</strong>um, se houver lugar, acrescentan<strong>do</strong><br />

algum<strong>as</strong> p<strong>as</strong>sagens da Imitação <strong>do</strong> Evangelho (O Evangelho<br />

segun<strong>do</strong> o Espiritismo) e a de algum<strong>as</strong> bo<strong>as</strong> instruções, ditad<strong>as</strong><br />

pelos Espíritos .<br />

2<br />

Esta forma de reunião fraterna foi estimulada posteriormente<br />

por diversos Espíritos (Emmanuel, Bezerra de Menezes, André Luiz,<br />

Neio Lúcio, Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda)<br />

através de diferentes médiuns (Francisco Xavier, Yvonne <strong>do</strong> Amaral<br />

Pereira, Dival<strong>do</strong> Franco), para ser feita no reduto <strong>do</strong>méstico, sen<strong>do</strong><br />

então denominada de Evangelho no Lar,<br />

<strong>com</strong>o uma forma de<br />

contribuir para elevar a alma até Deus, pela união de pensamentos e<br />

de palavr<strong>as</strong>, reforçan<strong>do</strong> a ideia de que o Espiritismo é uma fé íntima;<br />

2<br />

está no coração, e não nos atos exteriores .<br />

1<br />

KARDEC, Allan. O Livro <strong>do</strong>s Espíritos. ed. <strong>com</strong>emorativa Rio de Janeiro:<br />

FEB. 2007<br />

2<br />

______. A Revista <strong>Espírita</strong>: jornal de estu<strong>do</strong>s psicológicos:<br />

Ano sétimo-<br />

1864. 2 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004, mês de agosto.<br />

Av. Getúlio Varg<strong>as</strong>, 1325 - Caixa Postal 21<br />

98801-570 - Santo Ângelo/ RS<br />

E-mail: searaespirita@seara<strong>do</strong>mestre.<strong>com</strong>.br<br />

Março 2013 / 172<br />

Fone/ Fax: (55) 3312-5333<br />

10.000 exemplares Celular: (55) 8408-3660 - Antonio<br />

Para ASSINAR: Preencher, de forma legível, a ficha cad<strong>as</strong>tral abaixo e enviá-la a<strong>com</strong>panhada de cópia <strong>do</strong> depósito<br />

(Banco <strong>do</strong> Br<strong>as</strong>il - Ag . 0138-4 - conta 10485-X) , cheque nominal ao G. E. <strong>Seara</strong> <strong>do</strong> <strong>Mestre</strong> ou solicite Boleto bancário.<br />

( ) CD-ROM conten<strong>do</strong> tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> edições <strong>do</strong> Nº 01 ao 172 - R$ 2 5,00<br />

( ) NOVA ( ) RENOVAÇÃO ( ) PRESENTE<br />

( ) CD <strong>com</strong> Músic<strong>as</strong> Espírit<strong>as</strong> “Na Busca da Essência” - R$ 2 5,00<br />

Livro: ( ) Universo Infantil - R$ 45,00<br />

( ) Boleto bancário.<br />

( ) Clube <strong>do</strong> Livro - Mensal R$ 22 ,00 ( ) Trimestre R$ 60,00 ( ) Semestre R$ 110,00<br />

To<strong>do</strong>s os valores já incluem o envio<br />

CPF / CNPJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ex. /mês: . . . . . . . R$: . . . . . . . . . . . . . . .<br />

Nome: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

End.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

Fone:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . C. Postal: . . . . . . . CEP: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

Cidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Esta<strong>do</strong>: . . . .<br />

E -mail: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

Responsável:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fone: . . . . . . . . . . . . . . .<br />

Ofereça uma Assinatura Presente ! Preencha <strong>com</strong> os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> presentea<strong>do</strong>.<br />

A primeira remessa deverá chegar em até 6 (seis) seman<strong>as</strong>;<br />

não receben<strong>do</strong> após esse perío<strong>do</strong>, contate-nos.<br />

______. O Evangelho o Espiritismo. 127 ed. Rio de Janeiro: FEB. 2007,<br />

3<br />

cap. 28<br />

4 Idem, Ibidem. cap. 27.<br />

Jornalista: Paulo Renato Ziembowicz - Reg. 15.567-MTE/RS<br />

Impressão: Gráfica Venâncio Ayres - Fone (55) 3312-3002<br />

Sócrates<br />

Recorte ou faça uma cópia, preencha e envie.<br />

Opções de <strong>as</strong>sinatura:<br />

Valores váli<strong>do</strong>s para envio<br />

a um mesmo endereço.<br />

Nº EXEMPLARES / PERÍODO / CUSTO<br />

Ex. 01 ANO 02 ANOS 03 ANOS<br />

01 R$ 1 8 ,00 R$ 30 ,00 R $ 40,00<br />

04 R$ 30 ,00 R$ 50 ,00 R$ 65,00<br />

0 8 R$ 45 ,00 R$ 75 ,00 R$ 100,00<br />

12 R$ 60 ,00 R$ 110 ,00 R$ 150,00<br />

16 R$ 70 ,00 R$ 130 ,00 R$ 190,00<br />

20 R$ 80 ,00 R$ 150 ,00 R$ 210,00<br />

30 R$ 95 ,00 R$ 180 ,00 R$ 260,00<br />

40 R$ 110 ,00 R$ 210 ,00 R$ 300,00<br />

50 R$ 125 ,00 R$ 240 ,00 R$ 360,00<br />

60 R$ 140 ,00 R$ 270 ,00 R$ 400,00<br />

80 R$ 160 ,00 R$ 310 ,00 R$ 450,00<br />

100 R$ 190 ,00 R$ 370 ,00 R$ 540,00<br />

160 R$ 290 ,00 R$ 570 ,00 R$ 830,00<br />

A partir de 80 exemplares/mês poderemos<br />

enviar boleto bancário mensalmente<br />

ao custo de R$ 0,22 o exemplar.


“N INGUÉM ENCONTRA O TESOURO DA EXPERIÊNCIA NO PÂNTANO DA OCIOSIDADE.”<br />

O grande <strong>com</strong>promisso<br />

Adriana Pizzuti <strong>do</strong>s Santos e<br />

Claudia Schmidt<br />

Cris programou uma viagem muito importante, <strong>com</strong> o objetivo de<br />

subir ao cume de uma enorme montanha, de onde se pode observar<br />

uma maravilhosa paisagem e sentir imensa paz!<br />

Para o sucesso da viagem, ela buscou informações sobre o local<br />

que desejava conhecer e se aconselhou <strong>com</strong> amigos muito queri<strong>do</strong>s<br />

que lá estiveram e, por isso mesmo, não economizaram em<br />

orientações para auxiliar.<br />

Cris sabe que a subida não será fácil. Enfrentará obstáculos<br />

varia<strong>do</strong>s, permea<strong>do</strong>s <strong>com</strong> bel<strong>as</strong> flores, pássaros, paisagens lind<strong>as</strong>, e,<br />

ao final, terá si<strong>do</strong> <strong>com</strong>pensa<strong>do</strong>r.<br />

A preparação para a viagem deman<strong>do</strong>u um longo tempo. Roup<strong>as</strong><br />

especiais, map<strong>as</strong>, hospedagem. Chegan<strong>do</strong> ao local em que ficaria<br />

hospedada, ao pé da montanha, ficou deslumbrada <strong>com</strong> a visão da<br />

escalada e <strong>com</strong> <strong>as</strong> cidadezinh<strong>as</strong> e lugarejos que contornavam a<br />

montanha. Entre visit<strong>as</strong>, p<strong>as</strong>seios, <strong>com</strong>pr<strong>as</strong>, degustação <strong>do</strong>s varia<strong>do</strong>s<br />

pratos locais e convers<strong>as</strong> <strong>com</strong> os mora<strong>do</strong>res p<strong>as</strong>saram-se muitos di<strong>as</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> Cris percebeu, era o dia previsto para o retorno e ela não<br />

havia inicia<strong>do</strong> a escalada tão sonhada e planejada por tanto tempo.<br />

Olhou ao longe a bela montanha, m<strong>as</strong> já não havia mais tempo de<br />

explorá-la.<br />

Então, deu-se conta <strong>do</strong> tempo perdi<strong>do</strong>, e que havia se desvia<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

objetivo <strong>com</strong> distrações que não auxiliaram a atingir o seu objetivo.<br />

Assim, devi<strong>do</strong> às escolh<strong>as</strong> que realizou, Cris teve que retornar, sem<br />

ter feito o mais importante.<br />

Ela demorou muito tempo analisan<strong>do</strong> o que fez naquele di<strong>as</strong>, ao<br />

pé <strong>do</strong> monte, e entendeu que foi sua responsabilidade não ter subi<strong>do</strong> a<br />

montanha. Distraiu-se, entreteu-se <strong>com</strong> outros interesses não<br />

edificantes, a<strong>com</strong>o<strong>do</strong>u-se na bela hospedagem, e não se decidiu a<br />

iniciar a caminhada rumo ao alto.<br />

*************<br />

Assim <strong>com</strong>o na história, também nós nos preparamos, ao<br />

reencarnar, para subir a montanha <strong>do</strong> autoconhecimento que conduz<br />

à evolução moral. Aconselhamo-nos <strong>com</strong> amigos espirituais antes de<br />

retornar ao corpo físico, visan<strong>do</strong> receber conselhos e dividir<br />

experiênci<strong>as</strong> que possam ajudar em nossa caminhada evolutiva.<br />

Planejamos a roupa - o corpo físico - que melhor se adapta ao que<br />

pretendemos aprender, bem <strong>com</strong>o o local da hospedagem - a família<br />

que escolhemos e que pode nos auxiliar a atingir o nosso objetivo.<br />

Estamos aqui de p<strong>as</strong>sagem. Somos seres espirituais em viagem de<br />

aperfeiçoamento na Terra. A experiência no plano material tem por<br />

objetivo a nossa evolução moral. Ren<strong>as</strong>cemos para isso. Para<br />

desenvolver virtudes, realizar nossa transformação moral. Esse é<br />

nosso grande <strong>com</strong>promisso.<br />

Consideran<strong>do</strong> noss<strong>as</strong> responsabilidades e deveres diante da<br />

oportunidade que nos foi concedida nesta existência, precisamos nos<br />

empenhar e direcionar nossa vontade para o desenvolvimento de<br />

valores mais nobres, sem nos desviarmos em objetivos p<strong>as</strong>sageiros,<br />

não edificantes, a fim de não desperdiçarmos a reencarnação.<br />

Porém, <strong>com</strong>o não sabemos quan<strong>do</strong> retornaremos ao Mun<strong>do</strong><br />

Espiritual, sempre é tempo de re<strong>com</strong>eçar a caminhada rumo ao alto.<br />

Como ensina Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e<br />

fazer um novo <strong>com</strong>eço, qualquer um pode <strong>com</strong>eçar agora e fazer um<br />

novo fim”. Porque, somente <strong>com</strong> determinação e firme propósito no<br />

bem, conseguiremos subir a montanha tão desejada, tornan<strong>do</strong>-nos<br />

Espíritos mais evoluí<strong>do</strong>s, para, no alto da montanha, encontrarmos a<br />

verdadeira felicidade.<br />

Com seu bom senso e fé raciocinada, o Espiritismo<br />

re<strong>com</strong>enda aos pais de um filho <strong>com</strong> diagnóstico de<br />

anencefalia, que busquem informações séri<strong>as</strong> e profund<strong>as</strong> <strong>do</strong><br />

ponto de vista fisiológico e espiritual, para que possam cumprir<br />

<strong>com</strong> a tarefa de amar ao filho que se encontra no ventre materno<br />

suplican<strong>do</strong> a oportunidade de redimir-se, <strong>com</strong>padecen<strong>do</strong>-se de<br />

sua condição e buscarem na fé a coragem e <strong>as</strong> forç<strong>as</strong><br />

necessári<strong>as</strong> para permitirem que a lei de causa e efeito cumpr<strong>as</strong>e<br />

na integralidade.<br />

É importante destacarmos que o “anencéfalo” manteve a<br />

gestação porque tem alguma parte <strong>do</strong> encéfalo preservada,<br />

<strong>com</strong>o o tronco encefálico e, em alguns c<strong>as</strong>os, mais algum<strong>as</strong><br />

estrutur<strong>as</strong>, que permitem o controle d<strong>as</strong> atividades vitais <strong>do</strong><br />

organismo <strong>com</strong>o: batimentos cardíacos e respiração;<br />

lembremo-nos <strong>do</strong> exemplo da menina Marcela de Jesus<br />

Galante Ferreira (<strong>do</strong>cumentário "Flores de Marcela" - Estação<br />

da Luz).<br />

Na questão 344 de O Livro <strong>do</strong>s Espíritos ficamos saben<strong>do</strong><br />

que “... desde o instante da concepção, o Espírito designa<strong>do</strong> a<br />

habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico”.<br />

Allan Kardec foi mais além e perguntou na questão 347:<br />

“Que utilidade pode haver para um Espírito a sua encarnação<br />

num corpo que morre poucos di<strong>as</strong> após o n<strong>as</strong>cimento?” Obteve<br />

<strong>com</strong>o resposta: “O ser não tem alta consciência de sua<br />

existência: a importância da morte é qu<strong>as</strong>e nula: <strong>com</strong>o já o<br />

dissemos, é muit<strong>as</strong> vezes uma prova para os pais”.<br />

Também encontramos, mais adiante, na questão 355:<br />

“Há, <strong>com</strong>o indica a ciência, crianç<strong>as</strong> que desde o vente da mãe<br />

não tem possibilidades de viver? E <strong>com</strong> que fim acontece isto?”<br />

A resposta confirma o porquê: “Isto acontece frequentemente, e<br />

Deus permite <strong>com</strong>o prova, seja para os pais, seja para o Espírito<br />

destina<strong>do</strong> a encarnar”.<br />

A Doutrina <strong>Espírita</strong> explica-nos que alguns Espíritos<br />

necessita<strong>do</strong>s, <strong>com</strong> severos <strong>com</strong>prometimentos <strong>do</strong> p<strong>as</strong>sa<strong>do</strong>,<br />

<strong>com</strong>o o suicídio, precisam de um reajuste <strong>do</strong> seu perispírito e,<br />

mesmo numa condição de anencefalia, sentem a interação <strong>do</strong><br />

Espírito <strong>com</strong> a matéria, ainda que por breve tempo, e <strong>com</strong> o<br />

amor <strong>do</strong>s genitores, principalmente da mãe, iniciam o processo<br />

de reaquisição da consciência, que pode ter fica<strong>do</strong> entorpecida<br />

por vários anos.<br />

Conheça uma Instituição <strong>Espírita</strong>. Você é bem-vin<strong>do</strong>!<br />

Construamos a paz, divulgan<strong>do</strong> o bem! Ao terminar de ler este periódico, APRESENTE-0/ ofereça-o a outra pessoa.<br />

Emmanuel<br />

O Espiritismo é contra o aborto<br />

de anencéfalos? Por quê?<br />

Antonio N<strong>as</strong>cimento

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