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A “Última Lição” do Professor Doutor Luciano Pinto Ravara

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A <strong>“Última</strong> <strong>Lição”</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong><br />

<strong>Luciano</strong> <strong>Pinto</strong><br />

<strong>Ravara</strong><br />

Carlos Gamito<br />

carlos.gamito@hsm.min-saude.pt


A <strong>“Última</strong> <strong>Lição”</strong> ditada pelo <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Pinto</strong> <strong>Ravara</strong>, assentou em reflexões <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> que<br />

trouxeram ao presente imagens e factos que a História da Medicina Portuguesa saberá guardar<br />

Ano de 2009, dia 19 de Junho.<br />

Esta, mais uma data a inscrever nos Anais da Faculdade de Medicina de Lisboa e <strong>do</strong><br />

Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte.<br />

Neste dia, o Prof. <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Pinto</strong> <strong>Ravara</strong> leu a sua <strong>“Última</strong> <strong>Lição”</strong> para centenas de<br />

ilustres convida<strong>do</strong>s, entre familiares, amigos e colegas, que lotaram por completo a Aula<br />

Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa.<br />

Uma jubilação arrasta consigo a imagem de um fim.<br />

Mas um fim onde também nasce um princípio.<br />

É a foz onde desagua o brilho <strong>do</strong> caudal de um longo percurso.<br />

Nessa mesma confluência e vaza<strong>do</strong> o brilhante caudal, outro trajecto se ilumina para dar<br />

passagem à pessoa jubilada.<br />

E assim foi.<br />

O Prof. <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> escutou, com a emoção própria de quem sabe sentir, a<br />

verticalidade das muitas palavras de reconhecimento que lhe foram endereçadas e,<br />

sempre com uma notável presença de Homem capaz de vencer a <strong>do</strong>r emocional, coloriu<br />

de felicidade um suave sorriso e dirigiu-se ao púlpito para deixar a sua <strong>“Última</strong> <strong>Lição”</strong>.<br />

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Foi uma “<strong>Lição”</strong> ditada pela recordação de acontecimentos que marcaram a carreira <strong>do</strong><br />

Médico, <strong>do</strong> Investiga<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> <strong>Professor</strong>.<br />

Depois…<br />

Depois assistimos ao quadro mais embeleza<strong>do</strong>r da cerimónia.<br />

Foi um quadro embeleza<strong>do</strong> pelo colori<strong>do</strong> cândi<strong>do</strong> das batas brancas onde, com passos<br />

desencontra<strong>do</strong>s, dançavam alguns estetoscópios, e das personagens que seleccionaram<br />

os discretos fatos cinzentos que, to<strong>do</strong>s de pé, fizeram eclodir, em coro, uma estridente e<br />

demorada ovação só travada pelas paredes da Aula Magna da Faculdade de Medicina de<br />

Lisboa.<br />

Palavras com distinção ou as palavras que distinguiram o<br />

<strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong><br />

O <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> Braz Nogueira, Responsável pelo Serviço de Medicina I B, pautou o seu discurso pelo<br />

acentua<strong>do</strong> progresso que se verificou no Serviço de Medicina <strong>do</strong> Hospital de Santa Maria, desde que a Direcção<br />

foi entregue ao <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong><br />

A cerimónia foi aberta com a prédica <strong>do</strong> Prof. <strong>Doutor</strong> Braz Nogueira, Responsável pelo<br />

Serviço de Medicina I B, que usou da palavra em seu nome pessoal e em nome de to<strong>do</strong> o<br />

pessoal médico e não médico da Clínica Universitária de Medicina I e <strong>do</strong> Serviço de<br />

Medicina I <strong>do</strong> Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte.<br />

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Com o olhar dividi<strong>do</strong> entre o <strong>Professor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> e as páginas de papel que<br />

escoravam as palavras, o <strong>Professor</strong> Braz Nogueira afirmou: «Após ter assumi<strong>do</strong>, em<br />

1996, a Direcção <strong>do</strong> Serviço de Medicina e após um perío<strong>do</strong> de progressiva adaptação ao<br />

seu estilo incisivo com múltiplas ideias e constantes projectos, houve um melhor<br />

conhecimento e tornou-se evidente uma Direcção empenhada, franca, dedicada e leal,<br />

nunca esquecen<strong>do</strong> o Hospital no seu to<strong>do</strong>. Realço, em especial, a determinação, o<br />

empenho, a perseverança, a teimosia no bom senti<strong>do</strong> que sempre manifestou, ten<strong>do</strong><br />

como único objectivo o progresso, a remodelação e o bem-estar <strong>do</strong> e no Serviço de<br />

Medicina que dirigia, com a preocupação última de proporcionar o melhor atendimento<br />

técnico e humano aos <strong>do</strong>entes interna<strong>do</strong>s, muitas vezes em perío<strong>do</strong>s em que a gestão de<br />

recursos se revelou extremamente problemática e mesmo quan<strong>do</strong>, sob o ponto de vista<br />

pessoal, estava a passar por um perío<strong>do</strong> dramático relaciona<strong>do</strong> com a grave <strong>do</strong>ença de<br />

sua mulher». E continuou: «Também foi durante a sua Direcção que, por sua iniciativa e<br />

em colaboração com a Direcção <strong>do</strong> Hospital e da Faculdade, foi cria<strong>do</strong> o Laboratório de<br />

Estu<strong>do</strong>s Vasculares Arsénio Cordeiro e que o Serviço passou a integrar um Hospital de<br />

Dia para <strong>do</strong>entes com <strong>do</strong>enças Auto-Imunes e Doenças Raras. Foram também criadas<br />

neste perío<strong>do</strong> as consultas de Insuficiência Cardíaca, de Dislipidemias e de Risco<br />

Vascular, que se juntaram às já existentes Consulta de Hipertensão a mais antiga <strong>do</strong> País<br />

e que ganhou um espaço próprio e independente da Consulta de Cardiologia – Consulta<br />

de Medicina Interna, Consulta Disautonomias e Consulta de Doenças Auto-Imunes, que<br />

têm vin<strong>do</strong> constantemente a aumentar. A “Revista Minerva”, <strong>do</strong> Serviço de Medicina I,<br />

viu a luz <strong>do</strong> dia mercê da sua iniciativa. Lembro, também, a sua acção no Centro de<br />

Cardiologia da Universidade de Lisboa que, sob a sua presidência, obteve as mais altas<br />

classificações até hoje conseguidas, bem como a sua acção na nossa Escola nas múltiplas<br />

funções a que foi chama<strong>do</strong> e particularmente como Coordena<strong>do</strong>r da Clínica Universitária<br />

de Medicina I e, ultimamente, como <strong>Professor</strong> Decano de Medicina da nossa Faculdade».<br />

Dada a palavra ao Prof. Correia da Cunha, Director Clínico <strong>do</strong> Centro Hospitalar Lisboa<br />

Norte, em nome <strong>do</strong> Conselho de Administração foi sucinto na sua alocução e nós<br />

registámos uma frase que simples mas que ilustra a dimensão <strong>do</strong> sentimento <strong>do</strong><br />

Conselho de Administração <strong>do</strong> Centro Hospitalar Lisboa Norte: «Quero destacar, entre<br />

outros valores, a humanidade e a afabilidade <strong>do</strong> <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong><br />

enquanto Homem e enquanto Médico. Em nome da “Casa Comum” – Centro Hospitalar<br />

Lisboa Norte e Faculdade de Medicina de Lisboa – fica a expressão <strong>do</strong> nosso voto muito<br />

franco de muitas Felicidades e de uma longa Vida».<br />

O Prof. <strong>Doutor</strong> Fernandes e Fernandes, Director da Faculdade de Medicina de Lisboa,<br />

subiu ao púlpito e fez ecoar palavras repletas de palavras: «Esta não é a <strong>“Última</strong> <strong>Lição”</strong><br />

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<strong>do</strong> <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong>. Esta é a “Lição de Jubilação” <strong>do</strong> <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong><br />

<strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong>». Enalteceu a dedicação e entrega à Faculdade de Medicina de Lisboa e<br />

sublinhou este dirigente que to<strong>do</strong>s contam com a prestimosa colaboração futura <strong>do</strong><br />

<strong>Professor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> no ensino da Medicina em Portugal.<br />

Coube ao Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa, Prof. <strong>Doutor</strong> António Sampaio da<br />

Nóvoa, encerrar a cerimónia. E fê-lo com alguns sublinha<strong>do</strong>s: «O <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong><br />

<strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> é uma das pessoas que soube cultivar as iniciativas frontais e os afectos<br />

fun<strong>do</strong>s que marcaram momentos saudáveis nas muitas Tertúlias de Reflexão. Senhor<br />

<strong>Professor</strong>, to<strong>do</strong>s temos uma dívida de gratidão e um enorme orgulho pelo que fez na<br />

Universidade de Lisboa».<br />

A embelezar o fim desta intervenção, assistimos a outro particular momento de elevação<br />

na sensibilizante cerimónia: o Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa depôs ao<br />

<strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> a Medalha da Faculdade de Medicina de Lisboa.<br />

O Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa, <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> António Sampaio da Nóvoa, alinhou a sua<br />

alocução por momentos que marcaram um tempo ao lembrar as frontais e muito saudáveis intervenções <strong>do</strong><br />

<strong>Professor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> nas “Tertúlias de Reflexão”<br />

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O <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> leu assim o dia 19 de Junho<br />

de 2009<br />

Sempre com palavras afáveis e debruadas com uma serenidade que exalava candura, o <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong><br />

<strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> confessou-nos a dificuldade que sentiu em controlar a queda de alguma lágrima mais traiçoeira,<br />

porque «A emoção é uma das grandes sensações que faz parte da alma humana, e a alma é o mais belo da<br />

vida…»<br />

Licencia<strong>do</strong> em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa em 1963, o <strong>Professor</strong><br />

<strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Pinto</strong> <strong>Ravara</strong> viu serem-lhe impostas as insígnias de <strong>Doutor</strong> no ano de<br />

1975.<br />

Para trás tinha fica<strong>do</strong> a cerimónia, mas a acrescentar às excelsas palavras já descritas e<br />

que ainda pairavam na memória de to<strong>do</strong>s – decerto que mais azougadas na memória <strong>do</strong><br />

<strong>Professor</strong> – deixámos duas importantes datas que marcam o caminho percorri<strong>do</strong> por esta<br />

ilustre figura das Ciências Médicas.<br />

Agora cabia à nossa reportagem sentir o “pulsar” <strong>do</strong> Homem, <strong>do</strong> Médico, <strong>do</strong> <strong>Professor</strong>.<br />

Do <strong>Professor</strong> que tinha acaba<strong>do</strong> de dar a sua <strong>“Última</strong> <strong>Lição”</strong>.<br />

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A primeira pergunta que se nos ofereceu foi, diríamos, que longa, todavia e para que não<br />

“mutilemos” o enquadramento da entrevista, transcrevemos a pergunta na íntegra:<br />

Senhor <strong>Professor</strong>, acabou de dar a sua <strong>“Última</strong> <strong>Lição”</strong>, mas mesmo sen<strong>do</strong> a <strong>“Última</strong>”, o<br />

Senhor <strong>Professor</strong> imprimiu à “<strong>Lição”</strong> uma beleza, um humor tão sábio e prazenteiro que,<br />

alia<strong>do</strong> a um sentir tão nobre, conseguiu derrubar por completo to<strong>do</strong> e qualquer esboço<br />

de emoção. Senhor <strong>Professor</strong>, como é que conseguiu? «Fui tossin<strong>do</strong> de vez em quan<strong>do</strong> e<br />

fiz um grande esforço para não chorar. Julgo que quan<strong>do</strong> uma pessoa chora em público,<br />

é triste. Temos que saber graduar as nossas emoções. É importante conseguirmos um<br />

determina<strong>do</strong> auto-controlo na nossa vida pessoal, até para que não tenhamos<br />

manifestações de vaidade. Devemos ter sim, manifestações de simplicidade, e os<br />

<strong>Professor</strong>es estão cá é para servir. Para servir os alunos e para servir os <strong>do</strong>entes, de<br />

maneira que temos que ter paciência e ser modera<strong>do</strong>s. Mas devo acrescentar-lhe que<br />

controlei a minha emoção com muita dificuldade. A emoção é uma das grandes<br />

sensações que faz parte da alma humana, e a alma é o mais belo da vida, mas nestes<br />

momentos nobres como a alma vem à superfície, é necessário um controlo muito forte<br />

sobre as emoções».<br />

Sempre com o seu olhar <strong>do</strong>ce e a brotar ternura, o <strong>Professor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong> ia<br />

serenamente atentan<strong>do</strong> às questões que o momento nos suscitava, e continuámos:<br />

Senhor <strong>Professor</strong>, das muitas palavras, todas muito bonitas e sensibilizantes, que aqui<br />

lhe foram endereçadas, ficou com alguma, ou ficou com todas, a ecoarem no seu<br />

coração? «Eu cito muitas vezes uma expressão <strong>do</strong> Camões, sou um Camoniano, e então<br />

costumo dizer “que sem amor não há qualquer aventura humana que prevaleça”, e na<br />

minha opinião, a sociedade portuguesa tem mais dissabores <strong>do</strong> que amores. Depois<br />

temos os temas Camonianos. Camões é que é o Homem que celebra o Amor, que celebra<br />

a beleza da Vida, que celebra a Sabe<strong>do</strong>ria, e no entanto foi um Homem com uma vida<br />

difícil e amargurada, mas nós aprendemos mais com as desventuras <strong>do</strong> que com as<br />

venturas».<br />

Nós, sem respeitarmos o tempo que o <strong>Professor</strong> já não dispunha para continuar esta<br />

apetecível conversa, íamos conseguin<strong>do</strong> “parar” a máquina que marca o tempo e: Senhor<br />

<strong>Professor</strong>, permita-nos pedir-lhe uma palavra sobre o <strong>Professor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Ravara</strong>. «Sou<br />

fruto de uma família de médicos, e tive a felicidade de ter um percurso com duas<br />

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vivências em simultâneo. Vivi a Faculdade de Medicina de Lisboa numa época em que a<br />

Faculdade tinha queri<strong>do</strong>s e grandes Mestres, e vivi a experiência <strong>do</strong>s Movimentos Cívicos<br />

e Universitários, que caldeou um pouco o conhecimento <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> e da Vida».<br />

E porque o jornalismo é isto mesmo, continuámos a não oferecer tréguas ao tempo que o<br />

<strong>Professor</strong> já não tinha. E assim sen<strong>do</strong>: Senhor <strong>Professor</strong>, que significa<strong>do</strong> encontra neste<br />

dia 19 de Junho de 2009. Está triste? «Triste não. A vida é feita de etapas. Hoje terminei<br />

mais uma das etapas, e agora continuarei a fazer outras. Vou continuar com a minha<br />

dedicação à cultura, à escrita, à família, aos netos, à amizade, porque a vida é uma<br />

beleza sem fim e uma ventura desde que a pessoa a saiba viver. O passa<strong>do</strong> não é melhor<br />

que o presente, e citan<strong>do</strong> o Santo Agostinho, “a vida é um presente efémero vivida à<br />

base das experiências <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> numa perspectiva de futuro”».<br />

Terminar uma conversa com estes contornos humanos onde cada palavra era iluminada<br />

pela nobreza <strong>do</strong> sentimento absolutamente nu deste grande Homem, mostrou-se uma<br />

tarefa quase dilacerante, mas sentimos que só havia espaço para esta derradeira<br />

pergunta: Senhor <strong>Professor</strong>, entende que deixou a obra concluída? «Nada é perfeito. Fiz<br />

o possível, até porque é difícil criar estruturas no Esta<strong>do</strong>, mas dentro <strong>do</strong> Serviço de<br />

Medicina que por ser um Serviço aberto recebe um número exageradíssimo de <strong>do</strong>entes –<br />

muitas vezes sem as melhores condições de acomodação – pela gritante falência <strong>do</strong>s<br />

Cuida<strong>do</strong>s Primários, mas apesar de to<strong>do</strong>s os condicionalismos criámos algumas<br />

estruturas como a Ecografia, o Laboratório de Estu<strong>do</strong>s Vasculares e incrementámos de<br />

forma significativa o ensino da Medicina».<br />

Agora “escutemos” a mensagem deixada pelo <strong>Professor</strong> <strong>Doutor</strong> <strong>Luciano</strong> <strong>Pinto</strong> <strong>Ravara</strong> às<br />

gerações vin<strong>do</strong>uras, aos seus Colegas e às duas Instituições onde serviu,<br />

respectivamente a Faculdade de Medicina de Lisboa e o Hospital de Santa Maria, agora<br />

integra<strong>do</strong> no Centro Hospitalar Lisboa Norte: «Só apelo a que to<strong>do</strong>s se dêem bem, que<br />

sejam generosos, que cultivem ao máximo a sabe<strong>do</strong>ria e que amem as duas Instituições<br />

que tanto prestigiam a Medicina em Portugal».<br />

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