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Arquivo em PDF - Dom Bosco

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francês e inglês, nos quais as diferenças se evidenciam e o “QI” não prevalece,<br />

na maioria dos casos.<br />

Também no Brasil algumas multinacionais, como a norte-americana<br />

IBM, não permit<strong>em</strong> que pessoas casadas, por ex<strong>em</strong>plo, trabalh<strong>em</strong> na mesma<br />

<strong>em</strong>presa, devido aos possíveis favorecimentos decorrentes dos laços afetivos.<br />

Roberto Da Matta (1984) cita o “jeitinho” e a “malandrag<strong>em</strong>”, típicos da<br />

cultura nacional, referindo-se a muitos brasileiros que usam a posição social ou<br />

as relações sociais para driblar o que a lei estabelece, diferindo-se de países<br />

como Inglaterra, EUA e França. Essa prevalência no Brasil, de<br />

apadrinhamentos <strong>em</strong> função das relações sociais d<strong>em</strong>onstrou interferir <strong>em</strong><br />

alguns resultados de organizações participantes da pesquisa.<br />

Avaliações ou recrutamentos internos são processos freqüent<strong>em</strong>ente<br />

utilizados como recursos de promoção e valorização de recursos humanos já<br />

existentes dentro das organizações. As indicações também influenciam muitas<br />

vezes, nesses processos. Dois fatores que afetam a avaliação e,<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente, a indicação de um supervisor <strong>em</strong> relação a um<br />

subordinado são as questões de gostar ou não dele, confirmadas pelas<br />

pesquisas de Ferris e colaboradores apud Spector (2006, p. 105), e o humor no<br />

momento da avaliação, segundo pesquisas de Sinclair apud Spector (2006, p.<br />

105).<br />

Realizaram-se entrevistas com funcionários de diferentes organizações<br />

privadas para verificar a existência não apenas de um suposto “nepotismo<br />

psíquico”, mas ampliando a visão para um “nepotismo psíquico-cultural”,<br />

presente na cultura brasileira. Essa atitude difere <strong>em</strong> outras culturas, que<br />

valorizam, na maioria dos casos, o conhecimento, a capacitação e o<br />

profissionalismo, ignorando vínculo parentesco ou afetivo.<br />

Após seis entrevistas qualitativas aplicadas e realizadas com pessoas de<br />

três organizações, surgiram alguns relatos que se ass<strong>em</strong>elharam <strong>em</strong> conteúdo,<br />

<strong>em</strong>bora <strong>em</strong> ambientes diversos.<br />

Gradativamente, evidências de “QI” ou protecionismo se manifestaram<br />

com algumas expressões como “esse cara é como um pai pra mim” (sujeito da<br />

<strong>em</strong>presa 1); “vários deles aqui me chamam de mãe” (sujeito da <strong>em</strong>presa 02),<br />

“...como é minha esposa vou tentar treinar, mas se fosse um sócio teria

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