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TCC Final da CARLA e L - Fisio-tb.unisul.br - Unisul

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<<strong>br</strong> />

<strong>CARLA</strong> APARECIDA DE CARVALHO<<strong>br</strong> />

LUIZ ARTHUR LISBOA PAMATO<<strong>br</strong> />

MANIPULAÇÃO DO OSSO ILÍACO NA DOR LOMBAR<<strong>br</strong> />

Tubarão<<strong>br</strong> />

2008<<strong>br</strong> />

1


<strong>CARLA</strong> APARECIDA DE CARVALHO<<strong>br</strong> />

LUIZ ARTHUR LISBOA PAMATO<<strong>br</strong> />

MANIPULAÇÃO DO OSSO ILÍACO NA DOR LOMBAR<<strong>br</strong> />

Orientador Prof. MSc. Ralph Fernando Rosas<<strong>br</strong> />

Tubarão<<strong>br</strong> />

2008<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Trabalho de Conclusão de Curso<<strong>br</strong> />

apresentado ao Curso de <strong>Fisio</strong>terapia,<<strong>br</strong> />

como requisito parcial para a<<strong>br</strong> />

obtenção do título de Bacharel em<<strong>br</strong> />

<strong>Fisio</strong>terapia.


<strong>CARLA</strong> APARECIDA DE CARVALHO<<strong>br</strong> />

LUIZ ARTHUR LISBOA PAMATO<<strong>br</strong> />

MANIPULAÇÃO DO OSSO ILÍACO NA DOR LOMBAR<<strong>br</strong> />

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado<<strong>br</strong> />

adequado á obtenção do título de Bacharel em<<strong>br</strong> />

<strong>Fisio</strong>terapia e aprovado em sua forma final pelo Curso<<strong>br</strong> />

de <strong>Fisio</strong>terapia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de do Sul de Santa<<strong>br</strong> />

Catarina.<<strong>br</strong> />

Universi<strong>da</strong>de do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />

Tubarão, 21 de novem<strong>br</strong>o de 2008.<<strong>br</strong> />

____________________________________________<<strong>br</strong> />

Orientador. Prof. Ralph Fernando Rosas, Msc<<strong>br</strong> />

Universi<strong>da</strong>de do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />

____________________________________________<<strong>br</strong> />

Prof ª Msc. Inês Almansa Vinadé<<strong>br</strong> />

Universi<strong>da</strong>de do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />

____________________________________________<<strong>br</strong> />

Prof ª Msc. Fabiana Durante de Medeiros<<strong>br</strong> />

Universi<strong>da</strong>de do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />

3


DEDICATÓRIA<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

Dedicamos este trabalho aos nossos<<strong>br</strong> />

Pais, José e Zélia, Paulo César e<<strong>br</strong> />

Maria Elizabeth, pelo amor, carinho,<<strong>br</strong> />

incentivo <strong>da</strong>do a ca<strong>da</strong> um de nós, e<<strong>br</strong> />

aqueles que nos aju<strong>da</strong>ram de alguma<<strong>br</strong> />

maneira para a conquista deste<<strong>br</strong> />

sonho.


AGRADECIMENTOS<<strong>br</strong> />

Agradeço primeiramente à Deus, por todos os momentos maravilhosos que tenho em<<strong>br</strong> />

minha vi<strong>da</strong>, pela força concedi<strong>da</strong> nesta jorna<strong>da</strong> e por esta conquista realiza<strong>da</strong>.<<strong>br</strong> />

Aos meus pais José e Zélia, pelo amor, carinho, dedicação, compreensão e oportuni<strong>da</strong>des.<<strong>br</strong> />

Agradeço a minha amiga Graciele pela amizade, confiança e apoio nas horas precisas e<<strong>br</strong> />

nos momentos de estresse.<<strong>br</strong> />

Ao meu parceiro Luiz Arthur, pelo apoio e pela confiança em realizar o trabalho comigo.<<strong>br</strong> />

Agradeço ao meu namorado Diego por ter me <strong>da</strong>do apoio nos momentos difíceis e ter me<<strong>br</strong> />

aturado nos momentos de estresse.<<strong>br</strong> />

Ao meu orientador, Ralph Fernando Rosas, que colaborou <strong>da</strong> melhor maneira possível<<strong>br</strong> />

para a realização deste trabalho.<<strong>br</strong> />

Agradeço aos meus familiares que acreditaram em mim e me aju<strong>da</strong>ram no que foi<<strong>br</strong> />

preciso.<<strong>br</strong> />

Enfim agradeço a todos os pacientes que fizeram parte do trabalho e aqueles que, de<<strong>br</strong> />

alguma forma, aju<strong>da</strong>ram para esta realização.<<strong>br</strong> />

Carla Apareci<strong>da</strong> de Carvalho<<strong>br</strong> />

Agradeço à Deus.<<strong>br</strong> />

Aos meus pais Paulo César e Maria Elizabeth, pelo amor, apoio, carinho e incentivo.<<strong>br</strong> />

Agradeço a minha parceira Carla pelo companheirismo durante to<strong>da</strong> a nossa jorna<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

acadêmica.<<strong>br</strong> />

Agradeço a minha família que sempre me apoiou quando eu precisei.<<strong>br</strong> />

Agradeço a todos os meus amigos que me aju<strong>da</strong>ram de alguma forma durante meu<<strong>br</strong> />

trabalho.<<strong>br</strong> />

Agradeço ao meu orientador Ralph, o qual teve uma participação indispensável na<<strong>br</strong> />

realização do nosso trabalho.<<strong>br</strong> />

Enfim agradeço a todos que participaram do nosso trabalho.<<strong>br</strong> />

Luiz Arthur Lisboa Pamato<<strong>br</strong> />

5


A vi<strong>da</strong> é cheia de possibili<strong>da</strong>des que nos<<strong>br</strong> />

desafiam a tentar coisas novas.<<strong>br</strong> />

Nestes momentos é que aprendemos a<<strong>br</strong> />

mu<strong>da</strong>r e a crescer, e por mais longo que<<strong>br</strong> />

pareça projeto, quem tem a coragem de<<strong>br</strong> />

iniciar a caminha<strong>da</strong> já está no meio do<<strong>br</strong> />

caminho para conseguir a vitória.<<strong>br</strong> />

(MZ Carvalho)<<strong>br</strong> />

6


RESUMO<<strong>br</strong> />

A dor lombar é uma <strong>da</strong>s alterações musculoesqueléticas mais comuns nas socie<strong>da</strong>des<<strong>br</strong> />

industrializa<strong>da</strong>s, pois pode ser caracteriza<strong>da</strong> como uma doença de pessoas com vi<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

sedentária, atingindo ambos os sexos e várias faixas etárias. Uma <strong>da</strong>s técnicas utiliza<strong>da</strong>s no<<strong>br</strong> />

tratamento <strong>da</strong> lombalgia é a manipulação articular. O presente estudo tem como objetivo<<strong>br</strong> />

analisar o efeito <strong>da</strong> manipulação do osso ilíaco na dor lombar, verificar a flexibili<strong>da</strong>de antes<<strong>br</strong> />

e após a manipulação e analisar o grau <strong>da</strong> dor lombar antes e após a manipulação. A<<strong>br</strong> />

amostra foi composta por onze pacientes do sexo masculino, com faixa etária entre 20 e 40<<strong>br</strong> />

anos de i<strong>da</strong>de. Os pacientes foram avaliados através <strong>da</strong> aplicação dos testes de Finger-floor,<<strong>br</strong> />

Gillet e Downing, e aqueles que apresentaram disfunção <strong>da</strong> ASI foram tratados com as<<strong>br</strong> />

técnicas de manipulação. Foi realiza<strong>da</strong> uma EVA no momento <strong>da</strong> avaliação e uma EVA<<strong>br</strong> />

após uma semana <strong>da</strong> técnica de manipulação. O resultado do teste estatístico de Wilcoxon<<strong>br</strong> />

revelou que dentre os onze pacientes submetidos ao teste de Finger-floor, 63,6% dos<<strong>br</strong> />

pacientes apresentaram uma diminuição na distância realiza<strong>da</strong> no teste Finger-floor. Na<<strong>br</strong> />

avaliação <strong>da</strong> dor através <strong>da</strong> EVA, constatou-se uma diferença significativa de p< 0,05,<<strong>br</strong> />

dentre os onze pacientes nove relataram redução <strong>da</strong> dor após a manipulação. Neste sentido,<<strong>br</strong> />

constatou-se que a manipulação articular é efetiva no alívio <strong>da</strong> dor e no aumento <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> coluna verte<strong>br</strong>al e dos mem<strong>br</strong>os inferiores na população estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<<strong>br</strong> />

Palavras-chaves: Dor Lombar. Flexibili<strong>da</strong>de. Manipulação <strong>da</strong> Coluna, Terapia por<<strong>br</strong> />

Manipulação.<<strong>br</strong> />

7


ABSTRACT<<strong>br</strong> />

The back pain is one of the most common musculoskeletal changes in industrialized<<strong>br</strong> />

societies, as can be characterized as a disease of people with sedentary lifestyle,<<strong>br</strong> />

reaching both sexes and various ages. One of the techniques used in the treatment of<<strong>br</strong> />

low back pain is joint manipulation. This study aims to analyze the effect of<<strong>br</strong> />

manipulation of bone pain in the lumbar, check the flexibility before and after handling<<strong>br</strong> />

and analyzing the degree of back pain before and after handling. The sample was<<strong>br</strong> />

composed of eleven patients were male, with ages between 20 and 40 years of age.<<strong>br</strong> />

Patients were evaluated by applying the tests of Finger-floor, Gillet and Downing, and<<strong>br</strong> />

those with dysfunction of ASI were treated with the techniques of manipulation. We<<strong>br</strong> />

performed an EVA at the time of evaluation and an EVA after a week of the art of<<strong>br</strong> />

manipulation. The result of the Wilcoxon statistical test showed that among the eleven<<strong>br</strong> />

patients undergoing test Finger-floor, 63.6% of patients showed a decrease in the<<strong>br</strong> />

distance held in the test Finger-floor. In the assessment of pain through the EVA, there<<strong>br</strong> />

was a significant difference of p


LISTA DE ILUSTRAÇÕES<<strong>br</strong> />

Figura 1–Teste de Gillet no ilíaco direito ...................................................................... 24<<strong>br</strong> />

Figura 2- Teste de Gillet no ilíaco esquerdo .................................................................. 24<<strong>br</strong> />

Figura3- Teste de Finger-Floor ...................................................................................... 26<<strong>br</strong> />

Figura 4- Disfunção de ilíaco em anteriori<strong>da</strong>de ............................................................. 30<<strong>br</strong> />

Figura 5- Dinsfunção de ilíaco em posteriori<strong>da</strong>de ......................................................... 31<<strong>br</strong> />

9


LISTAE GRÁFICOS<<strong>br</strong> />

Gráfico 1- Disfunção do osso ilíaco ............................................................................... 36<<strong>br</strong> />

Gráfico 2- Escala Visual Analógica ............................................................................... 37<<strong>br</strong> />

Gráfico 3- Teste de Finger-floor ..................................................................................... 40<<strong>br</strong> />

10


ASI - Articulação Sacroilíaca<<strong>br</strong> />

EIAS - Espinha ilíaca ântero-superior<<strong>br</strong> />

EIPS – Espinha ilíaca póstero-superior<<strong>br</strong> />

EVA - Escala Visual Analógica<<strong>br</strong> />

LISTA DE ABREVIAÇÕES<<strong>br</strong> />

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido<<strong>br</strong> />

ADM - Amplitude de Movimento<<strong>br</strong> />

IT – Isquiotibiais<<strong>br</strong> />

11


SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13<<strong>br</strong> />

2 PARTICULARIDADESDA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA ......................... 16<<strong>br</strong> />

2.1 Disfunção <strong>da</strong> articulação Sacroilíaca ........................................................................ 16<<strong>br</strong> />

2.2 LOMBALGIA .......................................................................................................... 19<<strong>br</strong> />

2.2.1 Ativi<strong>da</strong>des na posição senta<strong>da</strong> ............................................................................ 20<<strong>br</strong> />

2.3 TESTES .................................................................................................................... 23<<strong>br</strong> />

2.4 TIPOS DE MANIPULAÇÃO .................................................................................. 26<<strong>br</strong> />

2.5 Manipulação utiliza<strong>da</strong>............................................................................................... 29<<strong>br</strong> />

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ........................................................................ 32<<strong>br</strong> />

3.1 TIPO DE PESQUISA ............................................................................................... 32<<strong>br</strong> />

3.1.1 Classificação quanto à abor<strong>da</strong>gem ..................................................................... 32<<strong>br</strong> />

3.1.2 Quanto ao procedimento utilizado na coleta de <strong>da</strong>dos ..................................... 32<<strong>br</strong> />

3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA ..................................................................................... 33<<strong>br</strong> />

3.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS ..................... 33<<strong>br</strong> />

3.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS .................. 33<<strong>br</strong> />

3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ........ 34<<strong>br</strong> />

4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................. 35<<strong>br</strong> />

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 44<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 45<<strong>br</strong> />

APÊNDICE ................................................................................................................... 51<<strong>br</strong> />

APÊNDICE A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................................. 52<<strong>br</strong> />

ANEXO .......................................................................................................................... 54<<strong>br</strong> />

ANEXO A Escala Visual Analógica ............................................................................ 55<<strong>br</strong> />

ANEXO B Questionário Oswestry de Lombalgia ..................................................... 56<<strong>br</strong> />

12


1 INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

Em geral as lombalgias são comuns na população, sendo que, em países<<strong>br</strong> />

industrializados, sua prevalência é estima<strong>da</strong> em torno de 70%. Cerca de 10 milhões de<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiros ficam incapacitados por causa desta morbi<strong>da</strong>de e pelo menos 70% <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

população sofrerá um episódio de dor na vi<strong>da</strong> 1 .<<strong>br</strong> />

A ocorrência <strong>da</strong> lombalgia precede às alterações <strong>da</strong> postura corporal. Essa<<strong>br</strong> />

associação pode ser explica<strong>da</strong> pelo fato de que muitas posturas corporais adota<strong>da</strong>s no dia-<<strong>br</strong> />

a-dia são inadequa<strong>da</strong>s para as estruturas anatômicas, pois aumentam o estresse total so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

os elementos do corpo, especialmente so<strong>br</strong>e a coluna verte<strong>br</strong>al, podendo gerar<<strong>br</strong> />

desconfortos, dores ou incapaci<strong>da</strong>des funcionais 2 .<<strong>br</strong> />

Com a vi<strong>da</strong> moderna, surgiram vários tipos de trabalho onde a pessoa<<strong>br</strong> />

permanece durante horas senta<strong>da</strong> em má postura, predispondo o aparecimento <strong>da</strong> dor<<strong>br</strong> />

lombar (digitadores, dentista, motoristas, trabalhadores de escritório), o levantamento de<<strong>br</strong> />

peso incorreto (enfermeiros que manipulam doentes acamados), obesos, tensão<<strong>br</strong> />

emocional, traumas. Além disso, estamos sempre estressados e tensos, o que também<<strong>br</strong> />

contribui para enrijecer os músculos. Com o correr dos anos, esse enrijecimento vai<<strong>br</strong> />

comprimindo as articulações, causando deformações e dores sistemáticas. 3 , 4 .<<strong>br</strong> />

Na posição senta<strong>da</strong> o peso é distribuído à sínfise púbica e tuberosi<strong>da</strong>des<<strong>br</strong> />

isquiáticas e a seguir ao assento <strong>da</strong> cadeira. Estas forças fazem com que o sacro seja<<strong>br</strong> />

impulsionado proximal e posteriormente so<strong>br</strong>e o sacro. Um extenso e forte sistema<<strong>br</strong> />

ligamentar limitam estes movimentos 5 .<<strong>br</strong> />

A articulação sacrilíaca (ASI) constitui uma fonte de dor ciática, admitindo<<strong>br</strong> />

que, assim como esta, a lombalgia e a dor nas costas são causa<strong>da</strong>s freqüentemente por<<strong>br</strong> />

quanti<strong>da</strong>de de movimento anormal nas articulações pélvicas. Além do trauma, a<<strong>br</strong> />

influência de uma postura erra<strong>da</strong> e a<strong>da</strong>ptação lombo-pélvica, os fatores extrínsecos são<<strong>br</strong> />

reconhecidos como parte integral <strong>da</strong> etiologia <strong>da</strong> descompensacão 3 .<<strong>br</strong> />

A articulação sacrilíaca, em homens e mulheres, é capaz de realizar pequenos<<strong>br</strong> />

movimentos difíceis de medir, (1 a 3 mm), sendo insignificante e desimportantes, porém<<strong>br</strong> />

em casos de lesões ligamentares nestas articulações, a hipermobili<strong>da</strong>de ou a<<strong>br</strong> />

13


hipomobili<strong>da</strong>de, em condições inflamatórias <strong>da</strong> ASI, são fontes importantes de<<strong>br</strong> />

lombalgia. Em casos de mulheres, ocorre com maior freqüência após o parto.<<strong>br</strong> />

Uma <strong>da</strong>s técnicas utiliza<strong>da</strong>s no tratamento <strong>da</strong> lombalgia é a manipulação<<strong>br</strong> />

articular, sendo defini<strong>da</strong> como uma técnica de terapia manual envolvendo o movimento<<strong>br</strong> />

de deslizamento de uma superfície articular, através de uma mobilização passiva 6 .<<strong>br</strong> />

A manipulação articular é comumente utiliza<strong>da</strong> para o tratamento de diversas<<strong>br</strong> />

disfunções do sistema músculo-esquelético, inicialmente nos casos de restrição dos<<strong>br</strong> />

movimentos articulares acessórios que causam dor ou restrição do movimento fisiológico<<strong>br</strong> />

normal, possibilitando através de um tratamento conservador a eliminação de queixas<<strong>br</strong> />

álgicas. Estas técnicas são aplica<strong>da</strong>s em geral, tanto para afetar diversos segmentos de<<strong>br</strong> />

movimento, quanto, ou especificamente, para libertar uma determina<strong>da</strong> articulação com<<strong>br</strong> />

per<strong>da</strong> do movimento artrocinemático 7 .<<strong>br</strong> />

Sendo a dor lombar uma condição que atinge e incomo<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> de milhões de<<strong>br</strong> />

pessoas em todo o mundo e que a mesma sabi<strong>da</strong>mente aumenta muito os gastos dos<<strong>br</strong> />

cofres <strong>da</strong>s instituições públicas e priva<strong>da</strong>s para o seu tratamento e prevenção, faz-se<<strong>br</strong> />

necessário desco<strong>br</strong>ir e divulgar a eficiência de alguns tratamentos para a diminuição desta<<strong>br</strong> />

dor.<<strong>br</strong> />

Sendo a rotação de ilíacos uma causa comum de dor lombar, faz-se necessário<<strong>br</strong> />

ampliar o conhecimento so<strong>br</strong>e essas alterações e divulgá-lo para servir de suporte para<<strong>br</strong> />

outras pesquisas so<strong>br</strong>e o assunto, pois ain<strong>da</strong> não foram feitos trabalhos monográficos no<<strong>br</strong> />

Curso de <strong>Fisio</strong>terapia <strong>da</strong> <strong>Unisul</strong>, campus Tubarão-SC.<<strong>br</strong> />

Baseando-se nos efeitos sugeridos pela literatura, considera-se a possibili<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

de trazer aos pacientes um meio de tratamento que possa proporcionar alívio <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

incapaci<strong>da</strong>de conseqüente à dor lombar.<<strong>br</strong> />

Portanto o objetivo geral do trabalho foi analisar o efeito <strong>da</strong> manipulação de<<strong>br</strong> />

ilíaco na dor lombar e os objetivos específicos foram verificar a flexibili<strong>da</strong>de antes e após<<strong>br</strong> />

a manipulação e analisar a dor lombar antes e após a manipulação em indivíduos do sexo<<strong>br</strong> />

masculino do município de Tubarão-SC.<<strong>br</strong> />

As hipóteses apresenta<strong>da</strong>s foram: H0 (hipótese nula) onde não há relação<<strong>br</strong> />

significativa entre a manipulação do osso ilíaco e o alívio <strong>da</strong> dor lombar e H1 (hipótese 1)<<strong>br</strong> />

onde há relação significativa entre a manipulação do osso ilíaco e o alívio <strong>da</strong> dor lombar.<<strong>br</strong> />

14


Quanto ao procedimento utilizado na coleta de <strong>da</strong>dos, classifica-se esta<<strong>br</strong> />

pesquisa em quase-experimental por não possuir grupo controle, desta forma não<<strong>br</strong> />

havendo base para comparação <strong>da</strong>s informações 34, 35 .<<strong>br</strong> />

O presente estudo se divide em cinco capítulos, fazendo parte deste, a<<strong>br</strong> />

introdução; do segundo, a revisão so<strong>br</strong>e o tema; do terceiro, o delineamento <strong>da</strong> pesquisa;<<strong>br</strong> />

do quarto, a discussão e análise dos resultados e do quinto, as considerações finais.<<strong>br</strong> />

15


2 PARTICULARIDADES DA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA<<strong>br</strong> />

2.1 DISFUNÇÃO DA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA<<strong>br</strong> />

A pelve é constituí<strong>da</strong> por três peças ósseas e três articulações. Duas<<strong>br</strong> />

articulações sacroilíacas e a sínfise púbica. Pelas articulações sacroilíacas o sacro se<<strong>br</strong> />

articula posteriormente com os dois ossos do quadril. Os ossos do quadril se articulam<<strong>br</strong> />

anteriormente entre si através <strong>da</strong> sínfise púbica. O sacro também se articula<<strong>br</strong> />

superiormente com a vérte<strong>br</strong>a L5 e inferiormente com o cóccix.<<strong>br</strong> />

As articulações sacroilíacas são ricamente inerva<strong>da</strong>s tanto por nociceptores<<strong>br</strong> />

quanto por proprioceptores. Há muita variação entre indivíduos e entre lados diferentes<<strong>br</strong> />

do mesmo indivíduo. A porção anterior <strong>da</strong> articulação é inerva<strong>da</strong> pelos ramos anteriores<<strong>br</strong> />

primários <strong>da</strong>s raízes L2 até S2, com a maior fonte vindo de L4 e L5. A porção posterior<<strong>br</strong> />

recebe inervação dos ramos posteriores <strong>da</strong>s raízes S1 e S2 8.<<strong>br</strong> />

A articulação sacroilíaca (ASI) classifica-se como uma articulação diartrodial<<strong>br</strong> />

livremente móvel. A superfície sacra é coberta de cartilagem hialina e a superfície ilíaca<<strong>br</strong> />

de fi<strong>br</strong>ocartilagem. Possui líquido sinovial na cavi<strong>da</strong>de articular e a articulação é coberta<<strong>br</strong> />

com uma cápsula. Com o envelhecimento a incidência de osteófitos e anquilose é alta.<<strong>br</strong> />

Observou-se movimento antero-posterior <strong>da</strong> ASI em cadáveres de homens até 30 anos ao<<strong>br</strong> />

morrer 3 .<<strong>br</strong> />

A articulação sacroilíaca é sustenta<strong>da</strong> pelos ligamentos interósseos, que<<strong>br</strong> />

preenchem o espaço entre o sacro e o ilíaco posteriormente à articulação sacroilíaca.<<strong>br</strong> />

Também os ligamentos sacroilíacos posteriores curtos e longos que irão co<strong>br</strong>ir os<<strong>br</strong> />

ligamentos interósseos e a face posterior do sacro, onde esses irão fixar-se na<<strong>br</strong> />

tuberosi<strong>da</strong>de dos ílios, dirigindo-se medial e distalmente para fixar-se no sacro. Os<<strong>br</strong> />

sacroilíacos anteriores são finos e não tão extensos quanto aos posteriores, porém, tanto<<strong>br</strong> />

o anterior quanto o posterior suspendem o sacro distalmente so<strong>br</strong>e os ílios. Os ligamentos<<strong>br</strong> />

sacrotuberoso e sacroespinhoso são longos e conectam a face inferior do sacro à espinha<<strong>br</strong> />

e à tuberosi<strong>da</strong>de do ísquio 3,5.<<strong>br</strong> />

16


A articulação sacroilíaca também possui alguns movimentos como o de<<strong>br</strong> />

nutação e contranutação, lem<strong>br</strong>ando-se sempre que a amplitude não é grande, diferindo<<strong>br</strong> />

de indivíduo para indivíduo 9.<<strong>br</strong> />

Na nutação, o sacro move-se inferior e anteriormente, as cristas ilíacas<<strong>br</strong> />

aproximam-se e as tuberosi<strong>da</strong>des isquiáticas separam-se, esse movimento faz a saí<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

pélvica (estreito anterior) ficar maior. Já a contranutação é o oposto, onde o promontório<<strong>br</strong> />

do sacro move-se para cima e posteriormente e o cóccix move-se anteriormente, as cristas<<strong>br</strong> />

ilíacas se afastam e as tuberosi<strong>da</strong>des isquiáticas são aproxima<strong>da</strong>s, aumentando também a<<strong>br</strong> />

entra<strong>da</strong> pélvica (estreito superior). Esse movimento é limitado pela tensão dos ligamentos<<strong>br</strong> />

sacroilíacos 3, 9 .<<strong>br</strong> />

Quanto à anatomia, a cintura pélvica é composta por dois ossos ilíacos e o<<strong>br</strong> />

sacro, formando três articulações: duas sacro-ilíacas, que unem o sacro aos ossos ilíacos e<<strong>br</strong> />

a sínfise púbica, unindo anteriormente os ossos ilíacos. São as articulações sinoviais,<<strong>br</strong> />

possuindo formato auricular em forma de “L”, vista de perfil 8 .<<strong>br</strong> />

Em relação à parte biomecânica, ela é fonte de micro movimentos, onde nem<<strong>br</strong> />

o músculo motor e nem a gravi<strong>da</strong>de age so<strong>br</strong>e ela, ocorrendo somente movimentos de<<strong>br</strong> />

deslocamentos que acompanham o movimento do quadril e <strong>da</strong> coluna lombar. Existem os<<strong>br</strong> />

movimentos do ilíaco em relação ao sacro, que são os movimentos de rotação anterior e<<strong>br</strong> />

posterior do ilíaco e movimentos do sacro entre os dois ilíacos, ou seja, nutação, contra-<<strong>br</strong> />

nutação e torção do sacro. E por não possuir um músculo que seja o agonista, o<<strong>br</strong> />

movimento é feito de modo indireto pela ação dos músculos que cruzam ou que ligam a<<strong>br</strong> />

pelve ao tronco ou aos fêmures 8 .<<strong>br</strong> />

No ilíaco anterior e posterior, onde as resultantes de forças que se localizam<<strong>br</strong> />

no nível <strong>da</strong> articulação sacroilíaca, vão provocar uma per<strong>da</strong> de mobili<strong>da</strong>de parcial ou total<<strong>br</strong> />

do ilíaco so<strong>br</strong>e o seu hemissacro.<<strong>br</strong> />

Na lesão ilíaca anterior, observa-se uma anteversão pélvica (hipotonia do<<strong>br</strong> />

psoas e hipertonia dos espinhais), favorecendo a hiperlordose lombar e o joelho<<strong>br</strong> />

recurvado. Já na lesão ilíaca anterior, o ilíaco poderá ir para uma rotação anterior, mas<<strong>br</strong> />

não a uma rotação posterior. Neste tipo de lesão, o acetábulo desce e projeta-se em<<strong>br</strong> />

direção aos pés tornando a espinha ilíaca ântero-superior (EIAS) mais baixa e anterior,<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>o inferior homolateral mais longo e espinha ilíaca póstero - superior (EIPS) mais<<strong>br</strong> />

alta e anterior e crista ilíaca mais baixa.<<strong>br</strong> />

17


Na lesão ilíaca posterior, o ilíaco se verticaliza e é fixado em rotação posterior<<strong>br</strong> />

pelo espasmo dos músculos reto abdominal, bíceps femoral, glúteo máximo e psoas<<strong>br</strong> />

menor. Neste caso, o ilíaco poderá realizar uma rotação posterior, mas não uma rotação<<strong>br</strong> />

anterior; a EIAS encontra-se mais alta e a EIPS mais baixa e posterior, e mem<strong>br</strong>o inferior<<strong>br</strong> />

mais curto 8,10 .<<strong>br</strong> />

A pelve e a coluna verte<strong>br</strong>al constituem uma enti<strong>da</strong>de funcional, com a pelve<<strong>br</strong> />

sendo a base <strong>da</strong> coluna e o ponto de conexão com as extremi<strong>da</strong>des inferiores. A pelve<<strong>br</strong> />

transfere os movimentos <strong>da</strong>s extremi<strong>da</strong>des inferiores e age como um amortecedor de<<strong>br</strong> />

impacto. A partir do ílio, os potentes músculos e ligamentos conectam a coluna como se<<strong>br</strong> />

ela fosse um mastro. As articulações sacroilíacas e a sínfise púbica permitem certa<<strong>br</strong> />

mobili<strong>da</strong>de (elastici<strong>da</strong>de), ao passo em que garantem a estabili<strong>da</strong>de adequa<strong>da</strong>. Graças às<<strong>br</strong> />

articulações sacroilíacas e à sínfise púbica, existe uma certa mobili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cintura pélvica<<strong>br</strong> />

que, de outra forma, seria imóvel. A articulação sacroilíaca pode ser causa de dor<<strong>br</strong> />

associa<strong>da</strong> com a insuficiência dos ligamentos sacroilíacos anteriores 5 .<<strong>br</strong> />

“A síndrome dolorosa <strong>da</strong> articulação sacroilíaca pode ser classifica<strong>da</strong> quanto a<<strong>br</strong> />

sua natureza em Sacroilíaca na qual o movimento anormal ocorre do sacro em relação ao<<strong>br</strong> />

ilíaco estável, e em Ilíosacral onde o movimento anormal ocorre do ilíaco so<strong>br</strong>e o sacro<<strong>br</strong> />

estável” 11 .<<strong>br</strong> />

O mecanismo de lesão por reação ao estresse na articulação sacroilíaca pode<<strong>br</strong> />

resultar em so<strong>br</strong>ecarga para os mem<strong>br</strong>os inferiores. A lesão na articulação sacroilíaca<<strong>br</strong> />

pode ser responsável por até 20% <strong>da</strong>s queixas de dor lombar na população geral e é<<strong>br</strong> />

defini<strong>da</strong> pelo estado de mobili<strong>da</strong>de altera<strong>da</strong> em determina<strong>da</strong> porção do arco de<<strong>br</strong> />

movimento, tanto unilateral quanto bilateralmente, causando algumas mu<strong>da</strong>nças nas<<strong>br</strong> />

relações estruturais entre sacro, ílio e mem<strong>br</strong>os inferiores 11 .<<strong>br</strong> />

A disfunção <strong>da</strong> articulação sacroilíaca deve-se à hipermobili<strong>da</strong>de resultante<<strong>br</strong> />

de uma falha de posicionamento, sendo que a mais comum ocorre quando o ílio gira para<<strong>br</strong> />

frente ou para trás so<strong>br</strong>e o sacro e pode ocorrer junto à uma falha de posicionamento do<<strong>br</strong> />

sacro e/ou uma falha de posicionamento <strong>da</strong> sínfise púbica. Em muitos casos, tratar a falha<<strong>br</strong> />

de posicionamento irá também corrigir quaisquer falhas de posicionamento de sacro e<<strong>br</strong> />

pelve que possam estar presentes 12 .<<strong>br</strong> />

A cintura pélvica forma a base do tronco, constitui um suporte para o abdome<<strong>br</strong> />

e tem função de união entre os mem<strong>br</strong>os inferiores e o tronco. Trata-se de um anel ósteo-<<strong>br</strong> />

18


articular fechado, composto por 3 peças ósseas (dois ossos ilíacos e o sacro) e 3<<strong>br</strong> />

articulações (duas articulações sacroilíaca e a sínfise púbica) 9 .<<strong>br</strong> />

“A coluna lombar é retilínea e simétrica em relação à linha <strong>da</strong>s hipófises<<strong>br</strong> />

espinhosas. A linha horizontal que percorre a parte mais eleva<strong>da</strong> <strong>da</strong>s duas cristas ilíacas,<<strong>br</strong> />

passa entre L4 e L5” 9 .<<strong>br</strong> />

A base <strong>da</strong> coluna verte<strong>br</strong>al forma o sacro, que está ligado a duas metades <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

pelve (ílio), por meio de articulações. Os pontos de ligação entre o sacro e o ílio são<<strong>br</strong> />

denominados articulações sacroilíacas 13 .<<strong>br</strong> />

A obstrução ou a instabili<strong>da</strong>de de uma articulação sacroilíaca, pode ser<<strong>br</strong> />

resultante de um acidente, de uma luxação ou de fraturas na pelve, mas também pode ser<<strong>br</strong> />

conseqüência de um desgaste assimétrico ou de outras causas 13 .<<strong>br</strong> />

A coluna verte<strong>br</strong>al é uma estrutura mecânica que sustenta o indivíduo durante<<strong>br</strong> />

to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong>, desafiando a gravi<strong>da</strong>de ou, pelo menos, estando em equilí<strong>br</strong>io com ela,<<strong>br</strong> />

permitindo que o ser humano fique de pé e sente-se, abaixe-se, fique de cócoras, além<<strong>br</strong> />

disso, funcione durante as ativi<strong>da</strong>des de vi<strong>da</strong> diária. Em algum local <strong>da</strong> coluna lombar,<<strong>br</strong> />

há um ponto ou uma parte que está ou foi irrita<strong>da</strong>, lesa<strong>da</strong>, utiliza<strong>da</strong> de forma inadequa<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

podendo gerar dor 1 .<<strong>br</strong> />

2.2 LOMBALGIA<<strong>br</strong> />

A lombalgia ou dor lombar é uma dor localiza<strong>da</strong> na região inferior <strong>da</strong> coluna,<<strong>br</strong> />

em uma área situa<strong>da</strong> entre o último arco costal e a prega glútea; representa um grande<<strong>br</strong> />

problema de saúde pública nos países ocidentais, devido à alta prevalência e importantes<<strong>br</strong> />

conseqüências para o indivíduo e para a socie<strong>da</strong>de: incapaci<strong>da</strong>des e per<strong>da</strong> de trabalho,<<strong>br</strong> />

alto custo com tratamento, etc. No Brasil, sabe-se que a situação inspira cui<strong>da</strong>dos, pois a<<strong>br</strong> />

lombalgia é uma <strong>da</strong>s dores mais incidentes, recorrentes e intensas nas queixas<<strong>br</strong> />

apresenta<strong>da</strong>s pela população em geral, sendo uma <strong>da</strong>s principais causas médicas<<strong>br</strong> />

responsáveis por abandono de emprego 14 .<<strong>br</strong> />

A dor lombar é uma <strong>da</strong>s alterações musculoesqueléticas mais comuns nas<<strong>br</strong> />

socie<strong>da</strong>des industrializa<strong>da</strong>s afetando de 70% a 80% <strong>da</strong> população adulta em algum<<strong>br</strong> />

19


momento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, com maior ocorrência em adultos jovens, sendo uma <strong>da</strong>s razões mais<<strong>br</strong> />

comuns para aposentadoria por incapaci<strong>da</strong>de total ou parcial 15 .<<strong>br</strong> />

As estatísticas <strong>br</strong>asileiras e de outros países mostram que a lombalgia é a<<strong>br</strong> />

causa mais freqüente de decréscimo permanente ou temporário <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de laboral<<strong>br</strong> />

entre pessoas com i<strong>da</strong>de produtiva. Este problema traz prejuízos para o Estado, para as<<strong>br</strong> />

empresas e para os próprios indivíduos. O desenrolar do processo envolve dor, per<strong>da</strong> de<<strong>br</strong> />

trabalho, redução de remuneração, dificul<strong>da</strong>des para realizar ativi<strong>da</strong>des cotidianas e<<strong>br</strong> />

alterações emocionais bio-psico-sociais do indivíduo 14 .<<strong>br</strong> />

A lombalgia afeta igualmente homens e mulheres. Nas ativi<strong>da</strong>des laborais que<<strong>br</strong> />

envolvem movimentos repetitivos de levantamento de peso com flexão e rotação <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

coluna verte<strong>br</strong>al, existe o fator de risco para o aparecimento dos sintomas, assim como<<strong>br</strong> />

profissões de motorista ou de operador de máquinas vi<strong>br</strong>atórias e o hábito de fumar.<<strong>br</strong> />

Alguns estudos mostram que pacientes com sintomas crônicos tendem a estar<<strong>br</strong> />

insatisfeitos no trabalho e apresentam maiores taxas de divórcios, cefaléias e úlceras<<strong>br</strong> />

gastrointestinais 7 .<<strong>br</strong> />

A lombalgia pode ser caracteriza<strong>da</strong> como uma doença de pessoas com vi<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

sedentária. A inativi<strong>da</strong>de física está relaciona<strong>da</strong> direta ou indiretamente com dores na<<strong>br</strong> />

coluna, podendo considerá-la um subproduto <strong>da</strong> combinação <strong>da</strong> aptidão músculo-<<strong>br</strong> />

esquelética deficiente e uma ocupação que force essa região 16 .<<strong>br</strong> />

As lombalgias são causa<strong>da</strong>s por uma só causa ou uma combinação de várias<<strong>br</strong> />

causas. No histórico <strong>da</strong>s lombalgias podemos levar em consideração as seguintes<<strong>br</strong> />

características: a estatura, o trabalho físico pesado, as ativi<strong>da</strong>des profissionais, a<<strong>br</strong> />

manutenção <strong>da</strong> mesma postura durante longos períodos, movimentos repetitivos,<<strong>br</strong> />

elevação de objetos pesados e a inclinação e torção do tronco 16, 17 .<<strong>br</strong> />

A ocorrência <strong>da</strong> lombalgia precede às alterações <strong>da</strong> postura corporal pelo fato<<strong>br</strong> />

de que muitas posturas corporais adota<strong>da</strong>s no dia-a-dia são inadequa<strong>da</strong>s para as estruturas<<strong>br</strong> />

anatômicas, pois aumentam o estresse total so<strong>br</strong>e a coluna verte<strong>br</strong>al, podendo gerar<<strong>br</strong> />

desconfortos, dores ou incapaci<strong>da</strong>des funcionais 2 .<<strong>br</strong> />

2.2.1 Ativi<strong>da</strong>des na posição senta<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

20


Para Viel, o assento é considerado um acessório que não apresenta<<strong>br</strong> />

periculosi<strong>da</strong>de, no entanto, são inúmeros os pacientes com lombalgia que toleram com<<strong>br</strong> />

dificul<strong>da</strong>de a posição senta<strong>da</strong>. O transporte de peso e o trabalho físico exaustivo são<<strong>br</strong> />

considerados desencadeadores de lombalgia. O ato de se sentar numa cadeira tradicional<<strong>br</strong> />

produz uma retificação acentua<strong>da</strong> <strong>da</strong> lordose lombar 18 .<<strong>br</strong> />

Sob o ponto de vista biomecânico, por melhor que seja a postura senta<strong>da</strong>, ela<<strong>br</strong> />

impõe carga significativa so<strong>br</strong>e os discos interverte<strong>br</strong>ais, cerca de 50%, principalmente<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a região lombar, e se manti<strong>da</strong> estaticamente por período prolongado pode produzir<<strong>br</strong> />

fadiga muscular e conseqüentemente dor 19 .<<strong>br</strong> />

A posição senta<strong>da</strong> exige a musculatura do tronco para manter esta posição e a<<strong>br</strong> />

postura ligeiramente inclina<strong>da</strong> à frente é mais natural e menos fatigante que a ereta. O<<strong>br</strong> />

assento deve permitir mu<strong>da</strong>nças freqüentes de postura, para evitar a fadiga. A pressão nos<<strong>br</strong> />

discos interverte<strong>br</strong>ais varia conforme a posição do corpo 20 .<<strong>br</strong> />

Na postura senta<strong>da</strong>, a mecânica <strong>da</strong> coluna verte<strong>br</strong>al é perturba<strong>da</strong> pela pressão<<strong>br</strong> />

sofri<strong>da</strong> pelos discos interverte<strong>br</strong>ais, produzindo desgastes e consequentemente lesões,<<strong>br</strong> />

principalmente por tempo prolongado 19 .<<strong>br</strong> />

Na posição senta<strong>da</strong>, devido ao trabalho <strong>da</strong> cadeia posterior do tronco trabalhar<<strong>br</strong> />

mais, a pressão so<strong>br</strong>e os discos interverte<strong>br</strong>ais é maior que na posição ortostática 23 .<<strong>br</strong> />

De acordo com estudos realizados, na postura senta<strong>da</strong> ocorre uma mu<strong>da</strong>nça<<strong>br</strong> />

significativa na curvatura anatômica verte<strong>br</strong>al, ocorrendo uma inversão <strong>da</strong> coluna lombar,<<strong>br</strong> />

um aumento <strong>da</strong> cifose torácica e uma diminuição do ângulo pélvico, produzindo uma<<strong>br</strong> />

retroversão pélvica * .<<strong>br</strong> />

Conforme relatos de Nachemson * (1975), a posição senta<strong>da</strong> é considera<strong>da</strong> a<<strong>br</strong> />

mais <strong>da</strong>nosa para a coluna, pior até mesmo que a posição em pé. Este autor relata ain<strong>da</strong>,<<strong>br</strong> />

que a pressão no disco interverte<strong>br</strong>al em L3 é consideravelmente menor em pé do que na<<strong>br</strong> />

postura senta<strong>da</strong> 21 .<<strong>br</strong> />

A postura senta<strong>da</strong> gera várias alterações nas estruturas músculo-esqueléticas<<strong>br</strong> />

<strong>da</strong> coluna lombar. O simples fato de o indivíduo passar <strong>da</strong> postura em pé para a senta<strong>da</strong>,<<strong>br</strong> />

aumenta 35% aproxima<strong>da</strong>mente a pressão interna no núcleo do disco interverte<strong>br</strong>al e<<strong>br</strong> />

to<strong>da</strong>s as estruturas que ficam na parte posterior são estica<strong>da</strong>s. Além dos problemas<<strong>br</strong> />

lombares, a postura senta<strong>da</strong> prolonga<strong>da</strong> reduz a circulação de retorno dos mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

21


inferiores, gerando edema nos pés e tornozelos e, também, promove desconfortos na<<strong>br</strong> />

região do pescoço e mem<strong>br</strong>os superiores * .<<strong>br</strong> />

De acordo com * Zapater (2004), caso o indivíduo sentado realize posturas<<strong>br</strong> />

incorretas por longo período, como flexão anterior do tronco, falta de apoio lombar e falta<<strong>br</strong> />

de apoio do ante<strong>br</strong>aço, as alterações são potencializa<strong>da</strong>s, sendo que a pressão intradiscal<<strong>br</strong> />

aumenta para mais de 70%. Este fato pode predispor o indivíduo a maiores índices de<<strong>br</strong> />

desconfortos gerais, tais como dor, sensação de peso e formigamento em diferentes partes<<strong>br</strong> />

do corpo e, principalmente, a processos degenerativos, como a hérnia de disco *.<<strong>br</strong> />

“A dor lombar advin<strong>da</strong> <strong>da</strong> síndrome postural é referi<strong>da</strong> na região lombar, após<<strong>br</strong> />

estresse mecânico prolongado <strong>da</strong>s articulações apofisárias, sacroilíacas e ligamentos<<strong>br</strong> />

adjacentes aos segmentos verte<strong>br</strong>ais, altamente inervados por terminações nociceptivas”<<strong>br</strong> />

23 .<<strong>br</strong> />

Sendo assim, o estilo de vi<strong>da</strong> associado à era <strong>da</strong> automação e <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

industrialização traz vantagens no desempenho de nossas ativi<strong>da</strong>des diárias ao longo de<<strong>br</strong> />

to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong>, <strong>da</strong> infância à terceira i<strong>da</strong>de, mas leva à uma economia de movimento<<strong>br</strong> />

reduzindo os esforços físicos que mantinham os índices de força, de flexibili<strong>da</strong>de e de<<strong>br</strong> />

capaci<strong>da</strong>de cardiorrespiratória. Como resultado, pode ocorrer, precocemente, a hipotonia<<strong>br</strong> />

de alguns componentes importantes do sistema musculoarticular 24 .<<strong>br</strong> />

A redução <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de parece ser caracteriza<strong>da</strong> pelo envelhecimento e,<<strong>br</strong> />

fortemente, pela falta de exercícios de alongamento. Uma vez instalado, o encurtamento<<strong>br</strong> />

muscular limita a habili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> fi<strong>br</strong>a muscular em transmitir a energia mecânica com<<strong>br</strong> />

eficiência 24 .<<strong>br</strong> />

*MORO, A. R. P.; MUNIZ, A., M., S.; ÁVILA, A. A., V. Um Estudo Comparativo <strong>da</strong> Coluna Verte<strong>br</strong>al<<strong>br</strong> />

na Posição em Pé e Senta<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> Reconstrução 3D. In: Congresso Brasileiro de Biomecânica, 8.<<strong>br</strong> />

Anais. p:255-259, 1999. apud 19 .<<strong>br</strong> />

*Nanchemson A. Towards a better understanding of low-back pain: a review of the mechanics of the<<strong>br</strong> />

lumbar disc. Rheumatology and Rehabilitation ( 1975) apud 21 .<<strong>br</strong> />

*Coury HJC Programa auto-instrucional para o controle de desconfortos posturais em indivíduos que<<strong>br</strong> />

trabalham sentados. Dissertação de doutorado. Facul<strong>da</strong>de de Educação, Universi<strong>da</strong>de Estadual de<<strong>br</strong> />

Campinas, Campinas (1994) Apud 22 .<<strong>br</strong> />

22


2.3 TESTES<<strong>br</strong> />

Alguns testes específicos são utilizados para testar a funcionali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

sacroilíaca, dentre eles apresentam-se:<<strong>br</strong> />

Teste de Patrick: diferenciação entre doenças <strong>da</strong> articulação do quadril e <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

articulação sacroilíaca (avaliação <strong>da</strong> condição de tensão <strong>da</strong> musculatura adutora).<<strong>br</strong> />

Procedimento: o paciente fica em decúbito dorsal, com uma de suas pernas flexiona<strong>da</strong> à<<strong>br</strong> />

altura do joelho e a outra estendi<strong>da</strong>, o maléolo lateral <strong>da</strong> perna flexiona<strong>da</strong> fica so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

patela <strong>da</strong> perna estendi<strong>da</strong>. Esse também pode ser feito com o pé <strong>da</strong> perna flexiona<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

encostado na parte interna do joelho <strong>da</strong> perna estendi<strong>da</strong>. Deixa-se, então, a perna<<strong>br</strong> />

flexiona<strong>da</strong> cair para fora e exerce-se uma pressão so<strong>br</strong>e ela. A perna oposta deve fixar-se<<strong>br</strong> />

na altura <strong>da</strong> pelve para impedi-la de mover-se junto à outra. Durante a avaliação, o joelho<<strong>br</strong> />

<strong>da</strong> perna abduzi<strong>da</strong> quase encosta na mesa de exame. No lado do sinal de hiperabdução<<strong>br</strong> />

positivo, o movimento é dificultado, os adutores contraem-se e o paciente sente dores<<strong>br</strong> />

quando se abduz ain<strong>da</strong> mais a perna a partir <strong>da</strong> posição de dificul<strong>da</strong>de de abdução. Para<<strong>br</strong> />

um diagnóstico diferencial, juntamente com a avaliação <strong>da</strong> condição de tensão <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

musculatura adutora, deve-se esclarecer se o encurtamento dessa musculatura é causado<<strong>br</strong> />

por dores na articulação do quadril (para<strong>da</strong> suave do movimento) ou por uma obstrução<<strong>br</strong> />

sacroilíaca. O sinal de Patrick pode ser desencadeado por uma simples restrição dos<<strong>br</strong> />

movimentos <strong>da</strong> articulação do quadril (para<strong>da</strong> <strong>br</strong>usca do movimento) ou por uma<<strong>br</strong> />

obstrução na região <strong>da</strong>s vérte<strong>br</strong>as lombares 13, 25 .<<strong>br</strong> />

Teste <strong>da</strong> Coluna Verte<strong>br</strong>al: é um teste funcional <strong>da</strong> articulação sacroilíaca.<<strong>br</strong> />

Durante o procedimento, o terapeuta fica em pé, atrás do paciente, que está também de<<strong>br</strong> />

pé. Com o polegar, procura a espinha ilíaca póstero-superior e, à mesma altura, a crista<<strong>br</strong> />

sacra medial (processos espinhosos <strong>da</strong>s vérte<strong>br</strong>as sacras). Pede-se ao paciente que levante<<strong>br</strong> />

a perna, levando o joelho o mais para frente que puder. Na avaliação, o ílio do lado<<strong>br</strong> />

examinado afun<strong>da</strong>-se quando não há obstrução <strong>da</strong> articulação sacroilíaca e a espinha<<strong>br</strong> />

ilíaca póstero-superior desliza de 0,5 a 2 cm em direção cau<strong>da</strong>l em conseqüência desse<<strong>br</strong> />

movimento. Em casos de obstrução <strong>da</strong> articulação sacroilíaca, não ocorre o afun<strong>da</strong>mento<<strong>br</strong> />

do ílio e a espinha ilíaca póstero-superior chega a movimentar-se para cima (em direção<<strong>br</strong> />

cranial) devido a obstrução (inclinação <strong>da</strong> pelve) 13 .<<strong>br</strong> />

23


Teste de Trendelenburg: este procedimento se destina a avaliar a força do<<strong>br</strong> />

músculo glúteo médio. O terapeuta fica em pé, às costas do paciente, e observa as<<strong>br</strong> />

pequenas depressões que superpõem as cristas ilíacas súpero-posteriores. Normalmente,<<strong>br</strong> />

quando o peso do paciente é apoiado so<strong>br</strong>e ambas às pernas, estas depressões estão<<strong>br</strong> />

nivela<strong>da</strong>s. Peça ao paciente para se sustentar em uma <strong>da</strong>s pernas, se ele se mantiver ereto,<<strong>br</strong> />

o glúteo médio do lado que está sustentando o peso se contrairá assim que o paciente<<strong>br</strong> />

retirar o pé do chão, elevando a pelve do lado que não está sustentando o peso. Esta<<strong>br</strong> />

elevação indica que o glúteo médio, do lado que sustenta o peso, está funcionando<<strong>br</strong> />

adequa<strong>da</strong>mente, (sinal de Trendelemburg ausente). No entanto, se a pelve do lado que<<strong>br</strong> />

não está sustentando o peso permanece em sua posição ou se abaixa, o gluteo médio do<<strong>br</strong> />

lado oposto estará hipotônico ou não funcionante. (sinal de Trendelemburg positivo) 13 .<<strong>br</strong> />

Teste Gillet: O paciente fica em pé, o examinador fica em pé atrás do paciente<<strong>br</strong> />

e coloca o polegar na espinha ilíaca súpero-posterior (no lado que esta sendo examinado).<<strong>br</strong> />

O outro polegar fica apoiado na linha média do sacro, no nível do forame S2, pede-se ao<<strong>br</strong> />

paciente que flexione o joelho e o quadril aproximando o joelho do corpo. Normalmente<<strong>br</strong> />

o polegar que está na linha ilíaca súpero-posterior deve se deslocar inferiormente em<<strong>br</strong> />

comparação com o polegar oposto 26 . Caso isso não aconteça há uma disfunção na<<strong>br</strong> />

articulação.<<strong>br</strong> />

Figura 1: Teste de Gillet no ilíaco Figura 2:Teste de Gillet no ilíaco<<strong>br</strong> />

direito 59 esquerdo 59<<strong>br</strong> />

24


Teste Supino/Sentado: Com o paciente na posição supina, é medido o<<strong>br</strong> />

comprimento de ca<strong>da</strong> mem<strong>br</strong>o inferior. O paciente é solicitado a sentar-se havendo um<<strong>br</strong> />

alongamento aparente de um dos mem<strong>br</strong>os, isso pode sugerir uma disfunção <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

articulação sacroilíaca 26 .<<strong>br</strong> />

Teste de Downing: Este teste serve para observar as diferentes disfunções<<strong>br</strong> />

ilíacas em anteriori<strong>da</strong>de ou posteriori<strong>da</strong>de, além de estabelecer a diferença entre o défict<<strong>br</strong> />

total ou parcial <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de do osso ilíaco so<strong>br</strong>e o sacro. O paciente fica em posição<<strong>br</strong> />

supina, com os maléolos mediais se tocando mutuamente. A posição dos maléolos<<strong>br</strong> />

mediais do lado a ser testado é determina<strong>da</strong> em relação ao maléolo medial oposto. A<<strong>br</strong> />

perna do lado testado é abduzi<strong>da</strong> e ro<strong>da</strong><strong>da</strong> externamente até o seu máximo. Em segui<strong>da</strong>, a<<strong>br</strong> />

perna é devolvi<strong>da</strong> a posição neutra. Normalmente, o que se espera, é um alongamento<<strong>br</strong> />

aparente <strong>da</strong> perna do lado testado. Quando há disfunção ilíaca posterior na articulação<<strong>br</strong> />

sacroilíaca, a defesa de proteção <strong>da</strong> musculatura que há so<strong>br</strong>e a articulação sacroilíaca<<strong>br</strong> />

impede o deslocamento cau<strong>da</strong>l do ílio e não ocorre este alongamento aparente. Em<<strong>br</strong> />

segui<strong>da</strong> é realiza<strong>da</strong> uma adução e rotação interna no mesmo mem<strong>br</strong>o até o seu máximo e<<strong>br</strong> />

leva<strong>da</strong> até a posição neutra. O esperado é um encurtamento aparente <strong>da</strong> perna do lado<<strong>br</strong> />

testado. O impedimento deste indica uma disfunção <strong>da</strong> articulação sacroilíaca anterior 27 .<<strong>br</strong> />

Para avaliação <strong>da</strong> dor, alguns estudos têm demonstrado a utili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Escala<<strong>br</strong> />

Visual Analógica (EVA), que permite uma avaliação objetiva de uma sensação subjetiva.<<strong>br</strong> />

Inicialmente usa<strong>da</strong>s para mensuração <strong>da</strong> dor, as escalas de avaliação podem ser uni ou<<strong>br</strong> />

multidimensionais. O paciente é informado so<strong>br</strong>e a necessi<strong>da</strong>de de classificar sua dor em<<strong>br</strong> />

notas que variam de 0 a 10, de acordo com a intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> sensação. Nota zero<<strong>br</strong> />

corresponderia à ausência de dor, enquanto nota 10 à maior intensi<strong>da</strong>de já imaginável. É<<strong>br</strong> />

um instrumento de grande utili<strong>da</strong>de, pois é de fácil aplicabili<strong>da</strong>de e adequa-se ao nível de<<strong>br</strong> />

compreensão do paciente 28 .<<strong>br</strong> />

Vários testes são utilizados na clínica para avaliar a flexibili<strong>da</strong>de, dentre eles o<<strong>br</strong> />

sentar e alcançar (Teste Wells) , e teste de finger-floor 10 .<<strong>br</strong> />

O Teste de Sentar e Alcançar (Wells) tem como objetivo registrar a distância<<strong>br</strong> />

máxima alcança<strong>da</strong> na posição senta<strong>da</strong>, através <strong>da</strong> flexão do tronco e quadril. Durante o<<strong>br</strong> />

procedimento, o indivíduo deverá estar com os mem<strong>br</strong>os inferiores em extensão e<<strong>br</strong> />

estabilizados embaixo do flexômetro, os <strong>br</strong>aços estarão estendidos à frente com uma mão<<strong>br</strong> />

coloca<strong>da</strong> so<strong>br</strong>e a outra, sendo que as palmas ficam volta<strong>da</strong>s para baixo. Ele deve então<<strong>br</strong> />

25


procurar alcançar o máximo de distância ao longo <strong>da</strong> escala de medição, repetindo o<<strong>br</strong> />

procedimento por 3 vezes, sendo considera<strong>da</strong> a maior distância atingi<strong>da</strong> 29 .<<strong>br</strong> />

O teste de Fingger - floor constitui uma avaliação global <strong>da</strong> flexão de tronco,<<strong>br</strong> />

na qual intervêem também as articulações coxofemorais e a musculatura posterior <strong>da</strong>s<<strong>br</strong> />

extremi<strong>da</strong>des inferiores. O paciente tenta alcançar o solo por flexão <strong>da</strong> coluna, mantendo<<strong>br</strong> />

os joelhos em extensão enquanto o examinador anota a distância entre a ponta do terceiro<<strong>br</strong> />

dedo ao solo em centímetros 30, 31 (Figura3)<<strong>br</strong> />

Figura 3: Teste Finger-floor, mensuração <strong>da</strong> distância entre a ponta do dedo médio e o<<strong>br</strong> />

chão 46 .<<strong>br</strong> />

2.4 TIPOS DE MANIPULAÇÃO<<strong>br</strong> />

A partir destes conhecimentos, sabe-se que a articulação sacroilíaca pode ser<<strong>br</strong> />

trata<strong>da</strong> pela manipulação, sendo esta defini<strong>da</strong> como o uso <strong>da</strong>s mãos no processo de<<strong>br</strong> />

tratamento de um paciente usando mano<strong>br</strong>as para alcançar o máximo de movimento<<strong>br</strong> />

indolor do sistema musculoesquelético e equilí<strong>br</strong>io postural 32 .<<strong>br</strong> />

A manipulação articular é uma técnica especifica na qual a cápsula articular é<<strong>br</strong> />

alonga<strong>da</strong> por meio de uma mano<strong>br</strong>a <strong>br</strong>usca nas articulações, incluindo nesse sentido a<<strong>br</strong> />

mobilização articular, um movimento lento e passivo, feito em uma superfície articular.<<strong>br</strong> />

Portanto a manipulação pode ser defini<strong>da</strong> como uma técnica de terapia manual<<strong>br</strong> />

envolvendo o movimento de uma superfície articular em relação à outra 12 .<<strong>br</strong> />

26


A manipulação articular promove o movimento sem dor, mantém a<<strong>br</strong> />

extensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> articulação, aumenta o comprimento <strong>da</strong>s fi<strong>br</strong>as capsulares e que<strong>br</strong>a as<<strong>br</strong> />

adesões intracapsulares fi<strong>br</strong>oadiposas, sendo assim esse quadro resulta no aumento <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

quanti<strong>da</strong>de de movimento artrocinemático de uma articulação. Além disso, tem o efeito<<strong>br</strong> />

de restaurar a mobili<strong>da</strong>de, incluindo a ativi<strong>da</strong>de articular e um efeito reflexo so<strong>br</strong>e to<strong>da</strong>s<<strong>br</strong> />

as estruturas em que as alterações foram encontra<strong>da</strong>s antes e após manipulação 12 .<<strong>br</strong> />

A manipulação pode ocorrer através <strong>da</strong> mobilização ativa para deslizamento<<strong>br</strong> />

ântero-superior restrito do inominado so<strong>br</strong>e o sacro.<<strong>br</strong> />

Procedimento: o paciente fica em decúbito dorsal, com os quadris e os joelhos<<strong>br</strong> />

fletidos. Com os dedos médios e anular de uma <strong>da</strong>s mãos, o terapeuta palpa o sulco sacral<<strong>br</strong> />

imediatamente medial a EIPS e, com o dedo indicador <strong>da</strong> mesma mão, palpa a junção<<strong>br</strong> />

lombossacral, com a base <strong>da</strong> palma <strong>da</strong> outra mão, palpa a EIAS ipsilateral <strong>da</strong> crísta ilíaca.<<strong>br</strong> />

Em segui<strong>da</strong>, aplica força de rotação de grau 2 a 4 ao inominado para produzir um<<strong>br</strong> />

deslizamento ântero-superior na articulação sacroilíaca. Este deslizamento também está<<strong>br</strong> />

associado à nutação do sacro. A articulação sacroilíaca pode ser mobiliza<strong>da</strong> através do<<strong>br</strong> />

sacro, aplicando-se força de nutação de grau 2 a 4 na base do sacro * .<<strong>br</strong> />

Uma <strong>da</strong>s técnicas utiliza<strong>da</strong>s é a tração <strong>da</strong> articulação sacroilíaca que tem<<strong>br</strong> />

como propósito reduzir uma falha de posicionamento <strong>da</strong> mesma. O paciente ficará em<<strong>br</strong> />

decúbito dorsal, com as pernas flexiona<strong>da</strong>s, com os pés apoiados na mesa de tratamento e<<strong>br</strong> />

o quadril levemente abduzido. A pelve está em posição neutra, o profissional está ao lado<<strong>br</strong> />

do paciente, de frente para a pelve. Colocam-se as mãos so<strong>br</strong>e a parte lateral de ca<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

joelho do paciente. O profissional pede ao paciente para contrair igualmente os abdutores,<<strong>br</strong> />

resistindo à força de adução de quadril gera<strong>da</strong> pelo profissional. Desse modo, separam-se<<strong>br</strong> />

as superfícies articulares ilíacas do sacro à medi<strong>da</strong> que os abdutores se contraem e<<strong>br</strong> />

tracionam suas inserções na crista ilíaca, trazendo os quadris em adução logo após.<<strong>br</strong> />

Outra técnica é a manipulação com retroversão que é divi<strong>da</strong> em primeira<<strong>br</strong> />

técnica e segun<strong>da</strong> técnica. A primeira técnica tem objetivo de aumentar a mobili<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

intra-articular na articulação sacroilíaca, aumentar amplitude de movimento de<<strong>br</strong> />

retroversão sacroilíaca e reduzir uma falha de posicionamento em anteversão do ílio<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e o sacro. Nesta técnica, o paciente está em decúbito lateral so<strong>br</strong>e o lado afetado, com<<strong>br</strong> />

o lado a ser manipulado com o glúteo fletido até o final <strong>da</strong> amplitude disponível e o lado<<strong>br</strong> />

* Lee & Walsh (1996) apud 5 .<<strong>br</strong> />

27


não afetado com o glúteo estendido e a perna flexiona<strong>da</strong>. A articulação sacroilíaca está<<strong>br</strong> />

se aproximando <strong>da</strong> amplitude restrita em retroversão, o terapeuta está ao lado do<<strong>br</strong> />

paciente, de frente para a pelve. Coloca-se a mão que manipula so<strong>br</strong>e o ísquio do<<strong>br</strong> />

paciente, a mão que guia o movimento so<strong>br</strong>e a espinha ilíaca ântero-superior e a<<strong>br</strong> />

superfície ventral <strong>da</strong> crista ilíaca. O procedimento acontece com a mão que manipula<<strong>br</strong> />

desliza o ísquio ventralmente, girando a pelve em retroversão, a mão que guia o<<strong>br</strong> />

movimento desliza a espinha ilíaca ântero-superior e a superfície ventral <strong>da</strong> crista ilíaca<<strong>br</strong> />

em sentido dorsal e cranial.<<strong>br</strong> />

A segun<strong>da</strong> técnica o paciente está em decúbito dorsal, com o lado a ser<<strong>br</strong> />

manipulado com o glúteo fletido no final <strong>da</strong> amplitude disponível e o lado afetado com o<<strong>br</strong> />

glúteo estendido e a perna flexiona<strong>da</strong> para fora <strong>da</strong> mesa de tratamento. A articulação<<strong>br</strong> />

sacroilíaca se aproxima <strong>da</strong> amplitude restrita em retroversão. O profissional está próximo<<strong>br</strong> />

ao joelho do paciente, de frente para a pelve. Coloca-se a mão que estabiliza so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

superfície ventral <strong>da</strong> coxa distal so<strong>br</strong>e o lado não afetado. Coloca-se a mão que manipula<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a superfície dorsal <strong>da</strong> coxa distal no lado afetado com o tronco do profissional<<strong>br</strong> />

reforçando a posição <strong>da</strong> mão.<<strong>br</strong> />

A manipulação com anteversão também é dividi<strong>da</strong> em primeira e segun<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

técnica: a primeira técnica busca aumentar a mobili<strong>da</strong>de intra-articular na articulação<<strong>br</strong> />

sacroilíaca, além de proporcionar o aumento <strong>da</strong> amplitude de movimento de anteversão<<strong>br</strong> />

sacroilíaca e a redução de uma falha de posicionamento em retroversão do ílio so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

sacro. O paciente está em decúbito lateral so<strong>br</strong>e o lado não afetado, com os glúteos<<strong>br</strong> />

levemente fletidos. A articulação sacroilíaca se aproxima <strong>da</strong> amplitude restrita em<<strong>br</strong> />

anteversão, o profissional fica ao lado do paciente, de frente para a pelve. Coloca-se a<<strong>br</strong> />

mão que manipula so<strong>br</strong>e a superfície dorsal <strong>da</strong> crista ilíaca deslizando a crista<<strong>br</strong> />

ventralmente, a mão que guia o movimento so<strong>br</strong>e a superfície ventral e lateral <strong>da</strong> pelve<<strong>br</strong> />

distalmente à espinha ilíaca ântero-superior, deslizando na superfície ventral <strong>da</strong> pelve<<strong>br</strong> />

dorsalmente.<<strong>br</strong> />

Na segun<strong>da</strong> técnica, o paciente está em decúbito ventral, com o lado a ser<<strong>br</strong> />

manipulado com o glúteo estendido até o final <strong>da</strong> amplitude disponível e a perna<<strong>br</strong> />

flexiona<strong>da</strong>. O lado não afetado está com o glúteo fletido para fora <strong>da</strong> mesa de tratamento.<<strong>br</strong> />

A articulação sacroilíaca se aproxima <strong>da</strong> amplitude restrita em anteversão, o profissional<<strong>br</strong> />

está próximo do joelho do paciente, de frente a pelve. Coloca-se a mão que manipula<<strong>br</strong> />

28


so<strong>br</strong>e a superfície dorsal <strong>da</strong> crista ilíaca, e a mão que guia o movimento so<strong>br</strong>e a superfície<<strong>br</strong> />

ventral <strong>da</strong> coxa distal, com o <strong>br</strong>aço ou tronco do profissional <strong>da</strong>ndo suporte para a perna<<strong>br</strong> />

do paciente. O profissional realiza o procedimento através <strong>da</strong> elevação <strong>da</strong> coxa para fora<<strong>br</strong> />

<strong>da</strong> mesa de tratamento e, então, pede ao paciente para contrair o reto femoral, resistindo à<<strong>br</strong> />

força de extensão de quadril e flexão de joelho gera<strong>da</strong> pelo profissional. Desse modo,<<strong>br</strong> />

desliza-se a pelve em anteversão à medi<strong>da</strong> que o reto femoral se contrai e traciona sua<<strong>br</strong> />

inserção na espinha ilíaca ântero-inferior, o profissional, em segui<strong>da</strong>, traz o quadril em<<strong>br</strong> />

mais extensão e o joelho em mais flexão até que sinta um aumento na resistência. Esse<<strong>br</strong> />

procedimento pode ser repetido várias vezes.<<strong>br</strong> />

Manipulação com nutação do sacro tem objetivo de aumentar a mobili<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

intra-articular na articulação sacroilíaca, aumentar a amplitude de movimento de flexão<<strong>br</strong> />

do sacro, reduzir uma falha de posicionamento de extensão do sacro, diminuir a dor na<<strong>br</strong> />

articulação sacroilíaca, aumentar a nutrição para as estruturas articulares. O paciente está<<strong>br</strong> />

em decúbito ventral, a articulação sacroilíaca está na posição neutra, o profissional está<<strong>br</strong> />

ao lado do paciente, frente para a pelve. Coloca-se a mão que manipula so<strong>br</strong>e a mão que<<strong>br</strong> />

guia o movimento, a mão que guia o movimento so<strong>br</strong>e a superfície cranial do sacro. A<<strong>br</strong> />

mão que manipula desliza a superfície cranial do sacro ventralmente, direcionando o<<strong>br</strong> />

sacro em mutação, a mão que guia o movimento controla a posição <strong>da</strong> mão que manipula.<<strong>br</strong> />

A última técnica realiza<strong>da</strong> é a manipulação com contranutação do sacro, com<<strong>br</strong> />

o propósito de aumentar a mobili<strong>da</strong>de intra-articular na articulação sacroilíaca, aumentar<<strong>br</strong> />

a amplitude de movimento de contranutação do sacro, diminuir a dor na articulação do<<strong>br</strong> />

sacro em nutação, aumentar a nutrição para as estruturas articulares. O paciente está em<<strong>br</strong> />

decúbito ventral, à articulação sacroilíaca está na posição neutra, o profissional fica ao<<strong>br</strong> />

lado do paciente, de frente para a pelve. Coloca-se a mão que estabiliza so<strong>br</strong>e a coluna<<strong>br</strong> />

lombar, a mão que manipula so<strong>br</strong>e a superfície cau<strong>da</strong>l do sacro. A mão que estabiliza<<strong>br</strong> />

mantém a coluna lombar na posição e a que manipula desliza a superfície cau<strong>da</strong>l<<strong>br</strong> />

ventralmente, dirigindo o sacro em contranutação 12 .<<strong>br</strong> />

2.5 MANIPULAÇÃO UTILIZADA<<strong>br</strong> />

29


Para os pacientes que apresentavam disfunção de ilíaco em anteriori<strong>da</strong>de foi<<strong>br</strong> />

utiliza<strong>da</strong> a manipulação indica<strong>da</strong> para déficit <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de para trás do ilíaco em relação<<strong>br</strong> />

ao sacro. Paciente permanece em decúbito lateral so<strong>br</strong>e o mem<strong>br</strong>o não afetado, mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

inferior contra lateral em flexão de quadril e joelho em 90º. O terapeuta permanece em<<strong>br</strong> />

pé, entre os mem<strong>br</strong>os inferiores do paciente, à altura do quadril, sustenta pela coxa o<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>o inferior flexionado, espalma com as mãos em pronação a tuberosi<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

isquiática. O terapeuta aumenta a flexão do quadril e, simultaneamente, faz girar o ilíaco<<strong>br</strong> />

para trás até a barreira motriz, força a posição do ilíaco, nessa direção, no fim do<<strong>br</strong> />

movimento 33 .<<strong>br</strong> />

Figura 4: Manipulação <strong>da</strong> disfunção de ilíaco anterior<<strong>br</strong> />

Em relação aos pacientes com disfunção em posteriori<strong>da</strong>de a indicação era de<<strong>br</strong> />

manipulação para déficit <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de para frente do ilíaco em relação ao sacro.<<strong>br</strong> />

Paciente permanece em decúbito lateral so<strong>br</strong>e o lado não afetado, o mem<strong>br</strong>o inferior<<strong>br</strong> />

contra lateral em flexão de quadril e de joelho de tal forma que o antepé fique em contato<<strong>br</strong> />

com a fossa poplítea do joelho oposto. O terapeuta permanece em pé, na altura do<<strong>br</strong> />

quadril, estabiliza o tronco do paciente com a mão coloca<strong>da</strong> no om<strong>br</strong>o. Coloca o joelho<<strong>br</strong> />

flexionado do paciente entre suas pernas, espalma a EIPS com a outra mão, os dedos em<<strong>br</strong> />

direção do joelho flexionado. O terapeuta gira o quadril na sua direção e aumenta,<<strong>br</strong> />

simultaneamente, a flexão do quadril, exerce uma pressão so<strong>br</strong>e o ilíaco, para frente e<<strong>br</strong> />

30


para dentro (em direção do joelho flexionado), até a barreira motriz, dá um trust, nesta<<strong>br</strong> />

direção, no final do movimento 33.<<strong>br</strong> />

Figura 5: Manipulação <strong>da</strong> disfunção de ilíaco posterior<<strong>br</strong> />

31


3 DELINEAMENTO DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

Delineamento refere-se ao planejamento <strong>da</strong> pesquisa em sua dimensão mais<<strong>br</strong> />

ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de análise e interpretação<<strong>br</strong> />

dos <strong>da</strong>dos 34 .<<strong>br</strong> />

3.1 TIPO DE PESQUISA<<strong>br</strong> />

3.1.1 Classificação quanto à abor<strong>da</strong>gem<<strong>br</strong> />

A presente pesquisa pode ser defini<strong>da</strong> como quantitativa, caracterizando-se<<strong>br</strong> />

pelo emprego <strong>da</strong> quantificação tanto nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de coleta de informações quanto no<<strong>br</strong> />

tratamento através de técnicas estatísticas, desde mais simples até as mais complexas. A<<strong>br</strong> />

mesma trata-se <strong>da</strong> mensuração de <strong>da</strong>dos a serem obtidos durante o experimento 34,35,36 .<<strong>br</strong> />

3.1.2 Quanto ao procedimento utilizado na coleta de <strong>da</strong>dos<<strong>br</strong> />

A pesquisa realiza<strong>da</strong> é do tipo quase experimental, por não possuir grupo<<strong>br</strong> />

controle, não havendo, desta forma, base para comparação <strong>da</strong>s informações. Numa<<strong>br</strong> />

pesquisa quase experimental não há o controle total dos estímulos experimentais. Casos<<strong>br</strong> />

em que a distribuição aleatória dos elementos que compõem os grupos não pode ser<<strong>br</strong> />

rigorosamente atendi<strong>da</strong>, ou seja, não há um total controle so<strong>br</strong>e os elementos<<strong>br</strong> />

pesquisados 34 .<<strong>br</strong> />

No experimento realizado com um grupo único, procura-se um teste capaz de<<strong>br</strong> />

ser aplicado antes <strong>da</strong> aplicação do método e após sua aplicação utiliza-se novamente um<<strong>br</strong> />

teste, isto é, um pós teste para comparar possíveis alterações 37 .<<strong>br</strong> />

32


3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA<<strong>br</strong> />

A pesquisa foi realiza<strong>da</strong> com uma população composta por funcionários e<<strong>br</strong> />

acadêmicos <strong>da</strong> UNISUL e pelos demais interessados pela pesquisa no Campus Regional<<strong>br</strong> />

Sul/Uni<strong>da</strong>de Tubarão, todos do sexo masculino.<<strong>br</strong> />

A amostra não probabilística intencional foi composta por onze (11) pacientes<<strong>br</strong> />

do sexo masculino, com faixa etária entre 20 e 40 anos de i<strong>da</strong>de que apresentavam<<strong>br</strong> />

lombalgia, inativos fisicamente com tempo de permanência de no mínimo três horas na<<strong>br</strong> />

posição senta<strong>da</strong> durante o dia. Foram excluídos <strong>da</strong> amostra aqueles que não conseguiram<<strong>br</strong> />

realizar as posições <strong>da</strong> manipulação por qualquer motivo e os que praticavam exercícios<<strong>br</strong> />

físicos.<<strong>br</strong> />

Os participantes que compõem a amostra foram esclarecidos de todos os<<strong>br</strong> />

procedimentos realizados na pesquisa, após receberam um documento legal, Termo de<<strong>br</strong> />

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo assim assinado pelo paciente<<strong>br</strong> />

(APÊNDICE A) 38 .<<strong>br</strong> />

3.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS<<strong>br</strong> />

Para realização desta pesquisa foram utilizados os seguintes instrumentos:<<strong>br</strong> />

escala visual analógica, sendo utiliza<strong>da</strong> para mensurar a intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dor referi<strong>da</strong> pelo<<strong>br</strong> />

paciente (ANÊXO A); Questionário Oswestry de Lombalgia (ANEXO B); maca ou<<strong>br</strong> />

tatame e fita métrica <strong>da</strong> marca Corrente.<<strong>br</strong> />

3.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS<<strong>br</strong> />

A partir <strong>da</strong> aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em<<strong>br</strong> />

Pesquisa (CEP) <strong>da</strong> UNISUL, Campus Regional Sul / Uni<strong>da</strong>de Tubarão, o qual deu o<<strong>br</strong> />

33


parecer favorável e foi devi<strong>da</strong>mente documentado com o protocolo 08.331.4.08.III houve<<strong>br</strong> />

a divulgação para os funcionários e acadêmicos <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de através de cartazes e<<strong>br</strong> />

visita nas salas a fim de encontrar indivíduos que aceitassem participar <strong>da</strong> amostra, onde<<strong>br</strong> />

os interessados foram listados e entrevistados em <strong>da</strong>ta e horário, individual e viável para<<strong>br</strong> />

o pesquisador e para o participante, realizado na Clínica Escola de <strong>Fisio</strong>terapia UNISUL -<<strong>br</strong> />

Tubarão.<<strong>br</strong> />

Após a listagem dos indivíduos, foram analisados quais apresentavam os<<strong>br</strong> />

critérios de inclusão para a pesquisa e em segui<strong>da</strong> foi realiza<strong>da</strong> a avaliação e o<<strong>br</strong> />

procedimento. Os pacientes foram avaliados, e os que apresentaram problemas na ASI<<strong>br</strong> />

foram tratados com as técnicas de manipulação.<<strong>br</strong> />

Os atendimentos foram realizados no período <strong>da</strong> tarde e <strong>da</strong> noite entre julho e<<strong>br</strong> />

setem<strong>br</strong>o de 2008, sendo que ca<strong>da</strong> paciente foi atendido uma vez com a duração média de<<strong>br</strong> />

20 minutos. O atendimento foi dividido em avaliação através <strong>da</strong> aplicação do<<strong>br</strong> />

questionário Oswestry de Lombalgia, aplicação dos testes finger-floor, Gillet e Downing.<<strong>br</strong> />

Os pacientes que apresentaram disfunção na articulação sacroilíaca em anteriori<strong>da</strong>de ou<<strong>br</strong> />

posteriori<strong>da</strong>de mediante os resultados dos testes foram tratados com as técnicas de<<strong>br</strong> />

manipulação descritas no capítulo anterior. Foi realiza<strong>da</strong> uma EVA no momento <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

avaliação e uma EVA após uma semana <strong>da</strong> técnica de manipulação.<<strong>br</strong> />

3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS<<strong>br</strong> />

Os <strong>da</strong>dos foram analisados mediante testes estatísticos, colhendo as<<strong>br</strong> />

informações existentes na ficha de avaliação com respeito ao pré-teste e pós-teste,<<strong>br</strong> />

verificando assim o efeito <strong>da</strong> manipulação de ilíaco na redução <strong>da</strong> dor lombar e o<<strong>br</strong> />

possível aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de através <strong>da</strong> manipulação. O teste realizado foi o de<<strong>br</strong> />

Wilcoxon para amostras independentes através do software Statdisk. Este teste analisou<<strong>br</strong> />

um nível de confiança de 95% (p


4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS<<strong>br</strong> />

São apresentados neste capítulo os resultados obtidos no estudo, com<<strong>br</strong> />

informações referentes ao Questionário Oswestry de Lombalgia, avaliação e reavaliação<<strong>br</strong> />

<strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dor (EVA) e flexibili<strong>da</strong>de através do teste finger-floor, discutindo os<<strong>br</strong> />

<strong>da</strong>dos encontrados na literatura ligados a esta temática.<<strong>br</strong> />

O Questionário de Oswestry de Lombalgia, formulado por dez itens oferece<<strong>br</strong> />

<strong>da</strong>dos relacionados à intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dor; percepção e tolerância; interferência nas<<strong>br</strong> />

ativi<strong>da</strong>des de vi<strong>da</strong> diária; vi<strong>da</strong> social; vi<strong>da</strong> sexual e viagens.<<strong>br</strong> />

No caso <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dor foi possível constatar que: dez pacientes<<strong>br</strong> />

informaram que apesar <strong>da</strong> dor ser intensa, era possível tolerar a dor sem utilização de<<strong>br</strong> />

analgésicos. Apenas um paciente informou que os analgésicos dão um alívio muito<<strong>br</strong> />

pequeno <strong>da</strong> dor.<<strong>br</strong> />

Quanto aos cui<strong>da</strong>dos pessoais, como tomar banho e vestir-se: sete pacientes<<strong>br</strong> />

relataram que conseguem cui<strong>da</strong>r de si mesmo sem causar nenhuma dor, enquanto cinco<<strong>br</strong> />

pacientes relataram que conseguem cui<strong>da</strong>r de si mesmo, porém, sentem dor.<<strong>br</strong> />

Em relação ao levantamento de pés: um paciente relata que consegue levantar<<strong>br</strong> />

pesos pesados sem sentir dor; nove pacientes conseguem levantar pesos pesados, mas<<strong>br</strong> />

sentem dor; um paciente relata que a dor impede de levantar pesos pesados, porém<<strong>br</strong> />

consegue conduzir pesos leves e médios se eles estiverem bem posicionados.<<strong>br</strong> />

Na posição senta<strong>da</strong>: dez pacientes afirmam poder sentar em qualquer cadeira<<strong>br</strong> />

o tempo que quiserem, e apenas um paciente relata que a dor o impede de sentar mais que<<strong>br</strong> />

meia hora.<<strong>br</strong> />

Na posição ortostática: um paciente relata que consegue permanecer em pé o<<strong>br</strong> />

tempo que quiser, sem sentir dor; sete pacientes relatam que conseguem permanecer em<<strong>br</strong> />

pé o tempo que quiser, mas sentem dor; um paciente afirma que a dor o impede de<<strong>br</strong> />

permanecer em pé por mais de uma hora; dois pacientes relatam que a dor os impede de<<strong>br</strong> />

permanecer em pé por mais de dez minutos.<<strong>br</strong> />

dormir bem.<<strong>br</strong> />

Durante o sono: todos os pacientes afirmam que a dor não os impede de<<strong>br</strong> />

35


Em relação à vi<strong>da</strong> sexual: 10 pacientes afirmam que sua vi<strong>da</strong> sexual é normal,<<strong>br</strong> />

sem causar dor; 1 paciente afirmou que sua vi<strong>da</strong> sexual é normal, mas causa alguma dor.<<strong>br</strong> />

Quanto à vi<strong>da</strong> social: seis pacientes relataram que sua vi<strong>da</strong> social é normal e<<strong>br</strong> />

não sentem dor; um paciente relata que sua vi<strong>da</strong> social é normal, mas aumenta o grau de<<strong>br</strong> />

dor; quatro pacientes afirmam que a dor não tem nenhum efeito significativo em sua vi<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

social, a ponto de limitar seus interesses sociais, como <strong>da</strong>nçar, etc.<<strong>br</strong> />

Durante uma viagem: quatro pacientes relataram poder viajar para qualquer<<strong>br</strong> />

lugar sem dor; quatro pacientes afirmaram poder viajar para qualquer lugar, mas sentem<<strong>br</strong> />

dor; três pacientes responderam que a dor é ruim, mas agüentam as viagens por mais de 2<<strong>br</strong> />

horas.<<strong>br</strong> />

No presente estudo, dos onze pacientes que apresentaram disfunção na<<strong>br</strong> />

articulação sacroilíaca, quatro (36%) foram classificados em anteriori<strong>da</strong>de e sete (64%)<<strong>br</strong> />

em posteriori<strong>da</strong>de, podendo ser visto no gráfico 1, sendo estes tratados com as técnicas de<<strong>br</strong> />

manipulação.<<strong>br</strong> />

Gráfico 1: Disfunções do osso ilíaco encontra<strong>da</strong>s nos pacientes <strong>da</strong> amostra<<strong>br</strong> />

A lesão na articulação sacroilíaca pode ser responsável por até 20% <strong>da</strong>s<<strong>br</strong> />

queixas de dor lombar na população geral e é defini<strong>da</strong> pelo estado de mobili<strong>da</strong>de altera<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

em determina<strong>da</strong> porção do arco de movimento, tanto unilateral quanto bilateralmente,<<strong>br</strong> />

causando algumas mu<strong>da</strong>nças nas relações estruturais entre sacro, ílio e mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

inferiores 11 .<<strong>br</strong> />

Anterior;<<strong>br</strong> />

36%<<strong>br</strong> />

64%<<strong>br</strong> />

Posterior<<strong>br</strong> />

Anterior<<strong>br</strong> />

36


Dor pode ser defini<strong>da</strong> como uma quali<strong>da</strong>de sensorial fun<strong>da</strong>mental que alerta<<strong>br</strong> />

os indivíduos para a ocorrência de lesões teciduais, permitindo que mecanismos de defesa<<strong>br</strong> />

ou de fuga sejam adotados. É através <strong>da</strong> dor que grande número de afecções clínicas se<<strong>br</strong> />

manifesta. A dor pode ser decorrente de estimulação <strong>da</strong>s vias nociceptivas ou por<<strong>br</strong> />

disfunção <strong>da</strong>s vias neurais que veiculam e processam a dor 38 .<<strong>br</strong> />

Escala visual analógica (EVA) é uma escala unidimensional utiliza<strong>da</strong> para<<strong>br</strong> />

mensurar a intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dor. Apresenta-se como uma linha impressa, medindo 10 cm<<strong>br</strong> />

de comprimento e contém em um dos extremos a expressão "sem dor" e na extremi<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

oposta à expressão "pior dor imaginável" 39 53 .<<strong>br</strong> />

Na presente pesquisa, foi realizado uma EVA no pré-atendimento e outra<<strong>br</strong> />

após uma semana de intervenção, sendo assim, <strong>da</strong> análise estatística <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> dor<<strong>br</strong> />

pela EVA vista no gráfico 2, constatou-se diferença significativa (p


Nos dias atuais, os problemas de lombalgia têm sido considerados um sério<<strong>br</strong> />

problema na saúde pública, pois afetam uma grande parte <strong>da</strong> população economicamente<<strong>br</strong> />

ativa, incapacitando-as temporária ou definitivamente para as ativi<strong>da</strong>des profissionais 40 .<<strong>br</strong> />

Uma, entre várias técnicas a fim de tratar a dor lombar, é a manipulação<<strong>br</strong> />

articular que pode definir-se como uma técnica de terapia manual, envolvendo o<<strong>br</strong> />

movimento de uma superfície articular em relação à outra, realiza<strong>da</strong> so<strong>br</strong>e uma estrutura<<strong>br</strong> />

articular que apresenta disfunção ao exame físico.<<strong>br</strong> />

A manipulação tem sido utiliza<strong>da</strong> na tentativa de aliviar a dor lombar, tendo<<strong>br</strong> />

um efeito duplo: ela restaura a mobili<strong>da</strong>de incluindo a ativi<strong>da</strong>de articular, a mobili<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

entre as cama<strong>da</strong>s de tecido mole ou entre tecido mole e osso, tendo um efeito reflexo<<strong>br</strong> />

muito intenso so<strong>br</strong>e to<strong>da</strong>s as estruturas em que as alterações foram encontra<strong>da</strong>s antes <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

manipulação 1, 41 .<<strong>br</strong> />

Lesões e patologias podem produzir disfunções dos movimentos fisiológicos e<<strong>br</strong> />

os mesmos podem ser reestabelecidos através de técnicas de manipulação (movimentos<<strong>br</strong> />

de alta veloci<strong>da</strong>de). Pesquisas têm mostrado que a terapia manipulativa (tanto a<<strong>br</strong> />

mobilização quanto a manipulação) é mais eficaz no tratamento <strong>da</strong> dor lombar que em<<strong>br</strong> />

cui<strong>da</strong>dos médicos e tratamento conservador tradicional 42 .<<strong>br</strong> />

A manipulação articular é efetiva no tratamento de lombalgia crônica, em um<<strong>br</strong> />

tratamento de manutenção no follow-up foi benéfico para a não recidiva do quadro. Esta<<strong>br</strong> />

técnica foi bem mais eficiente, tanto a curto como a longo prazo, tanto no tratamento de<<strong>br</strong> />

dor crônica na coluna, como na acupuntura e tratamento medicamentoso 50 .<<strong>br</strong> />

Em um estudo realizado com trinta pacientes com lombalgia separados em 2<<strong>br</strong> />

grupos, foram avaliados os níveis de incapaci<strong>da</strong>de e dor através <strong>da</strong> escala visual<<strong>br</strong> />

analógica e de um Questionário modificado Oswestry. Além disso, foram tratados pelas<<strong>br</strong> />

técnicas de manipulação em um período intensivo de um mês. Para ambos os grupos, a<<strong>br</strong> />

dor e os níveis de incapaci<strong>da</strong>de diminuíram após a fase de tratamento intensivo,<<strong>br</strong> />

concluindo então que a manipulação é eficaz para o tratamento <strong>da</strong> Lombalgia crônica 55 .<<strong>br</strong> />

Estudos demonstram que a terapia manual propicia significante alívio <strong>da</strong> dor e<<strong>br</strong> />

melhora <strong>da</strong> função. Ela é realiza<strong>da</strong> por meio de movimentos passivos feitos pelo<<strong>br</strong> />

fisioterapeuta com o propósito de aumentar a mobili<strong>da</strong>de e reduzir a tensão articular. A<<strong>br</strong> />

manipulação <strong>da</strong> coluna traz benefícios na prática clínica, mas estudos realizados são<<strong>br</strong> />

38


ain<strong>da</strong> contraditórios quanto à sua eficácia. Trata-se de uma forma manual de tratamento<<strong>br</strong> />

que objetiva o alívio <strong>da</strong> dor e o aumento <strong>da</strong>s amplitudes de movimentos articulares 7 .<<strong>br</strong> />

Procedimentos de manipulação são usados em muitas maneiras através de<<strong>br</strong> />

uma varie<strong>da</strong>de de profissionais. O principal objetivo do tratamento através <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

manipulação é aumentar a mobili<strong>da</strong>de de uma determina<strong>da</strong> área ou região de onde são<<strong>br</strong> />

encontrados restrições no sistema musculoesquelético.<<strong>br</strong> />

Segundo Wieting, a maior parte <strong>da</strong>s manipulações realiza<strong>da</strong>s nos Estados<<strong>br</strong> />

Unidos por médicos e outros profissionais são para as queixas de dor musculoesquelética<<strong>br</strong> />

nas regiões dorsal e cervical. A manipulação geralmente é orienta<strong>da</strong> para a restauração do<<strong>br</strong> />

movimento normal e eliminação <strong>da</strong> dor secundária a biomecânica altera<strong>da</strong> 43 .<<strong>br</strong> />

Os movimentos corporais resultam de cadeias musculares e, quando há<<strong>br</strong> />

alterações posturais, o organismo se reorganiza em cadeias de compensação procurando<<strong>br</strong> />

uma resposta a<strong>da</strong>ptativa a esta desarmonia. Desse modo, a repetição de determinados tipos<<strong>br</strong> />

de ativi<strong>da</strong>de com posições e movimentos habituais provocam um processo de a<strong>da</strong>ptação<<strong>br</strong> />

orgânica que resulta em efeitos deletérios para a postura, com alto potencial de<<strong>br</strong> />

desequilí<strong>br</strong>io muscular e uma possível alteração na flexibili<strong>da</strong>de 6 .<<strong>br</strong> />

Baseando-se na relação <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de e ADM articular, testes clínicos são<<strong>br</strong> />

aplicados para avaliar a normali<strong>da</strong>de ou limitação <strong>da</strong> ADM. Esses testes são caracterizados<<strong>br</strong> />

por movimentos que aumentam a distância entre origem e inserção muscular, literalmente<<strong>br</strong> />

alongando o músculo em questão com o objetivo de testá-lo 10 .<<strong>br</strong> />

O teste finger-floor, conhecido como a distância do dedo médio ao solo, é um<<strong>br</strong> />

teste utilizado para avaliar o nível de flexibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> coluna verte<strong>br</strong>al e dos mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

inferiores. O resultado com valores baixos, ou seja, na qual o dedo médio se apresenta mais<<strong>br</strong> />

próximo do solo, prediz que o individuo possui uma boa flexibili<strong>da</strong>de ou mobili<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

relativa a estes segmentos corporais 44 .<<strong>br</strong> />

O teste foi realizado no pré e pós-intervenção, sendo assim, na análise do<<strong>br</strong> />

gráfico 3, pode-se constatar que entre os onze pacientes submetidos ao teste, sete pacientes<<strong>br</strong> />

(63,6%) apresentaram uma diminuição na distância do dedo médio ao solo, mostrando-se<<strong>br</strong> />

eficaz no aumento <strong>da</strong> ADM do paciente, sendo que quatro pacientes (36,4%) não obtiveram<<strong>br</strong> />

diminuição <strong>da</strong> distância do dedo médio ao solo.<<strong>br</strong> />

39


Distância (cm)<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

20<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Teste Finger-floor<<strong>br</strong> />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11<<strong>br</strong> />

Pacientes<<strong>br</strong> />

Gráfico 3: Teste de finger-floor na avaliação e reavaliação em cm.<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

Avaliação<<strong>br</strong> />

Reavaliaçã<<strong>br</strong> />

o<<strong>br</strong> />

Realizado o teste estatístico de Wilcoxon que revelou quanto ao teste Finger-<<strong>br</strong> />

floor que existe diferença significativa entre os resultados obtidos no pré-atendimento e pós<<strong>br</strong> />

intervenção adotado, ou seja, o método aplicado foi eficaz no aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de.<<strong>br</strong> />

“A flexibili<strong>da</strong>de é a habili<strong>da</strong>de para mover uma articulação ou articulações<<strong>br</strong> />

através de uma amplitude de movimento livre de dor e sem restrições. Dependendo <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

extremi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> extensibili<strong>da</strong>de dos músculos, que permite que estes cruzem uma<<strong>br</strong> />

articulação para relaxar, alongar e conter uma força de alongamento. A artrocinemática <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

articulação em movimento assim como a habili<strong>da</strong>de dos tecidos conectivos periarticulares<<strong>br</strong> />

para deformarem-se afetam a ADM <strong>da</strong> articulação e a flexibili<strong>da</strong>de geral do indivíduo.<<strong>br</strong> />

Geralmente o termo “flexibili<strong>da</strong>de” é usado para referir-se mais especificamente á<<strong>br</strong> />

habili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de musculotendínea para alongar-se enquanto um segmento corporal ou<<strong>br</strong> />

articulação se move através <strong>da</strong> ADM” 56 .<<strong>br</strong> />

A flexibili<strong>da</strong>de aumenta durante a infância e até o princípio <strong>da</strong> adolescência e<<strong>br</strong> />

depois diminui ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. É possível que a flexibili<strong>da</strong>de diminua em razão do<<strong>br</strong> />

aumento <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, mas a regressão pode ocorrer simplesmente pela inativi<strong>da</strong>de e falta de<<strong>br</strong> />

exercícios de alongamento que efetuamos à medi<strong>da</strong> que o tempo passa 24 .<<strong>br</strong> />

Alguns conceitos defendem que a flexibili<strong>da</strong>de implica em liber<strong>da</strong>de de<<strong>br</strong> />

movimento, capaci<strong>da</strong>de de uma articulação mover-se com fluidez em sua potência,<<strong>br</strong> />

habili<strong>da</strong>de de uma pessoa para mover uma parte ou partes do corpo numa grande ADM<<strong>br</strong> />

intencional, ADM de um tecido mole sadio em resposta ao alongamento ativo ou passivo,<<strong>br</strong> />

habili<strong>da</strong>de para relaxar e ceder a uma força de alongamento e a habili<strong>da</strong>de para mover


uma articulação através de uma ADM normal sem estresse excessivo para a uni<strong>da</strong>de<<strong>br</strong> />

musculotendinosa 45 .<<strong>br</strong> />

Na posição senta<strong>da</strong>, os músculos isquitibiais e iliopsoas se encurtam,<<strong>br</strong> />

ocasionando a acentuação <strong>da</strong> lordose, provocando o surgimento <strong>da</strong> dor na coluna.<<strong>br</strong> />

Quando os músculos isquiotibiais estiverem encurtados, a carga na coluna verte<strong>br</strong>al será<<strong>br</strong> />

bem maior, propiciando o início <strong>da</strong> lombalgia 40 .<<strong>br</strong> />

Os isquiotibiais (IT), grupo composto pelos músculos semitendinoso,<<strong>br</strong> />

semimem<strong>br</strong>anoso e bíceps <strong>da</strong> coxa formam uma grande massa muscular que está envolvi<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

diretamente nos movimentos do quadril e joelho. Esse grupo desempenha importante<<strong>br</strong> />

influência na inclinação ântero-posterior <strong>da</strong> pelve, afetando indiretamente a lordose lombar.<<strong>br</strong> />

Portanto, a flexibili<strong>da</strong>de altera<strong>da</strong> dos IT pode ocasionar desvios posturais significativos e<<strong>br</strong> />

afetar a funcionali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> articulação do quadril e coluna lombar 10 .<<strong>br</strong> />

A carência de flexibili<strong>da</strong>de, principalmente na região do tronco quadril, está<<strong>br</strong> />

associa<strong>da</strong> como sendo o maior risco para surgimento de dores lombares, onde 80% <strong>da</strong>s<<strong>br</strong> />

lombalgias são causa<strong>da</strong>s pelos níveis de flexibili<strong>da</strong>de articular reduzidos 40 .<<strong>br</strong> />

Desse modo, a aplicação de testes de flexibili<strong>da</strong>de se torna necessária no<<strong>br</strong> />

processo de avaliação e intervenção em fisioterapia 10 .<<strong>br</strong> />

A manipulação traz benefícios na prática clínica. Trata-se de uma forma<<strong>br</strong> />

manual de tratamento que objetiva o alívio <strong>da</strong> dor e o aumento <strong>da</strong>s amplitudes de<<strong>br</strong> />

movimentos articulares. Envolve uma mano<strong>br</strong>a de alta veloci<strong>da</strong>de, às vezes acompanha<strong>da</strong><<strong>br</strong> />

de um som característico, na qual as articulações são ajusta<strong>da</strong>s rapi<strong>da</strong>mente. Essa técnica<<strong>br</strong> />

resulta em alongamento transitório <strong>da</strong>s cápsulas articulares, e acredita-se ser capaz de<<strong>br</strong> />

posicionar as articulações, permitindo seu funcionamento ideal, com maior eficiência<<strong>br</strong> />

biomecânica, além de reduzir as respostas a um estímulo álgico, as causas dos estímulos<<strong>br</strong> />

nocivos e, conseqüentemente, a inibição do controle motor 7 .<<strong>br</strong> />

Com o aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de, a capaci<strong>da</strong>de de realizar movimentos em<<strong>br</strong> />

amplitudes normais, assegura a eficiência dos exercícios e os movimentos de vi<strong>da</strong> diária.<<strong>br</strong> />

Além disso, a flexibili<strong>da</strong>de é essencial para ganhos de agili<strong>da</strong>de e destreza, importantes<<strong>br</strong> />

para o incremento <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de funcional do corpo 47 .<<strong>br</strong> />

O aumento <strong>da</strong> tolerância ao alongamento significa que os pacientes podem<<strong>br</strong> />

sentir menos dor, diante a aplicação <strong>da</strong> mesma força aplica<strong>da</strong> ao músculo. O resultado é<<strong>br</strong> />

um arco de movimento aumentado mesmo que a ver<strong>da</strong>deira rigidez não mude. Isto pode<<strong>br</strong> />

41


ocorrer através do aumento <strong>da</strong> força muscular ou analgesia, entretanto o incremento <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

tolerância ao alongamento que ocorre imediatamente após o alongamento pode ser<<strong>br</strong> />

causado pelo efeito analgésico, já que a força não aumenta durante dois minutos de<<strong>br</strong> />

alongamento. Infelizmente a evidência de um possível efeito analgésico é recente e o<<strong>br</strong> />

mecanismo de relaxamento é desconhecido 44 .<<strong>br</strong> />

Através exercícios pretendidos em beneficio do desenvolvimento <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

flexibili<strong>da</strong>de incorporam-se na maioria dos programas de condicionamento, a fim de<<strong>br</strong> />

aprimorarem o desempenho e a redução de riscos de lesões. As posturas senta<strong>da</strong>s, alia<strong>da</strong>s<<strong>br</strong> />

com a falta de ativi<strong>da</strong>de física, são fatores cruciais na per<strong>da</strong> <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de e<<strong>br</strong> />

conseqüentemente no surgimento <strong>da</strong>s lombalgias 40 .<<strong>br</strong> />

Para Matta, através <strong>da</strong> manutenção de uma boa flexibili<strong>da</strong>de nas principais<<strong>br</strong> />

articulações, verifica-se uma grande melhoria nas dores, pois quanto mais flexível for,<<strong>br</strong> />

menor terá propensão à incidência de dores musculares, principalmente na região dorsal e<<strong>br</strong> />

lombar 40 .<<strong>br</strong> />

O aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de diminui o excessivo número de lesões <strong>da</strong>s<<strong>br</strong> />

extremi<strong>da</strong>des inferiores durante treinamentos básicos 48 .<<strong>br</strong> />

A correção do segmento funcional articular específico, por meio <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

manipulação articular, pode reestabelecer os padrões neurológicos de aferenciação e<<strong>br</strong> />

como resultado, aumentar a consciência corporal, o equilí<strong>br</strong>io e a amplitude de<<strong>br</strong> />

movimento 49 .<<strong>br</strong> />

Os efeitos <strong>da</strong> terapia manual são utilizados no tratamento de dor articular e<<strong>br</strong> />

tensão muscular 54 . Os fisioterapeutas devem entender a função de receptores nervosos<<strong>br</strong> />

articulares e a teoria <strong>da</strong> comporta de dor, para compreender o uso <strong>da</strong> terapia manual no<<strong>br</strong> />

tratamento <strong>da</strong> dor e tensão muscular 53 .<<strong>br</strong> />

Em um estudo realizado na Austrália, com duração de 13 semanas, pacientes<<strong>br</strong> />

com lombalgia foram submetidos a medicamentos, acupuntura ou manipulação espinal.<<strong>br</strong> />

Os resultados obtidos, com a maior proporção na diminuição <strong>da</strong> dor, foi encontrado para<<strong>br</strong> />

manipulação (27,3%), segui<strong>da</strong> pela acupuntura (9,4%) e medicamentos (5%). Os<<strong>br</strong> />

resultados apresentaram prova de que em pacientes com dor lombar crônica, a<<strong>br</strong> />

manipulação obteve maiores resultados em um curto período de tempo so<strong>br</strong>e a dor<<strong>br</strong> />

lombar, predominando so<strong>br</strong>e a acupuntura ou medicação. Os pacientes que receberam<<strong>br</strong> />

42


manipulação espinhal divulgaram uma total recuperação, com uma taxa muito mais<<strong>br</strong> />

eleva<strong>da</strong> (27%) do que os que recebem acupuntura (9%) ou medicação (5%) 57 .<<strong>br</strong> />

Em estudos realizados por Nelson, os grupos submetidos às técnicas<<strong>br</strong> />

quiropráticas de manipulação <strong>da</strong> lombar, compara<strong>da</strong>s com os grupos sem tal<<strong>br</strong> />

manipulação, houve uma redução significativa nos custos e procedimentos médicos<<strong>br</strong> />

invasivos para o tratamento <strong>da</strong> lombalgia 51 .<<strong>br</strong> />

Estudos mostram confiança em relação à utilização <strong>da</strong> terapia manipulativa<<strong>br</strong> />

articular e/ou a mobilização lombar, como uma opção viável para o tratamento de<<strong>br</strong> />

lombalgia. Tem havido algumas descobertas <strong>da</strong> alta quali<strong>da</strong>de do efeito, fazendo a<<strong>br</strong> />

distinção entre pacientes agudos e crônicos, porém são mais limita<strong>da</strong>s a curto prazo de<<strong>br</strong> />

acompanhamento 52 .<<strong>br</strong> />

Após os <strong>da</strong>dos encontrados na literatura percebe-se que a hipótese um (1) foi<<strong>br</strong> />

aceita, pois o teste estatístico mostrou significância estatística no grupo estu<strong>da</strong>do. Por<<strong>br</strong> />

conseguinte, com 95% de confiança, pode-se dizer que nesta amostra a manipulação do<<strong>br</strong> />

osso ilíaco é eficiente na dor lombar e no aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de.<<strong>br</strong> />

43


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS<<strong>br</strong> />

A dor lombar advin<strong>da</strong> de alterações posturais, inativi<strong>da</strong>de física e estresse<<strong>br</strong> />

mecânico prolongado nas articulações sacroilíacas, podem ser restabelecidos através de<<strong>br</strong> />

técnicas de manipulação, contudo, ela propícia um significativo alívio <strong>da</strong> dor secundária<<strong>br</strong> />

a biomecânica altera<strong>da</strong>, melhora <strong>da</strong> função e aumento <strong>da</strong> amplitude de movimento nesta<<strong>br</strong> />

região.<<strong>br</strong> />

No estudo realizado constatou-se que a manipulação articular é efetiva no<<strong>br</strong> />

aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de e no alívio <strong>da</strong> dor <strong>da</strong> coluna verte<strong>br</strong>al e dos mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

inferiores na população estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<<strong>br</strong> />

No decorrer <strong>da</strong> pesquisa diversas referências foram utiliza<strong>da</strong>s, a fim de obter<<strong>br</strong> />

um maior número de estudos realizados so<strong>br</strong>e temas relacionados com o <strong>da</strong> nossa<<strong>br</strong> />

pesquisa, com isso estamos satisfeitos em realizar mais um trabalho de pesquisa com<<strong>br</strong> />

eficácia, so<strong>br</strong>e este tema de extrema importância para o desenvolvimento de técnicas<<strong>br</strong> />

ca<strong>da</strong> vez mais eficientes na fisioterapia.<<strong>br</strong> />

44


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APÊNCIDE<<strong>br</strong> />

51


APÊNDICE A<<strong>br</strong> />

TERMO DE CONSENTIMENTO<<strong>br</strong> />

Título <strong>da</strong> Pesquisa: “Manipulação do osso ilíaco na dor lombar”<<strong>br</strong> />

Nome dos Pesquisadores: Carla Apareci<strong>da</strong> de Carvalho, Luiz Arthur Lisboa Pamato<<strong>br</strong> />

Nome do Orientador : Prof. Ralph Fernando Rosas.<<strong>br</strong> />

A presente pesquisa tem como objetivo Analisar o efeito <strong>da</strong> manipulação<<strong>br</strong> />

de ilíaco no alívio <strong>da</strong> dor lombar; verificar se a manipulação tem efeito so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

flexibili<strong>da</strong>de; analisar a dor lombar antes e após a manipulação através <strong>da</strong> escala visual<<strong>br</strong> />

analógica; identificar os sujeitos com irradiação nervosa para mem<strong>br</strong>os inferiores, antes e<<strong>br</strong> />

após a manipulação.<<strong>br</strong> />

O procedimento a ser realizado é apenas o preenchimento do questionário<<strong>br</strong> />

Oswestry so<strong>br</strong>e dor lombar, alguns testes clínicos e caso o resultado for positivo será<<strong>br</strong> />

realizado uma mano<strong>br</strong>a utilizando as mãos do terapeuta, em uma articulação do quadril,<<strong>br</strong> />

com objetivo de tentar eliminar a dor lombar. Após uma semana entraremos em contato<<strong>br</strong> />

novamente com você para verificar se houve alguma mu<strong>da</strong>nça no grau de dor.<<strong>br</strong> />

Os <strong>da</strong>dos coletados serão utilizados apenas para essa pesquisa, sendo que os<<strong>br</strong> />

nomes e as informações obti<strong>da</strong>s não serão divulgados, e apenas nós e nosso orientador<<strong>br</strong> />

teremos acesso as informações. É importante lem<strong>br</strong>ar que não iremos utilizar imagens<<strong>br</strong> />

fotográficas.<<strong>br</strong> />

Você não correrá nenhum risco ou desconforto em participar deste estudo.<<strong>br</strong> />

Você é totalmente livre para aceitar participar dessa pesquisa, e se optar pela<<strong>br</strong> />

não participação não sofrerá nenhum constrangimento. Cabe, ain<strong>da</strong>, ressaltar que você<<strong>br</strong> />

poderá desistir a qualquer momento de fazer parte dessa pesquisa entrando em contato<<strong>br</strong> />

pelo telefone: (48) 99652061 ou (48) 88164957.<<strong>br</strong> />

Declaro que fui informado (a) de todos os procedimentos <strong>da</strong><<strong>br</strong> />

pesquisa, que recebi, de forma clara e objetiva, to<strong>da</strong>s as explicações pertinentes ao<<strong>br</strong> />

projeto e que todos os <strong>da</strong>dos a meu respeito serão sigilosos.<<strong>br</strong> />

52


Nome completo:<<strong>br</strong> />

_____________________________________________________________<<strong>br</strong> />

R.G.:<<strong>br</strong> />

______________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Local e Data:<<strong>br</strong> />

________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Assinatura:<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

53


ANEXO<<strong>br</strong> />

54


ANEXO A 53<<strong>br</strong> />

55


ANEXO B 54<<strong>br</strong> />

Questionário Oswestry de Lombalgia<<strong>br</strong> />

Data:___/___/___<<strong>br</strong> />

Nome do Paciente:__________________________________________________<<strong>br</strong> />

Data de Nasc.:___/___/___<<strong>br</strong> />

I<strong>da</strong>de:____________<<strong>br</strong> />

Profissão:_________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Quanto tempo você tem tido lombalgia:____anos____meses____semanas<<strong>br</strong> />

Quanto tempo você tem tido dor nas pernas:____anos_____meses____semanas<<strong>br</strong> />

Caro Paciente,<<strong>br</strong> />

Este questionário foi desenvolvido para <strong>da</strong>r informações so<strong>br</strong>e como sua dor lombar tem<<strong>br</strong> />

afetado sua habili<strong>da</strong>de de li<strong>da</strong>r com sua vi<strong>da</strong> diária. Por favor respon<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> seção e<<strong>br</strong> />

marque somente um dos espaços na qual se aplica a você, mesmo achando que você se<<strong>br</strong> />

encaixa em duas opções. Se isso ocorrer marque somente a que mais se aproxima do seu<<strong>br</strong> />

caso.<<strong>br</strong> />

Seção 1: Intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dor<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso tolerar a dor sem precisar usar analgésico.<<strong>br</strong> />

( ) A dor é ruim, mas eu consigo controlar sem analgésico.<<strong>br</strong> />

( ) Analgésicos dão um alívio completo <strong>da</strong> dor.<<strong>br</strong> />

( ) Analgésicos dão um alívio moderado <strong>da</strong> dor.<<strong>br</strong> />

( ) Analgésicos dão um alívio muito pequeno <strong>da</strong> dor.<<strong>br</strong> />

( ) Analgésicos não têm efeito algum na dor, então eu não uso.<<strong>br</strong> />

Seção 2: Cui<strong>da</strong>dos pessoais (tomar banho, vestir-se)<<strong>br</strong> />

( ) Eu consigo cui<strong>da</strong>r de mim mesmo normalmente sem causar nenhuma dor.<<strong>br</strong> />

( ) Eu consigo cui<strong>da</strong>r de mim mesmo normalmente mas causa alguma dor.<<strong>br</strong> />

( ) É doloroso cui<strong>da</strong>r de mim mesmo e eu sou lento e cui<strong>da</strong>doso.<<strong>br</strong> />

( ) Eu preciso de alguma aju<strong>da</strong>, mas consigo li<strong>da</strong>r com a maioria dos meus cui<strong>da</strong>dos<<strong>br</strong> />

pessoais.<<strong>br</strong> />

( ) Eu preciso de aju<strong>da</strong> todos os dias na maioria dos meus cui<strong>da</strong>dos pessoais.<<strong>br</strong> />

( ) Eu não consigo me vestir, tomo banho com dificul<strong>da</strong>de e fico na cama.<<strong>br</strong> />

Seção 3: Levantando<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso levantar pesos pesados sem sentir dor.<<strong>br</strong> />

56


( ) Eu posso levantar pesos pesados mas sinto dor.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de levantar pesos pesados, mas eu posso conduzir pesos leves e<<strong>br</strong> />

médios se eles estiverem bem posicionados.<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso levantar somente peso muito leve.<<strong>br</strong> />

( ) Eu não posso levantar ou carregar qualquer coisa.<<strong>br</strong> />

Seção 4: An<strong>da</strong>ndo<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de an<strong>da</strong>r qualquer distância.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de caminhar mais de 1,5 km.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de caminhar mais de 750 m.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de caminhar mais de 400 m.<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso an<strong>da</strong>r sozinho usando uma bengala ou muleta.<<strong>br</strong> />

( ) Eu fico na cama a maioria do tempo e vou ao banheiro an<strong>da</strong>ndo lentamente.<<strong>br</strong> />

Seção 5: Sentado<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso sentar em qualquer cadeira tanto tempo quanto eu gosto.<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso sentar somente em minha cadeira favorita tanto tempo que eu quiser.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de sentar mais que uma hora.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de sentar mais que meia hora.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de sentar mais do que dez minutos.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de sentar o tempo todo.<<strong>br</strong> />

Seção 6: Em pé<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso permanecer em pé tanto tempo que eu quiser sem dor.<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso permanecer em pé tanto tempo que quiser mas me dá dor.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de permanecer em pé por mais de uma hora.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de permanecer em pé por mais de 30 minutos.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de permanecer em pé por mais de 10 minutos.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de permanecer em pé o tempo todo.<<strong>br</strong> />

Seção 7: Dormindo<<strong>br</strong> />

( ) A dor não me impede de dormir bem.<<strong>br</strong> />

( ) Eu consigo dormir bem somente usando comprimidos.<<strong>br</strong> />

( ) Mesmo que eu tome comprimido, eu tenho menos de 6 horas de sono.<<strong>br</strong> />

57


( ) Mesmo que eu tome comprimido, eu tenho menos de 4 horas de sono.<<strong>br</strong> />

( ) Mesmo que eu tome comprimido, eu tenho menos de 2 horas de sono.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de dormir o tempo todo.<<strong>br</strong> />

Seção 8: Vi<strong>da</strong> sexual<<strong>br</strong> />

( ) A minha vi<strong>da</strong> sexual é normal e não causa dores.<<strong>br</strong> />

( ) A minha vi<strong>da</strong> sexual é normal, mas me causa alguma dor.<<strong>br</strong> />

( ) Minha vi<strong>da</strong> sexual é quase normal,mas é muito dolorosa.<<strong>br</strong> />

( ) Minha vi<strong>da</strong> sexual é várias vezes impedi<strong>da</strong> pela dor.<<strong>br</strong> />

( ) Minha vi<strong>da</strong> sexual é quase ausente devido à dor.<<strong>br</strong> />

( )A dor me impede de to<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de sexual.<<strong>br</strong> />

Seção 9: Vi<strong>da</strong> social<<strong>br</strong> />

( ) Minha vi<strong>da</strong> social é normal e não me dá dor.<<strong>br</strong> />

( ) Minha vi<strong>da</strong> social é normal, mas aumenta o grau de dor.<<strong>br</strong> />

( ) A dor não tem nenhum efeito significativo em minha vi<strong>da</strong> social, a ponto de limitar<<strong>br</strong> />

meus interesses pessoais como <strong>da</strong>nçar, etc ...<<strong>br</strong> />

( ) A dor tem limitado minha vi<strong>da</strong> social e eu não saio tão freqüentemente.<<strong>br</strong> />

( ) A dor tem impedido a minha vi<strong>da</strong> social, a ponto de eu ficar em casa.<<strong>br</strong> />

( ) Eu não tenho viça social por causa <strong>da</strong> dor.<<strong>br</strong> />

Seção 10: Viajando<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso viajar para qualquer lugar sem dor.<<strong>br</strong> />

( ) Eu posso viajar para qualquer lugar, mas sinto dor.<<strong>br</strong> />

( ) A dor é ruim, mas eu posso agüentar as viagens por mais de duas horas.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de viajar menos que uma hora.<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de viajar curtos períodos (menos que meia hora).<<strong>br</strong> />

( ) A dor me impede de viajar, exceto para ir ao médico ou hospital.<<strong>br</strong> />

58

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