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Uma aplicação da matemática intervalar no apóio à ... - DIMAp - UFRN

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Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Norte<br />

Centro de Ciências Exatas e <strong>da</strong> Terra<br />

Departamento de Informática e Matemática<br />

Aplica<strong>da</strong><br />

Curso de Ciências <strong>da</strong> Computação<br />

UMA APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA INTERVALAR NO APOIO À TOMADAS DE<br />

DECISÕES FINANCEIRAS<br />

GABRIEL CARLOS DOS REIS COSTA DIAS<br />

NATAL<br />

NOVEMBRO DE 2007<br />

1


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE<br />

Gabriel Carlos dos Reis Costa Dias<br />

UMA APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA INTERVALAR NO APOIO À TOMADAS DE<br />

DECISÕES FINANCEIRAS<br />

ORIENTADOR: Prof. Dr. Benjamin René Callejas Bedregal<br />

Natal, Novembro de 2007<br />

Gabriel Carlos dos Reis Costa Dias<br />

Trabalho apresentado como<br />

requisito para aprovação na<br />

disciplina Relatório de<br />

Graduação, ministra<strong>da</strong>, pela<br />

Prof a Anamaria Martins Moreira.<br />

2


UMA APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA INTERVALAR NO APOIO À TOMADAS DE<br />

DECISÕES FINANCEIRAS<br />

Aprovação em ___ de ______________ de _____.<br />

BANCA EXAMINADORA<br />

Professor: Benjamin René Callejas Bedregal<br />

<strong>UFRN</strong><br />

Administradora: Iva<strong>no</strong>sca Andrade <strong>da</strong> Silva<br />

<strong>UFRN</strong><br />

Roque Mendes Prado Trin<strong>da</strong>de<br />

<strong>UFRN</strong><br />

3


RESUMO<br />

O presente trabalho tem por finali<strong>da</strong>de a <strong>aplicação</strong> de conceitos de<br />

<strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong> nas ferramentas de apoio a toma<strong>da</strong> de decisões<br />

financeiras. Para tanto iniciamos com o estudo de conceitos de <strong>matemática</strong><br />

<strong>intervalar</strong> e de contabili<strong>da</strong>de que serão utilizados nas aplicações pretendi<strong>da</strong>s.<br />

Em segui<strong>da</strong> aplicaremos a <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong> <strong>no</strong>s <strong>da</strong>dos provenientes do<br />

DESAFIO SEBRAE, jogo que simula ambiente empresarial, com o intuito de<br />

proporcionar uma maior certeza na hora de tomar uma decisão. Finaliza-se<br />

comparando os <strong>da</strong>dos contábeis obtidos, <strong>no</strong> referido jogo, com os projetados<br />

<strong>intervalar</strong>mente.<br />

Palavras Chaves: Matemática Intervalar, Contabili<strong>da</strong>de, DESAFIO SEBRAE<br />

4


ABSTRACT<br />

This paper aims to apply concepts of interval mathematics on the tools<br />

that support the financial decisions. We initiate with the study of the concepts of<br />

interval mathematics and financial accounting that will be used at the<br />

applications. Then we will apply the interval mathematics on the <strong>da</strong>ta from the<br />

"DESAFIO SEBRAE", game that simulate an business environment, with the<br />

aim to provide a greater certainly in the moment that the decision is taken. It<br />

finishes comparing the <strong>da</strong>ta obtained in the game with the <strong>da</strong>ta projected in<br />

intervals.<br />

Key Words: Interval Mathematics, financial accounting, DESAFIO SEBRAE<br />

5


LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />

FIGURA 1 – A RETA REAL R .......................................................................................... 12<br />

FIGURA 2 – O INTERVALO [X1;X2] DA RETA REAL R ............................................... 13<br />

FIGURA 3 – BALANÇO PATRIMONIAL ......................................................................... 17<br />

FIGURA 4 - BALANÇO PATRIMONIAL ......................................................................... 18<br />

FIGURA 5 – BALANÇO PATRIMONIAL ......................................................................... 20<br />

FIGURA 6 - RESULTADO ................................................................................................. 21<br />

FIGURA 7 – GASTOS ......................................................................................................... 22<br />

FIGURA 8 – LUCRO BRUTO ............................................................................................ 22<br />

FIGURA 9 – LUCRO OPERACIONAL .............................................................................. 23<br />

FIGURA 10 - LAIR ............................................................................................................. 23<br />

FIGURA 11 – LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA .......................................... 23<br />

FIGURA 12 – FLUXO DE CAIXA ...................................................................................... 25<br />

FIGURA 13 – DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS .................................................. 29<br />

FIGURA 14 – FLUXO DE CAIXA ...................................................................................... 30<br />

FIGURA 15 - BALANÇO .................................................................................................... 31<br />

FIGURA 16 – INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................... 33<br />

FIGURA 17 – DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS .................................................. 34<br />

FIGURA 18 – FLUXO DE CAIXA ...................................................................................... 34<br />

FIGURA 19 - BALANÇO .................................................................................................... 35<br />

6


FIGURA 20 – REMUNERAÇÃO E TREINAMENTO ...................................................... 35<br />

FIGURA 21 – P&D ............................................................................................................. 36<br />

FIGURA 22 - INVESTIMENTOS ...................................................................................... 36<br />

FIGURA 23 – DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS ................................................................... 37<br />

FIGURA 24 – DECISÕES DE PRODUÇÃO ...................................................................... 37<br />

FIGURA 25 – INSUMOS DE PRODUÇÃO ....................................................................... 38<br />

FIGURA 26 – INSUMOS DE ACABAMENTO ................................................................. 38<br />

FIGURA 27 - DISTRIBUIÇÃO .......................................................................................... 39<br />

FIGURA 28 - PREÇO ......................................................................................................... 39<br />

FIGURA 29 - PATROCÍNIO .............................................................................................. 40<br />

FIGURA 30 – MIX PROMOCIONAL ................................................................................ 40<br />

FIGURA 31 – COMPRA DE INFORMAÇÕES ................................................................. 41<br />

FIGURA 32 – FUNÇÃO RECEITA .................................................................................... 42<br />

FIGURA 33 - DREI ............................................................................................................. 49<br />

FIGURA 34 – FLUXO DE CAIXA INTERVALAR ........................................................... 54<br />

FIGURA 35 - BALANÇO PATRIMONIAL INTERVALAR ............................................. 60<br />

FIGURA 36 – ÁREA DE EQUILÍBRIO ............................................................................. 64<br />

7


LISTA DE SIMBOLOS<br />

max Máximo em Relação a um Conjunto de Números Reais<br />

min Mínimo em Relação a um Conjunto de Números Reais<br />

dom Domínio <strong>da</strong> Função<br />

cod Contradomínio <strong>da</strong> Função<br />

IR Conjunto dos Intervalos Reais<br />

R Conjunto dos Números Reais<br />

f , g Funções<br />

Implica<br />

Pertence<br />

Não Pertence<br />

Existe<br />

Está Contido ou Igual a<br />

Está Contido<br />

Me<strong>no</strong>r ou Igual<br />

Maior ou Igual<br />

8


SUMÁRIO<br />

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11<br />

1.1. Estrutura do Trabalho ............................................................................................... 11<br />

1.2. Motivação................................................................................................................... 11<br />

1.3. Objetivos .................................................................................................................... 11<br />

2. ARITMÉTICA INTERVALAR ..................................................................... 12<br />

2.1. A Reta Real ................................................................................................................ 12<br />

2.2. Intervalo de Números Reais ...................................................................................... 12<br />

2.3. Conjunto IR ................................................................................................................ 13<br />

2.4. Operações Aritméticas em IR ................................................................................... 13<br />

2.4.1. Adição Intervalar .................................................................................................. 13<br />

2.4.1.1. Proprie<strong>da</strong>des Algébricas <strong>da</strong> Adição .................................................................. 13<br />

2.4.2. Pseudo Inverso Aditivo ........................................................................................ 14<br />

2.4.3. Subtração ............................................................................................................ 14<br />

2.4.4. Multiplicação ........................................................................................................ 14<br />

2.4.4.1. Proprie<strong>da</strong>des Algébricas <strong>da</strong> Multiplicação ........................................................ 15<br />

2.4.5. Pseudo Inverso Multiplicativo ............................................................................... 15<br />

2.4.6. Divisão................................................................................................................. 15<br />

2.5. Função Intervalar ....................................................................................................... 15<br />

3. INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE ........................................................ 16<br />

3.1. Princípios Básicos <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong>de........................................................................ 16<br />

3.2. Relatórios Contábeis ................................................................................................. 16<br />

3.3. Balanço Patrimonial .................................................................................................. 17<br />

3.3.1. Ativo .................................................................................................................... 17<br />

3.3.2. Passivo e PL ........................................................................................................ 18<br />

3.4. Apuração do Resultado............................................................................................. 20<br />

3.4.1. Demonstração de Resultado(DRE) ...................................................................... 21<br />

3.5. Fluxo de Caixa ........................................................................................................... 24<br />

3.6. Ponto de Equilíbrio .................................................................................................... 25<br />

4. DESAFIO SEBRAE ................................................................................... 26<br />

4.1. Ambiente do Jogo ..................................................................................................... 27<br />

9


4.2. Toma<strong>da</strong> de Decisões ................................................................................................. 27<br />

4.3. Instrumentos de Apoio <strong>à</strong> Toma<strong>da</strong> de Decisões ....................................................... 28<br />

5. ESTUDO DE CASO................................................................................... 32<br />

5.1. Decisões e Estado <strong>da</strong> Empresa ................................................................................ 32<br />

5.1.1. Informações Gerais e Relatórios .......................................................................... 33<br />

5.1.2. Decisões Toma<strong>da</strong>s .............................................................................................. 35<br />

5.2. Demonstrativo de Resultados Intervalar (DREI) ...................................................... 41<br />

5.3. Fluxo de Caixa Intervalar .......................................................................................... 49<br />

5.4. Balanço Patrimonial Intervalar.................................................................................. 54<br />

5.5. Área de Equilíbrio ...................................................................................................... 60<br />

6. RESULTADOS .......................................................................................... 64<br />

6.1. Relatórios Contábeis ................................................................................................. 65<br />

6.2. Ponto de Equilíbrio .................................................................................................... 67<br />

7. CONCLUSÃO ............................................................................................ 67<br />

8. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 68<br />

10


1. Introdução<br />

1.1. Estrutura do Trabalho<br />

Na seção 1 iremos demonstrar a motivação e o objetivo deste trabalho,<br />

enquanto na 2 iremos fazer uma breve introdução <strong>da</strong> <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong>,<br />

evidenciando os pontos que iremos utilizar, neste mesmo molde iremos fazer<br />

uma introdução <strong>à</strong> contabili<strong>da</strong>de na seção 3. Já na seção 4 iremos discorrer<br />

sobre o DESAFIO SEBRAE. A seção 5 consiste de um estudo de caso, onde<br />

iremos aplicar a <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong> <strong>no</strong>s instrumentos de apoio <strong>à</strong> toma<strong>da</strong> de<br />

decisões financeiras presentes <strong>no</strong> DESAFIO SEBRAE. Na seção 6 iremos<br />

apresentar o resultado real <strong>da</strong>s decisões toma<strong>da</strong>s e o cálculo do ponto de<br />

equilíbrio realizado pelo simulador do jogo, para em segui<strong>da</strong>, na seção 7,<br />

apresentarmos a conclusão do trabalho. Na seção 8 teremos as referências<br />

deste trabalho.<br />

1.2. Motivação<br />

Hoje em dia é ca<strong>da</strong> vez mais difícil para as empresas, sejam elas de<br />

grande, peque<strong>no</strong> ou médio porte, sobreviverem <strong>à</strong> concorrência. Ca<strong>da</strong> decisão é<br />

crucial para o seu futuro. <strong>Uma</strong> toma<strong>da</strong> de decisão erra<strong>da</strong> pode deixar a<br />

empresa eco<strong>no</strong>micamente abala<strong>da</strong>, já uma toma<strong>da</strong> de decisão acerta<strong>da</strong> pode<br />

fortalecer a saúde financeira <strong>da</strong> empresa.<br />

Para ter esta toma<strong>da</strong> de decisão acerta<strong>da</strong> é necessário analisar diversos<br />

fatores. Desta forma em muitos casos é mais viável a obtenção de uma<br />

solução dentro de um intervalo, já que, nem sempre se sabe ao certo o valor<br />

preciso que se deve trabalhar. A <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong> se propõe a <strong>da</strong>r essa<br />

solução com a garantia de que a resposta pertence ao intervalo obtido [3][11].<br />

1.3. Objetivos<br />

Este trabalho tem como objetivo fazer o uso <strong>da</strong> <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong> nas<br />

ferramentas de apoio <strong>à</strong> toma<strong>da</strong> de decisão, encontra<strong>da</strong> pelas empresas como<br />

forma de se obter uma toma<strong>da</strong> de decisão acerta<strong>da</strong>.<br />

11


2. Aritmética Intervalar<br />

O desenvolvimento moder<strong>no</strong> <strong>da</strong> aritmética <strong>intervalar</strong> começou em 1962 com<br />

R. E. Moore [8]. Tendo por base as operações aritméticas sobre os extremos<br />

dos intervalos são defini<strong>da</strong>s as principais operações aritméticas sobre os<br />

mesmos.<br />

2.1. A Reta Real<br />

A reta real R , é defini<strong>da</strong> como o conjunto de todos os números reais<br />

(pontos) munidos <strong>da</strong>s respectivas operações aritméticas: adição, subtração,<br />

multiplicação, inverso e divisão. Seus pontos serão de<strong>no</strong>tados por letras<br />

minúsculas, tais como x, y, z,...<br />

2.2. Intervalo de Números Reais<br />

Figura 1 – A reta real R<br />

Seja R o conjunto dos números reais, e sejam, 1 , x2<br />

<br />

x R , tais que 1 x2<br />

x .<br />

Então o conjunto x R / x x x } é um intervalo de números reais ou<br />

{ 1<br />

2<br />

simplesmente um intervalo e será detonado por:<br />

X [ x1;<br />

x2<br />

]<br />

Os intervalos de números reais serão de<strong>no</strong>tados por letras maiúsculas, tais<br />

como X,Y,Z...<br />

X = [1; 2] , Y = [2; 2] , Z = [-5; 8] são exemplos de alguns intervalos. Os<br />

intervalos <strong>da</strong> forma y ; ] representam números reais, eles são chamados de<br />

[ 1 y1<br />

12


intervalos degenerados, ou intervalo pontual, o qual será identificado com o<br />

número real x 1.<br />

2.3. Conjunto IR<br />

reais:<br />

Figura 2 – O intervalo [x1; x2] <strong>da</strong> reta real R<br />

IR é definido como sendo o conjunto de todos os intervalos de números<br />

IR {[ x1;<br />

x2<br />

] / x1,<br />

x2<br />

R,<br />

x1<br />

x2}<br />

Sejam X , Y IR , com ; ] x X e ] ; y Y . Teremos:<br />

X Y se, e somente se, x y e x y<br />

2.4. Operações Aritméticas em IR<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

[ 1 2 x<br />

[ 1 2 y<br />

Sejam X , Y IR . As operações aritméticas em IR são defini<strong>da</strong>s sobre os<br />

extremos de seus intervalos.<br />

2.4.1. Adição Intervalar<br />

Sejam X , Y IR dois intervalos de reais, com X x ; ] e Y y ; ] .<br />

Teremos:<br />

X Y [(<br />

x1<br />

y1);<br />

( x2<br />

y2<br />

)]<br />

Exemplo: Sejam X = [2; 3] e Y = [4; 5]. Temos:<br />

X + Y = [2; 3] + [4; 5] = [2 + 4; 3 + 5] = [6; 8].<br />

2.4.1.1. Proprie<strong>da</strong>des Algébricas <strong>da</strong> Adição<br />

[ 1 x2<br />

Sejam X , Y,<br />

Z IR . Então valem as seguintes proprie<strong>da</strong>des:<br />

[ 1 y2<br />

13


Fechamento: X , Y IR então X Y IR ;<br />

Associativi<strong>da</strong>de: X ( Y Z ) ( X Y ) Z ;<br />

Comutativi<strong>da</strong>de: X Y Y X ;<br />

Elemento Neutro: , 0 [ 0;<br />

0]<br />

IR tal que X 0 0 X X ;<br />

2.4.2. Pseudo Inverso Aditivo<br />

Seja X IR , com ; ] x X . Então:<br />

[ 1 2 x<br />

X x<br />

; x<br />

] é dito o pseudo inverso aditivo de X.<br />

[ 2 1<br />

Obs: X ( X<br />

) [ 0;<br />

0]<br />

se , e somente se, X é um intervalo degenerado.<br />

No caso em<br />

que ; ] x X então ] ; [ ) X X<br />

x x x x<br />

[ 1 2 x<br />

( 1 2 2 1 , fazendo a x2<br />

x1<br />

X ( X<br />

) [ a;<br />

a]<br />

o qual será dito um <strong>intervalar</strong> simétrico.<br />

Exemplo: Seja X = [2; 3]. Temos – X = [-3; -2] e X ( X<br />

) [ 1;<br />

1]<br />

2.4.3. Subtração<br />

Sejam X , Y IR , com X x ; ] e Y y ; ] .<br />

[ 1 x2<br />

[ 1 y2<br />

Teremos: X Y X Y<br />

) [( x y ); ( x y )]<br />

( 1 2 2 1<br />

Exemplo: Sejam X = [2; 3] e Y = [4; 5].Como – Y = [-5; -4] Temos:<br />

X – Y = [2-5; 3-4] = [-3; -1]<br />

2.4.4. Multiplicação<br />

Sejam X , Y IR , com X x ; ] e Y y ; ] .<br />

Teremos:<br />

[ 1 x2<br />

[ 1 y2<br />

X Y [min{ x1.<br />

y1,<br />

x1.<br />

y2<br />

, x2.<br />

y1,<br />

x2.<br />

y2};<br />

max{ x1.<br />

y1,<br />

x1.<br />

y2<br />

, x2.<br />

y1,<br />

x2.<br />

y2}]<br />

Exemplo: Sejam X = [2; 3] e Y = [4; 5]. Temos:<br />

X .Y = [min{8,12,10,15}; max{8,12,10,15}] = [8; 15]<br />

tem – se<br />

14


2.4.4.1. Proprie<strong>da</strong>des Algébricas <strong>da</strong> Multiplicação<br />

Sejam X , Y , Z IR . Então valem as seguintes proprie<strong>da</strong>des.<br />

Fechamento: X , Y IR então X. Y IR ;<br />

Associativi<strong>da</strong>de: X .( Y.<br />

Z ) ( X.<br />

Y ). Z ;<br />

Comutativi<strong>da</strong>de: X . Y Y.<br />

X ;<br />

Elemento Neutro: , 1 [ 1;<br />

1]<br />

IR tal que X 1<br />

1<br />

X X ;<br />

Subdistributivi<strong>da</strong>de: X ( Y Z)<br />

( X Y<br />

) ( X Z ) ;<br />

2.4.5. Pseudo Inverso Multiplicativo<br />

Seja X IR , com X x ; ] e 0 X . Então:<br />

[ 1 x2<br />

1<br />

X 1<br />

/ X [ 1/<br />

x2<br />

; 1/<br />

x1]<br />

é dito o pseudo inverso multiplicativo de X.<br />

1<br />

Obs: X . X [ 1,<br />

1]<br />

1<br />

se, e somente se, X é um intervalo degenerado.<br />

Exemplo: Seja X = [2; 3]. Temos:<br />

X -1 1<br />

= [1/3; 1/2]. Veja que X . X [ 2 / 3;<br />

3/<br />

2]<br />

2.4.6. Divisão<br />

Sejam X , Y IR , com X x ; ] e Y y ; ] onde 0 Y<br />

. Teremos:<br />

X / Y X . Y<br />

1<br />

[ 1 x2<br />

[ 1 y2<br />

[min{ x1<br />

/ y2<br />

, x1<br />

/ y1,<br />

x2<br />

/ y2<br />

, x2<br />

/ y1};<br />

max{ x1<br />

/ y2<br />

, x1<br />

/ y1,<br />

x2<br />

/ y2<br />

, x2<br />

/ y1}]<br />

1<br />

Exemplo: Sejam X = [2; 3] e Y = [4; 5]. Como Y [ 1/<br />

5;<br />

1/<br />

4]<br />

temos:<br />

X / Y = [min{2/5,2/4,3/5,3/4}; max{2/5,2/4,3/5,3/4}] = [2/5; 3/4]<br />

2.5. Função Intervalar<br />

Seja f : X Y uma função.<br />

15


Se X Dom(<br />

f ) IR e Y Cod(<br />

f ) IR,<br />

X f ( X ) , então f é dita uma<br />

função <strong>intervalar</strong>.<br />

Exemplo: São <strong>intervalar</strong>es as funções: f : IR IR e g : IR IR defini<strong>da</strong>s por:<br />

2<br />

X f ( X ) [ 2;<br />

3].<br />

X [ 4;<br />

5]<br />

e X g(<br />

X ) [ 1;<br />

2].<br />

X [ 3;<br />

5]<br />

X [ 0;<br />

1]<br />

.<br />

3. Introdução <strong>à</strong> contabili<strong>da</strong>de<br />

3.1. Princípios Básicos <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong>de<br />

Nos meios contábeis existe um conjunto de regras geralmente aceito<br />

chamado: Princípios Fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong>de. Essas regras, com<br />

raras exceções são aceitas universalmente. Elas surgiram <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de<br />

apresentar uma linguagem comum para preparar e interpretar apropria<strong>da</strong>mente<br />

os relatórios contábeis. É importante saber que tais princípios são guias que<br />

<strong>no</strong>rteiam todo o processo contábil, porém, não é necessário segui-los a risca.<br />

Para o desenvolvimento do <strong>no</strong>sso trabalho, entretanto, não é necessário a<br />

relação desses princípios. Para um maior aprofun<strong>da</strong>mento do assunto<br />

indicamos Marion[5].<br />

3.2. Relatórios Contábeis<br />

O Relatório contábil expõe os principais fatos registrados pela contabili<strong>da</strong>de<br />

em um determinado período. Eles também são conhecidos por informes<br />

contábeis. Dentre os vários relatórios contábeis os mais importantes são as<br />

demonstrações financeiras ou demonstrações contábeis. A Lei <strong>da</strong>s S.A.(Lei<br />

6.404/76), em seu artigo 176 estabelece que, ao fim de ca<strong>da</strong> exercício<br />

social(12 meses) a diretoria elaborará, com base na escrituração mercantil <strong>da</strong><br />

empresa, as demonstrações financeiras(ou contábeis) relaciona<strong>da</strong>s a seguir,<br />

que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio <strong>da</strong> companhia e as<br />

mutações ocorri<strong>da</strong>s <strong>no</strong> exercício.[14]<br />

Balanço patrimonial<br />

Demonstração do resultado do exercício<br />

Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados<br />

16


Demonstração de origens e aplicações de recursos.<br />

3.3. Balanço Patrimonial<br />

O balanço patrimonial reflete a posição financeira <strong>da</strong> empresa em um<br />

determinado momento. Ele é representado em uma tabela de duas colunas: a<br />

do lado direito, de<strong>no</strong>mina<strong>da</strong> Passivo e Patrimônio Líquido e a do lado<br />

esquerdo, de<strong>no</strong>mina<strong>da</strong> Ativo.<br />

Com o exposto acima podemos ter a seguinte representação gráfica:<br />

3.3.1. Ativo<br />

BALANÇO PATRIMONIAL<br />

ATIVO<br />

PASSIVO e<br />

PATRIMONIO LÍQUIDO<br />

Figura 3 – Balanço Patrimonial<br />

Ativo inclui tudo o que a empresa possui, como recursos financeiros,<br />

imóveis, carros, etc. <strong>Uma</strong> boa definição de ativo é <strong>da</strong><strong>da</strong> por Marion[5].<br />

“O Ativo são todos os bens e direitos de proprie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> empresa,<br />

mensuráveis monetariamente, que representam benefícios<br />

presentes ou benefícios futuros para a empresa.”<br />

Para que um elemento seja evidenciado como ativo é necessário preencher<br />

quatro características simultaneamente:<br />

Bens ou direitos<br />

Proprie<strong>da</strong>de<br />

Mensurável em dinheiro<br />

Benefícios presentes ou futuros<br />

Com a finali<strong>da</strong>de de uma maior clareza na demonstração <strong>da</strong>s contas do<br />

ativo, o mesmo, é dividido em diversos grupos de contas de mesmas<br />

características. As contas são agrupa<strong>da</strong>s de acordo com o seu grau de<br />

liquidez.<br />

17


O primeiro grupo apresentado, chamado de Ativo Circulante, contém as<br />

contas que já são dinheiro, como por exemplo, caixa, e as que se converterão<br />

em dinheiro rapi<strong>da</strong>mente, como por exemplo, os estoques.<br />

O segundo grupo apresentado, chamado de Ativo Realizável a Longo<br />

Prazo, contém as contas que têm um me<strong>no</strong>r grau de liquidez, como por<br />

exemplo, os valores a receber que “demoram” mais de 180 dias a serem<br />

recebidos.<br />

O ultimo grupo apresentado, chamado de Ativo Permanente, contém os<br />

itens que dificilmente serão vendidos, como por exemplo, o imóvel <strong>da</strong> empresa.<br />

3.3.2. Passivo e PL<br />

O passivo é to<strong>da</strong> a obrigação exigível que a empresa tem com terceiros, ou<br />

seja, tudo que a empresa deve. Já o patrimônio líquido são os recursos dos<br />

proprietários aplicados <strong>no</strong> empreendimento, acrescido, dos lucros ou<br />

descontados os prejuízos.<br />

Com as <strong>no</strong>vas definições, teremos uma <strong>no</strong>va representação gráfica do<br />

balanço patrimonial.<br />

BALANÇO PATRIMONIAL<br />

Ativo Passivo<br />

Bens e Direitos Obrigações a Pagar<br />

Patrimônio Líquido<br />

Capital<br />

Lucros Acumulados<br />

Figura 4 - Balanço Patrimonial<br />

O passivo também é chamado de Capital de Terceiros, isto é, recursos de<br />

indivíduos ou enti<strong>da</strong>des emprestados <strong>à</strong> empresa (fonte externa de capital). Já o<br />

Patrimônio Líquido também é de<strong>no</strong>minado de Capital Próprio, isto é, recursos<br />

dos próprios sócios ou acionistas (Fonte Interna de Capital).<br />

Com essa definição é fácil perceber que para se calcular o Capital Próprio<br />

(Patrimônio Líquido) de uma Empresa, é necessário subtrair os seus bens e<br />

direitos (ATIVO) dos Capitais de Terceiros(PASSIVO).<br />

18


Logo,<br />

“ATIVO” – “PASSIVO” = “PATRIMÔNIO LÍQUIDO”<br />

<strong>Uma</strong> empresa só pode aplicar contabilmente aquilo que tem origem legal. É<br />

necessário ressaltar que o Ativo de uma empresa, sempre será igual ao seu<br />

Passivo acrescido do Patrimônio Líquido, uma vez que, o seu ativo será<br />

originado do dinheiro investido na empresa pelos sócios e dos seus lucros<br />

futuros, ou seja, o seu Patrimônio Líquido, acrescido <strong>da</strong>s dívi<strong>da</strong>s que a mesma<br />

contrairá com, Bancos, Financeiras, Fornecedores de Mercadorias, Gover<strong>no</strong> ,<br />

etc, ou seja, seu Passivo.<br />

Logo,<br />

“ATIVO” = “PASSIVO” + “PATRIMÔNIO LÍQUIDO”<br />

Para um melhor entendimento na demonstração <strong>da</strong>s contas do passivo, o<br />

mesmo, é dividido em diversos grupos de contas de mesmas características.<br />

As contas são agrupa<strong>da</strong>s de acordo com seu vencimento.<br />

O primeiro grupo apresentado, chamado de Passivo Circulante, contém as<br />

contas que serão liqui<strong>da</strong><strong>da</strong>s mais rapi<strong>da</strong>mente, como por exemplo, os salários.<br />

O segundo grupo apresentado, chamado de Passivo Exigível a Longo<br />

Prazo, contém as contas que serão pagas em um prazo mais longo, como por<br />

exemplo, os financiamentos.<br />

O último grupo apresentado, chamado de Patrimônio Líquido, contém as<br />

obrigações não exigíveis com os proprietários <strong>da</strong> empresa, ou seja,<br />

integralização de capital pelos sócios ou acionistas.<br />

Com as definições do grupo de contas do passivo apresenta<strong>da</strong>s nessa<br />

seção e do ativo na 3.3.1, podemos representar graficamente o balanço<br />

patrimonial de acordo com o grupo de contas do ativo e passivo.<br />

19


3.4. Apuração do Resultado<br />

BALANÇO PATRIMONIAL<br />

Ativo Passivo<br />

Circulante Circulante<br />

Realizável a LP Exigível a LP<br />

Permanente Patrimônio Líquido<br />

Figura 5 – Balanço Patrimonial<br />

O resultado obtido, que é apurado a ca<strong>da</strong> exercício contábil, é a diferença<br />

entre as receitas e as despesas. Ele poderá ser positivo (Lucro), ou, negativo<br />

(Prejuízo).<br />

“Receitas” – “Despesas” = “Resultado”<br />

A receita é refleti<strong>da</strong> <strong>no</strong> balanço através de entra<strong>da</strong> de dinheiro <strong>no</strong> caixa, ou,<br />

entra<strong>da</strong> em forma de direitos a receber, ela relaciona-se com as ven<strong>da</strong>s de<br />

mercadorias. Já a despesa é refleti<strong>da</strong> através <strong>da</strong> redução de caixa, ou, um<br />

aumento de uma dívi<strong>da</strong>, e é relaciona<strong>da</strong> com todo o consumo de bens ou<br />

serviços para a obtenção de receita, é importante ressaltar que, algumas<br />

despesas não implicam em saí<strong>da</strong> de caixa, em alguns casos elas indicam<br />

apenas que o valor contábil do seu investimento está sendo reduzido, como por<br />

exemplo, depreciação. [2]<br />

O resultado obtido através do confronto entre receita e despesa é acrescido<br />

ou decrescido, <strong>no</strong> caso de lucro ou prejuízo respectivamente, ao patrimônio<br />

líquido. É importante ressaltar que, lucro não quer dizer entra<strong>da</strong> de caixa.<br />

Significa apenas dizer que as receitas <strong>da</strong> empresa foram superiores <strong>à</strong>s suas<br />

despesas. [2]<br />

20


3.4.1. Demonstração de Resultado(DRE)<br />

A apuração de resultado do exercício é <strong>da</strong><strong>da</strong> em um relatório separado,<br />

chamado Demonstração de Resultados, nele é apresentado o resumo <strong>da</strong>s<br />

receitas e <strong>da</strong>s despesas, entretanto, não é somente esses fatores que<br />

influenciam <strong>no</strong> resultado. Outros fatores como per<strong>da</strong> – gasto que não visa<br />

obtenção de receita – e ganho, lucro que independe <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de operacional<br />

<strong>da</strong> empresa, diminuem ou aumentam o lucro apurado pela DRE.<br />

O resultado é obtido subtraindo Receita + Ganho dos Custos + Despesas +<br />

Per<strong>da</strong>s.<br />

Receita + Ganhos<br />

(-) Custos + Despesas + Per<strong>da</strong>s<br />

= Resultado (Lucro ou Prejuízo)<br />

Figura 6 - Resultado<br />

Gasto é o sacrifício financeiro, ou criação de dívi<strong>da</strong>, para a obtenção de um<br />

bem ou um serviço. Estes gastos se subdividem em custos e despesas. [13]<br />

Custo é a associação, <strong>no</strong> momento <strong>da</strong> produção, dos gastos efetuados<br />

com materiais e insumos, esse custo, <strong>no</strong> momento de ven<strong>da</strong>, é chamado de<br />

Custos de Produtos Vendidos (CPV) – <strong>no</strong> caso <strong>da</strong> indústria. Eles podem ser<br />

fixos – não variam com o volume de produção ou de ven<strong>da</strong>s – ou variáveis,<br />

variam proporcionalmente ao volume produzido ou vendido. [2]<br />

Anteriormente já foi visto o conceito de despesa, porém é importante<br />

ressaltar que ela é o gasto que não está ligado diretamente com a produção,<br />

ou não são realizados dentro <strong>da</strong> fábrica, como: comissão de vendedores, juros,<br />

aluguel, etc. Assim como os custos ela pode ser fixa – não varia<br />

proporcionalmente ao volume produzido ou vendido como, por exemplo,<br />

aluguel, ho<strong>no</strong>rários de contador, seguro <strong>da</strong> empresa, etc – ou variáveis –<br />

variam com o volume de produção ou de ven<strong>da</strong>s como, por exemplo,<br />

comissões sobre ven<strong>da</strong>s. [13]<br />

21


Para uma maior compreensão do escrito acima observe a figura abaixo<br />

retira<strong>da</strong> de Marion [5].<br />

1º Estágio<br />

Sacrifícios para Aquisição<br />

(Fase Estática)<br />

GASTOS<br />

2º Estágio<br />

Operacionali<strong>da</strong>de<br />

(Fase Dinâmica)<br />

Ativo Máquinas<br />

Matéria-Prima<br />

Custo Mão-de-obra<br />

Despesa Desp.<br />

Administrativa<br />

de Ven<strong>da</strong>s e<br />

Financeiras<br />

Figura 7 – Gastos<br />

-<br />

3º Estágio<br />

Ven<strong>da</strong><br />

(Apuração do Resultado)<br />

Custo Prod. Vendidos<br />

Desp.Diversas<br />

Visto os comentários iniciais acima, acerca do demonstrativo de resultados,<br />

vamos agora vê-lo de uma forma mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />

O demonstrativo de resultado indica o retor<strong>no</strong> obtido a partir do<br />

investimento dos do<strong>no</strong>s <strong>da</strong> empresa, podendo vir na forma de lucro, ou<br />

prejuízo. Esse retor<strong>no</strong> obtido é chamado de resultado, porém a termi<strong>no</strong>logia<br />

comumente usa<strong>da</strong> é lucro, então iremos trabalhar com ela. Na DRE vão<br />

aparecer os seguintes lucros:<br />

Lucro Bruto, obtido através <strong>da</strong> diferença entre receita e o custo <strong>da</strong><br />

mercadoria vendi<strong>da</strong>, sem levar em conta as despesas administrativas, de<br />

ven<strong>da</strong>s e financeiras. A receita utiliza<strong>da</strong> nesse cálculo é a receita líqui<strong>da</strong> – que<br />

é obti<strong>da</strong> através <strong>da</strong>s deduções (impostos, devoluções, abatimentos e<br />

descontos comerciais) sobre a receita bruta que é receita real <strong>da</strong> empresa<br />

(ven<strong>da</strong> de produtos).<br />

Receita Bruta<br />

(-) Deduções<br />

= Receita Líqui<strong>da</strong><br />

(-) Custo Mercadoria Vendi<strong>da</strong><br />

= Lucro Bruto<br />

Figura 8 – Lucro Bruto<br />

Desgaste<br />

Transformação<br />

22


Lucro Operacional, obtido subtraindo, do lucro bruto, as despesas<br />

operacionais – são aquelas que colaboram para a manutenção <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de<br />

operacional <strong>da</strong> empresa, como por exemplo, despesas de ven<strong>da</strong>s,<br />

administrativas, financeiras. A primeira compreende a comercialização e a<br />

distribuição do produto junto ao consumidor, a segun<strong>da</strong> envolve os gastos <strong>no</strong>s<br />

escritórios necessários para a administração <strong>da</strong> empresa, a terceira abrange os<br />

pagamentos aos capitais de terceiros, como por exemplo, juros pagos,<br />

descontos concedidos, etc.<br />

Lucro Bruto<br />

(-) Despesas Operacionais<br />

= Lucro Operacional<br />

Figura 9 – Lucro Operacional<br />

Lucro Antes do Imposto de Ren<strong>da</strong>(LAIR), obtido subtraindo e somando,<br />

do lucro operacional, as despesas e as receitas, respectivamente, que não são<br />

relaciona<strong>da</strong>s diretamente com o objetivo do negócio <strong>da</strong> empresa, é o caso dos<br />

ganhos e per<strong>da</strong>s discutidos anteriormente.<br />

Lucro Operacional<br />

(-) Despesas Operacionais<br />

(+) Receitas Operacionais<br />

= LAIR<br />

Figura 10 - LAIR<br />

Lucro Depois do Imposto de Ren<strong>da</strong>, obtido através <strong>da</strong> diferença entre o<br />

LAIR e o imposto de ren<strong>da</strong>.<br />

LAIR<br />

(-) Imposto de Ren<strong>da</strong><br />

= Lucro Depois do Imposto de<br />

Ren<strong>da</strong><br />

Figura 11 – Lucro depois do Imposto de Ren<strong>da</strong><br />

Lucro Líquido é o lucro que fica a disposição dos sócios ou acionistas <strong>da</strong><br />

empresa, ele é obtido deduzindo do lucro depois do imposto de ren<strong>da</strong>, as<br />

participações de empregados, administradores, partes beneficiárias, assim<br />

23


como as contribuições para instituições ou fundos de assistência de<br />

previdência de empregados.<br />

3.5. Fluxo de Caixa<br />

O fluxo de caixa, apesar de não ser exigido por lei, é de grande importância<br />

para a análise financeira <strong>da</strong> empresa, a partir dele são esclareci<strong>da</strong>s situações<br />

complica<strong>da</strong>s de entender, como, por exemplo, o porque <strong>da</strong> empresa apesar de<br />

grandes lucros está com o caixa baixo. Essa demonstração, também propicia<br />

uma melhor elaboração do planejamento financeiro, fazendo com que o<br />

gerente saiba qual o melhor momento para contrair empréstimos, para cobrir<br />

gastos, assim como quando aplicar o excesso do dinheiro <strong>no</strong> mercado<br />

financeiro.<br />

Na demonstração do fluxo de caixa é indica<strong>da</strong> a procedência de todo o<br />

dinheiro que entrou <strong>no</strong> caixa, e to<strong>da</strong> a <strong>aplicação</strong> do dinheiro que saiu dele em<br />

um determinado período, além do resultado desse fluxo financeiro.<br />

Existem, transações financeiras que afetam o caixa aumentando-o e outras<br />

o diminuindo, além <strong>da</strong>s que não afetam o caixa (depreciação, amortização,<br />

devedores duvidosos, etc.). São exemplos de transações que aumentam o<br />

caixa:<br />

Integralização do capital pelos sócios ou acionistas (Investimentos<br />

realizados pelos proprietários em dinheiro);<br />

Empréstimos bancários e financiamentos;<br />

Ven<strong>da</strong> de itens do ativo permanente;<br />

Ven<strong>da</strong>s a vista e recebimento de duplicatas a receber;<br />

Juros recebidos, indenizações de seguros etc.<br />

São exemplos de transações que diminuem o caixa:<br />

Pagamentos de dividendos aos acionistas;<br />

Pagamento de juros, correção monetária <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> e amortização <strong>da</strong><br />

dívi<strong>da</strong>;<br />

Aquisição de item do ativo permanente;<br />

24


Compras <strong>à</strong> vista e pagamentos de fornecedores;<br />

Pagamentos de despesa/custo, contas a pagar e outros.<br />

A seguir vamos mostrar um gráfico que exemplifica bem a entra<strong>da</strong> e saí<strong>da</strong><br />

de dinheiro <strong>no</strong> caixa.<br />

Integralização<br />

de capital<br />

Pagamentos<br />

de dividendos<br />

3.6. Ponto de Equilíbrio<br />

Figura 12 – Fluxo De Caixa<br />

Ponto de equilíbrio é o ponto onde a receita e despesa se igualam, ou seja,<br />

quanto dinheiro necessita entrar, <strong>no</strong> caso de serviço ou comércio, ou quantas<br />

uni<strong>da</strong>des de um produto precisam serem produzi<strong>da</strong>s e vendi<strong>da</strong>s, <strong>no</strong> caso <strong>da</strong><br />

indústrai, para cobrir todos os seus custos. Como a sua própria definição já <strong>no</strong>s<br />

mostra, ele pode vir de duas formas: Ponto de equilíbrio em produção<br />

(quanti<strong>da</strong>de) e ponto de equilíbrio em receita (valor monetário).<br />

Margem de contribuição (MC) é a diferença entre o preço de ven<strong>da</strong>(PV) do<br />

produto e o seu custo variável (CV). Ou seja quanto ca<strong>da</strong> produto contribui<br />

para cobrir os custos fixos É importante conhecer a margem de contribuição de<br />

um produto, pois a partir dela sabemos se o preço de ven<strong>da</strong> paga o custo<br />

variável do produto e se ele é suficiente para cobrir o custo fixo <strong>da</strong> empresa e<br />

gerar lucro.<br />

Empréstimos<br />

bancários<br />

Pagamentos de<br />

juros, e etc.<br />

Ven<strong>da</strong>s de itens do<br />

permanente<br />

CAIXA<br />

($$)<br />

Aquisição de item do<br />

ativo permanente<br />

Ven<strong>da</strong>s a vista e<br />

recebimento de<br />

duplicatas<br />

Juros, dividendos<br />

e etc.<br />

Pagamentos de<br />

despesas/custo e<br />

outros<br />

Compras a vista e<br />

pagamento de<br />

fornecedores<br />

25


MC = PV – CV<br />

Ponto de equilíbrio em quanti<strong>da</strong>de<br />

O ponto de equilíbrio em quanti<strong>da</strong>de ( PEq) é o número de uni<strong>da</strong>des que você<br />

precisa vender para cobrir o custo fixo <strong>da</strong> sua empresa. Para obter esta<br />

quanti<strong>da</strong>de é necessário dividir o custo fixo (CF) pela margem de<br />

contribuição(MC).<br />

Ponto de equilíbrio em valor monetário<br />

=<br />

O ponto de equilíbrio em valor monetário (PEm) é o quanto uma empresa<br />

necessita faturar para cobrir to<strong>da</strong>s as despesas, sem ganhar nem perder na<strong>da</strong>.<br />

Para calculá-lo, diferentemente do ponto de equilíbrio em quanti<strong>da</strong>de, usamos<br />

o índice de margem de contribuição (IMC) – é o valor percentual, sobre o<br />

preço de ven<strong>da</strong>, com que ca<strong>da</strong> produto contribui para abater o custo fixo <strong>da</strong><br />

empresa – que é obtido dividindo a margem de contribuição pelo preço de<br />

ven<strong>da</strong> do produto. Então teremos:<br />

4. DESAFIO SEBRAE<br />

=<br />

O DESAFIO SEBRAE é um jogo de empresas que simula um mercado<br />

competitivo real e tem como objetivo passar os conhecimentos <strong>da</strong> área de<br />

negócios para todos os participantes.<br />

Não temos a intenção de descrever minuciosamente ca<strong>da</strong> ferramenta do<br />

jogo. Iremos, <strong>no</strong> item 4.1 esclarecer o ambiente em que a empresa está<br />

26


inseri<strong>da</strong>, já <strong>no</strong> item 4.2 definiremos quais as decisões a serem toma<strong>da</strong>s pelos<br />

jogadores, enquanto <strong>no</strong> item 4.3 indicaremos os instrumentos de apoio <strong>à</strong><br />

toma<strong>da</strong> de decisões.<br />

4.1. Ambiente do Jogo<br />

Ao iniciar, o jogador se encontrará como gerente de uma empresa fabril de<br />

peque<strong>no</strong> porte do setor moveleiro. A competição ocorre em uma indústria<br />

concentra<strong>da</strong>, composta por até oito empresas em condições iniciais iguais [2]<br />

Ca<strong>da</strong> empresa tomará as suas decisões com o intuito de obter um<br />

desempenho melhor que os seus concorrentes, ca<strong>da</strong> decisão irá abranger um<br />

período que corresponde a três meses de funcionamentos <strong>da</strong> fábrica.<br />

Quanto <strong>à</strong> determinação do resultado, o manual do jogo profere [2]:<br />

“Os resultados <strong>da</strong>s decisões são determinados aplicando um<br />

conjunto de hipóteses econômicas razoáveis e suposições<br />

contábeis.”<br />

4.2. Toma<strong>da</strong> de Decisões<br />

O jogo divide a empresa em cinco setores: Recursos Huma<strong>no</strong>s, Estratégia,<br />

Operacional, Marketing e Finanças. Todos os setores possuem decisões a<br />

serem toma<strong>da</strong>s, porém, <strong>no</strong> setor de finanças, que será explicado na seção 4.3,<br />

é necessário apenas uma – distribuição de lucros –, desse modo, para melhor<br />

entendimento iremos demonstrá-la como uma decisão do setor estratégia, uma<br />

vez que tal decisão não deixa de ser uma decisão estratégica.<br />

O departamento de recursos huma<strong>no</strong>s contém decisões de contratação<br />

de pessoal, política salarial – aqui é importante ressaltar que a remuneração é<br />

acresci<strong>da</strong> em tor<strong>no</strong> <strong>da</strong> inflação do período, além dos custos de horas extras – e<br />

treinamento.<br />

Na estratégia temos decisões de quanto gastar com pesquisa e<br />

desenvolvimento (P&D) e de investimentos em: Ampliação <strong>da</strong> Capaci<strong>da</strong>de<br />

27


de Produção (aumento <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> empresa produzir em número de<br />

uni<strong>da</strong>des), Automação (maquinário), Manutenção e Distribuição de Lucros.<br />

No operacional teremos decisão de produção (quantas uni<strong>da</strong>des deverão<br />

ser produzi<strong>da</strong>s), distribuição (distribuição <strong>no</strong>s territórios que o produto é<br />

vendido) e de quanto gastar com insumos. Estes são divididos em: insumos<br />

de acabamento e de produção. Estes são fornecidos por deman<strong>da</strong> e não<br />

sofrem custos de estocagem, e são oferecidos em diversas marcas, ca<strong>da</strong> uma<br />

com um custo e uma característica, aqueles são encomen<strong>da</strong>dos para o<br />

próximo período, entretanto pelo regime de competência a despesa sai do<br />

caixa <strong>no</strong> período em que a compra é feita. É importante saber que é adicionado<br />

aos custos dos insumos o valor do custo do pedido (custos como o transporte).<br />

No marketing tomaremos decisões de quanto gastar em: patrocínio, mix<br />

promocional (folhetos, internet e mala direta) e pesquisa de mercado. E de<br />

quanto será o preço do produto, podendo autorizar prazos e descontos. Os<br />

descontos são usados para incentivar as ven<strong>da</strong>s em períodos de baixa<br />

sazonali<strong>da</strong>de, eles são utilizados em apenas um percentual <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s, que é<br />

definido pelo desempenho de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> indústria.<br />

4.3. Instrumentos de Apoio <strong>à</strong> Toma<strong>da</strong> de Decisões<br />

Estes instrumentos correspondem ao setor financeiro <strong>da</strong> empresa. Nele são<br />

encontrados os relatórios, análise do ponto de equilíbrio e análise de<br />

sensibili<strong>da</strong>de.<br />

Ao térmi<strong>no</strong> de ca<strong>da</strong> ro<strong>da</strong><strong>da</strong>, os participantes poderão avaliar os resultados<br />

<strong>da</strong>s decisões toma<strong>da</strong>s a partir de três tipos de relatórios disponíveis: Fluxo de<br />

caixa, Balanço e Demonstração de resultados (Demonstrativo de resultados).<br />

Como podemos perceber esses relatórios são ulteriores <strong>à</strong>s decisões e<br />

oferecem uma análise de como a empresa se comportou de acordo com elas.<br />

Na seção 3 já os explicamos sucintamente, por conseguinte, iremos apenas<br />

ilustrar as informações que o jogo apresenta em ca<strong>da</strong> um deles, para em<br />

segui<strong>da</strong>, na seção 5, fazer uma projeção <strong>intervalar</strong> dos mesmos.<br />

Demonstração de resultados<br />

28


Resultados<br />

Receita de Ven<strong>da</strong>s<br />

Custos dos Produtos Vendidos<br />

Margem Bruta<br />

Receita Financeira<br />

Receita Líqui<strong>da</strong><br />

Despesas<br />

Estocagem<br />

Administrativas<br />

Mão-de-Obra<br />

Compra de Informação<br />

Manutenção<br />

Patrocínio<br />

Mix Promocional<br />

P&D e Treinamento<br />

Depreciação<br />

Instalação<br />

Despesas Financeiras<br />

Taxas e Multas<br />

Total de despesas<br />

LAIR<br />

Imposto de Ren<strong>da</strong><br />

Lucro Líquido<br />

Distribuição de Lucros<br />

Aumento/Redução do PL<br />

Figura 13 – Demonstrativo de Resultados<br />

29


Fluxo de Caixa<br />

Fontes<br />

Receita de Ven<strong>da</strong><br />

Contas Recebi<strong>da</strong>s<br />

Receita Financeira<br />

Total de Fontes<br />

Usos<br />

Quitação de Contas a Pagar<br />

Estocagem<br />

Administrativas<br />

Insumos<br />

Mão-de-Obra<br />

Compra de Informações<br />

Manutenção<br />

Patrocínio<br />

Mix Promocional<br />

P&D e Treinamento<br />

Instalação<br />

Despesas Financeiras<br />

Impostos<br />

Distribuição de Lucros<br />

Expansão <strong>da</strong> Produção<br />

Automação<br />

Taxas e Multas<br />

Total de Usos<br />

Empréstimos<br />

Pagamentos de Empréstimos<br />

Variação do Caixa<br />

Caixa Inicial<br />

Caixa Final<br />

Figura 14 – Fluxo de Caixa<br />

30


Balanço<br />

ATIVO<br />

Circulante<br />

Caixa<br />

Contas a Receber<br />

Valor do Estoque de IA<br />

Valor do Estoque de PA<br />

Aplicações Financeiras<br />

Permanente<br />

Investimento<br />

Uni<strong>da</strong>des de Produção<br />

( - ) Depreciação Acumula<strong>da</strong><br />

Equipamento<br />

( - ) Depreciação Acumula<strong>da</strong><br />

Outros<br />

Total Ativo<br />

PASSIVO<br />

Circulante<br />

Contas a Pagar<br />

Empréstimos a Curto Prazo<br />

Exigível a Longo Prazo<br />

Empréstimos a Longo Prazo<br />

PATRIMONIO LÍQUIDO<br />

Capital<br />

Lucros Acumulados<br />

Total Passivo e PL<br />

Figura 15 - Balanço<br />

A análise do ponto de equilíbrio, assim como os relatórios acima já foram<br />

explicados na seção 3, <strong>no</strong> jogo é usado a análise do ponto de equilíbrio em<br />

quanti<strong>da</strong>de, na seção 5 iremos aplicar-lhe a <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong>. Como os<br />

custos fixos serão <strong>intervalar</strong>es não teremos mais um ponto de equilíbrio,<br />

teremos uma área de equilíbrio.<br />

31


5. Estudo de Caso<br />

Nesta seção iremos aplicar a <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong> nas ferramentas de<br />

apoio <strong>à</strong> toma<strong>da</strong> de decisões já demonstra<strong>da</strong>s na seção 4. Os <strong>da</strong>dos foram<br />

tirados do Jogo DESAFIO SEBRAE 2006. As decisões de investimentos,<br />

produção, etc. já foram toma<strong>da</strong>s, não estamos aqui para questioná-las, iremos,<br />

apenas, a partir delas, projetar a situação futura <strong>da</strong> empresa. As estimativas<br />

foram feitas com base <strong>no</strong>s <strong>da</strong>dos disponíveis <strong>no</strong>s indicadores <strong>da</strong> empresa,<br />

como por exemplo, previsão de sazonali<strong>da</strong>de, ativi<strong>da</strong>de econômica, etc., como<br />

também <strong>no</strong> comportamento do mercado e na estratégia de jogo do grupo. Na<br />

seção 5.2 iremos fazer a projeção <strong>intervalar</strong> do demonstrativo de resultados, na<br />

5.3 a do fluxo de caixa, na 5.4 iremos projetar o balanço patrimonial <strong>intervalar</strong>,<br />

e finalmente na 5.5 iremos desenvolver a área de equilíbrio. Em segui<strong>da</strong>, na<br />

seção 6, mostraremos a situação real apresenta<strong>da</strong> pela empresa após as<br />

toma<strong>da</strong>s de decisões. Antes disso tudo, iremos, na seção 5.1 demonstrar as<br />

decisões toma<strong>da</strong>s, como também, o estado em que se encontra a empresa.<br />

5.1. Decisões e Estado <strong>da</strong> Empresa<br />

As informações conti<strong>da</strong>s nesta seção são de suma importância, iremos<br />

diversas vezes <strong>no</strong>s reportarmos a elas. Primeiramente, na seção 5.1.1 iremos<br />

ilustrar, com imagens <strong>da</strong> tela do jogo, to<strong>da</strong>s as informações gerais<br />

(Indicadores) e os relatórios, disponíveis, já na seção 5.1.2 iremos ilustrar,<br />

também com telas do jogo, as decisões toma<strong>da</strong>s pelo grupo para a ro<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

seguinte.<br />

32


5.1.1. Informações Gerais e Relatórios<br />

Informações Gerais<br />

Figura 16 – Informações Gerais<br />

33


Demonstrativo de Resultados<br />

Fluxo de Caixa<br />

Figura 17 – Demonstrativo de Resultados<br />

Figura 18 – Fluxo de Caixa<br />

34


Balanço<br />

5.1.2. Decisões Toma<strong>da</strong>s<br />

Remuneração & Treinamento<br />

Figura 19 - Balanço<br />

Figura 20 – Remuneração e Treinamento<br />

35


P&D<br />

Investimentos<br />

Figura 21 – P&D<br />

Figura 22 – Investimentos<br />

36


Distribuição de Lucros<br />

Decisões de Produção<br />

Figura 23 – Distribuição de Lucros<br />

Figura 24 – Decisões de Produção<br />

37


Insumos de Produção<br />

Insumos de Acabamento<br />

Figura 25 – Insumos de Produção<br />

Figura 26 – Insumos de Acabamento<br />

38


Distribuição<br />

Preço<br />

Figura 27 - Distribuição<br />

Figura 28 – Preço<br />

39


Patrocínio<br />

Mix Promocional<br />

Figura 29 - Patrocínio<br />

Figura 30 – Mix Promocional<br />

40


Compra de Informações<br />

Figura 31 – Compra de Informações<br />

5.2. Demonstrativo de Resultados Intervalar (DREI)<br />

Com base nas informações <strong>da</strong> seção 5.1, iremos projetar o demonstrativo<br />

de resultados do período ulterior ao <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> de decisões, buscando, desse<br />

modo, conhecer a situação futura <strong>da</strong> empresa.<br />

No segmento resultados do DRE temos o item Receita de Ven<strong>da</strong>s, para<br />

fazer a projeção deste é necessário estimar um percentual de ven<strong>da</strong>s sobre os<br />

produtos a disposição dos clientes (Dormitório – 2.100; Infantil – 906). O valor<br />

estimado foi de um total de ven<strong>da</strong>s de 98%, iremos admitir um erro de 2% para<br />

mais e para me<strong>no</strong>s (Dormitório: [2016; 2100]; Infantil: [869; 906]). Na seção<br />

5.1.2 podemos perceber que foi utilizado o preço de 389,90 para o dormitório,<br />

na capital e <strong>no</strong> interior, e o preço de 249,90 para a linha infantil, também na<br />

capital e <strong>no</strong> interior, entretanto ambos os preços têm um desconto de 16,5%,<br />

que é utilizado quando as ven<strong>da</strong>s estão fracas [2], em virtude disto teremos<br />

que calcular um preço médio para podermos estipular a receita. Como as<br />

estimativas de ven<strong>da</strong>s são favoráveis (98%), foi estipulado um valor de 98%<br />

<strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s com o preço <strong>no</strong>rmal e 2% com o preço com desconto, com uma<br />

41


margem de erro de 2% para mais e para me<strong>no</strong>s, logo, teremos um preço de [$<br />

387,32; $ 389,90] para os dormitórios e [$ 248,25; $ 249,90] para a linha<br />

infantil, usamos o arredon<strong>da</strong>mento direcionado que consiste em arredon<strong>da</strong>r o<br />

extremo inferior e superior do intervalo, para baixo e para cima<br />

respectivamente [10]. A receita de ven<strong>da</strong>s corresponde <strong>à</strong> multiplicação do<br />

preço com a quanti<strong>da</strong>de vendi<strong>da</strong> (neste caso pretendi<strong>da</strong>) dos respectivos itens.<br />

Assumindo que: Receita de Ven<strong>da</strong>s do Dormitório Intervalar = RVD, Receita de<br />

Ven<strong>da</strong>s do Infantil Intervalar = RVI e Receita de Ven<strong>da</strong>s Pretendi<strong>da</strong> Intervalar =<br />

RV. Com tudo isto teremos:<br />

= [$ 387,32; $ 389,90] × [2016; 2100]<br />

= [$ 780.837,12; $ 818.790,00]<br />

= [$ 248,25; $ 249,90] × [869; 906]<br />

= [$ 215.729,25; $ 224.914,50]<br />

= +<br />

= [$ 780.837,12; $ 818.790,00] + [$ 215.729,25; $ 224.914,50]<br />

= [$ 996.566,37; $ 1.043.704,50]<br />

Fazendo uso do conceito de Função Receita [12], podemos propor o gráfico<br />

<strong>intervalar</strong> desta. Assumindo que R = Receita de Ven<strong>da</strong>s Intervalar, P = Preço<br />

Intervalar e Q = Quanti<strong>da</strong>de Vendi<strong>da</strong> Pretendi<strong>da</strong> Intervalar teremos:<br />

R<br />

R2<br />

R1<br />

p2<br />

p1<br />

1<br />

q1<br />

q2<br />

R=[p1,p2]x[q1,q2]<br />

Figura 32 – Função Receita<br />

q<br />

42


O Custo de Produtos Vendidos é definido pelo manual do jogo [2] como<br />

sendo a Taxa de Conversão, encontra<strong>da</strong> <strong>no</strong>s indicadores <strong>da</strong> empresa na seção<br />

5.1.1, multiplicado pelas Uni<strong>da</strong>des Vendi<strong>da</strong>s e somado aos Custos de Insumos<br />

de Produção, encontrado na seção 5.1.2. Como temos duas linhas produtos,<br />

teremos que calcular os custos de ca<strong>da</strong> uma para depois somar, e obter o<br />

custo de produtos vendidos total. As taxas de conversão <strong>da</strong> linha dormitório e<br />

<strong>da</strong> infantil respectivamente são: $ 39,74 e $ 23,84. No cálculo <strong>da</strong> Receita de<br />

Ven<strong>da</strong>s, feito anteriormente, o intervalo de ven<strong>da</strong>s para dormitório e infantil<br />

respectivamente foram: [2016; 2100] e [869; 906]. Os custos dos Insumos de<br />

Produção dos dormitórios foram de $ 205.050,71, e <strong>da</strong> linha infantil de $<br />

53.559,04, como é falado <strong>no</strong> manual é necessário acrescer a este valor o custo<br />

do pedido [2], que é de $ 1.000 para ca<strong>da</strong> linha de produtos. Com tudo isso<br />

podemos calcular o custo total de produtos vendidos. Assumindo que: Custos<br />

de Produtos Vendidos Total= CPV; Custos de Produtos Vendidos Dormitório =<br />

CPVD; Custos de Produtos Vendidos Infantil= CPVI; Taxa de Conversão<br />

Dormitório= TCD; Taxa de Conversão Infantil = TCI; Uni<strong>da</strong>des Vendi<strong>da</strong>s<br />

Dormitório = UVD; Uni<strong>da</strong>des Vendi<strong>da</strong>s Infantil = UVI; Custos de Insumos de<br />

Produção Dormitório = CIPD; Custos de Insumos de Produção Infantil = CIPI.<br />

= ( × ) +<br />

= [$ 39,74; $ 39,74] × [2.016; 2.100] + [$ 206.050,71; $ 206.050,71]<br />

= [$ 80.115,84; $ 83.454,00] + [$ 206.050,71; $ 206.050,71]<br />

= [$ 286.166,55; $ 289.504,71]<br />

= ( × ) +<br />

= [$ 23,84; $ 23,84] × [869 906] + [$ 54.559,82; $ 54.559,82]<br />

= [$ 20.716,96; $ 21.599,04] + [$ 54.559,82; $ 54.559,82]<br />

= [$ 75.276,78; $ 76.158,86]<br />

= +<br />

= [$ 286.166,55; $ 289.504,71] + [$ 75.276,78; $ 76.158,86]<br />

= [$ 361.443,33; $ 365.663,57]<br />

43


A Margem Bruta (MB) é igual <strong>à</strong> Receita de Ven<strong>da</strong>s (RV) – Custos de<br />

Produtos Vendidos (CPV) [2], a subtração <strong>intervalar</strong> demonstra<strong>da</strong> na seção<br />

2.4.3 é feita <strong>da</strong> seguinte forma: X Y [( x1<br />

y2<br />

); ( x2<br />

y1)]<br />

, entretanto, iremos<br />

subtrair <strong>da</strong> seguinte forma:<br />

X Y [( x1<br />

y1);<br />

( x2<br />

y2<br />

)]<br />

, pois os extremos<br />

inferiores e superiores possuem correlação, ou seja, ao vender x1 o meu custo<br />

de produtos vendidos será de y1 e ao vender x2 o meu custo de produtos<br />

vendidos será y2.<br />

= −<br />

= [$ 996.566,37; $ 1.043.704,50] − [$ 361.443,33; $ 365.663,57]<br />

MB = [$ 996.566,37 − $ 361.443,33; $ 1.043.704,50 − $ 365.663,57]<br />

= [$ 635.123,04; $ 678.040,93]<br />

A Receita Financeira (RF) é a receita gera<strong>da</strong> a partir do excesso de<br />

caixa, que está projetado na seção 5.4 <strong>no</strong> item Aplicações Financeiras<br />

([$370.431,59; $ 434.941,88]). Rende-se entre 4,8% 5,0% deste montante.<br />

Logo teremos,<br />

= [$ 370.431,59; $ 434.941,88] × [0,048; 0,05]<br />

= [ $ 17.780,72; $ 21.747,09]<br />

A Receita Líqui<strong>da</strong> (RL) é a soma <strong>da</strong> Margem Bruta com as Receitas<br />

Financeiras. Logo teremos,<br />

= [$ 635.123,04; $ 678.040,93] + [ $ 17.780,72; $ 21.747,09]<br />

= [$ 652.903,76; $ 699.788,02]<br />

Como podemos perceber na seção 4.3, encontram-se, <strong>no</strong> segmento de<br />

despesas do DRE, alguns elementos que são fixos, haja vista serem<br />

transcrições <strong>da</strong>s decisões adota<strong>da</strong>s, demonstra<strong>da</strong>s na seção 5.1.2. São eles:<br />

Compra de Informação ($ 14.000,00), Manutenção ($ 7.205,00), Patrocínio<br />

($ 1.000,00), Mix Promocional ($ 180.655,00) e “P&D e Treinamento” ($<br />

17.500,00). No DREI iremos atribuir a estes elementos o intervalo degenerado,<br />

44


eferido na seção 2.2. Logo, teremos para ca<strong>da</strong> item os seguintes valores nesta<br />

mesma ordem: [$14.000; $14.000]; [$7.205; $7.205]; [$1.000; $1.000];<br />

[$180.655; $180.655]; [$17.500; $17.500].<br />

Vamos agora <strong>à</strong>s projeções dos demais elementos do segmento despesa<br />

do DRE, são eles: Estocagem, Administrativas, Mão-de-Obra, Depreciação,<br />

Instalação, Despesas Financeiras, Taxas e Multas e o total destas depesas.<br />

As despesas com estocagem é igual a 6% do valor do estoque de Insumos<br />

de Acabamentos ($ 104.308,15) do período passado, encontrado <strong>no</strong> balanço<br />

na seção 5.1.1. Calculando os 6% sobre este valor, e usando o<br />

arredon<strong>da</strong>mento direcionado [10], teremos o intervalo [$ 6.258,48; $ 6.258,49].<br />

O custo <strong>da</strong> mão – de – obra é diretamente afetado pelo volume de<br />

produção [2]. De acordo com o custo de mão - de – obra anterior, apresentado<br />

na seção 5.1.1, e com as uni<strong>da</strong>des produzi<strong>da</strong>s, o custo unitário por dormitório<br />

<strong>da</strong> mão-de-obra é de $ 40,12, entretanto, neste período é introduzido a linha<br />

infantil, estimando que o custo unitário para produzir essa linha esteja em tor<strong>no</strong><br />

95% e 97% do custo do dormitório, teremos o custo de [$ 38,11; $ 38,92]. A<br />

capaci<strong>da</strong>de instala<strong>da</strong> para produzir sem horas extras é de 1.979 para<br />

dormitório e 1.000 para infantil, e a quanti<strong>da</strong>de que se mandou produzir foi de<br />

2.081 para dormitório e 906 para infantil. Logo, como podemos perceber,<br />

teremos que produzir 102 uni<strong>da</strong>des de dormitório em regime de hora extra,<br />

que, segundo o manual do jogo [2], ao utilizá-las o custo <strong>da</strong> mão - de - obra é<br />

50% maior. Portanto, 1.979 uni<strong>da</strong>des de dormitório serão produzi<strong>da</strong>s ao valor<br />

de $ 40,12, totalizando $ 79.397,48, e 102 ao valor de $ 57,17, totalizando $<br />

5.830,83, conseqüentemente, teremos ao todo $ 85.228,31 com gasto de mão -<br />

de - obra em dormitório (MOD). A seguir, utilizando o intervalo degenerado,<br />

iremos calcular o custo de mão - de - obra total (MOT) e <strong>da</strong> linha infantil (MOI).<br />

= +<br />

= [$ 85.228,31; $ 85.228,31] + [$ 38,11; $ 38,92] × [906; 906]<br />

= [$ 85.228,31; $ 85.228,31] + [$ 34.527,66; $ 35.261,52]<br />

= [$ 119.755,97; $ 120.489,83]<br />

45


Como já vimos anteriormente, na seção 3.5.1, as despesas<br />

Administrativas são as que envolvem os gastos <strong>no</strong>s escritórios necessários<br />

para a administração <strong>da</strong> empresa. Não é informado na<strong>da</strong> a respeito desses<br />

gastos <strong>no</strong> manual do jogo, entretanto, podemos concluir que os gastos<br />

referentes a essas despesas são os gastos com os funcionários administrativos<br />

(Secretária, Gerente Administrativo Financeiro e Designer) e com materiais de<br />

escritórios. No período anterior esses gastos eram de $12.324,81, contudo,<br />

tivemos um aumento <strong>no</strong> salário dos funcionários administrativos de 5,1%<br />

(Seção 5.1.2), além do lançamento de um <strong>no</strong>vo produto (Linha Infantil), com<br />

isso projetamos um gasto de $16.000,00 com uma margem de erro de 2% para<br />

mais e para me<strong>no</strong>s, logo teremos o intervalo [$ 14.700,00; $ 15.300,00].<br />

A Depreciação corresponde a, aproxima<strong>da</strong>mente, 3,1%, do item Uni<strong>da</strong>des<br />

de Produção, calculado na seção 5.4. Isso <strong>no</strong>s resulta, adotando o<br />

arredon<strong>da</strong>mento direcionado [10], o valor de $ 7.943,77. Assumindo uma<br />

margem de erro de 2%, teremos o intervalo [$ 7.784,89; $ 8.102,65].<br />

A estimativa de gastos com Instalação é de $1.159,31, aqui também<br />

iremos atribuir uma taxa de erro de 1% para mais e para me<strong>no</strong>s. Logo teremos<br />

<strong>no</strong> DREI para o item instalação, fazendo o uso do arredon<strong>da</strong>mento direcionado<br />

[10], o seguinte valor: [$ 1.147,71; $ 1.170,91].<br />

As Despesas Financeiras(DF) são as despesas referentes aos juros de<br />

empréstimos de curto( $ 0,00) e longo prazo($ 211.009,00), apresentados na<br />

seção 5.1.1, e dos juros de insumos comprados a prazo($ 41.631,15),<br />

presentes <strong>no</strong> passivo, <strong>no</strong> item contas a pagar do balanço calculado na seção<br />

5.4. Os juros variam de 9% a 10% dos empréstimos a longo prazo, 14% a 15%<br />

dos empréstimos de curto prazo e 1% a 2% nas contas a pagar. Logo,<br />

utilizando o intervalo degenerado, teremos:<br />

= [0,09; 0,10] × [$ 211.009,00; $ 211.009,00] + [0,14; 0,15]<br />

× [$ 0,00; $ 0,00] + [0,01; 0,02] × [$ 41.309,22; $ 42.143,74]<br />

= [$ 18.990,81; $ 21.100,90] + [$ 0,00; $ 0,00] + [$ 413,09; $ 842,87]<br />

= [$ 19.403,90; $ 21.943,77]<br />

46


Segundo a definição do manual do DESAFIO SEBRAE [2] Taxas e Multas<br />

são “eventos que impliquem em gastos adicionais...”. O contrato de <strong>no</strong>vos<br />

tur<strong>no</strong>s na abertura e <strong>no</strong> fechamento acarretará tais gastos, assim como a taxa<br />

de abertura de território, que é o caso em que estamos. O valor estimado é<br />

avisado pela área de ven<strong>da</strong>s e estará presente <strong>no</strong> item “Taxas e Multas do<br />

simulador” [2]. O valor estimado pela área de ven<strong>da</strong>s foi de $ 80.000,00, como<br />

tais gastos são difíceis de serem previstos, iremos admitir um erro de 2% para<br />

mais e para me<strong>no</strong>s, Então teremos <strong>no</strong> item Taxas e Multas do DREI o valor de<br />

[$ 78.400,00; $ 81.600,00].<br />

O Total de Despesas (TD) consiste na soma de to<strong>da</strong>s as despesas<br />

apresenta<strong>da</strong>s acima, logo teremos,<br />

= [$ 6.258,48; $ 6.258,49 ] + [$ 14.700,00; $ 15.300,00 ]<br />

+[$ 119.755,97; $ 120.489,83] + [$ 14.000,00; $ 14.000,00]<br />

+[$ 7.205,00; $ 7.205,00] + [$ 1.000,00; $ 1.000,00]<br />

+[$ 180.655,00; $ 180.655,00 ] + [$ 17.500,00; $ 17.500,00]<br />

+[$ 7.784,89; $ 8.102,65] + [$ 1.136,12; $ 1.182,50]<br />

+[$ 19.403,90; $ 21.943,77] + [$ 19.403,90; $ 21.943,77]<br />

= [$ 467.799,37; $ 475.237,24 ]<br />

O Lucro Antes do Imposto de Ren<strong>da</strong> (LAIR) é igual <strong>à</strong> Receita Líqui<strong>da</strong><br />

me<strong>no</strong>s o Total de Despesas. Logo,<br />

= [$ 652.903,76; $ 699.788,02 ]– [$ 467.799,37; $ 475.237,24 ]<br />

= [ $ 177.666,52; $ 231.988,65]<br />

O Imposto de Ren<strong>da</strong> (IR) é de 35% e é incidido sobre o LAIR. Logo,<br />

usando o intervalo degenerado teremos:<br />

= [0,35; 0,35] × [= [$ 177.666,52; $ 231.988,65]<br />

= [ $ 62.183,28; $ 81.196,03]<br />

O Lucro Líquido (LL) é igual ao LAIR me<strong>no</strong>s o Imposto de Ren<strong>da</strong>. Assim<br />

como feito <strong>no</strong> cálculo <strong>da</strong> margem bruta nessa seção, iremos subtrair os<br />

47


intervalos inferiores dos intervalos inferiores e os superiores dos superiores,<br />

uma vez que os mesmos estão relacionados. Logo,<br />

= [$ 177.666,52; $ 231.988,65 ] − [$ 62.183,28; $ 81.196,03 ]<br />

= [$ 115.483,24; $ 150.792,62]<br />

Como podemos constatar na seção 5.1.2 foi decidido que a Distribuição de<br />

Lucros (DL) seria de 2,05%. Sabendo que esta porcentagem é incidi<strong>da</strong> <strong>no</strong><br />

Lucro Líquido e usando o intervalo degenerado teremos:<br />

= [0,0205; 0,0205] × [$ 115.483,24; $ 150.792,62]<br />

= [$ 2.367,41; $ 3.091,25]<br />

O Aumento/Redução do PL (AR) é igual ao Lucro Líquido me<strong>no</strong>s a<br />

Distribuição de Lucros. Assim como feito <strong>no</strong>s cálculos <strong>da</strong> margem bruta e do<br />

lucro líquido realizados nessa seção e pelos mesmos motivos, iremos subtrair<br />

os extremos inferiores dos extremos inferiores e os superiores dos superiores.<br />

Logo,<br />

= [$ 115.483,24; $ 150.792,62] − [$ 2.367,41; $ 3.091,25]<br />

= [$ 113.115,83; $ 147.701,38]<br />

Com o apresentado nesta seção iremos demonstrar o DREI:<br />

48


Resultados<br />

Receita de Ven<strong>da</strong>s [$996.566,37; $1.043.704,50]<br />

Custos dos Produtos Vendidos [$361.443,33; $365.663,57]<br />

Margem Bruta [$635.123,04; $678.040,93]<br />

Receita Financeira [$17.780,72; $21.747,09]<br />

Receita Líqui<strong>da</strong> [$652.903,76; $699.788,02]<br />

Despesas<br />

Estocagem [$6.258,48; $6.258,49]<br />

Administrativas [$14.700,00; $15.300,00]<br />

Mão-de-Obra [$119.755,97; $120.489,83]<br />

Compra de Informação [$14.000,00; $14.000,00]<br />

Manutenção [$7.205,00; $7.205,00]<br />

Patrocínio [$1.000,00; $1.000,00]<br />

Mix Promocional [$180.655,00; $180.655,00]<br />

P&D e Treinamento [$17.500,00; $17.500,00]<br />

Depreciação [$7.784,89; $8.102,65]<br />

Instalação [$1.136,12; $1.182,50]<br />

Despesas Financeiras [$19.403,90; $21.943,77]<br />

Taxas e Multas [$78.400,00; $81.600,00]<br />

Total de despesas [$467.799,37; $475.237,24]<br />

LAIR [$177.666,52; $231.988,65]<br />

Imposto de Ren<strong>da</strong> [$62.183,28; $81.196,03]<br />

Lucro Líquido [$115.483,24; $150.792,62]<br />

Distribuição de Lucros [$2.367,41; $3.091,25]<br />

Aumento/Redução do PL [$113.115,83; $147.701,38]<br />

5.3. Fluxo de Caixa Intervalar<br />

Figura 33 - DREI<br />

Com base nas informações <strong>da</strong> seção 5.1, iremos projetar, assim como o<br />

demonstrativo de resultados, o fluxo de caixa do período ulterior ao <strong>da</strong> toma<strong>da</strong><br />

de decisões, buscando, desse modo, conhecer o possível fluxo de caixa <strong>da</strong><br />

empresa.<br />

No Fluxo de Caixa Intervalar temos <strong>da</strong>dos que serão os mesmos<br />

apresentados <strong>no</strong> Demonstrativo de Resultados Intervalares, são eles com seus<br />

respectivos valores: Receita Financeira = [$17.780,72; $ 21.747,09],<br />

49


Estocagem = [$ 6.258,48; $ 6.258,49], Despesas Administrativas = [$<br />

14.700,00;$ 15.300,00], Mão de Obra = [$ 119.755,97; $ 120.489,83], Compra<br />

de Informações = [$ 14.000; $ 14.000], Manutenção = [$ 7.205; $ 7.205],<br />

Patrocínio = [$ 1.000; $ 1.000], Mix Promocional = [$ 180.655; $ 180.655],<br />

P&D e Treinamento = [$ 17.500; $ 17.500], Instalação = [$ 1.136,12; $<br />

1.182,50] , Despesas Financeiras = [$ 19.403,90; $ 21.943,77] , Impostos = [<br />

$ 62.183,28; $ 81.196,03], Distribuição de Lucro = [$ 2.367,41; $ 3.091,25],<br />

Taxas e Multas = [$ 78.400; $ 81.600].<br />

A Receita de Ven<strong>da</strong>s (RV) <strong>no</strong> fluxo de caixa só relata as ven<strong>da</strong>s recebi<strong>da</strong>s<br />

<strong>à</strong> vista. Como é percebido na seção 5.1.2 nas decisões de preços o percentual<br />

de ven<strong>da</strong>s a prazo foi estipulado em 23%, logo as compras a vista foram de<br />

77%. Também far-se-á o uso do intervalo direcionado [10].<br />

= [0,77; 0,77] × [$ 996.566,37; $ 1.043.704,50]<br />

= [$ 767.356,10; $ 803.652,47]<br />

O item Contas Recebi<strong>da</strong>s é calculado multiplicando o percentual de<br />

ven<strong>da</strong>s a prazo decidido <strong>no</strong> trimestre anterior (20%) com a receita de ven<strong>da</strong>s<br />

aferi<strong>da</strong> <strong>no</strong> trimestre atual, presente na seção 5.1.1, que foi de $ 624.712,56.<br />

Usando o arredon<strong>da</strong>mento direcionado [10], teremos o valor de [$ 124.942,51;<br />

$ 124.942,52].<br />

O Total de Fontes é igual <strong>à</strong> soma de Receita de Ven<strong>da</strong>s, Contas<br />

Recebi<strong>da</strong>s e Receita Financeira. Portanto,<br />

= [$ 767.356,10; $ 803.652,47] + [$ 124.942,51; $ 124.942,52]<br />

+[ $ 17.780,72; $ 21.747,09]<br />

= [ $ 910.079,33; $ 950.342,08 ]<br />

A Quitação de Contas a Pagar é igual ao valor de Contas a Pagar<br />

presente <strong>no</strong> Balanço do período atual, visto na seção 5.1.1. Fazendo uso do<br />

intervalo degenerado, teremos: [$ 38.841,68; $ 38.841,68].<br />

Como tratado anteriormente na seção 4.2 existem dois tipos de Insumos,<br />

os de acabamento e os de produção, na seção 5.1.2 podemos encontrar as<br />

50


decisões referentes a eles. Nas linhas dormitório e infantil foram gastos<br />

respectivamente com insumos de acabamentos $ 205.050,71 e $ 53.559,82.<br />

Os gastos com insumos de produção foram estimados em $ 83.454,00,<br />

entretanto, foi comprado 50% a prazo, logo só iremos contabilizar <strong>no</strong> fluxo $<br />

41.727,00, entretanto como dito anteriormente este valor estimado, logo,<br />

iremos admitir um erro de 1% para mais e para me<strong>no</strong>s, obtendo o intervalo [$<br />

41.309,73; $ 42.144,27]. Atribuindo o intervalo degenerado aos insumos de<br />

acabamentos (Dormitório - [$ 205.050,71; $ 205.050,71]; Infantil – [$ 53.559,82;<br />

$ 53.559,82]) teremos:<br />

= [ $ 41.309,73; $ 42.144,27] + [$ 205.050,71; $ 205.050,71] +<br />

[$ 53.559,82; $ 53.559,82]<br />

= [$ 246.360,44; $ 247.194,98 ] + [$ 53.559,82; $ 53.559,82]<br />

= [$ 299.920,26; $ 300.754,80 ]<br />

Na seção 5.1.2 <strong>no</strong> item investimentos podemos perceber que a estimativa<br />

do gasto Investimento em Capaci<strong>da</strong>de é $13.187,00, também podemos<br />

perceber que o gasto em Automação, $ 8.000,00, a Expansão <strong>da</strong> Produção é<br />

a diferença entre os dois, entretanto, como já dissemos, o valor do<br />

Investimento em Capaci<strong>da</strong>de é estimado, então, iremos admitir um erro de 1%<br />

para mais e para me<strong>no</strong>s, assim temos o intervalo [$ 13.055,13;$ 13.318,87].<br />

Fazendo o uso do intervalo degenerado <strong>no</strong> item automação e assumindo que<br />

expansão <strong>da</strong> produção = EP, teremos:<br />

= [$ 13.055,13; $ 13.318,87] − [$ 8.000,00; $ 8.000,00]<br />

= [$ 5.055,13; $ 5.318,87]<br />

O gasto com Automação, mostrado na seção 5.1.2, é de $ 8.000,00.<br />

Fazendo o uso do intervalo degenerado temos: [$ 8.000,00; $ 8.000,00].<br />

O Total de Usos é a soma total dos usos: Quitação de Contas a Pagar,<br />

Estocagem, Administrativas, Insumos, Mão-de-Obra, Compra de Informações,<br />

Manutenção, Patrocínio, Mix Promocional, P&D e Treinamento, Instalação,<br />

Despesas Financeiras, Impostos, Distribuição de Lucros, Expansão <strong>da</strong><br />

Produção, Automação, Taxas e Multas. Logo,<br />

51


= [$ 38.841,68; $ 38.841,68 ] + [$ 6.258,48; $ 6.258,49]<br />

+[$ 14.700,00; $ 15.300,00] + [$ 299.920,26; $ 300.754,80]<br />

+[$ 119.755,97; $ 120.489,83] + [$ 14.000,00; $ 14.000,00]<br />

+[$ 7.205,00; $ 7.205,00] + [$ 1.000,00; $ 1.000,00]<br />

+[$ 180.655,00; $ 180.655,00] + [$ 17.500,00; $ 17.500,00]<br />

+[$ 1.136,12; $ 1.182,50] + [$ 19.403,90; $ 21.943,77]<br />

+[$ 62.183,28; $ 81.196,03 ] + [$ 2.367,41; $ 3.091,25]<br />

+[$ 5.055,13; $ 5.318,87] + [$ 8.000,00; $ 8.000,00]<br />

+[$ 78.400,00; $ 81.600,00]<br />

= [$ 876.382,23; $ 904.337,22]<br />

No site <strong>da</strong> competição, na área restrita ao jogador, existe a possibili<strong>da</strong>de de<br />

pedir empréstimo ao banco, nesta área é mostra<strong>da</strong> o limite que o jogador têm<br />

para pedir. No período <strong>da</strong>s decisões foi pedido $ 133.380,00, logo, o item<br />

Empréstimo será igual a [$ 133.380,00; $ 133.380,00], fazendo o uso do<br />

intervalo degenerado.<br />

Todo trimestre é pago 2,5% do total de empréstimos, logo, para calcular o<br />

item Pagamento de Empréstimo é necessário somar todos os empréstimos<br />

feitos, (No Período 1: $135.000,00; No Período 2: $ 80.000,00; No período 3: $<br />

83.509,00 ) que é de $ 298.509,00, e auferir o valor a ser pago, que é de $<br />

74.627,25, entretanto ao pagar o banco, pelo sistema do jogo, o valor é<br />

arredon<strong>da</strong>do para baixo, logo será pago $ 74.627,00. Atribuindo o intervalo<br />

degenerado teremos [$ 74.627,00; $ 74.627,00].<br />

A Variação do Caixa (VC) é igual <strong>à</strong> soma de Total de Fontes com<br />

Empréstimo subtraí<strong>da</strong> <strong>da</strong> soma de Total de Usos com Pagamento de<br />

Empréstimo. Então,<br />

= ([$ 910.079,33; $ 950.342,08] + [$ 133.380,00; $ 133.380,00])<br />

−([$ 876.382,23; $ 904.337,22 ] + [$ 74.627,00; $ 74.627,00])<br />

= ([$ 1.043.459,33; $ 1.083.722,08]) − ([$ 951.009,23; $ 978.964,22])<br />

= [$ 64.495,11; $ 132.712,85]<br />

52


O Caixa Inicial é igual ao Caixa Final do último Fluxo de Caixa, encontrado<br />

na seção 5.1.1, que é de $ 401.665,94. Utilizando o intervalo degenerado<br />

teremos [$ 401.665,94; $ 401.665,94].<br />

O Caixa Final é igual <strong>à</strong> soma de Total de Fontes com o Caixa Inicial e<br />

Empréstimos diminuí<strong>da</strong> <strong>da</strong> soma de Total de Usos com Pagamento de<br />

Empréstimos. Logo,<br />

= [$ 910.079,33; $ 950.342,08] + [$ 401.665,94; $ 401.665,94]<br />

+ [$ 133.380,00; $ 133.380,00]<br />

− ( [$ $ 876.382,23; $ 904.337,22] + [ $ 74.627,00; $ 74.627,00])<br />

= ([$ 1.445.125,27; $ 1.485.388,02]) − ([$ 951.009,23; $ 978.964,22 ])<br />

= ([$ 466.161,05; $ 534.378,79])<br />

Com o apresentado nesta seção iremos demonstrar o Fluxo de Caixa<br />

Intervalar:<br />

53


Fontes<br />

Receita de Ven<strong>da</strong> [$767.356,10; $803.652,47]<br />

Contas Recebi<strong>da</strong>s [$124.942,51; 124.942,52]<br />

Receita Financeira [$17.780,72; $21.747,09]<br />

Total de Fontes [$910.079,33; 950.342,08]<br />

Usos<br />

Quitação de Contas a Pagar [$38.841,68; $38.841,68]<br />

Estocagem [$6.258,48; $6.258,49]<br />

Administrativas [$14.700,00; $15.300,00]<br />

Insumos [$299.920,26; 300.754,80]<br />

Mão-de-Obra [$119.755,97; 120.489,83]<br />

Compra de Informações [$14.000,00; $14.000,00]<br />

Manutenção [$7.205,00; $7.205,00]<br />

Patrocínio [$1.000,00; $1.000,00]<br />

Mix Promocional [$180.655,00; $180.655,00]<br />

P&D e Treinamento [$17.500,00; $17.500,00]<br />

Instalação [$1.136,12; $1.182,50]<br />

Despesas Financeiras [$19.403,90; $21.943,77]<br />

Impostos [$62.183,28; $81.196,03]<br />

Distribuição de Lucros [$2.367,41; $3.091,25]<br />

Expansão <strong>da</strong> Produção [$5.055,13; $5.318,87]<br />

Automação [$8.000,00; $8.000,00]<br />

Taxas e Multas [$78.400,00; $81.600,00]<br />

Total de Usos [$876.382,23; $904.337,22]<br />

Empréstimos [$133.380,00; $133.380,00]<br />

Pagamentos de Empréstimos [$74.627,00; $74.627,00]<br />

Variação do Caixa [$64.495,11; $132.712,85]<br />

Caixa Inicial [$401.665,94; $401.665,94]<br />

Caixa Final [$466.161,05; $534.378,79]<br />

Figura 34 – Fluxo de Caixa Intervalar<br />

5.4. Balanço Patrimonial Intervalar<br />

Assim como foi feito <strong>no</strong> Demonstrativo de Resultados Intervalar e <strong>no</strong> Fluxo<br />

de Caixa Intervalar, iremos projetar o Balanço Patrimonial, com base nas<br />

informações <strong>da</strong> seção 5.1, do período ulterior ao <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> de decisões,<br />

buscando, desse modo, conhecer a possível situação patrimonial <strong>da</strong> empresa.<br />

54


Abaixo iremos projetar os itens constados <strong>no</strong> Ativo Circulante.<br />

O Caixa apresentado <strong>no</strong> Balanço Patrimonial é igual ao Caixa Final ( [$<br />

466.161,05; $ 534.378,79] ) apresentado <strong>no</strong> Fluxo de Caixa me<strong>no</strong>s as<br />

Aplicações Financeiras ( [$ 370.431,59 ; $ 434.941,88] ) apresenta<strong>da</strong>s mais<br />

abaixo. Como feito em alguns itens <strong>da</strong> seção 5.4 e pelo mesmo motivo, os<br />

extremos possuírem correlação, iremos subtrair os extremos inferiores dos<br />

inferiores e os superiores dos superiores. Logo,<br />

= [$ 466.161,05; $ 534.378,79] − [$ 370.431,59&; $ 434.941,88]<br />

= [$ 95.729,46; $ 99.436,91]<br />

O item Contas a Receber (CR) é igual ao item Contas Recebi<strong>da</strong>s do Fluxo<br />

de Caixa do período seguinte, já mostrado como é calculado na seção anterior.<br />

Logo teremos que multiplicar o percentual de ven<strong>da</strong>s a prazo decidido <strong>no</strong><br />

trimestre atual (23% - Item preço <strong>da</strong> seção 5.1.2) com a receita de ven<strong>da</strong>s<br />

aferi<strong>da</strong> <strong>no</strong> trimestre projetado ([$ 996.566,37;$ 1.043.704,50]), intervalo<br />

projetado na seção 5.2). Teremos:<br />

= [$ 996.566,37; $ 1.043.704,50] × [0,23; 0,23]<br />

= [$229.210,27; $240.052,04]<br />

O Valor do Estoque de IA é estimado na seção 5.1.2 em $ 83.454,00,<br />

admitindo um erro de 1% para mais e para me<strong>no</strong>s teremos o intervalo: [$<br />

82.619,46; $ 84.288,54]<br />

Para calcular o Valor do Estoque de PA é necessário primeiramente<br />

calcular o custo variável unitário, que é igual <strong>à</strong> Taxa de Conversão de ca<strong>da</strong><br />

produto somado ao gasto unitário com insumo de produção. A Taxa de<br />

Conversão é exibi<strong>da</strong> na seção 5.1.1 e é de $ 39,74 para o Dormitório e $ 23,84<br />

para o Infantil. Os insumos de produção (Placas, Revestimentos e Parafusos)<br />

são mostrados na seção 5.1.2 e equivalem a um total de $ 98,54 e $ 59,12<br />

para ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de Dormitório e Infantil respectivamente. Logo, o Custo<br />

Variável Unitário do Dormitório é de $ 138,28 e do Infantil de $ 82,96.<br />

55


O Valor do Estoque de PA é <strong>da</strong>do pela multiplicação do custo variável<br />

unitário pelo estoque de produtos acabados. O estoque de produtos acabados<br />

vai depender do total de ven<strong>da</strong>s, na seção 5.2 estipulamos o intervalo de<br />

ven<strong>da</strong>s de dormitório e infantil respectivamente: [2016; 2100] e [869; 906].<br />

Como o total posto a ven<strong>da</strong> de dormitório foi de 2100 e infantil de 906 teremos<br />

o intervalo de estoque produtos acabados igual <strong>à</strong> : Dormitório – [0; 84] , Infantil<br />

– [0; 37]. Logo, assumindo que valor do estoque de PA dormitório = VEPAD,<br />

que valor do estoque de PA Infantil = VEPAI e Valor do Estoque de PA (VEPA):<br />

= [$ 138,28; $ 138,28] × [0; 84]<br />

= [$ 0; $ 11.615,52]<br />

= [$ 82,96; $ 82,96] × [0; 37]<br />

= [$ 0; $ 3.069,52]<br />

= [$ 0; $ 11.615,52] + [$ 0; $ 3.072,11]<br />

= [$ 0; $ 14.685,04]<br />

As Aplicações Financeiras (AF) são retira<strong>da</strong>s do caixa sem as receitas<br />

financeiras. É colocado nas aplicações financeiras o valor que excede o caixa a<br />

aproxima<strong>da</strong>mente $ 85.000,00, admitindo um erro de 1% para mais e 1% para<br />

me<strong>no</strong>s teremos o intervalo [$ 84.150,00; $ 85.850,00]. Antes <strong>da</strong>s receitas<br />

financeiras o caixa estava com o valor [$456.281,59; $ 519.091,88]. Portanto,<br />

as aplicações financeiras serão:<br />

= [$ 456.281,59; $ 519.091,88] − [$ 84.150,00; $ 85.850,00]<br />

= [$ 370.431,59; $ 434.941,88 ]<br />

Abaixo iremos projetar os itens constados <strong>no</strong> Ativo Permanente.<br />

Na seção 5.1.2, temos uma estimativa, $ 13.187,00, do item<br />

Investimentos, iremos admitir um erro de 1% para mais e para me<strong>no</strong>s, assim<br />

obtemos o intervalo [$ 13.055,13;$ 13.318,87].<br />

56


O item Uni<strong>da</strong>des de Produção é calculado somando a Uni<strong>da</strong>des de<br />

Produção, constado <strong>no</strong> balanço atual ($ 171.152,41, presente na seção 5.1.1),<br />

com a expansão <strong>da</strong> produção realiza<strong>da</strong> <strong>no</strong> período atual ($ 85.098,54, presente<br />

na seção 5.1.1 <strong>no</strong> item fluxo de caixa), logo teremos, fazendo o uso do<br />

intervalo degenerado, o intervalo [$ 256.250,95;$ 256.250,95]. A conta<br />

retificadora desse ativo, chama<strong>da</strong> Depreciação Acumula<strong>da</strong> (DA), é calcula<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> seguinte forma: adiciona ao seu antigo valor, ($ 12.805,19, encontrado <strong>no</strong><br />

Balanço do atual período na seção 5.1.1) a depreciação calcula<strong>da</strong> na seção 5.2<br />

([$ 7.784,89; $8.102,65]) e diminui de 20% do valor investido em Manutenção<br />

($ 7.205,00, também mostra<strong>da</strong> na seção 5.2). Logo, fazendo uso do intervalo<br />

degenerado, teremos:<br />

= [$ 12.805,19; $ 12.805,19] + [ $ 7.784,89; $ 8.102,65]<br />

O item Equipamentos é igual ao seu valor <strong>no</strong> período anterior ($<br />

22.000,00), somado ao gasto em automação do período anterior ($ 10.000,00),<br />

resultando o intervalo degenerado [$ 32.000,00;$ 32.000,00]. A conta<br />

retificadora desse ativo, Depreciação Acumula<strong>da</strong>, é calcula<strong>da</strong> deste modo:<br />

soma-se ao seu antigo valor ($1.700,00) 5% do valor atual do item<br />

Equipamentos, calculado logo acima. Logo teremos o intervalo degenerado [$<br />

3.300,00;$ 3.300,00].<br />

O item Outros não é especificado pelo manual do jogo, logo não temos<br />

como calcular, como ele geralmente vem com sem valor, iremos atribuir o<br />

intervalo degenerado [$ 0;$ 0] para ele.<br />

O Total de Ativo é igual <strong>à</strong> soma de todos os itens do Ativo Circulante e<br />

Permanente, desconta<strong>da</strong> suas contas retificadoras. Logo,<br />

= [$ 95.729,46; $ 99.436,91] + [$ 229.210,27; $ 240.052,04]<br />

+[$ 82.619,46; $ 84.288,54] + [$ 0,00; $ 14.687,63]<br />

+[$ 370.431,59; $ 434.941,88] + [$ 13.055,13; $ 13.318,87 ]<br />

+([$ 256.250,95; $ 256.250,95] − [$ 19.149,08 ; $ 19.466,84])<br />

+([$ 32.000,00 ; $ 32.000,00] − [$ 3.300,00; $ 3.300,00])<br />

57


+[$ 0,00; $0,00]<br />

= [ $ 1.056.530,02; $ 1.152.527,73]<br />

Abaixo iremos projetar os itens constados <strong>no</strong> Passivo Circulante.<br />

Contas a Pagar é obtido, aproxima<strong>da</strong>mente, multiplicando a uni<strong>da</strong>de de<br />

insumos de acabamentos pedi<strong>da</strong> <strong>no</strong> trimestre (Dormitório - 1.944; Infantil -<br />

260) com a sua respectiva Taxa de Conversão do trimestre (Dormitório -<br />

39,74; Infantil – 23,84), e posteriormente multiplicando este valor pela<br />

porcentagem de contas pagas a prazo decidi<strong>da</strong>s <strong>no</strong> trimestre (50%) com<br />

isso teremos:<br />

ó = 1944 × 39,74<br />

ó = $ 77.254,56<br />

= 260 × 23,84<br />

= $ 6.198,40<br />

= ($ 77.254,56 + $ 6.198,40) × 0,50<br />

= $ 41.726,48<br />

Admitindo um erro de 1% para mais e para me<strong>no</strong>s teremos o intervalo [$<br />

41.309,22; $ 42.143,74].<br />

Empréstimos de Curto Prazo só são realizados se o caixa final for<br />

negativo, e como vimos na seção 5.3, ele não será, logo este item terá o<br />

intervalo degenerado [$ 0,00; $ 0,00]<br />

Abaixo iremos projetar o item constado <strong>no</strong> Passivo Exigível a Longo<br />

Prazo.<br />

Empréstimos de Longo Prazo (ELP) é igual a o valor desse mesmo item<br />

<strong>no</strong> balanço do período atual ($ 211.009,00) diminuído do pagamento de<br />

empréstimo calculado na seção 5.3 ([$ 74.627,00; $ 74.627,00]) e depois<br />

somado ao empréstimo pedido, também calculado na seção 5.3 ( [$<br />

58


133.380,00; $ 133.380,00] ). Atribuindo o intervalo degenerado <strong>no</strong> primeiro item<br />

temos:<br />

= ([$ 211.009,00; $ 211.009,00 ]– [$ 74.627,00; $ 74.627,00])<br />

+ [$ 133.380,00; $ 133.380,00]<br />

= [$ 136.382,00; $ 136.382,00] + [$ 133.380,00; $ 133.380,00]<br />

= [$ 269.762,00; $ 269.762,00]<br />

Abaixo iremos projetar os itens constados <strong>no</strong> Patrimônio Líquido.<br />

O item Capital corresponde ao capital próprio <strong>da</strong> empresa que é de<br />

500.000,00. Usando o intervalo degenerado este item terá o valor de [$<br />

500.000,00; $ 500.000,00].<br />

Lucros Acumulados é igual ao item Lucros Acumulados do trimestre<br />

passado ($ 157.416,43), presente na seção 5.1.1, somado ao item<br />

Aumento/Redução do PL ([$ 113.115,83; $ 147.701,38]), projetado na seção<br />

5.2. Usando o intervalo degenerado teremos:<br />

= [$ 157.416,43; $ 157.416,43] + [$ 113.115,83; $ 147.701,38]<br />

= [$ 270.532,26; $ 305.117,81]<br />

O Total do Passivo e PL é a soma dos itens constados acima. Logo,<br />

= [$ 41.309,22; $ 42.143,74] + [$ 0,00; $ 0,00]<br />

+[$ 269.762,00; $ 269.762,00] + [$ 500.000,00; $ 500.000,00]<br />

+[$ 270.532,26; $ 305.117,81]<br />

= [ $ 1.081.603,48; $ 1.117.023,55]<br />

Vimos na seção 3.3.2 que o ativo é igual ao passivo somado ao patrimônio<br />

líquido, e como estamos trabalhando com projeções e margens de segurança,<br />

os intervalos do total de ativo e do total do passivo e patrimônio líquido não<br />

foram iguais, logo, para o balanço <strong>intervalar</strong> projetado ser correto<br />

contabilmente, iremos atribuir aos itens Total de Ativo e Total do Passivo e PL<br />

59


o valor <strong>da</strong> interseção entre os seus valores atuais, que é de [ $ 1.081.603,48; $<br />

1.117.023,55].<br />

Com o apresentado nesta seção iremos demonstrar o Balanço Patrimonial<br />

Intervalar:<br />

ATIVO<br />

Circulante<br />

Caixa [$95.729,46; $99.436,91]<br />

Contas a Receber [$229.210,27; $240.052,04]<br />

Valor do Estoque de IA [$82.619,46; $84.288,54]<br />

Valor do Estoque de PA [$0,00; $14.685,04]<br />

Aplicações Financeiras [$370.431,59; $434.941,88]<br />

Permanente<br />

Investimento [$13.055,13; $13.318,87]<br />

Uni<strong>da</strong>des de Produção [$256.250,95; $256.250,95]<br />

( - ) Depreciação Acumula<strong>da</strong> [$19.149,08; $19.466,84]<br />

Equipamento [$32.000,00; $32.000,00]<br />

( - ) Depreciação Acumula<strong>da</strong> [$3.300,00; $3.300,00]<br />

Outros [$0,0; $0,00]<br />

Total Ativo [$1.081.603,48; $1.117.023,55]<br />

PASSIVO<br />

Circulante<br />

Contas a Pagar [$41.309,22; $42.143,74]<br />

Empréstimos a Curto Prazo [$0,00; $0,00]<br />

Exigível a Longo Prazo<br />

Empréstimos a Longo Prazo [$269.762,00; $269.762,00]<br />

PATRIMONIO LÍQUIDO<br />

Capital [$500.000,00; $500.000,00]<br />

Lucros Acumulados [$270.532,26; $305.117,81]<br />

Total Passivo e PL [$1.081.603,48; $1.117.023,55]<br />

Figura 35 - Balanço Patrimonial Intervalar<br />

5.5. Área de Equilíbrio<br />

Para calcularmos a Área de Equilíbrio primeiramente é necessário saber o<br />

Custo Variável Unitário de ca<strong>da</strong> produto para em segui<strong>da</strong> calcularmos suas<br />

Margens de Contribuição.<br />

60


O Custo Variável Unitário já foi calculado na seção anterior <strong>no</strong> item valor de<br />

estoque de PA e é $ 138,28 para o Dormitório é de $ 82,96para o Infantil.<br />

A Margem de Contribuição é igual ao preço de ven<strong>da</strong> do produto diminuído<br />

do seu Custo Variável Unitário. Sabemos que o preço de ven<strong>da</strong> do Dormitório é<br />

[$ 387,32; $ 389,90] e do Infantil é [$ 248,25; $ 249,90]. Logo, usando o<br />

intervalo degenerado, sabendo que Margem de Contribuição do Dormitório =<br />

MCd e Margem de Contribuição do Infantil = MCi, teremos:<br />

= [$ 387,32; $ 389,90] − [$ 138,28; $ 138,28]<br />

= [$ 249,04; $ 251,62]<br />

= [$ 248,25; $ 249,90] − [$ 82,96; $ 82,96]<br />

= [$ 165,29; $ 166,94]<br />

Depois do exposto acima poderemos <strong>da</strong>r início ao cálculo <strong>da</strong> área de<br />

equilíbrio.<br />

Sabemos que o Ponto de Equilíbrio em quanti<strong>da</strong>de (Área de Equilíbrio em<br />

quanti<strong>da</strong>de) é igual ao Custo Fixo dividido pela Margem de Contribuição,<br />

porém, como temos dois produtos, teremos duas Margens de Contribuição<br />

distintas. Como o Dormitório equivale a 69,86% do total posto a ven<strong>da</strong> e o<br />

Infantil a 30,14%, iremos atribuir essa mesma porcentagem <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso cálculo.<br />

Os Custos Fixos equivalem ao total de despesas apresenta<strong>da</strong>s <strong>no</strong> DREI ([$<br />

467.799,37; $ 475.237,24]), na seção 5.2. Logo, utilizando o intervalo<br />

degenerado, utilizando a proporção demonstra<strong>da</strong> acima e sabendo que Custos<br />

Fixos Dormitório = CFd e Custos Fixos Infantil = CFi, teremos:<br />

= [$ 467.799,37; $ 475.237,24] × [0,6986; 0,6986]<br />

= [$ 326.804,63; $ 332.000,74]<br />

= [$ 467.799,37; $ 475.237,24]x[0,3014; 0,3014]<br />

= [$ 140.994,73; $ 143.236,50]<br />

61


Com o apresentado acima iremos calcular á Área de Equilíbrio em<br />

quanti<strong>da</strong>de. Primeiramente calcularemos a Área de Equilíbrio para o Dormitório<br />

(AEQd) e posteriormente para o Infantil (AEQi).<br />

= [$ 326.804,63; $ 332.000,74] ÷ [$ 249,04; $ 251,62]<br />

= [$ 326.804,63; $ 332.000,74] ×<br />

= $ 326.804,63<br />

$ 332.000,74<br />

;<br />

$ 251,62 $ 249,04<br />

= [1.298; 1.334]<br />

1<br />

$ 251,62 ;<br />

1<br />

$ 249,04<br />

= [$ 140.994,73; $ 143.236,50] ÷ [$ 165,29; $ 166,94 ]<br />

= [$ 140.994,73; $ 143.236,50] ×<br />

= $ 140.994,73<br />

$ 143.236,50<br />

;<br />

$ 166,94 $ 165,29<br />

= [844; 867]<br />

1<br />

$ 166,94 ;<br />

1<br />

$ 165,29<br />

Portanto, podemos concluir que para igualar as receitas com os custos é<br />

necessário vender [1.298; 1.334] Dormitórios e [844; 867] Infantil, sendo um<br />

total de [2.142; 2.201] produtos. Logo <strong>no</strong>ssa Área de Equilíbrio em quanti<strong>da</strong>de<br />

é de [2.142; 2.201] produtos, ou seja, uma ven<strong>da</strong> abaixo 2.142 uni<strong>da</strong>des incide<br />

em prejuízo e uma ven<strong>da</strong> acima de 2.201 em lucro.<br />

Como vimos na seção 3.7 podemos ter dois tipos de Ponto de Equilíbrio, o<br />

em quanti<strong>da</strong>de, calculado acima, e o em valor monetário, apesar do jogo tratar<br />

somente do ponto de equilíbrio em quanti<strong>da</strong>de iremos calcular-lo em valor<br />

monetário. Para isto é necessário calcular os Índices de Margem de<br />

Contribuição, e os mesmos são obtidos dividindo a Margem de Contribuição<br />

(Dormitório : [$ 249,04; $ 251,62], Infantil: [$ 166,08;$ 168,66] ) pelo Preço de<br />

Ven<strong>da</strong> (Dormitório: [$ 387,32; $ 389,90], Infantil: [$ 248,25; $ 249,90]). Logo,<br />

assumindo que Índice de Margem de Contribuição do Dormitório = IMCd, Índice<br />

de Margem de Contribuição do Infantil = IMCi, teremos:<br />

62


= [$ 249,04; $ 251,62] ÷ [$ 387,32; $ 389,90]<br />

= [$ 249,04; $ 251,62] ×<br />

= $ 249,04<br />

$ 251,62<br />

;<br />

$ 389,90 $ 387,32<br />

= [0,63; 0,65]<br />

1<br />

$ 389,90 ;<br />

1<br />

$ 387,32<br />

= [$ 165,29; $ 166,94] ÷ [$ 248,25; $ 249,90]<br />

= [$ 165,29; $ 166,94] ×<br />

= $ 165,29<br />

$ 166,94<br />

;<br />

$ 249,90 $ 248,25<br />

= [0,66; 0,68]<br />

1<br />

$ 249,90 ;<br />

1<br />

$ 248,25<br />

O Ponto de Equilíbrio em valor monetário (Área de Equilíbrio em valor<br />

monetário) é igual ao Custo Fixo dividido pelo Índice de Margem de<br />

Contribuição. Assim como feito <strong>no</strong> cálculo <strong>da</strong> Área de Equilíbrio em quanti<strong>da</strong>de<br />

iremos atribuir <strong>à</strong> mesma proporção dos Custos Fixos para os diferentes<br />

produtos. Logo, sabendo que Área de Equilíbrio em valor monetário para o<br />

dormitório = AEMd e para o Infantil = AEMi, teremos:<br />

= [$ 326.804,63; $ 332.000,74] ÷ [0,63; 0,65]<br />

= [$ 326.804,63; $ 332.000,74] × 1 1<br />

;<br />

0,65 0,63<br />

$ 326.804,63<br />

⎡min ,<br />

⎢ 0,65<br />

= ⎢<br />

⎢<br />

⎣<br />

$ 326.804,63<br />

,<br />

0,63<br />

$ 332.000,74<br />

,<br />

0,65<br />

$ 332.000,74<br />

;<br />

0,63<br />

$ 326.804,63<br />

max ,<br />

0,65<br />

$ 326.804,63<br />

,<br />

0,63<br />

$ 332.000,74<br />

,<br />

0,65<br />

$ 332.000,74<br />

0,63 ⎦ ⎥⎥⎥⎤<br />

= min{$ 502.776,35, $ 518.737,51 , $ 510.770,37, $ 526.985,30} ;<br />

{$ 502.776,35, $ 518.737,51 , $ 510.770,37, $ 526.985,30}<br />

= [$ 502.776,35; $ 526.985,31]<br />

= [$ 140.994,73; $ 143.236,50] ÷ [0,66; 0,68]<br />

= [$ 140.994,73; $ 143.236,50] × 1 1<br />

;<br />

0,68 0,66<br />

63


$ 140.994,73<br />

⎡min ,<br />

⎢ 0,68<br />

= ⎢<br />

⎢<br />

⎣<br />

$ 140.994,73<br />

,<br />

0,66<br />

$ 143.236,50<br />

,<br />

0,68<br />

$ 143.236,50<br />

;<br />

0,66<br />

$ 140.994,73<br />

max ,<br />

0,68<br />

$ 140.994,73<br />

,<br />

0,66<br />

$ 143.236,50<br />

,<br />

0,68<br />

$ 143.236,50<br />

0,66 ⎦ ⎥⎥⎥⎤<br />

= min{$ 207.345,19, $ 213.628,38, $ 210.641,91, $ 217.025,00} ;<br />

{$ 207.345,19, $ 213.628,38, $ 210.641,91, $ 217.025,00}<br />

= [$ 207.345,19; $ 217.025,00]<br />

Portanto, podemos concluir que para igualar as receitas com os custos<br />

é necessário ter uma receita de [$ 502.776,35;$ 526.985,31] <strong>no</strong>s Dormitórios e<br />

[$ 207.345,19;$ 217.025,00] Infantil, sendo uma receita total de [$ 710.121,54;<br />

$ 744.010,31]. Logo <strong>no</strong>ssa Área de Equilíbrio em valor monetário é de [$<br />

710.121,54; $ 744.010,31] ou seja, uma ven<strong>da</strong> abaixo $ 710.121,54 incide em<br />

prejuízo e uma ven<strong>da</strong> acima de $ 744.010,31 em lucro.<br />

Com o apresentado acima, poderemos construir o gráfico <strong>da</strong> Área de<br />

Equilíbrio:<br />

6. Resultados<br />

Figura 36 – Área de Equilíbrio<br />

Nas seções 6.1 e 6.2 iremos ilustrar respectivamente, com imagens do jogo,<br />

os relatórios contábeis provenientes <strong>da</strong>s decisões toma<strong>da</strong>s e o ponto de<br />

64


equilíbrio calculado pelo simulador do jogo, e na conclusão do trabalho faremos<br />

uma análise comparativa com o <strong>no</strong>sso trabalho.<br />

6.1. Relatórios Contábeis<br />

Demonstrativo de Resultados<br />

Figura 37 – DRE<br />

65


Fluxo de Caixa<br />

Balanço<br />

Figura 38 – Fluxo de Caixa<br />

Figura 39 - Balanço<br />

66


6.2. Ponto de Equilíbrio<br />

7. Conclusão<br />

Figura 40 – Ponto de Equilíbrio<br />

Ao conhecer a situação futura de uma empresa a partir de certas decisões,<br />

podemos concluir se elas são acerta<strong>da</strong>s ou não. Desta forma a projeção dos<br />

relatórios contábeis são de grande aju<strong>da</strong> na toma<strong>da</strong> de decisões. Porém é<br />

necessário comparar as projeções com os resultados reais, apresentados na<br />

seção 6.1, e ao fazer isso percebemos que conseguimos enquadrá-los<br />

perfeitamente <strong>no</strong>s intervalos projetados. Embora seja lógico, é necessário<br />

advertir que, se as projeções feitas fossem demasia<strong>da</strong>mente tortuosas nem<br />

mesmo a margem de erro seria suficiente para enquadrar <strong>no</strong> intervalo o<br />

resultado real.<br />

Como já foi dito acima, os intervalos conseguiram enquadrar o resultado<br />

real, porém ao analisarmos com atenção ca<strong>da</strong> item veremos que em alguns<br />

deles o intervalo foi excessivamente grande, isso é devido ao fato de que<br />

trabalhando com grandezas eleva<strong>da</strong>s, uma margem de erro, mesmo que<br />

pequena, <strong>no</strong>s remete a grandes diferenças entre os extremos dos intervalos.<br />

Essas grandes diferenças não são relevantes trabalhando-se com grandes<br />

67


valores, porém ao realizarmos as operações <strong>intervalar</strong>es elas se tornam bem<br />

acentua<strong>da</strong>s.<br />

Ao compararmos o ponto de equilíbrio calculado pelo simulador do jogo<br />

com a Área de Equilíbrio projeta<strong>da</strong> por nós, veremos que em virtude de ter-se<br />

feito uma projeção <strong>intervalar</strong> dos custos mais precisa, o ponto de equilíbrio<br />

calculado pelo jogo está muito inferior a <strong>no</strong>ssa Área de Equilíbrio. Enquanto<br />

que <strong>no</strong> Ponto de Equilíbrio do jogo tem-se prejuízo vendendo me<strong>no</strong>s que 1.722<br />

produtos e lucro vendendo mais que isso, na Área de Equilíbrio, calculado por<br />

nós, tem-se prejuízo vendendo me<strong>no</strong>s que 2.142 produtos e lucro vendendo<br />

mais que 2.201.<br />

Com tudo isso, podemos concluir que o trabalho atendeu as expectativas<br />

pretendi<strong>da</strong>s, demonstrando que o uso <strong>da</strong> <strong>matemática</strong> <strong>intervalar</strong> tanto na<br />

projeção dos Relatórios Contábeis quanto <strong>no</strong> cálculo <strong>da</strong> Área de Equilíbrio<br />

demonstrou-se bastante eficaz.<br />

8. Referências<br />

1. ABREU FILHO, José Carlos Franco de et al. “Finanças Corporativas” –<br />

7. ed. – Rio de Janeiro: FGV, 2006.<br />

2. FERREIRA, Armando Leite. “Rota de Navegação: Desafio SEBRAE” –<br />

Rio de Janeiro: Expertbooks, 2006.<br />

3. HICKEY, T., EMDEN, M. H.. “Interval arithmetic: From principles to<br />

implementation” – Journal of the ACM, 48(5), September 2001.<br />

4. JAULING, LUC. et al – “Applied Interval Analysis” – Londres : Springer,<br />

2001.<br />

5. MARION, José Carlos. “Contabili<strong>da</strong>de Empresarial” – 6. Ed – São Paulo<br />

: Atlas, 1997.<br />

6. MARTINS, Eliseu. “Contabili<strong>da</strong>de de custos” – 9. Ed. – São Paulo :<br />

Atlas, 2003.<br />

68


7. MESQUITA, Marcos Paulo de. “Matemática Intervalar: Princípios e<br />

Ferramentas C-XSC” [Lavras-MG] 2002.<br />

8. MOORE, R.E. “Interval Arithmetic and Automatic Error Analysis in<br />

Digital Computing”, PhD Thesis, Technical Report n. 25, 1962.<br />

9. OLIVERIA, Paulo Werlang de et al. “Fun<strong>da</strong>mentos de Matemática<br />

Intervalar” – 1. ed. – Porto Alegre: Instituto de Informática <strong>da</strong> UFRGS :<br />

SAGRA-Luzzatto, 1997.<br />

10. SILVA, Iva<strong>no</strong>sca Andrade <strong>da</strong>, et al. “<strong>Uma</strong> Abor<strong>da</strong>gem Intervalar para o<br />

Tratamento de Custos Imprecisos”. In: Encontro Regional de Matemática<br />

Aplica<strong>da</strong> e Computacional, 6.,2006 , João Pessoa. Anais... João Pessoa:<br />

UFPB, 2006.<br />

11. SILVEIRA, Maria Mônica Macêdo Torres. “Teoria Fuzzy Intervalar: <strong>Uma</strong><br />

Proposta de Integração <strong>da</strong> Matemática Intervalar <strong>à</strong> Teoria Fuzzy” [Natal<br />

– RN] 2002.<br />

12. VERAS, Lilia Ladeira. “Matemática aplica<strong>da</strong> <strong>à</strong> eco<strong>no</strong>mia: sínteses <strong>da</strong><br />

teoria: mais de 300 exercícios resolvidos e propostos com respostas” –<br />

3. ed. – São Paulo : Atlas, 1999.<br />

13. http://www.sebrae.com.br , acessado em Setembro de 2007.<br />

14. Lei N o 6.404 de 1976. Lei <strong>da</strong>s Socie<strong>da</strong>des Anônimas.<br />

69

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