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corrente russa versus exercício resistido na avaliação do

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<br />

BRUNO MACHADO REMOR<br />

CORRENTE RUSSA VERSUS EXERCÍCIO RESISTIDO NA AVALIAÇÃO DO<br />

FORTALECIMENTO MUSCULAR EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS<br />

Tubarão,<br />

2008


BRUNO MACHADO REMOR<br />

CORRENTE RUSSA VERSUS EXERCÍCIO RESISTIDO NA AVALIAÇÃO DO<br />

FORTALECIMENTO MUSCULAR EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS<br />

Orienta<strong>do</strong>r Prof. Msc. Ralph Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong> Rosas<br />

Tubarão,<br />

2008<br />

Este trabalho de conclusão de curso foi<br />

apresenta<strong>do</strong> ao curso de Fisioterapia como<br />

requisito à obtenção <strong>do</strong> título de Bacharel<br />

em Fisioterapia.<br />

Universidade <strong>do</strong> Sul de Santa Catari<strong>na</strong>


BRUNO MACHADO REMOR<br />

CORRENTE RUSSA VERSUS EXERCÍCIO RESISTIDO NA AVALIAÇÃO DO<br />

FORTALECIMENTO MUSCULAR EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS<br />

Este trabalho de conclusão de curso foi julga<strong>do</strong> adequa<strong>do</strong> à obtenção <strong>do</strong> grau de Bacharel<br />

em Fisioterapia e aprova<strong>do</strong> em sua forma fi<strong>na</strong>l pelo Curso de Graduação em Fisioterapia.<br />

Universidade <strong>do</strong> Sul de Santa Catari<strong>na</strong> - UNISUL<br />

Tubarão, 21 de Novembro de 2008.<br />

_________________________________<br />

Prof. Msc. Ralph Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong> Rosas<br />

Universidade <strong>do</strong> Sul de Santa Catari<strong>na</strong><br />

_________________________________<br />

Prof. Esp. Kelser Kock<br />

Universidade <strong>do</strong> Sul de Santa Catari<strong>na</strong><br />

_________________________________<br />

Prof. Esp. Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong> Soldi<br />

Universidade <strong>do</strong> Sul de Santa Catari<strong>na</strong>


RESUMO<br />

Hoje os i<strong>do</strong>sos representam 9% da população brasileira, a expectativa é que esse percentual<br />

duplique, fazen<strong>do</strong> com que o número de pessoas com mais de 60 anos passe <strong>do</strong>s quinze<br />

milhões atuais para cerca de 30 milhões. Devi<strong>do</strong> a esse aumento, é necessário começar cada<br />

vez mais ce<strong>do</strong> as atividades de prevenção, preparan<strong>do</strong> o indivíduo para um envelhecimento<br />

saudável. O presente estu<strong>do</strong> tem como objetivo geral a<strong>na</strong>lisar o comportamento <strong>do</strong><br />

fortalecimento muscular em i<strong>do</strong>sos, especificamente descrever a massa muscular através da<br />

perimetria e identificar a força muscular através <strong>do</strong> teste de 1RM <strong>do</strong> quadríceps. A amostra<br />

dividiu-se em três grupos, o grupo 1 que foi submeti<strong>do</strong> à <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> associada ao<br />

<strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, o grupo 2 somente submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, e no grupo 3, o<br />

controle. Foram <strong>do</strong>ze atendimentos a cada indivíduo, o primeiro e último desti<strong>na</strong><strong>do</strong> a<br />

<strong>avaliação</strong> e re<strong>avaliação</strong> respectivamente o restante reserva<strong>do</strong> para o experimento, com<br />

duração média de 40 minutos. Foi utiliza<strong>do</strong> o teste de Wilcoxon para amostras independentes,<br />

com significância igual a 5% (p=0,05) A intervenção foi estatisticamente eficaz nos grupos 1<br />

e 2, porém o grupo submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> associa<strong>do</strong> a <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> observou-se<br />

uma maior eficácia <strong>do</strong> procedimento, apresentan<strong>do</strong> um aumento mais significativo da massa e<br />

força muscular compara<strong>do</strong> ao grupo submeti<strong>do</strong> somente ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>.<br />

.<br />

Palavras-chaves: I<strong>do</strong>so, <strong>exercício</strong> físico, Técnicas de Exercício e de Movimento, Terapia por<br />

Exercício, <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong>


ABSTRACT<br />

Today the elderly account for 9% of the Brazilian population, The expectation is that this<br />

percentage <strong>do</strong>ubled, making the number of people aged over 60 spend the fifteen million<br />

today to about 30 million.Due to this increase, it is increasingly necessary to start early the<br />

activities of prevention, preparing the individual for a healthy aging.This study aims to<br />

examine the general behavior of muscle strengthening in the elderly, specifically describe the<br />

muscle mass through the perimeter and identify the muscular strength through the test of 1RM<br />

of the quadriceps.The sample was divided into three groups, group 1, which was submitted to<br />

the Russian current them to exercise resisted, the group 2 only submitted to endurance<br />

exercise, and in Group 3, the control.Twelve were attending to each individual, the first and<br />

last for the assessment and review, respectively, the rest reserved for the experiment, with the<br />

average duration of 40 minutes. We used the Wilcoxon test for independent samples, with<br />

significance equal to 5% (p = 0.05). The intervention was statistically effective in groups 1<br />

and 2, but the group submitted to endurance exercise associated with Russian current there<br />

was a greater effectiveness of the procedure, presenting a more significant increase of muscle<br />

mass and strength compared to the group submitted only to exercise endurance.<br />

Key-words: Aged, Exercise, Exercise Movement Techniques, Exercise Therapy, Russian<br />

current


DEDICATÓRIA<br />

Dedico este trabalho única e exclusivamente aos<br />

meus pais, fonte de segurança e que são<br />

responsáveis por to<strong>do</strong> meu aprendiza<strong>do</strong>. Espero<br />

retribuir toda confiança depositada. Aos<br />

verdadeiros mestres com carinho.


AGRADECIMENTOS<br />

Primeiramente a Deus, a quem sempre nos momentos difíceis recorri, e nos momentos<br />

felizes tive humildade de agradecer.<br />

A Lúcia e Daniel Bulos Remor, que além de pais são as pessoas mais importantes da<br />

minha vida, independentemente <strong>do</strong> momento ou lugar em que esteja to<strong>do</strong>s meus pensamentos<br />

serão desti<strong>na</strong><strong>do</strong>s a vocês. Agradeço não só pela oportunidade de estu<strong>do</strong>, mas por to<strong>do</strong> carinho<br />

e educação que recebi. A minha Vó Naná a quem me aju<strong>do</strong>u com sábias palavras e bons<br />

conselhos, e um agradecimento a Jacqueline por quem possuo um carinho especial.<br />

Amigos, companheiros de diversos momentos, dividin<strong>do</strong> tristezas e soman<strong>do</strong> nossas<br />

alegrias. Pessoas que sem explicação tor<strong>na</strong>m nossas vidas mais alegres.<br />

Pacientes e funcionários <strong>do</strong> Abrigo <strong>do</strong>s Velhinhos, a contribuição de ambos foi de<br />

fundamental importância para a realização deste trabalho, especialmente aos i<strong>do</strong>sos que<br />

contribuíram como parte da pesquisa.<br />

Ao professor orienta<strong>do</strong>r Ralph Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong> Rosas, profissio<strong>na</strong>l de grande admiração e<br />

competência que com paciência soube esclarecer minhas principais dúvidas e orientar-me da<br />

melhor maneira possível. Também ao professor Paulo Madeira que auxiliou de forma<br />

imprescindível <strong>na</strong> análise deste trabalho. E a to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes e funcionários da instituição<br />

que fizeram parte da minha formação acadêmica.<br />

Enfim a to<strong>do</strong>s que mesmo indiretamente contribuíram <strong>na</strong> minha formação, tanto<br />

profissio<strong>na</strong>l quanto pessoal.


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1- Resulta<strong>do</strong>s das medidas da perimetria <strong>do</strong> quadriceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pós-<br />

intervenção <strong>do</strong> Grupo 1 <strong>exercício</strong> Resisti<strong>do</strong> + <strong>corrente</strong> Russa, em cm………………………28<br />

Tabela 2- Resulta<strong>do</strong>s das medidas da perimetria <strong>do</strong> quadriceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pós-<br />

intervenção <strong>do</strong> Grupo 2 <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, em cm…………………………………………..29<br />

Tabela 3- Resulta<strong>do</strong>s das medidas da perimetria <strong>do</strong> quadriceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pós-<br />

intervenção <strong>do</strong> Grupo 3 controle, em cm..................................................................................29<br />

Tabela 4 - Resulta<strong>do</strong>s da força muscular (1RM) <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pós-<br />

intervenção <strong>do</strong> Grupo 1, em KG...............................................................................................30<br />

Tabela 5 - Resulta<strong>do</strong>s da força muscular (1RM) <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pós-<br />

intervenção <strong>do</strong> Grupo 2, em KG...............................................................................................30<br />

Tabela 6 - Resulta<strong>do</strong>s da força muscular (1RM) <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pós-<br />

intervenção <strong>do</strong> Grupo 3, em KG...............................................................................................30


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10<br />

2 MÚSCULO ESQUELÉTICO ....................................................................................... 13<br />

2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO ........................................................................................... 13<br />

2.2 SARCOPENIA ......................................... .................................................................... 14<br />

2.3 EXERCÍCIOS RESISTIDO ....... ...... ........................................................................... 15<br />

2.3.1 Força muscular ............................... ......................................................................... 16<br />

2.3.2 Hipertrofia Muscular ............................ .................................................................. 16<br />

2.3.3 Princípios <strong>do</strong> Trei<strong>na</strong>mento ................... .................................................................. 17<br />

2.3.3.1 Princípio da sobrecarga ........................ .................................................................. 17<br />

2.3.3.2 Princípio da especificidade ...................................................................................... 17<br />

2.3.3.3 Princípio da reversibilidade .................. .................................................................. 18<br />

2.3.4 Exercícios <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s em i<strong>do</strong>sos ............. .................................................................. 18<br />

2.4 ELETRO ESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR ..................................................... 19<br />

2.4.1 Corrente Russa .............................................. .......................................................... 20<br />

2.4.1.1 Indicações e contra indicações ............. .................................................................. 21<br />

2.4.1.2 Parâmetros da <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> ................ .................................................................. 22<br />

2.4.1.3 Mo<strong>do</strong>s de aplicação da <strong>corrente</strong> ........... .................................................................. 22<br />

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ............................................................................. 24<br />

3.1 TIPOS DE PESQUISA .................................................................................................. 24<br />

3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA .......................................................................................... 24<br />

3.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA COLETA DE DADOS .............................. 24<br />

3.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS ....................... 25<br />

3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ............. 27<br />

4 RESULTADOS.................................................................................................................28<br />

5 DISCUSSÃO ....................................................................................................................32


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................35<br />

REFERÊNCIAS ... ........................................................................................................... .36<br />

APÊNDICE ....................................................................................................................... 39<br />

APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> ...................................... 40<br />

ANEXO ............................................................................................................................... 42<br />

ANEXO A – Ficha de <strong>avaliação</strong> ...................................................................................... 43


1 INTRODUÇÃO<br />

Hoje os i<strong>do</strong>sos representam 9% da população brasileira, e segun<strong>do</strong> o IBGE 1<br />

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a expectativa é que esse percentual duplique,<br />

fazen<strong>do</strong> com que o número de pessoas com mais de 60 anos passe <strong>do</strong>s quinze milhões atuais<br />

para cerca de 30 milhões. Em 1980, para cada 100 crianças, existiam 16 i<strong>do</strong>sos. Vinte anos<br />

depois, essa relação praticamente já havia <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>, numa proporção de 30 i<strong>do</strong>sos para cada<br />

grupo de 100 crianças. De acor<strong>do</strong> com o IBGE 1 , esse crescimento se deve à soma de <strong>do</strong>is<br />

fatores: a queda da taxa de fecundidade e o aumento da longevidade da população.<br />

Devi<strong>do</strong> a esse aumento acontecer de maneira acelerada, é necessário começar<br />

cada vez mais ce<strong>do</strong> as atividades de prevenção, preparan<strong>do</strong> o indivíduo para um<br />

envelhecimento saudável.<br />

O envelhecimento acompanha uma série de alterações fisiológicas que acometem<br />

os mais varia<strong>do</strong>s sistemas orgânicos. No sistema músculo esquelético observa-se um<br />

decréscimo da força e da massa muscular (sarcopenia), características essas marcantes <strong>do</strong><br />

processo <strong>do</strong> envelhecimento, que, como conseqüência, induz à diminuição da capacidade<br />

funcio<strong>na</strong>l. Esta fraqueza, particularmente <strong>do</strong>s membros inferiores, tem si<strong>do</strong> associada ao<br />

maior risco de quedas, à diminuição da densidade mineral óssea e à maior probabilidade de<br />

fraturas, bem como, a outras alterações fisiológicas adversas, tais como, intolerância à glicose<br />

e alterações no metabolismo energético e <strong>na</strong> capacidade aeróbia 2 .<br />

Estu<strong>do</strong>s sobre a diminuição de força e da massa muscular relacio<strong>na</strong>da à terceira<br />

idade são bem <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s. A partir da terceira década de vida perde-se 8% de força por<br />

década, homens e mulheres apresentam reduções relativamente significativas. Essa perda de<br />

força esta diretamente relacio<strong>na</strong>da com o declínio também da massa muscular, que começa<br />

ainda <strong>na</strong> fase adulta aceleran<strong>do</strong> após a quinta década de vida 3 .<br />

Para minimizar os efeitos indeseja<strong>do</strong>s dessas alterações fisiológicas tor<strong>na</strong>-se<br />

necessário à implementação de um programa de atividade física, que tenha como principal<br />

objetivo o ganho de força muscular. Muitos estu<strong>do</strong>s já comprovaram a eficácia <strong>do</strong>s programas<br />

de treinos <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s para minimizar a perda da força e da massa muscular em decorrência <strong>do</strong><br />

avanço cronológico, prevenin<strong>do</strong> lesões e quedas, eventos que para esse tipo de população é de<br />

grande morbidade.<br />

Segun<strong>do</strong> Ghorayeb 4 os <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s são realiza<strong>do</strong>s contra uma resistência<br />

10


gradual, seja realiza<strong>do</strong> por meios de molas, elástico, ou o méto<strong>do</strong> mais comum que é a<br />

utilização por pesos.<br />

Para maximizar os benefícos <strong>do</strong> <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> utiliza-se a eletro estimulação<br />

neuromuscular, que é descrita por Brasileiro 5 como a ação de estímulos elétricos terapêuticos,<br />

aplica<strong>do</strong>s sobre o teci<strong>do</strong> muscular, através <strong>do</strong> sistema nervoso periférico íntegro.<br />

A <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> é comumente utilizada <strong>na</strong> recuperação da força muscular,<br />

principalmente <strong>na</strong> recuperação de cirurgias de joelho. Recentemente transformou-se em mais<br />

uma técnica utilizada <strong>na</strong> área estética. Mas faltam estu<strong>do</strong>s relacio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> utilização dessa<br />

<strong>corrente</strong> em indivíduos i<strong>do</strong>sos.<br />

Com base nesses da<strong>do</strong>s chegou-se ao seguinte questio<strong>na</strong>mento, em qual das<br />

técnicas aplicadas haverá um maior fortalecimento muscular?<br />

Cabe aos profissio<strong>na</strong>is de saúde que se dedicam aos i<strong>do</strong>sos, uma de suas<br />

preocupações é com relação ao declínio da aptidão funcio<strong>na</strong>l, que envolve não somente a<br />

capacidade aeróbica, mas também a força e resistência muscular, a flexibilidade, a<br />

coorde<strong>na</strong>ção e o equilíbrio 6 .<br />

O declínio de força e massa muscular é de particular relevância para a fisioterapia,<br />

já que é associada à dificuldade de realização de atividades funcio<strong>na</strong>is e por colocar os i<strong>do</strong>sos<br />

em um risco de quedas eleva<strong>do</strong> 3 .<br />

Inúmeros estu<strong>do</strong>s foram publica<strong>do</strong>s relatan<strong>do</strong> os efeitos positivos <strong>do</strong> <strong>exercício</strong><br />

<strong>resisti<strong>do</strong></strong> para i<strong>do</strong>sos. A maioria esmaga<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s trabalhos cita ganhos de força e massa<br />

muscular, mas especificamente em adultos jovens, pois estes apresentam ganhos maiores ao<br />

longo <strong>do</strong> tempo, antes que as perdas sejam irrecuperáveis.<br />

Porém existem estu<strong>do</strong>s comprovan<strong>do</strong> que existe a possibilidade de ganho de força<br />

em homens e mulheres fragiliza<strong>do</strong>s. Pesquisa por Guccione 3 realizada com dez residentes em<br />

instituições de assistência de longo prazo entre 86 e 96 anos de idade, após o perío<strong>do</strong> de<br />

trei<strong>na</strong>mento foi <strong>do</strong>cumentada um ganho de força de 174%, a massa muscular que foi<br />

determi<strong>na</strong>da pela tomografia computa<strong>do</strong>rizada aumentou 9%.<br />

Com todas essas situações apresentadas fica cada vez mais clara a importância da<br />

fisioterapia nessas circunstâncias, já que a mesma tem como objetivo restaurar<br />

funcio<strong>na</strong>bilidade, principalmente quan<strong>do</strong> se diz respeito ao movimento.<br />

O presente estu<strong>do</strong> tem como objetivo geral a<strong>na</strong>lisar o comportamento <strong>do</strong><br />

fortalecimento muscular em i<strong>do</strong>sos, seus objetivos específicos são descrever a massa<br />

muscular através da perimetria e identificar a força muscular <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />

A pesquisa é classificada em sua abordagem como quantitativa por mensurar<br />

11


variáveis e o procedimento de coleta utiliza<strong>do</strong> é experimental, que consiste em determi<strong>na</strong>r um<br />

objeto de estu<strong>do</strong>.<br />

O trabalho divide-se em seis capítulos, onde o primeiro é desti<strong>na</strong><strong>do</strong> a introdução da<br />

pesquisa, sen<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong> responsável pelo referencial teórico, o terceiro é desti<strong>na</strong><strong>do</strong> a<br />

descrever meto<strong>do</strong>logicamente o estu<strong>do</strong>, o quarto a demontrar e a<strong>na</strong>lisar estatisticamente os<br />

resulta<strong>do</strong>s, o quinto para discussão e o sexto e último capítulo para considerações fi<strong>na</strong>is.<br />

12


2 MÚSCULO ESQUELÉTICO<br />

2.1 ESTRUTURA E FUNÇÃO<br />

O corpo humano é composto aproximadamente por mais de 600 músculos<br />

esqueléticos, compostos de 75% de água, 20% proteí<strong>na</strong>s e 5% de sais inorgânicos e minerais<br />

<strong>do</strong>s quais representam cerca de 50% <strong>do</strong> peso corporal. Dentre suas funções estão: geração de<br />

força para locomoção e respiração, geração <strong>do</strong> controle postural e produção de calor durante a<br />

exposição ao frio 2 .<br />

Cada um desses músculos é composto por células multinucleadas cilíndricas<br />

também conceituadas como fibras. A separação dessas fibras se dá por uma fi<strong>na</strong> camada de<br />

teci<strong>do</strong> conjuntivo denomi<strong>na</strong><strong>do</strong> de en<strong>do</strong>mísio. Um grupo de aproximadamente 150 fibras<br />

(fascículo) é recoberto por outra camada de teci<strong>do</strong> conjuntivo chama<strong>do</strong> de perimísio. Por fim<br />

cobrin<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o músculo existe uma fi<strong>na</strong> camada conhecida como epímisio. Todas essas<br />

camadas unidas formarão os tendões, estrutura responsável por fixar os músculos no teci<strong>do</strong><br />

mais superficial <strong>do</strong>s ossos, o periósteo 2,7,8.<br />

Envolven<strong>do</strong> to<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> celular da fibra muscular está o sarcolema. Abaixo <strong>do</strong><br />

sarcolema encontra-se o sarcoplasma ou citoplasma, o qual contém proteí<strong>na</strong>s celulares,<br />

organelas e miofibrilas. As miofibrilas são compostas por <strong>do</strong>is filamentos protéicos, um mais<br />

espesso chama<strong>do</strong> de miosi<strong>na</strong> e outro mais fino conheci<strong>do</strong> como acti<strong>na</strong>, devi<strong>do</strong> a essa<br />

diferença de espessura entre os filamentos denomi<strong>na</strong>-se esse tipo de músculo como estria<strong>do</strong>.<br />

Ainda a própria molécula de acti<strong>na</strong> encontra-se outras duas importantes proteí<strong>na</strong>s, a<br />

tropomiosi<strong>na</strong> e a troponi<strong>na</strong> 7,8.<br />

A contração muscular ocorre devi<strong>do</strong> o deslizamento da acti<strong>na</strong> sobre a miosi<strong>na</strong>,<br />

fazen<strong>do</strong> com que o músculo encurte desenvolven<strong>do</strong> tensão, para que isso ocorra existe um<br />

gasto energético, a energia gerada para contração muscular é derivada da degradação da<br />

molécula de ATP (adenosi<strong>na</strong> trifosfato) em ATPase pela enzima miosi<strong>na</strong> 8 .<br />

Para o início da contração muscular é necessária à chegada de um impulso<br />

nervoso a junção neuromuscular. O neurônio motor será o responsável pela liberação da<br />

acetilcoli<strong>na</strong>, um neurotransmissor que tem como função unir-se a placa motora, dessa união<br />

resulta a despolarização da célula muscular . Essa despolarização vai gerar um potencial de<br />

ação, atingin<strong>do</strong> o retículo sarcoplasmático o cálcio é libera<strong>do</strong> para unir-se com a troponi<strong>na</strong>,<br />

após essa junção ocorre uma mudança <strong>na</strong> posição da tropomiosi<strong>na</strong> fazen<strong>do</strong> os sítios ativos da<br />

13


acti<strong>na</strong> ficarem expostos, permitin<strong>do</strong> uma forte ligação entre as proteí<strong>na</strong>s. Esse ciclo é<br />

constante durante a contração, será interrompi<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> houver uma ausência de estímulo<br />

nervoso, fazen<strong>do</strong> o cálcio voltar para o reticulo sarcoplasmático 2,7,9 .<br />

O músculo esquelético pode ser divi<strong>do</strong> conforme as características histoquímicas<br />

de suas fibras. São classificadas como: fibras rápidas e fibras lentas 2,7,8,9 .<br />

Alguns grupos musculares têm pre<strong>do</strong>minância de certas fibras, mas a maioria<br />

possui a mesma proporção tanto de fibras rápidas quanto fibras lentas. O fator determi<strong>na</strong>nte<br />

para essa composição será a carga genética , níveis hormo<strong>na</strong>is e hábitos de <strong>exercício</strong>, toda<br />

essa composição irá interferir no desempenho <strong>do</strong> indivíduo em eventos de força e resistência<br />

2 .<br />

Fibras lentas contêm muitas enzimas oxidativas, ou seja, grande volume de<br />

mitocôndrias. Possuem também grandes concentrações de mioglobi<strong>na</strong>s, devi<strong>do</strong> a essas<br />

características esse tipo de fibra possua alta capacidade de metabolismo aeróbico e grande<br />

resistência à fadiga 2,7 .<br />

Fibras rápidas são dividas em: fibras de glicolíticas apresentam um número<br />

relativamente pequeno de mitocôndrias, capacidade limitada de metabolismo aeróbico e são<br />

menos resistentes a fadiga <strong>do</strong> que as fibras lentas, porém são ricas em enzimas glicolíticas as<br />

quais geram uma grande capacidade a<strong>na</strong>eróbica. A fibras rápidas também são classificadas<br />

como intermediárias, essas fibras são extremamente adaptáveis, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo de<br />

trei<strong>na</strong>mento que é recebi<strong>do</strong> pode chegar a níveis oxidativos semelhantes aos das fibras<br />

lentas 2,7,8 .<br />

2.2 SARCOPENIA<br />

Uma das alterações fisiológicas relacio<strong>na</strong>das ao envelhecimento diz respeito a<br />

sarcopenia, que é caracterizada pela perda da massa muscular. Esse déficit muscular nos<br />

i<strong>do</strong>sos é o responsável pelas principais perdas funcio<strong>na</strong>is.<br />

A diminuição de força muscular traz conseqüências para a autonomia funcio<strong>na</strong>l de<br />

i<strong>do</strong>sos, por exemplo, demonstraram que níveis reduzi<strong>do</strong>s de força seriam associa<strong>do</strong>s a menor<br />

velocidade de caminhada e a i<strong>na</strong>ptidão que acarretaria elevação <strong>do</strong> risco de quedas e fraturas<br />

<strong>na</strong>s pessoas mais velhas 10 .<br />

Os principais fatores que levam a essa situação é uma combi<strong>na</strong>ção de regime<br />

alimentar i<strong>na</strong>dequa<strong>do</strong> e falta de força, à proporção que os músculos enfraquecem constata-se<br />

14


uma diminuição <strong>do</strong> comprometimento da passada, uma desaceleração da velocidade de<br />

caminhada 11 .<br />

A perda de massa muscular inicia-se após a terceira década de vida de uma<br />

maneira lenta, cerca de 10% da musculatura é perdida. Após esse perío<strong>do</strong> ocorre uma perda<br />

real e significativa, a partir da quinta década de vida cerca de 40% da massa muscular é<br />

deteriorada 2,3,4,5,9,10<br />

A musculatura <strong>do</strong>s membros inferiores é mais afetada pela sarcopenia <strong>do</strong> que os<br />

membros superiores, fato que explica a maior perda funcio<strong>na</strong>l em atividades que necessitem<br />

de maior ativação <strong>do</strong>s membros inferiores 12,13 .<br />

As fibras musculares estão diretamente relacio<strong>na</strong>das com essa situação, as fibras<br />

são diminuídas tanto em sua área quanto em seu número. A área de secção transversa das<br />

fibras musculares é determi<strong>na</strong>nte para o grau de força muscular, quanto maior o número de<br />

fibras maior será o tamanho da área e conseqüentemente maior tensão será gerada 11 .<br />

Outros fatores como os neuromusculares são responsáveis pela diminuição da área<br />

transversa, com o envelhecimento ocorre uma diminuição da capacidade de brotamento de<br />

novos termi<strong>na</strong>is nervosos, geran<strong>do</strong> uma perda da manutenção das si<strong>na</strong>pses 12 .<br />

A sarcopenia ainda tem como característica atingir principalmente a fibras<br />

musculares <strong>do</strong> tipo II. Fazen<strong>do</strong> o músculo passar por um remodelamento de sua composição,<br />

aumentan<strong>do</strong> o deposito de gordura intramuscular, resultan<strong>do</strong> em alterações histológicas<br />

marcantes. Fato que explica a perda drástica da potência muscular 13 .<br />

2.3 EXERCÍCIOS RESISTIDOS<br />

Os <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s são realiza<strong>do</strong>s contra uma resistência gradual, seja<br />

realiza<strong>do</strong> por meios de molas, elástico, ou o méto<strong>do</strong> mais comum que é a utilização por pesos<br />

14 .<br />

Através de repetições e séries são realiza<strong>do</strong>s os <strong>exercício</strong>s. As repetições são os<br />

movimentos seqüenciais realiza<strong>do</strong>s sem pausas. Uma série é o conjunto dessas repetições<br />

seguidas por um perío<strong>do</strong> de descanso 15 .<br />

São os <strong>exercício</strong>s mais recomenda<strong>do</strong>s para ganho de força muscular, os mais<br />

eficientes para aumentar o volume <strong>do</strong>s músculos, processo de hipertrofia 16 .<br />

15


2.3.1 Força Muscular<br />

Define-se força como a capacidade máxima de um músculo gerar tensão, é<br />

diretamente proporcio<strong>na</strong>l à capacidade contrátil <strong>do</strong>s músculos, que por sua vez depende da<br />

quantidade de proteí<strong>na</strong> contrátil <strong>na</strong>s fibras musculares, e da capacidade de recrutamento de<br />

unidades motoras 14 .<br />

Para mensuração é utiliza<strong>do</strong> o teste de uma repetição máxima (1RM), que é<br />

defini<strong>do</strong> como a maior carga que pode ser movida por uma amplitude específica de<br />

movimento uma única vez e com execução correta 16,17 .<br />

Entre a vigésima e trigésima década de vida chega-se ao pico de máxima força,<br />

entre as mulheres os níveis de força sempre serão abaixo <strong>do</strong>s homens, cerca de <strong>do</strong>is terços<br />

menores em qualquer grupo muscular 10,11 . A partir <strong>do</strong>s 65 anos, a perda de força tor<strong>na</strong>-se mais<br />

severa e é responsável pelos consideráveis déficits motores observa<strong>do</strong>s em indivíduos<br />

i<strong>do</strong>sos 12 .<br />

O ganho de força muscular além de trazer benéfico ao músculo gera impacto<br />

positivo sobre a excitação neuromotora, <strong>na</strong> integridade, viabilidade <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> conjuntivo e<br />

grande sensação de bem estar <strong>do</strong> indivíduo 10 .<br />

Os efeitos fisiológicos desencadea<strong>do</strong>s <strong>na</strong> musculatura durante o perío<strong>do</strong> de treino<br />

de força, incluem os fatores neurais, o aumento muscular e a hipertrofia. No início <strong>do</strong><br />

trei<strong>na</strong>mento é observa<strong>do</strong> um aumento de força, que está diretamente relacio<strong>na</strong>da às<br />

adaptações neurais e não a hipertrofia. Essas adaptações incluem um aumento <strong>do</strong><br />

recrutamento de unidades motoras e uma maior sincronia de descarga dessas unidades 14 .<br />

A participação regular em programas de <strong>exercício</strong>s físicos de força muscular<br />

causa respostas favoráveis que contribuem para um envelhecimento saudável 18 .<br />

Os benefícios desse tipo de trei<strong>na</strong>mento dependem da combi<strong>na</strong>ção <strong>do</strong> número de<br />

repetições, séries, sobrecarga, seqüência e intervalos entre as séries e <strong>exercício</strong>s. No entanto,<br />

não se tem ainda muito clara qual a melhor combi<strong>na</strong>ção dessas variáveis para uma ótima<br />

relação <strong>do</strong>se-resposta em pessoas i<strong>do</strong>sas 19 .<br />

2.3.2 Hipertrofia Muscular<br />

A partir da melhora das adaptações neurais, ocorre a hipertrofia muscular.<br />

Processo adaptativo que resulta em um aumento da área de secção transversa <strong>do</strong> músculo,<br />

assim como em um aumento da área de secção transversa da fibra muscular como resposta ao<br />

16


aumento da síntese protéica, aumento <strong>do</strong> número e tamanho das miofibrilas, assim como a<br />

adição de sarcômeros no interior da fibra muscular 20 .<br />

A hipertrofia muscular representa uma resposta normal ao trei<strong>na</strong>mento físico,<br />

sen<strong>do</strong> caracterizada por um aumento no tamanho das fibras musculares individualmente.<br />

A contração habitual <strong>do</strong>s músculos com sobrecarga tensio<strong>na</strong>l também produz ao<br />

longo <strong>do</strong> tempo o aprimoramento da coorde<strong>na</strong>ção neuromuscular, no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> recrutamento<br />

de unidades motoras para ação simultânea. A hipertrofia e a melhor coorde<strong>na</strong>ção resultam em<br />

aumento da força muscular 14 .<br />

Nas mulheres o processo da hipertrofia é consideravelmente reduzi<strong>do</strong> compara<strong>do</strong><br />

aos homens, isso porque esse processo esta intimamente ligada aos níveis de Testostero<strong>na</strong>,<br />

hormônio pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>ntemente masculino, que em situações saudáveis é encontra<strong>do</strong> no<br />

organismo em níveis muito maiores que o feminino 7 .<br />

2.3.3 Príncipios de Trei<strong>na</strong>mento<br />

São três os princípios em que se baseia um trei<strong>na</strong>mento de força: sobrecarga,<br />

especificidade e reversibilidade 21 .<br />

2.3.3.1 Princípio da sobrecarga<br />

Para ocorrer o efeito desejável <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento o organismo deve ser estimula<strong>do</strong><br />

além <strong>do</strong> qual está acostuma<strong>do</strong>, para gradativamente adaptar-se a sobrecarga 2 .<br />

A força, e a hipertrofia de um músculo somente aumentarão quan<strong>do</strong> o músculo é<br />

exercita<strong>do</strong> por um determi<strong>na</strong><strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de tempo em sua capacidade quase máxima de força,<br />

contra cargas de trabalho que estejam acima daquelas encontradas normalmente 22 .<br />

2.3.3.2 Princípio da especificidade<br />

trabalhadas.<br />

Os efeitos <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento serão específicos para as fibras musculares a serem<br />

Os programas de trei<strong>na</strong>mento deverão ser específicos ao objetivo <strong>do</strong> treino <strong>do</strong><br />

indivíduo, devem ser especifica<strong>do</strong>s os sistemas energéticos pre<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte, e os grupos<br />

musculares a serem prioriza<strong>do</strong>s 22 .<br />

17


Um indivíduo que participar de um longo e lento programa de trei<strong>na</strong>mento<br />

dificilmente irá utilizar as fibras de contração rápida para aumentar seu rendimento 2 .<br />

2.3.3.3 Princípio da Reversibilidade<br />

Os benefícios <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento não são constantes, a menos que os músculos<br />

permaneçam suficientemente estimula<strong>do</strong>s pelo uso contínuo <strong>do</strong>s ganhos de força. As<br />

mudanças iniciais que ocorrem com o destrei<strong>na</strong>mento são recrutamentos muscular diminuí<strong>do</strong>,<br />

segui<strong>do</strong> por atrofia da fibra muscular 21 .<br />

As adaptações morfológicas e funcio<strong>na</strong>is crônicas induzidas pela atividade física<br />

regular são reduzidas ou retor<strong>na</strong>m à situação anterior ao trei<strong>na</strong>mento quan<strong>do</strong> o programa de<br />

<strong>exercício</strong>s é interrompi<strong>do</strong> 19 .<br />

2.3.4 Exercícios Resisti<strong>do</strong>s em I<strong>do</strong>sos<br />

Há poucos anos atrás a principal ênfase de programas de trei<strong>na</strong>mentos para i<strong>do</strong>sos<br />

era sobre a função aeróbica. Trabalhos que priorizassem força muscular e flexibilidade eram<br />

considera<strong>do</strong>s perigosos no que diz respeito à elevação <strong>do</strong>s níveis da pressão arterial<br />

sistêmica 18 .<br />

Felizmente após anos de pesquisa concluiu-se que <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s para essa<br />

população além de não alterar os níveis pressóricos trás ótimas repercussões <strong>na</strong> prevenção e<br />

reabilitação, em parâmetros funcio<strong>na</strong>is e metabólicos como sarcopenia, osteoporose,<br />

obesidade, controle de peso e reduzin<strong>do</strong> os episódios de quedas, que nessa faixa etária<br />

representam grande nível de morbidade 10,19 .<br />

A importância <strong>do</strong> desenvolvimento de um programa de trei<strong>na</strong>mento de força para<br />

conservação da capacidade de trabalho tor<strong>na</strong>- se cada vez maior conforme o aumento da idade<br />

<strong>do</strong> indivíduo, já que há tendência progressiva ao declínio 10,22,23,25 .<br />

Apesar <strong>do</strong> American College of Sports Medicine (ACSM) recomendar que o<br />

trei<strong>na</strong>mento contra resistência seja parte integrante de um programa de aptidão física para<br />

i<strong>do</strong>sos, não existem parâmetros devidamente reconheci<strong>do</strong>s para <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s nessa<br />

população 26 .<br />

Porém mesmo não ten<strong>do</strong> esses parâmetros bem defini<strong>do</strong>s, os resulta<strong>do</strong>s das<br />

pesquisas confirmam os mais diversos benefícios a respeito <strong>do</strong> treino <strong>resisti<strong>do</strong></strong> para i<strong>do</strong>sos 27 .<br />

18


Homens e mulheres i<strong>do</strong>sas respondem de forma semelhante ao programa de<br />

fortalecimento, em um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> com indivíduos de ambos os sexos com idade<br />

varian<strong>do</strong> entre 65 e 74 anos, foram observa<strong>do</strong>s aumentos de cerca de 28% da força máxima<br />

para extensores <strong>do</strong> joelho, em ambos os grupos 11 .<br />

Atualmente são realiza<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s com os mais varia<strong>do</strong>s grupos de idade. I<strong>do</strong>sos<br />

institucio<strong>na</strong>liza<strong>do</strong>s entre 72 e 98 anos de idade participaram de um estu<strong>do</strong> onde por 10<br />

sema<strong>na</strong>s foram submeti<strong>do</strong>s a um programa de trei<strong>na</strong>mento progressivo de força, associa<strong>do</strong>s a<br />

suplementos nutricio<strong>na</strong>is. A força muscular aumentou 113% no grupo exercita<strong>do</strong>, além disso<br />

houve aumento da velocidade da caminhada, e subir escadas, porém a área transversal <strong>do</strong>s<br />

músculos da coxa demonstrou um aumento de 2,7% 28 .<br />

Estu<strong>do</strong>s como esse mostram que há boas evidências para a inclusão <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos em<br />

programa de <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s.<br />

2.4 ELETRO ESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR<br />

A eletro estimulação neuromuscular (EENM) é conceituada como a ação de<br />

estímulos elétricos terapêuticos, aplica<strong>do</strong>s sobre o teci<strong>do</strong> muscular, através <strong>do</strong> sistema<br />

nervoso periférico íntegro 29 .<br />

Em mea<strong>do</strong>s da década de 70 começou a ser divulga<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre a eficácia<br />

<strong>do</strong>s programas de trei<strong>na</strong>mento de EENM para promover o desenvolvimento de força em<br />

atletas de elite 30 .<br />

Porém, os estu<strong>do</strong>s atuais não focalizam somente em indivíduos saudáveis,<br />

também são realiza<strong>do</strong>s trabalhos para verificar a utilidade da EENM no tratamento de<br />

músculos fracos 31 . Atualmente esse tipo de estimulação tem si<strong>do</strong> muito utiliza<strong>do</strong> <strong>na</strong> área<br />

estética, principalmente no tratamento da flacidez muscular.<br />

De um mo<strong>do</strong> geral os efeitos fisiológicos da eletricidade ocorrem sobre o nervo e<br />

o teci<strong>do</strong> muscular. Isto se sucede pela capacidade de músculos e nervos serem teci<strong>do</strong>s<br />

excitáveis, logo capazes de produzir uma resposta muscular e nervosa frente à <strong>corrente</strong><br />

elétrica. Para que ocorra essa excitabilidade muscular e nervosa, é necessária a presença de<br />

um estímulo, que irá promover um processo de despolarização <strong>na</strong> membra<strong>na</strong> muscular e<br />

nervosa, resultan<strong>do</strong> em um potencial de ação. Esse por sua vez, se propagará ao longo <strong>do</strong><br />

nervo em ambas as direções da localização <strong>do</strong> estímulo 31 .<br />

A estimulação elétrica aplicada através da superfície da pele sobre uma parte <strong>do</strong><br />

sistema neuromuscular intacto pode evocar um potencial de ação no músculo ou fibra nervosa<br />

19


que é idêntico àqueles potenciais de ação gera<strong>do</strong>s fisiologicamente. No entanto, a ordem de<br />

recrutamento voluntário das unidades motoras é diferente daquele eliciada eletricamente,<br />

desse mo<strong>do</strong>, o tipo e o número de unidades motoras ativas e a fatigabilidade da contração<br />

muscular evocada eletricamente serão diferentes das contrações musculares voluntárias 32 .<br />

A aplicação desses estímulos produzirá uma resposta elétrica, exibin<strong>do</strong><br />

características de acor<strong>do</strong> com o tipo de <strong>corrente</strong> (intensidade, duração e forma de onda), e<br />

sobre o tipo de teci<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> (constituição e da maneira fisiológica que este funcio<strong>na</strong>). O<br />

teci<strong>do</strong> durante a eletroestimulação deverá responder de maneira semelhante a qual funcio<strong>na</strong><br />

normalmente, sen<strong>do</strong> percebida como uma sensação elétrica, contração muscular ou até mesmo<br />

<strong>do</strong>r 7 .<br />

Porém, nem to<strong>do</strong>s os estímulos são eficientes para desencadear um potencial de<br />

ação. Para ser um agente eficiente, o estímulo tem que ter uma intensidade adequada e durar<br />

tempo suficiente para igualar ou exceder o limiar básico de excitação da membra<strong>na</strong>. O<br />

potencial de ação é interrompi<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> ocasio<strong>na</strong>lmente, este alcança um ponto da<br />

membra<strong>na</strong>, que não gera uma voltagem suficiente para estimular a área adjacente da<br />

membra<strong>na</strong> 8 .<br />

A estimulação elétrica máxima no fortalecimento muscular pode fazer com que<br />

quase todas as unidades motoras (constituídas por um neurônio motor simples e a fibra<br />

muscular que este inerva) em um músculo, se contraiam de forma sincronizada, algo que não<br />

pode ser consegui<strong>do</strong> <strong>na</strong> contração voluntária. Isso permitiria o desenvolvimento de contrações<br />

musculares mais fortes, acompanhada de uma maior hipertrofia muscular, com o uso da<br />

estimulação 6 .<br />

2.4.1 Corrente Russa<br />

A Corrente Russa é descrita como uma <strong>corrente</strong> de média freqüência 2500 Hz,<br />

modulada em 50 Hz, intercalada por perío<strong>do</strong>s de 10 ms, os quais a <strong>corrente</strong> não flui. Esta<br />

freqüência encontra-se distribuída em uma <strong>corrente</strong> alter<strong>na</strong>da e polifásica, de característica<br />

senoidal (produzida em um mo<strong>do</strong> de burst) ou quadrada, com pulso varian<strong>do</strong> de 50 a 250 ì s.<br />

29 .<br />

É uma <strong>corrente</strong> senoidal, mas chama-se de quadrática porque possui pulsos<br />

quadrangulares. É uma <strong>corrente</strong> bifásica, alter<strong>na</strong>da e homogênea. Não tem pólos 33 .<br />

20


A eletro estimulação de média freqüência tem a capacidade de recrutar maior<br />

número de fibras que a contração voluntária, sen<strong>do</strong> assim, a EENM é capaz de produzir<br />

resulta<strong>do</strong>s mais eficazes que ape<strong>na</strong>s <strong>exercício</strong>s isola<strong>do</strong>s 32 .<br />

Sobre o aumento da força muscular, a EENM estimula os nervos motores de<br />

grande diâmetro <strong>do</strong> tipo IIb a se contraírem antes das fibras <strong>do</strong> tipo I, é fácil concluir que o<br />

vigor da contração aumenta, consideran<strong>do</strong>-se que as fibras <strong>do</strong> tipo IIb são capazes de produzir<br />

mais força 34 .<br />

Sob condições fisiológicas, o músculo pode ativar de 30% a 60% de suas unidades<br />

motoras dependen<strong>do</strong> da extensão <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento. Com a EENM consegue-se ativar 30% a<br />

40% mais das unidades motoras com <strong>corrente</strong> elétrica de média freqüência que nos <strong>exercício</strong>s<br />

comuns e os tratamentos convencio<strong>na</strong>is. Pois com a estimulação elétrica ocorre a modulação<br />

<strong>do</strong> nervo motor alfa e não despolarização <strong>do</strong> neurônio, como no movimento ativo, ten<strong>do</strong><br />

assim, características de despolarização o que confirma a importância da EENM no ganho de<br />

força 32 .<br />

Deve ser muito observa<strong>do</strong> o tempo de contração e repouso devi<strong>do</strong> o grau de<br />

duração da fadiga aparentar ser diretamente relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> com a duração da estimulação<br />

elétrica, principalmente em indivíduos debilita<strong>do</strong>s. Possivelmente sustentações prolongadas<br />

podem levar a fadiga mais facilmente. Desta forma, o tempo de repouso deve ser um tanto<br />

quanto mais longo sen<strong>do</strong> mais comumente usa<strong>do</strong> 10 segun<strong>do</strong>s para a contração e 60 segun<strong>do</strong>s<br />

para o repouso 29 .<br />

Outro ponto a ser observa<strong>do</strong> com atenção é em relação à mudança da<br />

característica da fibra muscular após longos perío<strong>do</strong>s de estimulação elétrica. A fibra<br />

muscular se tor<strong>na</strong> mais vermelha (tônica) e a capilarização aumenta. A célula muscular<br />

também se tor<strong>na</strong> mais sensível. A fibra muscular assume então um caráter de fibra tônica.<br />

Esta mudança não é sempre desejável, particularmente em músculos que devem ser capazes<br />

de trabalhar di<strong>na</strong>micamente 32 .<br />

2.4.1.1 Indicações e contra indicações<br />

É indica<strong>do</strong> o uso <strong>na</strong>s seguintes situações: hipotonia, fortalecimento e aumento <strong>do</strong><br />

tônus muscular, melhora da performance de atletas e reeducação postural.<br />

É contra indica<strong>do</strong> quan<strong>do</strong>: paciente apresenta insuficiência cardíaca, utilizan<strong>do</strong><br />

marca passo, apresenta alterações circulatórias apresentan<strong>do</strong> si<strong>na</strong>is de trombose, teci<strong>do</strong>s<br />

neoplásico, hipertenso ou hipotenso, áreas de infecção ativa, próteses metálicas, gestantes 29 .<br />

21


2.4.1.2 Parâmetros da <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong><br />

Os parâmetros são:<br />

a) Tipo de fibra a ser estimulada e modulação da <strong>corrente</strong>: fibras tônicas: 20 a 30Hz, fibras<br />

fásicas: 50 a 120 Hz.<br />

b) Ciclo útil da <strong>corrente</strong>: 20%- atrofia ou flacidez severa, 35%- atrofia ou flacidez moderada<br />

e 50%- no fi<strong>na</strong>l da recuperação de atrofia e para recuperação de tônus muscular.<br />

c) Tempo de contração e repouso: Quanto maior o tempo, maior a resposta com relação ao<br />

volume e tônus. O tempo de contração deve ser aplica<strong>do</strong> de forma crescente, respeitan<strong>do</strong> a<br />

condição metabólica <strong>do</strong> músculo, evitan<strong>do</strong> um gasto energético excessivo (aci<strong>do</strong>se<br />

tecidual).<br />

d) Tempo total de estímulo: O tempo total <strong>do</strong> estímulo, depende diretamente <strong>do</strong> número de<br />

contrações por minutos, pois se multiplicamos este número de contração por minutos pelo<br />

tempo total de estímulo, terá o número total de contrações; este número deve ser avalia<strong>do</strong><br />

de acor<strong>do</strong> com as condições físicas <strong>do</strong> paciente, para que não se ultrapasse sua condição<br />

metabólica, não entran<strong>do</strong> em fase a<strong>na</strong>eróbica.Quan<strong>do</strong> o músculo apresentar fibras tônicas<br />

e fásicas, ou seja, misto, coloca-se 5 minutos para cada fibra.<br />

e) Controle de intensidade: a intensidade de <strong>corrente</strong> está, diretamente, relacio<strong>na</strong>da a maior ou<br />

menor contração muscular. Sen<strong>do</strong> um da<strong>do</strong> variável, que depende da sensibilidade cutânea<br />

<strong>do</strong> paciente e da sensação da contração muscular 33 .<br />

2.4.1.3 Mo<strong>do</strong>s de aplicação da <strong>corrente</strong><br />

Essa <strong>corrente</strong> pode ser aplicada <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> usual através de eletro<strong>do</strong>s de superfície<br />

fixa<strong>do</strong>s sobre a pele. O eletro<strong>do</strong> é um material condutor, que serve como interface entre o<br />

estimula<strong>do</strong>r e os teci<strong>do</strong>s <strong>do</strong> paciente. O material de que é construí<strong>do</strong>, sua distribuição pelo<br />

corpo e seus tamanhos, são considera<strong>do</strong>s essenciais para o desenvolvimento de uma contração<br />

muscular efetiva 28 .<br />

Os eletro<strong>do</strong>s usa<strong>do</strong>s <strong>na</strong> EENM são geralmente feitos de uma borracha de silício<br />

eletricamente condutora. Necessita-se utilizar um agente de acoplamento como o gel<br />

hidrossolúvel, para que seja forneci<strong>do</strong> um caminho de menor resistência à <strong>corrente</strong> elétrica.<br />

22


Os eletro<strong>do</strong>s devem estar bem aderi<strong>do</strong>s a superfície da pele, para que possa haver uma<br />

condutibilidade uniforme entre a pele e o eletro<strong>do</strong> 34 .<br />

A Corrente Russa comparada com as demais <strong>corrente</strong>s apresenta várias vantagens:<br />

1) menor resistência à passagem, pois quanto maior a freqüência, menor será a resistência<br />

presente, e consequentemente mais agradável a <strong>corrente</strong> se tor<strong>na</strong>rá; 2) a tensão muscular<br />

eletricamente provocada é mantida por um tempo mais longo, causan<strong>do</strong> assim, também um<br />

estímulo de crescimento muscular mais intensivo; e, 3) é possível um trei<strong>na</strong>mento isola<strong>do</strong> de<br />

importantes grupos musculares 35-36-37 .<br />

23


3 DELINEAMENTO DA PESQUISA<br />

Este capítulo é responsável por delinear a pesquisa, ou seja, seu planejamento.<br />

Será descrito o tipo de pesquisa, a população/amostra, os intrumentos e procedimentos de<br />

coleta e de análise estátistica utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> pesquisa.<br />

3.1 TIPO DE PESQUISA<br />

A pesquisa realizada é classificada em sua abordagem como quantitativa por<br />

mensurar variáveis e o procedimento de coleta utiliza<strong>do</strong> é experimental, que consiste em<br />

determi<strong>na</strong>r um objeto de estu<strong>do</strong>, selecio<strong>na</strong>r as variáveis que seriam capazes de influenciar,<br />

definir as formas de controle e de observação <strong>do</strong>s efeitos que a variável produz no objeto 38 .<br />

3.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA<br />

A população <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foi composta por cinquenta i<strong>do</strong>sos residentes <strong>do</strong> Abrigo<br />

<strong>do</strong>s Velhinhos <strong>do</strong> município de Tubarão SC. Com amostra casualizada e caracterizada por<br />

sete indivíduos distribuí<strong>do</strong>s em três grupos.<br />

Para realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foi necessário que o participante preenche-se os<br />

seguintes critérios de inclusão: idade acima <strong>do</strong>s 65 anos, sexo feminino, resida no Abrigo <strong>do</strong>s<br />

Velhinhos há no mínimo 2 anos.<br />

Para critérios de exclusão foram a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s: indivíduos acama<strong>do</strong>s ou cadeirantes,<br />

esta<strong>do</strong> mental anormal, tabagista, etilista, patologias degenerativas progressivas musculares,<br />

amputa<strong>do</strong>s, alteração de sensibilidade em membros inferiores, disléxicos e desistentes.<br />

A amostra dividiu-se em três grupos, conten<strong>do</strong> 3 indívduos no grupo 1 que foi<br />

submeti<strong>do</strong> à <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> associada ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, <strong>do</strong>is indivíduos no grupo 2<br />

somente submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, e no grupo 3, o controle, com <strong>do</strong>is indivíduos. Os<br />

participantes foram sortea<strong>do</strong>s aleatoriamente em seus respectivos grupos.<br />

3.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA COLETA DE DADOS<br />

Foram utiliza<strong>do</strong>s os seguintes materiais <strong>na</strong> pesquisa:<br />

24


a) Ficha de <strong>avaliação</strong> ortopédica da Clínica Escola de Fisioterapia,<br />

b)Corrente Russa aparelho de eletro estimulação neuromuscular, En<strong>do</strong>phasys- R da<br />

marca KLD,<br />

c) Eletro<strong>do</strong>s auto-adesivos 4x4 cm² fabrica<strong>do</strong> pela KLD Biosistemas Ltda, conecta<strong>do</strong>s ao<br />

aparelho de <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> fazen<strong>do</strong> o contato com a pele,<br />

d) Fita métrica,<br />

e) Caneleiras produzidas por Prace Products® utilizadas para resistência em kg <strong>do</strong> <strong>exercício</strong>.<br />

3.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA A COLETA DE DADOS<br />

Após aprovação <strong>do</strong> Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade <strong>do</strong> Sul de<br />

Santa Catari<strong>na</strong> UNISUL com protocolo número 08.002.4.08.III, foram inicia<strong>do</strong>s os<br />

procedimentos.<br />

O primeiro contato com o Abrigo <strong>do</strong> Velhinhos foi direcio<strong>na</strong><strong>do</strong> a apresentação <strong>do</strong><br />

projeto para a responsável da instituição. Depois de a<strong>na</strong>lisar a proposta, concedeu a<br />

autorização para realização <strong>do</strong> trabalho.<br />

Com a amostra já selecio<strong>na</strong>da foi aplica<strong>do</strong> o termo de consentimento livre e<br />

esclareci<strong>do</strong>. A pesquisa percorreu o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong>s meses de Maio à Julho de 2008.<br />

Foram realiza<strong>do</strong>s <strong>do</strong>ze atendimentos a cada indivíduo dividi<strong>do</strong>s da seguinte<br />

forma: o primeiro desti<strong>na</strong><strong>do</strong> à <strong>avaliação</strong>, os dez seguintes realiza<strong>do</strong>s o tratamento, e no último<br />

a re<strong>avaliação</strong>. O tratamento foi realiza<strong>do</strong> três vezes por sema<strong>na</strong> no Abrigo <strong>do</strong>s Velhinhos<br />

Tubarão SC.<br />

O primeiro atendimento foi desti<strong>na</strong><strong>do</strong> à <strong>avaliação</strong>, que constou <strong>do</strong>s seguintes<br />

itens: da<strong>do</strong>s pessoais, a<strong>na</strong>mnese e exame físico.<br />

Os principais pontos avalia<strong>do</strong>s foram:<br />

Força Muscular: através <strong>do</strong> teste de 1RM de forma crescente, onde o avalia<strong>do</strong>r, a<br />

cada repetição, aumenta a resistência até o nível máximo. O movimento testa<strong>do</strong> foi o de<br />

flexão de quadril associa<strong>do</strong> à extensão <strong>do</strong> joelho 15-16 .<br />

Perimetria: Ten<strong>do</strong> a porção proximal da patela como ponto de referência foram<br />

mensuradas 3 medidas, uma a 5cm acima <strong>do</strong> ponto de referência outra a 10cm e uma última a<br />

15 cm 39 .<br />

Seguin<strong>do</strong> o protocolo, após a <strong>avaliação</strong> foi inicia<strong>do</strong> o tratamento com dez<br />

atendimentos, realiza<strong>do</strong> três vezes por sema<strong>na</strong>. O atendimento foi diferencia<strong>do</strong> conforme o<br />

grupo estabeleci<strong>do</strong>.<br />

25


Grupo 1 <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> associada ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, durante a aplicação da<br />

<strong>corrente</strong> será realiza<strong>do</strong> simultaneamente o <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> com 80% <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> 1RM,<br />

durante duas séries de 10 repetições, com intervalo de 1 minuto para cada série.<br />

Grupo 2 <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, somente o uso <strong>do</strong> <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> com 80% <strong>do</strong><br />

valor obti<strong>do</strong> no teste de 1RM, com duas séries de 10 repetições com intervalo de 1 minuto<br />

para cada série.<br />

cita<strong>do</strong>s (sorteio).<br />

Grupo 3 controle, não será realiza<strong>do</strong> nenhuma aplicação.<br />

Os indivíduos foram aleatoriamente dividi<strong>do</strong>s em cada um <strong>do</strong>s grupos supra<br />

O tempo <strong>do</strong>s atendimentos foram dividi<strong>do</strong>s da seguinte maneira, para o grupo 1<br />

reserva<strong>do</strong>s os dez primeiros minutos para preparação <strong>do</strong> paciente, posicio<strong>na</strong>mento, colocação<br />

<strong>do</strong>s eletro<strong>do</strong>s, e os vinte fi<strong>na</strong>is para realização da estimulação elétrica. O grupo 2 realizou<br />

duas séries de <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s com dez repetições, com a carga estabelecida a 80% <strong>do</strong><br />

valor de 1 RM num tempo mínimo de dez minutos.<br />

A <strong>corrente</strong> <strong>russa</strong> foi aplicada no mesmo grupo muscular (quadríceps) em to<strong>do</strong>s os<br />

pacientes, onde antes da aplicação <strong>do</strong>s eletro<strong>do</strong>s será realizada uma limpeza da região com<br />

álcool e se necessário a remoção de pêlos. Os pacientes foram posicio<strong>na</strong><strong>do</strong>s em decúbito<br />

<strong>do</strong>rsal e estimula<strong>do</strong>s a realizarem flexão <strong>do</strong> quadril associada à extensão <strong>do</strong> membro inferior.<br />

Os eletro<strong>do</strong>s aplica<strong>do</strong>s nos ventres <strong>do</strong>s músculos que formam o quadríceps.<br />

Foram aplica<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros: freqüência porta<strong>do</strong>ra de 2500 Hz,<br />

freqüência modulada de 40 Hz nos primeiros 5 minutos e 60Hz nos 5 minutos restantes, onda<br />

senoidal com estimulação sincronizada, tempo de subida e descida igual a 6 segun<strong>do</strong>s, tempo<br />

de contração (On) no primeiro atendimento será de 12 segun<strong>do</strong>s com tempo de repouso (Off)<br />

de 18 segun<strong>do</strong>s, no segun<strong>do</strong> atendimento será de 8 segun<strong>do</strong>s com tempo Off de 14 segun<strong>do</strong>s,<br />

da terceira aplicação até a quinta serão 6 segun<strong>do</strong>s de contração com 14 segun<strong>do</strong>s de repouso,<br />

<strong>do</strong> sexto atendimento até o nono, serão 6 segun<strong>do</strong> de contração com 12 segun<strong>do</strong>s de repouso,<br />

e a última aplicação terá como parâmetro 6 segun<strong>do</strong>s de estímulos com 12 de repouso. Tempo<br />

total de estimulação acumulou dez minutos e a intensidade mensurada conforme o conforto<br />

<strong>do</strong> paciente e a uma maneira que seja visível a contração.<br />

Nos <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s foram segui<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros: 80% <strong>do</strong> valor<br />

obti<strong>do</strong> no teste de 1RM, três séries de <strong>exercício</strong>s com dez repetições cada, três vezes por<br />

sema<strong>na</strong>. Os participantes devem estar dispostos de vestimenta confortável, e posicio<strong>na</strong><strong>do</strong>s em<br />

decúbito <strong>do</strong>rsal fazen<strong>do</strong> o movimento de flexão de quadril associada à extensão <strong>do</strong> joelho,<br />

com as caneleiras colocadas nos pés.<br />

26


3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS<br />

Para verificar diferenças nos valores das médias de força muscular em cada grupo<br />

foi utiliza<strong>do</strong> o teste de Wilcoxon para amostras independentes. To<strong>do</strong>s os testes usaram<br />

significância igual a 5% (p=0,05).<br />

27


4 RESULTADOS<br />

Neste capítulo será apresententa<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no experimento, através<br />

de tabelas serão demonstra<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s a cada grupo de intervenção.<br />

Para análise de da<strong>do</strong>s descrita neste capítulo foi utiliza<strong>do</strong> o teste de Wilcoxon para<br />

amostras independentes com nível de significância de 5% para concluir sobre eventual<br />

difirença <strong>na</strong>s populações, com base <strong>na</strong>s amostras fornecidas.<br />

Os grupos foram identifica<strong>do</strong>s em Grupo 1 Corrente Russa associada ao <strong>exercício</strong><br />

<strong>resisti<strong>do</strong></strong>, grupo 2 somente ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> e o grupo 3 o controle, que não foi<br />

submeti<strong>do</strong> a intervenção alguma.<br />

Abaixo serão descritos os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em relação a perimetria <strong>do</strong> i<strong>do</strong>sos<br />

pesquisa<strong>do</strong>s. A perimetria <strong>do</strong> quadríceps foi mensurada a partir de três medidas, uma a cinco<br />

cm, a segunda a 10 cm e a última a 15 cm da borda superior da patela, que foi usada como<br />

ponto de referência.<br />

Na Tabela 1 estão ilustra<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s referentes a perimetria pré e pós-<br />

intervenção <strong>do</strong> Grupo 1 que foi submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> associa<strong>do</strong> ao uso da Corrente<br />

Russa.<br />

Tabela 1- Resulta<strong>do</strong>s das medidas da perimetria <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e<br />

pós-intervenção <strong>do</strong> Grupo 1 <strong>exercício</strong> Resisti<strong>do</strong> + <strong>corrente</strong> Russa, em cm.<br />

Pacientes Pré-Intervenção Pós-Intervenção<br />

MID MIE MID MIE<br />

A………………………………. 32 37.5 32 37<br />

36 40 36 40.5<br />

43.5 44 43.5 44.5<br />

B……………………………….. 43 45 45 45<br />

45 48 48.5 49<br />

55 52 55 53<br />

C……………………………….. 34 34 35 35<br />

38 48 38 49<br />

42 42 43 42<br />

Fonte: pesquisa elaborada pelo autor<br />

Realiza<strong>do</strong> o teste de Wilcoxon para amostras independentes, com nível de<br />

significância de 5%, obteve-se uma diferença significativa em relação ao aumento da massa<br />

muscular em ambos os membros, mensurada através da perimetria, portanto o tratamento<br />

mostrou-se eficiente.<br />

28


Os da<strong>do</strong>s referentes a Tabela 2 representam os da<strong>do</strong>s referentes a perimetria pré e<br />

pós-intervenção <strong>do</strong> Grupo 2 que foi submeti<strong>do</strong> somente ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>.<br />

Tabela 2- Resulta<strong>do</strong>s das medidas da perimetria <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e<br />

pós-intervenção <strong>do</strong> Grupo 2 <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, em cm.<br />

Pacientes Pré-Intervenção Pós-Intervenção<br />

MID MIE MID MIE<br />

A………………………………. 34.4 34 35 34<br />

36 37 36 37<br />

38 40 39 40<br />

B………………………………. 42 41.5 42 41<br />

45 42.5 45 43<br />

46 45 47 45.5<br />

Fonte: pesquisa elaborada pelo autor<br />

Realiza<strong>do</strong> o teste de Wilcoxon para amostras independentes, com nível de<br />

significância de 5%, obteve-se uma diferença significativa em relação ao aumento da massa<br />

muscular em ambos os membros, mensurada através da perimetria, mostran<strong>do</strong> a eficácia <strong>do</strong><br />

tratamento. Seguin<strong>do</strong> a análise estatística o Grupo 2 também obteve uma diferença<br />

significativa em relação ao aumento da massa muscular em ambos os membros, comprovan<strong>do</strong><br />

a eficácia <strong>do</strong> procedimento.<br />

Na Tabela 3 estão os números referentes ao resulta<strong>do</strong>s da perimetria <strong>do</strong><br />

quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pós-intervenção <strong>do</strong> Grupo 3 controle, que não foi submeti<strong>do</strong><br />

a nenhuma intervenção.<br />

Tabela 3- Resulta<strong>do</strong>s das medidas da perimetria <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e<br />

pós-intervenção <strong>do</strong> Grupo 3 controle, em cm.<br />

Pacientes Pré-Intervenção Pós-Intervenção<br />

MID MIE MID MIE<br />

A………………………………. 36 38 36 36<br />

37 42 37 39<br />

41 45 41 42<br />

B………………………………. 41 43 41 41<br />

45 47 44.5 45<br />

48 49 48 49<br />

Fonte: pesquisa elaborada pelo autor<br />

Realiza<strong>do</strong> o teste de Wilcoxon para amostras independentes, com nível de<br />

significância de 5%, obteve-se uma diferença significativa em relação ao aumento da massa<br />

muscular em ambos os membros, mensurada através da perimetria, portanto o tratamento<br />

mostrou-se eficiente.<br />

Quan<strong>do</strong> a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s no Grupo 3 houve uma diferença significativa em<br />

29


elação a uma diminuição da massa muscular.<br />

Na tabela a seguir serão expostos os da<strong>do</strong>s referentes a força muscular em kg,<br />

obtida através <strong>do</strong> teste de 1RM. Na Tabela 4 estão representa<strong>do</strong>s os números referentes a<br />

força muscular, pré e pós-intervenção, <strong>do</strong> Grupo 1 submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> associa<strong>do</strong><br />

a Corrente Russa.<br />

Tabela 4 - Resulta<strong>do</strong>s da força muscular (1RM) <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pósintervenção<br />

<strong>do</strong> Grupo 1, em kg.<br />

Pacientes Pré-Intervenção Pós-Intervenção<br />

MID MIE MID MIE<br />

A………………………………. 8.5 8.5 10 10<br />

B………………………………. 3 3 4.5 4.5<br />

C………………………………. 2.5 2.5 6 6<br />

Fonte: pesquisa elaborada pelo autor<br />

Após realiza<strong>do</strong> o teste estátistico o procedimento mostrou-se eficaz quan<strong>do</strong><br />

comparada <strong>na</strong> pré e pós intervenção da força muscular.<br />

Na Tabela 5 estão demonstra<strong>do</strong>s os valores da força muscular <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong><br />

pré-intervenção e pós-intervenção <strong>do</strong> Grupo 2, submeti<strong>do</strong> somente ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>.<br />

Tabela 5 - Resulta<strong>do</strong>s da força muscular (1RM) <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pósintervenção<br />

<strong>do</strong> Grupo 2, em kg.<br />

Pacientes Pré-Intervenção Pós-Intervenção<br />

MID MIE MID MIE<br />

A………………………………. 6 6 8 8<br />

B………………………………. 5 5 6.5 6.5<br />

Fonte: pesquisa elaborada pelo autor<br />

Realiza<strong>do</strong> o teste estátistico, os da<strong>do</strong>s comprovam a eficácia <strong>do</strong> procedimento<br />

compara<strong>do</strong> <strong>na</strong> pré e pós-intervenção.<br />

Na Tabela 6 estão os resulta<strong>do</strong>s da força muscular <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-<br />

intervenção e pós-intervenção <strong>do</strong> Grupo 3, o controle, que não foi submeti<strong>do</strong> a nenhuma<br />

técnica.<br />

Tabela 6 - Resulta<strong>do</strong>s da força muscular (1RM) <strong>do</strong> quadríceps <strong>na</strong> pré-intervenção e pósintervenção<br />

<strong>do</strong> Grupo 3, em kg.<br />

Pacientes Pré-Intervenção Pós-Intervenção<br />

MID MIE MID MIE<br />

A………………………………. 4.5 4.5 4.5 4.5<br />

B………………………………. 1 1 1 1<br />

Fonte: pesquisa elaborada pelo autor<br />

30


comprovada.<br />

Com a realização <strong>do</strong> teste não houve nenhuma diferença estatisticamente<br />

A intervenção foi estatisticamente eficaz nos Grupos 1 e 2, porém o grupo<br />

submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> associa<strong>do</strong> a Corrente Russa observou-se uma maior eficácia<br />

<strong>do</strong> procedimento, apresentan<strong>do</strong> um aumento mais significativo da massa e força muscular<br />

compara<strong>do</strong> ao grupo submeti<strong>do</strong> somente ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>, conclusão esta observável em<br />

ambos os membros.<br />

31


5 DISCUSSÃO<br />

Após a apresentação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong> pesquisa, será realizada nesse<br />

capítulo uma discussão <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.<br />

Com o teste estatístico realiza<strong>do</strong> foi comprovada a eficácia da intervenção nos<br />

grupos 1 e 2, porém o grupo que teve associa<strong>do</strong> ao tratamento a aplicação da Corrente Russa<br />

observou-se um maior aumento da massa e força muscular, isso pode ser explica<strong>do</strong> devi<strong>do</strong> a<br />

eletroestimulação de média freqüência ter a capacidade de recrutar maior número de fibras<br />

que a contração voluntária, sen<strong>do</strong> assim, a eletro estimulação neuromuscular (EENM) é capaz<br />

de produzir resulta<strong>do</strong>s mais eficazes que ape<strong>na</strong>s <strong>exercício</strong>s isola<strong>do</strong>s 32.<br />

Alguns autores afirmam que a estimulação elétrica máxima no fortalecimento<br />

muscular pode fazer com que quase todas as unidades motoras (constituídas por um neurônio<br />

motor simples e a fibra muscular que este inerva) em um músculo, se contraiam de forma<br />

sincronizada, algo que não pode ser consegui<strong>do</strong> <strong>na</strong> contração voluntária. Isso permitiria o<br />

desenvolvimento de contrações musculares mais fortes, acompanhada de uma maior<br />

hipertrofia muscular, com o uso da estimulação 5 .<br />

Consideração esta que está de acor<strong>do</strong> com a pesquisa realizada, o grupo<br />

submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> associa<strong>do</strong> a Corrente Russa obteve um maior aumento da<br />

massa muscular compara<strong>do</strong> ao grupo que teve como intervenção ape<strong>na</strong>s o exercío <strong>resisti<strong>do</strong></strong>.<br />

Em relação ao aumento da força muscular existem estu<strong>do</strong>s descreven<strong>do</strong> que a<br />

EENM estimula os nervos motores de grande diâmetro <strong>do</strong> tipo IIb a se contraírem antes das<br />

fibras <strong>do</strong> tipo I, é fácil concluir que o vigor da contração aumenta, consideran<strong>do</strong>-se que as<br />

fibras <strong>do</strong> tipo IIb são capazes de produzir mais força 33 .<br />

Outras considerações sobre força muscular relatam que sob condições<br />

fisiológicas, o músculo pode ativar de 30% a 60% de suas unidades motoras dependen<strong>do</strong> da<br />

extensão <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento. Com a EENM consegue-se ativar 30% a 40% mais das unidades<br />

motoras com <strong>corrente</strong> elétrica de média freqüência que nos <strong>exercício</strong>s comuns e os<br />

tratamentos convencio<strong>na</strong>is. Devi<strong>do</strong> a estimulação elétrica modular a atuação <strong>do</strong> nervo motor<br />

alfa e não despolarização <strong>do</strong> neurônio, como no movimento ativo, ten<strong>do</strong> assim, características<br />

de despolarização o que confirma a importância da EENM no ganho de força 32 .<br />

Afirmação esta que confirma os da<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s nesta pesquisa, onde o grupo<br />

que recebeu a Corrente Russa associa<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> teve um maior aumento de<br />

força muscular comparada ao grupo que recebeu somente <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>.<br />

32


Porém <strong>na</strong> literatura não existe um consenso em relação a definição <strong>do</strong>s parâmetros<br />

a serem utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> EENM. Alguns autores apresentam divergência em seus trabalhos,<br />

necessitan<strong>do</strong> assim de estu<strong>do</strong>s que busquem chegar a uma definição. E nenhum destes estu<strong>do</strong>s<br />

cita<strong>do</strong>s fazem citações a aplicação da Corrente Russa em i<strong>do</strong>sos.<br />

Em relação a intensidade, frequência e volume trei<strong>na</strong>mento existem diferentes<br />

abordagens para o <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>. Em uma revisão realizada por Silva 10 concluiu-se que<br />

diferentes combi<strong>na</strong>ções dessas variáveis foram igualmente eficazes em seus objetivos.<br />

Antes de determi<strong>na</strong>r a carga escolhida para realização <strong>do</strong> <strong>exercício</strong> resiti<strong>do</strong> foi<br />

realiza<strong>do</strong> o teste de 1RM, que é defini<strong>do</strong> como a maior carga que pode ser movida por uma<br />

amplitude específica de movimento uma única vez e com execução correta 22 .<br />

Também existem divergências quanto a determi<strong>na</strong>ção da carga escolhida para<br />

realizar o tratamento, alguns autores afirmam que de 50% a 60% existem resulta<strong>do</strong>s<br />

significativos no ganho de força 27 .<br />

Há outro grupo de autores que defendem a utilização de 70% da carga máxima 26 .<br />

E também os que relatam resulta<strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong> uma carga com 80% <strong>do</strong> RM 13 . A pesquisa<br />

realizada utilizou 80% de carga para trabalho conseguin<strong>do</strong> ganhos satisfatórios no grupos<br />

submeti<strong>do</strong>s ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>.<br />

Estu<strong>do</strong>s como o de Carvalho 26 consideram que as respostas obtidas em i<strong>do</strong>sos<br />

sejam parecidas ou até superiores com as encontradas <strong>na</strong> população adulta.<br />

Campbell 40 avaliou a evolução da força muscular em 12 i<strong>do</strong>sos (oito homens e<br />

quatro mulheres), no grupo etário de 56 a 80 anos. Após 12 sema<strong>na</strong>s de trei<strong>na</strong>mento com<br />

pesos (TP), aumentos significantes da força muscular foram verifica<strong>do</strong>s nos <strong>exercício</strong>s supino<br />

(30%), flexão de per<strong>na</strong>s (92%), remada baixa (24%), extensão de per<strong>na</strong> direita e esquerda<br />

(64% e 65%, respectivamente).<br />

Estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por Barbosa 23 , que após submeter um grupo de 11 mulheres<br />

i<strong>do</strong>sas a 10 sema<strong>na</strong>s de <strong>exercício</strong> com pesos, verificou aumentos significantes <strong>na</strong> força<br />

muscular (25,9% e 49,1%, para tríceps e panturrilha, respectivamente) e <strong>na</strong> força de preensão<br />

manual de ambas as mãos (3% a 17%).<br />

Outros autores ainda relacio<strong>na</strong>m o <strong>exercício</strong> resiti<strong>do</strong> com a funcio<strong>na</strong>lidade <strong>do</strong>s<br />

i<strong>do</strong>sos , Bran<strong>do</strong>n 41 submeteu 43 indivíduos, com média de idade de 72 anos, a 16 sema<strong>na</strong>s de<br />

TP. Os resulta<strong>do</strong>s indicaram aumento de 51,7% <strong>na</strong> força máxima de membros inferiores,<br />

concomitantemente, com melhorias significantes <strong>na</strong>s tarefas de levantar da cadeira, caminhar<br />

e retor<strong>na</strong>r à posição inicial e <strong>na</strong> tarefa de levantar <strong>do</strong> chão a partir da posição sentada.<br />

33


Por muitos anos priorizava-se os <strong>exercício</strong> em i<strong>do</strong>sos de capacidade aeróbica,<br />

porém está melhor <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong> que os <strong>exercício</strong>s que exijam força e potência muscular<br />

estejam muito mais relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao seu cotidiano <strong>do</strong> que os aeróbicos, além das perdas<br />

significativas de massa e força muscular estar relacio<strong>na</strong>da ao processo de envelhecimento.<br />

Frontera 20 observou, em i<strong>do</strong>sos, por meio de estu<strong>do</strong> longitudi<strong>na</strong>l, declínio anual da<br />

força entre 2,0 a 2,5%, para membros inferiores. Da mesma forma, Harries e Bassey 42<br />

observaram redução de 15% por década <strong>na</strong> força muscular durante a sexta e a sétima década<br />

de vida, e declínio mais acentua<strong>do</strong>, cerca de 30%, em idades mais avançadas.<br />

Raso 18 relatou em seu estu<strong>do</strong> que a força de mulheres i<strong>do</strong>sas decresce após um<br />

perío<strong>do</strong> de oito sema<strong>na</strong>s de interrupção de trei<strong>na</strong>mento com pesos.<br />

No grupo controle ao qual não foi submeti<strong>do</strong> a nenhuma intervenção ficou<br />

evidente a diminuição da massa muscular no perío<strong>do</strong> da pesquisa.<br />

Muitos autores descrevem sobre os efeitos <strong>do</strong> trei<strong>na</strong>mento <strong>resisti<strong>do</strong></strong> em i<strong>do</strong>sos,<br />

to<strong>do</strong>s seus efeitos são bem conheci<strong>do</strong>s <strong>na</strong> literatura, porém pelos acha<strong>do</strong>s percebe-se que não<br />

existe um protocolo para trei<strong>na</strong>mento de força em i<strong>do</strong>sos associan<strong>do</strong> o uso de EENM, ou o<br />

mesmo não foi encontra<strong>do</strong> durante a realização desta pesquisa.<br />

34


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Pesquisas sobre a implementação de programas de <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s em i<strong>do</strong>sos<br />

são bem <strong>do</strong>cumentadas. Assim como a utilização da EENM é bem descrita <strong>na</strong> literatura, suas<br />

atribuições abrangem as áreas, esportiva, ortopédica, e mais recentemente <strong>na</strong> estética. Porém<br />

pesquisas associan<strong>do</strong> o uso <strong>do</strong>s <strong>exercício</strong>s <strong>resisti<strong>do</strong></strong>s a EENM em i<strong>do</strong>sos são escassas.<br />

Com a análise estatística <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em relação à perimetria <strong>do</strong> quadríceps<br />

foi possível observar que no grupo submeti<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> associa<strong>do</strong> à EENM<br />

verificou-se diferença significativa em relação ao aumento da massa muscular em ambos os<br />

membros, portanto o tratamento mostrou-se eficiente. No grupo que foi submeti<strong>do</strong> somente a<br />

ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> também houve diferença siginificativa <strong>na</strong> pré e pós intervenção,<br />

entretan<strong>do</strong>, os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> grupo 1 que teve o uso da EENM associa<strong>do</strong> ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong><br />

foram maiores, obten<strong>do</strong> uma maior eficácia.<br />

Em relação a força muscular a pesquisa chegou a valores semelhantes obti<strong>do</strong>s <strong>na</strong><br />

variável anterior. A<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s estatiticamente através <strong>do</strong> teste de 1RM <strong>na</strong> pré e pós<br />

intervenção pode-se observar que os i<strong>do</strong>sos participantes <strong>do</strong> grupo 1 aumentaram seus níveis<br />

de força com maior eficácia <strong>do</strong> que os i<strong>do</strong>sos submeti<strong>do</strong> somente ao <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong>,grupo<br />

2.<br />

Como um estu<strong>do</strong> experimental, esta pesquisa buscou comprovar a eficácia a novas<br />

intervenções realizadas, independentemente <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong>, foi de extrema satisfação e<br />

imenso aprendiza<strong>do</strong> a construção desse trabalho.<br />

35


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36


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37


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38


APÊNDICE<br />

39


Apêndice A – Termo de Concentimento Livre e Esclareci<strong>do</strong><br />

Eu, Bruno Macha<strong>do</strong> Remor, acadêmico <strong>do</strong> oitavo semestre <strong>do</strong> curso de<br />

Fisioterapia da Universidade <strong>do</strong> Sul de Santa Catari<strong>na</strong> - UNISUL, estou realizan<strong>do</strong> meu<br />

Trabalho de Conclusão de Curso sobre Corrente <strong>russa</strong> <strong>versus</strong> <strong>exercício</strong> <strong>resisti<strong>do</strong></strong> <strong>na</strong> <strong>avaliação</strong><br />

<strong>do</strong> fortalecimento muscular em i<strong>do</strong>sos institucio<strong>na</strong>liza<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> como orienta<strong>do</strong>r o<br />

Fisioterapeuta e <strong>do</strong>cente Ralph Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong> Rosas. Para a realização deste trabalho necessito de<br />

sua colaboração, ou responsável. Os participantes passarão por uma <strong>avaliação</strong> fisioterapêutica,<br />

onde serão avalia<strong>do</strong>s os seguintes itens: força muscular e perimetria .<br />

Os da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s serão utiliza<strong>do</strong>s ape<strong>na</strong>s para a pesquisa, sen<strong>do</strong> que os nomes e<br />

informações obtidas não serão divulga<strong>do</strong>s, e ape<strong>na</strong>s os pesquisa<strong>do</strong>ras terão acesso às<br />

informações.<br />

Você é totalmente livre para aceitar participar desta pesquisa, e se optar pela não<br />

participação não sofrerá nenhum constrangimento. Cabe, ainda, ressaltar que você é livre para<br />

desistir a qualquer momento de fazer parte dessa pesquisa entran<strong>do</strong> em contato pelo telefone:<br />

(48) 9942 1353.<br />

Sua colaboração é muito importante.<br />

Agradecemos pela atenção.<br />

Bruno Macha<strong>do</strong> Remor – Acadêmico <strong>do</strong> curso de Fisioterapia UNISUL<br />

Ralph Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong> Rosas – Fisioterapeuta e <strong>do</strong>cente da UNISUL<br />

40


Declaro que fui informa<strong>do</strong> sobre to<strong>do</strong>s os procedimentos da pesquisa e que recebi,<br />

de forma clara e objetiva, todas as explicações pertinentes ao projeto e que to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s ao<br />

meu respeito e a da (o) minha (meu) parceira (o) serão sigilosos. Eu compreen<strong>do</strong> que neste<br />

estu<strong>do</strong> as medições <strong>do</strong> experimento serão feitas em mim.<br />

Declaro que fui informa<strong>do</strong> que posso me retirar da pesquisa a qualquer momento.<br />

Nome por extenso: ___________________________________________________________<br />

RG: _______________________________________________________________________<br />

Data e local: ________________________________________________________________<br />

Assi<strong>na</strong>tura: _________________________________________________________________<br />

41


ANEXO<br />

42


Anexo A<br />

CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA UNISUL<br />

Avaliação Ortopédica<br />

Nome:______________________________________________________________________<br />

Data de Nascimento:_____________Idade:________Sexo:________<br />

Endereço:______________________________________________________________nº:__<br />

Bairro:____________________________Cidade:___________________CEP:____________<br />

Encaminhamento_____________________________________________________________<br />

Médico:____________________________________________________________________<br />

Diagnóstico_________________________________________________________________<br />

Médico:____________________________________________________________________<br />

QP.:_______________________________________________________________________<br />

H.M.A.:____________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

Perimetria:<br />

Local cm Esquer<strong>do</strong> cm Direito<br />

Obs.:_______________________________________________________________________<br />

43


Goniometria:<br />

Região Movimento Esquer<strong>do</strong> Direito<br />

Testes Especiais:<br />

Teste Resulta<strong>do</strong><br />

Exames Complementares:<br />

Exame/Data Resulta<strong>do</strong>s<br />

Disfunções identificadas:<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

DIAGNÓSTICO CINÉTICO-<br />

FUNCIONAL:_______________________________________________________________<br />

Objetivo <strong>do</strong> tto:<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

Plano de tto:<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

___________________________________________________________________________<br />

44

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