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Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf

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12<br />

NO POMAR<br />

Marlene Simarelli<br />

BANANA RESISTENTE<br />

A SIGATOKA NEGRA<br />

Quando o fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet, causador da Sigatoka negra, atinge<br />

os bananais, com variedades suscetíveis em condições de clima quente e úmido, as<br />

perdas chegam a 100% da produção. Para ajudar na solução do problema, a Embrapa<br />

Mandioca e Fruticultura Tropical lançou as novas cultivares de bananeira Japira e Pacovan<br />

Ken, resistentes à doença. O pesquisador Sebastião de Oliveira e Silva, responsável<br />

pelo melhoramento de bananeira, afirma que “o uso das duas variedades evita a<br />

aplicação de fungicidas no controle das sigatokas amarela e negra, prática de elevado<br />

custo e com implicações ambientais”.<br />

A cultivar Japira produz 25 toneladas por hectare; apresenta a maioria das características<br />

de desenvolvimento e de rendimento superior à Prata e bastante semelhante a<br />

Pacovan. Mas é superior na reação às doenças, sendo resistente a Sigatoka amarela, a<br />

Sigatoka negra e ao mal-do-Panamá. Foi lançada no Espírito Santo e avaliada em diferentes<br />

ecossistemas na Bahia, no Amazonas e no Acre.<br />

A Pacovan Ken tem porte de médio a alto, ciclo médio e se destaca das demais por<br />

apresentar produção de 30 toneladas por hectare. Os cachos, de frutos mais doces,<br />

podem chegar a 28 quilos, com sete a dez pencas por unidade. Apresenta também<br />

resistência a Sigatoka amarela e ao mal-do-Panamá. Lançada na Bahia, a Pacovan Ken<br />

foi testada e recomendada para outros estados da região Norte.<br />

Informações sobre as mudas das novas variedades podem ser obtidas na Campo<br />

Biotecnologia, telefone (75) 3621-2584, email: fernando@campo.com.br.<br />

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CUIDADOS COM O MAMOEIRO<br />

A partir de março, quando diminuem as chuvas e a temperatura cai, a cultura do mamoeiro, de produção contínua, exige que os<br />

produtores fiquem atentos, principalmente para os problemas fitossanitários, como o ácaro-rajado e as doenças viróticas meleira e<br />

mosaico do mamoeiro. Isto porque sua ocorrência fica favorecida com a entrada do período da seca.<br />

O pesquisador David Martins, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper –, explica que “os<br />

ácaros-rajados (Tetranychus urticae) surgem com o início da seca. São pequenos indivíduos, pouco perceptíveis a olho nu, encontrados<br />

associados às folhas mais velhas do mamoeiro, geralmente na parte inferior do limbo, formando colônias entre as nervuras mais<br />

próximas do pecíolo, onde tecem teias e depositam seus ovos. Quando as folhas são intensamente atacadas, secam e caem, prematuramente,<br />

provocando redução da área foliar. A queda das folhas afeta o desenvolvimento e a produtividade da planta e deprecia a<br />

qualidade dos frutos pela sua exposição à ação direta<br />

dos raios solares”. O ataque do ácaro-rajado aos pés de<br />

mamoeiro normalmente surge em reboleiras. “E é nas<br />

FOTOS INCAPER/ES<br />

O clima mais ameno e seco<br />

favorece o aparecimento de pragas<br />

e doenças como ácaro rajado<br />

(acima) e meleira (ao lado).<br />

Japira (acima) e Pacovan Ken são<br />

resistentes a sigatoka negra.<br />

reboleiras que a praga deve ser combatida antes que se<br />

disseminem pela lavoura”, enfatiza Martins.<br />

As duas doenças viróticas meleira e mosaico do mamoeiro<br />

aparecem com o final do verão, em condições de<br />

temperaturas mais amenas. Essas condições climáticas<br />

favorecem o aparecimento dos sintomas com maior rapidez,<br />

ou seja, ficam mais evidentes. Como para essas<br />

doenças não há controle, o pesquisador recomenda que<br />

as plantas atacadas sejam erradicadas, tão logo apareçam<br />

os primeiros sintomas, para evitar que se disseminem<br />

pela lavoura.<br />

EMBRAPA CNPMF

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