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Rosemyriam Ribeiro dos Santos Cunha - Programa de Pós ...

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As mulheres contaram, no <strong>de</strong>correr da entrevista, histórias que fizeram parte<br />

da trajetória <strong>de</strong> suas vidas. Foi comum que pedissem para falar, ou que se<br />

esten<strong>de</strong>ssem em algum assunto que não estava em foco na entrevista, mas que, por<br />

alguma razão, elas traziam à lembrança naquele momento. “Não sei se isto <strong>de</strong>ve<br />

constar aí”, disse uma <strong>de</strong>las e passou a contar sobre a criação do neto. Outra ouviu<br />

a pergunta que estava sendo dita, e perguntou: “Posso falar sobre minha filha?”<br />

Desta forma, eventos vivi<strong>dos</strong> no passado foram espontaneamente foca<strong>dos</strong> e<br />

registra<strong>dos</strong> em todas as entrevistas.<br />

Foi pedido que fizessem, então, uma comparação entre essa vida do passado<br />

e a do presente, apontando as diferenças que po<strong>de</strong>riam perceber em suas vidas.<br />

Nesta questão elas refletiram sobre estes diferentes tempos históricos <strong>de</strong> suas<br />

existências e <strong>de</strong>clararam se modificariam algum <strong>dos</strong> eventos vivencia<strong>dos</strong>.<br />

Todas as mulheres concordaram em dizer que a rotina <strong>de</strong> suas vidas nem<br />

sempre foi tal como se apresenta hoje em dia. Há unanimida<strong>de</strong> em admitir<br />

diferenças entre a vida do presente e a do passado. Quatro <strong>de</strong>las admitem que não<br />

mudariam nenhum evento vivido, porém, <strong>de</strong>stas, três apontaram alternativas <strong>de</strong><br />

alteração após respon<strong>de</strong>rem que não modificariam nada. As outras oito<br />

entrevistadas <strong>de</strong>clararam que iriam modificar fatos da vida passada.<br />

Em relação ao presente oito mulheres disseram que se sentem bem, felizes e<br />

privilegiadas com a vida que estão levando atualmente. Outras (quatro) comentaram<br />

que sentem o peso das dores e das limitações físicas e preocupações com o futuro.<br />

Dentre estas, uma disse que com a experiência que tem hoje em dia, faria tudo<br />

diferente na sua vida. Sobre este tema, assim se expressaram:<br />

Hoje em dia estou feliz, muito feliz. Mais feliz que antes (E1).<br />

Eu me sinto feliz! Posso ter o que for mas 6:30, 7:00 já estou com a janela<br />

aberta [...] Antes também me sentia feliz, mas não era aquela felicida<strong>de</strong><br />

porque a miséria era muito gran<strong>de</strong> [...] o que eu sofri não foi brinca<strong>de</strong>ira<br />

(E3).<br />

[...] foi isso que Deus <strong>de</strong>terminou para mim. Acho que está ótimo (E5).<br />

Eu me sinto maravilhosamente bem [...] (E10)<br />

Quanto à rotina da vida passada, quatro entrevistadas relataram que eram<br />

“infelizes”. Duas mulheres disseram que no passado os acontecimentos exigiram<br />

“mais trabalho” e que havia “muita miséria no dia a dia”. Para uma entrevistada havia<br />

“mais estabilida<strong>de</strong> econômica” porém “tinha que trabalhar muito”.<br />

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