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Rosemyriam Ribeiro dos Santos Cunha - Programa de Pós ...

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Naquele época eu trabalhava pra criar os filhos pra ser <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor no<br />

mundo. Isso era o meu <strong>de</strong>sejo (E 2)<br />

Eu era dinheirista, não queria ser pobre, tinha isto na cabeça, sabe? (E 10)<br />

Queria me empregar, ganhar pra gente, ter sossego, que nem agora (E 6)<br />

Que ela (a filha) fosse bem sucedida...que tivesse sucesso (E 11).<br />

[...] <strong>de</strong> ser feliz, <strong>de</strong> ser amada (E 8).<br />

[...] vou estudar, não vou estudar, daí surgiram as dificulda<strong>de</strong>s econômicas<br />

[...] (E 9).<br />

Eu tinha vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viajar mais [...] se <strong>de</strong>sse pra gente aproveitar mais [...]<br />

(E 7).<br />

Eu queria te estudado bem pra ser outra pessoa (E 2).<br />

Duas mulheres, que faziam jornada dupla e que passavam por privações<br />

materiais, relataram que não tinham sonhos na época em que criavam seus filhos.<br />

Referiram-se a esse sentimento dizendo que: “[...] eu até me conformava [...] não<br />

ligava assim pras coisas” (E 1). “Não tinha sonhos[...]”(E 3).<br />

Mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas mulheres (sete), fizeram jornada dupla <strong>de</strong> trabalho<br />

enquanto criavam seus filhos e planejavam ter mais recursos financeiros, sucesso<br />

com os filhos, construir uma família como aquela <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vieram, estudar e<br />

aproveitar mais a vida<br />

Já das donas <strong>de</strong> casa, três que viviam em ambiente conflituoso <strong>de</strong>sejavam<br />

sucesso financeiro. Uma <strong>de</strong>las expressou o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ter sido amada. Duas que<br />

disseram exercer a função <strong>de</strong> mães gostariam <strong>de</strong> estudar e <strong>de</strong> aproveitar mais a<br />

vida.<br />

As Avós <strong>de</strong> Ontem e <strong>de</strong> Hoje<br />

Encerrando o conjunto <strong>de</strong> perguntas sobre a Constituição da Família, as<br />

entrevistadas respon<strong>de</strong>ram se eram avós e consi<strong>de</strong>raram as possíveis diferenças<br />

entre ser avó hoje e ser avó antigamente.<br />

Dez eram avós, porém, todas elas pu<strong>de</strong>ram falar sobre este assunto já que<br />

tomaram por base comparativa o relacionamento que tinham com suas próprias<br />

avós. Neste sentido, indicaram qualida<strong>de</strong>s para as avós <strong>de</strong> hoje e <strong>de</strong> ontem,<br />

consi<strong>de</strong>rando que antigamente estas trabalhavam em casa, realizando tarefas<br />

domésticas. Eram muito brabas, exigentes quanto à educação e comportamento e<br />

tinham pouco envolvimento afetivo com os netos. Explicaram que as avós <strong>de</strong> ontem<br />

não pegavam no colo e não se envolviam na criação <strong>dos</strong> netos. Já para as avós da<br />

atualida<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo adotado foi o modo como convivem com seus netos. As<br />

qualida<strong>de</strong>s citadas foram as mesmas, porém, contrapondo-se às <strong>de</strong> antigamente.<br />

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