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Rosemyriam Ribeiro dos Santos Cunha - Programa de Pós ...

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CAPÍTULO IV<br />

CAMINHOS METODOLÓGICOS<br />

Nesta pesquisa, <strong>de</strong> caráter qualitativo, empregou-se a entrevista individual em<br />

profundida<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> um roteiro estruturado. De acordo com Gaskell (2004) a<br />

entrevista qualitativa busca a “compreensão <strong>dos</strong> mun<strong>dos</strong> da vida <strong>dos</strong> entrevista<strong>dos</strong>”<br />

(p. 65). Tal compreensão po<strong>de</strong>rá contribuir ao fornecer uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong><br />

um meio social específico, po<strong>de</strong>ndo também ser empregada como base na<br />

construção <strong>de</strong> um referencial para pesquisas futuras. O autor segue explicando que<br />

A entrevista individual ou em profundida<strong>de</strong> é uma conversação que dura<br />

normalmente entre uma hora e hora e meia. Antes da entrevista, o pesquisador<br />

terá preparado um tópico guia, cobrindo os temas centrais e os problemas da<br />

pesquisa. A entrevista começa com alguns comentários introdutórios sobre a<br />

pesquisa, uma palavra <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento ao entrevistado por ter concordado em<br />

falar, e um pedido para gravar a sessão (p. 82).<br />

A opção pela realização da entrevista individual semi-estruturada nesta<br />

pesquisa, <strong>de</strong>u-se por ser uma forma <strong>de</strong> intervenção social na qual o entrevistado<br />

po<strong>de</strong> discorrer sobre seus pensamentos, verbalizar a respeito <strong>de</strong> suas experiências<br />

em um contato direto com o entrevistador (LIMA; ALMEIDA; LIMA, 1999). De acordo<br />

com esta concepção, foram entrevistadas 12 mulheres com ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> setenta anos<br />

ou mais, que apresentaram condições <strong>de</strong> autonomia na rotina e ações <strong>de</strong> seu dia a<br />

dia.<br />

A <strong>de</strong>limitação da faixa etária <strong>de</strong> pessoas acima <strong>dos</strong> 60 anos como integrantes<br />

do grupo populacional da terceira ida<strong>de</strong> foi estabelecida pela Organização Mundial<br />

da Saú<strong>de</strong> (OMS), 17 mais precisamente para os países em <strong>de</strong>senvolvimento. Em<br />

países <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong>, esta faixa se esten<strong>de</strong> para a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 65 anos ou mais<br />

(OLIVEIRA, 2007).<br />

Buscou-se, aqui, ampliar esta visão cronológica, e optar pelo estudo <strong>de</strong><br />

pessoas que já estivessem, há algum tempo, vivendo em condição nas quais sua<br />

17 Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> – OMS – órgão criado pela ONU para elevar os padrões mundiais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em 1948. A proposta para a criação <strong>de</strong>ste órgão partiu <strong>de</strong> <strong>de</strong>lega<strong>dos</strong> brasileiros e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

então, a participação da comunida<strong>de</strong> médico-científica brasileira tem sido intensa junto à OMS. Em<br />

nível regional, a OMS atua na América Latina através da Organização Pan-Americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(OPAS) (OLIVEIRA, 2007).<br />

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