políticas públicas e relações sociais, ainda não refletem com significado esta massa <strong>de</strong> informações. Nota-se, na própria vivência do dia a dia, o <strong>de</strong>spreparo que as pessoas em geral têm nos contatos com os i<strong>dos</strong>os. Começando pelas interações familiares até as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso aos serviços e bens públicos, a qualida<strong>de</strong> das vivências e interações mostram que há espaço para o incremento <strong>de</strong> informação e educação. Iniciativas <strong>de</strong> informação e educação po<strong>de</strong>riam ser tomadas já que saberes foram e estão sendo construí<strong>dos</strong> no sentido <strong>de</strong> esclarecer e promover o bem-estar e a dignida<strong>de</strong> das pessoas mais velhas. O que se está <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo aqui não é a criação <strong>de</strong> medidas exclu<strong>de</strong>ntes que colocam os mais velhos como uma categoria sujeitos especiais. O que se apregoa são formas <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> que propiciem o convívio saudável e dignificante entre as pessoas i<strong>dos</strong>as e as <strong>de</strong> menos ida<strong>de</strong>. Acredita-se que, na medida em que este conhecimento acumulado possa ser estendido à população, ambas as partes po<strong>de</strong>rão ser conscientizadas da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interações solidárias, do respeito aos direitos e <strong>de</strong>veres e do atendimento às mais básicas necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os. “O sentido ou não sentido <strong>de</strong> que se reveste a velhice no seio <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> coloca toda essa socieda<strong>de</strong> em questão, uma vez que, através <strong>de</strong>la, <strong>de</strong>svenda-se o sentido <strong>de</strong> qualquer vida anterior” (BEAUVOIR, 1990, p.16). É com a preocupação <strong>de</strong> conhecer e caracterizar melhor a população feminina, foco <strong>de</strong>ste estudo, que o presente trabalho tem por objetivo conhecer e <strong>de</strong>screver as estratégias <strong>de</strong> vida que mulheres, com ida<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> setenta anos, constroem ao vivenciar o processo do envelhecimento, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba. Sob a perspectiva da psicologia social comunitária (FREITAS, 2002; MARTÍN- BARÓ, 1983) que consi<strong>de</strong>ra o contexto social e histórico como <strong>de</strong>terminantes da vida psicológica das pessoas, buscou-se conhecer, a partir da realida<strong>de</strong> concreta vivenciada no dia a dia, os processos psicossociais que influenciam na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações <strong>de</strong>stas mulheres. Foram estabeleci<strong>dos</strong> os seguintes objetivos, que estão representa<strong>dos</strong> em eixos norteadores da pesquisa. Tais objetivos foram: a) Caracterizar e <strong>de</strong>screver as mulheres quanto às suas origem étnica, escolarida<strong>de</strong>, trabalho anterior, ocupação atual, aposentadoria, moradia, estado civil e número <strong>de</strong> filhos. b) I<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>screver a rotina e o dia a dia das mulheres. 58
c) Descrever os problemas e as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelas mulheres e suas formas <strong>de</strong> resolução. d) Descrever as perspectivas <strong>de</strong> futuro e os senti<strong>dos</strong> atribuí<strong>dos</strong> à própria velhice relata<strong>dos</strong> pelas mulheres, assim como os significa<strong>dos</strong> do tempo livre, do lazer e da música em suas vidas. 59
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Isto aponta para uma nova forma de
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Piauí. Revista Brasileira de Enfer
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