Rosemyriam Ribeiro dos Santos Cunha - Programa de Pós ...
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omano que por séculos foi o principal texto <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> medicina no Oci<strong>de</strong>nte<br />
(LEME, 1996).<br />
O surgimento <strong>dos</strong> centros <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> acadêmicos como a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Paris (1110), Bolonha (1113) e Oxford (1167), contribuiu para a criação <strong>de</strong> critérios<br />
<strong>de</strong> excelência que iriam nortear as produções das instituições <strong>de</strong> ensino. Em 1290,<br />
Arnold Villanueva (1235-1312), doutor em teologia, escreveu o livro Da Conservação<br />
da Juventu<strong>de</strong> e da Proteção da Velhice. Na mesma época, o fra<strong>de</strong> franciscano<br />
Francis Bacon, advogou os princípios do método científico. Já no Renascimento,<br />
Gabriele Zerbi (1468-1505), clínico, anatomista e professor escreveu, no século XV,<br />
o tratado Gerontocomia, um manual <strong>de</strong> higiene para i<strong>dos</strong>os que representa o<br />
primeiro impresso <strong>de</strong>stinado exclusivamente à Geriatria (LEME, 1996).<br />
O século XV marca o advento da Ciência, trazendo a necessida<strong>de</strong> da<br />
verificação experimental <strong>dos</strong> fenômenos. Nesta época o médico e professor<br />
universitário André Laurens escreveu o primeiro livro <strong>de</strong> geriatria em francês. O<br />
primeiro livro <strong>de</strong> geriatria impresso originalmente em inglês, foi Medicina<br />
Gerontocomia ou a Arte Galênica <strong>de</strong> Preservar a Saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Homens Velhos, escrito<br />
por Sir John Floyer, médico inglês (LEME, 1996).<br />
Nos séculos XVII e XVIII, os avanços da Química, da Anatomia, Fisiologia e<br />
Patologia, ofereceram bases para as discussões sobre o envelhecimento. Em 1754,<br />
Johann Bernard von Fischer (1685-1772), escreveu o livro A Velhice, seus estágios<br />
e suas doenças, no qual atacava o pessimismo <strong>dos</strong> médicos em relação ao<br />
tratamento aos i<strong>dos</strong>os (LEME, 1996).<br />
A partir do século XVIII e início do XIX, a produção científica sobre a velhice<br />
aumentou, havendo registro <strong>de</strong> livros escritos por Eramus Darwin (1731-1813), avô<br />
<strong>de</strong> Charles Darwin, e do médico americano Benjamin Rush (1745-1813), o primeiro<br />
a lançar a idéia <strong>de</strong> que o envelhecimento não é doença. Carl Canstatt publicou um<br />
livro e fundou um periódico anual <strong>de</strong> atualização médica. Na meta<strong>de</strong> do século XIX<br />
já se evi<strong>de</strong>nciava o incremento da população i<strong>dos</strong>a no continente europeu e o<br />
interesse pelo cuidado da saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os <strong>de</strong>senvolve-se proporcionalmente. Em<br />
Paris, o Hospital Salpètrière acomodava três mil velhos, razão pela qual passou a<br />
ser consi<strong>de</strong>rado o primeiro estabelecimento geriátrico. Neste hospital, Jean-Martin<br />
Charcot (1867-1893) <strong>de</strong>u aulas sobre o envelhecimento e publicou, em 1867, o livro<br />
Lições sobre o envelhecimento (LEME,1996).<br />
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