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Rosemyriam Ribeiro dos Santos Cunha - Programa de Pós ...

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fazem, permanecem sozinhas. A música em suas vidas assume o significado <strong>de</strong><br />

alegria e companhia. Escutar música propicia a inspiração, modifica o pensamento,<br />

tornando-o leve e trazendo lembranças.<br />

Caso não houvesse música, elas disseram que faltaria o ânimo, a satisfação,<br />

a própria vida. A sonorida<strong>de</strong> da natureza e a harmonia das orações seriam opções<br />

para preencher a ausência da música.<br />

Elas conhecem um variado repertório <strong>de</strong> canções e estilos musicais e a<br />

música foi indicado como um elemento presente e constituinte da rotina diária <strong>de</strong><br />

suas vidas. A música preenche o espaço como se fosse “uma companhia”,<br />

<strong>de</strong>spertando sentimentos <strong>de</strong> alegria e modificando esta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensamento.<br />

Po<strong>de</strong>r-se-ia dizer, aqui, que estas mulheres encontram na música e no rádio<br />

(que tem estado presente no seu dia a dia), uma certa “companhia <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os dias”.<br />

Isto – consi<strong>de</strong>rando-se que a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações que possuem está circunscrita a um<br />

convívio reduzido – po<strong>de</strong> representar muito, ao lado do fato <strong>de</strong> que parece ocupar o<br />

“lugar” e a dinâmica <strong>de</strong> contatos e relacionamentos, <strong>de</strong> tal modo que, muitas <strong>de</strong>stas<br />

mulheres vêem-se “acompanhadas” pela música e pelo rádio em seu dia a dia.<br />

Desta forma, verifica-se aí um forte significado psicossocial que merecia ser<br />

aprofundado em estu<strong>dos</strong> futuros.<br />

Aposentadoria e Velhice<br />

A tendência da habitação unipessoal já apontada pelo censo (IBGE, 2000), foi<br />

comentada por Debert (1999), mostrando que o fato <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os morarem sós não<br />

significa o abandono por parte da família. Este fenômeno parece concretizar<br />

alternativas ou novos arranjos sociais, que resultam na preservação da autonomia e<br />

in<strong>de</strong>pendência, cria<strong>dos</strong> pelas pessoas mais velhas.<br />

Debert (1999), citando pesquisa realizado por Baptista e Juvêncio (1995),<br />

adverte que o fato <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os morarem junto aos filhos não significa que sejam bem-<br />

trata<strong>dos</strong> ou respeita<strong>dos</strong>. Por outro lado, indica que a segregação espacial é que<br />

ocasiona a ampliação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações sociais, das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas e a<br />

satisfação na velhice.<br />

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