Rosemyriam Ribeiro dos Santos Cunha - Programa de Pós ...

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17.04.2013 Views

como os fatos alegres que marcaram suas vidas. Duas mulheres referiram-se à família do tempo de solteiras e relataram que têm nos pais o modelo de família que gostariam de ter constituído. Só de ver meus filhos [...] uma satisfação (E4). O nascimento do meu filho. Maior alegria, meu filho (E8). Momentos de felicidade de ver a família reunida, de festas, de cantos e quando a família se reunia sempre tinha cantoria e música [...] (E7). Alegria [...] só ter um pai e uma mãe como eu tive, já é uma alegria (E5). Outros momentos gratificantes foram indicados como o convívio fora do ambiente familiar, ou seja, as interações sociais travadas com conhecidos e amigos nas reuniões da igreja budista que freqüentam. Também as relações de amizade com a vizinhança foram lembradas. Sobre isto, comentaram: Sinto uma alegria de ter contato com as pessoas assim que nem na organização [...] tem bastante gente importante [...] tem professor da faculdade, tem médico, têm várias pessoas assim que estudaram bastante. Estas pessoas vêem a gente como amigas. Alegria, bastante alegria (E2). Alegria é quando a gente se dá bem com as pessoas, conversar, trocar conversa [...] (E12). A realização profissional devido ao fato de ter concluído um curso superior e seguido a carreira de professora de Geografia foi motivo de alegria para uma das entrevistadas. Outra mencionou “as pequenas coisas do dia a dia” englobando nesta expressão os acontecimentos cotidianos acima indicados pelas mulheres. Além disto, uma delas disse que “não tem nenhuma alegria”, classificando os eventos da vida como sendo “todos iguais”. As mulheres relataram suas alegrias, dizendo: Ah, eu tive (alegrias). Me formando, me realizando profissionalmente (E11). Acho que a vida é feita de pequenas alegrias [...] um casamento, um filho, uma reunião gostosa. A felicidade da gente se constitui nestes pequenos momentos [...] coisas pequenininhas que você vai somar assim e diz: -olhe, foi bom (E9). [...] é tudo a mesma coisa (E6). Foram indicados aspectos ou fatos que elas gostariam de ter realizado, mas que, por alguma razão, não foram concretizados. As mulheres falaram que: “estão satisfeitas com a vida” e que “não gostariam de fazer nada diferente do está feito”, que “gostariam de ter estudado”, “ter viajado e aproveitado mais a vida” em momentos de “lazer e relaxamento”. Uma mulher falou que “gostaria de ter 114

comprado uma máquina para expandir seus negócios”, sonho que não conseguiu concretizar por falta de recursos financeiros. Outra entrevistada disse “que não lembra de algo que possa ter desejado e deixado de fazer”. Esta mulher atribuiu aos medicamentos que ingere, por conta do tratamento de saúde, a dificuldade em lembrar um fato que para ela “representa” ter acontecido. Verifica-se que quatro mulheres que estão satisfeitas com vida concentram suas alegrias em episódios de convívio com os filhos e familiares. Trazem mágoas que resultaram do convívio com o marido, relacionamento com os pais, perda de entes queridos. Uma delas admite que tem mágoas mas que modifica o tom do sentimento por meio de orações. Há um segundo grupo de mulheres que gostariam de ter estudado, que relataram que suas alegrias se referem ao convívio familiar e às relações sociais entre conhecidos e amigos. As mágoas ficaram por conta do convívio com o marido e relacionamento com a filha. Uma das mulheres disse que não tem mágoas. As entrevistadas que gostariam de “viajar” e “aproveitar mais a vida”, associaram suas alegrias ao convívio familiar e às pequenas coisas do dia a dia. As mágoas são referentes aos desentendimentos com vizinhos e com a perda prematura do marido. A entrevistada que deixou de adquirir a máquina de bordado para melhorar a qualidade de seus negócios disse ter alegrias no convívio entre amigos e vizinhos e mágoas no convívio com o marido. A mulher que não lembrou do que gostaria de ter feito disse que sente a perda de parentes e pessoas queridas, porém, para ela os sentimentos são todos iguais. Pais que vão morar com Filhos: Aspectos Positivos e Negativos As mulheres aqui entrevistadas também deram suas opiniões dizendo como qualificam o fato dos pais precisarem morar com os filhos e ofereceram alternativas para esta situação. Para a maioria das entrevistadas (dez), o fato dos pais irem morar com os filhos foi qualificado como ruim. A sugestão da maior parte do grupo (dez) corresponde à alternativa de morar perto de um familiar, mas não junto; ou morar 115

como os fatos alegres que marcaram suas vidas. Duas mulheres referiram-se à<br />

família do tempo <strong>de</strong> solteiras e relataram que têm nos pais o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> família que<br />

gostariam <strong>de</strong> ter constituído.<br />

Só <strong>de</strong> ver meus filhos [...] uma satisfação (E4).<br />

O nascimento do meu filho. Maior alegria, meu filho (E8).<br />

Momentos <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver a família reunida, <strong>de</strong> festas, <strong>de</strong> cantos e<br />

quando a família se reunia sempre tinha cantoria e música [...] (E7).<br />

Alegria [...] só ter um pai e uma mãe como eu tive, já é uma alegria (E5).<br />

Outros momentos gratificantes foram indica<strong>dos</strong> como o convívio fora do<br />

ambiente familiar, ou seja, as interações sociais travadas com conheci<strong>dos</strong> e amigos<br />

nas reuniões da igreja budista que freqüentam. Também as relações <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong><br />

com a vizinhança foram lembradas. Sobre isto, comentaram:<br />

Sinto uma alegria <strong>de</strong> ter contato com as pessoas assim que nem na<br />

organização [...] tem bastante gente importante [...] tem professor da<br />

faculda<strong>de</strong>, tem médico, têm várias pessoas assim que estudaram bastante.<br />

Estas pessoas vêem a gente como amigas. Alegria, bastante alegria (E2).<br />

Alegria é quando a gente se dá bem com as pessoas, conversar, trocar<br />

conversa [...] (E12).<br />

A realização profissional <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> ter concluído um curso superior e<br />

seguido a carreira <strong>de</strong> professora <strong>de</strong> Geografia foi motivo <strong>de</strong> alegria para uma das<br />

entrevistadas. Outra mencionou “as pequenas coisas do dia a dia” englobando nesta<br />

expressão os acontecimentos cotidianos acima indica<strong>dos</strong> pelas mulheres. Além<br />

disto, uma <strong>de</strong>las disse que “não tem nenhuma alegria”, classificando os eventos da<br />

vida como sendo “to<strong>dos</strong> iguais”. As mulheres relataram suas alegrias, dizendo:<br />

Ah, eu tive (alegrias). Me formando, me realizando profissionalmente (E11).<br />

Acho que a vida é feita <strong>de</strong> pequenas alegrias [...] um casamento, um filho,<br />

uma reunião gostosa. A felicida<strong>de</strong> da gente se constitui nestes pequenos<br />

momentos [...] coisas pequenininhas que você vai somar assim e diz: -olhe,<br />

foi bom (E9).<br />

[...] é tudo a mesma coisa (E6).<br />

Foram indica<strong>dos</strong> aspectos ou fatos que elas gostariam <strong>de</strong> ter realizado, mas<br />

que, por alguma razão, não foram concretiza<strong>dos</strong>. As mulheres falaram que: “estão<br />

satisfeitas com a vida” e que “não gostariam <strong>de</strong> fazer nada diferente do está feito”,<br />

que “gostariam <strong>de</strong> ter estudado”, “ter viajado e aproveitado mais a vida” em<br />

momentos <strong>de</strong> “lazer e relaxamento”. Uma mulher falou que “gostaria <strong>de</strong> ter<br />

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